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Igreja
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Ler essas notas foi como ter uma longa conversa com um amigo de confiança. Peter e
Geri Scazzero se encontram e compartilham o desejo de plenitude, no centro de nossa vida
apressada e irregular, ministrando a outros que estão morrendo por dentro.
Carl George Consultor, Diretor para crescimento, Diamond Bar , California
Cativante! Absolutamente é uma leitura obrigatória, não só para pastores e líderes da
igreja, mas para quem deseja crescer na fé, desenvolver maturidade no casamento, de forma
sincera, honesta, abrindo os olhos e desafiando. O Pastor Scazzero abriu novos caminhos
importantes em nossa compreensão sobre a relação vital entre a maturidade emocional e a
integridade espiritual. Seu fácil formato de leitura mostra como o quebrantamento emocionalnão resolvido destrói tanto o ministério como as pessoas.
Craig Ellison, Ph.D.Diretor da Alliance Graduate School Of Conseling
Autor de From Stress to Well Being
Este livro desvenda uma "super espiritualidade" de muitas igrejas que não podem lidar
honestamente com nossa fragilidade espiritual e emocional. Pete Scazzero nos mostra como o
evangelho liberta ao admitirmos nossa fragilidade e nos dá muitas maneiras práticas paraavançar. Recomendo este livro para pastores e líderes de igrejas.
Tim Keller, pastor sênior
da Igreja Presbiteriana Redentor, New York
"Todo o Evangelho à pessoa como um todo", grande teologia, mas na prática não se
passa de que um slogan em muitas igrejas. Neste livro Peter Scazzero fala sobre muitas
experiencias muito necessárias sobre a saúde emocional da igreja, levando essa verdade
essencial a um novo patamar. Você vai encontrar-se aqui, bem como muitas das pessoas que
você esbarrou nesta coisa maravilhosa e misteriosa que a Bíblia chama de "o corpo de
Cristo."
Ben Patterson
Autor de Waiting Finding Hope When Gos Seems Silent
Fiquei comovido com esta história e sua aplicação que se cruzaram com a minha vida.
Apreciei a grande abertura que Peter Scazzero traz à mesa. Apenas um veterano de muitas
batalhas poderia ter uma história como esta. Scazzero abre o coração com ousadia e
compartilha lições de vida práticas para o crescimento de qualquer líder.
Steve Si Ogren,Pastor da Vineyard Church , Cincinnati, Ohio
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A
Igreja
Emocionalmente
Saudável
Traduzido por: Lívia Fernanda de Oliveira
Florianópolis SC/ Maio de 2012
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ÍNDICE
Capa
Prefácio
Agradecimentos
Ilustrações
Parte 1: O Elo Perdido do Discipulado
Introdução
CAPÍTULO 1: Como vão os líderes, assim vai a IGREJA
CAPÍTULO 2: Algo está desesperadamente errado
Parte 2: Base Bíblica para este novo paradigma de Discipulado
CAPÍTULO 3: Próxima Fronteira do Discipulado - SAÚDE EMOCIONAL
CAPÍTULO 4: Teste de Maturidade ESPIRITUAL/EMOCIONAL
Parte 3: Seis Princípios de uma Igreja Emocionalmente Saudável
CAPÍTULO 5: Princípio 1: Olhar Abaixo da Superfície
CAPÍTULO 6: PRINCÍPIO 2: Quebrar o Poder do Passado
CAPÍTULO 7: PRINCÍPIO 3: Vivendo em Quebrantamento e Vulnerabilidade
CAPÍTULO 8: PRINCÍPIO 4: Receber o Dom de Limites
CAPÍTULO 9: PRINCÍPIO 5: Abraçar o Luto e a Perda
CAPÍTULO 10: PRINCÍPIO 6: Fazer da Encarnação um modelo para Amar Bem
Parte 4: Aonde iremos a partir daqui
CAPÍTULO 11: Próximos passos para a Nova Fronteira do Discipulado
Bibliografia
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PREFÁCIO
Ao final de uma noite fria de inverno, nosso telefone tocou. Um jovem
pastor que eu havia conhecido e admirado por alguns anos chamava. Sua vozera tensa, bem como a história da crise que enfrentava, tanto em seu casamento
como em seu ministério. Escutei, dei algumas palavras de encorajamento,
conselhos, e orei com ele.
Antes de desligar disse a ele ão acredito que seja o fim do seu
ministério. Apesar da dor que você está passando, pode ser a melhor coisa que
poderia acontecer com você neste momento." Às vezes, quando parece que tudoestá acabando, nosso verdadeiro trabalho está apenas começando!
Esse jovem pastor era Peter Scazzero, e a crise era uma graça
om essa crise, vieram à Peter um sentido mais forte de sua
vocação e identidade, um profundo amor no casamento, uma congregação mais
saudável e vital, uma compreensão mais completa do discipulado, e este belo e
útil livro.
Espero que Igreja Emocionalmente Saudável seja lido e levado a
sério por muitos pastores e líderes. Acredito que Peter Scazzero acerta o alvo
quando escreve que a saúde geral de qualquer igreja ou ministério depende
principalmente da saúde emocional e espiritual de sua liderança.
Sabemos que igrejas saudáveis precisam de líderes saudáveis. O que é
novo é a insistência de Scazzero de que esta deve incluir a saúde emocional.
Muitos líderes têm sido motivados a manterem sua vitalidade espiritual, o
exercício físico e crescimento intelectual. Mas menos ênfase é colocada no
bem-estar emocional.
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'
As emoções foram descartadas em grande parte dos ensinamentos
evangélicos que cresci ouvindo. Fomos ensinados sobre "fatos, fé e
sentimentos" - nesta ordem. A fé seria baseada nos fatos da mensagem cristã
(uma ênfase essencial), mas não deveríamos confiar em nossos sentimentos,
pois não seriam confiáveis.
A Bíblia não esquece o quociente emocional de nossa humanidade. Os
irmãos de José, na rivalidade entre eles, Moisés em sua ira, Paulo que ansiava
por uma visita de Timóteo, todos estes eram pessoas reais com emoções reais.
Nosso Senhor teve uma forte vida de emoções, como um homem que podiachorar na tristeza, ser forte na raiva, experimentando ainda a plenitude da
alegria.
Parte de nossa relutância em lidar honesta e abertamente com as nossas
emoções, tem sido uma visão inadequada da Encarnação. Afirmamos que nosso
Senhor Jesus era Deus em carne, enquanto que, no fundo, nós assumimos que a
natureza humana de Jesus não era muito real, mas uma espécie de disfarce.
Este também nos ajuda a entendermos a nós mesmos, e é isso que Peter
Scazzero aprendeu e partilha conosco, tanto através da dor que ele e sua esposa
Geri experimentaram, como através das Escrituras.
Enquanto lia A Igreja Emocionalmente Saudável identificar
com muito do material aqui contido. Vivi experiências semelhantes e tempos de provas emocionais. Bem como a maioria dos jovens pastores e líderes cristãos
com os quais converso e oriento. A história de Peter Scazzero sobre o
crescimento através da dor, a saúde emocional pessoal e congregacional, através
do Espírito de Cristo, mantém esperança para todos nós!
Leighton Ford,
Presidente da Leighton Ford Ministries
Charlotte, North Carolina
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(
AGRADECIMENTOS
Estive pensando, refletindo e lutando com a integração da saúde
emocional e espiritual por quase uma década com a minha melhor amiga e
esposa, Geri. Aprendemos juntos estas lições de Deus durante vários anos.
Muitas das idéias contidas neste livro são dela.
Tenho tentado trabalhar essas verdades bíblicas com nossas quatro filhas,
que têm vivido em um contexto multiracial internacional, igreja e cidade.
Obrigado, meninas.
Este livro é também um subproduto de nossa comunidade New Life
Fellowship Church , Queens, Nova York, onde tenho sido o pastor durante os
últimos dezesseis anos. Nós crescemos juntos nos bons e maus momentos.Obrigado, família New Life , por sua vulnerabilidade e por confiar as pérolas de
suas histórias em nossas mãos. Há muitos de vocês que gostaria de mencionar
aqui pelo nome. Mas quero agradecer específicamente aos anciãos, líderes,
amigos próximos da New Life e àqueles que têm estado conosco desde o início.
Obrigado!
Obrigado também a Ron Vogt e a Recovery of Hope pelo lançamentodesta jornada.Obrigado a Leighton Ford, que foi meu mentor durante quase
duas décadas. Sou grato também a Peter e Carol Schrek e Brauch Manfred,
todos do Seminário Teológico Batista do Leste. Deus usou este livro para levar
ao próximo nível, através do seu excelente exemplo de integração e amor às
Escrituras com a saúde emocional. Um agradecimento especial a Dan Shin por
sua assistência no teste de maturidade espiritual e emocional.
Finalmente, estou especialmente grato a você, Bird Warren, por seu árduo
trabalho e atuação na administração e organização deste projeto, desde o
começo até o fim.
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ILUSTRAÇÕES
Círculos concêntricos de aplicação de Saúde Emocional
Os seres humanos, como icebergs, que têm muitas camadas profundas abaixo da superfície
A Geração do pecado de Davi e Salomão. A geração do pecado de Abraão, Isaac e Jacó.
Sete famílias participam da Reunião do Conselho
Duas Igrejas: Qual você mais gosta?
Pintura de Rembrandt que mostra o incrível amor do Pai
Aprendendo a estar juntos mesmo separados.
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INTRODUÇÃO
Alguns anos atrás, minha esposa, nossas quatro filhas e eu fomos
convidados para participar do Acampamento da Família Cristã no Colorado de
uma semana no período das férias. Nós esperávamos que fosse a viagem de uma
vida. Nós pousamos no Aeroporto Internacional de Denver e começamos a
viagem de três horas sentido às montanhas. Durante o percurso, fiquei muitocansado, pensando que talvez a viagem de avião e a falta de cafeína poderia
estar contribuíndo para a minha sonolência. Pedi para minha esposa Geri dirigir,
mas ela estava apavorada com a estrada estreita das montanhas. Num
determinado ponto, momentaneamente apaguei e saímos da pista. Agora que
estávamos fora das montanhas, Geri assumiu a condução. Atribuímos ao meu
lapso momentâneo de fadiga.
Quando chegamos no acampamento, cerca de nove mil metros acima do
nível do mar, fizemos o check-in e nos preparamos para uma semana
maravilhosa nas Montanhas Rochosas. A vista era de tirar o fôlego, as
montanhas um reflexo impressionante da Glória de Deus. A programação para a
semana incluíram atividades apropriadas para cada idade de nossas filhas, que
variavam entre 6 e15 anos, e também atividades para nós adultos.
Não consegui dormir na primeira noite. Talvez fosse o novo travesseiro.
Participei das atividades diurnas e lutei contra as dores. A segunda noite foi
igual a primeira, só que agora eu adquiri uma tosse que não cessava. Sim,
contraí uma gripe sem dúvida.
Geri, as meninas e eu orávamos a Deus para me curar a fim de que eu
pudesse desfrutar desta oportunidade única de lazer e descanso. Deus não
parecia abalado.
Um médico do Centro-Oeste foi ao acampamento acompanhado de sua
família. Aproximei-me dele na fila de café da manhã e contei a ele que eu
estava com alguns sintomas de gripe e também apresentava tosse. Será que ele
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prescreveria alguma coisa para que eu pudesse dormir um pouco à noite? "Não
há problema", respondeu ele. Tome o remédio mais forte para tosse disponível e
um antibiótico. "
Nos terceiro e quarto dias, no entanto, piorou. Neste ponto, Geri não
estava conversando comigo. Ela achava que eu havia me excedido no trabalho
antes das férias e tinha usado o meu corpo de maneira errada. Seus sonhos e
planos de desfrutar férias como um casal ou família haviam ido embora. Ficou
completamente desapontada, para dizer o mínimo. Eu tossia a noite toda, por
isso ela se mudou para a outro quarto com as duas meninas mais velhas. Pordias, trocamos olhares e poucas palavras. Estava triste e irritada. Sentia-me
culpado. A história parecia repetir-se. Ficava doente nas férias e feriados.
O que era estranho para mim era que eu piorava a cada dia. Em cinco dias
eu mal poude caminhar para jantar e já havia começado a cuspir catarros
vermelhos. "Deve ser o remédio para tosse que é vermelho", disse a mim
mesmo. Eu era incapaz de comer e tinha acabado de terminar o frasco de
remédio. A tosse só crescia de maneira implacável. Estava claramente em meu
peito.
Na sexta e última noite, eu ainda não havia conseguido dormir. Comecei
a ficar com medo. Tornava-se difícil sair da cama. Levei trinta minutos para ir
da cama ao banheiro. Era óbvio que eu estava em apuros. Precisava ir a um
médico urgente. Na manhã seguinte, informei a Geri que eu precisava de ajuda.
Eu estava piorando muito. As crianças estavam tendo as melhores férias de suas
vidas.
Suportei durante o almoço e me despedi para visitar um médico. Ele era
do Texas e havia ido até às montanhas do Colorado para servir a um
acampamento de jovens nas proximidades. Verificou meus sintomas, ouviu meu peito e sugeriu que eu estava com pneumonia. Sua enfermeira enganchou meu
dedo em uma máquina para verificar meu nível de oxigênio e constatou que eu
estava tendo muita dificuldade para respirar. Talvez eu estivesse tendo um
ataque cardíaco. Quem pudia saber? Neste ponto, se alarmaram e me instruíram
a ir a um hospital para cuidar de minha pneumonia.
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O hospital mais próximo era quase duas horas de distância. Geri dirigia.
Senti minha vida desaparecendo e comecei a perder minha consciência.
Passamos por inúmeras pequenas cidades. Não haviam hospitais! Onde estavam
os hospitais? Eu perdi New York City!
Conselhos Errados quase arruinaram minha vida.
Finalmente chegamos ao nosso destino, onde um amigo de um amigo nos
emprestou sua casa. Havíamos deixado as crianças. Um de seus vizinhos me viudeitado atrás de nossa mini-van. Geri descreveu meus sintomas. A mulher
alarmada lhe disse: "Leve-o para uma clínica médica e desça imediatamente das
Apesar de não saber o que ela estava falando, Geri voltou com um olhar
de compaixão. Isso ajudou. A enfermeira da clínica médica deu uma olhada em
mim e levou-me à sala de espera. Me colocaram no mesmo tipo de máquina de
oxigênio e minha respiração estava a menos de 44 % da capacidade.
Imediatamente um outro médico correu e me colocou em uma máquina
para me dar oxigênio. Ela então informou que eu estaria em coma dentro de
poucas horas e morto na manhã seguinte. Eu estava sufocando até a morte. O
Raios X revelou que meus pulmões estavam cheios de água. Estava com Edema
Pulmonar Altitude (HAPE), uma forma grave de intolerância a altitude,
popularizado pelo filme Limite Vertical . É relativamente incomum ter HAPE
entre 8.000 e 14.000 pés.
A equipe médica sugeriu que eu descesse as montanhas imediatamente
pois respondia bem ao oxigênio. Dentro de vinte minutos eu estava dormindo
pela primeira vez em quase uma semana. Passei a semana seguinte conectado aum tanque de oxigênio. Demorou quase três semanas para os meus pulmões
limparem e ser capaz de andar sem ficar com falta de ar.
Muitos médicos, especialmente aqueles em outros lugares do Colorado,
estão familiarizados com HAPE. Como poderia ser? Colorado tem as maiores
altitudes do território continental dos EUA. Os dois primeiros médicos não
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perceberam. Quase morri. Esses não estavam equipados para tratar de pacientes
doentes nas montanhas do Colorado. Seu conselho errado quase acabou com
minha vida. Da mesma forma, percebi que nós pastores e líderes, muitas vezes,
damos conselhos defeituosos à pessoas espiritualmente doentes que lotam as
nossas igrejas. Nosso treinamento tem sido insuficiente para atender às
necessidades profundas abaixo da superfície da vida das pessoas.
Ao longo do caminho em minha jornada como cristão, recebi estudos e
treinamentos que foram muito bons. Infelizmente, as soluções eram em sua
maioria temporárias. As prescrições não conseguiam extirpar os padrões ehábitos pecaminosos de minha vida.
Nosso conselho errado mantém as pessoas espiritualmente imaturas
Tenho concluído que, como os médicos, tenho pessoas diagnosticadas
que vieram me pedir ajuda. Quando alguém tinha problemas de relacionamento
ou problemas emocionais, aplicava cada remédio espiritual que eu conhecia.
Infelizmente, muitas permaneciam doentes e algumas até "morriam" sob a
minha liderança.
Por exemplo:
ao aconselhamento depois que o marido admitiu ter um casode um ano com uma amiga da família que ocorreu anos antes de seu casamento.
Agradeço a convicção do Espírito Santo em sua vida. Intercedo por eles e
recomendo um livro de casamento com um bom capítulo sobre perdão para a
esposa. Exorto-os tanto para buscarem a Deus como para serem fortes. Oro e
espero o melhor.
chega à nossa igreja para usar seus dons para Deus. Ele é
carismático e experiente. A congregação o ama. Pede a muitos para orar por sua
esposa para que Deus coloque seu coração no lugar certo. Também oro e espero
pelo melhor. Vimos mais tarde que este não era um atrito de menor importância.
O conflito foi se acumulando durante anos, ela havia ido embora para
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quinhentos quilômetros de distância, e ele era, inegavelmente, parte do
problema.
quando há uma
necessidade. O único problema é que ele é temperamental e imprevisível.
Temos cuidado no trato com dele. Oro e espero pelo melhor.
tinha quarenta anos, era solteiro e estava desempregado novamente.
Tinha um currículo de quatro páginas. Raramente ficava em um emprego ou em
um relacionamento por mais de alguns meses. Oramos por ele, o incentivamos
para afirmar sua identidade em Cristo, e pedimos a Deus para abrir novas portas
para ele. Oro e espero pelo melhor.
Hoje não basta apenas orar e esperar o melhor. Cada um dos cenários
acima exige um nível de discipulado que foi além de uma camada de
profundidade. Eram correções superficiais e rápidas. Cada um deles,
individualmente, deveriam ter sido submetidos a um bisturi, tendo um olharsério e com muita oração nas questões mais profundas as quais vou descrever
neste livro. Antes, porém, como líder, tive que passar por uma revolução na
maneira como entendia e me aproximava do discipulado.
Espiritualidade Desequilibrada
A triste verdade é que pouca diferença existe, em termos de maturidade
emocional e relacional, entre o povo de Deus dentro da igreja e os de fora.
Ainda mais alarmante, quando você vai além do louvor e adoração de nossas
grandes reuniões e convenções ou para casas em pequenos grupos, muitas vezes
você acaba percebendo o número repleto de relacionamentos quebrados e
falhos.
Algumas dessas seguintes pessoas te faz lembrar de alguém em sua
igreja?
1. O membro da comissão que nunca diz "Eu estava errado" ou "Desculpe".
2. O líder do Ministério Infantil que constantemente critica os outros.
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3. O alto controle de um líder de pequeno grupo que não tolerara pontos de
vista diferentes.
4. O pai de meia-idade que é secretamente viciado em pornografia.
5. O marido de trinta anos de idade que vive ocupado servindo a igreja, sem
se importar com a solidão de sua esposa em casa.
6. O líder de louvor que interpreta qualquer sugestão como um ataque ou
rejeição pessoal.
7. O professor da escola dominical que luta com o sentimento de amargura e
ressentimento para com o pastor, mas teme dizer qualquer coisa.
8. O servo "exemplar" que incansavelmente é voluntário em quatro
ministérios diferentes, mas raramente leva qualquer tempo pessoal para
cuidar de si mesmo.
9. Duas intercessoras que levantam reuniões de oração para escapar da
realidade dolorosa de seu casamento.
10. Pessoas do seu pequeno grupo que nunca são transparentes sobre suas
lutas e dificuldades.
Estes podem paracer espiritualmente maduros, mas algo está
terrivelmente desequilibrado em sua espiritualidade. A triste realidade é que
muitas pessoas em nossas igrejas estão fixadas a um estágio de imaturidade
espiritual onde os atuais modelos de discipulado não têm conseguido abordar.
Muitos são , mas permanecem como
bebês, crianças ou adolescentes emocionalmente. Demonstram pouca
capacidade para processar raiva, tristeza, ou mágoa. Reclamam, difamam,
distanciam-se, culpam, e usam o sarcasmo como criancinhas mimadas. São
altamente defensivos às críticas ou a diferentes opiniões, esperam ser atendidos
e, muitas vezes, tratam as pessoas como objetos para satisfazer as suas
necessidades.
Por quê?
A resposta é o que este livro trata. As raízes do problema se encontram
em uma espiritualidade deficiente, decorrente de uma teologia defeituosa bíblica
(cap. 3 e 4). Muitos cristãos têm recebido treinamento útil em determinadas
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áreas essenciais do discipulado, como oração, estudo da Bíblia, adoração,
descoberta de seus dons espirituais, ou para aprender a dar estudos bíblicos. No
entanto, os seguidores de Jesus também precisam de treinamento e habilidades
na forma de olhar abaixo da superfície do iceberg em suas vidas (cap. 5), para
quebrar o poder de como influencia o presente (cap. 6), a viver em
quebrantamento e vulnerabilidade (cap. 7), para saber seus limites (cap. 8), para
abraçar a sua perda e luto (cap. 9), e fazer da encarnação um modelo para amar
bem (cap. 10). Compreender a encarnação como prioridade, a fim de amar o
próximo como a ti mesmo, é o ponto primcipal de todo o livro. A igreja deve ser
conhecida, acima de tudo, como uma comunidade que ama radicalmente e
poderosamente o próximo. Infelizmente, esta geralmente não é a nossa
reputação.
Apesar de toda a ênfase atual na formação espiritual, os líderes de igrejas
raramente abordam a maturidade espiritual relacionada à saúde emocional,
especialmente no que se refere à forma de como amamos outras pessoas. Aligação entre a saúde emocional e maturidade espiritual é uma grande área
inexplorada do discipulado. Precisamos desesperadamente, creio eu, reexaminar
o conjunto das Escrituras e da vida de Jesus em particular, a fim de
compreendermos a dinâmica deste tema.
Enquanto que acredito no importante papel dos profissionais treinados
como conselheiros cristãos para trazer conhecimento para a igreja, creio que aigreja de Jesus Cristo deve ser o principal veículo de nossa maturidade espiritual
e emocional. Infelizmente, por muito tempo temos delegado o "emocional" à
questões de consultório de terapeutas e assumimos apenas a responsabilidade
"espiritual" dos problemas na igreja. Os dois são inseparáveis e essenciais para
um discipulado totalmente bíblico.
Acredito sinceramente que o Senhor Jesus e sua igreja são a esperança do
mundo. Meu compromisso é com a Escritura como a Palavra de Deus, a
autoridade sob a qual nós, como igreja de Deus, temos para viver. Tenho
ensinado isso por toda minha vida adulta. Permaneço comprometido com a
indispensabilidade das Escrituras, oração, comunhão, adoração, a observância
do sábado, a fidelidade em usar os nossos dons espirituais, os pequenos grupos
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na vida comunitária, administração de nossos recursos e a centralidade do
Evangelho a toda a vida. Mas, a menos que integrem a maturidade emocional
com foco em amar em nosso discipulado, estamos correndo perigo de perder
completamente o ponto principal de Deus o amor .
A ligação entre a saúde emocional e maturidade espiritual é uma grande
área inexplorada do discipulado. Escrevo como um pastor, não como um
terapeuta ou conselheiro profissional. Sou o pastor de uma igreja multiétnica,
internacional, com pessoas de mais de cinquenta e cinco países diferentes.
Plantamos seis outras igrejas e têm outras em formação. Desta forma, escrevo a partir de um profundo amor pela Igreja de Jesus Cristo. Também sou consciente
de que "o centro da gravidade do mundo cristão deslocou-se inexoravelmente
em direção ao sul, para a África, Ásia e América Latina. Já hoje, as maiores
comunidades cristãs do planeta podem ser encontrados na África e América
Latina." Minha oração é que este livro contribua para o desenvolvimento de pais
e mães espirituais da fé para as igrejas em todo o planeta.
Abraçando a verdade sobre a importância das questões emocionais que
me fez ter uma revolução na minha compreensão sobre Deus, as Escrituras, a
natureza da maturidade cristã, e o papel da igreja. Não posso mais negar o fato
de que a maturidade emocional e espiritual são inseparáveis. A misericórdia de
Deus me permitiu sobreviver e contar essa história. Se quiser que Deus
transforme você e sua igreja, convido você a ler este livro.
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A saúde geral de qualquer igreja ou ministério depende principalmente da
saúde emocional e espiritual de sua liderança. Na verdade, o sucesso espiritual
uma liderança tem muito mais a ver com a vida interna do líder do que com sua
experiência na liderança ou dons. Levei um tempo para perceber que ainformação que a liderança possui não era a chave para uma liderança "bem
sucedida".
Na verdade, minha trajetória para liderar uma igreja emocionalmente e
espiritualmente saudável, não foi desencadeada por um seminário ou por um
livro. Em vez disso, foi me trazido à tona com uma conversa muito dolorosa em
casa. Minha esposa não aguentava mais. "Pete, estou deixando a igreja,"
murmurou minha esposa Geri baixinho. Sentei-me, atordoado demais para
reagir. ão pode ter mais crise ela continuou. Geri
tinha sido mais do que paciente. Eu havia trazido muita pressão e tensão da
igreja para nossa casa. Ano após ano. Agora, a mulher que eu tinha prometido
amar como Cristo amou a igreja, estava exausta. Tínhamos vivido oito anos
incansáveis de estresse. "Não farei mais isso", concluiu. Esta igreja já não émais vida para mim. É a morte." Quando um membro da igreja diz: "Eu estou
deixando a igreja," a maioria dos pastores não ficam felizes. Mas quando sua
esposa diz uma coisa desta, seu mundo vira de cabeça para baixo.
Estávamos no quarto. Eu me lembro bem o dia. "Peter, eu te amo, mas
estou deixando a igreja," ela resumiu muito calmamente "Já não respeito a sua
liderança."
Eu estava visivelmente abalado e não sabia o que dizer ou fazer. Me senti
envergonhado, sozinho e com raiva. Tentei elevar minha voz para intimidá-la:
"Isso está fora de questão", eu berrava. "Tudo bem, então eu cometi alguns
erros." Mas ela continuou calmamente, "Não é tão simples. Você não tem a
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coragem de enfrentar as pessoas que precisam ser enfrentados. Tem muito medo
de que as pessoas deixem a igreja. Tem muito medo do que pensam sobre você.
"Fiquei indignado! "Eu estou começando isso!" Eu gritei defensivamente.
"Estou trabalhando nisso." (Pelos últimos dois anos, eu realmente estava
tentando, mas de alguma forma ainda havia conseguido) "Bom para você, mas
não posso esperar mais", respondeu ela. Houve uma longa pausa de silêncio.
Então ela pronunciou as palavras que mudaram o equilíbrio de poder em nosso
casamento permanentemente: "Peter, eu desisto."
Diz-se que a pessoa mais poderosa do mundo é aquela que não tem nadaa perder. Geri não tinha mais nada a perder. Ela estava morrendo por dentro, e
eu não havia escutado ou respondido aos seus apelos de ajuda, "Esta igreja já
não é mais vida para mim. É a morte." Ela continuou em voz baixa: "Eu te amo,
Peter. Mas a verdade é que eu seria mais feliz separada do que casada. Pelo
menos, você teria que levar as crianças nos finais de semana para passear.
Então, talvez você até mesmo possa ouvir!" "Como você pode dizer tal coisa?"Eu reclamei. "Nem pense nisso!" Ela estava calma e firme em sua decisão. E eu
estava furioso. A boa esposa cristã, casada com um cristão (e um pastor posso
acrescentar), não poderia fazer isso. Entendi naquele momento que um marido
podia voar em raiva e matar a mulher que ele tanto ama. Ela afirmou que faria.
Estava me forçando a ouvir. Eu queria morrer. Isso me obrigaria a mudar!
Os Primórdios desta Bagunça
Como chegamos a esse ponto?
Oito anos antes, minha esposa e eu tinhamos começado um projeto com a
visão de plantar uma igreja entre as classes trabalhadoras no Queens, New York
City, e desenvolver líderes para plantar outras igrejas, tanto em Nova Yorkcomo em todo o mundo. Talvez seja mais correto dizer que eu tinha uma visão e
Geri a seguia. Agora, com quatro filhas, uma cansativa batalha , ela queria
uma vida e um casamento. A esta altura, eu concordei. O problema era o meu
senso de responsabilidade em construir igrejas. Tinha pouca energia para estar
com nossas filhas ou para desfrutar Geri. Tinha ainda menos energia para
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desfrutar de uma "vida", ou seja lá o que era! Mesmo quando eu estava
fisicamente presente, como em um jogo de futebol com uma de nossas filhas,
minha mente estava focada geralmente em algo relacionado à igreja. Lembro-
me de ter me perguntado se eu deveria estar vivendo tão miseravelmente e
pressionado, estaria levando outras pessoas à ter alegria e uma experiência com
Deus? Com certeza me sentia assim.
Semanas haviam se transformado em meses. Meses em anos. Os anos se
tornaram quase uma década, e a crise estava agora em plena erupção. A sóbria
realidade era que havia pouco tempo, durante esses nove anos, que eudesfrutava alegrias da paternidade e do casamento. Estava muito preocupado
com as demandas incessantes de pastorear uma igreja. (Agora, eu agora sei que
nunca mais vou ter aqueles anos de volta.)
Jesus nos chama para morrer para nós mesmos. O problema era que
estávamos morrendo por coisas erradas. Jesus nos chama para morrer para nós
mesmos. "Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e
siga-me" (Marcos 8:34). Pensava que morrer para nós mesmos por causa do
Evangelho significava morrer para o auto-cuidado, para os sentimentos de
tristeza, de raiva, de tristeza, de duvida, de luta por nossos sonhos saudáveis e
desejos, e das paixões que desfrutadas antes nosso casamento.
Geri sempre amou o ar livre e a natureza. Ela valoriza sua família de
maneira ampla. Adora o campo de recreação, criando oportunidades para as
pessoas se divertirem. Houve pouquíssimo tempo para os prazeres.
Workaholics de Deus
Estávamos muito ocupados para Deus. Nossas vidas estavam cheias de
servir, fazer, e tentar amar outras pessoas. As vezes tínhamos a impressão de
que não deveríamos fazer as coisas que dão energia e alegria que outros
desfrutavam. Na realidade, tínhamos morrido por algo que Deus nunca
pretendeu (como explicarei mais tarde). Me lembro de estar sentado na mesa de
jantar com o meu cunhado quando ele falou sobre sua alegria em ser um árbitro
e técnico de equipes de basquete feminino. "Deve ser legal", eu murmurei para
mim mesmo. "Pena que eu não posso ter esse tipo de liberdade."
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Tive uma experiência profunda da graça de Deus em Jesus Cristo quando
me tornei cristão aos 19 anos de idade. Seu amor me encheu de paixão para
servi-lo. Com o tempo, no entanto, essa paixão se tornou um fardo. As
demandas incessantes de plantação de igrejas em Nova York, além de minha
negligência das dimensões emocionais da espiritualidade, lentamente
transformaram minha alegria em "dever". Minha vida se tornou desequilibrada,
e eu lentamente comprava a mentira de que quanto mais eu sofria por Cristo,
mais eu o adoraria. Comecei a me sentir culpado por tomar tempo curtindo
lazer ou lugares como a praia. Meu alicerce espiritual foi finalmente revelado
para ser: madeira, feno e palha (1 Co 3:10-15.). Eu tinha me perdido por muitos
anos que a este ponto mancar agora parecia normal.
O corajoso passo de Geri naquela noite fria de janeiro me salvou. Deus
interviu dramaticamente através das palavras de Geri, "eu desisto." Foi
provavelmente o mais corajoso ato de amor que ela já havia feito por mim. Isso
me forçou a procurar ajuda profissional para resolver minha crise "vocacional".
Inconscientemente, eu esperava que o conselheiro endireitasse Geri para
que eu pudesse ficar com a minha vida e com a igreja. Mal sabia eu o que estava
à frente! Deus me forçou a dar uma olhada longa e dolorosa na verdade. A
verdade sobre mim, sobre nosso casamento, sobre nossas vidas e sobre a igreja.
Jesus disse: "Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará" (João 8:32). Foi
desmoralizante admitir, finalmente, que a intensidade do meu noivado emdisciplinas espirituais não trouxe maturidade espiritual em minha vida. Por quê?
Porque ignorei os componentes emocionais do discipulado em minha vida.
A Vida antes da crise de Identidade
Cresci em um subúrbio de New Jersey, em uma família ítalo-americana,
apenas uma milha dos arranha-céus de Manhattan. Fui para a faculdade em
1974, fiz um estudo bíblico no campus e tornei-se um seguidor de Jesus Cristo
durante meu o segundo ano. Essa experiência me lançou em uma viagem
espiritual, que incluiria, ao longo dos próximos seis anos, o movimento católico
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carismático, um curso bilíngüe de Espanhol-Inglês, uma igreja protestante da
linha tradicional, uma igreja afro-americana, pentecostal e evangelica.
Depois de ensinar Inglês por um ano, entrei para a equipe da InterVarsityChristian Fe1lowship , um ministério interdenominacional que facilita grupos
cristãos nos campus universitários e faculdades. Trabalhei durante três anos na
Rutgers University e outras faculdades de Nova Jersey. Então fui para pós-
graduação na Universidade de Princeton Theological Seminary e Gordon-
Conwell Theological Seminary. Durante esses anos de faculdade, conheci a
jovem que mais tarde se tornaria minha esposa.
Em 1984, Geri e eu nos casamos, e entramos num redemoinho, sem nem
mesmo perceber à primeira vista, que os ventos eram tudo menos que normal.
Com cinco meses de casado, me formei no seminário e no dia seguinte fomos
para Costa Rica. Durante um ano estudamos espanhol em preparação para
retornar a Nova York. Geri voltou para seus pais nos oito meses de gravidez.
Voltei da Costa Rica duas noites antes de nosso primeiro bebê nascer. Um mês
depois, nós três nos mudamos para o Queens, New York. Passei um ano
servindo como pastor auxiliar em uma igreja de imigrantes espanhois e
ensinando em um seminário espanhol. As experiências nos deu oportunidades
para aperfeiçoar o nosso espanhol e discernir a vontade de Deus para o nosso
futuro. Naquele ano também fomos inseridos ao mundo de dois milhões de
imigrantes ilegais de todo o mundo, em Nova York. Nós nos tornamos amigosde pessoas que haviam fugido dos esquadrões da morte em El Salvador, dos
cartéis de droga na Colômbia, da guerra civil na Nicarágua e da pobreza
implacável o México e da República Dominicana.
Em abril de 1987, fizemos um esforço de lançar uma igreja entre os
hispanos de segunda geração. Destemidos, buscamos outras formas de seguir o
sonho de Deus para nós.
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O início do sonho?
Finalmente, em setembro de 1987, começamos a New Life Fellowship ,
uma igreja contemporânea em um contexto multiétnico, voltada principalmente
para os imigrantes do Queens. (Dos dois milhões e meio de moradores do
Queens, mais da metade são estrangeiros. A vizinhança de Elmhurst Corona ,
nossa localização atual, inclui pessoas de 123 nações. O National Geographic
chama o "Elmhurst 11373 o CEP mais etnicamente diversificado dos Estados
Unidos. Roger Sanjek escolheu Elmhurst Corona para seu estudo intitulado The
Future of Us All , chamando-o de "talvez a comunidade mais etnicamentemisturada no mundo", observando sua rápida mudança a partir de 1960 a 98 %
de brancos, 1970, 67 % de 1980 a 34 %, e 1990 para 18 % de brancos.
Estavamos ganhando o mundo todo na obra de Deus, enquanto ao mesmo
tempo estávamos perdendo nossas almas.
Nosso primeiro culto começou com 45 pessoas. Deus agiu poderosamente
naqueles primeiros anos. Depois de pouco mais de um ano cresceu para 160
pessoas. Até o final do terceiro ano, comecei uma congregação espanhola. Até o
final do sexto ano haviam 400 pessoas na congregação de língua inglesa, mais
outras 250 pessoas em nossa primeira congregação espanhola. Um grande
número dessas pessoas se tornaram cristãos através da New Life.
Meus dias de paraeclesiástico na InterVarsity Christian Fellowship me
ensinou habilidades ministeriais práticas, tais como a forma de conduzir um
estudo bíblico, como compartilhar o Evangelho, e como responder as perguntas
que não-cristãos geralmente fazem. Minha educação no seminário me deu as
ferramentas intelectuais que eu precisava sobre grego, hebraico, história da
igreja, teologia sistemática, hermenêutica, e muito mais. Infelizmente, nem o
estudo profundo me preparou para o plantio de uma igreja no Queens. Fui
imediatamente atirado para um curso intensivo a fim de entender o que Paulo
queria dizer quando disse que o Evangelho "vinha não com palavras persuasivas
de sabedoria", mas com "uma demonstração de poder no Espírito" (1 Cor. 2:4).
Durante esses primeiros anos da New Life, Deus nos ensinou muito sobre
oração e jejum, a cura de enfermos, a realidade dos demônios, guerra espiritual,
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os dons do Espírito Santo, e como ouvir a voz de Deus. Qualquer coisa que eu
aprendia, ensinava à congregação.
As pessoas estavam se tornando cristãs e centenas começando um
relacionamento pessoal com Jesus Cristo. Os pobres estavam sendo servidos de
maneiras novas e criativas. Estávamos desenvolvendo líderes, multiplicando-se
em pequenos grupos, alimentando os sem-teto e plantando novas igrejas. Mas
nem tudo estava bem abaixo da superfície, especialmente em um nível de
liderança. Sempre tínhamos muito o que fazer em pouco tempo. Enquanto a
igreja era um lugar excitante para se estar, não era uma alegria estar naliderança, especialmente para minha esposa, Geri, e para mim. Houve uma alta
rotatividade de funcionários e dirigentes, os quais, em última análise atribuída a
guerra espiritual na intensidade de Nova York. Talvez essa fosse as dores
naturais de crescimento precipitado de qualquer grande empresa ou negócio?
Mas não era um negócio. Éramos uma igreja.
No entanto, Geri e eu sabíamos que algo estava faltando. Nossos corações
estavam encolhendo. A liderança da Igreja se sentia com um fardo pesado.
Estávamos ganhando o mundo inteiro, fazendo uma grande obra para Deus,
enquanto que ao mesmo tempo estávamos perdendo nossas almas (cf. Marcos
8:35). Algo estava profundamente errado.
Eu sonhava secretamente com a aposentadoria, e estava apenas nos meus
trinta e poucos anos. Apesar de não apresentar problemas espirituais de
imoralidade, rancor, cobiça, e assim por diante, eu não pude localizar a fonte da
minha falta de alegria. A base do meu caráter pessoal e desenvolvimento não
poderia sustentar a igreja que estávamos construindo. Era uma base instável, à
beira de um colapso.
Neste período de crise, Geri se sentia como uma mãe solteira cheia deresponsabilidades com nossas quatro filhas pequenas. Estava cansada da alta
pressão da vida urbana. Estava cansada de todo stress que eu trazia para casa
semanalmente da igreja. Ela queria mais do que um casamento. Queria mais do
que uma família. Ela queria uma vida!
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A decadência começou quando, entre 1993 e 1994, nossa congregação
espanhola sofreu uma divisão, e as relações se desintegraram. Deus estava
começando a chamar a minha atenção e parecia estar me empurrando cada vez
mais fundo em uma cova. Me aproximei do fundo do poço, chutando e gritando.
Eu pensei que estava experimentando o inferno. Na verdade era. Mal sabia eu
que o fundo ainda estava há dois anos para ocorrer.
O evento que Deus usou para me levar para a cova era inicialmente na
forma de uma traição por um dos pastores auxiliares da congregação de língua
espanhola. Por meses eu havia ouvido rumores de que ele estava insatisfeito equeria deixar a New Life Fellowship para iniciar uma nova igreja, tendo a
maioria das pessoas com ele. "Isso é impossível", disse à mim mesmo. "Ele é
como um irmão para mim." Afinal, nos conhecíamos há dez anos. Quando o
questionei sobre os rumores, ele categoricamente negou-lhes: "Pedro, nunca!"
Nunca vou esquecer o meu choque no dia em que fui para o culto da tarde em
espanhol e duzentas pessoas estavam desaparecidas. Apenas 50 pessoas estavamlá. Todos haviam partido com ele para começar outra congregação.
Minha "resposta divina inocente" tinha pouco a ver com imitar Jesus e
muito mais a ver com questões não resolvidas e bagagens emocionais que eu
estava carregando do meu passado. Ao longo das próximas semanas, o que
parecia uma onda, varreu o restante dos membros daquela congregação.
Telefonemas exortou-os a sair da casa de Saul (eu) e ir até a casa de
Davi (a única coisa nova que Deus estava fazendo). Pessoas que eu havia
levado a Cristo, discipulado, e pastoreado por anos haviam ido embora. Nunca
mais veria muitos deles novamente. Conversamos em particular ao longo de
dois anos, e o pastor assistente disse, 'Você fazia promessas de discípular, mas
suas palavras não significavam nada. Você não merecia levar essas pessoas."
Quando ocorreu a separação, não me defendi. Tentei seguir o modelo de
Jesus e ser como um cordeiro indo para o matadouro (Is 53:7). "Deixe-o pra lá,
Peter" dizia várias vezes para mim mesmo. Na realidade, me sentia como se eu
tivesse me deixado ser violentado.
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Aceitei toda a culpa pela destruição. Enquanto me sentia profundamente
traído, muito das falhas foram minhas. Eu estava sobrecarregado. Estava
pastoreando duas igrejas, uma em crescimento em Inglês e outra em espanhol.
Estava muito ocupado em começar o trabalho e não tinha a flexibilidade e horas
para cumprir a minha promessa de dar-lhe tempo, amizade, ou formação.
Mesmo assim, eu tinha um amor por ele como um irmão. Como o
salmista, vivi a realidade de alguém com quem eu já gostava da doce comunhão
"(Sl 55:14), só mais tarde descobri que" o meu companheiro ataca os seus
amigos, viola a sua aliança "(Sl 55:20) . Não acreditava que tal traição era possível na igreja. Talvez, e mais importante, eu estava hipnotizado por seus
dons e habilidades. A congregação espanhola admirava suas qualidades de
liderança dinâmica. Será que isso realmente importa se ele não estava quebrado
e contrito de coração (Sl 51:16-17)? Será que realmente importa se seu carater
estava falho em algumas áreas? Sim.
O principal problema era que me faltava a coragem e a maturidade para
enfrentá-lo. A triste verdade é que a minha "resposta divina inocente" tinha
pouco a ver com imitar Jesus e muito mais a ver com questões não resolvidas e
bagagem emocional que eu estava carregando do meu passado.
Meu gosto do inferno foi mais profundo do que a divisão da congregação.
De repente, encontrei-me vivendo uma vida dupla. O Peter de fora procurava
incentivar as pessoas desencorajadas à permaneceram na New Life . "Não é
incrível como Deus usa os nossos pecados para expandir o seu reino? Agora
temos duas igrejas em vez de uma,"proclamei."Agora, mais pessoas podem
entrar em um relacionamento pessoal com Jesus. Se algum de vocês quiser ir à
nova igreja, as bênçãos de Deus estará com você." Eu menti! Estava tentando
ser como Jesus (pelo menos a imagem de Jesus que eu imaginava). Mesmo que
não tenha me matado, destruiu minha auto-estima. Estava num inferno por
dentro. Estava profundamente ferido e irritado. Estes sentimentos deram lugar
ao ódio. Meu coração não tinha qualquer perdão. Estava cheio de raiva e não
conseguia livrar-me dela.
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Quando estava sozinho no meu carro, apenas o pensamento de que tinha
acontecido provocava uma explosão de raiva, um nó no estômago. Em poucos
segundos, palavrões vinham, voando quase involuntariamente da minha boca:
"Aquele # &%" $ '#%".
Meu Primeiro Grito de Socorro
Eu finalmente reconheci meu desespero, tanto na igreja como em casa.
"Tornar-me um pastor foi a pior decisão que eu já fiz", eu dizia a Deus em
oração. Estava procurando desesperadamente por ajuda. Então um bom amigo
pastor me indicou um conselheiro cristão. Geri e eu fomos. Foi em março de
1994. Me senti totalmente humilhado. Tudo em mim queria fugir. Me senti
como uma criança entrando na sala do diretor. "Conselheiros é para pessoas
problemáticas", reclamei com Deus (afirmando algo que eu não concordava).
"Não eu. Eu não estou fazendo asneiras!" Depois da nossa reunião de dois dias
iniciais, o conselheiro fez três observações: (1) Eu estava consumido com a
igreja, (2) Geri estava deprimida e solitária, e (3) o nosso casamento não tinha
mais intimidade.
As questões estavam dentro de mim. Mas eu nem podia admitir ou não
ainda. Não tínhamos certeza do que era intimidade conjugal, então comprei pra
Geri um livro sobre casamento. Ela poderia descobrir. Voltei a trabalhar na
igreja.
Parar e refletir sobre o meu estado interior, era tanto assustador como
libertador. Na época, pensei que todos os meus problemas residiam na
complexidade estressante de Nova York. Culpei o Queens, minha profissão,
nossas quatro filhas pequenas, Geri, guerra espiritual, outros líderes, a falta de
cobertura de oração, até mesmo o nosso carro (que tinha sido dividido em setevezes). Cada vez que eu tinha certeza que havia identificado a raiz do problema,
na verdade eu não tinha. As questões eram de raiz interna. Eu não admitia.
Os dois anos seguintes foram marcados por uma lenta descida ao abismo.
Parecia que um buraco negro infinito estava ameaçando me engolir. Clamei a
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Deus por ajuda. Parecia que Ele havia fechado o Céu para o meu clamor ao
invés de atendê-lo.
As coisas iam de mal a pior.
Eu continuava a pregar semanalmente e servindo como pastor sênior.
Mas minha confiança para liderar efetivamente tinha sido completamente
abalada com a divisão da congregação espanhola. Contratei pessoas adicionais e
dizia-a-lhes o que deviam fazer. E se eu não tivesse falhado miseravelmente?
Sentindo que certamente eu poderia fazer de melhor modo, os deixei
começar a reconstruir a igreja. Logo a igreja já não se sentiria como a visão
original de quando iniciamos. Enquanto isso, me esforcei para ser honesto com
a forma como apresentava a situação para os outros. Tinha um péssimo hábito
de decorar ou editar a verdade para que as pessoas não se irritassem. (O que
Deus chama de mentir , eu renomeava como boa visão de fundição )
Me esforcei para ser honesto comigo mesmo sobre meus sentimentos,
ouvindo especialmente os que não se encaixavam em minha grade cristã, tais
como raiva, tristeza e amargura. Eu também lutava para ser honesto com outras
pessoas. O progresso foi lento e difícil. Lutava como se eu repartisse a fé.
Meus questionamentos, bem como os sentimentos que eu estava
experimentando, eram considerados fora dos limites na maioria dos círculos
cristãos em que vivi nos últimos vinte anos. Não seria eu que deveria ser mais
do que vencedor em Jesus Cristo (Rom.8: 37)? Por que parecia haver tanta
patologia coberta por uma verniz de espiritualidade? Como é que tantas pessoas
que têm sido cristãs há muito tempo, são tão críticas?
Eu estava absolutamente certo de que Deus estava me levando à um novocaminho. Mas onde estavam todos? Eu lutava e retrocedia. "Como é que vai
Peter?" um bom amigo perguntou. "Oh, tudo está indo maravilhosamente bem.
Eu sinto que Deus está quebrando o chão duro e plantando novas sementes para
o futuro", eu respondia com otimismo. O problema era que aquelas palavras
eram apenas uma parcela muito pequena de toda a verdade.
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O pensamento das pessoas com raiva de mim, me fez recuar para esperar
por outro dia. Eu temia que, se eu dissesse a outros líderes que honestamente os
via como orgulhosos, não propensos a aprender e, às vezes, mentirosos - eles
iriam embora. Após a divisão sa comunidade espanhola, mais de um ano e meio
depois, o pensamento ainda era doloroso demais para suportar. Preferi ficar
quieto e esperar que os problemas da igreja desaparecessem sozinhos.
Isto não aconteceu.
Assistia conferências sobre liderança para aprender sobre a guerra
espiritual e como levar uma cidade inteira para Deus. Assistia reuniões emoutras igrejas. Se houvesse alguma maneira de mergulhar mais em Deus, eu
queria encontrar. Assisti uma conferência profética fora do estado, onde recebi
muitas profecias pessoais. Intensifiquei as reuniões de oração de manhã na New
Life . Repreendia os demônios que estavam destruindo minha vida. Estudava a
história dos avivamentos. Procurava o conselho de numerosos líderes
nacionalmente conhecidos. Minha jornada se resumia desta forma: Senhor, posso ver a Terra Prometida do outro lado do Mar Vermelho. Um casamento e
ambiente familiar felizes, a alegria em servir em Sua caminhada no papel em
que Ele me designou, mas não tinha idéia de como abrir o Mar Vermelho para
chegar até lá. E o Senhor meu Deus? Se você fizer isso, o Senhor pode abri-lo?
Geri Sai da Igreja
Senti que estava progredindo pessoalmente. Talvez não era visível
externamente ainda, mas algo estava acontecendo. Pelo menos eu pensava
assim. Para Geri, no entanto, as coisas continuavam como antes ao longo de
nosso casamento infeliz. Na segunda semana de janeiro de 1996, Geri me disse
que estava saindo da igreja. Eu finalmente fui ao fundo do poço. Notifiqueinossos anciãos do meu dilema. Eles concordaram com um retiro de um semana
intensivo com ajuda profissional para ver se Geri e eu poderíamos resolver isso.
Em 13 de fevereiro de 1996, nós saímos para um centro de
aconselhamento cristão. Nossa esperança era de sair de nossa crise e obter
alguma objetividade sobre a igreja. Esperava um fim rápido para a nossa dor.
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Passamos os próximos dias com dois conselheiros. Este tempo, a curto prazo,
como uma "comunidade cristã" era um lugar seguro o suficiente para nos dar a
permissão para falar de nossos sentimentos escondidos um do outro. O que não
prevíamos era uma autêntica experiência espiritual com Deus. Para mim, era o
começou de um estranho caminho. Geri e eu conversamos até tarde da noite.
Por volta das 2:00h, ela me acordou, levantou-se na cama e, com
algumas palavras bem escolhidas, abriu o coração. Pela primeira vez, ela disse a
verdade brutal sobre como se sentia sobre mim, sobre nosso casamento, e sobre
igreja.
Descobrimos uma ponte que faltava
De alguma forma a explosão de Geri, embora muito dolorosa, foi uma
experiência libertadora para nós dois. Por quê? Ela havia retirado o verniz do
peso espiritual de "ser boa" que a impedia de olhar diretamente para a verdade
sobre o nosso casamento e vida. Eu a escutei. Ela me escutou. Olhamos para avida de nossos pais e casamentos. Olhei honestamente para a New Life
Fellowship . A igreja claramente refletia a minha família de origem de maneira
significativa. Nenhum de nós jamais havia sentido uma "permissão para sentir"
como esta que tivemos. A triste realidade que descobrimos foi que Jesus tinha
penetrado apenas superficialmente na profundidade de nossas pessoas, mesmo
se tivéssemos sido cristãos há quase vinte anos. Nossa experiência que
inicialmente parecia de morte, provou ser o início de uma viagem e descoberta
de um relacionamento que iria mudar minha vida, meu casamento, minha
família e, finalmente, a igreja. Pela primeira vez, descobri o poder persistente
das famílias onde nascemos. Deixamos-os quando nos casamos, mas de alguma
forma, ainda estavam moldando nossas vidas.
Paulo ensina que, quando uma pessoa chega à fé em Cristo, as coisasvelhas já passaram, e eis que fazem novas todas as coisas "(2 Coríntios. 517
NVI). Eu nunca imaginei que os padrões de pecado influentes, passada de
geração em geração na minha família, ainda operavam. Desde que eu acreditava
que o poder de Cristo poderia quebrar qualquer maldição, eu não percebia a
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idéia de que eu ainda estava sendo moldado por coisas que eu tinha deixado há
muito tempo.
Examinando meu coração, foi me revelado um conjunto misto de
unidades. Parte da minha paixão era a glória de Deus. Outras partes foram
impulsionadas por um complexo conjunto de motivos onde eu não tinha as
ferramentas ou o tempo para classificar. Começamos a olhar abaixo da
superfície de nossas vidas em novas arenas.
Em minhas orações, cheguei a dizer a Deus que eu estava arrependido.
Tinha sido sincero em dar tudo de mim para servir a Deus e a Seu reino. Quem
teria sonhado que meus compromissos resultariam em tais decepções? Com
todo o meu passado na oração e na Bíblia, foi um choque perceber que as
camadas inteiras emocionais da minha vida Deus ainda não tinham sido tocadas.
Estes tornaram-se as sementes d grejas emocionalmente
saudáveis encontrados entre os capítulos 5 a 10.
Um novo conjunto de olhos?
Após esta importante descoberta, parecia que Deus havia me dado um
novo conjunto de olhos para ler as Escrituras. Verdades que só eram entendidas
intelectualmente, logo se tornoram parte de minha experiência com Deus. Eu vi
que Jesus era capaz de expressar sua emoção sem embaraço, com liberdade,
sem temer:
erramou lágrimas (Lucas 19:41).
e encheu de alegria (Lucas 10:21).
e entristeceu (14:34).
entiu raiva (Marcos 3:5).
Amargura veio sobre ele (Mt 26:37).
entiu tristeza (Lucas 7:13).
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ostrou espanto e admiração (Marcos 6:6, Lucas 7:9).
entiu angústia (Marcos 3:5, Lucas 12:50).
Jesus era tudo menos um Messias emocionalmente congelado. Ao mesmo
tempo, pude observar como Jesus foi capaz de separar-se das expectativas das
multidões, sua família, e seus discípulos. Seu relacionamento com o Pai o
libertou das pressões daqueles ao seu redor. Não tinha medo de viver sua
própria vida e missão, independentemente da agenda de outras pessoas em sua
vida.
Junto com minha companheira Geri, senti que tinha um longo caminho
pela frente, tanto individualmente, como um casal. O objetivo não era mudar a
igreja, mas nos mudar, ou melhor, permitir que Deus nos mudasse. No entanto,
imediatamente percebemos que estávamos em um território inexplorado, numa
viagem que estava nos levando para além da formação cristã que recebemos
durante os últimos vinte anos. Estávamos numa jornada que só Deus poderiacontrolar. Estávamos sendo conduzidos para longe de nossa costa segura de
compreendermos Deus e em nosso relacionamento com os outros.
A caixa rígida, firme, em que havíamos colocado inadvertidamente Deus,
havia sido dividida e aberta. Uma parte de nós não podia esperar para ver o que
Deus iria fazer em seguida. Mas outra parte estava com medo. Deus claramente
queria nos abrir ao seu Espírito nas profundezas do nosso interior queestávamos somente agora descobrindo. O objetivo não era mudar a igreja, mas
para permitir que Deus nos mudasse. Nossa compreensão da inseparabilidade da
saúde emocional e maturidade espiritual seria um processo muito parecido com
o nosso relacionamento diário com Deus. Os indivíduos podem ter um momento
crítico de receber Jesus como seu Senhor e Salvador pessoal, mas não havia,
para quase todos, um período de muitos meses ou muitos anos antes, na qualDeus estaria trabalhando.
Da mesma forma, levou muitos encontros, ao longo de mais de dois anos,
para que Deus aumentasse minha visão limitada sobre Ele e sobre a vida cristã.
Por exemplo, Deus estava falando claramente à mim através da depressão, do
marido infeliz, e de uma vida que periodicamente estava fora de controle.
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Minha única resposta a estas realidades dolorosas era: "Deus, por favor,
remova-os o mais rápido possível para que eu possa continuar Sua Obra!" O
único problema era que eu não estava aberto para Deus falar ou agir em minha
vida dessa maneira. Meu paradigma incluía Deus falando através das Escrituras,
a oração (uma voz interior), sermões, uma palavra profética, e às vezes, as
circunstâncias cabana .
O que Deus fez em nossas vidas, se derramou na igreja imediatamente,
começando com nossa equipe de líderes, então nosso conselho mais antigo, e,
eventualmente, o resto de nossa liderança. Pela primeira vez, entendi o que pelo o que você é, não o pelo o que você faz. Minha
descoberta era contagiante. Fomos de ser feitos "humanos" para "seres
humanos". O resultado foi um efeito de ondulação, muito lentamente, através de
toda a igreja. Começando com a equipe de anciãos, estagiários, líderes de
ministérios e em pequenos grupos, a congregação em geral, diretamente e
indiretamente. Intencionalmente, integramos os princípios descritos neste livroà toda igreja.
(Veja o quadro a seguir)
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Juan e Marta
O dia antes de eu começar um período sabático de três meses longe da
igreja, Geri e eu nos sentamos em nossa mesa da cozinha para nos reunirmos
com Juan e Marta, que tinha vindo à Cristo sob nosso ministério. Eles estavam
na época pastoreando uma das congregações de língua espanhola da New Life.
Em seus primeiros anos de liderança, Juan e Marta estavam animadas, eram
cristãos empolgados. Juan havia se tornado um cristão na New Life. Agora, sete
anos depois, estavam exaustos e se sentiam culpados por negligenciar seus dois
filhos. Ficaram impressionados com tudo o que estava à frente deles - problemas, crises, demandas e as enormes necessidades de uma grande
congregação de imigrantes. Depois de ouví-los por três horas, me senti
envergonhado. Juan e Marta eram o resultado do nosso ministério. E estavam
exatamente como seus professores!
Será que este legado de liderança frenética, sem alegria, desequilibrada
sempre será o tipo de fruto que o ministério cristão produzirá? Eu admiti, depois
de Geri, que uma parte de mim estava triste por tê-los levado a Cristo e a serem
pastores. A parte difícil desta vida, era em parte, um sofrimento desnecessário.
Geri e eu pedimos perdão.
Paulo
Paulo jejuava e orava regularmente. Trabalhando como técnico deinformática, em Manhattan, usou suas férias para participar de conferências
sobre oração e sobre o ministério profético de todo o país. Logo, ele começou a
jejuar e orar com crescente regularidade. Durante as reuniões em pequenos
grupos, estava sempre lendo a Bíblia para receber palavras pessoais de Deus
para transmitir ao grupo. Ele freqüentemente dava palavras pessoais de profecia
em qualquer lugar e a qualquer um, mesmo se queriam ou não. Alguém precisava dizer algo para ele. Mas certamente eu não! O que eu poderia fazer?
A verdade, no entanto, era que Paulo era orgulhoso e condescendente para com
o resto de nós que não éramos tão "espirituais" como ele. Parte de tornar-me
emocionalmente maduro foi o confronto do modelo de amor, dizendo-lhe como
ele deveria se portar e dar-lhe um feedback honesto como seu pastor. Disse-lhe
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carinhosamente a verdade sobre o seu espírito crítico e sobre o orgulho que fluia
além de suas "revelações." Pelo menos eu tentei. Mas ele logo sentiu que Deus
o direcionou para outra igreja.
Como vão os líderes, assim vai a Igreja
Segundo alguns estudiosos, os quatro presidentes anteriores a Abraham
Lincoln eram "líderes de compromisso", dispostos a enfrentar a difícil questão
da escravatura entre o norte e o sul. Em seguida, um líder maduro, com umsólido senso de quem ele era, o que ele acreditava e valorizava,
independentemente das consequências, foi levado à Casa Branca. A força e
maturidade do seu caráter e convicções, de muitas maneiras, forçou o país a
enfrentar a realidade sobre a abominação da escravidão. A Guerra Civil seguiu.
O ponto de partida para a mudança em qualquer nação, igreja ou
ministério sempre foi o líder: Como vão os líderes, assim vai a igreja. Mas não é
suficiente o líder mudar. Deus quer te definir independente se este é o seu
primeiro ano como um cristão ou seu quinquagésimo, se é casado ou solteiro, e
independentemente de sua função na igreja (novo membro, líder, ou pastor).
Quando você faz o trabalho duro de se tornar um discípulo emocionalmente e
espiritualmente maduro de Jesus Cristo, o impacto será sentido ao seu redor.
Os próximos capítulos traçam um paradigma novo para o que significa
ser um seguidor de Jesus de forma que sua história se torna um plano de
Jesus para sua vida.
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Algo está desesperadamente errado com a maioria das igrejas hoje.
Temos muitas pessoas que são apaixonadas por Deus e sua obra, ainda que não
estejam ligadas às suas próprias emoções ou àqueles ao redor. A combinação émortal, tanto para a Igreja como para a vida pessoal do líder. Nossa equipe
pastoral foi a um café próximo ao cinema. Ficamos abalados. Não havia muito a
dizer. Tínhamos acabado de ver o filme O Apóstolo . Cada um de nós tivemos a
desagradável sensação de que o filme tinha brilhantemente colocado um
holofote sobre o próprio passado cristão. Igualmente importante, é retratado
visualmente as implicações dolorosas de um discipulado cristão inadequado.
Na época do lançamento do filme, Deus foi mostrando as implicações da cisão
da saúde emocional com nossa espiritualidade. O Apóstolo encara o problema
de frente. As feridas do nosso passado ainda eram latentes.
O Apóstolo, lançado em 1997, é um filme poderoso sobre um líder cristão
- Reverendo Ellis "Sonny" Dewey, interpretado por Robert Duvall . Situado na
área rural do Texas, na década de 80, o filme começa com Sonny e sua mãedirigindo por uma estrada onde acontece um acidente com muitos carros. Sonny
se aproxima de um dos carros destruídos para encontrar um ensanguentado, um
jovem semi consciente no banco do motorista com sua namorada morta ao lado.
Sonny, apaixonado por Jesus, sussurra no ouvido do rapaz que, se ele
convidasse Jesus em seu coração ali mesmo, Deus perdoaria seus pecados e
poderia de ir para o Céu. O policial estadual tenta arrastar Sonny longe do
acidente, mas o pregador o empurra e termina o trabalho de levar o jovem para
Cristo. Retornando à seu carro, relata à sua mãe sobre o bom trabalho que
acabara de fazer para Deus. Sonny passa a maior parte de seu tempo na estrada
que conduz ao reavivamento. A paixão espiritual permeia sua vida. Ele ama
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seus filhos. Enquanto isso, sua bela esposa, mas de longo sofrimento, Jessie, se
cansa de ambos os adultérios e por estar sozinha. Esta pede o divórcio.
Acontece que ela também está tendo um caso com o pastor de jovens na
igreja. Ela e o pastor de jovens, usando os estatutos da igreja, logo toma o
controle da congregação de Sonny longe dele. Em um momento de raiva e
ciúmes, Sonny fica bêbado e ataca o pastor com um taco de beisebol no jogo de
seu filho. Eventualmente, o pastor de jovens morre. Enquanto isso, Sonny sai da
cidade, destruindo sua antiga identidade para encontrar uma nova vida. Ele pára
seu carro no meio de um cruzamento, fica de joelhos na estrada, e pergunta:
Logo ressurge em uma pequena comunidade da Louisiana. Após
sinceramente ter buscado a Deus através da oração e jejum, ele percebe um
novo chamado e direcionamento de Deus, com o nome e o título de O Apóstolo.
Com hipnotizante sinceridade, ele batiza-se em um lago próximo, comoforma de comemorar este novo começo. Com a ajuda de um respeitado pastor
local, começa uma nova igreja. Tem diversos trabalhos, a fim de pagar por um
restabelecimento de uma instalação de igreja que estava fechada e em ruínas.
Inicia um ministério de rádio, conserta um ônibus usado e começa a buscar as
pessoas que freqüentam a igreja, tanto afro-americanas como anglo-americanas.
Ele é zeloso, um cristão comprometido a quem admiramos, e além do mais ...
ele é um impostor.
Seu relacionamento com Deus é contagiante. A igreja prospera. Pessoas
se convertem à fé em Cristo. Ele alimenta o povo. A comunidade é impactada.
A pequena congregação, racialmente mista, ama o seu zelo e pregação.
Debaixo de sua fé impressionante, no entanto, permanecem lacunas feias
que irrompem sua formação espiritual. Apesar de começar a nova igreja, ele
conhece Toosie, uma mulher que trabalha na estação de rádio. Ela desperta seus
afetos românticos. Sonny também entra em uma briga com um encrenqueiro
que questiona a sua integridade. Eventualmente, as autoridades o apanha por
causa do erro trágico no passado de Sonny. A polícia o prende e o envia para a
prisão. Mas, mesmo na prisão, vemos Sonny entusiasticamente liderar uma
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quadrilha, através da música e pregação, os apresentando o poderoso Senhor
Jesus que transforma vidas. Mas Sonny tem um problemas no seu caráter. Ele é
um mulherengo. Abusa do álcool. Mata um homem em um momento de raiva.
Ao mesmo tempo, aos observadores, não se pode negar as evidências de que
Sonny é um verdadeiro crente em Jesus Cristo. Ele prega o novo nascimento e
está comprometido com o poder do Espírito Santo, a fim de viver uma vida
sobrenatural.
Sonny, como a maioria de nós, é um indivíduo complexo. É um zeloso e
cristão comprometido a quem admiramos, mas também é muito inconsistente. Omais doloroso, talvez, é a falta de consciência dos danos que virão de parecer
mais do que realmente ele é. Em alguns aspectos ele é um impostor. Ele
facilmente compartilha sua fé e espiritualidade na totalidade da sua
humanidade.
A maioria de nós, na liderança cristã e na igreja, pode se identificar com
Sonny mais do que gostaríamos de admitir. As lacunas na vida cristã de Sonny
mina a sua mensagem e liderança. Meu desejo era que esta fosse apenas uma
história de Hollywood. Mas não é. Infelizmente, há muitos exemplos
semelhantes na vida real.
Bob Pierce e World Vision
Em 1950, Bob Pierce fundou o que se tornou o World Vision
(www.woridvision.org), o maior alívio do mundo cristão e agência de
desenvolvimento. Hoje a organização atende mais de cinqüenta milhões de
pessoas por ano em 103 países. Apaixonado por Jesus e por um mundo sem
fome ou doença. Bob Pierce começou, humildemente, a ajudar as crianças órfãs
da Guerra da Coréia. Toda extensão cresceu em tamanho e escopo. Com visão e
energia impar, sonhou o impossível e depois fez de tudo que se possa imaginar
para que este se tornasse realidade. Livros e matérias de capa de revista foram
escritos sobre ele. Seus amigos disseram: "Ele é um homem inquieto por ganhar
almas", "Eu nunca conheci uma pessoa com mais compaixão", e Ele é um
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verdadeiro bom samaritano que, literalmente, deu sua vida para as pessoas mais
carentes do mundo . "
Bob freqüentemente orava: "Deixe meu coração ser quebrado pelas coisas
que partem o coração de Deus." Esse zelo levou-o até os confins da terra,
marcado por uma paixão aparentemente inesgotável em satisfazer as
necessidades espirituais e humanos onde quer que encontrava. Infelizmente, a
sua abordagem teve conseqüências desastrosas em sua família. Como um amigo
da família disse educadamente à esposa de Bob, Lorraine, "sabia que a privação
dela era de um tipo diferente do que daqueles a quem seu marido estavaministrando". A dura realidade é que cuidava de todos, mas abandonava sua
própria família.
Ele sempre colocou as oportunidades e um maior impacto para o
ministério expandir à frente de sua esposa e filhos. Por exemplo, quando uma de
suas filhas ligou para ele em uma viagem ao exterior para dizer que ela
precisava que ele voltasse para casa, ele se recusou, sem entender sua
necessidade desesperada. Sua esposa, que estava com ele, implorou-lhe para
voltar com ela. Em vez disso, ele escolheu voar para o Vietnã. São histórias
como estas de relacionamentos quebrados e ocasionais de fácil reconciliação?
Infelizmente, não são. Quando a Sra. Pierce chegou, em casa ficou chocada ao
descobrir que sua filha estava se recuperando de uma tentativa suicídio. "Eu só
precisava sentir os braços do papai ao meu redor", explicou ela, acrescentando:"Eu sabia que ele não viria." Alertados pela batalha emocional de sua filha, os
Pierce tentou lhes dar sua ajuda, mas seus esforços tardios falharam. Dois anos
depois, ela se matou.
A Relação de Bob com sua esposa também se deteriorou ao longo do
tempo. Em um ponto, muitos anos passaram sem se conversarem. Suas relações
com seus dois filhos restantes foram igualmente tensas. Embora Deus tenha
dado à família uma noite de reconciliação antes de sua morte, Bob Pierce viveu
muitos dos últimos anos de sua vida alienado de todos em sua família. Anos de
uma jornada de 18 horas por dia, alimentos insalubres e vôos constantes,
esgotaram suas reservas emocionais. Bob ficou suscetível a todos os tipos de
dificuldades físicas. Um biógrafo escreveu: "O temperamento que ele havia
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lutado toda a sua vida em controlar, se repetiu mais e mais vezes, e a mente que
havia operado com a precisão de um computador - começou a dar curto-
circuito, ocasionalmente, causando um erraticismo crescente em seu
comportamento ."
O pedido tão citado por Bob, "Apenas me deixe queimar para Deus", foi,
infelizmente, também a Relação de Bob com a diretoria da World Vision
Também teve um infeliz final, carregado de tensão. Em 1963, a equipe da
World Vision o rejeitou pela primeira vez, votando para cancelar suas
transmissões de rádio semanais, citando fatores financeiros. Mais tarde nessemesmo ano, a diretoria o colocou em licença médica. Ele estava no exterior,
como de costume, e preferiu ficar lá para sua recuperação. Finalmente ficou
melhor, mas as tensões na World Vision não cessaram. Em 1967, numa reunião
de diretoria bem tumultuada, Bob Pierce renunciou. Os documentos legais do
acordo foram levados no dia seguinte e foram assinados. Bob morreu de
leucemia em 1978. Dentro de semanas, sua filha Marilee Pierce Dunkercomeçou a escrever um livro, Man of Vision , contando sobre os milagres do
trabalho no exterior e sobre o "lado negro" de sua vida dolorosa em casa.
São histórias como estas, de relacionamentos quebrados e de
reconciliação ocasional, a exceção limitada apenas às pessoas excepcionalmente
talentosas? Infelizmente não. Eu poderia contar dezenas de histórias de pessoas
em nossa igreja e, literalmente, milhares de pessoas de todo o país. Você provavelmente poderia contar também.
Roger e seus dons
Se existisse um modelo de "garoto-propaganda da igreja", então Roger
certamente representaria este. Seu pai e doze outros membros da família estão
no ministério. Roger frequentou uma faculdade cristã e um seminário por duasvezes. Uma quando era uma criança, quando seu pai frequentava a faculdade e
dezoito anos depois quando ele participou da mesma escola.
"Em certo sentido, as cartas foram empilhadas", diz Roger hoje. "Tudo
que eu conhecia desde o nascimento, eram a igreja e o ministério. Eu tinha uma
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profunda paixão por tudo isto, mas como eu descobriria mais tarde, estes não se
traduzem, necessariamente, em uma paixão ou intimidade por Cristo
No início de seu ministério, Roger sabia que algo estava errado. Não
somente estava insatisfeito em um ambiente tradicional de uma pequena
paróquia, mas também estava sofrendo novamente com a depressão, como havia
tido tanto na faculdade, como no seminário. A denominação o avaliou e o
aconselhou a deixar o ministério devido a ausência de limites emocionais e a
presença de um forte espírito empreendedor que não estava bem estabelecido na
igreja.
Ele ignorou o conselho e, ao contrário, assumiu uma igreja
teologicamente tradicional no Queens, onde ele se sentiu chamado para ser um
agente de mudanças.
Foi difícil desde o início. Roger começou a implementar mudanças na
adoração, a adicionar novos programas, e redefinir as prioridades da comissão afim de ajudar a igreja crescer. Vários membros receberam a Cristo em uma
Cruzada com Billy Graham e novos convertidos se uniram à igreja. Logo, Roger
e sua esposa estavam recebendo cartas maldosas e se tornaram objeto de
controvérsias e fofocas.
A freqüência da igreja dobrou. As ofertas aumentaram dramaticamente. O
orçamento triplicou. E o pastor caiu. "Não sabia disso na época, mas eu estavacorrendo com todos os dons e nada saía de graça", admite Roger. "Estava cego
para o meu próprio vazio e abismo emocional." Depois de cada reunião mensal
junto com a igreja, ele chorava e tremia fisicamente.
Após cinco anos, Roger sentiu que estava no ponto de ruptura. Ele
mesmo pegou férias de verão sem remuneração - por desespero total, mas sem
sucesso. "Foi um verão desperdiçado. Não busquei o Senhor. Não procurei
qualquer ajuda. Nem sabia para onde me mover", diz ele hoje.
As coisas continuaram a declinar para Roger. A frequência da igreja
cresceu, e muitas pessoas já estavam o seguindo, mas as finanças eram
apertadas e as relações com a comissão da igreja pioraram. "Toda crítica e todo
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mal-entendido veio como se fosse um golpe fatal para mim pessoalmente", diz
ele.
O problema de Roger finalmente o deixou exausto. As pressões levaram-
no a anunciar sua demissão sem renda previsível, sem indenização, nenhuma
transição, nenhuma orientação, e nenhuma força emocional. Sentia-se um
fracasso, uma vergonha. O que deu errado? Roger era emocionalmente imaturo.
As freqüentes mudanças de sua família o ensinou a conhecer pessoas,
mas não como se conectar com elas. Então, ele permitiu que a câmara secreta
mais escura de seu coração, e bem protegida de todos, até mesmo de sua esposa,
crescesse. "Aprendi a guardar os meus problemas no mais profundo", admite
ele. "Eu não estava emocionalmente saudável. Para mim, a igreja sempre foi um
lugar para esconder as mais profundas e mais sombrias coisas sobre mim
mesmo. Mas, na verdade, nunca foi um lugar seguro."
A triste realidade era que, nem sua vida, nem as igrejas onde serviu, nemmesmo seu relacionamento em casa eram saudáveis. Roger vai voltar um dia,
creio eu, com uma liderança pastoral significativa. Mas agora, ele está fazendo a
coisa certa para Deus, colocando a casa em ordem, tanto pessoalmente, como
em casa e nas relações estreitas com os outros.
Modelos com defeito de fábrica para a Igreja
Lembro-me de meus primeiros dias de trabalho no InterVarsity em um
campus universitário e depois quando viajei por todo o país falando sobre
crescimento de igreja, conferências, atordoado pela vida emocional de muitos
líderes e pastores de nossas igrejas. As atitudes mais comuns eram a negação, a
atitude defensiva, o orgulho, os horários frenéticos, o workaholism o, a cobiça
para um maior impacto nas igrejas (que é idolatria; ver Cl. 3:5), e um rastro de
cônjuges solitários. Parecia demais para suportar. Nos primeiros dias, eu
acreditava que era simplesmente uma aberração, uma ocorrência rara. Com o
tempo, no entanto, percebi que era a norma.
Determinei que eu seria diferente. O único problema é que não sabia! A
estabilidade emocional dos lares americanos é o mais baixo de todos os tempos.
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Nos Estados Unidos, no momento da redação deste texto, cerca de metade de
todos os casamentos terminam em divórcio. O que é talvez o mais chocante, é
que a taxa de divórcio em vários estados tradicionalmente conhecido como o
Cinturão da Bíblia está entre as mais altas. Barna tem documentado que a taxa
de divórcio recente de pessoas que se descrevem como cristãos é ainda maior do
que as pessoas em geral. Mesmo entre os líderes cristãos, o colapso familiar é
surpreendentemente alto. Mais surpreendente é a frequente ocorrência de líderes
religiosos que são pegos com uma prostituta, que possuem vício por pornografia
ou em uma situação igualmente destrutiva e fora de controle. Muitos continuam
como se nada tivesse acontecido.
Para se ter uma idéia sobre o que pode ser quebrado em situações como
esta, considere o exemplo de alguém que decidiu falar honestamente sobre o seu
mundo interior. Em janeiro de 2002, o homem amplamente considerado como o
pai do matrimônio cristão Ray Mossholder do Marriege Plus Ministries ,
pediu o divórcio à sua mulher depois de quarenta e dois anos de casados eanunciou que se casaria novamente. Este respeitado líder cristão, cujo ministério
salvou mais de onze mil casais que estavam para se divorciarem, tinha sido
ouvida por milhões em seu programa de rádio e TV.
Ele anunciou a notícia de sua separação em uma carta aos adeptos,
referindo-se "a história do sapateiro que estava tão ocupado que sua própria
esposa teve que ir sem sapatos." Ele acrescentou: "Tenho sido o sapateiro. Não peço desculpas por isso."
No entanto, nem sua esposa nem filhos poderia impedí-lo de se casar com
outra mulher, assim que o divórcio saísse. Ele insistiu que não estava se
afastando de Deus, estava apenas deixando sua esposa de quarenta e dois anos
de casados. O mais triste de toda a declaração foi outro ponto que incluiu em
sua carta: Ele reconheceu: "fui muitas vezes hipócrita, quando falei sobre o
quão grande era o nosso casamento. O que eu ensinava era verdade, no entanto,
nunca fomos capazes de aplicar em nosso próprio casamento."
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Por quê? Acredito que afirmações como as de Mossholder e exemplos
como o Apóstolo , Pierce Bob e Roger derivam de um paradigma com defeito
(ou modelo) do discipulado cristão.
O Pequeno Grupo que se rachou
Quando começamos a New Life Fellowship em setembro de 1987,
estávamos empenhados em desenvolver pequenos grupos como parte integrantede nosso discipulado e estratégia na construção da comunidade. Nós investimos
muita energia no treinamento de líderes, tais como a forma de conduzir um
estudo bíblico, facilitar a adoração, construir uma comunidade, abordar os
vizinhos e orar com eficácia, bem como a forma de delegar e compreender as
fases de um pequeno grupo.
Nós desenvolvemos um manual de 75 páginas para "líderes de pequenos
grupos" e um manual de 29 páginas para os treinadores (supervisores) desses
grupos. Quando olho para trás, eles estavam todos "acima da superfície". A
história a seguir demonstra os limites e lacunas de nossa abordagem.
No início de 1995, Bob e Carol, um casal com um forte dom de
hospitalidade, estavam conduzindo um dos nossos pequenos grupos. Seu
pequeno grupo floresceu, com uma média de quinze pessoas que frequentavam
cada noite de sexta. Os participantes adoravam. Eles oraram uns pelos outros.
Estudavam as Escrituras. Passavam tempo juntos fora das reuniões do grupo.
Desfrutavam de uma refeição juntos a cada semana. "No começo", comenta
Bob, "eu o descrevia como um grupo muito amoroso".
Porém, rachaduras começaram a surgir quando Millie, um dos membrosdo grupo, informou a outras duas mulheres sobre um "caso" suspeito que estava
acontecendo entre duas pessoas em outro pequeno grupo da New Life . Elas eram
legitimamente interessadas e ansiosas, e tentavam ajudar. Essas mulheres
disseram a seus maridos, que eventualmente contaram a Bob. Ele ficou surpreso
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ao saber que esse boato estava circulando nos estudos do seu grupo descritos em
Tiago 3, o poder da língua para o bem ou o mal.
Bob falou com Millie e com as outras, assumindo que a fofoca deveria
parar. Na realidade, foi simplesmente varrida para debaixo do tapete,
para que não houvesse ninguém falando diretamente sobre a suposta indiscrição
moral.
A rachadura aumentou e o fundo caiu quando Millie comentou para Bob
que John, outro membro do grupo, estava convencido de que a esposa de Bob
estava tendo um caso. John tinha confiado em Millie, confiando-a a ter a
capacidade e a coragem de ir à Bob com as suas suspeitas. Eles alegavam que
tinham uma genuína preocupação por Bob.
ensei que estava consolidando as pessoas na Palavra de Deus ", disse
Bob." Finalmente percebi que eu não havia construído nada." Por este tempo
um número de conflitos crescentes desenvolveram entre os membros do grupo.
Os conflitos se espalham como um câncer, quando não tratados. Câncer
este que foi se espalhando rápido e mortal.
Bob, revoltado com as acusações e como foram tratadas de modo não-
bíblicas, foi levado ao núcleo do problema. Não apenas revelou a falta de
maturidade do grupo, como também as rachaduras em seu próprio casamento e
de sua vida que precisava ser tratada. Bob percebeu, por exemplo, que ele
estava sobrecarregado em ajudar outras pessoas depois do trabalho e se tornara
emocionalmente indisponível para sua própria família. Levaria quase dois anos
para curar seu casamento.
"Pensei que eu estava consolidando as pessoas na Palavra de Deus", disse
Bob. " Finalmente percebi que eu não havia construído nada. As pessoas pedem perdão e depois desaparecem. Gostávamos de falar sobre a Bíblia, mas não
sabíamos como viver o que aprendemos."
Dentro de apenas três meses, este grupo "amoroso" foi dizimado por toda
mágoa não resolvida. As pessoas se dispersaram. Millie e seu marido deixaram
a igreja e logo se mudaram para outro estado.
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Identificar os Componentes Emocionais da Maturidade Espiritual
Apesar de nossa grande ênfase e esforços investidos em treinamento de
liderança para os pequenos grupos, não compreendíamos o lugar indispensável
dos componentes emocionais para promover a maturidade espiritual. O nosso
modelo de discipulado não incluíam o desenvolvimento emocional desde a
infância ou adolescência até fase adulta . Resolução de conflitos, por exemplo,
não é simplesmente sobre a aplicação de algumas simples etapas. Para fazer isso
de uma maneira bíblica exige não apenas que você conheça Mateus 18:15-18,
mas também seja uma pessoa emocionalmente saudável.
Bob e Carol, desiludidos, logo deixaram a igreja. Levaria quatro anos
para que voltassem e começassem a confiar na igreja novamente. Como Bob
refletiu sobre o tudo o que tinha acontecido, ele disse, "Nós não sabíamos o que
estávamos fazendo." Bob estava certo. Eles e a liderança não tinham
maturidade emocional/espiritual ou treinamento para irem abaixo da
superfície de tal forma que levassem este grupo através dos conflitos em maior
maturidade em Cristo.
Nós não éramos realmente honestos sobre o que estava acontecendo
dentro de nós mesmos. Tudo estava sobre a superfície.
Bob e Carol estão agora servindo em um pequeno grupo da New Life .
Quando lhe perguntei sobre qual era a diferença entre aquela época e agora, eleme Pastor Peter, não éramos realmente honestos sobre o que estava
acontecendo dentro de nós mesmos. Tudo estava sobre a superfície. O grupo
agora está muito diferente. Acredito que este relato compartilhado tão
abertamente, está relacionado à presença de pessoas maduras no grupo.
Eu sabia que algo estava errado com o nosso desenvolvimento de líderes
de pequenos grupos e na construção de comunidades saudáveis. Não sabíamos
qual era o problema. Mas, como disse na abertura do capítulo 1, Como andam
os líderes, assim vai ão podemos fazer crescer uma igreja
emocionalmente saudável se nós mesmos não abordarmos questões sob a
superfície de nossas vidas.
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Com um sopro Deus fez de nós seres humanos. No entanto, de algumaforma, hoje separam a parte emocional de quem somos, considerando como
suspeito, irrelevante, ou de importância secundária. Os modelos de discipulado
contemporâneos, muitas vezes, elevam o espiritual acima dos componentes
físico, emocional, social e intelectual ao qual somos constituídos. Em nenhum
outro lugar, no entanto, uma boa teologia bíblica permite tal divisão.
A Revolução Copernicana Necessária Hoje
Durante 1.400 anos era universalmente aceita e "provada
matematicamente" a idéia de que a Terra era o centro do universo. Não foi
Ptolomeu, o grande astrônomo grego, que demonstrou isso? Todos aceitavam a
idéia de que o sol e o universo giravam em torno da Terra. Então Copérnico, umcientista polonês, em 1500, desafiou essa suposição, seguido mais tarde por
Galileu. Eles viram os problemas e inconsistências dessa visão antiga do mundo
e apresentou um paradigma radicalmente novo. Em sua análise, a Terra era
simplesmente um dos muitos planetas que orbitam o Sol em um vasto universo.
Galileu foi ainda mais longe, dizendo que até mesmo o Sol é apenas um jogador
pequeno em um incontável número de galáxias.
Este novo paradigma ou visão da realidade sacudiu os alicerces da
sociedade e da igreja. Foi profundamente perturbador admitir que as pessoas
eram apenas uma pequena partícula em uma vasta galáxia. Para tal sacrilégio de
olhar o universo e suas implicações para a fé das pessoas, Galileu foi intimado a
ir à Roma, considerado "veementemente suspeito de heresia", e eventualmente
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condenado à prisão domiciliar perpétua. Ele também foi proibido de publicar.
(Ele estava fora dos padrões de sua época!)
A mudança da visão de Mundo de Ptolomeu para a de Copérnico, veio
como evidência de que a velha maneira de olhar as coisas já não estavam
adequadas. Galileu estudou mais sobre o movimento das estrelas e dos planetas,
levando em conta o sistema de Ptolomeu, mas evidenciando de maneira mais
clara. Daquele ponto em diante, todos começaram a olhar para o universo sob
uma nova perspectiva. Todo tipo de informação prévia e dados, podem agora,
ser considerados e analisados em novas formas. Uma mudança assim para umnovo modelo ou paradigma pode ser pensado como uma espécie de conversão.
Não é possível para um cristão ser espiritualmente maduro, enquanto é
emocionalmente imaturo.
Estou usando o termo paradigma propositadamente. Este foi popularizado
por Thomas Kuhn em seu livro The Structure of Scientific Revolutions . Eledefine um paradigma como uma forma de ver e pensar sobre a realidade. É a
lente, o filtro através do qual nós interpretamos os dados e informações de
nossas vidas. Para Kuhn, as revoluções do pensamento científico só pode
acontecer quando as pessoas são capazes de sair de um velho padrão de ver e
pensar em algo novo.
Hoje, nós ainda usamos a revolução copernicana para descrever toda umanova maneira de olhar a vida, que abala os alicerces de como nos sentimos,
pensamos, ou enxergamos algo. Acredito que a tese deste livro, que a saúde
emocional e a saúde espiritual, são inseparáveis e são como uma revolução
copernicana para muitos na comunidade cristã. Não é possível para um cristão
ser espiritualmente maduro, enquanto é emocionalmente imaturo.
Por alguma razão, no entanto, a grande maioria dos cristãos de hoje vive
como se os dois conceitos não estivessem interligados. Os nossos padrões do
significado de ser "espiritual" totalmente ignora muitas incoerências gritantes.
Temos aprendido a aceitar que:
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pode ser um orador dinâmico em público cheio dos dons de Deus e ser
um cônjuge sem amor em casa.
da liderança da igreja ou pastor e ser
orgulhoso, inseguro e defensivo.
Novo Testamento e ainda não ter
consciência de sua depressão e raiva, mesmo deslocando-as em outras pessoas.
várias vezes na semana, ter disciplina na devoção
pessoal e constantemente criticar os outros, justificando-se com discernimento.
ê pode levar centenas de pessoas à igreja impulsionado por uma profunda
necessidade pessoal de compensar a persistente sensação de fracasso.
libertação de demônios, quando na realidade você está
simplesmente evitando o conflito, repetindo um padrão de comportamento
doentio rastreado da casa onde cresceu.
e ser exteriormente cooperativo na igreja, mas inconscientemente tenta
minar ou derrotar o seu superior, chegando habitualmente atrasado, sempre
esquecendo das reuniões, retirando-se e tornando-se apático, ou ignorando o
problema real por trás de sua mágoa e irritação.
Platão na Igreja
De onde tiramos a idéia de que a maturidade espiritual pode ser
alcançada, além de uma integração dos aspectos emocionais de quem somos?
Onde é surgiu o preconceito sutíl que coloca o espiritual acima dos
componentes físico, emocional, social e intelectual?
A resposta é complexa, mas pode ser resumida simplesmente como a
influência de um filósofo grego chamado Platão, que viveu vários séculos antes
de Cristo. Sua influência se estendeu através de uma variedade de pessoas na
história da igreja, como Agostinho, e continua a ter impacto atualmente.
A mensagem sutil foi filtrada em nossas igrejas de que o emocional é
menos importante que o espiritual.
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&!
A mensagem implícita em muitas de nossas igrejas é: "O corpo é ruim, o
espírito é bom.". De alguma maneira, uma sutil mensagem foi filtrada em
nossas igrejas que o ser humano, o seu fator emocional é, de alguma forma
pecaminosa ou, pelo menos, menos importante que o espiritual. Esta visão vem
muito mais do platonismo e gnosticismo do que das Santas Escrituras.
A maioria das pessoas, quando perguntadas sobre o que significa ser
à imagem de Deus (Gn 1:26-27, 5:1 e 9:6, Sl 08:05; Rm 8:29; 1. Co.
11:07; 15:49; Ef 4:24; Cl. 1:15, 3:18, 1 João 3:2), se concentra apenas em
nossos aspectos espirituais. Pensamos apenas em moldar nossa vida em Jesusem áreas como a oração, a Palavra, o serviço, o devolver os dízimos e ofertas e
na adoração.
O único problema é que somos mais do que os seres espirituais.
Negar qualquer aspecto do que significa ser uma pessoa totalmente
humana feita à imagem de Deus, traz consigo consequências catastróficas alongo prazo, especialmente sob a tendência de separar a saúde emocional da
espiritual. Desenvolvimentos insalubres são inevitáveis quando não
conseguimos entender a nós mesmos como pessoas inteiras, feitas à imagem de
nosso Deus Criador.
Esta imagem de Deus em nós inclui muitas dimensões: física, social,
emocional, intelectual e espiritual. Por alguma razão, no entanto, nosso espíritoé exaltado sobre os outros aspectos importantes que nos fazem humanos.
Ignoramos:
Quem tem tempo para se exercitar, comer corretamente ou para
descansar o suficiente"?
O social: "Não se preocupe com essas amizades. Quem tem tempo para
amizades sadias e para pessoas significativas? Você terá tempo para festa
no céu?
O intelectual: "Seja cauteloso ao desenvolver sua mente para o seu pleno
potencial? Você vai acabar distante de Deus. Quem tem tempo para a
reflexão?
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O emocional:. Parece que quando você entra em contato com seus
sentimentos, você se torna mais confuso e mais longe de Deus "
Este paradigma bíblico levou a esta atitude que considera os sentimentos e
emoções como algo oposto ao Espírito.
Com o tempo, este paradigma bíblico levou a uma atitude que os
sentimentos e emoções são considerados como contrário ao Espírito
(especialmente a raiva, que se tornou um dos sete pecados capitais, apesar do
"ficar com raiva e não pequeis" e "ser lento para a cólera" são ensinamentos das
Escrituras). Na mente de muitos hoje, a repressão dos sentimentos e emoções
foi elevado à condição ou virtude do Espírito. Negar a raiva, ignorar a dor e a
depressão, a execução da solidão, evitar dúvidas confusas, e desligar a nossa
sexualidade tornou-se um modo de vida espiritual.
Em The Cry of the Soul , Dan Allender e Tremper Longman descreve o
porque é tão importante ouvir e lidar com as emoções:
Ignorar nossas emoções é voltar as costas à realidade, e ouví-las
introduz-nos à realidade. E é nesta onde encontramos Deus .... As emoções são
a linguagem da alma. São o grito que dá ao coração uma voz .... No entanto,
muitas vezes, fazem ouvidos surdos através da negação emocional, distorção, ou
desengajamento. Estirpamos para não perturbar, a fim de ganhar o controle
tênue do nosso mundo interior. Estamos assustados e temos vergonha dos
vazamentos em nossa consciência. Ao negligenciar nossas intensas emoções,
que são falsas a nós mesmos, perder-se uma oportunidade maravilhosa de
conhecer a Deus. Nos esquecemos que a mudança vem através da brutal
honestidade e vulnerabilidade ante a Deus. (ênfase adicionada)
Jesus- Tanto Deus como Humano
Um modo pelo qual cresci espiritualmente, foi quando trabalhei em um
jornal privado. Eu registrava meus pensamentos, orações e reflexões feitas para
Deus. Na elaboração deste livro, passei um dia inteiro relendo meus diários que
escrevi num período de quinze anos. A primeira lição difícil que notei foi a
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quantidade de resistência que eu tinha de ver e aceitar o novo paradigma da
saúde emocional, inseparável da espiritualidade. Foram mais de dois anos de
intenso trabalho e dor!
Ao longo da minha caminhada cristã, sempre aceitei o Deus chamado
Jesus. O problema era que eu raramente considerava o humano chamado Jesus,
ou minha própria humanidade, para essa matéria. Meus primeiros escritos no
diário e orações, confirmaram que durante os dezessete anos da minha vida
cristã, eu adorava a Jesus não como um humano. Nem eu também o era.
Uma das heresias da igreja primitiva era o docetismo , a crença de que
Cristo não tivesse realmente se tornado humano por causa da diferença
intransponível entre o mundo divino e o humano. Alguns, portanto, pensavam
que Jesus apenas parecia ser humano, mas na verdade nunca desistiu de sua
natureza ou essência divina. Enquanto eu não acreditar intelectualmente uma
idéia tão anti-bíblica, a minha vida em Deus não apoia o que eu professo.
Ignorei os meus limites humanos e corri de maneira irregular para fazer mais e
mais para Deus. Evitei sentimentos negativos como raiva, depressão ou anti-
Deus. Eu caí na armadilha de pensar que viver o dia todo em oração e na leitura
da Palavra era mais espiritual do que limpar a casa, lavar roupa, ou cuidar das
crianças.
No Concílio de Calcedônia, em 451 dC, os líderes da igreja declararam
que Jesus era plenamente Deus e plenamente humano - uma interpretação
generalizada histórica das Escrituras que eu também afirmo. O Conselho
afirmou que Deus visitou o nosso planeta como o Verbo, se fez carne e habitou
entre nós. Eles definiram a relação das duas naturezas de Cristo como
relacionados, mas sem confusão ou divisão.
O Jesus que eu adorava, pelo contrário, era muito mais Deus e muitomenos um homem. Nunca entendi, por exemplo, o relato de Jesus no Jardim do
Getsêmani. Aqui vemos um Jesus plenamente humano com o emocional
deprimido, mentalmente confuso e espiritualmente oprimido. Ele está sendo
empurrado para a beira de seus limites humanos. Vemos cair no chão "e posto
em agonia, orava mais intensamente, e o seu suor era como gotas de sangue
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caindo ao chão" (Lucas 2: 44). Eu nunca havia considerado que Jesus estava sob
um tipo de estresse emocional. Não é de admirar que algumas pessoas rejeitam
essa face carnal, humana, que luta e que nem sempre está cem por cento certo
sobre a vontade de Deus.
O que me preocupa é que muitos líderes cristãos que conheço são
emocionalmente entorpecidos.
O que me preocupa é que muitos líderes cristãos que conheço são
emocionalmente entorpecidos. Eles não estão cientes de tudo o que poderia ser
chamado de sentimentos ou emoções. Quando você perguntar-lhes como se
sentem, eles podem usar o termo "eu sinto", mas na realidade relatam apenas
uma declaração do que pensam. Suas emoções estão em um congelador. Sua
linguagem corporal, tom de voz, expressões faciais e indicam que as emoções
estão presentes, mas eles não estão conscientes o suficiente até mesmo para
identificá-los. Mesmo aqueles que são "melosos", estes são muitas vezes
inconscientes das profundezas por detrás de suas emoções.
Nosso mundo exterior e interior
Eu era um impostor e não sabia. Como a maioria das pessoas na liderança
cristã, eu trabalhei duro para ser um cristão comprometido e amoroso. Trabalhei
servindo as pessoas, perdoando, me humilhando e sendo alegre. O problema era
que eu estava infeliz a maior parte do tempo e era incapaz de admitir isso para
alguém, inclusive à mim mesmo.
Não conseguia acreditar. Meu mundo interior não estava em sincronia
com o meu comportamento exterior. A Bíblia tem uma palavra para essa lacuna,
uma palavra que Jesus usou repetidamente aos líderes religiosos: a hipocrisia(cf. Mt 23). Significa literalmente encenar. Isto que é particularmente
assustador, é que essa "encenação" que é frequentemente ensinada e esperado
em nossas igrejas. O resultado é que grandes números de pessoas estão
totalmente inconscientes da dicotomia entre o mundo exterior e o interior.
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Ao mundo exterior, estou me referindo às pessoas a quem nos
relacionamos e os acontecimentos ao nosso redor. Nosso mundo interior é o que
está acontecendo dentro de nós. Este interior representa o que sentimos, nossos
valores , a honra, a estima, o amor, o ódio, o medo e crenças.
Para realmente amar a Deus de todo nosso coração, alma, mente e força,
exige que não saibamos apenas a respeito de Deus, mas também que
conheçamos o nosso interior, a natureza do nosso próprio coração, alma e
mente. Compreender esse mundo de sentimentos, pensamentos, desejos e
esperanças com toda a sua riqueza e complexidade, é trabalho duro. Também é preciso tempo para o mesmo.
Nosso grande dilema é que eu estava muito ocupado na construção de
uma igreja maior e procurando maneiras de ter um impacto maior. Quem teria
tempo para esse tipo de introspecção mórbida? Este tempo de reflexão não
poderia atrasar a obra de Deus? Que bom para Deus e para os outros não sair
trombando em meus desejos , medos e esperanças inconscientes?
É doloroso ter o nosso primeiro olhar mais a fundo dentro de nossos
corações. Jeremias 17:9 afirma:.. O coração é mais enganoso do que todas as
coisas, e desesperadamente corrupto; quem pode compreendê-lo "(NVI) A razão
para isso remonta à queda de Adão e Eva no Jardim do Éden. Desde então,
fomos separados de Deus, e divididos internamente de nós mesmos. Vergonha,
solidão, auto-proteção caracterizados como a dor emocional que marcaram
Adão e Eva em Gênesis 3. Essas respostas também caracterizam cada um de
nós.
Por esta razão, é preciso trabalho, energia, inconveniência, tempo,
coragem, solidão, e uma sólida compreensão da graça de Deus através do
Evangelho para poder crescer em Cristo. Isso contribui ainda mais, creio eu, pela razão na qual a fronteira da saúde emocional tem sido amplamente
ignorada na maioria dos modelos de discipulado, da formação espiritual e de
mentoring em nossas igrejas e seminários. Para isso, estamos pagando o alto
preço do crescimento atrofiado e discípulos rasos em nossas igrejas.
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A "conversão" para mim e nossa liderança
Inicialmente, eu pensava que minha conversão à Cristo havia sido a
minha entrega total. Mal sabia eu que era só o começo.
Quando descobri o elo entre a saúde espiritual e a emocional, eu já era um
cristão há quase vinte anos. Me senti como um bebê começando a engatinhar.
Estava desenvolvendo os músculos e desenhando sobre as áreas de minha vida
que tinha, até então, permaneceram intocadas.
Mas a minha revolução copernicana tinha começado e eu não poderiavoltar. Senti-me como se estivesse traindo meus antepassados espirituais que
moldaram-me espiritualmente. O navio havia deixado a terra, e não sabia onde
estava indo.
Este paradigma revolucionário onde a saúde emocional e maturidade
espiritual são inseparáveis foi uma nova fronteira para o meu desenvolvimento
pessoal e para a New Life Fellowship . Uma nova fronteira que afeta todas as
áreas da vida da igreja, dos sermões para as reuniões de liderança, para as
classes bíblicas, para as reuniões da comissão e para o culto dominical. O
pequeno, o imperfeito, o grão de mostarda, o poder de um fraco sobre algo
grande, o flamboyant, o poder das massas, começou a se tornar o foco.
Permita-me ilustrar o poder escondido explosivo desse novo paradigma
pela forma como a New Life Fellowship e os anciãos desenvolveram um dos
nossos pastores.
Com grande expectativa, a New Life Fellowship contratou Selena como
nossa pastora de jovens. Ela era uma entusiasta, cheia de dons, carismática,
jovem, uma líder forte e uma grande professora com paixão de alcançar a
juventude. Seu marido, Milton, trabalhava com uma organização de jovens forada New Life Fellowship e era artista de rap profissional com dois CDs gravados.
Eles trouxeram uma capacidade única de alcançar jovens em risco urbano no
sistema de acolhimento de cuidados, ministrando para a juventude nos lares
cristãos , alcançando os asiáticos, hispânicos, bem como a sua própria cultura
afro-americana. Não era incomum, por exemplo, Selena passar um dia no
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tribunal defendendo um de nossos jovens no sistema de acolhimento de
cuidados ou cuidar de uma adolescente grávida que estava para ter um aborto.
O grupo de jovens era animado e próspero. Muitos jovens estavam se
tornando cristãos. Alguns estavam crescendo como líderes. O ministério de
Milton e Selena começou a trabalhar com as crianças de uma maneira que só
poderia ser descrita como inovadora e poderosa!
O problema, no entanto, foi que, como os números e sucesso do
ministério cresceram, a tensão em sua vida pessoal e conjugal também
cresceram. A força de sua fundação espiritual e emocional foi desafiada. Selena
estava fora de casa por muitas noites. Ela satisfazia suas necessidades
emocionais por seu sucesso como uma líder, mas não com seu relacionamento
em casa. Milton estava ressentido pois Selena estava sempre trazendo crianças
para casa. Ambos empurravam seus ministérios, mas tornou-se cada vez mais
evidente que havia tensões não resolvidas em seu casamento.
O que poderia ou deveríamos fazer como igreja? No passado, quando o
casamento de um líder estava com problemas ou sofrimento, orávamos e
trazíamos consultores profissionais, e não teríamos compreendido a amplitude
do discipulado contínuo necessário para os seus problemas emocionais.
Nosso histórico, até à data deste acontecimento, tinha sido cheio de falhas
na maioria dos casos. Determinamos que desta vez seria diferente. Não seriasimplesmente orar e "esperar o melhor", evitando as tensões e os riscos de
enfrentar a questão abertamente, honesta e de modo direto.
Fui diretamente falar com Selena e pedi para que se acalmasse diante
desta situação. Ela não o fez. Me encontrei com Milton, mas não consegui
romper sua apatia. Não vinham de modelos de lares saudáveis. Eles foram
simplesmente refletindo sobre seu casamento como ocorria com sua família. A
verdade, porém, era que Selena estava na defensiva e viciada no trabalho,
enquanto que Milton era passivo, agressivo e solitário.
Os mais velhos tiveram uma escolha neste momento. Não podíamos
pedir-lhes para renunciar ao cargo ou convidá-los para tirar um ano sabático a
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fim de amadurecer seu casamento e depois restaurá-los para uma futura
liderança?
Enquanto orávamos e discutíamos este assunto em nossas reuniões
pensamos que este período levaria, provavelmente, um ano. O que faríamos
com o ministério de jovens nesse meio tempo e com as famílias? Selena tinha
sofrido racismo e outras resistências para formar o grupo de jovens. Não seria
qualquer um que poderia assumir seu lugar. Os jovens, incluindo os meus
próprios adolescentes, não queriam ninguém, apenas Selena! Para muitos dos
nossos jovens, o grupo de Jovens New Life era a única família que tinham poisseus pais estavam distantes. Será que nós, como uma congregação e como
liderança, teríamos a coragem de decepcionar aquelas crianças e potencialmente
ver o ministério de jovens diminuir ou desaparecer, tudo para o bem de Selena e
Milton?
Os anciãos corajosamente disseram "sim". A congregação aplaudiu
publicamente Selena e Milton quando, no domingo, anunciaram suas lutas e seu
compromisso de crescer através delas. No próximo ano, definiríamos um
período sabático estruturado para que eles pudessem lidar com as questões
pessoais e conjugais.
Ambos vieram de famílias infelizes. A mãe dominadora de Milton fez
com que ele crescesse evitando conflitos, principalmente com mulheres fortes,
como Selena. Por causa do pai altamente crítico de Selena, ela construiu uma
parede altamente defensiva contra a crítica. Os anciãos os direcionaram a
conselheiro profissional cristão para orientar este processo de mudança ao longo
do próximo ano até voltassem à liderança. Eles precisavam crescer, tanto no
caráter como para desenvolver as habilidades necessárias para a tomada de um
olhar mais profundo sob a superfície de sua espiritualidade (cap. 5), para
quebrar o poder de suas famílias sobre o presente (cap. 6), para aprender sobre
quebrantamento e humildade (cap . 7), para começar a viver dentro dos limites
(cap. 8), para abraçar a dor e as perdas do passado (cap. 9), e aprender a
encarnar um com o outro assim como Jesus (cap. 10).
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Milton e Selena foram corajosos e fizeram grandes mudanças em sua vida
naquele ano. Além de abordar dolorosas questões pessoais, eles se mudaram
para uma nova casa e não abrigavam nenhuma criança a noite. Por respeito e
compromisso um com o outro, os dois estabeleceram limites apertados ao redor
da privacidade de seu casamento. Selena se comprometeu em estar a maioria
das noites em casa. Começaram a fazer as refeições juntos e, de forma mais
consistente, começaram a trabalhar como seres humanos, e não simplesmente
como máquinas. Mais importante, eles permitiram que o Espírito Santo e as
Escrituras impactassem o componente emocional de suas personalidades.
Selena e Milton têm crescido muito, tanto como indivíduos como em seu
casamento. Tem sido um processo contínuo. Não chegaram através de qualquer
meio. A luta e tentação de recair nos velhos padrões destrutivos ainda
permanecem. No entanto, a qualidade de seu ministério já tem uma
profundidade sólida, que só pode ter ocorrido através de um conselho de
anciãos emocionalmente saudáveis e uma congregação que entendia que a saúdeemocional e espiritual são inseparáveis.
São todos os cristãos receptivos a esse nível de discipulado? Eu sou?
Você? Vire a página e veja onde você está, pessoalmente, sobre as qualidades
bíblicas que dão provas da saúde emocional.
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O capítulo anterior delineou uma base bíblica para um novo paradigma de
discipulado, que inclui a maturidade emocional. O diagnóstico seguinte faz amesma coisa, mas de um modo prático e pessoal.
A saúde emocional não é apenas uma idéia para se pensar. É uma
experiência para se refletir tanto individualmente, como em suas relações com
os outros. Dedique alguns minutos para a reflexão sobre este teste simples, para
que possa ter uma noção de onde você está como discípulo de Jesus Cristo,
tanto como indivíduo e na igreja. Ele irá ajudá-lo a ter uma noção de se seudiscipulado e os componentes emocionais de sua vida.
É uma experiência para se refletir tanto individualmente, como em suas
relações com os outros.
É natural sentir-se inquieto ou desconfortável com algumas das
perguntas. Tente ser o mais vulnerável e aberto possível. Lembre-se que o testeirá revelar nada mais sobre você que seja novidade para Deus. Tome um
momento para orar , a fim de que Deus guie suas respostas e faça você se
lembrar de ser honesto, pois Ele o ama profundamente, incondicionalmente.
Devido às limitações de espaço, mantive a Parte A reduzida. Acredito que
a maioria dos leitores será muito mais familiarizado com os conceitos indicados
na parte A do que na Parte B.
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Teste de Saúde Emocional / Espiritual
Responda a estas perguntas o mais honestamente possível. Use o método
seguinte de pontuação:
PARTE A: Formação Geral e Discipulado:
1. Nunca 2. Às Vezes 3. Quase sempre 4. Sempre
1. Tenho confiança em minha adoção como filho/filha deDeus e, raramente, ou algumas vezes, questiono sua aceitação por mim.
1 2 3 4
2. Gosto de adorar a Deus por mim, assim como para com os outros. 1 2 3 43. Gasto de tempo de qualidade estudando a Palavra de Deus e orando. 1 2 3 44. Reconheço os dons espirituais dados por Deus e uso ativamente para o seuserviço.
1 2 3 4
5. Sou um participante vital na unidade de Cristo com outros os outros. 1 2 3 46. Meu dinheiro, dons, tempo e habilidades estão completamente à disposição deDeus e não à minha.
1 2 3 4
7. Nunca deixei de integrar a minha fé nos negócios e ao mundo. 1 2 3 4
PARTE B: Componentes Emocionais do Discipulado
Princípio 1: Olhar abaixo da superfície
1. É fácil eu identificar o que estou sentindo(João 11, 33 -35; Lucas 19; 41-44)
1 2 3 4
2. Estou disposto a explorar as desconhecidas ou inaceitáveisPartes de mim (permitir que Cristo mais completamente me transformar(Rm, 7:21-25; C1.3:5 - 17).
1 2 3 4
3. Gosto de ficar sozinho em reflexão com Deus e comigo mesmo(Marcos 1:35 Lucas 6:12).
1 2 3 4
4. Posso compartilhar livremente sobre minhas emoções, sexualidade, alegria edor (Pv 5:18-19, Lucas 10:21).
1 2 3 4
5. Sou capaz de experimentar e lidar com a raiva de uma maneira que me leva para o crescimento (Ef.4 :25-32).
1 2 3 4
6. Sou honesto comigo mesmo sobre meus sentimentos. crenças, dúvidas, pecadose mágoas debaixo da superfície de minha vida (Sl. 73, 88; Jr.20: 7-18),
1 2 3 4
Princípio 2: Quebrar o Poder do Passado
7. Resolvo conflitos de forma clara, direta, de maneira respeitosa, não como poderia ter aprendido a crescer na minha família, como dolorosas depreciações,evitando as tensões crescentes, ou indo para um terceiro e não à pessoadiretamente (Mt 18:15018)
1 2 3 4
8. Estou intencionalmente trabalhando através do impacto de importantes eventosque moldaram o meu presente, como a morte de um membro da família, umagravidez inesperada, o divórcio, o vício, ou um desastre financeiro.
1 2 3 4
9. Sou capaz de agradecer a Deus por todo o meu passado, vendo como foramusados para moldar quem sou hoje.
1 2 3 4
10. Posso ver como certos pecados "geracionais" foram passadas a mim através daminha história familiar, incluindo falhas de caráter, mentiras, segredos, formas delidar com a dor e tendências doentias em relação com aos outros
1 2 3 4
11. Não preciso provar nada para os outros pra me sentir bem comigo 1 2 3 412. Assumo a responsabilidade de meu passado ainda que envergonhe outros(João 5:5-7)
1 2 3 4
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'#
Princípio 3: Viver em Quebrantamento e Vulnerabilidade
13. Costumo admitir quando estou errado, prontamente pedindo perdão a outros.
(Mt. 5 :23-24)
1 2 3 4
14. Sou capaz de falar livremente sobre minhas fraquezas, falhas e erros(2 Coríntios, 1 2:7-1 2).
1 2 3 4
15. Outros facilmente me descrever como acessível, gentil, aberto e transparente(Gl. 5:22 -23, 1 Co 13:1 -6).
1 2 3 4
16. Pessoas próximas a mim diriam que eu não sou facilmente ofendido oumagoado (Mt. 5:39-42.1 Cor.13:5)
1 2 3 4
17. Estou sempre aberto a ouvir e aplicar as críticas construtivas e comentáriosque outros possam ter para mim (Pv.10:17; 17:10)
1 2 3 4
18. Raramente julgo ou critico as pessoas 1 2 3 419. Outros diriam falar que sou rápido em ouvir e bom pra enxergar a perspectivade outras pessoas. (Tiago 1:19 -20)
1 2 3 4
Princípio 4: Receber o Dom de Limites
ou de morder mais do que possomastigar. (Mt. 4:1-11)
1 2 3 4
(Marcos 6:30-32)
1 2 3 4
22. Reconheço as diferentes situações onde sou único e Deus me dado uma
personalidade pode ser uma ajuda ou um obstáculo em responder adequadamente
1 2 3 4
23. É fácil eu distinguir a diferença entre quando ajudar a alguém levar a carga equando deixá-lo para que possam levar o seu próprio fardo
1 2 3 4
24. Tenho um bom senso sobre minhas capacidades emocionais, relacionais,físicos e espirituais e me puxo para descansar e encher meu "tanque" novamente.
1 2 3 4
25. Pessoas próximas a mim diriam que eu sou bom no equilíbrio famíliar, nodescanso, no trabalho e jogo de uma maneira bíblica.
1 2 3 4
Princípio 5: Abrace a Perda e a Dor
26. Sou aberto pra admitir minhas percas e desapontamentos. 1 2 3 427. quando estou em meio a um desapontamento, reflito se estou sentindo em vezde fingir que nada está errado.
1 2 3 4
28. Dou tempo para sofrer minhas perdas como Davi. 1 2 3 429. Pessoas que estão em grande dor e tristeza tendem a procuram-me, porqueestá claro para eles que estou em contato com as perdas e tristezas de minha
própria vida (2 Co. 1:3-7)
1 2 3 4
30. Sou capaz de chorar e experimentar a depressão e tristeza, explorando asrazões atrás destes, sabendo que Deus está trabalhando.
1 2 3 4
Princípio 6: Faça da Encarnação seu modelo de Amar bem
31. Sou capaz de entrar no mundo e sentimentos de outras pessoas, conectando-me profundamente com elas e dando tempo de imaginar como é estar em seuslugares.
1 2 3 4
32. Pessoas próximas a mim me descreveriam como um ouvinte sensível. 1 2 3 433. Tenho um senso saudável de quem eu sou, de onde vim, e quais são meusvalores, gostos, paixões, desgostos...e assim vai.
1 2 3 4
34. Sou capaz de me aceitar do jeito que sou (João 13:1 -3: Rm. 12:3). 1 2 3 435. Sou capaz de formar profundos relacionamentos com pessoas de diferentes 1 2 3 4
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origens, culturas, raças, educação e classes econômicas (João 4:1-26; Atos 10-11).36. Pessoas próximas a mim diriam que eu sofro com os que sofrem e me alegrocom suas alegrias. (Pv. 20:5)
1 2 3 4
37. Eu sou bom em convidar as pessoas para ajustar e corrigir minhas suposições prévias sobre elas.
1 2 3 4
38. Quando confronto alguém que me feriu, falo mais na primeir
sobre como estou me sentindo em vez foi feito.
1 2 3 4
39. Raramente julgo os outros. Sou um pacificador e conciliador (Mt 7:1-5). 1 2 3 440. As pessoas me descreveriam como alguém que coloca o princípio 'amar bem'como principal objetivo (João 13:34-35).
1 2 3 4
TOTAL: ______________________
RESULTADOS:
Para cada grupo de perguntas nas páginas 59 - 61:
do grupo. Escreva o total na página65, como o exemplo abaixo ilustra. da, trace suas respostas e ligue os pontos para criar um gráfico na
página 65, mais uma vez seguindo o exemplo abaixo. Finalmente, consulte a página 66 para interpretar seu nível de saúdeemocional em cada área.
Que padrões você consegue discernir?
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Parte A Questões Total
Formação Geral e Discipulado 1-7 ____/28
Parte B Questões Total
Princípio 1: Olhar abaixo da superfície 1-6 ____/24
Princípio 2: Quebrar o Poder do Passado 7-12 ____/24
Princípio 3: Viver em Quebrantamento eVulnerabilidade
13-19 ____/28
Princípio 4: Receber o Dom de Limites 20-25 ____/24
Princípio 5: Abrace o Luto e a Perda 26-30 ____/20
Princípio 6: Encarne seu Modelo de Amar Bem 31-40 ____/40
Adulto Emocional
Adolescente Emocional
Criança Emocional
Bebê Emocional
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Guia de Interpretação: Níveis de maturidade emocional
Bebê emocional. Como um bebê, olho para as outras pessoas e tomo cuidado com minhasegurança, mais do que olho para cuidar deles. Muitas vezes, tenho dificuldade em descrever
e experimentar meus sentimentos de maneira saudável e raramente entro no mundoemocional dos outros. Estou constantemente impulsionado por uma necessidade degratificação instantânea, muitas vezes usando os outros como objetos para satisfazer asminhas necessidades, e estou ciente de como o meu comportamento está afetando / ferindooutros. As pessoas, às vezes, me vêem como insensível, frio e egoísta.
Criança emocional. Como uma criança, quando a vida está indo do meu jeito e estourecebendo todas as coisas que quero e preciso, estou contente e pareço emocionalmente bemajustado. No entanto, assim que uma decepção, stress, tragédia ou raiva entra em cena,rapidamente me revelo. Interpreto as divergências como uma ofensa pessoal e estoufacilmente ferido com os outros. Quando não fazem do meu jeito, muitas vezes me queixo,
lanço uma birra emocional, me retiro, manipulo, arrasto os pés, torno-me sarcástico, ou mevingo. Tenho dificuldade de discutir calmamente com os outros o que eu quero e esperodeles uma forma madura de amor.
Adolescentes emocionais. Como um adolescente, sei a maneira correta que eu deveria mecomportar, de modo a "encaixar" em uma sociedade madura, adulta. Posso sentir meameaçado e assustado por dentro quando me oferecerem crítica construtiva, ficandorapidamente na defensiva. Subconscientemente mantenho registos sobre o amor quecompartilho, para que eu possa pedir algo em troca num determinado tempo. Quando estouem conflito, eu poderia admitir alguma culpa no assunto, mas vou insisto em demonstrar aculpa do outro, provando por que eles são mais culpados. Por causa do meu compromisso
com a auto-sobrevivência, tenho dificuldade realmente de escutar a dor, as decepções, ou asnecessidades de outra pessoa, sem me preocupar.
Adultos emocionais. Posso respeitar e amar os outros sem ter que alterá-los ou tornar-mecrítico ou juiz. Não espero que ninguém seja perfeito para atender as minhas necessidadesrelacionais, seja meu cônjuge, pais, amigos, chefe, ou pastor. Ama e apreciar as pessoas peloque elas individualmente, boas ou más, e não por aquilo que pode me dar ou como secomportam. Assumo a responsabilidade por meus próprios pensamentos, sentimentos,objetivos e ações. Quando sob estresse, não caio em uma mentalidade de vítima ou de um
jogo da culpa. Posso afirmar minhas próprias crenças e valores para aqueles que discordamde mim, sem tornar-me contraditório. Sou capaz de auto-avaliar com precisão meus limites,
pontos fortes e fracos e livremente discuti-los com outros. Estou em sintonia com minhas próprias emoções e sentimentos, posso passar para o mundo emocional dos outros, encontrá-los no local de seus sentimentos, necessidades e preocupações. Sou profundamenteconvencido de que sou muito amado por Cristo, que não tenho nada a provar.
A permissão é concedida para qualquer comprador deste livro para fazer múltiplas cópias deste teste,
enquanto não for alterado ou vendido para um lucro, e esse crédito é incluído: Taken from Pete
Scazzero com Warren Bird, A Igreja Emocionalmente Saudável (Grand Rapids: Zonderthan, 2003).
Para mais informações de contato:
www.NewLifefellowship.org ou
www.EmotionallyHealthyChurch.com.
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Nas Igrejas emocionalmente saudáveis, as pessoas tomam um olhar
profundo e duro dentro de seus corações, perguntando: "O que Cristo Jesus estátentando mudar?" Eles entendem que a vida de uma pessoa é como um iceberg,
com a grande parte oculta no fundo abaixo da superfície. Convidam Deus para
trazer a sua consciência e transformar aquelas superfícies abaixo que impedem
que se tornem mais semelhantes a Jesus Cristo.
Olhando para todos os lugares, mas dentro
Em The Poisonwood Bible , um romance emocionante de Barbara
Ringsolver, Nathan Price é determinado e zeloso ao levar a Palavra de Deus
para o Congo Belga. O ano é 1959, e o país Africano está em crise política.
Ameaças de guerra não assustam Nathan. Durante sua estada de três meses na
Segunda Guerra Mundial, ele havia perdido muitos amigos na famosa Bataan
Death March. Retornou da guerra determinado a salvar mais almas do que
havia perdido em Bataan Península. Seu comando e compromisso com as
Escrituras eram clara e inflexíveis.
Apesar das reservas de sua mulher sobre as dificuldades de tal
empreendimento, Nathan a leva junto a seus quatro filhos para África, a fim de
se estabelecer em uma pequena aldeia. The Poisonwood Bible se desenrola a
trágica história do alto preço da família ao longo dos próximos trinta anos,através dos pontos de vista de Orleanna Price e seus quatro filhos. Todos
acabam sendo vítimas da falta do olhar de Nathan.O que é mais marcante na
leitura deste romance é a falta da consciência do pregador consigo mesmo, com
sua esposa, com cada um de seus quatro filhos e com o próprio povo congolês.
Ele nunca tem tempo para ouvir, por exemplo, aos temores dos povos nativos de
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batizar seus filhos no rio que é infestado de crocodilos. Nem nunca lhe ocorreu
que na língua nativa, onde o significado paira sobre entonação, que um
determinado termo significa "gloriosa, preciosa e querida" quando falado
corretamente, mas "árvore de madeira envenenada" quando se fala com seu
sotaque americano. No final de cada sermão, ele grita: "Jesus é Poisonwood!" a
pronúncia de "Jesus é glorioso!" Como sua filha Adah diz no final do romance,
nasci de um homem que acreditava que não poderia dizer nada além da verdade,
enquanto ele gastava todo o tempo na Poisonwood Bible. "
Além das duras condições de vida e a situação política incendiária, averdadeira história traça a sobrevivência dessa família ao cristianismo de seu
pai (e má teologia) que o impede de amar de modo eficaz as pessoas. Ele é uma
máquina. Está no piloto automático para Deus. É zeloso para ganhar almas e
fazer a obra de Deus. Orleanna haviamsido treinada para ser submissa ao
marido e é impotente para aliviar a dor de sua nova vida no Congo. Ela é
incapaz de proteger seus filhos das conseqüências de seu comportamento.Eventualmente, o mais jovem morre porque Nathan não está disposto tirá-los de
lá, independentemente dos fundamentos de sua família e outros missionários.
Até o final do livro, o casamento de Nathan tragicamente se desintegra
enquanto ele continua exercendo o trabalho de Deus.
Esse foi o seu padrão que Orleanna lamenta desde o início de seu
casamento: Nathan habitualmente se esquece de mim. Reclamava de nossavida, comia seu jantar enquanto olhava para longe, como se estivesse ignorando
como uma criança que tenha deliberadamente quebrado suas bonecas e, em
seguida, lamenta que não tem nada para jogar. Para salvar minha sanidade,
aprendi a amortecer diante das dificuldades e tentei fazer alguns comentários
sobre alguns pontos.
Nathan é um caso extremo, e a autora deste romance foi acusada de dar
tiros baratos na igreja. O problema é que me identifico com Nathan. Na
verdade, muitos de nós na liderança cristã podemos nos identificar mais do que
gostaríamos de admitir por essa incapacidade de dar uma olhada de modo
profundo e rígido para dentro de nós. Sua falta de profundidade interior revela-
se ao longo do tempo, especialmente porque seus filhos crescem e sua esposa
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(+
finalmente o abandona. Tragicamente, ele não olha para dentro de si, mesmo
quando o seu mundo exterior se desintegrou.
Abaixo da superfície do iceberg
O verdadeiro horror é o fato de quão fácil é permanecer em uma ilusão
confortável e distorcida sobre nossas vidas. Algo pode não ser verdade, mas nos
tornamos tão acostumados a ela e nos sentimos bem. Outros que vivem e
trabalham em estreita colaboração conosco geralmente podem pegar algumas de
nossas incoerências e manobras defensivas. Poucos, no entanto, tem a coragem
e habilidade para apontá-los de uma forma madura e amorosa.
Durante os primeiros quinze anos da minha vida como cristão, raramente
tive tempo para olhar profundamente ao meu coração, minhas profundezas, ou
minha alma. Sim, eu gasto uma média de duas a três horas por dia com Deus em
oração, leitura da Bíblia, ouvindo a voz de Deus, confessando meus pecados, e
escrevendo. Regularmente, passo um dia em oração e jejum em um centro deretiro jesuíta perto da minha casa. Mesmo assim, posso dizer com confiança
que eu não estava tendo um olhar profundo e rígido pra dentro de mim. Como
poderia ser isso? Eu não estava dando a Deus a oportunidade de examinar o
meu coração?
Minha grande preocupação em relação ao "olhar profundo e rígido dentro
de mim" é que a maioria das pessoas acredita que estão fazendo isso. Eu fiz issodurante anos.
A triste realidade, porém, era que Jesus não tinha transformado as
camadas profundas sob a superfície. Minha vida era como um iceberg, com
porções de maior peso muitos escondidos sob a superfície da linha d'água.
Mesmo que eles estavam sob a superfície, dominavam a minha vida
visivelmente.
Como página 71 ilustra, apenas cerca de 10 % de um iceberg é visível
para a superfície. Esta é a parte de nossas vidas das quais somos conscientes.
Note, contudo, que o Titanic afundou porque colidiu com uma camada
submersa de um iceberg. A maioria dos líderes naufragam ou vivem vidas
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(!
inconsistentes por causa das forças e motivações sob a superfície de suas vidas,
que eles nunca sequer consideraram. Salomão disse muito bem: "Acima de
tudo, guarda o teu coração, pois é a fonte da vida" (Pv 4:23). Pode ser
assustador confiar na graça e no amor de Deus, a fim de olhar profundamente
para dentro de nós mesmos. A maioria de nós não sabemos como.
Humanos são como Icebergs,
tem muitas camadas profundas abaixo da superfície .
O secretário geral da ONU, Dag Hammarskjold, uma vez sugeriu que se
especializassem em explorar o espaço exterior, mas não desenvolveram
habilidades semelhantes para explorar nossos próprios espaços interiores. Ele
escreveu: A mais longa jornada de qualquer pessoa é a jornada para dentro. "A
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(#
maioria de nós sentimos muito mais capacitados para manipular objetos,
situações de controle, e "fazer" coisas do que para fazer essa viagem muito
longa para dentro de nós mesmos.
Honestidade dolorosa
O que estou falando requer uma honestidade dolorosa. A Verdade, Jesus
disse, vos libertará (João 8:32). Honestidade exige olhar para toda a verdade.
Chamo isto de "desmascarar" pois, como Adão e Eva no Jardim do Éden,
preferimos esconder a verdade e proteger a nós mesmos ao invés de nos expor
nús perante Deus.
Isto tem sido um problema desde o início dos tempos (Gn 31-19). É
"dolorosa", porque, enquanto a verdade finalmente nos liberta e nos aproxima
de Deus, inicialmente, é algo que prefiro evitar.
Uma das batalhas em Crônicas de Narnia de CS Lewis, viagem do
Peregrino da Alvorada, retrata como é difícil seguir a Deus e olhar para dentro
de nós mesmos. Eustace, um jovem rapaz, torna-se um dragão, grande e feio
como conseqüência de ser egoísta, teimoso e incrédulo. Agora, ele quer mudar e
voltar a ser um menino, mas não pode fazer isso sozinho. Finalmente, o grande
leão (representando Jesus) lhe aparece e leva a um belo poço para um banho.
Mas já que ele é um dragão, ele não pode entrar direito. Assim, comecei
a esfregar-me, e as escamas começaram a cair de todos os lados. Raspei ainda
mais fundo e, em vez de caírem as escamas, começou a cair a pele toda,
inteirinha, como depois de uma doença ou como a casca de uma banana. Num
minuto, ou dois, fiquei sem pele. Estava lá no chão, meio repugnante. Era uma
sensação maravilhosa. Comecei a descer à fonte para o banho. Quando ia
enfiando os pés na água, vi que estavam rugosos e cheios de escamas como
primeira e também tenho de tirá- freguei-me de novo no chão e mais uma
vez a pele se descolou e saiu; deixei-a então ao lado da outra e desci de novo
para o banho. E aí aconteceu exatamente a mesma coisa. Pensava: Como
estava louco para molhar a pata, esfreguei-me pela terceira vez e tirei uma
terceira pele. Mas ao olhar-me na água vi que estava na mesma. Então o leão
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($
disse (m
garras, mas, ao mesmo tempo, estava louco para ver-me livre daquilo. Por isso
me deitei de costas e deixei que ele tirasse a minha pele. A primeira unhada que
me deu foi tão funda que julguei ter me atingido o coração. E quando começou
a tirar-me a pele senti a pior dor da minha vida. A única coisa que me fazia
agüentar era o prazer de sentir que me tirava a pele. É como quem tira um
espinho de um lugar dolorido. Dói pra valer, mas é bom ver o espinho sair.
Tirou-me aquela coisa horrível, como eu achava que tinha feito das outras
vezes, e lá estava ela sobre a relva, muito mais dura e escura do que as outras.
E ali estava eu também, macio e delicado como um frango depenado e muito
menor do que antes. Nessa altura agarrou-me não gostei muito, pois estava
todo sensível sem a pele e atirou-me dentro da água. A princípio ardeu muito,
mas em seguida foi uma delícia. Quando comecei a nadar, reparei que a dor do
braço havia desaparecido completamente. Compreendi a razão. Tinha voltado
a ser gente.
CS Lewis descreve muito bem: Para ir nessa direção radicalmente nova é
como se garras de Deus estivessem tirando nossas camadas tão
profundamente como se atingissem nosso coração.
Dor - o estímulo para ir abaixo da superfície
Deus, muitas vezes, usa a dor para nos levar a uma mudança. Minha
experiência de trabalhar como pastor nos últimos vinte anos me convenceu de
que, a menos que haja desconforto e angústia suficiente, a maioria não vai fazer
o trabalho duro de dar uma olhada profunda e honesta dentro de si mesmo. Isto
parece se aplicar a homens e mulheres de meia idade. É correto dizer: "Nós
mudamos nosso comportamento quando a dor de permanecer o mesmo torna-semaior do que a dor da mudança."
Através da dor desenvolvemos uma fome de mudança. Dizemos: "Algo
deve romper em minha vida. Não posso continuar brincando de igreja.." Por um
lado, tenho visto jovens treinando para se tornarem líderes e respondem de
forma brilhante. Experimentar mudanças significativas em sua vida quando
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(%
exposto a um modelo de discipulado e que integra a maturidade emocional e
espiritual. Eles não estão em crise, nem em dor extrema, ainda irão amadurecer
e crescer.
Vi os jovens responderem de forma brilhante e experimentam mudanças
significativas em suas vidas quando expostos a um modelo de discipulado que
integra a maturidade emocional e espiritual.
Parece haver uma correlação direta entre o nível de intensidade do
sofrimento das pessoas e o nível de intensidade que fará dar uma olhada honesta
abaixo da superfície de suas vidas. Conheço muitas pessoas que começaram
essa nova jornada em sua vida cristã, mas só depois de seu cônjuge se recusou a
acompanhar seu novo modo de vida, ou depois que encontram-se nas garras de
uma falha ou vício moral. Outros farão este duro trabalho quando há poucas
opções, como no meu caso. Às vezes, uma divisão da igreja ou a crise irá
conduzir a liderança para corporativamente olhar para dentro de seus corações
de nova forma, de maneira mais profunda.
Em suma, se estou disposto a ir nas profundezas do iceberg de mim
mesmo, tenho que estar disposto a sofrer o desconforto e a dor que faz parte do
processo
As pessoas das igrejas emocionalmente saudáveis fazem estes exames
cardíacos regulares. Depois de terem desenvolvido a disciplina de fazer isso,inevitavelmente, suas experiências informam a maneira como eles abordam o
discipulado e os relacionamentos na igreja de forma geral.
O que exatamente é ir abaixo da superfície de si mesmo e dos outros?
Há dois componentes principais: a consciência de que você está sentindo
e fazendo, e o questionamento"porquê" (motivação).
1. Desenvolver uma consciência do que estou sentindo e fazendo
Jesus tinha um sentido pleno de quem ele era. Na noite antes de sua
prisão, ele assumiu o papel de um servo e começou a lavar os pés dos doze
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discípulos, mesmo os de Judas. O apóstolo João disse: "Jesus sabia que o Pai
havia colocado todas as coisas sob seu poder, e que ele viera de Deus e estava
voltando para Deus" (João 133). Ele estava profundamente consciente de quem
ele era e o que estava fazendo. Isto permitiu-lhe romper com as expectativas de
sua família, amigos, discípulos, e de uma cultura religiosa, a fim de seguir o
plano original de Deus para sua vida.
Da mesma forma, uma consciência profunda do que estamos sentindo e
fazendo nos dá a coragem de começar a levar a vida de uma forma diferente
(em concordância com a vontade de Deus) e desenvolver novos modelosrelacionais saudáveis.
A Bíblia retrata que Jesus era alguém com experiências emocionais
intensas. Era capaz de expressar suas emoções sem sentir vergonha diante dos
outros. Não reprimia ou projetava seus sentimentos para os outros. Em vez
disso, lemos que Jesus experimentou toda a gama de emoções humanas em todo
o seu ministério terrestre. Na linguagem de hoje, ele seria considerado
emocionalmente inteligente, um termo popularizado por Daniel Goleman.
icou muito perturbado de espírito e profundamente comovido (João 11:33).
horou no túmulo de Lázaro e sobre a cidade de Jerusalém (João 11:33-36,
Lucas 19:41).
Ficou irritado com os seus discípulos (Marcos 1014).
Ficou furioso com o comercialismo crasso no templo (João 213-17).
Demonstrou surpresa (Mt 8:10).
inha um desejo emocional de estar com os doze apóstolos (Lago 22:15).
eve compaixão para com as viúvas, leprosos e cegos (Mateus 20:34, Marcos
1:41, Lucas 7:13).
Jesus viveu assim com Ele mesmo e também com os outros. Os leitores
podem observar inúmeros incidentes nos Evangelhos de Jesus onde discernia o
que estava abaixo da superfície das ações das pessoas e agir em consequência.
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('
Por exemplo, após a limpeza do templo no início de seu ministério, Jesus não
confiava nos que acreditam nele por seus milagres (João 223-24) porque Ele
sabia o que estava no iceberg de seus corações. Nós sempre vemos Jesus
buscando levar as pessoas, especialmente sua pequena comunidade dos 12,
abaixo da superfície, a fim de transformá-los de dentro para fora.
A Bíblia retrata que Jesus era alguém com experiências emocionais
intensas. Era capaz de expressar suas emoções sem sentir vergonha diante dos
outros.
Para alguns de nós, um exercício simples, mas útil para iniciar o processo
de prestar atenção às nossas emoções é ouvir as reações do nosso corpo. Nó no
estômago, dor de cabeça, tensão, ranger de dentes, mãos ou braços cerrados,
mãos suadas, aperto no pescoço, bater o pé, ou insônia. Pergunte a si mesmo,
"O que o meu corpo está me contando sobre meus sentimentos agora?"
Para alguns de nós, tornar conscientes de nosso corpo é um passo queexigirá muito tempo na direção certa.
O Oco Ministério de Bill
Muitos líderes estão no piloto automático, ocupados demais para terem
tempo para contemplar o que realmente está acontecendo dentro e fora de suasvidas. A maioria dos Cristãos, temo eu, são auto-cientes mas não auto-
conscientes. Estamos mais preocupados com o que as outras pessoas pensam de
nós do que sobre o nossos sentimentos e motivações.
Bill se tornou um cristão através de um ministério no campus de uma
faculdade e, em seguida, formou-se num seminário de liderança conservadora.
Voltando a New York, sua cidade natal, aceitou um emprego para trabalhar
como consultor de informática como um quebra-galho a fim de que ele pudesse
trazer o seu ensinamento e donss administrativos para servir à igreja. Nessa
época ele estava casado e com quatro filhos pequenos.
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((
O problema de Bill, no entanto, era que, com todos os seus dons e
habilidades, seu ministério era oco. Alguma coisa estava faltando. Ele ensinava
a Bíblia, ministrava num pequeno grupo da New Life , mas não compartilhava a
si mesmo.
Quando questionado sobre a importância de estar ciente de seus
sentimentos, ele reagiu fortemente: você não pode depender de suas emoções.
Você não pode deixar suas emoções sobressairem a vocês! "
O mundo de Bill entrou em colapso quando sua esposa lhe disse que não
tinha certeza de que ela o amava mais e que era infeliz no casamento. "De
repente, senti como se minha vida estivesse com uma grande ferida aberta", diz
ele. Tanto ele como sua esposa, Ashley, tinha experimentado muita dor. Ashley
havia sido continuamente exortada de que ela não tinha o direito de
experimentar seus próprios sentimentos.
A vida emocional de Bill havia sido abusada pelas crianças do bairro."Eu era muito solitário durante minha infância", diz Bill. "Sempre que eu saía
para se juntar às crianças nos jogos do bairro, eles fugiam. Eu queria amizade,
mas tudo que recebi foi rejeição. "Como resultado, ele desenvolveu uma dura
casca exterior, permitindo que poucas pessoas realmente o conhecessem o
verdadeiro Bill.
"Não compartilhava o que estava acontecendo dentro de mim comninguém, incluindo minha esposa," Bill admite. A dor em seu casamento
finalmente forçou-o a reconsiderar o olhar abaixo da superfície de sua vida e
descobrir o porque estava tão rígido emocionalmente.
Com o tempo, Bill chegou a enfrentar a realidade de sua própria solidão.
Ele finalmente percebeu que tinha construído muros para separar-se da dor e da
agitação do mundo exterior. "Executei como um motor bem lubrificado que foi
cercado por concreto", diz ele. "Era como a maioria dos cristãos, tinho medo,
são auto-cientes mas não auto-consciente. Como se tivesse um Buraco negro,
com sinais emocionais perdidos em meu pensamento altamente racional."
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O mais impressionante para mim em assistir Bill é ver como o seu
ministério tem se ampliado e se aprofundado, juntamente com o trabalho de
olhar abaixo do seu próprio iceberg abaixo da superfície.
Seu ensino e liderança no pequeno grupo nos anos seguintes surpreendeu
os membros do grupo. Bill se tornou transparente e aberto, compartilhando suas
fraquezas e lutas em casa, no trabalho e na igreja. Em vez de corrigir os
problemas dos outros, ele agora se relaciona com eles em um nível de pares,
como um outro ser humano quebrado.
A metamorfose foi tão significativa que um homem de quarenta anos de
seu pequeno grupo recentemente me disse: "Acho que se Deus pode mudar um
cara como Bill e torná-lo o tipo de homem humilde e piedoso que ele é hoje, ele
me dará um chance também. "
Consciência Versus Introspecção Egocêntrica
Alguns de nós sentimos que é ganancioso e egoísta prestar atenção ao que
estamos sentindo e fazendo. Nos meus primeiros anos como cristão, ouvi
poucas discussões sobre a consciência dos sentimentos como uma chave para o
discipulado. Há muitas outras questões importantes relacionadas com
vencimento em Cristo, mas um exame honesto de nossas emoções e sentimentos
é o ponto central. Esse olhar para dentro de nós não é um incentivo para uma
introspecção egocêntrica que alimenta o narcisismo. O objetivo final é permitir
que o Evangelho transforme a cada um, tanto acima como abaixo do iceberg. O
resultado final será que você e eu seremos melhores servos de Deus e melhores
com outras pessoas.
Como você pode entrar no mundo de alguém se você não está inseridono seu próprio mundo?
Sem fazer o trabalho de tornar-se consciente dos seus sentimentos e
ações, juntamente com o seu impacto sobre os outros, é quase impossível entrar
profundamente nas experiências de vida de outras pessoas. Como você pode
entrar no mundo de alguém se você não estiver inserido no seu próprio?
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Quando eu li a história de Jó diante de Deus, a angústia de Jeremias sobre
a palavra de Deus que queimava em seu coração "como um fogo" (Jer. 20:9), as
lutas de Moisés no deserto, ou a angústia de Davi por se sentir abandonado por
Deus, eu observo os líderes de Deus na honestidade brutal e numa dolorosa luta
com as emoções, sentimentos e com a realidade ao seu redor. É por isso que
suas histórias de vida falam-nos de forma tão poderosa.
2 . Pergunta o "porquê" ou "O que está acontecendo"
Em cumprimento à mulher samaritana no poço (João 4), Jesus
consistemente confrontou-a com a questão "porquê". Ele foi abaixo da
superfície de suas ações para lutar com questões maiores relacionadas à sua
vida: Por que você está aqui ao meio dia? Porque você está envergonhada? Por
que você está correndo de marido para marido? Que vazio está tentando
preencher? Ela tentou desviar a conversa, mantendo-o acima da superfície.Então ela perguntou a Jesus sobre o melhor lugar para adorar (João 4:20). Jesus,
em vez disso, chamou-a para examinar sua vida sob a superfície do iceberg e
considerar seu estilo de vida imoral como uma indicação de sua sede insaciável
de amor.
Jesus também apontou outros "porquês". Certa vez, ele corrigiu os
fariseus e mestres da lei, que eram apaixonados por questões de comportamentoexterno, mas não faziam o duro trabalho em suas entranhas. "Ouça-me, todos, e
entendam isso. Nada fora de um homem pode fazê-lo 'impuro', entrando nele.
Pelo contrário, é o que sai de um homem que faz dele impuro "(Marcos 7:14-
15). Jesus tentou reorientá- de seu comportamento, suas
motivações, e seus corações.
Uma vez que eu comece a ter consciência do que estou fazendo, como
estou sentindo, e como este está impactando outros, preciso me perguntar a
difícil questão "porque". Por exemplo:
or quê é que eu estou sempre atrasado para as reuniões, seja em casa ou na
igreja?
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Por quê estou tão devastado porque Malita me disse depois do culto de
domingo que ela não sentiu tocada com meu sermão? (Ou por que não estou
magoado com o comentário dela?)
Por quê estou evitando uma certa pessoa?
Por quê temo esta reunião de hoje às 14:00h?
Por quê é que eu começo a entrar em pânico quando penso em reunião com
Harry, que não retornou meus telefonemas durante toda a semana?
Por quê é que eu quero tanto ter sucesso em meu ministério? É a partir de uma
necessidade de provar o meu valor e, ou é porque eu sou um bom administrador
de meus dons e talentos? O que está acontecendo sob a superfície da minha
vida?
Por quê evito o confronto com pessoas difíceis na igreja? É porque eu estou
tentando um modelo de paz e humildade, ou é porque eu não quero serrejeitado?
Por quê estou tão rígido sobre retornar telefonemas e e-mails? Será que é
porque eu quero agradar as pessoas? É porque eu quero que todos pensem que
sou um líder competente?
Realizar esse tipo de pergunta de sondagem sobre as profundezas de
nosso coração é, para dizer o mínimo, uma experiência desconfortável!
No passado, eu passava horas com Deus, rogando-lhe para cumprir a
minha agenda e planos. No entanto, agora gasto muito mais tempo em um lugar
quieto sozinho com meus sentimentos, lutando com os "porquês" de uma forma
aberta e contemplativa diante de Deus, e ouvindo sua voz.
Richard Foster, em seu best-seller Celebration of Discipline , começa a
referir "a necessidade atual não é ter um número maior de pessoas inteligentes,
ou de pessoas talentosas, mas de ter pessoas profundas".
Sou um cristão que cumpre 100% das disciplinas espirituais. Sua
finalidade é para que amemos a Deus e aos outros também. Isso exige que
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desenvolvemos discípulos emocionalmente saudáveis que estejam
profundamente conscientes de seus sentimentos, que pedem apropriados "por
que", e que são, portanto, reflexivos diante de Deus.
É preciso coragem para se perguntar: O que estou realmente sentindo com
esta situação? O que pode estar acontecendo aqui, especialmente quando
costumamos rotular uma emoção negativa, como raiva, vergonha, amargor,
ódio, tristeza, ciúme, medo ou depressão?
Blaise Pascal escreveu: " todas as misérias dos homens derivam de não
serem capazes de sentarem em uma sala silenciosa sozinhos." Trata-se de me
apropriar de meus sentimentos e pensamentos sobre o por que estou me
sentindo desta forma e trazê-los honestamente perante Deus. Me pergunto: "O
que isto representa? O que o Senhor, Deus, esta me dizendo? O que aprendo
sobre mim mesmo através disto? Sobre a vida? Sobre as outras pessoas?"
3. Relacionando o Evangelho à Saúde Emocional
Assim que começarmos a olhar abaixo da superfície de nossas vidas (e
dos outros), nos deparamos com um abismo de feiúra que pode ser assustador.
Como um sábio puritano disse: "Se Deus nos permitisse ver mais de 1 % do
nosso pecado, nós cairíamos mortos!"
Ir abaixo da superfície de nossas vidas se assemelha a caminhar sobre
uma corda bamba de quinze metros acima do solo, sem nenhuma rede de
segurança abaixo. O Evangelho é como essa rede de segurança. Só ele nos dá a
base para assumir o risco de sair para uma corda bamba, a fim de explorar as
nossas profundezas interiores.
A Bíblia diz que você é mais pecador e imperfeito do que você jamais
ousou acreditar, mas é mais aceito e amado do que jamais ousou imaginar
porque Jesus viveu e morreu em seu lugar. Uma grande troca acontece quando
colocamos a nossa confiança e fé em Jesus Cristo. "Deus O fez pecado por nós,
para que nele nos tornássemos justiça de Deus" (2 Con
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Nossa igreja realiza reuniões regulares de liderança comunitária para os
líderes de pequenos grupos, líderes de ministérios e seus aprendizes. Passamos
dois anos juntos estudando e integrando o Evangelho à saúde emocional.
"Estudamos Gálatas e Romanos profundamente, seguido de um segmento em
formação pessoal (por exemplo, limites, mapeamento de família, etc) e um
segmento de desenvolvimento de competências. Além desses anos, surgiram
uma série de outros locais onde relacionamos o Evangelho à saúde emocional,
tais como pequenos grupos e classes.
Deixe-me compartilhar histórias de duas pessoas para ilustrar como oEvangelho se cruza com o olhar abaixo da superfície.
Heather!
Eu amo o Evangelho. Antes que eu realmente entendi, apesar de eu ser
cristã há mais de dez anos, eu escondia minhas misérias, minhas defesas,
minhas partes quebradas, até mesmo o abuso que sofri quando menina. Na
verdade, eu estava sempre me escondendo - escondendo a minha raiva, inveja,
arrogância, amor condicional, egoísmo, quebrantamento, erros, fraquezas e
imperfeições. Essas coisas são inaceitáveis nos círculos cristãos que eu
conhecia. Não acho que eu iria ser apreciada ou aceita se não fosse forte o
bastante. Quem então me escutaria? Eu tinha que provar a mim mesmo que eracapaz, forte, perfeita e justa.
No passado, quando tive um tempo difícil de amar os outros, comecei a
me desesperar. "Sou uma cristã mas não sou capaz de fazer a própria essência
do cristianismo", lamentava. Então percebi que estava dependendo da minha
auto-justiça para recomendar-me a favor de Deus. Eu, inconscientemente, tinha
o que as pessoas chamam de mentalidade "Ele me ama, ele não me
ama, ele me ama, ele não me ama", baseada em quão bem eu estava na minha
vida espiritual.
Através do estudo de Gálatas, recebi uma compreensão nova e poderosa
do Evangelho de Jesus Cristo. Não tenho que me provar a ninguém, que é
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como eu estava, inconscientemente, vivendo minha vida. Sou perfeitamente
amada e aceita por Deus por causa da vida de Cristo, da morte e ressurreição
que fez por mim. Amo saber que não tenho nada a provar porque sou
valorizada, amada e aceita por Jesus Cristo. Posso realmente ser livre para ser
eu mesma. Posso sair sem me esconder!
Sou livre pra fracassar, para compartilhar minhas fraquezas e
necessidades com os outros, para admitir se tenho um problema, de dizer "eu
não sei," de admitir "Eu estava errada, por favor me perdoe", para reconhecer
que não tenho todas as respostas, e para relaxar e me divertir, sem pensar quetenho de cuidar de todos os outros.
Susan
Nos anos em que estamos na New Life , tenho ajudado a compartilhar a
verdade do evangelho para serem libertos por Ele. Uma imagem que me afetou
como mulher é a da justiça de Cristo ser como um vestido glorioso de
absolutamente lindo. Enquanto eu meditava sobre a verdade que eu realmente
sou "santo em sua visão, sem defeito e livre de acusação por causa do sacrifício
de Cristo " (Col. 1:22), a verdade do Evangelho começou a me tocar em um
nível emocional. Por causa da vida, morte e ressurreição de Cristo por mim,
posso realmente ser livre para ser eu. Posso sair do esconderijo.
Lembro-me de vir através de uma passagem em Isaías 62:5 que diz,
"como um noivo se alegra com sua noiva, também o seu Deus se alegra com
você." Meu primeiro pensamento foi: "Isso pode ser verdade? Será que Deus
realmente me ama apaixonadamente assim?" Então me lembrei que por causa
da morte de Cristo, tornei-me sua amada. A crucificação é a base sobre a qual
eu posso basear minha vida inteira. Agora gosto de mim mesma. Meu Deus me
ama em um sentido pessoal e emocional.
Como eu já meditava sobre as passagens que retratam o amor de Deus
pelo seu povo, a verdade do Evangelho penetrou em meu "íntimo". É o amor
muito emocional de Deus para mim, que toca e cura a parte mais profunda do
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meu ser. Percebo que sou valorizada por um Deus que me faz querer dançar de
alegria!
Saber que estou diante de Deus como sua amada, por causa de Cristo, fui
liberta para explorar alguns dos aspectos perturbadores e escuros de mim
mesma. Posso encarar a verdade que eu tenho problema em me controlar, por
exemplo. Posso refletir e orar sobre isso, honestamente, e conversar livremente
com outras pessoas sobre o assunto. Sei que os meus problemas de controle e
todos os meus padrões de pecado não surpreendem a Deus ou ameaçam minha
posição perante Ele. Me chama de sua amada por causa da perfeição de Cristo,não a minha. Porque a justiça de Cristo é o fundamento do meu auto-conceito,
não tenho mais para "manter as aparências" comigo mesmo, com Deus, ou com
qualquer outra pessoa.
Saber que estou diante de Deus como sua amada, por causa de Cristo, fui
liberta para explorar alguns dos aspectos perturbadores e escuros de mim
mesma.
Graça Gratuita de Deus
Lutero disse em seu prefácio ao comentário de Gálatas, que o Evangelho
não pode ser ensinado, impulsionado e repetido o suficiente. A justiça cristã,
escreveu ele, é totalmente independente de qualquer coisa que fazemos. "Não
fazemos nada para Ele e não daremos nada à Ele, só recebemos e permitimos
Ele trabalhar, isto é, Deus."
Deus nos deu o Evangelho a fim de criar um ambiente seguro para olhar
abaixo da superfície. Não tenho de provar que sou amável ou valioso. Não
tenho de estar certo o tempo todo. Posso estar vulnerável e ser eu mesmo,mesmo que os outros não me aceitam. Posso até arriscar e falhar. Por quê?
Porque Deus vê os 90 % do iceberg escondido abaixo da superfície, e Ele
totalmente, totalmente me ama em Cristo.
Temos uma frase que frequentemente usamos na New Life Fellowship :
"Você pode ser você mesmo porque não há nada a provar." O fator
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determinante em nosso relacionamento com Deus não é o nosso desempenho no
passado ou presente. Tudo foi creditado por Jesus em minha conta como um
presente.
A revelação da graça de Deus nos dá a coragem de enfrentar a dolorosa
verdade sobre nós mesmos. À medida que vamos à corda bamba para descobrir
as coisas desagradáveis sobre nós mesmos, temos uma rede de segurança abaixo
do Evangelho de Jesus Cristo.
O próximo casamento - sintoma de imaturidade espiritual
Jill e Josué participaram da New Life por apenas alguns meses. Os
estudantes de medicina que fugiram. Enquanto escrevo isso, eles estão se
casando formalmente e voltando à seu estado natal no próximo mês. A mãe e o
pai de Josué queriam uma grande recepção e assim investiram muita energia na
escolha do salão, do menu, das cores das flores e decorações, e na criação de
arranjos. Na semana passada, enviaram à Jill e Josué um orçamento de dez mil
dólares, metade do custo para a recepção à noite.
Jill se aproximou de minha esposa e eu, lutando com tal situação. "Nós
achávamos que estavam pagando pela recepção. Foi sua idéia. Nós nunca
conversamos sobre quem pagaria por isso, no entanto. Minha futura sogra
escolheu toda a decoração. Eu gosto de vermelho, mas ela escolheu rosa ",
queixou-se com um sorriso. "Ela já pensa que eu sou de temperamento forte. Na
verdade, parte do problema é que ela é chinesa e eu sou da Indonésia. Orem por
mim. Orem por ela."
O problema, entretanto, é que esta situação exige uma espiritualidade que
integra a maturidade emocional. A oração é importante, mas existem muitasoutras questões para Jill. Até agora ela está olhando para os 10% do iceberg que
está visível.
Geri e eu sentamos com Jill e a desafiamos sobre a falta de honestidade
em torno de seu casamento. Ela não está sendo autêntica, e sua honestidade
precisa ser trabalhado em três áreas gerais.
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)'
Primeiro, Jill precisa ser honesta consigo mesma. O que realmente está
acontecendo dentro dela? O que realmente sente, quer, deseja? Está abaixo da
superfície, e parte de nossa orientação será ajudá-la a sua reconhecer isto.
Em segundo lugar, vamos convidá-la a ser honesta com Josué. Ela não
tem falado honestamente com ele também. O que ela realmente quer e sente? E
quais são seus sentimentos e desejos? Vamos levar algum tempo e ensinar-lhes
algumas habilidades básicas de escutar para facilitar este processo.
Terceiro, questionar e explorar com ambos o por quê que fugiram sem a
bênção de seus pais. Como seus pais se sentem sobre isso? A fuga seria apenas
um sintoma de problemas maiores abaixo da superfície? Nosso objetivo será
ajudá-los a se colocarem no lugar de seus pais. Provavelmente nossa atuação
será imparcial para ajudá-los a entender o que é um legítimo limite e o que não
não envolvem os pais.
Também será importante rever o ensino bíblico sobre a natureza docasamento e que significa honrar nossos pais, amar e construir um casamento
saudável.
Você pode imaginá-los sentados para realmente ouvirem os pais de Josué,
compartilhando seus sentimentos sobre a fuga? Imagine que Jill e Josué sejam
maduros e quebrantados o suficiente para não ficar na defensiva enquanto
ouvem os sonhos de seus pais para o casamento.
Dado o tempo, provavelmente vamos esboçar um genograma familiar
com cada um deles para ajudá-los a entender como suas situações familiares do
passado tiveram impacto no presente (para ser introduzida ao próximo capítulo)
Recomendaremos um livro como Boundaries de Cloud e Townsend. Oraremos
com eles, os orientaremos e instruíremos como olhar abaixo da superfície nesta
oportunidade maravilhosa de discipulado.
Não há outro caminho para Jill amar sua sogra, seu marido, e ela mesma
se não permitir que Deus entre no mais profundo do ser ser e lutar com as
complexidades da situação. Esta é a maneira que Deus nos transforma à imagem
de seu Filho (Gl 4:19). Será um processo confuso.
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)(
De fato, uma igreja comprometida com a saúde emocional é um lugar
confuso. É sair da redoma e enfrentar os problemas e tensões de forma honesta
e direta, ao invés de ignorá-los ou fugir.
4. Livre-se da "imagem iluminada"
O Livro Glittering Images de Susan Howatch, traça a jornada espiritual
de Charles Ashworth, um Ph.D ordenado sacerdote da Igreja da Inglaterra. Ele é
um viúvo em seus trinta e tantos anos, leal à Igreja, honrado, respeitado e bemamado por aqueles que têm autoridade sobre ele. Ele também é amigo de um
arcebispo de Canterbury, que pediu para que ele fosse para a paróquia do bispo
Jardine de Starbridge para investigar a possibilidade de uma falha moral ou de
escândalo na vida de Jardine.
O que Charles descobre sobre o carismático Jardine, de 58 anos, é que seu
relacionamento, tanto com sua esposa doente e como com a bela assistente de
sua esposa, Lyle Christie, levanta suspeitas graves. Acontece que Jardine está
vivendo uma vida dupla e se convenceu de que sua vida de casal é a vontade de
Deus. Porque sua esposa está doente e não tem nenhum desejo para o sexo, ele
se casou com Lyle Christie. Ele tem feito isto com a bênção total de sua esposa.
O Bispo e Lyle viveram secretamente como marido e mulher durante cinco anos
antes de Charles Ashworth aparecer.
A complexidade e a tensão da situação empurraram Charles sobre a
borda, e ele acabou irremediavelmente bêbado na porta de Darrow.
Durante seu tempo com Darrow, Charles lentamente começa a escavar
debaixo da superfície da pessoa pública. Ele apresenta a todos a "imagem
iluminada" que é sempre boa e polida. Começa a tornar-se consciente e areconhecer os sentimentos negativos que ele negou, bem como as incoerências
em seu comportamento com as pessoas. Por exemplo, ele tentou beijar a bela
assistente, Lyle, no prazo de vinte e quatro horas que a conheceu. Usa o nome
de Deus para fazer um trabalho para deus. Secretamente bebe demais para
anestesiar a sua dor.
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))
Quando ele é convidado por Darrow para ser honesto e ir por baixo do
iceberg em sua vida, ele responde que não pode. "Tem uma espera colossal em
cima de mim", explica ele. "Quem é o seu 'eu'?" diz Darrow.
"Meu eu de verdade ... a imagem iluminada!"
"Ah sim", diz Darrow, "e, claro, que esse é o Charles que o mundo tem
permissão de ver, mas você está fora do mundo agora, não é você, e eu sou
diferente de todos os outros porque eu sei que existem dois de você. Estou
ficando interessado neste seu outro eu ostaria de ajudá-lo a sair de trás
dessa imagem iluminada e colocar esse peso terrível que o atormenta há tanto
tempo. "
"Ele não pode sair."
"Por que não?"
"Você não irá gostar ou aprová-lo."
Charles Ashworth finalmente reconheceu e enfrentou o estrangulamento
da imagem iluminada. Ele começa a perceber a grande quantidade de tempo e
energia que dedicou para agradar a todos e ter sua aprovação. Com a ajuda de
um conselheiro espiritual maduro, ele começa a escavar as raízes e com o ele
criou essa falsa pessoa vivendo como uma "imagem iluminada"
Um processo crítico em tornar-se livre envolve olhar para a história de
sua vida com alguma objetividade e como ela tem contribuído para a pessoa que
é hoje. Também beneficia significativamente ter um amigo de confiança para
fazê-lo com ele.
Essa influência de experiências anteriores nos leva ao nosso próximo
capítulo, o segundo princípio de uma igreja emocionalmente saudável: pessoasque quebram o poder negativo do seu passado em seu presente.
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Nas igrejas emocionalmente saudáveis, as pessoas entenderam como o
seu passado afeta a sua capacidade atual de amar a Cristo e aos outros.Perceberam, a partir das Escrituras e da vida, que um relacionamento intricado e
complexo existe entre o tipo de pessoa que são hoje e seu passado. Numerosas
forças externas podem moldar-nos, mas a família onde crescemos é o principal
e, exceto em casos raros, sistema mais poderoso que irá moldar e influenciar o
que somos.
Nús perante um vento gelado
Lembro-me de ter lido Glittering Images (ver capítulo anterior), como se
fosse ontem. Um bom amigo havia recomendado este livro depois que
compartilhei com ele o que eu estava enfrentando. Eu estava pela primeira vez
começando a pensar sobre como o meu passado com a minha família havia
impactado na pessoa que sou hoje.
Depois de Charles Ashworth encontra-se sob a direção espiritual do Padre
Darrow, ele enfrenta, pela primeira vez, seu relacionamento com seu próprio pai
e a dinâmica de sua família.
Charles tinha passado a vida inteira buscando a aprovação e elogios de
seu pai. Ele foi enviado para as melhores escolas, dadas as melhores
oportunidades na classe média da Inglaterra na época, e repetidamente alertou a
e decente." Moralidade, dever, eficiência e retidão estavam
estressados.
Quando um argumento familiar maior ocorreu entre Charles e seu pai, o
pai atingiu fisicamente sua esposa no rosto. Mais tarde, Charles se ofereceu para
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levar sua mãe embora, mas ela ficou horrorizada. Ela então menciona um
mandamento da família silenciosamente que governou a sua família. "O que
todos iriam pensar?", Perguntou ela. "Temos que manter as aparências.
Ninguém deve imaginar. " Então ela chorou de novo, mas finalmente disse:
"Estamos realmente muito felizes, ele é apenas um pouco difícil."
Charles teve seu Ph.D. em Teologia, foi professor, e serviu como
assistente do Arcebispo de Canterbury. Ele subia seu posto na Igreja de
Inglaterra na década de 30. Mas era totalmente alheio aos modos dos padrões
disfuncionais de seu passado, que o impediu de viver uma vida livre em Cristo.
Eu me perguntava: Existe alguma bagagem emocional ou algo inacabado
no meu passado que afeta minha liderança ou meu casamento hoje?
Charles tanto odiava como amava seu pai. Ele desprezava a si mesmo por
não amar seu pai. Estava em conflito, desesperado, por aceitação e amor.
Depois de finalmente abrir esta área de sua vida, ele descreve a experiênciacomo um "pé nu diante de um vento gelado."
Quando terminei de ler o livro, comecei a revisar os eventos
significativos na minha própria infância que poderiam ter afetado minha vida na
atualidade. Refleti sobre o meu relacionamento com minha mãe e meu pai,
meus irmãos e irmã. Gostaria de saber, pela primeira vez com seriedade, se
poderia haver qualquer bagagem emocional ou algo inacabados do meu passadoque afetava minha liderança ou meu casamento.
Eu estava de "pé nu diante de um vento gelado." Tudo em mim queria
fugir desse novo caminho de morrer com Jesus.
Até este ponto, minha teologia dizia que eu era uma nova criação em
Cristo. O velho eu havia morrido (2 Con 5:17). Cristo havia transformado aminha vida de muitas maneiras, quando me tornei cristão aos 19 anos. Como
Paulo explica em Romanos, Gálatas e Efésios, no momento em que nos
tornamos um cristão, Deus declara-me perdoado e legalmente liberto da pena
dos meus pecados. Fui adotado com todos os direitos de um herdeiro e dado o
Espírito Santo para me capacitar a fim de viver essa maravilhosa adoção.
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*!
Sim, minha infância teve seus altos e baixos. Mas não é assim com todo
mundo? Certamente eu não estava culpando meus pais por todos os meus
problemas na vida. Se viemos de uma família onde nos sentimos amados, uma
casa razoavelmente estável e inteira, geralmente leva muito mais tempo para
estar disposto a identificar as maneiras de se comportar e se relacionar que uma
família que não pertence à família de Deus.
Minha atitude foi "Eu sou da família de Deus. As Escrituras são a minha
autoridade, e agora o caminho da minha vida é guiada por um compromisso
com o Senhorio de Jesus e do avanço de sua obra de Seu reino na Terra. Estoufazendo diferente muitas coisas em minha família nuclear. Por exemplo, não
guardar rancor das pessoas. Lavo a louça, ajudo com as crianças. Ativamente
sego a Jesus. Trabalho com pessoas de uma variedade de culturas. "
Esta lista é na verdade superficial. Eu estava cego para o quanto minha
família em que eu cresci dominou minha vida diária, especialmente com minha
família espiritual New Life Fellowship.
A verdade, porém, era que eu era muito resistente ao voltar a minha
história e refletir sobre como o meu passado poderia estar afetando
negativamente minha capacidade de amar as pessoas.
Ouço muitas vezes: "Peter, minha família não era perfeita, mas com
certeza era muito mais unida que a maioria das outras." Esse não é o problema.Cada família foi danificada de algum modo. Como todos na raça humana, eu
também sou da árvore genealógica de Adão e Eva. A intenção deles depois que
desobedeceram a Deus, era de se proteger e defender-se de Deus e de uns aos
outros. Este objetivo de proteger-nos de Deus e os dos outros se manifesta de
diferentes maneiras, controle, medo, isolamento, ignorando, negando,
pacificando, em conflito, ansiedade, solidão, frustração, ressentimento, culpa, emuito mais.
Geri e eu - Nosso Casamento
Nunca vou esquecer da primeira vez que Geri e eu fizemos um
genograma muito simples, analisando nosso casamento, à luz de nossos pais.
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Um genograma é uma maneira de desenhar uma árvore genealógica que olha as
informações sobre os membros da família e suas relações com mais de duas ou
três gerações. Cada um de nós descrevemos nosso pai, nossa mãe, e algumas
características gerais de seu relacionamento. Como eles resolviam conflitos?
Expressam raiva? Compreendiam os papéis de gênero? Como cuidavam de seus
filhos? Quais as questões de intensidade emocional que profundamente os
afetou, como a morte na infância de um dos pais ou as necessidades médicas
prolongadas de um irmão?
Geri e eu nos sentamos em nossas cadeiras e olhamos um para o outro,dizendo algo com a nossa expressão facial, que não se podia negar, depois de
quase dez anos de casamento: Houve contribuições positivas no casamento de
nossos pais, mas fomos surpreendidos pelos padrões não saudáveis que também
influenciaram. Onde quer que Cristo estava em nossas vidas, Ele não havia
transformado, pelo menos de forma substancial, a forma como nos relacionamos
como um casal.
Percebemos o poder de transformação de Jesus não havia tocado nas
grandes áreas de nossas vidas, nas áreas deste livro que chamamos de "saúde
emocional". Porque não tivemos a capacidade de integrar e aplicar as Escrituras
em tantas áreas da vida além de um nível superficial, tornou-se facilmente
perceptível o por que muitas pessoas não conseguiam romper muitas áreas das
suas vidas. Todos os estudos bíblicos, a oração e o jejum, ou as pequenasreuniões de grupo não iriam mudar isso. Me senti como um imperador sem
roupas.
Cristo não havia transformado, pelo menos de forma substancial, a
forma como nos relacionamos como um casal.
Sim, era verdade. Por causa do modelo que eu havia fixado, a New LifeFellowship tinha uma milha de largura, mas apenas uma polegada de
profundidade. Minha resistência de olhar para o meu próprio passado e lutar
com as suas implicações para o presente, tinha profundamente impactado a
igreja inteira. Poucas pessoas estavam olhando para as questões abaixo da
superfície. Menos ainda estavam olhando para seu passado para ver como este
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impactou seu presente. Olhando para trás, fiquei envergonhado com a forma
como estava enganado que como um líder imaturo (eu) e com um casamento
imaturo (nós) eu poderia desenvolver uma congregação madura.
Rei Davi e sua família
Os Dez Mandamentos contém uma declaração provocativa de Deus: Pois
eu, o SENHOR, vosso Deus, sou Deus zeloso, que castigo os filhos pelo pecado
dos pais para a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam, masmostrando o amor a mil gerações daqueles que amam e guardam os meus
mandamentos"(Êxodo 20:5-6). Felizmente, o bom é que os pecados daqueles
que vão adiante de nós são passados aos nossos filhos, nossos netos, nossos
bisnetos, e até mesmo os nossos tataranetos. Supondo que cada um dos meus
filhos se casem e tenham filhos e que continuem constituindo família, e que
cada um deles viva oitenta anos de idade, a influência das minhas escolhas dehoje vai continuar pelo menos até 2318! São quatro gerações.
Olhando o genograma na página 94, pelo menos três temas se repetem de
geração em geração. O primeiro diz respeito a ter um coração para Deus. O pai
de Davi, Jesse, foi claramente um crente, embora não sabemos muito sobre ele
(1 Sam. 16). Davi é referido como "um homem segundo o coração de Deus."
Ele se destaca como uma das figuras imponentes espiritualmente nas Escrituras,escrevendo Magníficos Salmos e músicas para o povo de Deus para ser usadas
no culto por gerações. No entanto, em torno da idade de 40 ou 50 anos, Davi
compromete seu relacionamento com Deus, cometendo adultério com Bate-
Seba e assassina seu marido. Ao invés de se arrepender, ele escolhe um
caminho de encobrimento, mentiras e abuso de poder. Esta decisão reverbera
através de sua família e da nação de Israel por gerações. Seu personagemaparece lentamente a corroer, provavelmente ao longo de vários anos, levando
finalmente a um colapso monumental de julgamento.
É impossível ajudar as pessoas a se libertar do seu passado para além da
compreensão das famílias em que cresceram.
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Seu filho Salomão constrói um templo para Deus, mas seu coração é
descrito como não totalmente devoto a Deus. Ele mistura adoração do Deus de
Israel com os deuses de outras nações. Pela terceira geração, este declínio na
espiritualidade atinge o fundo do poço. Roboão, filho de Salomão, ignora o
Deus de Israel e se envolve em práticas de idolatria de outras nações.
Um segundo tema do pecado sexual é também destaque no genograma.
Como os reis pagãos do antigo Oriente Médio, Davi coleta esposas. Ele também
comete adultério com Bate-Seba. Seu filho mais velho, Amnon, estupra sua
meia irmã Tamar e a envergonha para sempre. Isto é seguido por seu filho
Salomão, que traz ainda mais os pecados sexuais de seu pai, acumulando
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setecentas esposas e trezentas concubinas. Por sua vez, Roboão, filho de
Salomão tem dezoito mulheres e sessenta concubinas (2 Cr. 11:21). Esta era
uma maneira comum de formar alianças políticas no antigo Oriente Próximo,
mas era também um ato de rebelião contra os mandamentos de Deus (Deut.
17:17).
Na terceira família a divisão e a rivalidade entre irmãos também se
intensificam a cada geração. Davi tem algumas tensões com seus irmãos (I Sam.
16-17). Um de seus filhos, Absalão, assassinou seu irmão Amon em vingança
pelo estupro de sua irmã. A família é terrivelmente dividida como resultado.Eventualmente, Absalão cresce amargo e se proclama rei, conquista Jerusalém e
sai para matar seu próprio pai. A guerra civil irrompe e vinte mil homens
morrem (2 Sam. 18:7).
Roboão, filho de Salomão carrega esse padrão ainda mais como se
desintegra seus familiares. Finalmente, as outrora unidas doze tribos de Israel se
separam em um reino do norte com dez tribos e o reino do sul com dois. Agora
é só uma questão de tempo antes da "família dividida" ser levada ao exílio.
O pecado é passado de geração em geração. Deus permite que esta
história fosse relatada para que pudessemos dar uma olhada profunda para
dentro de nós (1 Cor. 10:6). A implicação para a vida da igreja é clara: É
impossível ajudar as pessoas a se libertar do seu passado sem a compreensão
das famílias onde cresceram. A menos que tenhamos consciencia do poder do
passado sobre o que somos no presente, inevitavelmente esses padrões
replicarão nas relações dentro e fora da igreja.
Abraão, Isaque e Jacó
Traçando a história da família de Abraão, Isaque e Jacó em Gênesis 12-50
encontramos outro poderoso exemplo de bênção geracional e padrões
pecaminosos sendo repassados. As bênçãos são tão significativas que chegam
para nós até hoje! Poucos leitores, no entanto, observam o pecado e imaturidade
emocional, que também são passadas de geração em geração.
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Oberve o genograma abaixo.
Mais uma vez, pelo menos, três padrões comuns são evidentes no
genograma acima. Primeiro, um padrão de mentiras é evidente em todas as
quatro gerações, aumentando em intensidade em cada uma. Temeroso, Abraão
encontra-se duas vezes sobre Sarah, negando que ela é sua esposa. O casamento
Rebecca e Isaac também é dominado por mentiras e trapaças (Gn 27). Seu filho,
Jacob, aumenta o nível de manipulação ao mentir consistentemente com quasetodos ao seu redor. Na verdade, seu nome significa "enganador". Pela quarta
geração, dez dos filhos de Jacó fingem a morte de seu irmão mais novo, José.
Passam por todos os movimentos de um velório, um funeral, e guardam tempo
de luto para manter uma mentira.
Um segundo padrão comum é o caminho de que pelo menos um pai em
cada geração tem um filho "favorito". Abraão favorece Ismael, mas Sarah quer
que ele removido da família. Isaac favorece Esaú e quer que ele receba a bênção
da família. E Jacó favorece José e mais tarde Benjamin, o caçula de seus doze
filhos.
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O Terceiro padrão é a rivalidade entre irmãos e o rompimento relacional
entre eles que causam tensões que nas três gerações sucessivas. A fricção de
Ismael e Isaac conduz eventualmente à uma divisão. (Esta divisão e tensão
continua até hoje nas tensões do Oriente Médio entre árabes e judeus.) Esaú e
Jacó tornaram-se inimigos, uma vez que Jacó rouba a bênção de Esaú.
Finalmente, José lançado fora de seus dez irmãos mais velhos até sua vida
adulta.
1) Identificar como sua famíliao moldou
Parte de nossa orientação, desenvolvimento de liderança e discipulado
em New Life Fellowship agora inclui fazer um genograma simples da família na
qual Deus os colocou. Exceto em casos raros, nossa família é o mais poderoso
grupo influente que afeta o que somos hoje.
A seguir estão algumas questões que fazemos para tentar a forma como o
passado pode estar afetando o presente:
1. Descreva cada membro da família com três adjetivos e suas relações.
2. Descreva a relação de seus pais.
3. Como era tratado o conflito em sua família? Raiva? As tensões?
4. Como foram os papéis de gênero e autoridade em sua família?
5. Como sua família faz para falar sobre sentimentos?
6. Como sua família o descreveria? O que você acha que sua família pensa de
você?
7. Conversavam sobre sexualidade? Quais eram as mensagens implícitas?
8. Tinham "segredos" familiares (como uma gravidez fora do casamento,
incesto ou grande escândalo financeiro)?
9. O que era considerado "sucesso" em sua família?
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10. Como tratavam sobre dinheiro? Espiritualidade? Férias? Relacionamento
com a família estendida?
11. Como é que a etnia de sua família moldou você?
12. Houve algum herói ou heroína na família? Bodes expiatórios?
"Perdedores"? Por quê?
13. Que tipos de vícios, se houveram, existiam na família?
14. Houve perdas traumáticas no passado ou presente, como morte súbita,
doenças prolongadas, natimortos / abortos, falência, ou divórcio?
15. Como era a espiritualidade expressa?
Nossa família é o mais poderoso grupo influente afeta o que somos hoje.
A lista pode seguir de acordo com o nível de profundidade que você
deseja investigar.
2. Discernir as principais influências em sua vida
Fora da nossa família de origem, é importante considerar quais foram as
outras grandes influências em sua vida. Por exemplo, eu fui muito influenciado
pelo cristianismo evangélico na faculdade. Me deu uma rica apreciação sobre agraça de Deus no Evangelho. Ao mesmo tempo, reforçou uma forma ascética
ativa sobre a vida, caracterizadas pelas palavras de Jesus: "Se alguém quer vir
após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me" (Lucas 9:23). Levei
muito tempo para equilibrar minha teologia com as peças que estavam faltando.
Acontecimentos e pessoas têm impactado quem eu sou hoje e me ajudar a
entender "o que me faz assinalar."
Outras pessoas são moldados por eventos significativos, como um
divórcio, abuso sexual ou emocional, um vício, um longo período de
desemprego, uma traição ou uma amizade. A pergunta a fazer é: "Quais são o
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eventos ou pessoas que têm impactado quem eu sou hoje, que vai me ajudar a
compreender" o que me faz assinalar? "
Vejamos alguns exemplos.
a rejeição no ensino médio foi o ponto de virada importante no
discipulado de Joana. Isto a levou a uma vida de dependência de drogas. Os
Narcóticos Anônimos desempenharam um grande papel em sua recuperação.
origem. Os ataques de pânico e explosões de raiva são apenas dois dosresultados dessas experiências que tiveram de ser abordados em seu
discipulado.
A Experiência de Pierre de ser erroneamente classificado como "deficiente
mental" em vez de disléxico, marcou sua auto-imagem e levou-o a lutar com a
confiança em Deus nos outros.
O envolvimento de Ken como um soldado no Vietnã o amargurou em relação
à autoridade.
A luta de Ron para tornar-se um músico profissional de jazz ,contribuiu para
seu perfeccionismo implacável consigo mesmo e para com os outros. Ele luta
para receber o amor incondicional e a graça de Deus em Cristo.
Os doze anos de Ted no internato em New England o fizeram ter uma vida
íntima e familiar difícil, como um adulto de meia-idade.
O filho autista de Kathy a fez ser sensível às famílias que possuem um
membro com deficiência.
Todas as pessoas acima estão em lugares diferentes em sua jornada com
Cristo, mas uma parte crítica de amadurecer em Cristo precisa abordar estas
questões e descobrir o impacto no presente, tanto positiva como negativamente.
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O novo nascimento em uma Família Espiritual
É muito importante lembrar que, enquanto podemos ter certa disposição
para um determinado comportamento, não há outra possibilidade e realidade
para adotar você a uma família espiritual.
Jesus descreve o se tornar um cristão como um novo nascimento (Jo 33-
5). Imagine-se como uma macieira, mas que gostaria de ter pêssegos. Você
pode ser podado, ou alguém pode amarrar pêssegos em seus ramos. Mas as
maçãs continuarão a cair. Se você quiser pêssegos, terá que cavar a macieira e
plantar uma árvore de pêssego.
Novas raízes são necessários para a nova fruta. Tudo o que fazemos é
modificar a mesma árvore, quando adquirimos resoluções e compromissos para
orar mais, ir à igreja frequentemente, ou resolver parar um mau comportamento.
A raiz precisa de ser puxada para cima. Uma nova árvore é necessária.
Jesus declara que apenas por uma intervenção direta de Deus você pode
mudar. Nós exigimos uma mudança completa na raiz ou na base de quem
somos. O novo nascimento pode ser descrito como a ação de Deus, no qual Sua
própria vida e poder são implantados no fundo do seu coração para que a raiz se
transforme. A semente então cresce, floresce e produz frutos desta nova
semente sobrenatural. Nós recebemos um novo coração, uma nova natureza, e
um novo espírito (Ez 36:25-27).
O Novo - A Primeira Família de Jesus
O Novo Testamento descreve o se tornar um cristão como um
renascimento espiritual através do qual somos adotados em uma nova família, a
família de Jesus. Quando isso ocorre, nós nos tornamos irmãos e irmãs numa
família mundial que atravessa barreiras raciais, culturais, econômicas e de
gênero (cf. Gal. 3:28). Nós nascemos em uma nova genealogia.
Em um exemplo, a mãe de Jesus e os irmãos chegaram a uma casa onde
ele estava ensinando. Quando a multidão diz a Jesus que eles estavam fora, ele
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respondeu: "Quem são minha mãe e meus irmãos?" ... Então olhou para os que
estavam sentados ao seu redor e disse: "Aqui estão minha mãe e meus irmãos!
Quem faz a vontade de Deus é meu irmão, irmã e mãe" (Marcos 3:33-35).
A igreja, para o crente, é agora a nossa "primeira família". De fato, a
família é a metáfora mais utilizada nas Escrituras para descrever a igreja.
Anderson e Guernsey dizem:
A igreja é a nova família de Deus .... Através do renascimento espiritual, cada um de
nós nos tornamos irmãos e irmãs de Jesus Cristo por meio da adoção na família de
Deus. Conseqüentemente, somos irmãos e irmsã uns dos outros. Conjuges são em
primeiro lugar como irmão e irmã em Cristo Jesus, antes de serem marido e mulher.
Filhos e filhas também são irmãos e irmãs de seu pai e sua mãe antes de serem filhos.
3. Tornando-se adotado através da Igreja
Paulo ilustra o Evangelho usando a verdade da adoção romana quandouma criança foi levada para fora de seu estado anterior e colocado em uma
relação nova e permanente com seu novo pai. As dívidas antigas foram
canceladas. A criança terá estabilidade absoluta, garantia, segurança, e
autoridade com sua filiação. Ele ou ela pode agora usar o termo "Abba" (Papai),
uma palavra usada somente por crianças à seu pai.
O fator crítico que determina, de forma mais significativa, a minha nova
identidade como cristão não é o sangue da minha família biológica, mas o
sangue de Jesus. Nós recebemos um novo nome (cristão), uma nova herança
(liberdade, glória, esperança, recursos), e novo poder (Espírito Santo) para viver
nesta nova vida. Tornamo-nos participantes da natureza divina (2 Pedro 1:4),
capazes de apreciar a absoluta segurança, estabilidade, liberdade, intimidade e
confiança na oração (Lc 11:5-13) de crianças na família de Deus. Existe umanova dinâmica na vida dentro de mim, a vida de Jesus.
A igreja local se torna o lugar onde fui, num sentido muito real, adotado.
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Sem hesitação, Jesus exorta homens e mulheres sobre suas famílias
biológicas dizendo que "quem ama seu pai ou sua mãe mais que a mim não é
digno de mim" (Mt 10:37).
No mundo do Novo Testamento é incapaz de imaginar vivendo uma vida
familiar saudável sem contexto de uma vida saudável na igreja. A igreja local
torna-se o lugar fui, num sentido muito real, adotado.
A questão,portanto, é por que isso não está acontecendo. Por que é que a
maioria das pessoas em nossas igrejas parece ser radicalmente diferente de seus
vizinhos em um determinado grau. Eles oram, lêem a Bíblia, vão à igreja, dão
dinheiro à igreja, mas em grau mais profundo, são muito semelhantes?
A importância do processo
Mas se tornar um cristão e ser adotado na família de Deus como um"cristão" não apaga o passado. Deus não nos dá amnésia ou faz cirurgia
reconstrutiva de emergência no emocional ou no espiritual. Deus perdoa o
passado, mas não não o apaga. Nós recebemos um novo começo, mas ainda nos
vemos como os bebês, e esperamos que as partes de nossas vidas que não
honram a Deus morram diariamente.
Ser adotado na família de Deus não apaga o passado.
Todos nós viemos para a família de Jesus com ossos quebrados, feridas, e
as pernas dispararam na guerra da vida. A intenção de Deus é curar nossa
fragilidade e consertar nossas feridas. Ele permite que as cicatrizes e fraquezas
permaneçam. Estamos então saindo e curando os outros como curadores feridos.
No Discipulado, portanto, deve incluir uma reflexão honesta sobre oimpacto positivo e negativo da minha família de origem, bem como outras
influências importantes em minha vida. Este é um trabalho árduo. Mas até que
ponto podemos olhar para trás e entender como este tem nos moldado e
determinará, em grande medida, o nosso nível de consciência e nossa
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capacidade de romper padrões destrutivos, transmitir legados construtivos, e
crescer no amor para com Deus e para com as pessoas.
O convite de Deus é para recebê-lo e ter libertação nessas áreas para que
para poder viver uma vida com a alegria.
Trabalhando através da Igreja.
Para trabalhar este princípio através do discipulado da igreja, como com
todos os outros em uma igreja emocionalmente saudável, os líderes devem
começar a integrá-lo em suas próprias vidas.
Como pastor, tive que começar a quebrar o poder do meu passado no
presente, dando uma olhada séria no que fiz. Isto também foi seguido por nossa
equipe e diretoria.
As palavras de um velho rabino hassídico no leito de morte são
verdadeiras:
Quando eu era jovem, me propus a mudar o mundo. Quando cresci, percebi
que isso era muito ambicioso por isso me propus a mudar meu estado. Isso, também
percebi que era demasiado ambicioso, por isso me propus a mudar minha cidade.
Quando percebi que não poderia mesmo fazer isso, tentei mudar minha família.
Agora, como um homem velho, sei que eu deveria ter começado por mudar a mimmesmo. Se eu tivesse começado comigo mesmo, talvez então eu teria conseguido
mudar minha família, a cidade, ou mesmo o estado e, quem sabe, talvez o mundo!
Fazer um genograma familiar simples para ajudar as pessoas a ganhar
consciência de questões críticas de seu passado, tornou-se parte do nosso
desenvolvimento da liderança e tutoria. Aulas de formação pessoal tornaram-se
parte do nosso treinamento na igreja.
Quando prego através das Escrituras em uma base semanal, sempre
pergunto a mim mesmo: "Como isso difere da forma como eu estava, tanto em
minha família ou por outras influências?" Por exemplo, em uma série recente
sobre Tiago, uma das mensagens falava sobre exibir parcialidade (Tiago 2:1-
13). Como esta parte da minha aplicação no texto, eu lutava com a forma como
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minha família está crescendo. Como vemos as pessoas com riquezas e
educação? E as pessoas pobres e sem educação? Como falamos ou tratamos as
pessoas de diferentes culturas, raças, grupos étnicos, ou convicções políticas?
Como é diferente da maneira como Deus vê os ricos ou pobres e pessoas de
diferentes classes sociais, culturas ou raças? Agora que estou na família de
Cristo, o que preciso mudar na forma de como vejo ou trato as pessoas? Este
modelo de auto-exame do papel adequado da Palavra de Deus é para sermos
adotados de acordo com os caminhos de Deus.
Alguns pequenos grupos em nossa igreja, em vez de estudar a Bíblia,fazem um estudo de tópicos diretamente relacionados a quebrar o poder do
passado. Os pequenos grupos, eu e minha esposa temos estudado nos últimos
quatro anos, por exemplo, os seguintes tópicos da Palavra de Deus: controle,
lidar com a raiva de forma construtiva, como lutar (resolução de conflitos),
perdão, reparação da personalidade e bagagem emocional, e como construir um
clima de respeito. Parte do nosso tempo nos pequenos grupos é gasto falandosobre como as famílias onde cresceram e outras influências que moldaram. É
muito poderoso.
Trabalhamos muito com noivos e casados em New Life . Como muitas
igrejas, nós temos reconstruído famílias. Em todos os retiros e aconselhamento
para casados, a questão que tratamos é como sua família de origem moldou sua
compreensão do matrimónio e da família é, de longe, a mais poderosa e crítica ase enfrentar. Queremos crescer mais fortes na aplicação deste princípio aos
solteiros, especialmente no que se refere às suas relações ao sexo oposto.
Na New Life temos pessoas de todos os cantos - da Ásia, Europa, África e
Oriente Médio, sem mencionar os muitos outros grupos étnicos dos Estados
Unidos. Alguns vêm de famílias hindus, outros muçulmanos. Nosso discipulado
é importante pois os ajuda a tomar consciência de como suas famílias e culturas
entendem lealdades faladas que não foram faladas por seus pais. No que os
filhos estão em dívida para com seus pais e familiares? Que legado positivo
eles trazem para a nossa família da igreja que podemos integrar? Quais são as
partes de sua etnia que contradizem o chamado do Evangelho (Mt 10:21)?
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Finalmente, quando discernimos a possível presença de um componente
biológico (como depressão grave, TDAH, transtorno bipolar, dependência de
substâncias ou álcool, distúrbio de personalidade grave), as pessoas com mais
recursos financeiros, os encaminhamos para conselheiros profissionais que
sejam capazes de levá-los a um nível de trabalho em seu passado mais profundo
que não conseguimos atingir como igreja local.
4. Liderando a Família da Igreja como a Minha Própria Família
É preciso muita coragem para começar a olhar para sua família de origem
com objetividade. Sei porque foi extremamente difícil começar a observar as
áreas de fraqueza em nossa família ítalo-americana. Depois que eu comecei essa
jornada, no entanto, tornou-se óbvio como meu passado foi impactando
negativamente a família da igreja que eu estava pastoreando. Encontrei três
principais áreas de impacto.
Primeira, ao longo de minha infância com meus irmãos, minha mãe
parecia muito infeliz em sua vida e em seu casamento. Passei muitos anos
querendo nada mais do que fazê-la encontrar a alegria e a felicidade no meu pai.
Era quase como se eu tivesse sido o seu pai amoroso, sonhando com um tempo
glorioso que viveria felize para sempre. Eu havia interiorizado um sentimento
de responsabilidade para corrigir todos os problemas de minha família.
Eu havia me acostumado com este papel, e quando me tornei um pastor,
foi um ajuste perfeito. Agora eu ajudaria a todos com dificuldades e tornaria
suas vidas melhores e mais feliz. Aprendi muito sobre como cuidar e ouvir
através de minha família. Mas eu sabia pouco sobre como permitir que outras
pessoas cuidassem de mim e como ter adequado o auto-cuidado.
Não é de se admirar como luto com toda responsabilidade das pessoas na
igreja? Quando alguém tinha alguma dificuldade pessoal na igreja, eu
considerava que o meu trabalho era "fazer essa pessoa se sentir melhor."
Depois de me tornar consciente de como foi minha formação familiar, tornou-se
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muito mais fácil mudar. Eu estava tentando encontrar valor e utilidade na
igreja, e não em Cristo.
Em segundo lugar, meu pai que era um padeiro, adorava seu trabalho. Ele
ajudava sua família desde que tinha doze anos quando seu pai morreu de forma
súbita durante a Grande Depressão. Seu trabalho era sua vida. Fê-lo
intensamente e foi um dos melhores padeiros italianos na região da cidade de
Nova York. Seu objetivo era garantir os estudos de seus filhos que lhe foi
negado em sua infância.
Desta forma meu pai me transmitiu essa paixão por trabalho, por ser o
melhor, e por "tornar-se alguém" na América. Também comecei meu casamento
com pouco tempo para lazer e família. Meu trabalho também se tornou minha
vida. Acho que teria sido do mesmo modo se eu tivesse estudado tanto para
direito, medicina e ensino, como para liderança de igreja. Onde quer que fosse,
eu estava seguindo seus passos.
Passei para a liderança de nossa igreja a paixão de crescer mais, melhor e
mais forte a cada ano. O ritmo foi cansativo, muito parecido com o de meu pai.
Eu atribuía como oportunidades para o reino de Deus se expandir. Na verdade,
estava tentando encontrar valor e utilidade na igreja, e não em Cristo. No
processo que acabei negligenciando as pessoas mais próximas a mim, assim
como meu pai.
Só com este compromisso de refletir seriamente sobre a minha própria
história familiar, à luz dos valores do Evangelho, fui capaz de sair da "via
rápida" de trabalhar e produzir. Em vez disso, aos poucos, estou aprendendo a
segui-lo com o descanso sabático, em contentamento, com alegria, paz (Rom.
14:17), oração e reflexão.
Terceiro, e talvez mais importante, trouxe comigo o medo de ser
abandonado. Lutava com problemas de rejeição quando criança, e, portanto, foi
incorporado na base de quem eu era. Como resultado, quando as pessoas
estariam insatisfeitas ou saíam da igreja (uma ocorrência comum para qualquer
pastor de igreja local), eu ficava arrasado.
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Este poder do passado na minha vida causou um grande caos na família
New Life . A Visão de todos tornou-se a minha visão. Eu sabia que se eu falasse
o que realmente queria fazer, algumas pessoas iriam embora. Por anos, eu
falsifiquei a verdade. Pior, eu raramente confrontava as pessoas sobre suas
deficiências, insuficiências e pecados, especialmente se eu não achava que
estavam sendo receptivos. Me retirava do conflito e, de bom grado, assumia a
mim mesmo toda a culpa por algo errado, enquanto todos estavam felizes
seguiam em frente. Meu padrão produziu o fruto horrível descrito no capítulo
inicial, quando o pastor espanhol causou divisão na New Life .
Conflitos são normais na vida. As pessoas tendem a resolvê-los em uma
das cinco formas:agravando, se retirando, atacando, assumindo que as coisas
são piores do que realidade, ou através da triangulação (ou seja, em vez de A ir
para B para resolver um conflito, um falava para C, para aliviar a ansiedade).
Em minha família eu tendia a me retirar. Aprendi a internalizar os conflitos e
alisar as diferenças.
Ao mesmo tempo, a família que eu cresci, embora manchada pela queda
como todas as famílias, me deu inúmeros dons pelo qual sou eternamente grato.
Através deles, Deus me deu grande sensibilidade para com outras pessoas. Sou
capaz de entrar facilmente em sua dor e expressar sincera compaixão. Também
aprendi a confortar os outros de modo significativo e não superficialmente.
Deus também usou minha família para me dar amor pela leitura e pelaaprendizagem, paixão pelas pessoas, e amor por música e artes. Deus usou todo
o meu passado, tanto positiva quanto negativamente, exclusivamente para
moldar-me para meu jeito de servir e liderar como um pastor hoje.
O conflito é uma parte normal da vida. Aprendi a internalizar os
conflitos, algo Cristo nunca teve a intenção.
Deus nos ordena a honrar nossos pais. Como um adulto, acredito que isto
significa que nós devemos respeitá-los e agradecer a Deus por suas vidas.
Gostaria de incluir um agradecendo a Deus por nossa história, nosso passadoaté
este lugar e pela família em que nascemos.
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A intenção de Deus é que você também agradeça, tenha sido ela boa ou
ruim. As pessoas podem ter te prejudicado. Você pode ter feito algumas
escolhas ruins. Lembre-se que José aprendeu depois de ter sido traído por seus
irmãos: Vocês pretenderam me prejudicar, mas Deus o tornou em bem para
realizar o que está acontecendo agora, a salvação de muitas vidas"(Gen. 50:20 ).
5. Lembre-se Quantas pessoas estão na mesa
Muitas vezes me perguntam por que é que preciso de maturidade emquestões familiares para liderar uma igreja, uma denominação, pequenos
grupos, um ministério ou algum nível administrativo. Parte da resposta envolve
a ideia de adoção. A maioria das pessoas envolvidas trará "bagagens"
emocionais de suas famílias. Quando você estiver em uma reunião com outras
seis pessoas, há na verdade muitas outras pessoas invisíveis presentes na mesa.
Experiências de relacionamentos de cada pessoa da família
Sete famílias fazem parte da Reunião da Comissão da Igreja
Reunião da
Comissão da
Igreja
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O gráfico acima representa uma reunião da comissão da igreja lidando
com a difícil questão de se contratar uma secretária para o pastor sênior. Você
pede ao conselho que a autorização do pagamento seja a partir de duas semanas.
Farão uma análise da situação financeira para resto do ano por causa do
orçamento e outros compromissos financeiros da igreja. Cada uma das seis
pessoas na reunião vêm de um sistema familiar com diferentes regras tácitas,
diferentes valores e diferentes formas de resolver as coisas.
Joe, o presidente da comissão, é um executivo de alto nível de uma
empresa de softwares. Ele ama o risco e já decidiu em sua mente que trabalharáhoras extras para compensar a diferença de orçamento. Não dirá nada para o
resto da diretoria sobre esta decisão, para que não se deparar com tanto orgulho.
Sua esposa não ficará feliz e novamente ficará se queixando.
Carlos cuida de uma loja de ferragens na cidade. Ele acha que a
contratação de uma secretária pessoal para o pastor é imprudente. Não gosta da
idéia da igreja não ter dinheiro no banco. Ele jamais executaria seu negócio
dessa maneira. No momento ele está lidando com a possibilidade de que a
Home Depot , uma concorrente, pode entrar na cidade e enterrar seu negócio.
Tinha um buraco em seu estômago enquanto escutava o pastor. Ele está
pensando seu pai se revirando no túmulo por tal imprudência. Temeroso de ser
honesto sobre seus verdadeiros sentimentos, Carlos sugere que o grupo ore para
obter uma palavra de Deus sobre este passo de fé.
Susie tem licenciatura em Direito e atualmente é dona-de-casa com duas
crianças. Está constrangida e com vergonha. Ela está fumando quase um maço
de cigarros por dia (ninguém na mesa sabe), e seu filho mais velho
recentemente saiu do ensino médio. A família de um membro da comissão não
deve estar em ordem? Ela se sente sozinha e precisa de todos os amigos pra
recomeçar. "O que você quiser, pastor", ela aconselha com confiança.
Mandy é uma profissional única, uma pediatra de sucesso. Agora tem
outros três médicos e cinco enfermeiros que trabalham com ela. Recentemente
compraram um edifício e estão expandindo sua prática. Entrou para a comissão
no ano passado a pedido do pastor, mas deixou claro que, apenas entru porque
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estava esperando crescimento e mudança. Mandy é a primeira mulher de sua
família a ganhar um grau avançado. Ela também ganhou uma ação de assédio
sexual, enquanto estava na faculdade de medicina. Está muito feliz que o pastor
está finalmente tomando alguma iniciativa para que esta igreja se movimente!
Drew exerce duas funções. É um dos pastores associados e também
ancião. Isto o coloca em um papel particularmente poderoso. Ele gosta disso.
Está perturbado, no entanto, com o pastor, a quem ele que sente que recebeu
tudo de bandeja . Drew foi criado por uma mãe solteira e foi forçado a trabalhar
em tempo integral para pagar a faculdade e o seminário. Está com raiva que o pastor está recebendo outro benefício. Está sentado à mesa pensando: "Deus,
sempre haverá algo em meu caminho? Por que esse cara consegue tudo o que
quer?"
Finalmente, Sam está sentado na mesa com raiva. O pastor havia exortado
os solteiros durante o seu sermão, há três semanas, principalmente os homens.
"Por que ele não tem a coragem de falar comigo face a face?" Sam se pergunta.
Sam não falou com o pastor sobre seus sentimentos. Em vez disso, está
pensando em deixar a igreja quando chegar o verão. Esse é o jeito de se resolver
conflitos em sua família. Você "queima a ponte" e segue em frente. Sam não é a
favor destas despesas.
É desnecessário dizer que, se você como um líder quer uma liderança
madura espiritualmente, é preciso considerar, pelo menos, três questões:
1. Precisa ter um profundo olhar para dentro de suas próprias motivações,
razões, objetivos, planos e dinâmica familiar (passado e presente), para dar esse
próximo passo de expansão. Precisa saber o que você está sentindo e pensando
e, em seguida, ser capaz de expressar de maneira clara e respeitosamente para o
conselho.
2. Deve direcionar os membros do grupo de tal maneira que possa,
honestamente, expressar as suas preocupações e sentimentos. Uma grande parte
está por debaixo da superfície nesta reunião. Gostaria de sugerir que espere para
tomar a decisão e faça uma reunião onde possam falar sobre o que está
acontecendo dentro de cada um deles e em seus relacionamentos.
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O líder precisa ter uma forte liderança e direção na referida reunião. Precisa
criar um ambiente seguro para compartilharem honestamente. Isso
provavelmente incluirá a criação de algumas orientações e limites.Por exemplo,
cada um deve falar no"eu", não em "você" ou "eles". Pode ser apropriado
perguntar a cada membro do grupo: "Qual é a coisa mais importante que tem
impactado sua vida no momento?" Em seguida, dê a cada pessoa de dez
minutos ... e peça para orarem uns pelos outros.
3. Você precisa se reunir com os membros individualmente ou como um grupo
para ajudá-los a amadurecer em sua caminhada com Deus. Lembre-se queJesus, enquanto conduzia a multidão, começou com três até se formarem os
doze, no qual ele investiu sua vida. Comecei a me doar à liderança e aos
anciãos de nossa igreja, a fim de provocar uma mudança significativa em nossa
igreja.
Pode ser opressivo pensar na igreja como um lugar onde todas essas
pessoas estão trazendo histórias de família inteiras com elas. Isto é, no entanto,
uma imagem bastante precisa que também nos ajuda a entender a enorme
complexidade de liderar uma igreja.
A igreja nunca vai amadurecer além da liderança. Esperemos que eles
possam se moldar e apoiar num modo de vida onde os membros tirem as
escamas dos olhos (Mt 7:1-5) e trabalhem com seu próprio material.
Gustavo e Nancy
A New Life Fellowship deu um grande salto quando começamos a
compreender a ligação entre as famílias onde crescemos e nossa vida cristã
atual. Já vi inúmeras pessoas amadurecerem como resultado de terem tomadoesta consciência. Segue a seguir um exemplo:
Gustavo e Nancy têm frequentado nosso pequeno grupo nos últimos
quatro anos. Gustavo, veio de uma família, onde a mãe, a caçula de dez filhos,
determinava que cada um dos seus três filhos deveriam sempre estar no topo da
classe, sempre estar certos, e saber sempre mais. Eles deveriam trabalhar o mais
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duro possível na vida. Compartilhar emoções e fraquezas não era permitido. Se
tivesse um revés ou fracasso (como cair de sua moto), a resposta era: "Levante-
se. Não fique aí caído e siga em frente." Houveram poucas experiências de
compartilhar sentimentos ou emoções.
Gustavo também foi acusado injustamente em seu trabalho anterior e
perdeu seu emprego, levando-o a confiar ainda menos nos outros. Imagine
Gustavo refletindo esta forma de se relacionar com o pequeno grupo New Life .
Raramente era vulnerável ou fraco, e o amor e unidade entre sua equipe eram
muito superficial. Ele ensinava bem sobre a Bíblia, mas raramente eravulnerável. Frequentemente causava ressentimentos por ser tão pouco honesto
ou assertivo. Não podia dizer "não" para os novos projetos e oportunidades de
expansão no trabalho. Sempre dizia "sim" para novas posições de servir a igreja.
Ele estava exausto.
Nancy, por outro lado, veio de uma família amável e acolhedora. Serviu
ao lado de Gustavo, sempre esperando o melhor de si mesmos como um casal.
Também era fraca em estabelecer limites e dizer "não". Ela era a irmã mais
velha de três filhos e foi elaborada com seu pai, identificando-se com suas
emoções de culpa, raiva, preocupação e feridas. Ela assumis a responsabilidade
para certificar-se que seu pai se sentia melhor. Se ele não parecia estar se
recuperando de seus sentimentos negativos, se sentia culpada. Tentava resgatá-
lo, sempre tentando fazer "a coisa certa."
Precisamos ter certeza de que estamos morrendo pelas coisas certas.
Nancy naturalmente refletiu esta forma de se relacionar em seu
casamento e em seu trabalho na igreja. Era zelosa e fixava a todos para ter a
certeza de que todos estava bem. Houve pouco tempo para Nancy sentir, pensar,
ou ser ela mesma. Estava cansada, exausta, e solitária.
Foram assim até que analisaram sua vida familiar, desde a infância até os
últimos, que eles foram capazes de fazer algumas mudanças dramáticas em sua
vida. Foi difícil, inicialmente porque ambos consideraram suas famílias tão bem
ajustadas, especialmente quando comparada a outras pessoas.
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A triste realidade, porém, é que a dinâmica familiar onde cresceram foram mais
dominantes com a nova família em Cristo. Viviam como se sua lealdade fosse
primeiramente para seus pais, depois para o reino de Deus.
Foi necessária uma negação dolorosa de si mesmo (Lucas 9:23) para que
Gustavo começasse a expressar fraqueza para os outros no trabalho e no nosso
pequeno grupo. Foi um passo de fé ele começar a afirmar-se quando algo o
incomodava, para começar a sentir e não mais funcionar como uma máquina.
Foi também necessário uma negação dolorosa de si mesmo por Nancy,
para que ela deixasse de se sentir responsável por todos em casa ou na igreja,
deixando-os carregar seus próprios fardos (Gl 6:5), ou tentar ajudar a todos os
necessitados. Cuidar de si mesma como uma criança infinitamente preciosa de
Deus, descansar, e se divertir fazia com que se sentisse (pelo menos
inicialmente) como se estivesse traindo uma regra, não dita mas invisível de sua
família, para Nancy, parecia a morte.
A grande notícia, no entanto, é que no Reino de Deus, quando morremos,
ganhamos a vida. Nós precisamos ter certeza, entretanto, que estamos morrendo
pelas coisas certas.
Este próximo capítulo nos leva a conhecer o que acontece quando alguém
tem um olhar profundo e duro dentro de si, especialmente sobre sua história.
Nos tornamos vulneráveis, transparentes e fracos.
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Nas igrejas emocionalmente saudáveis, as pessoas vivem e expressamquebrantamento e vulnerabilidade. Elas entendem que a liderança no reino de
Deus é de baixo para cima, e não sendo ávido, controlador, ou dominadores
sobre os outros. Liderar pode ter falhas, dores, lutas, e questionamentos. Esta é
uma maneira visivelmente diferente do que é comumente modelado no mundo
e, infelizmente, também em muitas igrejas.
Tempestade à prova de Sua Vida
Durante o fim de semana do Dia do Trabalho em 1900, muitos moradores
da Ilha de Galveston, Texas, sentíam se aliviados pelo tempo anormalmente
quente de setembropor causa das águas frias do Golfo do México. Ninguém
suspeitava que quase a metade da população, 37.000 pessoas estavam prestes amorrer ou tornar-se um sem-teto, espancados pelo furacão mais mortífero já
registrado. No entanto, mais tarde naquela noite fatídica de sábado, um furacão
com ventos de mais de 125 quilômetros por hora e rajadas de até 200
quilômetros por hora bateu diretamente em Galveston. Na linguagem do
Serviço Nacional de Meteorologia, o que feriu seria chamado de um furacão
extremo ou super tempestade.
A previsão oficial em Galveston dizia, "sábado chuvoso, com ventos
fortes no quadrante norte, domingo de chuva, seguido de compensação." Mas de
repente, a tempestade apareceu. Às 13:00h as chuvas tornaram-se uma
tempestade, às 17:00h ventos atingiram a velocidade de um furacão, e até às
20:30h, o nível da água estava quase vinte metros acima do normal. Durante
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esse curto espaço de tempo, a maioria das casas da ilha ficou submersa, pouco
visível, ou desintegradas.
Relatos de uma tempestade tropical distante chegou a Galveston no
início da semana mas que não causaram grande alarme. Os sinais habituais que
anunciavam a aproximação de furacões não estavam presentes neste caso",
escreveu Isaac M. Cline, o veterano de Galveston e oficial sênior no escritório
de meteorologia. Isaac morava três quadras da praia, mas, efetivamente, não via
qualquer necessidade de retirar sua esposa grávida (que morreu afogada), seu
irmão, filhos ou família.
Por quê? Isaac Cline havia previsto que nenhum furacão poderia danificar
seriamente a cidade. Uma é como ele não receava que
qualquer furacão representasse um perigo grave à Galveston.
Baseado na opinião do especialista Cline, Galveston havia recusado uma
proposta de erguer um paredão, alegando que seria uma despesa desnecessário.Como resultado, muitas pessoas que cresceram na bela cidade, confiavam de
que poderiam resistir a qualquer tempestade. Nunca previram rajadas de
duzentos quilômetros por hora que seria como trinta toneladas batendo contra a
parede de uma casa, desintegrando-a como se a madeira fosse se transformar em
varas. Nunca previram ondas de quinze metros de comprimento e dez metros de
altura com um peso estático de oitenta mil libras. Estas foram ondas com poder
de destruição acima da média. Tantas pessoas que se afogaram que demoraram
meses para encontrarem todos os corpos. Isaac Cline, o meteorologista, nunca
previu uma tempestade dessa intensidade.
A preparação está fora do quebrantamento ou da fraqueza. Quando as
tempestades grandes chegam, vimos que realmente não estávamos preparados.
Da mesma forma que Isaac pensou que havia construído uma casa bem
estruturada que pudesse resistir a qualquer tempestade, eu também tentava me
preparar para a liderança da melhor maneira possível. Eu acumulava
conhecimentos, habilidades e vasta gama de experiência de uma cristã.
Acreditava que nenhuma pessoa, julgamento, dificuldade, ou circunstância
poderia me quebrar, independentemente da intensidade. Procurei viver a
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realidade que o mesmo poder que ressuscitou Jesus dentre os mortos estava
agora sobre mim (Efésios 1:19 - 23). Lembrei-me de que maior é aquele que
está em nós do que aquele que está no mundo (1 João 4:4). Orei como Davi:
"Com sua ajuda posso avançar contra uma tropa; com o meu Deus pode escalar
muralhas" (2 Sam 22:30 h.).
Estava determinado a permanecer estável, firme, consistente e fiel. Deus
havia me dado zelo, talento e muita experiência. Estava indo para ser um
guerreiro, um soldado e um servo de Deus e Sua igreja.
Minha preparação, no entanto, tanto formal como informal, eu havia
deixado de fora uma das vias bíblicas mais importantes para o crescimento da
autoridade espiritual e na liderança de quebrantamento e vulnerabilidade. Como
resultado, quando as tempestades realmente grandes vieram, eu não estava
pronto.
I . O desenvolvimento de uma Teologia da Fraqueza
Depois que Adão e Eva pecaram no Jardim do Éden, Deus amorosamente
os perseguiu e criou uma maneira para que voltassem à Ele. Saiu procurando
por eles "que passeavam no jardim" (Gn 3:8). Lhes deu roupas para cobrir sua
vergonha (Gn 3:21). Prometeu que um dia ele superaria a serpente que mentiu
para eles (Gen. 3:15).
Por causa da Queda, Deus constrói também a maldição de "espinhos e
abrolhos" (Gen. 3:18) para a vida como a conhecemos até hoje. Deus explica
que tudo na vida, a partir daquele momento, seria doloroso, difícil e frustrante.
Ele quebra a maldição em duas áreas principais: nossos relacionamentos (Gen.
3, 16) e nosso trabalho (Gn 3:17-19).
Relacionamentos, Deus diz, agora será marcado por dor e mal-entendidos. Nos decepcionaremos com as pessoas em nossos casamentos,
famílias, igrejas e locais de trabalho. Intimidade será substituída por
manipulação, lutas pelo poder, depreciações, seduções, defesa e a retenção de
relacionamentos. A solidão irá reinar.
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Deus lança a maldição para conduzir-nos de joelhos, procurá-lo e
reconhecer nossa necessidade de um Salvador.
Poderíamos ter sido criados para envolver a terra e ao trabalho, mas agora
a frustração e o fracasso seria a nossa sorte. Em essência, o chão será difícil.
Espinhos e cardos irá marcar o nosso trabalho. Podemos alcançar nossos
objetivos e realizar coisas, mas nunca nos sentiremos completamente satisfeitos.
Um sentimento de inquietação e incompletude sempre acompanhará o nosso
trabalho na terra. Nesta vida todas as sinfonias permanecem inacabadas.
Por que Deus faria isso? Ele libera a maldição, a fim de conduzir-nos de
joelhos e procurá-lo, reconhecer a nossa necessidade de um Salvador (Gl 321-
25). O problema é que ao invés de sermos quebrados pelos espinhos e abrolhos
da vida, queremos fugir, lutar ou nos esconder.
a) Fugir. Alguns de nós fugimos enterrando nossa dor em alguma forma de
comportamento destrutivo, evitando a vida, centrando-se apenas em uma pequena parte dela. Muitos cristãos sofrem com a dor, mas fogem dela ou a
anestesiam.. Quantos pastores anestesiam as dores de sua vida, tornando-se
viciados em construir sua igreja? Quantas pessoas zelosamente colocam sua
energia em um ministério como uma forma de evitar certas relações
desagradáveis em casa? Quantas mulheres enterram-se em cuidar dos filhos
como uma forma de não olhar honestamente para as outras áreas quebradas de
suas vidas? Quantos homens derramam sua energia vital a fim de terem sucesso
em suas profissões, enquanto falham miseravelmente em casa?
b) Lutar. Outros de nós tornam-se irritados, amargos e violentos, pois evitam a
vida e se focam em apenas uma parte dela. Quantos cristãos que precisam lidar
com a raiva que está perto de sua alma, colocam o verniz de uma espiritualidade
de "indignação justa como Jesus", como erroneamente o descrevem? Eles levamsua raiva sobre os políticos equivocados e cristãos doutrinariamente imperfeitos.
Ao invés de serem quebrantados pelas dificuldades da vida, encontram muitos
em nossas igrejas que estão com raiva de Deus por não responder suas orações
ou governar o mundo de uma forma que pareça sensata.
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!!)
c) Ocultar. Ainda outros de nós construímos nossas vidas de maneira que
encobrimos os danos, as rachaduras, a fragilidade, as limitações e imperfeições
que temos. Isso é o que fiz durante anos. O exemplo mais pungente ocorreu há
vários anos quando, por um breve período de tempo, viajei para diferentes
partes do país onde falava em conferências sobre crescimento de igreja. Falava
sobre o sucesso de nossa Igreja, enfocando o que havia feito direito. Transmitia
uma sensação de domínio e controle de como liderar uma igreja e construir
infra-estruturas de pequenos grupos. Eu era o centro das atenções, partilhando
minha experiência livremente até nos intervalos e refeições.
No entanto, eu encobria decepções e retrocessos, tanto pessoalmente
quanto na igreja. Também exagerava mais do que gostaria de admitir. Na
superfície, parecia que eu estava tendo sucesso. Algumas das façanhas eram
verdadeiras. Mas, como eu viria a entender, o foco em meu sucesso era minha
ferramenta para evitar olhar honestamente sobre os danos, rachaduras,
imperfeições e limitações que eu realmente tinha. Também me dava uma falsasensação de valor, valor este que me deixava vazio.
Lembro-me de um convite para pregar numa conferência de crescimento
de igreja no Tennessee , porque um orador havia ficado doente e precisavam de
alguém para preencher o lugar. A oferta financeira foi significativa. Mas sabia
que não podia ir. Algo na minha alma estava morrendo nessas conferências
quando falava. Tinha uma sensação de desconforto porque eu sabia que nãoestava dizendo toda a verdade. Deus havia feito uma série de coisas grandes,
mas havia um lado da história e outro para mim.
Todo mundo está quebrado, danificado e imperfeito. É uma linha comum
de toda a humanidade, mesmo para aqueles que negam a realidade em sua vida.
Dois tipos de Igrejas
O gráfico a seguir descreve duas maneiras muito diferentes de uma igreja
caminhar para sua espiritualidade. O primeiro, por falta de um termo melhor, é
caracterizado pelo orgulho e pela defesa, o segundo é marcado por
quebrantamento e vulnerabilidade. Qual coluna que melhor descreve você?
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ORGULHOSO E DEFENSIVO QUEBRANTADO E VULNERÁVEL 1. Estou escondendo minhasimperfeições e falhas.
1. Sou transparente e vulnerável, me abrofacilmente.
2. Meu foco no positivo e no sucesso. 2. Sou ciente da fragilidade, necessidades e
limitações. Reconheço minhas falhas.3. Sou muito ofensivo e defensivo. 3. Eu sou acessível e aberto para mudanças.4. Primeiramente me concentro noserros, falhas e pecados dos outros .
4, Sou consciente de minha própria fragilidade,tenho compaixão e sou lento para julgar osoutros.
5. Dou muito minha opinião, mesmoquando não perguntam.
5. Sou devagar em falar e rápido para ouvir.
6. Não chego perto de pessoas. 6. Sou aberto, agradável e curioso sobre outros.7. Impeço as pessoas de realmenteverem o que está acontecendo dentro demim.
7. Tenho prazer em mostrar vulnerabilidadee fraqueza, para que o poder de Cristo possa ser
visto em minha vida.
8. Gosto de controlar a maioria dassituações.
8. Dou às pessoas oportunidades de ganharminha confiança.
9. Tenho que estar certo a fim de mesentir forte e bom.
9. Entendo que a força de Deus revela-se emadmitir os erros, fraquezas e declarações que
10. Culpo outros. 10. Assumo minhas responsabilidade e falo
11. Costumo guardar rancor eraramente perdôo.
11.Não guardo rancos das pessoas e sou capaz de pedir perdão.
12. Quando ofendido, risco esta pessoade minha vida.
12. Quando ofendido, eu pergunto parasaber o que aconteceu.
13. Nego, anulo e fujo da realidadedolorosa.
13. Honestamente olho a verdade abaixo dasuperfície mesmo quando estou ferido.
14. Dou respostas e explicações à dor,esperando que se cure ou mude.
14. Estou presente quando as pessoas estãoenfrentando problemas e me sinto confortávelmesmo quando não sei o que está acontecendo
15. Tenho que provar que estou certo
quando injustiçado.
15.Posso deixar as coisas acontecerem.
16. Sou exigente. 16. Sou gentil e respeitoso.17. Sou preocupado com o que as
pessoas pensam de mim.17. Sou mais consciente de Deus e de outrosdo que demonstro.
18. Eu vejo pessoas como objetos paraser usado para Deus.
18. Vejo as pessoas como presentes para seremamadas e apreciadas.
Fraqueza e Autoridade Espiritual de Paulo
O apóstolo Paulo é indiscutivelmente o maior cristão que já viveu. Ele
escreveu quase metade dos livros do Novo Testamento e expandiu o
Cristianismo no primeiro século de uma forma que permanece intacto até hoje.
Mesmo assim, a autoridade de Paulo e sua posição como apóstolo foi
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seriamente confrontada em mais de uma ocasião. A principal razão para isso foi
a relação com sua compreensão pela fraqueza e quebrantamento.
O caso em questão é Corinto. Os "Super-apóstolos" haviam vindo para a
igreja com um ministério de sinais e maravilhas que superavam Paulo. Eles
também falaram de revelações e experiências com Deus que fez Paulo se
parecer tão comum. Chegaram com dons de línguas, reivindicando uma
autoridade especial, única, de Deus, que gradualmente tirou a lealdade da
congregação para longe do apóstolo Paulo. Abraçar a fraqueza e a imperfeição,
não estava em seu objetivo ao desenvolver qualidades de liderança.
Paulo defende a autenticidade de sua liderança, apelando para a sua
fraqueza!
As pessoas em Corinto eram muito parecidas como somos hoje. Esta
cidade da Grécia era estrategicamente situada no Mar Egeu. Era uma das
maiores e mais poderosas cidades do mundo. Muitas pessoas iam para estagrande cidade. Densamente povoada, multi-étnica, sexualmente livre das
amarras tradicionais, era uma combinação de New York, Las Vegas e Los
Angeles. A Vigésima primeira cultura do século medida em termos de poder.
Se você é uma celebridade, um indivíduo fisicamente bonito ou rico, um
atleta profissional, um advogado talentoso, um médico, ou um político de
sucesso, você é considerado forte. Pessoas brilhantes nos deslumbram com suascapacidades verbais e intelectuais. A Cultura da Igreja Contemporânea foi
largamente comprada em definição do mundo de poder e força. Olhamos para
as construções, finanças, números de pessoas e grandes orçamentos para
demonstrar a força e o sucesso de nossas igrejas e ministérios.
No entanto, em II Coríntios 12, Paulo defende a autenticidade de sua
liderança, apelando, não para suas visões e revelações de Deus, não para os seus
sucessos e dons, mas a sua fraqueza! Ele escreve sobre como Deus havia
permitido um "espinho na carne" em sua vida para humilhá-lo.
Os estudiosos não têm certeza se esse "espinho" era uma doença física
(como um problema ocular, defeito de fala ou epilepsia), agonia de pessoas que
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constantemente estavam em conflito com ele ou uma tentação espiritual (talvez
uma tendência de amargura ou de um terrível temperamento). Nos tempos
antigos, os espinhos eram usados como estacas no chão durante a batalha para
retardar o progresso de um inimigo. Este estava levando Paulo para o centro do
seu ser. O que quer que fosse, isso "atormentava" Paulo. Seriamente o
desencorajava. Mesmo assim, Paulo se refere a ele como um presente, dizendo:
Três vezes roguei ao Senhor que o afastasse de mim. Mas ele me disse: "A
minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza." Portanto,
me gloriarei ainda mais alegremente em minhas fraquezas, para que o poder de
Cristo repouse em mim. É por isso que, por amor de Cristo, sinto prazer nas
fraquezas ... em dificuldades. Porque quando estou fraco, então é que sou forte.
(2 Con 12:8-10).
Para Paulo, a sua grande fraqueza era o distintivo do apostolado e
autoridade de Deus, tanto que se gabou, em que, argumentando que é quando o
verdadeiro poder de Jesus flui através dele. Isso o fez se sentir tão fraco que oobrigou a ser dependente de Deus.
Se Paulo estivesse pregando em uma conferência de pastores e recebesse
a oportunidade de falar de seu trabalho como um líder apostólico, o seu
primeiro tópico não seria como ele plantou vinte e uma igrejas da Ásia Menor.
Nem a sua mensagem de abertura seria intitulada como "Seis Passos para
levantar líderes dentro da Igreja". Ele, talvez, falaria primeiro como Deus nãorespondeu suas orações para a cura pessoal. Se descreveria como fraco, difícil,
ferido e quebrantado. "Há uma mensagem nisso, amigos," ele poderia
acrescentar. "Se Deus pode me usar, ele pode usar qualquer um! É realmente
Jesus em nós e não nossas próprias habilidades e talentos. O reino de Deus está
sobre o Seu poder, Sua força, não a nossa! Seja forte! "
É realmente Jesus em nós e não nossas próprias habilidades e talentos.
Paulo não queria tirar sua de fraqueza. Ele repetidamente dizia a Deus:
"Não posso tirá-lo." Deus sabia que ele seria insuportável sem esse "espinho".
Você pode imaginar o que ele poderia ter sido? Sem dúvida, o fluxo do poder de
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Deus teria sido seriamente diminuído de Paulo se ele fosse arrogante e cheio de
si mesmo.
2. Aceitar sua dificuldade como um presente
O que poderia ser a " Deus lhe deu? (É como a
mensagem traduz "espinho na carne"). Uma criança com necessidades
especiais? Uma luta contra um vício que o obriga a estar atento todos os dias e
participar de reuniões regularmente? Fragilidade emocional com tendência à
depressão, ansiedade, severo isolamento, ou a solidão como solteiro ou viúvo?
Cicatrizes na alma de um passado abusivo? Padrões de relacionamento da
infância que fazem você se sentir desesperado por mudança? Uma deficiência
física? Câncer? Tentações reais para a raiva, ódio, ressentimentos, ou
julgamento?
Nosso mundo trata fraqueza e fracasso como terminal. Este diz: "Você é
um perdedor." Deus diz: "Esta é uma experiência humana universal, queatravessa gerações, culturas, raças e classes sociais. É o meu presente
especialmente criado para que você possa reconhecer sua fraqueza e fragilidade,
não sua própria força e poder."
Meu entendimento era que Deus queria para curar meu quebrantamento e
vulnerabilidades completamente. Poucos consideram quebrantamento como o
projeto e a vontade de Deus para nossas vidas!
O Crescimento de Paulo em Cristo paralelo à seu crescente sentimento de
fraqueza e pecaminosidade.
Em Gálatas 2:6, escrito em 49 dC, depois de ter sido um cristão por
catorze anos, ele escreve sobre os apóstolos desta maneira: "Quanto
àqueles que pareciam ser importantes, quem quer que fosse, não faziadiferença para mim." Parecia orgulhoso e teimoso.
Seis anos depois, em 55 dC, escreve aos Corintíos de uma forma mais
humilde: Sou o menor dos apóstolos "(1 Coríntios 15:9).
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Cinco anos depois, em 60 dC e vinte e cinco anos depois de se tornar um
cristão, ele proclama, "Sou menos do que o menor de todas as pessoas de
Deus" (Ef. 3:8).
Finalmente, dois anos antes de sua morte e, talvez, depois de caminhar
com Cristo por trinta anos, ele é capaz de ver claramente, "Eu sou o pior
[de todos os pecadores]" (I Tm. 1:15).
O que aconteceu? Paulo havia crescido em sua compreensão do amor de
Deus no Evangelho. Ele tinha se tornado mais forte em Cristo, tornando-se mais
fraco "Porque quando estou fraco, então é que sou forte" (2 Con 12:10).
Andar como um pote rachado
Uma história que ouvi ilustra maravilhosamente esta verdade
contracultural.
Conta-se a história de um trabalhador pobre que ganhava a vida
transportando água para os seus vizinhos. Para isto ele usava dois potes, que
pendurava nas pontas de uma vara. Um dos potes, contudo, tinha uma pequena
rachadura, de maneira que quando o carregador chegava ao lugar onde devia
entregar a água, uma grande parte dela se perdera pelo caminho.
Isto durou muito tempo, até que, um dia, o pote rachado ficou tãoenvergonhado -me tão
incompetente e tão incapaz por perder tanta água. Estou frustrado e humilhado
por não ser como o outro pote e prestar a você um serviço completo. Sempre
que você chega ao destino só consigo fornecer metade da água que tinha ao
começar a viagem. Sinto-
Ao ouvir estas palavras, o carregador de água disse ao pote rachado:
o problema da rachadura, que não tem reparado numa coisa maravilhosa que
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O carregador de água foi com o pote até a fonte onde apanhava água
diariamente, e começou a percorrer lentamente o caminho que fazia todos os
dias, mostrando-lhe as belíssimas flores que ficavam à margem do caminho.
Finalmente disse-
ao dia pela água que vasa da sua rachadura, por isso estão tão bonitas! Se não
fosse essa rachadura, não haveria flores à beira da estrada, a alegrar a vida
É assim que Deus trabalha.
O Caminho da Humildade de Lou
Muitas pessoas lêem livros sobre humildade, mas não são humildes.
Pregações e estudos bíblicos ensinam sobre o tema, mas continuam a ser
impenetráveis. Assim como eu, Lou, um dos pastores de minha equipe, foi uma
dessas pessoas.
Eu estava sentado na mesa da cozinha com minha esposa, e estávamos
tentando impedir a destruição conjugal que Lou e sua mulher, Susan, estavam
experimentando. Estávamos tentando desesperadamente ajudá-los a ouvir uns
aos outros com respeito. Em um ponto da conversa, Lou, muito frustrado,
explodiu que não é apenas Susan, mas que também tenho
problemas. Mas os meus problemas são mais como ter uma perna quebrada, e
os problemas de Susan são como ter câncer. "
Era mais fácil, quase natural, de Lou olhar e focalizar os defeitos do
caráter de sua mulher. Foi difícil, quase impossível, que ele olhasse para suas
próprias fraquezas e falhas. Foi a combinação fatal: o inato temperamento de
Lou, o histórico famíliar em que cresceu, o Treinamento e Discipulado precoces(através de um ministério num campus que se orgulhava de praticar "o básico"),
e cultura da igreja - que tornou aparentemente impossível de Lou enxergar seu
próprio quebrantamento. Lou amava livros e sempre achava que o
conhecimento era a resposta para tudo.
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Tentamos, sem sucesso, fazer Lou ouvir sua esposa. Ele poderia resolver,
organizar e controlar quase tudo. Se você tivesse um problema, Lou poderia
"ensinar" a solução. Mas não podia controlar o desespero de Susan e a miséria
em seu casamento. Recomendei a ele para ir a um conselheiro matrimonial
profissional.
Comecei a falar livremente dos meus erros, vulnerabilidades e falhas.
Quem? Eu? Lou pensou consigo mesmo. Isso é ridículo! Ele estava
envergonhado e arrasado. Gradualmente, pela primeira vez em sua vida, chegou
cara a cara com sua total incapacidade de resolver os problemas com sua
própria esposa. Começou lentamente a abrir-se sobre as partes de si mesmo que
foram radicalmente quebrados.
Agora Lou não tem tantas como respostas como ele costumava ter. Ele
diz: "Eu não sei" muito mais que antes. O seu ensino em New Life não tem
auto-suficiencia como anteriormente. Recebe correção de outros comhumildade. O mais importante, talvez, é como as pessoas estão começando a
procurá-lo quando a vida está desmorondo. Lou realmente tornou-se conhecido
como uma pessoa "segura". Um de seus pontos fortes agora no New Life é a sua
capacidade de ouvir as pessoas e advogá-las como estão sofrendo. Seu
ministério de ensino agora também traz um aroma de quebrantamento que
nunca estave presente antes.
3. A transição para uma igreja baseada na fraqueza
Isto começou comigo
A mudança sísmica começou na New Life quando, depois de quase oito
anos de liderança deixei de lado meus "pontos fortes" e "sucessos", e admiti
para a congregação que minha vida pessoal e matrimonial estavam fora de
ordem. Eu, então, tomei a decisão, juntamente com minha esposa, de expor em
público nossa luta para a jornada de cura e restauração.
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Comecei a falar livremente dos meus erros, vulnerabilidades e falhas.
Agora eu era capaz de dizer em reuniões, "Eu não sei o que fazer." Falava
abertamente sobre minhas inseguranças, meus desapontamentos, e os meus
sonhos despedaçados. Compartilhava sentimentos que, anteriormente, eu tendia
a ter vergonha - raiva, inveja, depressão, tristeza e desespero.
Se você ouvir fitas do meu sermão antes e depois de 1996, você irá notar
uma nítida diferença. Antes de 1996 eu poderia ter dito algo sobre uma fraqueza
minha ou ter compartilhado uma luta. Fiz isso porque soava bem e trabalhou
naquele determinado sermão. Pretensão e proteção ainda caracterizavam aminha liderança.
Tomei a decisão durante uma licença sabática de três meses em 1996 que
eu pregaria sobre minhas falhas, fraquezas e lutas, e não os meus sucessos. Esta
vulnerabilidade, desconfortável no início, revolucionou minha pregação e
companheirismo na New Life . Comecei a lutar com textos e minhas próprias
dificuldades em obedecê-los antes que eu aplicasse a todos os outros. Agora eu
compartilhava essas lutas abertamente em meus sermões. Estávamos todos em
pé de igualdade, lutando para obedecer a Palavra de Deus em nossas vidas.
Lembro-me de Geri e eu fazendo o nosso primeiro retiro de casamento,
compartilhando detalhes dolorosos de nossa história como um casal. Uma
pessoa saiu da sala chorando, dizendo: "Eu nunca esperava ver alguém tão nu,
muito menos o meu pastor!" (ela quis dizer "vulnerável). Havia entrado uma
onda de quebrantamento em nossas vidas que não já não havia mais nada a
esconder.
Comecei a sentir o amor de Deus em Cristo e o poder do Espírito Santo
de uma forma totalmente nova. Não me sintia mal como eu inicialmente temia,
me sentia mais vivo e limpo do que estive em anos. Minhas ilusões defingimento e proteção foram se dissiparam. Comecei a sentir o amor de Deus
em Cristo e o poder do Espírito Santo de uma forma totalmente nova.
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Transformação através da Liderança
Uma das qualidades excepcionais da New Life é que os líderes, em todos
os níveis, compartilham livremente seus pontos fracos e, muitas vezes, falam da
misericórdia de Deus. Como um dos nossos pastores recentemente disse: "É
realmente difícil de ser demitido, a menos que você se recuse a ser quebrantado
e humilde." Uma expectativa existe para ser corrigível, dócil e disposto a
apresntar seus próprios problemas. Não há heróis cristãos aqui. Apenas pessoas.
Líderes de ministérios de adoração, e em pequenos grupos são
incentivados a contar suas histórias de fraqueza e fragilidade que conduzem aos
outros. É talvez a única qualidade indispensável para o serviço bem-sucedido
em New Li fe.
Adam é um líder jovem e talentoso que se mudou para Nova York anos
atrás.
Tinha a vida toda planejada. Ministério? Tinha tudo planejado
também. Eu era jovem, estava confiante e invencível. Tinha me tornado
um cristão pouco mais de uma década, e em minha mente, não havia
nenhuma questão muito complexa ou circunstância que poderiam me
derrubar (uma posição bastante orgulhosa, tenho certeza). Foi-me dito que
eu tinha muitos dons, uma série de habilidades naturais de liderança e um
dom de influência. Embora iria rapidamente deixar de lado tais louvores prematuros.
Como resultado, eu era um cristão defensivo, mal-humorado, e
muitas vezes orgulhoso disfarçado como um humilde herói. Gostaria de
ouvir as pessoas, mas realmente não escutava. Era impaciente com os
outros e dava conselhos só porque pensava que era meu dever. Eu
valorizava mais a força do que o dogma da fraqueza, a perfeição graça ou o
quebrantamento. Era confiante nas habilidades que Deus havia me dado.
Liderança não é ser sempre forte, pois quando somos fracos é que
somos fortes em Deus. Ir para uma nova vida de quebrantamento e
fragilidade parecia muito arriscado pra mim, ao mesmo tempo, um pouco
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perigoso e improvável. Para ser honesto, foi um pouco assustador.
Mas foi uma experiência libertadora. Comecei a ter uma visão
diferente sobre o Evangelho, a graça e a compreensão de adorar ao Rei
humilde, como nunca antes. Aprendi a confiar Nele, mesmo quando não
tinha resposta para tudo. Aprendi a ouvir. Aprendi a dizer "não sei"
quando na verdade, não sabia mesmo. Aprendi a ver as pessoas através de
uma nova lente, uma lente de graça e simpatia, uma lente de compaixão e
humildade.
Eu aprendi que a liderança não é ser sempre forte, em vez disso, ésendo o fraco que nos tornamos fortes em Deus. Eu vim a perceber que,
muitas vezes, poderia aprender muito com as outras pessoas se eu não
fosse tão insistente em estar sempre certo. Aprendi que as pessoas se
relacionam mais com uma pessoa autêntica e desinibida do que com aquele
que é estóico e distante. Aprendi que eu estava muito ocupado apontando
os erros dos outros ao invés de olhar para os meus próprios erros.
Em suma, aprendi que eu não era tão completo como achava que era.
Em uma maneira estranha e misteriosa, aprendi que eu só poderia tornar
me um líder completo sendo um amigo, e um aprendiz que se dispõe a ser
quebrantado, e fraco e vulnerável diante de Deus ... e, sim, para todos
também.
Isso também era libertador.
É filtrado na Cultura mais Ampla
Cada oportunidade é utilizada para que as pessoas dêem testemunho
sobre como Deus os atende em suas falhas e fragilidades. Queremos que as pessoas reconheçam as rachaduras em sua alma. Assim, usamos os cultos
dominicais, retiros sobre casamento e individuais, pequenos grupos, batizados e
outros eventos, para dar oportunidade para as pessoas contarem suas histórias.
É comum ouvir sobre a recuperação de alguém que era viciado em
heroína e crack, que agora lidera um culto e é respeitável. Convidamos um ex-
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travesti para dar seu testemunho em uma manhã de domingo (com fotos de de
sua vida antes de Cristo, devo acrescentar). O mesmo tema é executado através
da história de cada pessoa. cada um de nós de
formas diferentes.
Estamos constantemente pensando que o único tipo de pessoa que Deus
usa são aqueles que não dependem de seus próprios dons ou recursos.
Moisés gaguejava.
A armadura de Davi não se encaixava.
João Marcos abandonou Paulo.
Timóteo tinha úlcera.
A esposa de Oséias era uma prostituta.
A única formação de Amós era a agricultura.
Jacó era um mentiroso.
Davi teve um caso, cometeu assassinato e abuso de poder.
Noemi era uma viúva.
Paulo era um perseguidor.
Moisés era um assassino.
Jonas correu da vontade de Deus.
Gideão e Thomas duvidaram.
Jeremias era depressivo e suicida.
João Batista era um tagarela.
Martha era uma muito preocupada.
Noé ficou bêbado.
Salomão era muito rico, e Jesus era muito pobre.
Abraão era muito velho, e Davi muito jovem.
Pedro tinha medo da morte, e Lázaro estava morto.
Moisés tinha pavio curto (assim como Pedro, Paulo, e muitos heróis da
Bíblia).
O dia em que admitirmos que não estamos amando as pessoas é o dia em que
começaremos a ser amorosos com elas.
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Deus sempre usou potes rachados, para "mostrar que esse poder todo é de
Dele e não nosso" (2 Cor 4:7).
Isso não significa que nós encorajamos as pessoas a permanecerem do jeito
que estão. Admitir a verdade sobre nós mesmos, no entanto, é o ponto de
partida fundamental para a mudança. Minha esposa e eu, muitas vezes,
comentamos que o dia em que admitimos que não éramos pessoas amorosas, foi
o dia em que começamos a ser amorosos para com os outros.
4. Seguindo o Modelo do Filho Pródigo
Um dos pontos onde nossa mudança cultural na Igreja ocorreu, no
entanto, quando eu pregava uma série de sete sermões sobre o filho pródigo de
Lucas 15:11-32. Usava uma pintura de Rembrandt chamada "O Retorno do
Filho Pródigo", projetada em uma tela grande, enquanto eu pregava através do
texto. Deus nos encontrou de uma maneira extraordinária.
O filho mais novo é um retrato de uma vida quebrada.
A Pintura de Rembrandt foi inspirada na parábola de Jesus em Lucas 15,
oferecendo um magnífico auxílio visual para nos ajudar a escolher o caminho
do quebrantamento, da fraqueza, da vulnerabilidade e da humildade. O filho
mais novo está ajoelhado, descansando a cabeça sobre o peito do pai. Ele écareca, aparentemente exausto e emaciado, sem o seu manto, vestindo apenas
um sapato esfarrapado, e despenteado. Ele é um retrato de uma vida que foi
quebrada.
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!$!
A Pintura de Rembrandt mostra o incrível Amor do Pai
O filho mais novo conhecendo sua Carência
Dê uma olhada mais uma vez para a imagem.
O Quebrantamento do filho mais novo é o retrato da vida cristã. Deve ser
intencionalmente. Caso contrário, vou acabar sendo o irmão mais velho de pé à
a direita.
A palavra chave é "intencionalmente". Aquele filho ajoelhado,
despenteado descansando no peito de seu pai, com mãos grandes do pai sobre
ele, é o chamado para mim e pra você lutarmos contra as forças que nos
impedem de escolher este caminho. Ele está de joelhos, porque não pode refazer
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!$#
a vida sozinho. É seriamente dependente e muito, muito carente. Nós todos
somos. Muitas vezes esquecemos esta verdade quando as seguimos nosso
caminho.
Henri Nouwen, em seu clássico livro sobre a pintura de Rembrandt,
intitulado O Retorno do Filho Pródigo, descreve que sair da casa do
lugar do amor do Pai, onde ouço o centro do meu ser, "Você é meu filho amado,
descanse em meu favor. " Nouwen escreve:
No entanto, uma e outra vez eu saí de casa. Havia fugido das mãos de
bênção e corri para lugares distante em busca de amor! Esta é a grande
tragédia da minha vida e as vidas de tantas pessoas que encontrei no meu
caminho. De alguma forma, me tornei surdo à voz de quem me chama o de
Amado .... Há muitas outras vozes. As vozes do mundo que tenta me
convencer de que não sou bom e que só posso me tornar bom, alcançando
a escada do sucesso.
O resultado é que muitos líders estão se esforçando para agradar as pessoas
e alcançar sucesso e reconhecimento. Acabam perdidos.
Quando eu ficava deprimido depois que alguém gentilmente corrigia um
comentário sobre meu sermão, ou eu me encontrava invejando o sucesso de
outros ou era incapaz de dizer "não" sem me sentir culpado. Percebia que estava
perdido. Deixei minha casa de descanso e de amor de meu Deus. Estava à procura de amor incondicional onde não podia ser encontrado.
Quando estava preso em jogos, manipulações, ilusões e distorções, e me
esquecia de ouvia a voz do Pai que me dizia: "Tu és meu filho, Pete, a quem eu
amo", em seguida, sabia que eu havia saído de casa. Estava perdido e precisava
fazer o longa de dura jornada para o retorno.
Quando eu tentava exercer controle e poder por não cumprimentar um
membro da igreja que havia me desprezado, me afastava dos braços do Pai.
Quando disciplinava meus filhos, não por um desejo de ajudá-los a crescer,
mas por me constranger perante meus amigos! Eu estova perdido.
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!$$
Quando meus pontos de vista eram desafiados e me sintia ameaçado, me
defendia vigorosamente ao invés de dizer: "Você me deu algumas coisas boas
rezões para pensar," eu estava perdido.
Quando precisava de um ministério com um determinado tamanho,
posição, ou salário maior, estava perdido.
Eu tenho duas cópias da pintura de Rembrandt. Uma delas está na minha
casa acima do piano, e a outra está em nosso escritório da igreja. Reconheço que
sou o irmão mais novo, sempre fugindo de casa. Esta imagem me mantém
centrado, focado.
O irmão mais novo, de joelhos com a cabeça apoiada no peito de seu pai,
recebendo o abraço caloroso das mãos gastas do pai, é onde eu quero viver.
Quando estou plenamente consciente do quão quebrado e frágil eu sou, ganho
um pequeno vislumbre que "a largura e o comprimento, e a altura, e a
profundidade é o amor de Cristo, e ... sei [experimentalmente] que este amorexcede todo conhecimento" ( Ef. 3,18-19).
O irmão mais novo chega em casa e recebe o amor do pai. Ele não é
executada ou expulso. Ele não é vergonha. Ele recebe a vida.
A medida em que eu estou em contato com minha "perdição" e
quebrantamento é a medida em que entendo a glória do Evangelho e sou capaz
de deleitar me no amor do Pai.
I rmão mais velho o modelo de perdição
O que faz com que pareça longe da fraqueza e do quebrantamento? O
irmão mais velho nos mostra.
O irmão mais velho é o clímax da parábola para aqueles a quem Jesus
está falando. Na pintura de Rembrandt, ele é bem-vestido com bordados de ouro
ao lado de seu pai, julgando, irritado, olhando para baixo na recepção do pai
para seu filho mais novo que havia desonrado a família e desperdiçado a fortuna
da família.
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No entanto, ele é mais perdido do que seu irmão mais novo. Por quê?
Porque não enxergava sua perdição! Sua respeitabilidade e a moralidade o
cegou.
Está morando com o pai, mas está longe de ser como o pai. Serve como
um aviso, que é possível obedecer aos mandamentos de Deus e se perder. Posso
ser líder na igreja, orar, ler a Bíblia, servir, participar dos cultos e me perder.
Como trabalho para Deus, posso aparentar estar perto de Deus e mas na verdade
muito distante.
Sua resposta ao amor generoso do pai sobre o irmão mais novo é perdida,
"Todos esses anos tenho trabalhado como um escravo para vós" (Lucas 15:29).
Ele não entende o que o pai está fazendo.
Como eu sei Se se estou perdido como o irmão mais velho?
É importante sempre manter o irmão mais velho diante de nós nesta
parábola. Quando não estou intencional sobre a condição de fraqueza e
quebrantamento, sou como ele.
Vejo três sinais.
Primeiro, quando seguro minha raiva ao invés de trabalhá-la, sou o irmão
mais velho perdido. Não há alegria no coração do irmão mais velho. Ele está
com raiva. É compreensível. Seu irmão mais novo humilhou a família,
desperdiçou grandes somas de dinheiro, e provavelmente deu mais trabalho ao
longo desses anos para o pai que ele. A questão é o que ele faz com esta raiva.
A raiva é uma emoção importante e complexa, especialmente para os que
estão na liderança.
Ele não possui sua ira, luta com ela ou a leva humildemente ao pai.
Alguns de nós alimentamos nossa raiva e, eventualmente, explodimos. Outros
de nós tomamos nossa raiva do trabalho ou de casa para a igreja. Quantas vezes
dirigi minha raiva, depois de um desagradável engarrafamento em Nova York,
às minhas crianças, que estavam demorando para ir pra a cama?
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!$&
Às vezes, engolimos milhares de horas de raiva que se transforma em
depressão, úlceras, insônia ou dores de cabeça. Ainda assim, outros de nós
somos agressivos passivos. Inconscientemente, tentamos derrotar a pessoa com
quem estamos chateados, esquecendo os aniversários, retendo o amor ou o
respeito por ela.
A raiva é uma emoção importante e complexa, especialmente para
aqueles que estão na liderança. Há tantas pessoas e situações que enfrentamos
que, às vezes, não entendo porque estou raiva ou chateado. A chave é para mim
ajoelhar-se diante do Pai e pedir humildemente: "Por que sinto raiva? De onde éque está vindo? Me faz lembrar de algo no passado?
Isso significa para mim ser assertivo e não agressivo, deliberado, não
impulsivo e não ir correndo falar com a pessoa que provocou esses sentimentos
de raiva
Em segundo lugar, quando me vejo resmungando e reclamando demais,sou como o irmão mais velho. O irmão mais velho resmunga a seu pai, "este é o
filho de vocês." Ele não vai admitir que o filho mais novo é o irmão dele, de
volta à família. Ele é condescendente, orgulhoso e busca falhas nos outros.
Quando meu coração e postura em relação às pessoas não são como as do pai,
sei que se desviaram da casa do Senhor.
O irmão mais velho ouve a música e imediatamente responde: "Por quenão fui informado? O que é isso tudo?" Ele tem medo de ser excluído. Não tem
qualquer sentimento de leveza e espontaneidade. É altamente rude, mal-
humorado e descontente.
Quando me encontro ranzinza e com inveja dos outros, é um sinal de que
mudei de posição do filho mais novo, de humildade, para o irmão mais velho,
orgulhoso.
Em terceiro lugar, quando não consigo perdoar, me pareço com o irmão
mais velho. O perdão é um processo que discutirei mais detalhadamente no
próximo capítulo. Mais uma vez, eu corro para diante do Pai.
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!$'
Tornando-se o Pai
O grande fruto de escolher o impopular caminho da contracultura e
fraqueza é que as pessoas serão atraídas para nós, assim como foram atraídas a
Jesus. Ele nunca comprometeu Sua santidade, o que acreditava, ou o que Ele
representava. Não media suas palavras e nunca pecava. No entanto, o lixo da
sociedade, como prostitutas e cobradores de impostos, sabia que Jesus os
amava. Este caráter aponta para o tipo de homens e mulheres que Ele está nos
chamando para sermos. A igreja está cheia de filhos mais
cada vez que Deus, ou alguém, não atendem às suas expectativas. Também estácheia de irmãos mais velhos que estão irritados e mal-humorados.
O grande fruto da fraqueza é que as pessoas serão atraídas para nós, assim
como foram atraídas a Jesus.
Medite alguns minutos sobre o pai da pintura. Observe suas mãos, sua
expressão, seu amor incondicional, o que lhe custou em termos de lágrimas eamor. Esta parábola ensina-me muito sobre o amor de Deus, que trata a cada um
de nós como seu favorito. Mas também aponta para o tipo de homens e
mulheres que está nos chamando a ser.
As pessoas estão desesperadas para estar com outras pessoas que irão
encarnar o amor de Deus na prática, que façam o que o pai faz nessa pintura -
abraça, ama, se importa, está presente e perdoa livremente. É um amorincondicional. Algo que o mundo pouco conhece. É sobrenatural.
Quando comecei a partilhar minhas vulnerabilidades as pessoas
descobriram que podiam confiar em mim. Por quê? Não havia nada que poderia
dizer que poderia me surpreender. Eles poderiam sentir isto.
Falava que o coração de todos era como um abismo. Como? Porque eutinha começado a conhecer o meu próprio.
Minha luta não é em relação à sexualidade mas posso sentir empatia com
aqueles que em nossa congregação sofrem com tal questão. Não tenho uma
criança com problemas mentais mas posso me relacionar com aqueles que
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possuem. Não passei vinte anos nas drogas ou contrair HIV, mas entendo. Não
fui estuprado, assassinado, ou cometido um adultério , mas posso entendê-los.
Uma Oração:
Aqui está uma oração que Deus usou para me encorajar nesta nova
jornada de quebrantamento e vulnerabilidade:
Pedi a Deus força para que pudesse alcançar,
Foi me dado fraqueza para que eu pudesse aprender humildemente a obedecer.
Pedi saúde para que eu pudesse fazer grandes coisas;
Foi-me dada uma enfermidade para que eu fizesse coisas melhores;
Pedi riquezas para poder ser feliz;
Me foi dada a pobreza para que eu pudesse ser sábio;
Pedi poder quando era jovem para que eu pudesse ter a glória dos homens;
Foi me dado a fraqueza para que pudesse sentir a necessidade de Deus.
Pedi todas as coisas que pudesse gostar na vida;
Foi-me dado a vida para que eu pudesse desfrutar de todas as coisas.
Não tenho nada do que pedi,
Mas tenho tudo que esperava.
Apesar de mim, minhas orações foram respondidas. Estou, entre todas as
pessoas, mais ricamente abençoadas.
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Pessoas emocionalmente saudáveis entendem os limites que Deus lhes
deu. Eles alegremente recebem um, dois, sete, ou dez talentos que Deus tãograciosamente os deu. Como resultado, não são frenéticos e avarentos que
tentam viver uma vida contra a vontade de Deus. Eles são marcados por
contentamento e alegria.
Igrejas emocionalmente saudáveis também abraçam os seus limites com a
mesma alegria e contentamento, não tentando ser como outra igreja. Têm um
senso confiante da boa "mão" de Deus na sua igreja "para este tempo ".
O Dilema da Ponte
O rabino Edwin Friedman conta a história de um homem que dava muita
atenção ao que queria da vida. Depois de tentar muitas coisas, finalmente
decidiu o que queria.
Um dia surgiu a oportunidade dele experimentar exatamente o modo de
viver que ele havia sonhado. Mas a oportunidade estaria disponível apenas para
um curto período de tempo. Não ia esperar, e não viria novamente.
Ansioso em aproveitar este caminho aberto, o homem começou sua
jornada. A cada passo, movia-se mais e mais rápido. Cada vez que pensava em
seu objetivo, seu coração batia mais rápido, e com cada visão que estava à sua
frente seu vigor se renovava.
Como correu muito, chegou a uma ponte que atravessava o centro de uma
cidade. A ponte estendeu acima de um rio perigoso.
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Depois que começou a andar sobre a ponte, ele percebeu que alguém
estava vindo na direção oposta. O estranho parecia estar vindo em sua direção
para cumprimentá-lo. Ao estranho se aproximar, o homem percebeu que não se
conheciam, mas parecia surpreendentemente parecidos. Estavam até vestidos
iguais. A única diferença era que o estranho tinha uma corda enrolada várias
vezes ao redor da cintura. Se esticada, a corda iria atingir um comprimento de
uns trinta metros.
O estranho começou a desenrolar a corda. Assim como os dois homens
estavam prestes a se encontrar, o estranho disse: "Perdoe-me, você faria a bondade de segurar a ponta da corda para mim?"
O homem concordou sem pensar, estendeu a mão, e segurou.
"Obrigado", disse o estranho. Então acrescentou: "Duas mãos agora, e
lembre-se, segure firme." Naquele momento, o estranho pulou da ponte.
O homem na ponte de repente sentiu um puxão forte na corda agora
estendida. Segurou firme e foi quase arrastado pro lado da ponte.
"O que você está tentando fazer?" ele gritou para o estranho abaixo.
"Basta me segurar firme", disse o estranho.
Isso é ridículo, o homem pensou. Ele começou a tentar puxar o outro
homem pra dentro. No entanto, precisaria de muita força para trazer o outro emsegurança.
Mais uma vez ele gritou sobre a borda, "Por que você fez isso?"
"Lembre-se," disse o outro, "se você me deixar cair, estarei perdido."
"Mas eu não posso te puxar para cima", gritou o homem.
"Eu sou sua responsabilidade", disse o outro.
"Eu não pedi isso", disse o homem.
"Se você me deixar cair, estar , repetiu o estranho.
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O homem começou a olhar ao redor para pedir ajuda. Não havia ninguém
à vista. Começou a pensar sobre sua situação. Estava ansiosamente buscando
uma oportunidade única, e agora ele estava sendo desviado por muito tempo.
Talvez eu possa amarrar a corda em algum lugar xaminou
a ponte com cuidado, mas não havia maneira de se livrar da sua carga recém-
descoberta.
Então ele gritou de novo, "O que você quer?"
"Só a sua ajuda", veio a resposta.
"Como posso ajudar? Eu não posso puxá-lo e não há lugar para amarrar a
corda enquanto eu procuraria alguém que poderia ajudá-lo."
"Basta manter pendurado", respondeu o homem pendurado. "Isso será
suficiente."
Temendo que seus braços não pudessem manter por muito mais tempo,
ele amarrou a corda na cintura.
"Por que você fez isso?" ele perguntou de novo. "Você não vê o que você
fez? Possível propósito que tem em mente?"
"Basta lembrar", disse o outro, "minha vida está em suas mãos."
Agora, o homem ficou perplexo. Ele arrazoava consigo mesmo, Se eu
deixa-lo cair, por toda a minha vida levarei a culpa de tê-lo deixado morrer. Se
ficar, me arrisco a perder tudo o que sonhava. De qualquer maneira isso vai me
assombrar para sempre.
Como o passar do tempo, ainda não aparecia ninguém. O homem tinha
plena consciência de que era tarde demais para retomar sua viagem. Se nãosaísse imediatamente, não chegaria a tempo.
Finalmente, arquitetou um plano. "Ouça", explicou ao homem pendurado
abaixo: "Eu acho que sei como salvá-lo." Ele mapeou a idéia. O estranho
poderia subir de volta se ele enrolasse a corda em torno dele. Laço por laço, a
corda se tornaria mais curto.
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Mas o homem pendurado não tinha interesse na idéia.
"Acho que não pode permanecer por muito mais tempo", advertiu o
homem sobre a ponte.
Você deve tentar ", apelou o estranho. Se você falhar, eu morro."
De repente, uma nova idéia atingiu o homem na ponte. Foi diferente e até
mesmo estranho à sua maneira normal de pensar. "Eu quero que você ouça com
atenção", disse ele, "no que vou dizer."
O homem pendurado indicou que estava ouvindo.
"Não vou aceitar a posição de escolher por sua vida, só pela minha;
Tenho a honra de devolver a posição de escolha para você."
"O que você quer dizer?" o outro perguntou, com medo.
Quer dizer, simplesmente, que é com você. Você decide que como istoacaba. Vou me tornar o contrapeso. Você não puxa e tenta subir. Eu mesmo te
solto daqui. "
Ele desenrolou a corda na cintura e preparou-se para ser um contrapeso.
Estava pronto para ajudar, logo que o homem pendurado começou a agir.
"Você não fazer isso," o outro gritou. "Você não seria tão egoísta. Eu sou
sua responsabilidade. O que poderia ser tão importante que você deixaria
alguém morrer? Não faça isso comigo."
Após uma longa pausa, o homem na ponte finalmente pronunciou
lentamente: "Eu aceito sua escolha." Expressando estas palavras, ele libertou as
mãos e continuou sua viagem em cima da ponte!
A melhor forma de ajudar as pessoas que saltam das Pontes
Esta fábula faz-me lembrar os dilemas da liderança cristã. Você e eu nos
tornamos pastores, conselheiros, líderes de pequenos grupos, coordenadores de
ministério ou membros ativos de nossas igrejas, porque queremos ajudar as
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pessoas que saltam da ponte. Por anos puxava pessoas, muitas vezes em
detrimento pessoal emocionalmente ou espiritualmente, apenas para descobrir
que eles propositadamente cairiam (ou pulariam) uma outra ponte no próximo
mês.
Por anos eu relutantemente tomei a corda. Uma vez estava com a corda e
estavam balançando, me senti culpade se eu deixasse cair. Como eu poderia? Eu
era um cristão. Será que Jesus não poderia puxá-los para cima? Se eu não os
pucasse, estava sendo egoísta? Por quanto tempo mais eu precisaria colocar
minhas visões, sonhos, desejos, esperanças e planos em espera? Será queimporta eu ser um servo de Cristo? E onde estava todos?
Eu, como muitos outros que atuam em áreas urbanas ou no exterior,
tornamo-nos ressentidos e amargos pelo resto da igreja que não "sofrem" por
Deus. Levou muito trabalho para que eu pudesse assumir a responsabilidade por
minha escolha em andar sobre a ponte.
Havia me tornado ressentido e amargo pelas pessoas da igreja que não
"sofriam" por Deus.
Na história de Jesus, o Bom Samaritano foi a apenas uma pessoa ao lado
da estrada (Lucas 1029-1037). Sentia como se eu tivesse 15 alinhados na ponte,
cada um com uma corda nas mãos.
Houveram muitos momentos que eu gostaria de não ver todas aquelas
pessoas penduradas na ponte. Apenas conhecê-las, me fez sentir como se a
corda estivesse em minhas mãos. Se eu tivesse evitado ver ou ouvir seus
problemas, então não me sentiria tão culpado!
Alguns anos atrás, uma mãe solteira com seis crianças com menos de 10
anos de idade, de cinco pais diferentes, morava do outro lado da rua. Minhaesposa e eu, às vezes, lhes dava uma pausa e cuidava de seus filhos. E o dia
seguinte? E o próximo? Como sobre sua escolaridade? Suas finanças? Oquem
os orientaria? Quem os ajudaria a encontrar um futuro? Levei um tempo para
aprender que cada dia podemos decidir o que poderia fazer, ou não, fazer por
ela, em nome de Cristo.
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Quatro casas abaixo vivia um líder de igreja com sua família. Por
compaixão, acolheu uma mãe solteira com seu filho pequeno. A mãe não
pagava o aluguel ou as compras. Um ressentimento lentamente começou a
surgir. Então, sem pedir, ela começou regularmente deixar seu bebê por doze
horas na casa enquanto saía com suas amigas. Eles estavam fora de si. Como
poderiam colocar ela e seu bebê na rua?
Entender e respeitar nossos limites é uma das qualidades de caráter mais
importantes e necessárias para líderes a fim de servirem, por muito tempo, a
Deus e aos outros. Isso é importante para toda a vida, seja no local de trabalho,na paternidade, no casamento, nos relacionamentos com o sexo oposto, mas
especialmente nesta nova família, "a igreja local em que foram adotadas pela
graça de Deus.
Por esta razão, muitos problemas em nossas igrejas surgem quando não
respeitam e compreendem os limites desta "nova família" chamada igreja.
1. Questionando a Igreja sem Limites
É preciso uma grande maturidade para uma igreja identificar
oportunidades e optar por não aproveitá-las. Cada igreja, como cada pequeno
grupo, cada ministério, têm limites dados por Deus. Quantos cultos devemos ter
no domingo? E quanto ao culto de sábado à noite? Outros estão fazendo isso
com sucesso e crescimento. Se somos duas centenas de pessoas, por que não
tornamos 400, 800 ou 10 mil?
Sempre acreditei que o crescimento numérico contínuo de cada igreja
local sempre foi a vontade de Deus. Na verdade não é.
Multiplicando Pequenos Grupos
Em nossos primeiros anos esperávamos que cada pequeno grupo se
multiplicar dentro de um ano. Cada líder precidava ter, pelo menos, um
aprendiz em formação. As metas seriam definidas de acordo. Além disso, cada
grupo deveria ter louvor, estudo bíblico, oração, comunhão e proximidade com
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seus vizinhos. Grupos se reuniam semanalmente. Os líderes e seus aprendizes
recebiam treinamento mensal. Junto com as reuniões matinais de oração três
dias por semana, nos reuníamos uma vez por mês à meia-noite para orar. O
ritmo era muito cansativo.
Lembro-me de um dos grupos que levaram. Estava constantemente
atormentado e correndo com muita coisa para fazer pouco tempo. A esposa do
nosso aprendiz sempre parecia irritada com o marido e gostava de fazer
comentários sarcásticos sobre ele na frente do grupo. Uma outra mulher fez
críticas e observações cínicas durante todo o estudo bíblico e com outras pessoas. A anfitriã estava cansado de receber todos nós em sua casa a toda
semana. Imagine o que aconteceria com estas duas mulheres juntas.
Além disso, não pesamos o impacto de ter uma pessoa com problemas
psicológicos em nosso grupo. Sua limitação precisava ser vencida, não um dom
a ser recebida. O único problema era que não sabia como apresentar sua
história, e desta forma tratava como se tudo estivesse normal, como se não
tivesse problemas.
Alguma coisa estava errada. A maioria de nós comparecia a cada semana
por causa da culpa. Nós todos nos sentimos desconfortáveis. Mas não sabíamos
como ir além da superfície em nossas reuniões (princípio 1). Não sabíamos a
história um do outro, de como o passado havia impactado o presente (princípio
2). Não sabia que era bíblico ser quebrado e admitir nosso fracasso como um
grupo (princípio 3). Por último, vimos os limites como um obstáculo a ser
superado, não um presente para receber (princípio 4). Nós sentimos a pressão de
crescer e se multiplicar como o resto dos pequenos grupos na igreja.
Felizmente, o grupo morreu.
Trabalhadores cansados na Igreja
Fran era solteira, talentosa, e uma líder convincente. Ela era um ímã para
pessoas carentes e parecia ter dons em muitas áreas como administração,
ensino, evangelismo, hospitalidade e pastorado. A igreja foi crescendo
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rapidamente e as oportunidades para alcançar vidas parecia sem fim. Dizer
"não" não era considerado um ato piedoso. Fran raramente disse "não",
O que aconteceu? Como todos nós que servimos a igreja, ela poderia
manter o ritmo somente por um tempo até que tivesse que sair da liderança para
recuperar o equilíbrio de sua vida. Ela deixou, mas manteve a atividade febril,
ignorando os ensinamentos Bíblicos sobre limites. Pagamos um preço alto, tanto
pessoalmente como em nossas famílias.
2. Reconhecendo que Jesus Compreende os Limites Humanos
Passei uma grande parte dos meus anos como líder tentando ser alguém
que não era. Assisti conferências e lia livros que vendiam como "pornografia
eclesiástica", usando o termo de Eugene Petersen. Estes prometiam uma igreja
livre de problemas de pecadores como o nosso. Os melhores programas e as
pessoas mais brilhantes se destacavam. Se eu fosse como seus líderes, nossa
igreja seria igualmente grande e próspera.
O problema era que Deus não me deu as habilidades e capacidades que
deu a outros líderes. Trago outras forças para a tarefa de liderança. Minha
relutância em aceitar a realidade me levou por caminhos que Deus nunca quis.
Durante anos, tentei viver um roteiro de minha vida que não era meu. Enquanto
o script precisava de um personagem, era a pessoa errada para este papel.
Passei uma grande parte dos meus anos como líder tentando ser alguém
que eu não era.
Deus me deu dois ou três, talvez cinco talentos. Não me deu oito ou dez.
Meus pais me disseram que eu poderia ser qualquer coisa que queria na vida -
médico, músico, professor, escritor, um atleta profissional. Eu tentei jogar
basquete como Michael Jordan no ensino médio. Mas não conseguia. Perdemos
a maioria dos nossos jogos. No entanto, não entendi a mensagem. Não podia
fazer nada que eu queria. Sim, eu tinha dons e potencialidades. Mas também
tinha limites que me foram dados por Deus como um dom.
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Jesus, Limites e Guerra Espiritual
Como sabemos, Jesus não fez nenhum milagre nos primeiros trinta anos
de sua vida. Ele era um filho fiel, trabalhador e participante em sua comunidade
e sinagoga. Aparentemente, ele alegremente abraçou os limites que lhe foram
dados pelo Pai no céu.
Na época de seu batismo, Ele foi confirmado por Deus Pai, Tu és meu
Filho, a quem eu amo e me alegro "(Marcos 1:11) Depois de trinta anos de
obscuridade, ele foi afirmada a começar um breve ministério de três anos.
Imediatamente depois disso, Ele foi empurrado para o deserto para ser
tentado pelo diabo. A essência da tentação era transgredir ou cruzar limites que
Deus havia colocado em volta dele. Esta continua a ser uma guerra espiritual
para a maioria de nós que ativamente fazemos a obra de Deus.
Jesus teve de aprender a obediência por meio daquilo que sofreu (Hb 5:8).
Isso incluiu o estabelecimento de limites e observando as necessidades ainda
não satisfeitas.
Em sua tentação, o demônio começa, u és o Filho de Deus, manda
que estas pedras se transformem em pães "(Mt 4:3). Jesus está em um ponto de
fraqueza. Não comia há quarenta dias. É como Se Satanás dissesse: "Faça
alguma coisa. Se você não comer, vai morrer, e ninguém vai experimentar a
salvação. Olhe para sua vida nasceu em uma manjedoura, um refugiado na
África, uma família obscura e muitas outras dificuldades. Você tem
necessidades e desejos não cumpridos por Deus. Como você pode ser o Filho de
Deus e ter tantos problemas? Você é um perdedor."
Jesus aceita o dom de limites, e as rochas permanecem rochas. O maná do
céu não aparece, embora esteja em seu poder para fazê-lo. Na segunda tentação,Satanás leva Jesus ao ponto mais alto da cidade santa, e convida-o a saltar,
demonstrando às multidões que Deus era realmente com ele. "Deixe que as
pessoas vejam você. Deixe-os ver que tem algo. Eles pensam que você não é
nada, um ninguém." Ele deve tomar a decisão de esperar em Deus para fazer a
seu tempo.
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Jesus aceita os limites de Deus e desce os degraus do templo, e não há
milagre. Ele não faz nada sensacional pra provar para as outras pessoas.
Jesus alegremente abraçou os limites que lhe foram dados pelo Pai no
céu.
A terceira tentação, acredito eu, é próxima à realidade dos que servem na
liderança. Jesus é levado para uma alta montanha e Satanás mostra toda a terra:
as multidões e o brilho de Atenas, a glória de Roma, os tesouros do Egito, toda
a Jerusalém, a magnífica Corinto, juntamente com todos os reinos deste mundo.
Se Jesus cruzasse esse limite e se prostrasse diante de Satanás por um único
momento, o mundo estaria perdido e milhões de pessoas estariam condenadas.
A verdade assustadora é que, às vezes, podemos passar dos limites dados
por Deus e acabamos fazendo obra sem Ele!
Jesus aceita limites de Deus e caminha de volta para o deserto e para cruz.
Os Limites de Jesus em meio a enormes necessidades
Jesus não curou todas as pessoas doentes e endemoniadas num hospital.
Ele não construiu uma grande igreja em Cafarnaum.(Marcos 1:21-45).
Aconselhou certas pessoas a não seguí-lo, como o endemoniado gadareno. Orou
a noite toda e escolheu apenas 12 (Lucas 6:12-16). Outros ficaram, sem dúvida,
decepcionados. Jesus não corria atrás das multidões (João 6:22-71).
Jesus não ía pessoalmente atender às necessidades de todos na Europa,
África, Ásia ou nas Américas. No entanto, orou no final de sua vida,
me deste para fazer "(João 17:4).
Por que, então, sempre me sinto como se houvesse pouco tempo e muito
o que fazer? Por que me sinto cronicamente pressionado e inquieto em meu
interior? Por que minha vida não tem flexibilidade? Por que nunca me sinto que
cumpri tudo o que devia? Passei muito tempo em oração e meditando na
Palavra. Trabalhei em minhas prioridades e gestão de tempo. Assisti incontáveis
seminários para me ajudar a liderar efetivamente. Qual foi oproblema?
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Minha falta de compreensão dos limites aplicados ao serviço de Cristo,
quase nos levou a deixar o pastorado. Não entendia esse princípio poderoso de
limites como um presente das mãos de Deus.
Conheço muitos que começaram a servir outros com entusiasmo, mas que
depois desistiram porque não sabiam como caminhar sobre a ponte com pessoas
tentando entregá-los cordas ou pessoas gritando por socorro. Alguns desses
escolheram colocar tampões no ouvido para evitar ouvir, a fim de viverem suas
próprias vidas. Outros decidiram que a igreja está cheia de hipocrisia e de
patologia, resolvendo nunca mais confiar ou servir pessoas necessitadasnovamente.
Limites como Aliado
Enquanto nossa cultura resiste à idéia de limites, é fundamental que nós a
abracemos. São como um quintal cercado que protege as crianças. Estão nas
mãos de um amigo, mantendo-nos à terra para não nos machucamos.
Parker Palmer conta a história de quando foi convidado para ser
presidente de uma faculdade. Inicialmente, ele era muito animado e reuniu um
grupo de amigos de confiança para ajudá-lo a discernir se era vontade de Deus.
No meio da noite, alguém lhe perguntou: "Você gostaria de ser presidente?" Ele
respondeu: 'Bem, eu não gostaria de parar de escrever e ensinar. Sem dúvida
não iria gostaria da política da presidência, sem saber discernir quem são seusverdadeiros amigos. Não gostaria ... "
A pessoa que havia feito a pergunta, agora perguntou: "O que você não
gostaria de fazer se fosse presidente" Palmer se atrapalhou: "Eu não gostaria de
desistir de minhas férias deverão. Não gostaria de ter que usar terno e gravata o
tempo todo. Não gostaria ..."
Finalmente, ele "deu a única resposta honesta que possuía": "Acho que o
que mais gosto é de ter minha foto no jornal com palavra presidente.Ele
finalmente percebeu que, ocupar essa posição seria um desastre para si e para a
faculdade. Então retirou seu nome da consideração.
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Palmer cita o velho conto hassídico que aponta a nossa tendência de
querermos viver outra vida e dar a "máxima importância de tornar-se a si
mesmo." A verdadeira vocação de cada ser humano é, como disse Kierkegaard,
o desejo de ser ele mesmo.
É um mito que pensar que posso ser qualquer coisa que desejo. Existem
alguns papéis onde faço bem e floresço. Em outros, murcho e morro. Por
exemplo, eu não seria um bom CEO. Pois é preciso ser duro e rápido nesta
posição. Preciso de muito tempo para reflexão e contemplação. Não seria um
bom advogado ou CPA. Ambos os tipos de trabalho exigem uma mente perspicaz e atenção aos detalhes. Sou mais um artista que desfruta a criação e
vislumbra as novas possibilidades.
3. Aprender a discernir minhas limitações
Olhe para sua personalidade. Você obtém mais energia estando com
pessoas (extrovertido) ou de fazendo tarefas (introvertido)? Você é mais
espontâneo e criativo, ou controlado e organizado? Você é mais calmo e
relaxado, ou tenso e ansioso? Num escala de ousadia para assumir riscos,
pontuei 10 (pontuação máxima em uma escala de 1 a 10). Eu estava disposto a
ser Robin Hood e assumir Nottingham por uma grande visão. Ao mesmo tempo,
pontuei 10 em sensibilidade. Neste último caso, me qualificaria para ser umconselheiro ou assistente social, não um presidente CEO. Gostaria de dar o teste
16PF (Personality Factor) para ajudar as pessoas a discernir melhor as suas
personalidades. Myers-Briggs e Performax-Disc também são ferramentas
muito úteis.
Olhe para sua fase de vida. Sua fase da vida é também um limite dado
por Deus. Eclesiastes nos ensina que há tempo pra todas as coisas: há "tempo
para plantar e um tempo para colher ... um tempo de chorar e tempo de rir, um
tempo para calar e tempo de falar." (Eclesiastes 3:1-8)
Fase da Paternidade. Há épocas em que precisamos estar em casa com
crianças pequenas. Então, essas se tornam adolescentes e saem de casa,
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empurrando-nos para uma fase diferente na vida. Há momentos em que, por
razões de saúde, nossas famílias precisam de nós. Há épocas de prosperidade
financeira e épocas de lutas. Há momentos para estudar e se preparar
intensamente. Há momentos de grande atividade. Há momentos para lamentar
uma perda ou espera.
O fundamental é não julgar as fases de outras pessoas ou impor nossa
fase de vida em outros. Nada é permanente na vida.
Olhe para sua situação de vida. Sua situação de vida é também um
limite. Quando nós envelhecemos, percebemos que nosso corpo não pode fazer
mais o que estávamos acostumados. Quando somos jovens e sem experiência de
vida, algumas portas podem permanecer fechadas para nós. Se temos uma
deficiência física, emocional ou uma doença, podemos perceber que isto nos
impede de ir por um caminho que planejamos.
Se você é casado, Paulo considera isto um limite (1 Con 7:32-35). Cadafilho é um presente de Deus, mas que agora constitui um limite em que
determinará como servirá a Deus. Se você tem uma criança com necessidades
especiais ou um parente idoso, também afeta o seu curso de vida.
Olhe para suas capacidades emocionais, físicas e intelectuais. Suas
capacidades emocionais, físicas e intelectuais são também um dom dado por
Deus. Meu trabalho é complexo e cercado por muitos pessoas. Ao mesmotempo, se eu trabalho o dia todo com pessoas mais de dois dias consecutivos,
fico letárgico e deprimido. Preciso de tempo para ler, orar e refletir. Tenho um
amigo pastor que é capaz de trabalhar de setenta a oitenta horas por semana,
seis dias por semana com facilidade. Deus o abençoe, mas não posso fazer o
mesmo fisicamente, emocionalmente e espiritualmente. É tão libertador quando
um líder para me diz palavras como: "eu não posso."
Quando não respeitamos os limites de Deus em nossas vidas, nos
encontramos frequentemente sobrecarregados, estressados e exaustos.
Olhe para suas emoções negativas. A raiva, depressão e rancor, por
exemplo, fincionam como sinais de alerta em nossas vidas, nos informando que
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algo não está bem no interior do motor de nossas vidas. Esta é uma das
maneiras que Deus usa para chamar nossa atenção.
Olhe para as cicatrizes e feridas do seu passado familiar. Estes também são
dados por Deus. Se olharmos a mão de Deus agindo em nossa história familiar,
mesmo nos momentos mais dolorosos, encontraremos pepitas de ouro num solo
rochoso. Abuso, negligência, abandono, pobreza, opressão, e assim por diante,
pode nos fazer sentir que estamos "pra trás" no caminho de tentar alcançá-lo.
Deus vê de forma diferente.
Os limites que herdei de minha família se tornaram dons, uma vez que os
reconheci. Me tornei mais dependente de Deus, mais sensível e julgo menos os
outros. Amo as pessoas com o meu melhor e os incentivo a viver com alegria
dentro de seus limites dados por Deus.
Nicholas-Czar da Rússia
Nicholas II, com a idade de 26 anos, se tornou um Czar da Rússia que
rege quase um sexto do mundo. Um líder relutante, forçado pela morte de seu
pai em um papel pelo qual ele estava mal preparado. Nicholas parecia ser
exatamente o oposto de seu pai, agressivo forte, a quem ele chamou de "pai sem
comparações." Ele não tinha a experiência de seu pai, a forma autoritária ou a
estatura física imponente.
Em vez disso, Deus havia dado a Nicholas um temperamento afetuoso,
um profundo amor por sua família, e uma natureza sensível. Foi muito acusado
de ter uma natureza não-czar por ser suave e gentil. Um historiador observou:
"No posto de Imperador, mansidão e sua falta de auto-afirmação eram
fraquezas... com sua família ... eram forças."
As exigências da decisão nunca combinaram com sua personalidade. Era
mais adequado ele ser um alfaiate do que um imperador. Preferia muito mais
estar com sua esposa e filhos em casa ou em uma de suas residências de verão.
Enquanto isso, as nuvens da tempestade da Primeira Guerra Mundial estava o
cercando como a revolução bolchevique de Lenin de 1917.
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Com o senso do dever, perseverou, mas, eventualmente, a Rússia czarista
desmoronou. Se Nicholas ousasse romper o roteiro de vida e ter entregue a
liderança para outra pessoa, a história poderia ter sido diferente.
Maturidade na vida é quando alguém vive com alegria dentro dos limites
dados por Deus.
Fiel ao seu Verdadeiro Eu
Quero fazer algumas perguntas: Como estou vivendo minha vida se
encaixa com minha natureza dada por Deus? Isso se encaixa em meu verdadeiroser (terminologia de Thomas Merton em Seeds of Contemplation )? Estou sendo
fiel aos meus talentos dados por Deus, à minha história, às minhas fraquezas?
Maturidade na vida é quando alguém vive com alegria dentro de seus
limites dados por Deus. Acho que a maioria de nós ressente os limites em nós
mesmos e nos outros. Criamos muita expectativa sobre nossas vidas e sobre
outros e por isso, muitas vezes, vivemos frustrados e irritados. O esgotamento é
resultado de dar o que não possuímos. Henri Nouwen resume bem o nosso
desafio:
Não há duas vidas em uma. Costumamos comparar nossas vidas com as
dos outros, tentando decidir se somos melhores ou piores, mas essas
comparações não nos ajuda muito. Temos que viver nossa vida, não de
outra pessoa. Temos que manter nosso próprio copo. Temos que ousar
dizer: Esta é a minha vida, a vida que me foi dada, e é essa vida que tenho
que viver como eu puder. Minha vida é única. Ninguém nunca irá vivê-la.
Tenho minha própria história, minha família, meu próprio corpo, meu
caráter, meus amigos, minha própria maneira de pensar, falar e agir, sim,
eu tenho minha própria vida pra viver. Ninguém mais tem o mesmo
desafio. Estou sozinho, porque sou único. Muitas pessoas podem me ajudar
a viver minha vida, mas depois de tudo dito e feito, tenho que fazer minhas
próprias escolhas sobre como viver.
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4. Integrar o Dom de Limites na Igreja
Em conversa com pastores e líderes, acho que este princípio é o mais
difícil de aplicar na igreja. No entanto, há pelo menos quatro maneiras que
temos trabalhado intencionalmente o dom de limites em New Life, enfatizando
o auto cuidado dos líderes, a fixação de limites sobre pessoas invasivas, dando a
liberdade de dizer "não", e os limites intencionalmente ensinados.
Enfatizar o Auto cuidado dos Líderes
Tal como acontece com todos os princípios de uma igreja
emocionalmente saudável, este também começa com a liderança. Nós
procuramos modelar a prioridade que as nossas vidas pessoais e familiares vêm
em primeiro lugar, e não a igreja. Líderes, diretores e dirigentes são esperados
para fazer adequadamente seu auto cuidado e estabelecer limites com base em
que Deus os preparou para fazer.
No passado eu me preocupava com situações de crise na igreja. Ao
contrário dos meus filhos pequenos na época, as pessoas gritavam e exigiam
minha atenção. Portanto, se membros estavam no meio de um conflito em nossa
noite em família, eu educadamente pedia licença e ia resolvê-lo. Se alguém
tivesse algum problema em meu dia de folga, eu ajudava. Falava ao telefone
enquanto as crianças jogavam futebol. Se houvesse casamentos na tarde de
sábado, durante o tempo da família, fazia e voltava para casa.
O autocuidado é um dos grandes desafios para aqueles que servem aos
outros.
Entender o dom de limites nos permite afirmar o auto-cuidado. É um dos
grandes desafios para aqueles que servem os outros. Como Parker Palmer diz:
"O Auto-cuidado nunca é um ato egoísta, ele é simplesmente uma boa
administração do dom que tenho, dom este que foi posto na terra para oferecer
aos outros. A qualquer momento podemos ouvir o verdadeiro eu e dar-nos o
devido cuidado, não por nós mesmos, mas para as muitas vidas que tocamos."
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Entenda que se sua família ou vida pessoal está fora de controle, vamos
lhe pedir para entregar sua liderança por amor a você.
Estabeleça limites para Pessoas Invasoras
Uma questão crítica para uma igreja é criar e manter um clima de amor e
respeito por cada pessoa na comunidade. Isso requer ensinar intencionalmente
limites e fronteiras, bem como reparar pessoas invasivas. Refiro-me àqueles que
ocupam muito espaço à custa de outros, que não permitem que outros para seexpressem, que manipulam e usam as pessoas para seus próprios propósitos,
trazem danos à comunidade.
Muitas vezes nas igrejas, os mais exigentes são os membros que
reclamam para definir a agenda. Como as células cancerosas, eles matam os
saudáveis, invadindo espaços de outras pessoas. Eles parecem ser incapazes de
aprender com suas experiências e não estão dispostos a mudar.
Uma igreja emocionalmente saudável tem uma visão de Deus sobre sua
singularidade e vocação. Não está tentando ser outra igreja. Tem seus próprios
valores e objetivos. Destina-se a fazer o Jesus fazia. Ele era compreensivo com
os doze discípulos, com líderes religiosos e com as multidões, mas mantinha
uma noção clara do plano de Deus para sua vida. Evitar o conflito não era sua
prioridade, mas fazer a vontade de Deus.
Dar Liberdade para que as Pessoas Digam "Não"
Ensinamos os membros a usar seus dons espirituais na igreja e a atuar em
pelo menos um ministério fora de seus dons. Ao mesmo tempo, aqueles quedizem "não", especialmente os que trabalham incansavelmente. É preciso muita
coragem e força, para aqueles de nós que se sentem culpados quando há uma
necessidade não atendida e não voluntária. É confiar que Deus irá atender essa
necessidade através de outras pessoas.
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É mais difícil conseguir pessoas para servir a nova vida agora do que em
anos anteriores? Sim. Sem culpa, vergonha ou pressão, as pessoas são livres
para dizer: "Não, obrigado". O resultado, porém, é um trabalho mais amoroso.
As pessoas ficam menos ranzinzas e rabugentas, e tendem a servir por um longo
período de tempo porque são motivadas internamente. Amam e dão amor
livremente.
Talvez o mais importante, eles se sentem amados e não usados para o
crescimento da igreja.
Ensine Limites 101 e 102
Adão e Eva foram os primeiros disjuntores de fronteira. Eles cruzaram a
linha que Deus havia criado para eles, comeram da árvore proibida e, em
seguida, fugiram de Deus. Daquele momento em diante fomos rompendo
fronteiras e linhas que cruzam com Deus e uns aos outros. A queda distorceu
todo o resto da história humana em nosso senso de separatividade, limites eresponsabilidade. Temos sido confundidos, desde então, sobre onde terminamos
e outros começam.
Limites, simplesmente definido, é a constatação de que eu sou uma
pessoa separada, além de outros. Estes representam "o que é de mim e que não é
comigo." Limites mostram onde você termina e outro começa. Com limites
adequados entendo o que sou e o que não sou responsável.
Pessoas com fronteiras frágeis se sentem obrigadas a fazer o que os
outros querem, mesmo que não é o que eles querem faça. Têm medo de alguém
ficar decepcionado ou ser criticado. Queremos que os outros gostem de nós, e
certamente não queremos ser visto como egoísta. Você os ouve fazer afirmações
como as seguintes:
"Aceitei liderar este ministério porque o pastor pediu. Sei que não tenho
tempo agora, com toda a pressão no trabalho e as necessidades de minha
família, mas eu simplesmente não conseguia dizer não."
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"Eu tenho que ir à reunião de oração quarta-feira à noite. As pessoas
realmente esperam que eu vá. Eu sei que o Pastor Joe e os outros ficarão
tristes se eu não aparecer." "Querida, temos que ir ao jantar com os Martinezes. Sei que não
queremos e os nossos filhos vão reclamar porque não tem ninguém da sua
idade para brincar, mas o que vamos fazer? Eles estão apenas tentando
ser gentis."
O problema com cada um dos cenários acima é que cada pessoa não sabe
onde acabam e começa a outra pessoa. Cada pessoa não tem uma vida para alémda outra. Esse é o cerne do que os limites são: "Onde eu termino e onde é que
outro começa?"
Limites não estabelecidos, muitas vezes, causam inúmeros outros problemas,
tais como ansiedade, depressão, raiva, pânico e sentimentos de impotência. Ele
é visto mais destrutivo quando as pessoas permitem serem física, sexual,
emocional ou espiritualmente abusados.
Limite 101: Aprender a estar junto ainda que esteja separado. O gráfico a
seguir é simples de entender, mas extremamente difícil de viver. Cada círculo
representa duas pessoas diferentes. Cada um tem pensamentos, opiniões,
sentimentos, valores, esperanças, medos, crenças, habilidades, desejos, gostos e
desgostos. Cada um está dentro de um círculo, mas cada está dentro da linha de
propriedade da pessoa. É por isso que é tão importante prestarmos atenção ao
que estamos pensando, sentindo, desejando, e assim por diante e tornarmos mais
e mais conscientes de quem nós somos.
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PensamentosSentimentosJulgamentosMedosEsperançasCrenças
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PensamentosSentimentosJulgamentosMedosEsperançasCrenças
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Aprender a estar junto mas separado
A Bíblia nos chama como família para estarmos conectados ao outro em
amor e unidade que demonstra ao mundo que Jesus é real e vivo (João 13:34-
35).
Cada um de nós é únicos, criados à imagem de Deus. Ele coroou-nos de
glória e honra (Sl 8:5). Tem nos marcado com santidade, preciosidade e valor.
Cada vida individualmente é um milagre.
Nos pequenos grupos, classes e seminários quando tratam sobre limites,também ensinamos que a maioria das pessoas cruza as fronteiras de outras
pessoas. Nós, às vezes, não levamos "não" como resposta, ou dizemos para
outros, "Você tem que fazer isso!" ou "Você tem que fazer da maneira que eu
faço!"
Qual, então, é o equilíbrio de separação e união? Como faço para sair das
tensões inerentes a este?
Limite 102: Respeitar nossa união ainda estando separados. O problema
com a maioria das igrejas (e casamentos por sinal) é que não há separação
suficiente. Cruzei as fronteiras das pessoas mais de uma vez, ao fazer
julgamentos sobre o porquê eles não estavam mais freqüentando a New Life ou
não querendo servir na liderança. Nunca os respeitei o suficiente para perguntar
o por quê.
Muitos de nós da liderança, também precisamos respeitar-nos mais e
declarar claramente o que pensamos e sentimos. Por medo e desejo de "paz"
que, muitas vezes, permitem que nossa individualidade seja diminuída. "Pastor
estou muito incomodada com a falta de um culto no meio da semana. Eu
realmente preciso que tenha." Nos meus melhores momentos, respondo: "Sintomuito, não temos um culto no meio da semana. Vá a um de nossos grupos
pequenos. Eles são ótimos."
Os líderes cristãos, muitas vezes, deixam-se ser desrespeitados, quando
permite que falem com ele de maneira inadequada. Eles pensam que este é o
"caminho cristão". Mas para a comunidade saudável prosperar, deve haver uma
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base de respeito. Refiro-me a forma como tratamos uns aos outros, não como
nos sentimos em relação ao outro. Temos o direito de ser diferentes, o direito de
ser levado a sério, o direito de ser ouvido e o direito de discordar. Tire qualquer
um desses e você terá relações dominadas por uma ou mais pessoas em
detrimento de outro.
5. Assistir à obra de Deus através de nossas limitações
Antes de encerrar este capítulo, devo enfatizar que Deus, às vezes, irá noslevar além de nossas limitações de modo sobrenatural.
om noventa e Abraão "sem vitalidade" (Rm. 4:19). No entanto,
Deus os fez uma mãe e pai de nações.
poderosamente usados por Deus.
cou em uma tarefa que
exigia resistência física e emocional com 40 anos de idade. Ele também tinha
um impedimento na fala que, em sua opinião, o impedia de discursar. Deus viu
de forma diferente.
medroso e tímido por natureza, foi chamado por Deus
para liderar a igreja, em Éfeso, que foi assolada por divisões, problemas e
conflitos. Paulo lembrou-lhe que Deus não havia lhe dado um espírito de medo
(2 Tm.1: 7).
Regozijar nos limites requer fé na bondade de Deus
Às vezes parece que viver dentro de fronteiras e limites não é o melhor
interesse da igreja. Parece que obedecer a Deus poderia levar a um desastre,
tanto para nós e para aqueles que nos rodeiam. Será que nada é feito? Será que a
igreja nunca cresce? Será que todos se tornam egocêntricos e narcisistas que
vivem em isolamento um do outro ao aprenderem este princípio?
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O Rei Davi era muito grato a Deus por toda sua bondade a ele. Tudo
estava indo bem. Seu poder foi consolidado. Jerusalém foi estabelecida como a
capital, com a arca da presença de Deus em seu centro. Davi era popular e tinha
publicação de canções poderosas e hinos de adoração a Deus.
Seu desejo era construir um templo para Deus para as nações O
conhecerem. O profeta Natã o encorajou. Deus, porém, disse: "Não." Deus
estabeleceu um limite claro.
Este foi um dos momentos mais críticos na vida do rei Davi. A decisão
poderia qualificá-lo ou desqualificá-lo como um verdadeiro rei segundo o
coração de Deus. Estes momentos e decisões são igualmente importantes para
nós.
Não posso imaginar a profundidade do desapontamento ou
constrangimento de Davi. O que todos os outros reis pagãos ao seu redor
pensam? Eles tinham templos magníficos aos seus deuses. Davi se viu comotolo e fraco em comparação a estes.
Davi, a Bíblia diz, sentou-se e orou. No momento em que tudo estava
acabado, se apresentou ao limite de Deus, confiando num plano infinito que não
podia ver. "Nosso Deus está nos céus, Ele faz o que lhe agrada" (Sl 115:3). A
coisa encoberta pertencem ao Senhor nosso Deus "(Dt 29:29). Davi percebeu
que Deus é Deus, e não ele.
Davi lutou com a questão espiritual central para nós se quisermos ser fiéis
e viver dentro de nossos limites dados por Deus: Deus é bom e realmente é
soberano?
Deus é tão impressionante que, assim como Davi, não podemos sequer
imaginar pra onde vai e o que Ele está fazendo através de nossas vidas. Daviaceitou que sua amplitude de conhecimento era muito limitada para perceber a
intenção de Deus. Só o tempo iria despir seus rasos entendimentos do que
estava acontecendo e por que Deus disse "não" aos seus planos. Deus estava
pintando uma grande tela por um longo período de tempo. Somente na
eternidade que ele iria entender.
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Enquanto isso, Davi, assim como nós, deveria ser fiel aos seus limites
dados por Deus e preparar os planos para Salomão, seu filho, para construir o
templo na próxima geração. Isso exigiu muita fé e confiança em Deus. Da
mesma forma, as pessoas nas igrejas emocionalmente saudáveis confiam na
bondade de Deus, recebendo seus limites como presentes e expressões do Seu
amor. Às vezes isso envolve lamentar a perda de sonhos e expectativas que
podemos ter em nossas vidas, uma realidade que nos leva ao próximo princípio
dos discípulos e igrejas emocionalmente saudáveis : a capacidade de abraçar a
dor e perda.
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Nas igrejas emocionalmente saudáveis, as pessoas aceitam o sofrimento
como uma maneira de se tornar mais semelhante a Deus. Eles entendem o que élamentar nossas perdas é um componente importante do discipulado. Por quê? É
o único caminho para se tornar uma pessoa compassiva, como nosso Senhor
Jesus.
Protegi minhas perdas por anos e anos, sem saber de como elas foram
moldando meus relacionamentos atuais e minha liderança. Deus estava
procurando me amadurecer e fortalecer minha alma, enquanto eu estava à
procura de um fim rápido para a minha dor. Ele venceu.
A alma cresce através do sofrimento
No outono de 1991, Gerald e Lynda Sittser, juntamente com seus quatro
filhos que vão desde as idades 2 a 8 anos de idade, estavam dirigindo em sua
minivan numa estrada solitária na zona rural de Idaho. A mãe de Gerald e um
amigo também estavam no carro. Foram visitar uma reserva indígena americana
como um projeto da escola de um de seus filhos. Estavam parecendo, como
amigos os descreveram como a família de "dois milhões de dólares". Eles
sentiram como se estivessem "no topo do mundo."
Dez minutos de sua viagem para casa, Gerald percebeu um carro viajando
em direção a eles extremamente rápido. Ele abrandou em uma curva, mas o
carro que se aproximava, aos oitenta e cinco quilômetros por hora, caiu de ponta
em sua minivan. O motorista estava bêbado. Em um momento Gerald perdeu
três gerações: sua mãe, sua esposa e sua filha de quatro anos de idade. Ele
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escreve: Em um momento minha família como eu tinha conhecido e estimado,
foi apagada. "Sittser sentou-se naquela estrada solitária e as viu morrer.
O motorista do outro carro foi declarado inocente e posto em liberdade,
no entanto, porque não podia ser provado, sem sombra de dúvida durante o
julgamento, se ele ou sua esposa estava dirigindo o carro.
Sittser escreveu um livro sobre sua descida a um abismo de sofrimento e
dor incompreensível que mudou sua vida. Sob o título Dis-guised: As the soul
grows through loss ele escreve:
Perda catastrófica, por definição, impede a recuperação. Irá
transformar-nos ou destruir-nos, mas nunca mais seremos o mesmo. Não
há como voltar ao passado .... Portanto, não é verdade que nos tornamos
menores através da perda, a menos que nós permitamos que a perda para
nos fazer menores. Destruir a nossa alma até que não haja mais nada.
Perda também pode nos tornar mais fortes. Eu não recebi mais de meusentes queridos, mas sim eu absorvi a perda em minha vida até que se
tornasse parte de quem sou. A tristeza tomou residência permanente em
minha alma e se ampliou. . . . Aprende-se com a dor dos outros, sofrendo
a dor de alguém, girando dentro de si mesmo, encontrando sua própria
alma... No entanto, a dolorosa tristeza é boa para a alma... A alma é
elástica como um balão. Ele pode crescer através do sofrimento.
Ao mesmo tempo em que eu estava lutando com este estranho processo
chamado de luto e sua relação com a espiritualidade, foi me dado um livro
intitulado como Lament for a Son , de Nicholas Wolterstorff, professor e teólogo
de Yale. O pequeno livro está cheio de suas reflexões e lutas da morte de seu
filho de 25 anos, Eric, em um acidente de alpinismo na Áustria.
Ele não tem quaisquer explicações ou respostas para o porquê que Deus
havia permitido uma tragédia como essa. Quem teria? Em um ponto, no entanto,
ele conclui com uma visão profunda, "Através do prisma de minhas lágrimas, vi
um Deus que sofre. Diz-se de Deus que ninguém pode contemplar o seu rosto e
viver. Eu sempre pensei que isso significava que ninguém poderia ver o seu
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esplendor e viver. Um amigo disse que talvez isso significava que ninguém
podia ver sua dor e viver. Ou talvez sua tristeza é um esplendor . "
Deixe o Sofrimento Desenvolver Maturidade
Poucos cristãos na América do Norte e Europa compreendem o
sofrimento e o luto, especialmente no que se refere a Deus, a nós mesmos, e sua
importância vital para viver em comunidade saudável. Mas o grau em que
aprendo a chorar minhas próprias perdas está em proporção direta com a profundidade e a qualidade do meu relacionamento com Deus e com a
compaixão que eu posso oferecer para os outros.
Pense comigo por um momento sobre a vasta gama de perdas que se
acumulam na vida. Há perdas devastadoras que incluem, por exemplo, a morte
de crianças, a morte prematura de um cônjuge, uma deficiência, divórcio,
estupro, abuso emocional ou sexual, câncer irreversível, a infertilidade, a quebra
de um sonho, um suicídio, traição ou a descoberta de que um dos nossos
modelos era corrupto.
Outras perdas, desacompanhados ao longo do tempo, impede-nos de
andarmos livre e honestamente com Deus e com outros.
Às vezes, nosso sentimento de perda vem de eventos cataclísmicos queacontecem perto de nós. Em 11 de setembro de 2001, quando os dois aviões
com terroristas suicidas e inocentes chocaram-se nos maiores edifícios de nossa
cidade, matando quase três mil pessoas, nossa comunidade experimentou
traumas diários por mais de um ano. Em situações como estas pessoas ficam
afligidas por um período menor de tempo.
Outras perdas são consideradas "insignificantes", mas é igualmente
importante se lamentar sobre elas. Quando negados, grudam em nossas almas
como pesadas pedras que nos afunda para baixo. Autônoma ao longo do tempo
nos impede de buscar e andar com Deus e com outros.
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Há também o que alguns chamam de "nossas perdas naturais". Você se
forma no colegial ou na faculdade e perde sua segurança financeira ou
emocional. Sua pele jovem começa a enrugar com a idade. Você se afasta e as
suas amizades antigas desaparecem. Relacionamentos não funcionam do jeito
que você esperava. Seus filhos tornam-se menos e menos dependente de você à
medida que crescem. Mudanças de liderança na igreja. Seu pequeno grupo
termina. Sua igreja constrói um novo edifício. Um avô morre. Um incêndio
destrói suas fotos. Um animal de estimação é atropelado por um carro.
Outras perdas são mais escondidas e difíceis de classificar, como umnatimorto ou um aborto.
A questão mais importante não é calcular se uma perda particular é
pública ou privada, ou de forma súbita ou gradual. Perda é perda. É a norma de
vida, não exceção.
Deus nos fez todos únicos e diferentes. Nossos temperamentos e históriassão diferentes. O que pode ser uma perda insignificante para você pode ser
catastrófico para mim. Cada um de nós reagirá de forma diferente. Por exemplo,
quando um animal de estimação morre, é uma grande perda para um membro da
família, enquanto outra é pouco afetada.
Quando uma pessoa sai da igreja descontente, a resposta dos pastores de
outras igrejas é muito diferente. Alguns de nós sentimos profundamente. Outrossão capazes de aceitar e seguir em frente rapidamente. Somos construídos de
forma única.
Todas as nossas experiências dolorosas nos convidam a chorar e crescer.
Porque outros não são afetados pela perda da mesma maneira que você é,
não muda o fato de que esta é a sua experiência. Geri, por exemplo, lamenta oaumento de nossas crianças em New York, uma cidade de mais de oito milhões
de pessoas. Embora existam muitos benefícios em educar nossos filhos nesta
cidade densamente povoada, cheia de oportunidade, multicultural, com pessoas
de todo o mundo, ela sabe que estão perdendo a rica experiência de vida que
experimentou quando pequena. Não tenho a mesma sensação de perda. No
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entanto, ela não permite que minha realidade e experiência minimizem seu
sentimento de perda, mesmo que não seja minha.
O que é universal é que todas as nossas experiências dolorosas nos
convidam a chorar e crescer.
Carol e Martin Sofrimento pelo assassinato de um filha
Dois ex-membros de nossa igreja (que agora vivem na Flórida), Martin e
Carol tinham muitas expectativas para o futuro, até que a filha única de Martin
de 11 anos de idade foi assassinada em plena luz do dia. Ela estava em seucaminho para encontrar alguns amigos em um rinque de patinação. Passaram-se
dezessete anos, e só recentemente as autoridades indiciaram o assassino. A
paisagem de suas vidas foi destruída pelo efeito explosivo deste ato sem
sentido.
Ainda não experimentei qualquer tristeza perto dessa magnitude em
minha vida. No entanto, posso entrar, em algum nível em sua experiência,
porque tenho escolhido entrar em meus próprios sofrimentos e luto.
Eu costumava acreditar que luto era uma interrupção, um obstáculo no
meu caminho de servir a Cristo. Em suma, considerava uma perda de tempo,
que me impedia de "remir o tempo" (Ef. 5:16 ) para Deus. "Supere isso", eu
dizia a mim mesmo.
"Perdoar e esquecer, é o que a Bíblia diz ... como Deus faz!" Eu diria.
Um dos grandes obstáculos para o luto, pelo menos para mim, era que eu
havia criado as situações que estavam causando tanta dor a mim e a outros na
igreja. Eu estava "colhendo o que havia plantado." "Então, porque é bom ficar
triste se não há o que fazer?" Eu lembro a mim mesmo. "Vamos corrigi-lo e
seguir em frente." Afinal, que direito eu tinha de sentir tristeza e frustração da
bagunça que eu tinha feito?
Também estava incomodado com a falta de controle que eu poderia ter se
me permitisse sentir depressão, raiva, tristeza e dúvidas em relação a Deus. Às
vezes me perguntava se Deus tivesse deixado de ir ao volante do carro da minha
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vida enquanto esta saiu em disparada para um penhasco. Então, segui em frente.
Incapaz de chorar, cobri minhas perdas por anos e anos, sem saber que foram
moldando os meus relacionamentos atuais e minha liderança.
Por exemplo, a igreja se move para um lugar novo e um novo prédio,
ainda há um grupo de pessoas que lutam com a mudança. Estes não se sentem
bem, interpretando isso como um sinal de Deus que não deveria ter mudado. Na
realidade, precisavam de tempo e oportunidade para se lamentar por deixar um
lugar onde Deus havia feito muitas obras maravilhosas. Em vez de ir de sala em
sala no antigo edifício, lembrando que a juventude teve experiências com Deusnaquele lugar, os bebês que foram dedicados e os casamentos celebrados no
santuário pequeno. Seus sentimentos foram vistos como rebeldia ou falta de
vontade de participar deste "mover de Deus." Na verdade, o que eles
precisavam é da oportunidade para orar, agradecer a Deus por todas as coisas
boas que Ele fez, e dizer "adeus".
Celebramos o Dia das Mães e nos esquecemos de ser sensíve aos
casais inférteis ou mulheres solteiras que se encontram neste domingo.
As pessoas perdem um filho através de aborto, e advertimos para
voltarem à vida como antes o mais rápido possível.
Bem, membros fiéis de nossa comunidade sentem-se culpados sobre a
nossa tristeza e luto. Nós os compartilhamos com nosso pequeno grupo, citandoFilipenses 4:4 ("Alegrem-se sempre no Senhor. Novamente te direi: alegrem-se)
ou 1 Tessalonicenses 5:18 (
Alguém que passa por um divórcio doloroso e rapidamente encontra
outro companheiro, pensando: "Não é maravilhoso que todas as coisas
cooperam para o bem?" (Rom. 8:28), sem nunca ter sentido luto pela enorme
perda.
Um jovem de vinte e poucos anos começa a explorar seu passado
(princípio 2) e, pela primeira vez, enfrenta o abuso e o abandono que sofreu
como filho adotivo. Ele é encorajado a esquecê-lo e se concentrar em sua
intimidade com o Pai celestial e na adoção de sua nova família de Deus.
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Evite o Perdão Superficial
O perdão não é um processo rápido. Não acredito que é possível perdoar
verdadeiramente outra pessoa de coração, até nos permitimos sentir a dor do
que foi perdido. As pessoas que dizem que este é simplesmente um ato de
vontade, não entendem o luto.
Quando Jesus nos perdoa, ele não diz, "Bem, eles fizeram o seu melhor.
Não puderam ajudá-lo:" Ele não é imparcial e desprovido de emoções. Pelo
contrário, Jesus realmente sente a nossa rebeldia, nossa obstinação, nossa falta
de vontade de recebê-lo como, quando sozinho na cruz, grita: "Pai, perdoa-lhes,
eles não sabem o que fazem" (Lucas 23:34).
O processo de perdão envolve sempre o luto antes do ato de perdoar-seja
você a pessoa que dá o perdão ou o pede.
Lembro-me claramente quando o pastor da congregação de língua
espanhola causou uma divisão e levou duzentas pessoas a quem eu havia guiado
por quatro anos em minha igreja. Eu havia investido uma grande quantidade de
amor, suor, energia e oração para o plantio da congregação. Só não houve
tempo, espaço ou compreensão do luto de minha perda, mas achei que quanto
mais eu tentava perdoar o líder pela pura força de vontade, mais os meus
sentimentos de raiva eram intensificados. Continuei seguindo em frente,
pregando, ensinando, construindo igrejas, mas por dentro eu estava com umaopressiva culpa sobre minha incapacidade de perdoar-lhe.
O perdão não é um processo rápido.
Lembro-me que um dos nossos membros me confrontou com minha
própria teologia, "Pastor Pete, você nos ensinou que a menos que nós
perdoamos aos nossos inimigos, Deus no céu não nos perdoará. Por que vocênão apenas o perdoa e segue em frente?"
Algumas pessoas em luto cometem pecados imprudentes para fugir da
dor de sua situação atual.
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Eu estava tão perturbado! Não entendia que poderia haver um processo de
perdão. Não entendia que era importante ter a primeira dor para que eu pudesse
perdoar de forma madura, e não superficialmente. Não entendia que era uma
viagem, e a uma ferida mais profunda, mais tempo de viagem. Não entendia que
o perdão de coração é muito, muito difícil, que muitas vezes precisa de um
milagre de Deus. Negar a dolorosa e horrível realidade do que havia acontecido
traz à tona um ressentimento crescente em direção à igreja e de Deus.
Lewis Smedes resume os perigos do perdão superficial: "Nós não
tomaremos a ação curativa contra a injusta dor até queiramos curá-la. Não é osuficiente sentir dor. Precisamos nos apropriar dela: Seja consciente de que deve
assumi-la e que é sua ... Preocupo-me com perdoadores rápidos. Tendem a
perdoar rapidamente, a fim de evitarem sua dor."
Agora eu entendo por que algumas pessoas em luto cometem pecados
imprudentes. Estes não sabem o que mais podem fazer para escapar da dor de
sua situação atual. Não aprenderam a lamentar.
1. Fase um: preste atenção como parte do Processo da Angústia
Elizabeth Kubler-Ross estabeleceu os cinco estágios da resposta à morte:
negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. Embora este seja útil, eu
recomendo tomarmos o exemplo de Davi e sua resposta à dor e perda, dividindo
o processo em três fases distintas: atenção, viver no meio da confusão, e
permitir que o velho homem tenha o novo nascimento. Cada um precisa ser
entendido em relação ao outro e como parte de algo maior e mais complexo
que, algumas vezes, podemos compreender plenamente.
Davi, o salmista Lamentando: Um homem segundo o coração de Deus
Davi é conhecido por ser um homem segundo o coração de Deus (I Sm.
13:14, Atos 13:22). O que poucos percebem é quanto essa característica está
relacionada à maneira como reagiu diante do desapontamento, das perdas e das
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ameaças de morte. Ao contrário de como lidei com a minha tristeza sobre a
traição, Davi falava e cantava o tempo todo sobre suas diferentes tristezas.
Davi teve um profundo amor e respeito pelo rei Saul, embora Saul tê-lo
perseguido por muito tempo ao sentir-se ameaçado por sua popularidade. Davi
também era o melhor amigo de filho de Saul, Jônatas. Tiveram uma bela
amizade por muitos anos, com base em seu amor mútuo e verdadeiro por Deus.
Durante o período de Davi no deserto, Saul e Jônatas foram mortos na
batalha com os filisteus. Isto marca o fim do reinado de Saul e o início do
reinado de Davi. Quando Davi ouve sobre suas mortes, não se move para o
próximo evento no plano de Deus (receber o trono de Israel). Em vez disso, ele
se entristece. Não pode suportar a idéia dos filisteus terem conseguido.
Assim, Davi escreve uma música, um poema, um lamento, bonito e
detalhado sobre horror que ocorreu. "Sua glória, ó Israel, está morta em suas
alturas. Como caíram os valorosos, Saul e Jônatas, eram amados e graciosos".Tem angústias sobre a catástrofe por três vezes: "Como caíram os valorosos!"
Davi, consumido pela dor, se dirige diretamente à Jonatas, "Me compadeço de
ti, meu irmão Jônatas" (2 Sam. 1:17-27).
Ensine o Lamento ao Povo de Deus
Davi na verdade dava ordens às pessoas para se unir a ele para cantar a
lamentação que havia escrito: "Ó Filhas de Israel, chorai por Saul" Você pode
imaginar? Davi espera que outros se unam a ele para derramar lágrimas de
tristeza sobre a enorme perda que Israel estava enfrentando. Reconhece que algo
precioso em Israel havia acabado e nunca mais voltaria.
Davi também ordena que seu canto de lamento seja ensinado aos milhares
de homens de Judá (2 Sam. 1:18). Ele quer que eles aprendam, memorizem e a
cante como sua experiência.
Davi espera que os outros se juntem a ele para derramar lágrimas de
tristeza sobre a enorme perda que Israel estava enfrentando.
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!(+
Quando foi a última vez que sua igreja cantou um lamento como este no
culto de domingo? Na verdade, quando você aprendeu a importância do luto e
da perda, e como integrá-la em adoração a Deus? Quando foi a última vez que
pregou ou ouvi uma mensagem sobre luto ou lamento?
Por que Davi forçou as pessoas a parar e prestar atenção? Por quê que ele
queria que o povo expressasse tristeza pela morte de Saul e Jônatas?
Não haveria muito trabalho a fazer, agora que aconteceria uma transição
para um novo governo?
Davi entendia como indispensável o luto para a maturidade espiritual.
Davi sabia da importância de dar tempo para lamentar as perdas antes de
prosseguir. Ele sabia o quanto era importante o povo estar atento à realidade e
não fugir de sua dor.
Na New Life isto significou que precisávamos desacelerar. Quando minha
liderança foi dada a outra pessoa, não pensei em nada disso. Ele era mais
talentoso do que eu para conduzir a igreja. Era positivo, encantando a todos. Foi
uma perda maior para uns do que para outros.
Aprendemos que, quando as pessoas saem da igreja ou se afastam, é
importante fazer uma pausa e sentir a perda. Quando um sonho ministerial ou
oportunidade não der certo, é crucial que prestemos atenção à nossa vida
interior sob a superfície e senta decepção diante de Deus. Quando as pessoas
têm uma visão para criar um novo programa ou ministério, e não pode,
precisam afligir seus limites de sua humanidade diante de Deus.
Preste atenção ao Livro de Salmos
Ao longo da história, Salmos tem sido o livro mais popular da Bíblia. E
por uma boa razão, há um "salmo para cada suspiro." Este maior livro da Bíblia
inclui salmos de adoração, salmos de louvor, salmos de sabedoria, salmos de
arrependimento, e até salmos expressando dúvida.
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A maioria está longe de ser alegre. Como escreve Bernard Anderson, "Os
Lamentos superam em muito qualquer outro tipo de canções no Saltério." Mais
de metade dos 150 Salmos são classificados como lamentos. A maioria foi
escrito por Davi, segundo a tradição.
Os lamentos chamam a atenção à realidade de que a vida pode ser dura,
difícil, e às vezes, até brutal. Estes tomam conhecimento da aparente ausência
de Deus. Percebem quando as circunstâncias parecem dizer que Deus não é
bom. Clamam a Deus por o conforto e cuidado.
Os Lamentos lutam com o fiel amor de Deus (h.esed em hebraico). Uma
vez que Deus é bom e amoroso, por que Ele não está fazendo algo?
"Por que devo sair vagueando e pranteando oprimido pelo inimigo?" (Sl
43:2)
"Tem o seu amor infalível [h.esed] desaparecido para sempre? Tem sua
promessa falhado? Será que Deus se esqueceu de ser misericordioso?"(Sl 77:8-9).
"As lágrimas têm sido o meu alimento de dia e noite." (Sl 42:3)
"Me colocaste no abismo mais profundo, nas profundezas mais
obscuras. Sua ira pesa sobre mim, tens me sobrecarregado com todas as
tuas ondas "(Sl 88:6-7).
Preste atenção à dor
Muitos de nós já reagimos de acordo com nossa visão cultural de dor-
negar o luto. Talvez a forma mais popular em nossa cultura de não dar atenção
às nossas perdas e dores, é medicar-nos através de um vício. As pessoas usam o
trabalho, drogas, compras, álcool, alimentos, entretenimento, escapadas sexuais,
relacionamentos insalubres, até mesmo servir à igreja incessantemente ou
qualquer coisa para medicar a dor da vida.
Ano após ano, negam e evitam as dificuldades e perdas da vida, as
rejeições e as frustrações. As pessoas de nossas igrejas minimizam seus
fracassos e decepções. O resultado é que, para muitos hoje, pelo menos na
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América do Norte, existe uma incapacidade generalizada de enfrentar a dor. Isto
levou a um sentimento geral de superficialidade e profunda falta de compaixão.
Talvez a forma mais popular seja medicar-nos através de um vício.
Nossa cultura banaliza a tragédia e a perda. Todas as noites nos
noticiários são nos transmitido imagens de crimes, guerras, fome, mortes e
desastres naturais. São analisados e relatados, mas não se pode lamentar.
Nossa capacidade nacional de luto é quase perdida. Estamos muito
ocupados com a tentativa de manter tudo como está e começar nosso própriocaminho. Quando uma perda entra na nossa vida, tornamo-nos zangados com
Deus e a tratamos como uma invasão alienígena do espaço exterior. É de se
admirar que exista tanta depressão em nossa cultura? É de se admirar tal
explosão de medicamentos prescritos para depressão e ansiedade?
Isso não é bíblico e uma negação de nossa humanidade. Os antigos
hebreus fisicamente expressavam suas lamentações, rasgando suas roupas e
utilizando pano de saco e cinzas. O próprio Jesus ofereceu orações e súplicas
com grande clamor e lágrimas (Hb 5:7). Durante a geração de Noé, a Escritura
indica que Deus lamentou o estado da humanidade (Gn 6). Jeremias teve seis
confissões ou lamentos em que protestou com Deus sobre suas circunstâncias.
Após a queda de Jerusalém, escreveu um livro inteiro chamado Lamentações.
Siga o modelo de como Jesus se entristecia
Imagine Jesus, o (Is 53:3), nas seguintes situações:
No túmulo de Lázaro, se Jesus não tivesse chorado (João 11:35). E, ao
invés tivesse dito: "Por favor pessoal, parem todos os gemidos e cuidemdo presente!..."
E se sua oração por Jerusalém tivesse sido assim:
uma galinha ajunta seus pintinhos, mas você tomou sua decisão, se voltou
contra Deus. É muito ruim.
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!($
Ou, quando Jesus estava na cruz, em vez de lamentar "Meu Deus, meu
Deus t
grande! Será vitorioso! Louvai-
Este modelo de ensino é para lidarmos com honestidade e espírito de
oração, com as nossas perdas e decepções (grandes ou pequenas) e todos os que
acompanham suas confusas emoções. A Bíblia nos ordena a prestarmos atenção.
A angústia é indispensável para uma integral espiritualidade.
Nas Escrituras, a resposta de Deus é para lidarmos com honestidade e
espírito de oração, com as nossas perdas e decepções.
Suspeito que Davi (o salmista) e Jeremias (o autor do livro de Lamentações)
entenderam a tendência de não deixarmos de lado as difíceis e dolorosas
realidades em nossas vidas. Ao reconhecerem como as perdas são
indispensáveis para mudar e crescer, eles escreveram canções e poemas de
lamentos para que cantemos de geração em geração.
Preste atenção às mortes do nosso passado
Jesus definiu o processo de crescimento com estas palavras: "Se o grão de
trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, produz muito
fruto." (João 12:24). Jesus caracteriza a vida cristã como para uma nova
A morte, porém, deve vir em primeiro lugar. A morte começa a participar
do processo, por vezes, insuportável de se prestar atenção. Se prestarmos
atenção a ela, no entanto, algo novo irá nascer.
Bianca, por exemplo, era atormentada desde muito jovem por seus
sonhos. Ela se lembra de pesadelos sexuais com onze anos de idade. Lançava e
girava, sentindo-se suja. Ela ainda era jovem demais para saber seus pesadelos
eram o resultado de anos de abuso sexual e estupro de um parente muito
querido.
Ela cresceu sem perceber que era ansiosa e desconfortável com sua
sexualidade e com a sexualidade dos outros. Ao longo dos anos, Bianca
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compartilhou o que tinha acontecido a três pessoas. Ninguém perguntou nada.
Um comentou: "Bem, talvez ele estivesse apenas experimentando." Bianca não
prosseguiu com o assunto.
Era consciente de seu abuso sexual. Não havia enterrado. Não tinha que
se lembrar dele, ele estava sempre lá.
Em 1989, ela começou a trabalhar num Conselho de Educação no maior
distrito escolar de Nova York, em uma escola onde 95 por cento da população
estavam abaixo da linha da pobreza. Seus pesadelos voltaram com força total. A
falta de proteção e segurança na vida de alguns de seus alunos evocava imagens
horríveis de sua própria infância. Seus sonhos voltaram, mais uma vez, com
violência, estupro e ansiedade.
Até então, ela já havia sido uma cristã por doze anos, fielmente
participava dos estudos bíblicos e reuniões de oração. No entanto, o sentimento
de tristeza que sempre permeou sua vida tornou-se avassalador.
A igreja estava interessada em sua força e seu serviço. Ela era dotada de
muitas maneiras. Mas não podia partilhar porque estava morrendo por dentro.
Ninguém na liderança havia ainda se moldado com vulnerabilidade, fraqueza,
confusão, ou dor extrema. O discurso era: "Louvado seja Deus, porque Ele é
bom."
Servia a um Deus em que não confiava. Sentiu que Ele estava distante e
que estava apenas interessado em seus pontos fortes. Aos domingos, ela chorava
muito, pensando se seus filhos teriam de visitá-la em alguma estação de trem,
pois acabaria como uma prostituta. Ela se questionava que como uma vida tão
quebrada poderia ser restaurada novamente. Secretamente se perguntava como
Deus poderia ter permitido aquelas noites de morte e abuso onde não a
protegeu? Deus é um abusador, pensava ela.
Desesperada, Bianca foi a um lugar seguro para falar de sua dor, através
de um amigo que encontrou um conselheiro cristão. Ali então começou a
explorar e afligir a devastação à sua integridade como uma garotinha. Entrou no
caos e trevas da morte de sua infância nas mãos de um abusador. As comportas
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estavam abertas agora. As coisas pareciam piorar, como se seus sentimentos e
raiva congeladas, explodissem em revolta e depressão.
Certa vez, respondeu a um apelo ao altar de sua igreja para pessoas com
fragilidade sexual em seu passado. Começou a compartilhar de seu abismo com
alguns amigos de confiança da igreja. Parou de trabalhar tão duro para ganhar a
aprovação de Deus e começou a entender o amor e a graça do Evangelho. Estes
eventos têm levado anos.
Bianca tem um buraco em sua alma que nunca irá embora. Algo morreu
para ela nas mãos de seu agressor que não poderá mais voltar. Ela está em uma
viagem, no entanto, para a totalidade. É um processo. Injustiças em relação às
crianças, às vezes, mexem em suas dolorosas memórias.
Mas Bianca está seguindo, amando e servindo a Cristo. Sua jornada deu-
lhe uma profundidade e clareza sobre o Evangelho como poucos. Ela carrega os
ensinamentos e conhecimentos de diversas maneiras na New Life , seja atravésda dança, a participação em pequenos grupos, com dons de sabedoria e
discernimento, para que "nossa teologia possa ser limpa", descreve Bianca.
plenitude em minha vida".
2 Fase Dois:. Viver em meio à Confusão
Existe, no entanto, o padrão estabelecido por Deus para nós na pessoa de
Jesus "entre" o tempo. Este é o tempo entre a cruz da Sexta-feira Santa (ou seja,
a morte de Jesus) e o Pentecostes (isto é, o desenrolar do novo). Os discípulos
ficaram confusos e desorientados, mesmo após a ressurreição. Sua compreensão
de Deus, seus planos, e seu próprio futuro estava passando por uma
transformação radical. Foram morrendo para o velho a fim de abrir caminho para o novo.
O professor de Teologia e autor Walter Brueggemann disse que os
Salmos podem ser divididos em três tipos: de orientação, reorientação ou
desorientação. (I) O primeiro tipo refere-se às canções de orientação, onde
apreciamos Deus, Sua criação e bênçãos, deliciamos com sua bondade, e
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desfrutamos de uma rica sensação de bem-estar e alegria Nele. (2) O segundo
tipo refere-se às músicas de desorientação, as fases de dor, sofrimento, e
deslocamento, escritos quando o mundo desmorona e queremos saber o que está
acontecendo. Este é o meio da confusão, quando tantas vezes sentimos dúvidas,
ressentimento, isolamento e desespero. (3) No terceiro tipo, nos salmos de
reorientação, é quando Deus irrompe e faz algo novo. Isto é, quando a alegria
irrompe nosso desespero.
Os Salmos podem ser divididos em três tipos: de orientação, reorientação
ou desorientação.
Estes movimentos não vêm apenas uma vez, mas repetidas vezes ao
longo de nossa vida. Bianca canta todos os três, por diversas vexes em sua vida.
Concretamente, esse tópico pode ser aplicado?
A New Life Fellowship por quase quatro anos estava orando para
comprar o prédio onde alugávamos já havia oito anos. Tinha 60.000 metros
quadrados e se localizava no centro de Queens, em New York.
Estratégicamente, parecia perfeita para nossa missão. A igreja estava
trabalhando maravilhosamente. Mas um grande desenvolvedor ofereceu uma
proposta ao qual não podíamos igualar. De repente, vimos nossos gloriosos
sonhos de servir e plantar muitas igrejas nos próximos anos na cidade de New
York desmoronar. Estávamos sem local para congregar e com apenas seis meses
para encontrar um novo templo. O golpe veio como uma marreta em nossa
congregação, em especial a liderança que havia investido muito tempo e energia
na compra.
Muitas pessoas estavam confusas, com raiva, magoadas e decepcionadas
com Deus. Minha primeira reação foi de espiritualizar a situação e controlá-la.Minha vontade era "corrigir" a dor dessa interrupção. Onde estava Deus? Por
que Ele não respondeu nossas orações? Onde estava sua fidelidade?
Como este livro ainda irá para a impressão, Deus pode estar ressuscitando
a compra de imóveis da Elks Lodge através de uma série de circunstâncias
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surpreendentes. Aconteça o que acontecer, este tempo tem sido doloroso,
confuso e humilhante.
A igreja entrou em desorientação. Me lembrei das palavras de Leighton
Ford, um de meus mentores: ". Pete, lembre-se que o momento mais importante
está no período entre os sonhos, e não os próprios sonhos"
Achamos que a espera é um parênteses. Não é. Deus está trabalhando,
só não podemos vê-lo. A maioria de nós irá passar a eternidade com Deus
agradecendo as orações não respondidas.
Às vezes, nos rebelamos durante meio
invés de abraçarmos este período de espera ao qual nos encontramos. A
tentação de fugir de Deus, desistir ou cair no desespero é grande quando parece
que Deus está ausente. A boa notícia é que, mesmo assim, Deus irá nos
encontrar.
Angústia e Discipulado na Igreja
O primeiro e sempre o mais importante caminho para integrar este novo
paradigma sobre o luto é parar e prestar atenção a seus prejuízos, sejam estes
grandes ou pequenos, tanto no passado e no presente. Se você é novo nisso, eu
recomendo que tire um dia em um retiro com Deus a fim de refletir, analisar eorar sobre os acontecimentos importantes de seu passado que, talvez, não tenha
te afligido. Dê-se permissão para sentir. Abrandar o ritmo de sua vida. Lembre-
se, as perdas não são algo "para se superar", mas são de grande valor para Deus
e sua espiritualidade.
Segundo, comece a preparar as pessoas, os ajudando e incentivando a
identificarem e refletirem sobre as perdas em suas vidas e na vida de outros. A
igreja tem uma posição única, entre todas as profissões de ajuda, para estar com
as pessoas em momentos críticos em suas vidas, mortes, casamentos (perda de
singeleza e alinhamentos familiares passados), doenças graves, cerimônias de
nascimento, divórcios, aposentadorias e movimentos geográficos. São os
momentos de discipulado que nos ajudam a sair de nossa cultura entorpecida da
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!()
dor, e nos permitem sentir a desorientação em nossas vidas. Infelizmente,
muitas pessoas que sofreram abuso no passado, nunca receberam permissão
para sofrer a sua dor.
Pare e preste atenção às suas perdas. Dê-se permissão para sentir.
Em terceiro lugar, ensine os salmos para dar às pessoas uma base bíblica
e um quadro de luto. Certa vez, preguei uma série 14 semanas em diferentes
tipos de músicas no Saltério. Cantamos e estudamos salmos de adoração,
salmos de louvor, salmos de lamento, salmos de sabedoria, salmos de confiança,
e salmos sobre os pobres e oprimidos. Convidei todos na congregação para
escreverem seus próprios salmos ou poemas de suas experiências com Deus em
sua vida. Não surpreendentemente, recebemos muitos lamentos escritos a Deus.
Finalmente, em sua orientação às pessoas, individualmente ou em
pequeno grupo, faça uma linha de tempo simples com cada um, desde o
nascimento até o presente. Peça-lhes para identificar e descrever importanteseventos difíceis ou tristes em suas vidas. Nesta sessão você aprenderá mais
sobre sua alma e sua vida em Deus do que pode aprender em um ano.
Lembre-se da pilha de compostagem
O que agora me permite manter fiel no desorientador tempo "entre" oconflito, é a poderosa verdade que de Deus usa todas as coisas para nosso
benefício e Sua glória.
John Milton em Paradise Lost compara o mal da história com uma pilha
de compostagem, uma mistura de substâncias em decomposição, tais como
excrementos de animais, vegetais e cascas de frutas, cascas de batata, casca de
ovo, folhas mortas e cascas de banana. Se você cobrir com terra, depois de
algum tempo, fica um cheiro maravilhoso. O solo torna-se um fertilizante rico,
natural e é de grande importância para a fruticultura e hortaliças, mas que você
deve estar disposto a esperar, em alguns casos, alguns anos.
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!(*
Milton aponta que os piores acontecimentos da história humana que não
compreendemos, até mesmo o inferno, são apenas um composto no eterno plano
maravilhoso de Deus. Fora do maior mal, a morte de Jesus, veio ser o bem
maior. Deus transforma males em benefícios, sem diminuir o horror do mal.
3. Terceira Fase: Permitir o Velho para o Novo nascimento
Algumas pessoas abraçam o luto mais facilmente que outros. Não gosto
de sofrer. Na verdade, tenho a tendência de evitá-lo. Mas os grandes benefíciosme incentiva a tomar as veredas antigas dos grandes santos do passado.
Mudanças surpreendentes resultam em mudanças internas quando
tomamos esse estranho caminho para o luto. Torna-se evidente o que Jesus
ensinou: "Bem-aventurados os que choram, pois serão consolados" (Mt 5:4). Os
resultados de novos nascimentos ou mudanças internas através do luto incluem:
Nos tornamos compassivos como o nosso Pai do céu é compassivo. Henri
Nouwen diz, com razão, que o luto é o caminho para a compaixão. "Não
há compaixão sem muitas lágrimas... Para nos tornarmos como o Pai,
cuja única autoridade é a compaixão, eu tenho que derramar lágrimas
incontáveis e assim preparar meu coração para receber qualquer pessoa,
independentemente de como sua jornada tem sido, os perdoando de
coração." Absorvendo nossa própria dor, aprendemos a perdoar.
Temos uma preocupação maior para com os pobres, as viúvas, os órfãos,
os marginalizados e feridos. Nós os compreendemos.
Nos tornamos menos avarentos, menos idólatras. Raramente dizemos:
"Eu tenho que ter isso ou irei morrer "é despojada de sua
pretensão de coisas não essenciais. Estamos mais propensos a nos livrar
das coisas sem importância, que outros tão desesperadamente querem
como o poder, controle, dinheiro ou aprovação.
Somos libertos do dever de impressionar os outros. Podemos seguir o
plano de Deus com uma nova liberdade, porque não estamos tão
motivados para agradar as pessoas.
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!)+
Somos capazes de viver mais confortavelmente com o mistério quando se
trata de Deus e seus planos. Não temos medo de dizer: "Eu não sei",
quando as pessoas perguntam-nos sobre Deus. Nós nos tornamos muitomais flexíveis em relação às intenções de Deus em nossas vidas.
Somos caracterizados por uma maior humildade e vulnerabilidade.
Colocamos Deus no centro de nossas vidas e começamos a rejeitar
atividades triviais e superficiais.
Experimentamos um senso maior de viver o presente, em vez de adiar a
vida até a aposentadoria. Reorganizamos facilmente as prioridades da
vida para estar com o nosso cônjuge (se aplicável) e amigos.
Gozamos de uma nova apreciação viva dos fatos básicos da vida, a
mudança das estações, o vento, a queda das folhas, o último Natal, as
pessoas feitas à imagem de Deus.
Temos menos medos e uma maior disposição para assumir riscos.
Somos amáveis. Damos amor não ao que se baseia em pessoas de
inteligência, sucesso, aparência, dinheiro, ou expressões de amor para
nós. As pessoas já não se sentem avaliadas, julgadas, ou por nós
analisadas. Não se sentem mais controladas.
Entendemos que o que nos une como seguidores de Jesus e a viver em
comunidade é o nosso quebrantamento.
Vemos a realidade do céu de uma maneira nova, entendendo de forma
mais completa que somos peregrinos nesta terra.
Magda adota o luto e a perda
Magda é uma mulher filipina sexagenária. Ela irradia o calor de Cristo de
maneira extraordinária. Sua jornada até lá, porém, tem sido longa e árdua.
Quando criança, durante a Segunda Guerra Mundial nas Filipinas,
testemunhou grandes atrocidades que marcaram sua pequena alma, como a
fome, a tortura e os atentados. Ela se lembra vividamente de uma fuga dos
japoneses pelas montanhas durante semanas. Doada a uma tia, ela sofreu perdas
inconfessáveis.
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!)!
Casou-se com a idade de 22 e deu à luz a nove filhos. Desejosos de dar
aos filhos uma vida melhor nos Estados Unidos, deixou-os em casa enquanto se
mudou para cá para ser uma enfermeira. A esperança dela era de trazê-los
dentro de um ano. Dez anos depois ela ainda estava lutando para ter seus
documentos de imigração aprovados. Ela via seus filhos, com idades entre seis e
14 anos, uma vez a cada dois ou três anos. Eventualmente eles puderam
emigrar.
Em 1987, enquanto estava num ônibus de Ohio com suas filhas gêmeas e
um futuro genro, o motorista momentaneamente adormeceu e caiu. Sua filha, de21 anos de idade, que estava planejando ir para o exterior numa missão do
ministério de jovens, morreu instantaneamente assim como sua outra filha que
estava noiva. Magda ficou em estado grave durante semanas. Ela implorou ao
médico para deixá-la, pelo menos, ver um vídeo do velório e enterro de suas
filhas, mas ele recusou porque estava muito fraca.
Então, em 2001, outro filho, de 36 anos, também morreu de forma
inesperada durante um exercício de treinamento físico no exército, deixando
uma esposa e três filhos. Ele havia servido na Marinha dos EUA durante
dezessete anos e estava planejando se tornar pastor quando seu tempo com a
Marinha terminasse.
Magda descreve como ela sobreviveu a tantas perdas catastróficas:
"Quando olho para Jesus na cruz, vejo que ele sofreu mais do que eu. Ele
suportou tanta dor e sofrimento porque amava a humanidade. Também quero
dar algo de volta a Deus. Fez-me ser mais sensível à dor e ao sofrimento de
pessoas que experimentaram a morte, e posso sua mão amiga. Eu digo: "Senhor,
ajuda-me a dizer o que você que eu diga e deixe-me ser o sua porta-voz e as
mãos para que as pessoas possam reconhecer Deus em suas tristezas".
Hoje, ela dirige um grupo e serve a muitos outros, tanto dentro como fora
da igreja. Ela entra em sua dor, conduzindo-os corretamente no momento de
luto e conectando-os não somente consigo mesmos, mas o mais importante,
com Deus.
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Seguindo o fio que conduz à compaixão divina
Este caminho do luto bíblico é um grande presente que podemos dar,
tanto para nós mesmos, como aos outros. Podem sentir, no entanto, como se só
piorariam as coisas, como se não devessemos seguir por este caminho. Deixe
me incentivá-lo a seguir o fio, a fim de seguir o caminho de Deus. Isto o leva
para a vida.
George MacDonald, em seu livro The Princess and The Goblin , conta a
história de uma princesa de oito anos de idade, que vive sozinha em um
pequeno palácio numa grande montanha. Dentro da montanha há uma raça de
goblins que odeiam o rei (seu pai) e seus descendentes (a princesa). Eles
planejam seqüestrá-la e destruí-la.
Sua avó muito velha, no entanto, sabe que ela está em grave perigo e lhe
dá um anel com um fio ligado a ele. A princesa não pode ver o fio, mas podesentir.
"Mas, lembre-se", instrui a avó, pode parecer-lhe complicado, de fato,
mas você não deve duvidar do fio. "
O fio conduz ao oposto do que a princesa espera. Ela começa a ir para um
buraco na montanha, na escuridão total. Enquanto ela se arrasta "mais e mais na
escuridão da grande montanha oca" e através de passagens estreitas, se
pergunta: "Será que vou sair daqui?"
O Luto bíblico pode dar a impressão que somente piorará as coisas.
Deixe-me encorajá-lo, isto conduz à vida.
Finalmente, a princesa é conduzida a muitas pedras enorme. Ela chora.
Lamenta. O fio corre até as pedras, para que ela finalmente comece a removê-
las, uma por uma, quando descobre que seu amigo está presa atrás delas. À
medida em que tentam encontrar o seu caminho para sair do labirinto na
montanha, ele argumenta que ela está levando-os em direções que jamais
conseguirão dair daquela escuridão.
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Os sussurros da princesa "mas eu sei que este é o caminho que meu fio
está indo, e eu devo seguí-lo." Mesmo que o caminho seja contra seus instintos
naturais, ela obedece e segue o fio. Não tem medo do perigo, mas é o contida e
calma. Por quê? Ela sabe que sua avó onisciente está guiando-a através do fio.
Eventualmente, os planos dos Goblins são expostos e derrotados.
Deus nos assegura que irá nos levar a novas ressurreições. Como disse
anteriormente, fazer o caminho de luto é contra a nossa cultura. No entanto, é a
linha delineada por Deus nas Escrituras. É muito diferente da nossa cultura e
muito diferente da forma como a maioria de nós vivemos nossas vidas em Deus.
Mas se o fizermos, Deus nos assegura que irá derrotar os goblins e nos
levará a novas ressurreições.
O mais importante, a igreja, tem aprendido que absorver e crescer através
da dor, produzirá o fruto rico da compaixão divina para com os outros. A
capacidade de abraçar nossas perdas e luto irá nos ensinar a amar os outros
como Jesus amava. Então, seremos capaz de modelar nossas vidas de forma
eficaz e autentica em Jesus.
Isso nos leva ao capítulo clímax do livro e nosso sexto princípio: amar
bem modelando a encarnação de Jesus.
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Nas igrejas emocionalmente saudáveis, as pessoas intencionalmente
seguem o modelo de Jesus. Elas aprendem a seguir as três dinâmicas da
encarnação encontrados na vida de Jesus, a fim de amar as outras pessoas: a
entrada do outro mundo, segurando-se a si mesmo, e suspenso entre dois
mundos.
Agora é a hora
O ano é 1963. A cidade é Birmingham, Alabama. Escolas, banheiros,
parques, bebedouros e ônibus estão todos racialmente segregados por lei. O
reverendo Martin Luther King Jr. chegou à cidade para liderar uma
manifestação pacífica contra a injustiça racial na cidade. O xerife da cidade, no
entanto, garantiu uma liminar tornando a marcha ilegal. Martin Luther King Jr.sabe o custo de marcha. Ele faz isso de qualquer maneira e é levado para a
cadeia.
Na terça-feira , dia 16abril de 1963, é lhe dado uma cópia do The
Birmingham News . Nele contém uma carta dirigida a ele por oito pastores e um
rabino. Eles argumentam que Luther King deveria ter sido mais paciente. Sua
resposta, uma parte agora famoso da literatura norte-americana, é chamado de
"Carta de Birmingham Jail ":
Talvez seja fácil àqueles que nunca sentiram os dardos perfurantes
lincharem suas mães e pais à vontade e afogar suas irmãs e irmão a seu
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capricho; quando você viu policiais cheios de ódio amaldiçoarem,
chutarem e até matarem seus irmãos e irmãs negros; quando você vê a
vasta maioria de seus vinte milhões de irmãos negros sufocando-se em
uma jaula hermética da pobreza em meio a uma sociedade de abundância;
quando você de repente descobre sua língua travada e sua fala gaga ao
tentar explicar a sua irmã de seis anos de idade por que ela não pode ir ao
parque de diversões público cuja propaganda acabou de passar na
televisão, e vê lágrimas jorrando dos olhos dela quando lhe é dito que o
Funtown está fechado para crianças de cor, e vê ameaçadoras nuvens de
inferioridade começando a se formar no pequeno céu mental dela, e a vê
começar a distorcer sua personalidade ao desenvolver um rancor
inconsciente contra as pessoas brancas; quando você tem de inventar uma
você faz uma viagem através de seu estado e descobre ser necessário
dormir noite após noite nos cantos desconfortáveis de seu carro porque
nenhum motel o aceita; quando você é humilhado entra dia sai dia por
-se
meio torna-
e seu sobrenome torna-
assombrado à noite pelo fato de que você é um negro, vivendoconstantemente na ponta dos pés, sem saber exatamente o que esperar em
seguida, e é atormentado por medos interiores e ressentimentos exteriores;
quando você está sempre lutando contra uma impressão degradante de
então você entenderá porque achamos difícil esperar.
O objetivo do Dr. King é claro: Ele está procurando desesperadamente e
apaixonadamente conseguir que os líderes brancos cristãos daquela cidade
andem nos sapatos de um afro americano. Você já ouviu o ditado nativo
americano, "Para realmente entender os outros seres humanos, devemos
primeiro andar uma milha em seus mocassins". O Dr. King compreende que
outros devem primeiro retirar seus próprios mocassins antes que possam
entender como é a vida de um afro americano nos Estados Unidos em 1963.
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!)'
Encarnação é uma lição difícil para qualquer um aprender.
Ele está tentando ensinar-lhes sobre a encarnação. É uma lição difícil para
qualquer um aprender.
Mudando se para New York
Com o desejo de encarnar, Geri e eu nos mudamos há quase vinte anos
para o Queens e começamos a levantar a nossa família. Nós despedimos de que
vida confortável de classe média e nos mudamos para o complexo mundo
multiétnico e fortemente congestionado - Queens.
No pequeno bloco em que temos vivido nos últimos oito anos, tivemos
como vizinhos viciados em drogas, prostitutas, órfãos, viúvos, viúvas, mães
solteiras, um homem de 55 anos, desempregados, afro americanos, cipriotas,
coreanos, chineses, hispânos, solteiros, casados e aposentados. Para a maioriados que vivem aqui, nossas filhas têm sido uma minoria racial na igreja, na
escola, e na vizinhança.
Acreditamos na encarnação de Jesus Cristo, que era plenamente Deus e
plenamente homem. Mas nunca percebemos, realmente, o que significava a
encarnação - somente até poucos anos atrás. Geri e eu não entendíamos como
demosntrá-la um ao outro, muito menos com nossos vizinhos ou à igreja.Minha experiência é que praticamente todos os líderes cristãos que conheço
acreditam que entendem do ministério encarnacional.
São Basílio, o bispo de Cesaréia, no século IV, escreveu certa vez
"Anunciações são freqüentes, e encarnações são raras." Em outras palavras,
anúncios ousados de que Deus está fazendo ou dizendo, são comuns. As pessoas
que seguem o caminho humilde de Jesus são muito mais difíceis de encontrar.
Agora entendo porque. É muito mais caro e é francamente contra cultutal
mesmo entre cristãos.
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Vendo o amor de Jesus como Encarnação
O que significa ser um discípulo pode ser melhor compreendido em torno
do mistério insondável da Encarnação. Deus assumiu a carne humana. O
Criador infinito e Sustentador do universo limitou-se a um corpo humano. "O
Verbo se fez carne e habitou entre nós" (João 1:14). Ou, como The Message
traduz , "O Verbo se fez carne e sangue, e se mudou aqui pra bairro. Nós vimos
a glória com nossos próprios olhos."
Deus invadiu o nosso planeta e para sempre o mudou. Deus se encarnou.
Ele tomou sobre cinzas humanas de uma forma chocante, concreta, crua e
fisicamente tangível. Deus sabia que não havia melhor maneira de mostrar aos
seres humanos do que entrar completamente em seu mundo fisica e
emocionalmente.
Deus se fez sobre pele e carne para nós. Ronald Rolheiser ilustra
poderosamente:
Há uma história maravilhosa contada sobre uma menina de quatro anos,
que acordou uma noite com medo - convencida de que na escuridão ao seu
redor, havia todos os tipos de fantasmas e monstros. Sozinha, correu para o
quarto de seus pais. Sua mãe a acalmou e, tomando-a pela mão, levou-a de volta
para seu próprio quarto, onde colocou uma luz e tranquilizou a criança com
estas palavras: 'Você não precisa ter medo, você não está sozinho aqui. Deusestá no quarto com você." A criança respondeu: "Eu sei que Deus está aqui, mas
eu preciso de alguém comigo para que eu sinta alguma pele!
Deus sabe que precisavamos de sua pele, e não simplesmente o
conhecimento de que ele está em toda parte. As pessoas hoje estão desesperados
por "pele" para serem amadas, por alguém para encarnar com elas. Por esta
razão, as pessoas pagam de $ 100 a $150 dólares por hora a um terapeuta, para
ter alguém para amá-los, para entrar e se preocupar com o seu mundo.
Hoje, Deus ainda tem a pele física e pode ser visto, tocada, ouvida e
experimentada. Como? Através de seu corpo, da igreja, onde Ele habita. Somos
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chamados, em nome de Jesus e pelo Espírito Santo que habita, para sermos a
pele para as pessoas ao nosso redor.
É mais fácil dizer do que fazer
Uma vizinha apareceu para falar comigo enquanto eu trabalhava neste
manuscrito. Ela estava deprimida, com pensamentos suicidas. Em seus vinte e
poucos anos, não tinha um diploma de ensino médio, emprego, ou uma vida
social. Queria saber se ficaria sozinha pelo resto de sua vida. Era terrivelmenterevoltada com tudo. Ela tinha uma deficiência física e estava começando a
perceber como estava presa em seu ambiente familiar. Chorou muito no sofá
por um tempo.
Quanto mais ela falava e eu escutava, ocasionalmente, fazia perguntas,
mais eu era capaz de ver as irregulares partes quebradas de seu mundo e sentir a
profundidade de sua agonia. Eu não sabia nem por onde começar a "corrigir" ou
resolver seus problemas. Mas ela não estava pedindo conselhos. Ela queria que
eu me unisse a ela para ver o quão duro era o mundo colocando os seus
sapatos. Esse mundo parecia enorme e assustador. Ela ansiava por me ouvir e
estar disponível. Ela havia aceitado a Cristo no ano passado e agora estava
freqüentando regularmente o estudo da Bíblia na igreja. Estou certo de que o
pequeno grupo é grato por ela estar lá. Eles estão, sem dúvida, como eu estou,orgulhoso por ela se tornado uma cristã.
Mas alguém teria alguma idéia do que está acontecendo em sua vida, a
dor, a agonia, a solidão? Alguém se importa? A maior questão é se eu realmente
me importo? Fui lembrado de que a voz pungente que me disse uma vez em
tantas palavras, "Pete, enquanto o seu Deus não for o calo, o toque e a
compaixão, acho que continuarei sendo um agnóstico."
O Conflito entre a Igreja Contemporânea e Ministério Encarnacional
Quando me tornei um cristão, senti que tinha o peso da responsabilidade
de que meus amigos e familares deveriam conhecer o amor de Deus em Cristo.
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A mensagem do perdão e o incondicional amor de Deus deixou meu coração em
chamas.
O que começou de forma tão puro, ficou parcialmente poluído ao longo
do tempo. Aprendi sobre oração, estudo bíblico, evangelismo, e como fazer
discípulos. Acabei aprendendo também sobre liderança, pregação, pastorado e
multiplicação de outros líderes. Eu conduzia as pessoas a Cristo da melhor
maneira possível e buscava levá-las à verdade sobre Deus.
Tornou-se difícil distinguir entre amar as pessoas pelo que elas são ou
para usá-las na missão. No entanto, minha ênfase estava em " fazer discípulos" e
no crescimento da igreja. Eu precisava de pessoas para responder.
Será que preciso que essas pessoas se convertam a Cristo, a fim de
construir a igreja ou meu programa? Ou eu me alegrava por reconhecerem que
são seres criados feito à imagem de Deus? Eu estava tão profundamente
envolvido em começar o trabalho de Cristo, que a linha tornou-se impossível deser distinguida. Independentemente disso, eu não tive tempo para classificá-la.
Simplesmente havia muito o que fazer!
Não me lembro de terem mencionado a Encarnação como o modelo de
definição do que significa ser um cristão ou um modelo de liderança. Eu não
sabia como fazê-lo, o que significava, ou o que poderia se parecer. Não estava
no currículo do seminário. A ênfase era aprender para que eu pudesse ensinaraos outros. Assim, "ensinar e instruir", não "ouvir e aprender", eram os
comportamentos dominantes esperados de líderes treinados. Eu ia entrar no
mundo das pessoas apenas o suficiente para alterá-los, não necessariamente
amá-los.
A diferença é pequena, mas enorme. Antes de sua morte, o padre católico
Henri Nouwen articulou, creio eu, a luta para muitos de nós que têm a
responsabilidade de liderar e servir na igreja de Deus. Uma voz diz para ter
sucesso e alcançar. A voz de Nouwen dizia para que ele passasse a maior parte
de sua vida atendendo. Ele ensinava na Catedral de Notre Dame, Harvard e
Yale. Escrevia mais de um livro por ano. Seu cronograma e ministério
constantemente ameaçava sufocar sua vida espiritual. A outra voz era de Deus,
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dizendo que ele era amado incondicionalmente. Que ele não tinha nada a
provar. Esta voz lhe disse que a meta do ministério era a reconhecer a voz do
Senhor, sua face, e seu toque em cada pessoa que ele conheceu. Só nos últimos
dez anos de sua vida, disse ele, o que realmente ouvia era a segunda voz.
Com as exigências cada vez maiores em nossas vidas ocupadas, é muito
difícil ouvir a segunda voz.
Fazer mais do que entrar fisicamente no mundo de outras pessoas
Passei três anos na equipe da InterVarsity Christian Fellowship , uma
organização cristã, que trabalha entre Africano-americanos e hispânicos,
freqüentando igrejas onde eu era a minoria e tentando entrar em seu mundo para
entendê-los.
Passei quatro meses nas Filipinas trabalhando com estudantesuniversitários no início doa anos 80, um ano em Costa Rica, e na América
Central em 1985. O meu entendimento de encarnação, no momento, foi
aplicado, para a maior parte, para contextos transculturais.
Eu fui totalmente mergulhado na cultura, e tornei-me "um" com o povo.
Quando Geri e eu nos mudamos para a Costa Rica, fizemos encarnados.
Comíamos arroz e feijão três vezes ao dia e carne uma vez por semana.Aprendemos a língua deles. Comemoramos seus costumes e tradições e
vivemos em uma comunidade pobre como as pessoas comuns. Nosso quarto era
pequeno e espartano. Vivíamos com uma grande família, sacrificando nossa
privacidade e espaço. Ficava em cima de uma oficina de carpintaria que expelia
serragem através dos orifícios no piso pontualmente às 6:00 da manhã, de
segunda a sábado.
Fisicamente e culturalmente deixamos nosso mundo. Deixamos o que era
confortável e familiar. Geri teria costumava dizer, sso é difícil e tudo que eu
fiz foi deixar os Estados Unidos. Jesus deixou o céu para a terra! "
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!*!
Na época, no entanto, não entendemos os princípios da saúde emocional,
conforme descritos neste livro. Este severamente limitava nossa capacidade de
entrar no mundo de alguém.
Nós não sabíamos como olhar abaixo da superfície de nossas vidas (cap.
5). Como iríamos compartilhar parte de nós mesmos que nunca havíamos
explorado?
Éramos incapazes de articular nossas própria história familiar onde
crescemos com seu impacto em nosso presente (cap. 6). Como iríamos
investigar e explorar a jornada de outras pessoas e momentos marcantesem suas vidas quando não havíamos explorado a nossa?
Não estávamos andando em nosso próprio quebrantamento e
vulnerabilidade (cap. 7). Estávamos carregados de defesas. Como
poderíamos ir além das nossas defesas para uma relação mais íntima com
outros, quando não tínhamos nem mesmo entendido os nossos próprios
meios de auto-proteção? Não tíanhamos a compreensão dos limites e fronteiras que Deus fez para
cada um de nós (cap. 8). Se tivéssemos entendido profundamente o
sentido de nossas limitações, nós provavelmente não teríamos durado
muito tempo.
E nós não sabíamos como sofrer com as pessoas em sua dor e perda.
Nunca tíanhamos sofrido nosso próprio luto (cap. 9).
Aprender a encarnar é o último princípio das igrejas emocionalmente
saudáveis porque assume o progresso dos outros cinco. Na medida em que
amadurece nos primeiros cinco princípios, é o grau em que eu serei capaz de
encarnar no mundo de outra pessoa.
As Três dinâmicas da vida encarnacional
O nível da Encarnação nos chama para fora de nossas zonas de conforto
físico para atender pessoas onde quer que elas estejam. Por esta razão nossa
igreja permanece em Elmhurst, no Queens, que é uma área densamente povoada
Por esta razão, estamos comprometidos com um sistema descentralizado - a
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estratégia de pequenos grupos. Estes atendem as pessoas onde elas estão. Por
esta razão, desejamos plantar tipos diferentes de igrejas por toda Nova York.
Os pequenos grupos atendem as pessoas onde elas estão. Por esta razão,
nós investimos nossos recursos em estratégias de evangelismo que acontecem
nas ruas (clínicas médicas, escolas bíblicas de férias e eventos de adoração).
Atendem pessoas onde elas estão.
Para a verdadeira encarnação acontecer, todos os três componentes devem
estar presentes.
Este nível, no entanto, é na verdade o lado mais fácil de praticar a
encarnação. A vida de Jesus nos ensina as três dinâmicas de encarnar para amar
outras pessoas: a entrada em outro mundo, segurando-se em si mesmo, e
suspenso entre dois mundos.
Todos os três, embora distintos, acontecem simultaneamente. Assim, para
a verdadeira encarnação acontecer, seja com um vizinho, colega, amigo,
membro do conselho com quem discordamos, um esposo, um pai, ou uma
criança, todos os três componentes devem ser presentes.
1. Viver a Primeira dinâmica: entrar em outro mundo
Nossa experiência que nos levou à encarnação mais autêntica e comoventeaconteceu inesperadamente.
Na verdade, aprendi isso no meu décimo ano de casamento. Geri e eu
tíanhamos aprendido uma técnica de escuta simples chamada escuta reflexiva.
(Eu aprendi algo semelhante na faculdade, mas não a apliquei. Agora entendo o
porquê: É muito mais fácil ensinar do que entender e praticar) Uma variedade
de técnicas eficazes de escuta são populares hoje em dia para ajudar as pessoas,
casais, especialmente, para encarnar um com o outro. O objetivo é fornecer uma
estrutura segura e respeitosa para duas pessoas partilharem de modo honesto,
livre e com mais clareza.
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A Escuta reflexiva é muito simples. Uma pessoa fala algumas frases de
cada vez. Em seguida, o ouvinte repete de volta para ele ou ela exatamente o
que acaba de ser dito. A pessoa que escuta tenta entrar no mundo da pessoa que
fala, deixando de lado questões, agendas, defesas e simplesmente procura
entender a experiência da outra pessoa.
Como aprendemos essa técnica, em um nível que parecia robótica e
infantil, inicialmente, não poderíamos fazê-lo sem nos defender ou ficar
zangados. Gradualmente, aprendemos e crescemos.
Lembro-me que Geri e eu realmente tivemos sucesso ao encarnar um com
o outro. Nós olhamos um para o outro com espanto. Nunca me senti tão amado
e valorizado por outra pessoa. À medida que amadurecemos nisto, ficou claro
para nós que estávamos experimentando o gosto do reino de Deus na terra, o
sabor do seu amor.
Como pude ser tão cego para o elemento indispensável para amar as pessoas: ouvir?
Annie Dillard fala sobre alguns exploradores britânicos em sua busca pelo
Pólo Norte em 1800. Eles sabiam que sua jornada seria de dois a três anos,
ainda que cada navio à vela possuía apenas uma fonte de reserva de 12 dias de
carvão. Em vez de trazer mais carvão, cada navio abriu espaço para uma
biblioteca de 1.200 volumes, um realejo tocando cinqüenta músicas, um lugarcom configurações da China para os oficiais e homens, taças de vinho, e
talheres de prata esterlina. Não levaram nenhuma roupa especial para o Ártico,
exceto os uniformes da Marinha da Rainha. Quando os esquimós depararam
com seus restos mortais congelados, os homens estavam todos vestidos puxando
um bote cheio de prata e chocolate.
Senti igualmente tolo. Eu possuía muita formação teológica e prática. Tive
experiência como plantador de igrejas urbanas, como pastor de uma igreja em
crescimento e uma variedade de experiências inter-culturais no exterior. Mas eu
não tinha o carvão! Não sabia como ouvir de tal forma a ser capaz de sentir o
que a outra pessoa estava sentindo. Muitas vezes ouvi apenas parte do que foi
dito enquadrando a minha resposta, em vez de entrar em seu mundo. Como
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muitos outros, eu estava muito ocupado, caindo em contradição, corrigindo,
julgar, ou refutando a realmente entender o que as outras pessoas estavam
sentindo, especialmente se eu estivesse com pressa ou sob estresse.
Faça este pequeno teste. Circule todas as declarações que você pode
afirmar.
1. Faço um grande esforço para entrar na experiência de vida de outras
pessoas.
2. Não pretendo saber o que a outra pessoa está tentando me comunicar.
3. Meus amigos diriam que eu ouço mais do que falo.
4. Quando as pessoas estão com raiva de mim, sou capaz de ouvir o seu
lado, sem ficar chateado.
5. As pessoas compartilham livremente comigo, porque sabem que ouço
bem.
6. Eu escuto, não só o que as pessoas dizem, mas também os seus sinais
não-verbais, linguagem corporal, tom de voz, e similares.
7. Dou às pessoas a minha atenção quando estão falando comigo.
8. Sou capaz de refletir e validar os sentimentos de outra pessoa com
empatia.
9. Sou ciente dos meus principais mecanismos de defesa quando estou sob
stress, tais como apaziguar, culpar, resolver problemas prematuramente,
ou me torno distraído.10. Sou ciente de como a família em que fui criado tem influenciado meu
estilo de escuta no presente.
11. Peço esclarecimentos quando não entendo algo que outra pessoa está
dizendo ao invés de tentar preencher os espaços em branco.
12. Nunca assumo algo, especialmente nego, a menos que seja claramente
indicado pela pessoa que está falando.13. Faço perguntas quando escuta em vez de ler a mente ou fazer suposições.
14. Não interrompo ou dou aberturas para obter o meu ponto de vista quando
outro está falando.
15. Sou ciente de quando estou ouço questões que causam-me a ficar com
raiva, tristeza ou com medo.
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Se você marcou 12 ou mais, você é um excelente ouvinte, 8-11, muito
bom; 5-7, bom, 4 ou menos "você está em apuros." Se você quiser ser realmente
corajoso, depois de marcar-se, pergunte ao seu cônjuge ou amigo mais próximo
para te avaliar você como ouvinte. Você pode ser surpreendido.
Como David Augsburger resumiu muito bem: "Ser ouvido está tão perto
do ser amado que para a pessoa média, eles são quase indistinguíveis."
Aprender a ouvir, Aprender a estar Presente
Os evangelhos estão cheios de relatos de interações de Jesus com os
indivíduos - Mateus, Nathaniel, uma prostituta, Nicodemos, um homem cego,
uma mulher samaritana e muitos outros.
Quando o jovem rico veio até ele, Jesus o olhou e o amou. "Ele escutou.
Ele estava presente, nunca com pressa ou distraído. Ele tomava o tempo para
explorar histórias.
Jesus ouviu, estava presente, nunca com pressa ou distraído.
Quando foi a última vez que alguém lhe disse: "Deixe-me dizer sobre os
cristãos - são ouvintes fantásticos! Eu nunca vi um grupo de pessoas
interessadas em saber sobre meu mundo, curiosos perguntando sobre mim.
Dizem me
As pessoas que entram no mundo de outras pessoas estão disponíveis e
presentes. Um dos meus pensamentos favoritas vem de Henri Nouwen:
Cuidar significa, antes de tudo, estar presente um ao outro. A partir da
experiência que você sabe daqueles que cuidam de você, tornam-se presente
para você. Quando eles ouvem, ouvem você. Quando eles falam, falam comvocê. Sua presença é uma presença de cura, porque o aceita, e o incentiva.
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A Encarnação no Discipulado da Igreja
A primeira e, de longe, a mudança mais importante na New Life
relacionado a este princípio tem sido o de ensinar as pessoas, intencionalmente,
como ouvir.
Como muitas pessoas, eu já tinha ouvido muitos sermões sobre a
necessidade de ouvir e ser tardio para falar (Pv. 17:27-28; Tiago 1:19). Mas
ouvir não vem naturalmente para qualquer um que conheci até agora. Poucos de
nós já tivemos a experiência de ser verdadeiramente ouvido.
Quando comecei a ouvir, realmente ouvia as histórias das pessoas e seus
corações, muitos deles choravam. Elas sentiram-se valorizadas, dignas e
amadas. Inicialmente era difícil não dar conselhos ou reagir, era desconfortável.
Aos poucos, porém, aprendi a não dar conselho até que eu tivesse encarnado em
algum nível.
Começamos a estruturar exercícios específicos de escuta para retiros
casados ou solteiros, fóruns, reuniões de liderança e treinamento de classes
dominicais. Pesquisa mostraram que pessoas ouvem sobre ensino de 48-70.
Estes estão simplesmente acumulando boas ideias que nunca se integraram em
suas vidas.
A seguir estão três exercícios básicos de escuta/ fala que ensinamos.
Escuta reflexiva
Primeiro, ensinamos a escuta reflexiva, na verdade, treinando as pessoas
para garantir sua conformidade com as orientações. O seguinte é uma amostra
da explicação.
Como começar...
Decida quem irá ouvir e quem irá fala primeiro. Ambos terão sua vez de
falar!
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Quando você é o que fala
1. Fale sobre seus próprios pensamentos, seus sentimentos, seus próprios
desejos.
2. Tente ser conciso e focado em sua partilha. Use frases curtas.
3. Corrija o seu parceiro, se você acredita que ele ou ela tenha perdido alguma
coisa.
4. Continue falando até que você sinta que foi entendido.
5. Quando não tiver mais nada a dizer, diga: "Isso é tudo por agora." Então pergunte ao seu parceiro: "Existe algo que você gostaria de dizer?"
Quando você é o ouvinte.
1. Coloque a sua própria lista em espera.
2. Permita que o seu parceiro fale até que ele ou ela complete um pensamento.
3. Comece com a frase: "O que eu ouço você dizer é." Então tente refletir com
precisão ao seu parceiro com palavras de volta. Tente usar suas próprias
palavras. Evite julgar, interpretar e parafrasear.
4. Em seguida, pergunte, está correto? "Se não, volte para o passo 2. Se a
resposta for" Sim, isso é correto ", convide seu parceiro para continuar dizendo,
há mais?" Se o seu parceiro quiser falar mais, volte para o passo 2. Continue
Validação:
Como um segundo exercício, ensinamos uma escuta estruturada chamada
validação. A validação não é necessariamente concordar com a outra pessoa,
mas dizer algo como:
você se vê dessa forma (mesmo que eu não concorde)."
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!*)
Sua perspectiva que faz sentido."
Compreendo."
Mais uma vez, validar dando significado realmente faz entrar no mundo
da pessoa. Requer muita humildade!
Explorar
Explorar, em poucas palavras, é funcionar como um repórter e fazer boas ntender . Como você chegou a
essa conclusão?"
O objetivo é deixar de lado qualquer necessidade de responder, defender
ou corrigir a outra pessoa. Isto é especialmente desafiador quando você se sente
atacado, irritado, com medo ou raiva. Explorar testa sua capacidade de
permanecer na defensiva. Novamente, você não pensa sobre o que irá dizer em
seguida, mas ficará atento ao seu mundo e à realidade.
Por exemplo, imagine uma pessoa que se aproxima de você depois de
liderar uma reunião de grupo pequeno e dizer: "Puxa, Henry, tenho certeza que
não recebi nada desse encontro esta noite." Sua primeira reação provavelmente
será fazer algo, seja verbal ou fisicamente.
Explorar exige que você perguntar calmamente: "Isso é interessante.
Diga-me o que o tornou esta noite infrutífera para você." A maioria dos cristãos,
especialmente aqueles de nós lideramos, falam muito mais do que ouvem. Fazer
uma das técnicas acima de escuta, pode ser extremamente difícil. É por isso que
fornecemos uma terceira pessoa para treinar nos primeiros.
Fora o nosso modelo de encarnação para a liderança, nada tem causado
mais efeito que aplicar estas técnicas para desenvolver o ato da escuta.
2. Viver a Segundo Dinâmica: segurando em si mesmo
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!**
O grande desafio na encarnação, para a maioria de nós, é segurar a nós
mesmos e não nos perder quando entrar no mundo de outra pessoa. Para fazer
isso é necessário ser como Jesus. O apóstolo João registra que, antes de Jesus de
lavar os pés dos discípulos, ele "sabia que o Pai havia colocado todas as coisas
sob seu poder, e que Ele viera de Deus e estava voltando para Deus" (João 133).
Jesus nunca deixou de ser Deus, quando se tornou carne como um de nós.
No New Life , temos pessoas de mais de cinquenta e cinco paísesdiferentes. Quase um terço são afro americanos e indianos. Outro terço
são asiáticos (chineses, coreanos, indonésios, filipinos, etc.) O resto são latino-
americanos, judeus e europeus. Eu sou uma segunda geração ítalo-americanos.
Minhas raízes culturais são de Nápoles, Itália. Enquanto sou chamado para ir ao
mundo de outras pessoas, é necessário que eu afirme, aprecie e prestar atenção à
minha cultura, sentimentos, crenças, história e convicções.
Sem essa capacidade de segurar a si mesmo, não é possível levar as
pessoas a lugares novos. Para ser um discípulo emocionalmente e
espiritualmente maduro de Jesus, a Dinâmica 2 é talvez o mais difícil princípio
de aplicar. É a chave para a resolução de conflitos bíblicos. É a chave para
responder, de forma madura e amorosa, quando outras pessoas empurram e
desafiam seus desejos, valores e metas, dentro ou fora da igreja. É a chave paraservir como um líder, a qualquer título, na igreja de Deus. Sem essa capacidade
não é possível ser um líder, imaginativo e criativo, que rompe o status quo e
leva as pessoas a novos lugares. Ou se torna um camaleão como Leonard Zelig.
Woody Allen, em seu filme Zelig , traça a vida de um ser humano
camaleão chamado Leonard Zelig. Ele se torna uma celebridade na década de
20, devido ao seu singular poder e sua capacidade de olhar e agir como quem
está ao seu redor - negros, indianos, obesos, chineses, escocêses. Este camaleão
humano não tem nenhuma identidade. Se torna quem ele está ao redor. Ele
brinca com o boxeador Jack Dempsey. Está com Hitler na plataforma do orador
em Nuremberg.
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#++
Zelig assume qualquer personalidade forte que ele se encontra. Com os
chineses, ele é direto da China. Com rabinos, milagrosamente cresce uma barba
e cachos laterais. Com psiquiatras, ele repete seu jargão e acaricia o queixo
como se fosse um homem sábio. No Vaticano, faz parte de auxiliares de
escritório do Papa Pio XI. Como um camaleão, muda de cor de acordo
com o mundo à sua volta muda. Onde quer que esteja, simplesmente está de
acordo. Ele só quer estar seguro, para se ajustar, para ser aceito, de ser amado.
A seguir estão algumas histórias que ajudam a ilustrar esta dinâmica.
Donna e Allison
Duas mulheres em nossa igreja que eram amigas, haviam reconhecido
uma tensão em seu relacionamento. Donna ficou chateada com Allison. Sempre
que ela pedia a Allison para fazer alguma coisa, ela sempre "parecia" ficar pra
baixo. Mas quando Allison sugeria uma atividade, Donna estava sempre
disposta e disponível. Por fim, irritado, frustrado e com raiva, Donna confrontouAllison.
Allison, entretanto, havia aprendendo a "segurar em si mesma." No
passado, ela teria ido sempre com Donna por causa da culpa. Se sentiria como
uma pessoa "má" se dissesse não. Agora ela estava se respeitando o suficiente
para perceber que tinha a escolha de dizer sim ou não. Ela reconheceu que era
introvertida e não poderia estar com as pessoas nem com Donna, que era muitoextrovertida.
O que então ela fez? Primeiro, ela ouviu empaticamente a decepção de
Donna, bem como sua tristeza e raiva, sem reagir ou se defender. Depois que
Donna se sentiu ouvida, Allison, segurando-se a si mesma, honrou seus
sentimentos e desejos, dizendo: "Allison, eu aprecio muito você como amiga.
Gosto de passar tempo com você. Eu só preciso da liberdade de dizer não".
Vamos dizer que Donna não respondeu favoravelmente. Se Allison, em
seguida, perde a si mesmo e começa a sair com Donna todo o tempo,
provavelmente ficará ressentida e a relação pode acabar. Amando a si mesma e
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#+!
Donna sendo bem exigente, Allison tem o duro trabalho de segurar em si
mesma.
Wilson e Jack
Wilson era um líder de grupo pequeno muito difícil de se discordar. Jack
estava freqüentando o pequeno grupo de Wilson no ano passado, mas estava
pronto para uma mudança. Ele queria participar da equipe de louvor na igreja
para fazer amizades. Depois do pequeno grupo, em uma noite de quinta-feira,Jack compartilhou seus planos com Wilson (com um pouco de medo e
trepidação, devo acrescentar). A resposta de Wilson foi clara: "Se você deixar
este pequeno grupo, estará fora da vontade de Deus." Para Wilson era uma
questão bíblica da incapacidade de Jack manter relações estreitas na igreja.
Nem preciso dizer que esta era uma situação difícil para Jack. O que
significaria para ele seguir Jesus e modelo de encarnação? Em cenários mais
semelhantes, ele poderia desejar desaparecer do pequeno grupo ou da igreja
para evitar a dor, ou pelo menos afasta-se de qualquer relacionamento com
Wilson.
Jack, felizmente, estava aprendendo sobre a encarnação. Então, primeiro,
ouviu coração de Wilson e temeu por sua segurança e desenvolvimento
espiritual. Foi difícil para Jack já que ele não concordava com algumas das
conclusões e avaliações de Wilson. Ele ouviu, explorando e respeitosamente,
não reagiu. Em segundo lugar, ele se agarrou a ele mesmo, respeitando seus
legítimos interesses e desejos. Agradeceu a Wilson por tudo o que tinha
aprendido no grupo e por seu relacionamento. Considerou seriamente tudo o
que Wilson disse. Jack, então, compartilhou que continuaria a visitar o pequeno
grupo, porém ocasionalmente. Mais uma vez, Wilson estava era feliz, mas
escolheu respeitar Jack e sua decisão.
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#+#
Ron e Frank
Um amigo meu do Harlem, uma comunidade de Manhattan formada
principalmente de afro americanos, se tornou cristão alguns anos atrás. Uma
noite, eu estava tentando explicar lhe como os anglos e os asiáticos podem
facilmente ser indiferentes ao racismo e a questões de injustiça. Ele respondeu:
"Pete, isso é impossível. Vamos supor que um cristão coreano vindo de
Manhattan por engano entra no metrô errado e acaba no Harlem. Ele sobe as
escadas e percebe onde está. Por medo pula de volta para o primeiro trem
disponível pra sair de lá. Você está me dizendo que ele não estará sob profundaconvicção?" Respondi delicadamente: "Não, Rony, provavelmente estará
agradecendo a Deus por protegê-lo." Chateado, disse: "É impossível para Cristo
estar nele e não ser ofendido pelos pecados do racismo, opressão e pobreza!"
Um estagiário coreano de nossa igreja estava na sala no momento, com a cabeça
baixa. Eu sorri.
A fé de Ron era sincera. Seu mundo era Harlem. Ele conheceu apenas
poucas igrejas fora da New Life Fellowship . Eu não podia ajudar, mas prossigo.
"Ron", acrescentei, "Esse cristão irá se formar, provavelmente se mudar para
um subúrbio, ganhar $ 150.000 por ano, ser um líder em sua igreja, e
provavelmente nunca mais pensar nesses problemas novamente. "Ron ficou
horrorizado.Não será fácil para esse estagiário coreano entrar no mundo de Ron
e ouvir a sua história, suas dores, seus desapontamentos, suas experiências deser afro-americano, e seus sentimentos em relação aos asiáticos em geral. Esse é
o primeiro componente essencial para ele amar seu irmão em Cristo. Em
segundo lugar, ele terá que segurar nele mesmo. A história de sua família e sua
própria viagem com pessoas de diferentes raças e culturas é só dele. Se ele não
fizer isso, o relacionamento irá provavelmente permanecer distante, e a divisão
cultural racial e social entre os dois permanecerá.
Até este momento, Ron, havia vivido toda asua vida no Harlem, lutando a
vida inteira para construir uma organização para servir a juventude. Também
vai precisar para entrar no mundo de um jovem coreano de 22 anos altamente
qualificados coreano. Um mundo tão diferente do seu. Para tanto, será
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#+$
necessária uma morte dolorosa (Lc 923), custando-lhe tempo, energia e uma
ruptura de seu mundo.
Não deveríamos ter uma reunião de oração como...
"Pastor", ela começou inflexível, precisamos de uma forte a reunião de
oração na terça-feira à noite. Deus se move através das oração. Visitei
recentemente uma igreja que construiu todo o seu ministério naquela reunião de
oração. Você deve criar um ministério de oração em primeiro lugar e, emseguida, fazer os pequenos grupos. "
Imediatamente me senti acuado. Seu tom de voz parecia mais uma
cobrança do que uma sugestão. Eu costumava me sentir culpado, ficar na
defensiva, e com raiva quando as pessoas vinham até mim com idéias
radicalmente diferentes de outras igreja. Que poderia eu dizer? Quem não
acredita na necessidade da oração?
A realidade, a visão que Deus me deu desde o início da New Life se
baseia num forte sistema de pequenos grupos espalhados por toda Nova York.
Nós tivemos uma reunião de oração semanal menor que era centralizado, talvez
com a frequencia entre 40 a 60 pessoas, mas não com toda a igreja. Mais o que
estava acontecendo em contextos menores e menos extravagantes. Como posso
segurar-me com esta mulher chegando de forma tão dura comigo? Volto atrás e
me pergunto: "Deus, por quê o Senhor me pediu pra ser um pastor? Como devo
liderar a igreja? Como me sinto com esta conversa? O que o Senhor poderia
estaria tentando me ensinar? Como posso afirmar em seu coração para orar mais
e, ao mesmo tempo, confrontá-la amorosamente sobre sua exigência à mim? "
3. Viver a terceira dinâmica: Pendurado entre dois Mundos
Meu discipulado mais eficaz é ser uma presença encarnada para outra
pessoa. Foi o que Jesus fez. Creio, que deva ser para todos seus seguidores
também.
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#+%
Jesus, durante sua encarnação na Terra, era completamente Deus, em
perfeita comunhão com o Pai. Também era completamente humano, sentindo o
sofrimento e morte. Ele foi pendurado entre dois mundos: o céu e a terra. A vida
teria sido muito mais simples para Jesus se ele tivesse ficado no Céu com o Pai.
Este mundo não era seguro pra Jesus. Mas entrando em nosso mundo, ele
convidou a tristeza e a dor à sua vida. Foi mal interpretado e não aceito. Morreu
nu em uma morte solitária na cruz, pendurado, literalmente, entre o céu e a
terra. Estava confuso.
Jesus disse: "Um aluno não é o seu mestre, nem o servo acima do seusenhor" (Mt 10:24). Você e eu não morremos, literalmente, em uma cruz, como
Jesus fez, mas vamos morrer de outras maneiras quando encarnarnamos. Custa
tempo, energia, às vezes dinheiro e, quase sempre, uma ruptura com o nosso
mundo livre de riscos. A longo prazo, no entanto, resulta em menos trabalho,
pois é mais sobre ser do que fazer.
Quando escolhemos encarnar, ficamos pendurados entre o nosso próprio
mundo e o mundo de outra pessoa.
Quando escolhemos encarnar, ficamos pendurados entre o nosso próprio
mundo e o mundo de outra pessoa. Somos chamados a permanecermos fiéis ao
que somos, não perdendo nossa essência, enquanto que ao mesmo tempo, entrar
no mundo do outro. Podemos ter a certeza, porém, que como a encarnação e a
morte de Jesus trouxe nos trouxe vida, a nossa escolha em fazer o mesmo
também resultará em ressurreição de vida e muitos frutos em nós e nos outros.
Dead Man Walking
Permita-me usar como ilustração o filme de 1995, Dead Man Walking . A
Irmã Helen Prejean era uma freira que morava e trabalhava em projetos de
habitação de St. Thomas, Nova Orleans. Helen recebeu um convite para ser
conselheira espiritual de um homem que estava no corredor da morte. O homem
condenado, Matthew Poncelet, junto com seu amigo, se encontraram com dois
belos adolescentes, numa sexta à noite. Loretta foi estuprada. Tanto David e
Loretta foram encontrados no campo com um tiro nas costas e na cabeça.
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#+&
A Irmã Helen se pergunta se suas reivindicações de inocência poderiam
ser verdadeiras. Matthew afirma que foi seu parceiro que realmente teria
cometido o estupro e os assassinatos. Ele não estava olhando para a Irmã Helen
como sua conselheira espiritual inicialmente, mas queria que ela trabalhasse a
seu favor a fim de tirá-lo do corredor da morte.
Helen entra em seu mundo e não acha nada de bom. Matthew não é uma
pessoa adorável. Ele é racista e usa o mundo "n" e fala do bom trabalho que
Hitler começou. Se refere às mulheres como "putas" e diz que queria explodir
os prédios do governo. Matthew diz a Irmã Helen que ela estava perdendo pornão ser casada e ter relações sexuais. Não evocava nenhuma simpatia. No
entanto, a Irmã Helen segura a si mesma e à suas convicções. Ela o convida
para ficar bem Deus, confessando seus pecados. Tenta convencê-lo a assumir a
responsabilidade pelo que fez. O progresso é lento, muito lento.
Ao mesmo tempo, Helen inicia uma relação com as famílias de luto.
Entra em seu mundo de perda e dor incomensurável. Os pais das crianças
mortas estão indignados, e as pressões contra a Irmã Helen recuam seu
envolvimento com Matthew. Desenham uma linha na areia. "Você não pode
fazer amizade com esse assassino e esperar ser nossa amigo também", diz o pai
de um dos jovens, pedindo para que a Irmã Helen deixar sua casa. Se você
realmente se preocupam com esta família, irá querer ver a justiça ser feita. "
Os Jornais publicaram sobre o racismo de Matthew, bem como seus
pontos de vista pró-nazistas e, em seguida, mencionaram a Irmã Helen. Seus
colegas de trabalho também se queixam de que ela está negligenciando o seu
trabalho nos projetos de St. Thomas. "Você se preocupam mais com ele do que
as suas aulas", diz um deles.
Ela paira entre o céu e a terra no trabalho bruto da encarnação. Está pendurada entre o seu mundo, o mundo do assassino condenado, o mundo dos
pais de dos adolescentes assassinados e o mundo de seus colegas de trabalho.
Quando o pai da vítima do garoto pede à Irmã Helen que ela tenha a fé para
fazer o que ela faz, ela responde: 'Isso
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#+'
Ela não desiste. Com o tempo, Matthew começa baixar suas defesas e
revela vulnerabilidade. Finalmente, às 11:38 p.m, poucos minutos antes de sua
execução à meia-noite, ela lhe pergunta: "Você confirma a responsabilidade das
mortes?" Chorando, ele admite sua culpa pela primeira vez. Poucos minutos
depois, ele diz: "Obrigado por me amar. Eu nunca tive ninguém que me amasse
de verdade antes."
A Irmã Helen recorda sua caminhada juntos para sua execução. "Esse
passeio foi a primeira que eu o toquei. Olhei para baixo e viu suas correntes se
arrastando pelo azulejo brilhante. Sua cabeça estava raspada e estava vestidocom uma camisa branca limpa. Quando chegaram na câmara de execução,
inclinei-me e beijei suas costas. "Matthew, ore por mim."
"Irmã Helen, orarei."
Quando ele é amarrado à cadeira para ser injetado com soluções letais, ela
diz a ele para olhar para o seu rosto. "Dessa forma, a última coisa que você iráver antes de morrer será o rosto de alguém que te ama." Ele o faz e morre no
amor ao invés de amargura.
O Fruto de escolher a Encarnação
Desde os grandes teólogos da história da igreja, nós aprendemos que a
encarnação é um mistério. Apreendemos apenas a ponta menor de sua
imensidão e significado.
As vezes me sento, fecho os olhos e reflito sobre a experiência de
perguntar às pessoas: ser você? Andar na sua pele? Eu estou ciente da
verdade que quando saímos de nós mesmos e vivemos brevemente o mundo de
outra pessoa, nunca mais voltamos para nossas próprias vidas sendo a mesma pessoa. Deus nos transforma à imagem de seu Filho através do processo.
Aprendemos a morrer para as partes feias de nós mesmos. Nossos pés são
mantidos no chão. Encarnar é a prioridade da Igreja que define o sucesso.
Através desta, cura e transformação ocorrem na vida das pessoas inexplicável
(Mc 4:26-29). Deus produz muitos frutos, tanto em nós e como em nossas
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#+(
igrejas, assim como Jesus prometeu, que iríamos colher muito mais do que
sabemos.
Definir a Prioridade de Amar Bem
Encarnar é a prioridade da Igreja que define o sucesso. Já não é
simplesmente "consertar" as pessoas, ou organizar o mundo em algo que
glorifica a Deus. Trata-se de amar bem.
O sinal do Espírito no trabalho é o amor sobrenatural, não são os dons ou
resultados bem sucedidos.
Jonathan Edwards (1703-1758), um dos mais conhecidos teólogos e
pregadores da América, uma fez uma série de sermões poderosos sobre o
capítulo do amor da Bíblia (I Coríntios. 13). Ele começa por recordar-nos o que
Paulo diz que é possível operar no poder do Espírito através de milagres e dons
espirituais e não ser um cristão (1 Coríntios. 13:1-3). Diz que você pode
construir um ministério para Deus, fazer milagres através da fé, sacrificar tudo o
que você tem, usar os dons espirituais, e não ser um seguidor real de Jesus
Cristo. Nos lembra que Paulo chama essas ações de "nada" (1 Cor. 13:2-3).
Considere Judas, Balaão, Saul e as palavras de Jesus no Sermão do Monte
em Mateus 7:21-23. Além disso, o nível de poder e a utilização de dons através
da vida de um cristão tem pouco a ver com a maturidade espiritual. Paulo
também fala que você pode usar os dons e ainda ser muito um bebê espiritual.
Isto é especialmente claro em I Coríntios 3.
O sinal do Espírito é o amor sobrenatural. Este amor requer uma obra
sobrenatural da graça de Deus em nosso coração. No Céu, diz Edwards em seu
sermão final sobre I Coríntios 13, o amor é a única constante que permanecerá
para sempre. No céu todos nós amaremos um ao outro perfeitamente,totalmente, sem quaisquer limites. Quando vivemos nesse amor radical
(definido em 1 Coríntios. 3:4-7), estamos vivendo no autêntico reino de Deus.
Isso não pode ser falsificado por qualquer diabo ou por nossos esforços
humanos. É verdadeiramente celestial. Edwards dá uma das mais belas
descrições do Céu:
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#+)
O Céu [é] um mundo de amor, pois Deus é a fonte do amor, como o
sol é a fonte de luz. E, portanto, a gloriosa presença de Deus no céu enche
o céu com amor, como o sol, colocado que ilumina o dia, enche o mundo
com a luz. O apóstolo nos diz que "Deus é amor" e, por isso, vendo que
Ele é um ser infinito, uma fonte infinita de amor ....a Divindade torna-se,
por assim dizer, uma emoção infinita e imutável do amor proveniente tanto
o Pai como do Filho .... E há esta fonte gloriosa eterna, sim, em rios de
amor e prazer, e esses rios enchem a um oceano de amor, no qual as almas
dos resgatados podem banhar-se com o doce prazer, e seus corações ser
inundados com o amor!
Eu não quero esperar até irmos para o Céu para ver uma igreja
emocionalmente saudável, equilibrada e maduro. Nós não precisamos. Deus
deseja, creio eu, que iniciemos uma revolução copernicana em nosso
discipulado no século XXI, tanto nos Estados Unidos como em todo o mundo. É
um compromisso, não só para ver o crescimento numérico, mas o maisimportante, uma mudança de qualidade no tipo de discípulos que estamos
formando. É uma mudança de paradigma do perfeito, do poderoso, e do
grande o pequeno.
Quero desafiá-lo a aplicar os seis princípios de igrejas saudáveis
emocionalmente primeiro a si mesmo e depois para o resto da congregação.
1. Olhe abaixo do iceberg.
2. Quebrar o poder do passado.
3. Viver em quebrantamento e vulnerabilidade.
4. Receber o dom de limites.
5. Abrace luto e a perda.
6. Faça sua da encarnação um modelo para amar bem.
É o caminho para experimentar mais do Céu na terra. A viagem começa
agora gradual e poderosamente ondulando através de você e, em seguida,
através de sua igreja para o mundo ferido ao nosso redor.
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45"6789) ''("$KL.:,0 2#00,0 2#$# #I,;# M$,F%&.$# -, /.01.23+#-,
De certo modo somos todos lagostas. Para crescer, as lagostas têm de se
livrar de sua casca dura e protetora, crescendo uma nova e maior. Este processo
de troca da velha casca é chamado de muda . Fazem isso cerca de vinte e cinco
vezes nos primeiros cinco anos de vida e uma vez por ano depois de se tornarem
adultos.
É um processo feio, bagunçado. Em seguida, a lagosta fica ao lado,
flexiona seus músculos, e se puxa da casca rachado. Por um curto período de
tempo entre a saída da velha casca e o endurecimento de uma nova - a lagosta
está nua, sentindo-se muito vulnerável às intempéries.
Nosso crescimento em semelhança à Cristo exige nos livrar de nossas
velhas duras cascas de proteção e permitir que Deus nos leve a um novo lugar.
Obviamente, a leitura de um livro como este não assegura que uma pessoa ouuma igreja irá fazê-lo. Exige um compromisso para fazer o trabalho duro e um
dia de cada vez.
Ansiamos que todos em nossas igrejas cresçam com maturidade em
Cristo, e isto inclui a saúde emocional. Infelizmente, nem todos na Igreja New
Life Fellowship foram escolhidos para ir muito abaixo da superfície. É arriscado
e assustador. A pregação define um contexto e um ambiente de segurança e degraça para capacitar as pessoas a ir mais longe, mas não é suficiente. Se você
puder trabalhar em si mesmo, e como interage com os outros, a igreja irá
mudar. Em suma, se você fizer o duro trabalho de permitir que Deus te mude,
todo o sistema irá mudar.
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#!!
O que é preciso para começar a jornada para a maturidade emocional?
A Mentoração é o ponto de partida. É de vital importância que você
comece com uma pessoa ou grupo de pessoas que pode começar a ajudá-lo a
crescer em algumas das áreas mencionadas neste livro. Por exemplo, você pode
perceber que um determinado líder ou pastor, talvez de fora da sua própria
congregação, é muito gracioso e compassivo. Eles encarnam a um grau
surpreendente. São auto-conscientes, despertos para a realidade, alegres,
simples e possuem experiências de todas as dimensões da vida. Peça pra esta
pessoa se podem se encontrar uma vez por mês.
Tenho um grupo de mentoriação onde nos reunimos para crescermos
juntos. Infelizmente, há igrejas e lideranças que não têm interesse em explorar
este componente do discipulado. Nesse caso, você pode se encontrar com um
conselheiro cristão para analisar as questões relevantes de sua vida.
Creio, no entanto, que a intenção de Deus é que a igreja seja madura,com mães e pais na fé que sejam capazes de mentoriar e as pessoas à crescerem
em tudo na vida, espiritualmente, fisicamente, emocionalmente, e socialmente.
Paciência
Quando você começa a guiar sua igreja neste processo de tornar-se
emocionalmente saudável, lembre-se que se leva anos. Mentoriação leva tempo.
Além disso, eles precisam de uma grande infusão do poder de Deus para viver
isso. Lembre-se que este é um processo lento, não uma solução rápida.
Conheça os seus limites. Mentoriar outros é difícil. Eu olho pra três
qualidades: Fidelidade, Disponibilidade, e Receptividade ao ensino. Também
preciso me lembrar que sou apenas uma parte do desenvolvimento dessa pessoaem Cristo, e apenas por período de tempo. Deus terá que trazer outros no corpo
de Cristo em suas vidas em diferentes fases, para atingir a plena maturidade em
Cristo.
Oração
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#!#
Lembre-se também o poder da oração e da importância do Espírito Santo.
O Novo Testamento está cheio de exemplos, como Jesus e Paulo que oravam
pela igreja e pelas pessoas que discipularam. É errado pensar que podemos
levar as pessoas através de todo o material e esperarmos que será suficiente.
Ore e recrute outras pessoas para orar para que sua liderança e igreja
cresçam em maturidade emocional. A escolha agora é sua. Jesus perguntou ao
paralítico em João 5:6, "Você quer ser curado?" Ele faz a mesma pergunta a
cada um de nós. Isso significará grandes mudanças em nossas vidas. Forme um
grupo e começar a fazer o trabalho pessoal. Peça a Deus para expandir suacompreensão Dele, de Sua sua Palavra, e a parte que Ele teria que desempenhar
na construção de uma igreja emocionalmente saudável para a glória de Jesus
Cristo.
E lembre-se, a mudança começa com você!
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