PPGCOM ESPM // SÃO PAULO // COMUNICON 2015 (5 a 7 de outubro 2015)
A formatação de projetos sociais para crowdfunding1
Eduardo Manente Batista2
PPGCOM-ESPM
Resumo
Este artigo propõe a observação dos projetos sociais em plataformas de crowdfunding como
um modo do novo espírito do capitalismo (BOLTANSKI; CHIAPELLO, 2009) incorporar os
problemas sociais em sua retórica. Seus idealizadores, os empreendedores sociais, buscam
resolver os problemas da sociedade através das lógicas de mercado. O financiamento coletivo,
por exemplo, exige dos projetos sociais uma adequação, uma maneira de ser persuasivo e
incorporar a estética da mercadoria (HAUG, 1997) para atrair colaboradores. Por isso, essa
pesquisa investiga a adequação destes projetos, utilizando a análise crítica do discurso de
Fairclough (2001), que considera o discurso em sua tridimensionalidade: texto, prática
discursiva e prática social.
Palavras-chave: crowdfunding; empreendedorismo social; mercadoria; capitalismo.
1. Introdução
As redes virtuais vêm ganhando força na viabilização de projetos artísticos,
comerciais, de startups e até de causas sociais. A participação do consumidor neste
cenário, considerado como uma “cultura participativa” (JENKINS 2009), consiste na
resolução de problemas públicos e sociais de forma alternativa. Dentre as práticas que
vem ganhando espaço neste cenário estão as plataformas de financiamento coletivo –
mais conhecidas como “crowdfunding”.
Essa forma de financiamento é marcada cada vez mais pela presença de projetos
sociais. Seus idealizadores compõem o campo dos empreendedores cujos objetivos não
1 Trabalho apresentado no Grupo de Trabalho COMUNICAÇÃO E CONSUMO: cultura empreendedora
e espaço biográfico, do 5º Encontro de GTs - Comunicon, realizado nos dias 5, 6 e 7 de outubro de 2015. 2 Mestrando no Programa de Pós-Graduação de Comunicação e Práticas de Consumo da ESPM.
E-mail: [email protected]
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são lucrativos. Autodenominados como “empreendedores sociais”, estes agentes
buscam o bem comum através de uma lógica de mercado, sendo pautados pelo novo
espírito do capitalismo (BOLTANSKI; CHIAPELLO, 2009).
A forma mercadoria é fundamental para a atuação destes projetos em
crowdfunding. Neste contexto o consumo não se limita apenas na adesão financeira ao
projeto, mas também na adesão simbólica de sua causa. Tratando de um mercado
discursivo (FAIRCLOUGH, 2001), o consumo destes discursos antecede a
contribuição financeira. Por isso a forma mercadoria passa a ser fundamental na
formatação dos projetos sociais para conseguir prospectar consumidores-investidores.
Como metodologia para esta pesquisa, nos baseamos na análise crítica do
discurso de Fairclough (2001). Esta forma de análise inclui não somente os textos
discursivos, mas também o contexto histórico, sociocultural e político. Trata-se do
discurso em sua multidimensionalidade (idem), uma vez que ele possui uma relação
dialética com a prática social: o discurso tanto é socialmente constitutivo, como
também coopera para moldar as relações sociais. Com essa metodologia, podemos
compreender como o capitalismo se apropria das questões sociais.
2. Crowdfunding, empreendedorismo e causas sociais
O crowdfunding se aproxima, de certa maneira, das “vaquinhas” entre amigos.
Ao contrário de um financiamento tradicional, marcado por quantias relativamente
altas; o financiamento coletivo reúne um grande grupo de pessoas que contribuem com
quantias relativamente baixas. Esta forma de financiamento possibilita a viabilização
de projetos que não correspondem diretamente aos interesses lucrativos de instituições
privadas. Através de grandes e pequenos projetos, o financiamento coletivo já
movimentou mais de 65 bilhões de dólares e gerou pelo menos 270.000 empregos. A
popularidade do crowdfunding ocorre em função de sua capacidade em explorar as
redes, modelo que contextualiza todo fluxo de capital de informação na sociedade atual.
(CASTELLS, 2009)
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O crowdfunding reúne projetos apresentados em forma de um breve vídeo que
procuram convencer o público sobre seu financiamento. Na página inicial, geralmente
é mostrado uma prévia do projeto e a porcentagem já doada em relação à meta (Figura
1 e 2). Também é possível entrar na página específica de cada projeto, onde haverá
maiores informações: seu cronograma, sua história, suas recompensas.
Figura 1 – Página inicial do Catarse Figura 2 – Detalhe para o projeto
As plataformas de crowdfunding se baseiam em três elementos: 1) os
produtores, que apresentam o projeto buscando o financiamento; 2) os consumidores-
investidores, que financiam o projeto; 3) a própria plataforma, responsável pelo
funcionamento e mediação entre as duas partes.
Outro fator que caracteriza este financiamento é que, em sua grande maioria,
operam sob a lógica do “tudo ou nada”: caso o projeto não atinja a meta dentro do prazo
estipulado, o dinheiro angariado volta para os colaboradores. Por consequência, os
projetos buscam se formatar para persuadir e atrair consumidores-investidores: vídeos,
campanhas em redes sociais, logotipos, entre outras peças comunicacionais.
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Juntamente com a popularidade destas plataformas, também notamos a difusão
de uma cultura empreendedora na sociedade, tornando-se a nova aura do capitalismo
contemporâneo (BOLTANSKI; CHIAPELLO, 2009). O empreendedor, além de ser o
modelo das novas gerações de trabalhadores, também passa a tomar a frente de questões
comunitárias, ambientais, sociais, etc. Denominados como “empreendedores sociais”,
esses agentes combinam a paixão do ativismo social com as características do mundo
dos negócios (DEES, 2001). Eles utilizam suas competências para viabilização de seus
projetos, através de uma "alta performance" (EHRENBERG, 2010). O crowdfunding
tem mostrado uma forte relação com o empreendedorismo social. Ambos envolvem a
capacidade de tornar o capital social lucrativo para a viabilização de projetos. A
presença de projetos sociais nessas plataformas tem sido maior até do que outros
segmentos (MASSOLUTION, 2013), conforme a imagem ilustra abaixo:
Figura 3 – Gráfico ilustrando como os projetos financiados em crowdfunding são, em sua
maioria, para causas sociais.
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3. O empreendedorismo social como o novo espírito do capitalismo
O “espírito do capitalismo”, termo inaugurado por Weber (2007), se trata do
conjunto de crenças e valores que engajam os sujeitos no capitalismo. Este olhar nos
esclarece a relação do empreendedor social com a lógica capitalista. O mesmo
engajamento de um sujeito na busca de lucro também incorpora na busca do bem
comum. Na perspectiva de Weber, o principal impulsionador do capitalismo é o
comportamento que legitima o alto empenho no trabalho. Segundo o autor, este
comportamento começou com o rompimento com o tradicionalismo católico. O ethos
do antigo catolicismo, onde a recompensa pela privação dos prazeres estaria no além-
vida, migrou para a vida secular. O trabalho árduo então passou a significar não uma
ganância e avareza, mas uma virtude do cristão, um resultado de sua “missão na terra”.
Na perspectiva de Boltanski e Chiapello (2009), podemos atualizar o espírito do
capitalismo que nos levam a identificá-lo no empreendedor social. Sendo um sistema
extremamente adaptável, o capitalismo foi capaz de atualizar suas formas de
legitimação. Em perspectiva histórica, Boltanski e Chiapello identificam três estágios
do espírito do capitalismo. O primeiro encontra-se no burguês do século XIX, onde a
precariedade do trabalho era justificada na crença no progresso e no avanço
tecnológico. O segundo espírito do capitalismo estava no mundo corporativo do século
XX, cujo engajamento era construído na promessa de estabilidade financeira em longo
prazo. Neste período, as grandes corporações representavam a garantia de segurança e
estabilidade em uma sociedade pós-Segunda Guerra Mundial. Já o terceiro e atual
espírito do capitalismo é identificado na cultura empreendedora. Trata-se do
empreendedor, aquele que é dono de si mesmo, que possui as competências sociais e
mobilidade na rede para tornar seus projetos viáveis e lucrativos.
Segundo Casaqui (2015), o empreendedor social se insere dentro deste novo
paradigma do capitalismo. Ele utiliza sua mobilidade nas redes para estabelecer
parcerias, torná-las produtivas e promover seus projetos. Esta é a virtude do espírito do
capitalismo, que “garante o engajamento dos trabalhadores sem recorrer à força, mas
dando sentido ao trabalho de cada um” (BOLTANSKI e CHIAPELLO, 2009, p. 104-
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5). Assim, a nova retórica do capitalismo engloba a busca por ações sociais, se
posicionando como possível solução para “mudar o mundo”.
4. A mercadorização dos projetos sociais em crowdfunding
As causas que propõem a resolução de problemas sociais, também precisam
corresponder às práticas de mercado para se tornarem economicamente “sustentáveis”.
Para tanto, são lançados via crowdfunding e são formatados para serem persuasivos:
produzem logotipos, video pitches3, recompensas, entre outros recursos para atrair
contribuintes para sua causa (fig. 4, 5, 6 e 7). Trata-se da estética de uma mercadoria,
que “lança olhares amorosos” aos consumidores para convencê-los da satisfação de seu
desejo (HAUG, 1997, p. 30).
Segundo Marx (1996) a mercadoria só pode ser considerada enquanto tal se for
constituída por um duplo caráter, isto é, suas duas formas de valores: o valor de uso e
o valor de troca. Podemos considerar o valor de uso como a própria utilidade de um
objeto. Já o valor de troca consiste na comparação do valor de uso de um objeto em
relação a outro – um valor abstrato. Os projetos sociais, em sua grande maioria, não
conseguem patrocínios apenas por seu valor de uso. Por isso, constroem
discursivamente uma estética que permite também um valor de troca. Eles passam a ter
uma contrapartida para seus investidores, buscam uma visibilidade midiática, etc.
Na perspectiva de Haug (1997), podemos atualizar a teoria de Marx. Para o
autor, na “perspectiva do valor de troca, o valor de uso é apenas uma isca” (HAUG,
1997, p. 25). O valor de uso é subjetivo e está relacionado com a necessidade de cada
indivíduo. O valor comum entre todos é o terceiro elemento: o valor financeiro. Este é
o objetivo de qualquer mercadoria no ponto de vista capitalista. A estética da
mercadoria trata-se da manifestação do valor de uso de forma “sensualizada”,
exagerada e estimulante, para então chegar-se ao valor de troca.
3 Video pitches são denominações para o ato de apresentar uma ideia em formato audiovisual, de maneira breve, objetiva e persuasiva. Trata-se de uma variação de sale pitch.
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Podemos citar como exemplo, o projeto social “Eu não vivo sem4”, que consiste
no envio de filtros de águas alternativos utilizados no Amazonas para Moçambique. A
inserção em crowdfunding foi apenas para patrocinar a viagem de pesquisa de campo,
que possibilitaria estudos sobre a implementação dos filtros. Mas este projeto
exemplifica as lógicas da formatação para o financiamento coletivo. O projeto contou
com vídeo, logotipo, peças promocionais e recompensas, produzidos para dar crédito
ao projeto e persuadir ao investimento, conforme podemos ver nas figuras 4, 5 e 6.
4 Disponível em: < https://www.catarse.me/pt/eunaovivosem1?ref=explore >. Acesso em: 28 jul. 2015.
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Figuras 4, 5 e 6 – Partes da apresentação do projeto social “Eu não vivo sem” na plataforma de
crowdfunding Catarse5. O projeto conta com uma adequação gráfica para ser atraente.
Talvez o ponto mais interessante nesta campanha é o sistema de recompensas,
que ocupa uma parte relativamente grande do financiamento. O empreendedor social,
ao propor o projeto, deve considerar elementos que compõe o universo do
financiamento coletivo: a taxa de comissão da plataforma, a logística das recompensas,
etc. Mesmo sendo recompensas simbólicas, elas devem existir para corresponderem às
expectativas do público em relação a plataforma.
Figura 7 – Recompensas apresentadas pelo projeto.
5 Disponível em: < https://www.catarse.me/pt/eunaovivosem1?ref=explore >. Acesso em: 28 jul. 2015.
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A hierarquização das recompensas nos revela a racionalidade comercial dos
projetos sociais. Existe uma objetividade no contrato social estabelecido, de “quem dá
mais leva mais”. Os brindes propostos, por mais simples que sejam, possuem uma
função de marcação de significados. A materialidade dos objetos transforma-se em um
ritual (DOUGLAS; ISHERWOOD, 2004) para significar a relação dos valores doados.
Ou seja, a adesão financeira à causa também consiste na demarcação de significados.
Essas recompensas, mesmo simbólicas, representam uma espécie de “responsabilidade
social” e “cidadania”, estabelecidas pelo consumo.
É curioso notar o orçamento das recompensas em relação a todo o projeto.
Podemos notar na figura 8 como as recompensas aumentam o custo. Mesmo podendo
ser melhores aplicadas no projeto em si, os valores das recompensas não são
questionados em crowdfunding. A necessidade humana de materializar os significados
é incorporada na ideia de altruísmo ou filantropia, que também possui suas
proximidades com o consumo de mercadorias.
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Figura 8 – Planejamento dos custos apresentado pelo projeto. Podemos observar que os custos
de recompensas, mesmo simbólicas, são relativamente altas.
Essa relação é naturalizada pelos discursos apresentados pelos projetos e
tornam-se parte da noção de transformação do mundo. Na perspectiva de Lazzarato
(2006), podemos afirmar que os projetos, assim como a publicidade, estabelecem
“mundos possíveis”. Estes “mundos” existem somente enquanto discursos –
enunciados, textos, imagens – e tornando-se “possíveis” na medida em que os
consumidores aderem a seus discursos. Desta forma, a lógica do consumo em
crowdfunding não se reduz ao simples ato da compra e da utilização; também consiste
em aderir ao mundo criado pelo projeto. O consumo começa de forma simbólica, no
discurso, para depois realizar-se materialmente. “A publicidade encontra a alma, e
depois o corpo” (idem, p. 105).
As recompensas relacionadas aos projetos são estratégicas para prospectar
consumidores-investidores. Não pelo seu valor de uso enquanto objetos, mas reforçam
os “mundos” criados discursivamente dos projetos. Evidentemente, não é coincidência
que as recompensas devem ser possuir elementos relacionados à causa: adesivos da
campanha, fotos do projeto, agradecimento personalizado, etc.
5. Conclusão
As causas sociais formatadas como mercadorias a partir de lógicas publicitárias
nos revelam sua relação com as práticas de consumo. Até a busca do bem-comum passa
a aderir ao mercado, uma vez que não recebem incentivos diretamente do Estado. Desta
forma, o crowdfunding ganha sua relevância, pois é livre de qualquer burocracia
institucional. Além disso, as plataformas se valem unicamente da competência do
proponente em capitalizar sua rede, onde se destaca a cultura empreendedora.
O novo espírito do capitalismo, conforme afirmam Boltanski e Chiapello
(2009), comporta atitudes “anticapitalistas”. Mesmo aqueles que não buscam
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diretamente o lucro – como os empreendedores sociais – se engajam na lógica
capitalista. Estes agentes também passam a buscar uma “competitividade”, uma “alta
performance” (EHRENBERG, 2010). De acordo com Boltanski e Chiapello, isso não
significa que o capitalismo mudou sua essência, mas ele muda apenas suas retóricas
para se adequar às novas gerações. Se antes o engajamento no capitalismo se dava
através do emprego formal, na sociedade atual o engajamento se dá através de
“projetos”: a atividade do empreendedor em uma sociedade em rede.
O crowdfunding pode ser muito representativo para entendermos como a forma
mercadoria torna-se fundamental para atuar neste contexto. Por isso, mesmo com toda
a aura de coletividade e bem-comum, o paradigma do financiamento coletivo continua
sendo da concorrência, revelando a urgência das competências empreendedoras no
contexto neoliberal.
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Referências
BOLTANSKI, Luc e CHIAPELLO, Ève. O novo espírito do capitalismo. São Paulo:
Martins Fontes, 2009.
CASAQUI, Vander. A construção do papel do empreendedor social: mundos possíveis,
discurso e o espírito do capitalismo. Galáxia, São Paulo, n. 29, p. 44-56, jun. 2015.
Disponível em: < http://dx.doi.org/10.1590/1982-25542015120109 >. Acesso em: 6 jul. 2015.
DOUGLAS, Mary e ISHERWOOD, Baron. O mundo dos bens – para uma antropologia do
consumo. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2004.
EHRENBERG, A. O culto da performance: da aventura empreendedora à depressão nervosa.
Aparecida – SP: Ideias & Letras, 2010.
CASTELLS, Manuel. Communication power. Nova York: Oxford University Press Inc.,
2009.
DEES, J. Gregory. The Meaning of “Social Entrepreneurship”, 2001. In: Duke University:
Center for the Advancement of Social Entrepreneurship. Disponível em: <
https://centers.fuqua.duke.edu/case/wp-
content/uploads/sites/7/2015/03/Article_Dees_MeaningofSocialEntrepreneurship_2001.pdf >.
Acesso em: 24 abr. 2015
FAIRCLOUGH, Norman. Discurso e mudança social. Brasília: Editora UnB, 2001.
HAUG, W. F. A crítica da estética da mercadoria. São Paulo: Ed. da Unesp, 1997.
JENKINS, Henry. Cultura da Convergência. São Paulo, Editora Aleph, 2009.
LAZZARATO, Maurizio. As revoluções do capitalismo. Rio de Janeiro: Civilização
brasileira, 2006.
MARX, Karl. O Capital: crítica da economia política. São Paulo: Nova Cultural, 1996. v.1
(Os economistas)
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