ESCOLA SECUNDÁRIA DE BOCAGEHISTÓRIA A
PROFESSORA: NAZARÉ OLIVEIRA
A Indústria no Estado Novo
1. Estado Novo: Modelo Económico Intervencionista e Autárcico
Desde os finais da década de 20 até aos anos 40, Portugal adoptou um modelo económico intervencionista e autárcico;
Intervencionismo – Papel activo por parte do Estado nas actividades económicas do país;
Autarcia – Defesa de uma sociedade auto-suficiente, que produz tudo o que é necessário para consumo. Recusa das importações.
1.1. Fracasso da Política de Autarcia
Portugal continuava dependente das importações;
O país importava matérias-primas, energia, bens de equipamento;
Com a participação dos países fornecedores na guerra, os abastecimentos eram cada vez mais percários;
Defesa da via industrializadora como componente importante para o desenvolvimento nacional.
2. Lei do Fomento e Reorganização Industrial
2.1. I Plano de Fomento (1953-1958)
Este plano reconhece a importância da industrialização para a melhoria da qualidade de vida;
Condicionamento Industrial – Defende o desenvolvimento do mercado interno através da criação de unidades produtivas e do desenvolvimento de condições técnicas de funcionamento;
Política Agrícola – Promover o desenvolvimento agrícola através da mecanização das estruturas agrícolas. Tem como objectivo aumentar a produtividade de forma a responder às necessidades da indústria;
Neste plano foram feitos investimentos na criação de infra-estruturas;
2.1. I Plano de Fomento (1953-1958)
Citação que faz referência à Industrialização e também à importância da agricultura para este processo.
2.2. II Plano de Fomento (1959-1964)
Este plano alarga o plano de investimentos à indústria transformadora;
Os objectivos deste plano são:
- Acelerar o ritmo de produção;
- Aumentar a produtividade;
- Proporcionar emprego; - Equilibrar a balança
comercial.
Indústrias reorganizadas durante este plano:
- Indústria de Conservas;
- Indústria Textil; - Indústria dos
Lanificios; - Indústria Vidreira; - Indústria Metalúrgica
e Metalomecanica; - Indústria Corticeira e
do Papel;
2.2. II Plano de Fomento (1959-1964)
Através deste documento podemos verificar o investimento na Siderurgia Nacional e também o aumento significativo do PNB durante este II Plano.
2.3. Plano Intercalar de Fomento (1965-1967)
Objectivos que se relacionam com o plano anterior: - Acelerar o ritmo de crescimento PIB;
- Manutenção da estabilidade financeira e monetária a nível interno e externo;
- Equilíbrar o mercado de trabalho.
Novos objectivos deste plano: - Repartir de forma mais equilibrada o rendimento nacional;
- Referência às “pressões inflacionistas” a propósito da estabilidade financeira interna e do mercado de trabalho;
- Reduzir as assimetrias no desenvolvimento regional;
2.3. Plano Intercalar de Fomento (1965-1967)
2.4. III Plano de Fomento (1968-1973)
Foi através deste plano que Marcello Caetano inaugurou a sua nomeação de Presidente do Conselho;
Aspectos principais deste III Plano: - Substituir o condicionalismo industrial pelo funcionamento normal do mercado;
- Apoiar a formas de concentração técnica e financeira através da cooperação empresarial;
- Adoptar uma política de exportação comercial;
- Adoptar uma política de investimentos estrangeiros;
- Actuação anti-monopolista e defesa da concorrência;
- Financiar o investimento e a produção.
Concluindo…
O processo de industrialização em Portugal teve um papel fundamental para a economia;
Os Planos de Fomento desenvolveram não só a Indústria, mas também a agricultura e as infra-estruturas do país;
Contudo, apesar do desenvolvimento económico, as exigências da Guerra Colonial permaneciam;
Portugal continuava atrasado quer a nível industrial quer a nível agrícola, comparativamente à Europa.
Trabalho realizado por:Alexandre VenturaDaniela Pereira
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