ENTREVISTA Newton Soler, T-50, conversa sobre os primeiros anos do ITA
São José dos Campos, Dezembro de 2011.
Pr
ime
ira
Ed
içã
o
CASDVest tem Aula
Magna com Marcos
Pontes como Preletor
A Feira de Ciências
do ITA revela bons
trabalhos dos alunos
AASD encerra ano
com três projetos
bem-sucedidos
Edição Geral
Lamounier Soares, T14 [email protected]
Projeto Gráfico e
Diagramação
Alexandre Ferraz, T15 [email protected]
Redação
Mariana Caldas, T14 ITA Júnior
Tarcisio Gripp, T14
ITAndroids
Daniel Sampaio, T14 Fórmula SAE
Lamounier Soares, T14
Vandilson Filho, T15 CASDVest
Marcus Ganter, T14 REUNES 2011
Matheus Barbosa, T13‟ Atlética
Igor Oliveira, T15 AASD
Tatiana Meinertz AIESEC
Murilo Borges, T14 Baja
Bráulio Fernandes, T11 eITA
Bruno Bluhm, T14 Feira de Ciências
Juliano Campos, T13 Charge
Filipe Melo, T13 RUSD
Ian Barreto, T14 RedeCASD
Danilo Miranda, T12 Rocket Design
Olaf Palmer, T13 Semear
Editorial....................................................................
Iniciativas: Rede CASD.................................................
REUNES 2011...............................................................
Instituto Semear...........................................................
Iniciativas: Rocket Design............................................
Entrevista: Newton Soler Saintive...............................
Iniciativas: AASD..........................................................
Iniciativas: Atlética.......................................................
Iniciativas: Baja............................................................
Iniciativas: CASDVest...................................................
Iniciativas: eITA............................................................
Feira de Ciências...........................................................
Iniciativas: Fórmula ITA..............................................
Iniciativas: ITA Júnior.................................................
Iniciativas: AIESEC......................................................
Iniciativas: RUSD.........................................................
Tartarugas Ninja: Apresentação..................................
Tartarugas Ninja: Donatello.........................................
Tartarugas Ninja: Rafael...........................................
Tartarugas Ninja: Michelangelo..................................
Iniciativas: ITAndroids................................................
Palavra do Presidente...................................................
Charge...........................................................................
Qual a diferença?.........................................................
Dezembro de 2011
Expediente
ÍNDICE
“Agradecemos a todos que contribuíram para o sucesso desta
edição, mesmo que não citados."
3
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de histórias para contar.
Histórias da nossa escola e
comunidade.
É nesse espírito que
A Cova volta dessa vez: no
de registrar a história que a
gente está escrevendo
agora. Sejam notícias sobre
as iniciativas ou o registro
da coisa mais carteada que
aconteceu no H-8, eu fico
imaginando um bixo da T-
30 lendo as próximas
páginas desta revista e
pensando “eita, que legal o
que a ITA Jr fez em 2011”
ou “olha aí, o REUNES já
era um evento massa numa
de suas primeiras edições”.
O valor do que a gente
registra só cresce com o
passar dos anos.
E o que esta edição
de retorno traz? Bom,
notícias sobre as várias
iniciativas do nosso H-8
têm aos montes. Também
têm uma entrevista com um
iteano da primeiríssima
J á foram vários os
informativos e jornais
do Centro Acadêmico
Santos Dumont que
circularam por esse H-8. A
Cova, O Complemento, O
Suplemento¹, A Voz do ITA,
O Higiênico e o Jornal do
CASD estão entre os
periódicos escritos e
publicados por alunos do
ITA. Por algum motivo,
porém, eles eventualmente
deixaram de ser publicados.
Veja você, o título
deste texto foi tirado de
uma edição antiga d‟A Cova,
por ocasião da retomada da
publicação da mesma. Se
você der uma olhada no
Acervo do DID
(Departamento de Impressa
e Divulgação) no site da
wikita, vai notar que os
periódicos já se foram e
voltaram algumas vezes. E
se você de fato ler os
periódicos, verá o quanto
eles são divertidos e cheios
A Cova voltou! turma do ITA e um texto
escrito pelo presidente do
CASD, na coluna “Palavra
do Presidente”. Há ainda
artigos assinados pelas
“tartarugas-ninja”, colegas
iteanos que desfruturão de
pseudônimos e escreverão
sobre qualquer assunto,
relacionado ao ITA/H-8 ou
não.
A revista será
bimestral, e nós contamos
com o feedback da
comunidade para melhorar
o nosso trabalho. Por isso, e
-mails com elogios, críticas
e sugestões são muito bem-
vindos. Quem quiser
colaborar com matérias ou
ainda achar que tem algo
bacana para divulgar aqui
na revista, é só falar.
Essa revista é nossa,
colegas iteanos. Vamos
registrar o que nós fazemos,
o que acontece no ITA
enquanto nós o vivemos, e
quem sabe um bixão no
futuro vai olhar para nós de
longe e ver que, na nossa
época, nós fizemos uma
história digna de ser lida e
contada. A Cova, de fato,
voltou, e, se formos
afortunados, ela não
precisará voltar mais.
¹ O Suplemento já existiu
como periódico do CASD.
Hoje, como você que está
lendo esta revista
obviamente sabe, ele é uma
realização da AEITA.
3
Editorial
Capa da nova edição foi baseada na de 83
O c o m e ç o d a
RedeCASD foi simples, com
p o u c o s c o m pu t ad o r e s
conectados com hubs
doados. Em 1996, o H8 viu
ser criada, junto com a
tentativa de reavivar o CASD
após o seu fechamento, a
Comissão de Redes do CASD.
A Comissão, algum tempo
depois, por iniciativa dos
membros, se consagrou
como RedeCASD, uma
iniciativa autônoma, técnica,
com foco no H8 e no
aprendizado do membro. O
que começou com uma
tendência de entretenimento
com jogos em rede passou a
servir de plataforma a vários
recursos que enriqueceram o
ambiente do H8 com a ágil
t r o c a d e a r q u i v o s
compartilhados, servidores
d e e m ai l s e l i s t a s ,
hospedagem gratuita de
sites, entre outros.
Um dos sonhos da
RedeCASD era ter todo o H8
conectado em uma rede
estável totalmente gerida por
alunos, o que só se
completou vários anos após
sua criação.
“Habemus Rede”
“A RedeCASD é um sonho realizado e representa a
capacidade de fazer acontecer dos alunos do ITA”
Este ano, a RedeCASD
provou o sucesso do modelo
Rede+NET, que possibilita o
acesso da sua internet de
qualquer lugar do H8, usando
a infraestrutura da Rede. As
últimas limitações à boa
conexão do H8 continuam a
ser a instabilidade da NET e
da Rede do ITA, que nos
repassa a conexão à internet.
Desde a semaninha,
vários problemas com
switches do ITA, do GIA e do
INPE têm deixado a conexão
com o link do ITA bem
instável, funcionando bem
apenas em horário comercial
devido a falhas de sistema
desses switches.
O M e m b r o d a
RedeCASD recebe grande
quantidade de treinamentos e
aulas para se capacitar a
resolver problemas e criar
soluções. Por isso, todos os
membros da iniciativa têm
c o n h e c i m e n t o s o b r e
Protocolos TCP/IP, ICMP,
Topologia de Rede, instalação,
configuração e administração
de ambientes em Linux, Bash,
servidores de DHCP/DNS,
QoS, Firewall.
Desde o fim do ano
passado, a RedeCASD está
implementando configuração
de servidores via uma
ferramenta especializada, o
Puppet, que permite a
centralização de configurações
de todos os servidores em um
s e r v i d o r c e n t r a l c o m
segurança.
APRENDIZADO DOS MEMBROS HISTÓRIA
ESTE ANO
Foi-nos informado que
o reitor¹ estaria cuidando
pessoalmente disso, mas que
não havia previsão para
conserto. Segundo o Setor de
Informática do ITA, a
reposição de equipamento
custaria R$1.000.000,00 (um
milhão de reais), o que exige o
envolvimento em grande
burocracia.
Outros projetos da
RedeCASD para este ano,
como o cabeamento dos
apartamentos do B-, estão em
repouso por falta de materiais
espec íf icos, que serão
comprados no momento em
que chegarem às lojas.
Iniciativas: RedeCASD
4
abordados e mais de vinte
universidades, entre elas USP,
Unicamp, FGV, Insper, ESPM,
UFPR, UFRJ, UFMG, PUC,
UniVap, Unesp e outras. Mais
de 350 participantes e 1000
pessoas atingidas direta e
indiretamente, gente engajada
e proativa com vontade de
empreender e transformar,
que leva mais uma vez uma
imagem positiva do Instituto
Tecnológico de Aeronáutica.
Neste ano, foram
m i n i s t r a d a s d e z e s s e i s
palestras no sábado, com
destaque para Hugo Penteado,
Denis Russo, Daniel Izzo e a
sensacional palestra magna
com Edgard Gouveia. No dia
seguinte, domingo 6, foram
realizados oito workshops,
A REUNES agarra o
desafio de desenvolver
nos universitários visão e
ação empreendedoras
voltadas para ajudar o
próximo.
“Reunir, conectar e
i n s p i r a r j o v e n s p a r a
empreendermos já um mundo
melhor.” Essa é a missão da
REUNES, evento criado pela
CASSIS em 2007, com edições
em 2008, 2010 e 2011. A
Reunião Universitária de
E m p r e e n d e d o r i s m o e
Responsabilidade Sócio-
Empresarial tem o propósito
m a i o r d e i n t e g r a r o
universitário com práticas de
e m p r e e n d e d o r i s m o ,
responsabi l idade sócio -
empresarial e soluções
t e c n o l ó g i c a s p a r a o s
problemas da sociedade.
Em sua quarta edição,
com o slogan “Criando
S o l u ç õ e s T e c n o l ó g i c a s
Inovadoras”, a REUNES 2011
aconteceu nos dias 5 e 6 de
novembro, e trouxe o tema de
e m p r e e n d e d o r i s m o e
responsabilidade social, sob o
ponto de vista mais prático e
simples, pensando em ser um
próximo passo após a
introdução do que são
negócios sociais, feita nas
outras edições do evento.
Ao todo foram quatro
estados (São Paulo, Paraná,
Minas Gerais e Rio de Janeiro)
REUNES 2011 com muitos elogios para o
workshop sobre IDDS
( i d d s u m m i t . o r g ) e o
workshop de Teatro e
Empreendedorismo. No
mesmo dia, houve a feira com
ONGs e entidades estudantis,
como o CASD Vestibulares,
expondo o seu trabalho e
realizando networking. No
e n c e r r a m e n t o , h o u v e
exposição de três ideias de
negócios, fechando com uma
homenagem à equipe e um
vídeo emocionante, feito de
d e p o i m e n t o s d o s
participantes durante o
evento.
A REUNES agarra o
desafio de desenvolver nos
universitários visão e ação
empreendedoras voltadas
para ajudar o próximo. Mais
que isso, a meta é se tornar
um ponto de encontro para
que jovens de vários estados
brasileiros possam se reunir e
não só assistir palestras, mas
também trocar experiências e
idéias inovadoras adotadas
em outros ambientes e por
gente dos mais variados
cursos.
REUNES 2011
5
Instituto Semear
Instituto Semear
chamados de jovens-semente.
São universitários no início da
vida acadêmica, todos ex-alunos
do CASD Vestibulares. Ao longo
deste ano, foram desenvolvidas
várias atividades, entre
encontros, programas de
acompanhamento, palestras,
treinamentos e eventos voltados
a desenvolvimento de carreiras
e aumento da rede de contatos.
A bolsa é o auxílio
financeiro que visa
principalmente evitar a evasão
do aluno pela limitação da renda
e para haver dedicação às
atividades acadêmicas sem
Em 2010, Tiago Feijão
(MEC-12) e Antônio César
(MEC-13) pensaram e
investiram na ideia de dar
continuidade ao apoio oferecido
pelo CASD Vestibulares aos
alunos de baixa renda que
ingressavam na
universidade e que, por
vários motivos,
enfrentavam uma série de
dificuldades pela
limitação financeira,
principalmente no início
do curso. Dessa forma,
iniciaram-se os trabalhos
de estruturação de uma
Organização Não-
Governamental com um
objetivo maior: aproveitar
talentos colhidos dessa
parcela de jovens e apoiá-
los para, além de superar a
dificuldade financeira, ajudá-los
a desenvolverem-se pessoal e
profissionalmente.
Essa proposta contagiou
muita gente boa em São José
dos Campos, a qual contribuiu
para a criação e estruturação do
Instituto Semear. Uma
organização que auxilia e
promove o desenvolvimento de
jovens universitários de baixa
renda e com grande potencial de
transformação pessoal e social,
o Semear oferece bolsa de
estudos, acompanhamento de
carreira, treinamentos e
networking, a fim de alavancar
oportunidades, ajudá-los a
vencer as próprias dificuldades e
tornarem-se grandes exemplos
de sucesso e superação.
Desde o início de 2011, o
Instituto conta com 26 bolsistas,
grandes preocupações com
gastos com moradia e
alimentação. O programa de
acompanhamento prevê a
escolha de mentores que serão
referências profissionais para
cada um dos bolsistas. São
profissionais de diversas
áreas em São José dos
Campos, e atuam como
conselheiros de cada um
dos jovens-semente. E
por fim, a formação da
rede, um grupo cada vez
maior e unido de gente
imbuída com propósitos
de transformação social.
A pretensão é fechar um
círculo virtuoso de modo
a edificar um grande
movimento de inversão
da pirâmide social
brasileira.
Assim, o Instituto Semear
almeja disseminar esta
aspiração aos que acreditam
num Brasil melhor e mais justo,
possível por meio da educação e
da força solidária.
www.isemear.com.br
Fechando um novo círculo virtuoso
Ozires Silva – Inspirando futuros empreendedores
Os jovens-semente do Instituto Semear
6
de diâmetro. Os requisitos da
categoria básica eram projetar
um veículo lançador capaz de
atingir 10.000 pés (aprox. 3
km), levando uma carga útil de
10 libras (aprox. 4,5 kg) e que
estivesse em condições de voar
uma segunda vez.
Não seria possível viajar
pelas companhias aéreas com o
foguete montado e carregado
com propelente. Sendo assim, o
foguete foi levado desmontado e
sem nenhum combustível. O
combustível, que é amador, foi
adquirido nos EUA (o nitrato de
potássio foi comprado na
internet e o açúcar foi comprado
n u m s u p e r m e r c a d o ! ) e
cozinhado no próprio local da
competição.
O quarto do hotel foi
transformado em laboratório
improvisado, para que o
combustível do foguete fosse
O desafio teve inicio em
janeiro de 2011, quando uma
equipe constituída por alunos
do ITA (Oswaldo Loureda –
pós-graduação em Engenharia
Aeroespacial, Danilo Miranda -
graduação em Engenharia
Aeroespacial e Eduardo
Jourdan – graduação em
Engenharia Aeroespacial)
decidiu participar da primeira
edição internacional de uma
das competições de foguetes
mais famosas nos EUA, a IREC
( I nt e r c o l l e g i a t e R o c k et
Engineering Competition), a
qual ocorre anualmente na
cidade de Green River, Utah.
A equipe projetou um
foguete, o ITARocket v2, com
propelente sacarose/nitrato de
potássio para participar da
categoria básica da competição.
As dimensões do foguete eram
2m de comprimento por 7,5 cm
Primeira participação do Rocket Design ITA “cozinhado”, a eletrônica fosse
programada e o foguete fosse
pintado e integrado. Esse
trabalho custou três dias
int e iros d e de dic aç ão ,
madrugadas inclusive, para que
ao final da semana o foguete
pudesse voar. Antes disso
ainda, a equipe fez uma
apresentação oral de todo o
projeto para juízes avaliadores
e diante das demais equipes,
apresentação essa que foi
bastante elogiada.
Os juízes f icaram
p a r t i c u l a r m e n t e
impress ionados com o
conhecimento demonstrado
pela equipe brasileira e pela
versatilidade e criatividade
para integrar e preparar o
foguete em três dias, com
materiais de baixo custo
comprados em prateleiras de
supermercado, e com foguete
de dimensões bem inferiores
aos foguetes das demais
equipes.
Essa boa impressão e o
vôo l impo do foguete
p e r m i t i r a m à e q u i p e
Montenegro conquistar o
prêmio “Jim Furfaro Award for
Technical Excellence” (prêmio
de melhor projeto), dentre doze
equipes de quatro países, a
maioria delas do próprio EUA.
A equipe brasileira
também editou um vídeo sobre
a sua part icipação na
c o m p e t i ç ã o ( h t t p : / /
www.youtube.com/watch?
v=TJhDLCv6CDc). Há ainda
um vídeo completo da
c o m p e t i ç ã o ( h t t p : / /
www.youtube.com/watch?
v=Ry9P_FSbn3c).
Foto Oficial. A dupla de brasileiros está vestida de preto e se encontra no lado direito da foto. Repare que o foguete brasileiro era de longe o menor da competição.
Iniciativas: Rocket Design
7
Entrevista: Newton Soler Saintive
princípios foram cultivados nas
primeiras turmas do ITA?
Newton: Nossa turma passou
dois anos na ETE, e dois no
Ministério de Aeronáutica, estes
últimos com os professores do
MIT (Theodore Theodorsen,
Christensen, AP Fraas, Dubois
etc). Na ETE o regime era o de
um estabelecimento de ensino
militar, com disciplina rígida
etc. Com os americanos houve
uma mudança radical, provas
onde o professor saía da sala etc.
Este sistema foi adotado pelas
turmas seguintes.
A Cova: Havia alguma
tradição importante que se
perdeu ao longo dos anos?
A Cova: Como o senhor e seus
colegas de turma souberam do
ITA? Houve divulgação externa
ou foi somente na Aeronáutica?
Newton: Até 1945, somente
oficiais aviadores podiam
prestar concurso na Escola
Técnica do Exército, atual IME,
para cursar engenharia de
aeronáutica. A partir de 1946, as
vagas foram estendidas para
oficiais especialistas e para
“ p a i s a n o s ” : a l u n o s d e
engenharia, de física e de
matemática, bem como para ex-
cadetes do ar reprovados em
pilotagem, todos com o 1º ano
completado. A partir desse ano,
sempre houve divulgação
externa. Todos os candidatos –
oficiais (Exército/ Aeronáutica)
e paisanos – faziam as provas
juntos. Minha turma inicial foi
composta por oficiais (aviadores
e especialistas), alunos de
engenharia e ex-cadetes do ar.
Os paisanos foram promovidos
a Aspirante da Reserva Técnica
da Aeronáutica. Nenhum
candidato que já cursava
engenharia terminou o curso.
A Cova: Um dos principais
diferenciais do ITA é o conjunto
de princípios éticos que regem
os alunos. Como esses
Alguma que acha que deveria
ser resgatada?
Newton: Não me lembro de
nenhuma tradição especial de
nossa turma.
A Cova: Além dos princípios
é t i c o s , m e n c i o n a d o s
a n t e r i o r m e n t e , o u t r o
diferencial do ITA é a união das
turmas, o espírito de família
que elas têm. O senhor pode
falar um pouco da T50? O que
nessa turma marcou a sua
vida?
Newton: Durante o curso,
fizemos muitas amizades,
inclusive com alguns colegas
que foram desligados. Depois da
f o r m a t u r a , h o u v e u m a
dispers ão , com co l egas
transferidos para Curitiba,
Recife, São Paulo, Rio de
Janeiro etc. Eu mantive contato
com o colega Jayme Flores
Pereira até a sua morte, e seus
filhos e netos são amigos de
minhas filhas e netos até hoje.
Lamentavelmente, todos os
colegas de turma já faleceram.
A Cova: Como a T50 fez boa
parte do curso na ETE, o senhor
poderia falar quais foram as
principais diferenças entre o
curso na ETE e no ITA?
Newton: A turma de 50 só
conheceu o ITA – São José dos
Campos na formatura. A
diferença entre o curso na ETE e
Ministério de Aeronáutica é que
a ETE tinha instalações e
laboratórios adequados, e no
Ministério de Aeronáutica
ENTREVISTA
Newton Soler Saintive (Turma de 50) Aluno pioneiro do ITA
N ewton Soler Saintive, carioca de 83 anos, é um dos 13
pioneiros alunos do ITA, da turma de 50. Com uma
longa carreira como engenheiro aeronáutico, Newton
mantém disposição para continuar trabalhando e exercendo
a profissão que ama. No dia 28 de novembro, ele concedeu
entrevista à Cova, quando contou um pouco da sua história
e de como era o ITA nos seus primeiros anos de existência.
“Um visionário, Casimiro
Montenegro Filho,
vencendo obstáculos
imensos, conseguiu a
criação do
ITA, que formou
excelentes engenheiros
de aeronáutica,
eletrônica etc.”
8
preparados e passou a procurá-
los, pagando salários superiores
àqueles pagos pelas companhias
aéreas, por exemplo.
A Cova: Como foi sua vida
profissional? Ter se formado no
ITA foi crucial para seu
desenvolvimento e sua carreira?
Newton: Trabalhei como
engenheiro da FAB (Parque de
Aeronáutica de São Paulo). Ao
dar baixa, trabalhei na Willys
Overland, Sadia Transportes
Aéreos (depois Transbrasil),
Metal Leve, Blindex, Vasp e Air
Brasil. O curso do ITA foi muito
importante para minha carreira,
não só pela bagagem adquirida,
como pelo hábito de estudar.
A Cova: O senhor continua a
trabalhar. Fale-nos um pouco
do seu trabalho e de como
consegue manter tamanha
disposição.
Newton: Atualmente dou aulas
numa escola de formação de
pilotos e de despachantes de voo.
Eventualmente dou aulas de
“performance de aviões” para
pilotos de pequenas companhias
aéreas que não possuem
tínhamos salas improvisadas e
aulas práticas (Túnel de Vento,
oficinas) no Campo dos Afonsos
– no subúrbio de Marechal
Hermes. Não há como comparar.
Posteriormente fiz dois cursos
n o I T A : A d a p t a ç ã o d e
T e r m o p r o p u l s o r e s , e
L a b o r at ó r io d e E n s a i o s
Mecânicos. Este último com o
s a u d o s o p r o f e s s o r O t o
Weinbauen, que fora professor
da ETE, e o Ministério de
Aeronáutica, acertadamente, o
contratou para o ITA.
A Cova: Como ocorreu a
criação e a estruturação do
Centro Acadêmico Santos
D u m o n t ? C o m o e r a o
relacionamento do CASD com a
Reitoria e com o CTA?
Newton: O CASD foi fundado
em São Jose dos Campos. Nós
não tínhamos reitoria, e o CTA
foi criado no último ano de
nosso curso (1950).
A Cova: Quais os principais
destinos do pessoal que se
formava no ITA? Muita gente
s e g u i a a c a r r e i r a d e
engenharia? Acha que isso
mudou com o passar dos anos?
N e w t o n : T o d o s o s
componentes da turma de 50
serviram na FAB como
engenheiros até a aposentadoria.
Eu fui o único que pediu
demissão do serviço ativo da
FAB, e me aposentei como civil.
Na vida civil só trabalhei como
e n g e n h e i r o . A p ó s a
aposentadoria, dos 13 formandos
de 50, apenas um ou dois não
exerceram função de engenheiro.
Um de meus colegas, Urbano
Ernesto Stumpf, é considerado o
“Pai do motor a álcool”. O
Mercado verificou que os
e n g e n h e i r o s e r a m b e m
departamento de ensino. Tenho
quatro livros publicados para
este público. Minha disposição
com quase 84 anos se deve a
exercícios físicos (três vezes por
semana na Associação Cristã de
Moços), nunca ter fumado, e
alimentação balanceada. E,
naturalmente, estar exercendo a
profissão que eu gosto.
A Cova: Como o senhor avalia
o ITA no cenário nacional,
c o m p a r a d o a o u t r a s
universidades e tendo em mente
a importância do Instituto para
o desenvolvimento do país?
Newton: Na década de 50,
ninguém imaginaria que o Brasil
teria, no fim do século, uma
fábrica de aviões competindo
com a Bombardier, a Cessna, e,
mesmo, nos aviões de 100
lugares, com a Boeing e a Airbus.
Um visionário, Casimiro
Montenegro Filho, vencendo
obstáculos imensos, conseguiu a
criação do ITA, que formou
excelentes engenheiros de
aeronáutica, eletrônica etc.
Alguns desses engenheiros, entre
os quais Ozires Silva, lutaram e
conseguiram que o Ministério de
A e r o n á u t i c a c r i a s s e a
EMBRAER; portanto o ITA é
responsável pela criação da
maior empresa de tecnologia da
América do Sul.
A Cova: Na década de 50, as
pessoas não conheciam bem o
desafio o qual vocês – Casimiro,
alunos e professores – se
propuseram a enfrentar. Como
é olhar para trás e ver que a
missão foi cumprida?
Newton: Olhando para trás, os
iteanos veem que a realidade
s u p e r o u o s s o n h o s d e
Montenegro e da equipe de
abnegados que o auxiliaram.
Entrevista: Newton Soler Saintive
Newton Soler Saintive
9
Com três anos de
existência, o modelo de
atuação da AASD está
estruturado de forma a
atender melhor as demandas
da comunidade. Além de
desenvolver seus próprios
projetos, estamos envolvidos
com vários de outros alunos
do ITA. Trabalhamos dando
suporte aos projetos pessoais
de alunos, garantindo, por
exemplo, que o Manga da
T12 apresente seu paper no
Computer on the Beach;
captando para as iniciativas
do H8; oferecendo bolsas-
auxílio aos Iteanos mais
carentes; e entregando
projetos de estruturação
física dos espaços do H8.
Em termos práticos, a
AASD busca patrocínios e
doações da Comunidade
Iteana, da sociedade e de
empresas, trabalhando para
tornar Cultura de Doações
uma realidede no ITA. Para
sonhar tão grande, é preciso
um grupo focado e altamente
capaz de entregar resultados,
dispostos a doar tempo para
c o n t r i b u i r c o m o
desenvolvimento de nossa
Escola. É esse tipo de gente
que compõe a equipe AASD e
que procuramos todos os
anos para trabalhar conosco.
AASD
A sala de cinema do H8, o
Cineclube, foi outro espaço que
recebeu doações de ex-alunos
para ser melhorada. Graças a T66
a s a l a g a n h o u n o v o s
equipamentos de som, projetor
de alta definição, tela de projeção
e pintura.
Durante o encontro de 50
anos de vestibular da T66, no dia
8 de outubro, a turma visitou o
H8 especialmente para inaugurar
Durante o Sábado das
Origens, aconteceu a inauguração
do Gagá8. A AASD conduziu o
projeto, com o apoio de um
Iteano doador, e transformou as
duas antigas salas, em péssimas
condições de conservação, em um
espaço de qualidade, composto
de três salas equipadas com
mesas, cadeiras e lousas.
A inauguração contou com
a especial presença do doador,
Sidney Breyer (MEC93), além da
presença de outros Iteanos que
vieram a São José para
comparecer ao Sábado das
Origens. Ao final da cerimônia,
Sidney descerrou uma placa em
sua homenagem onde deixou sua
mensagem para todos que por lá
passam: “Hoje você estuda aqui
para no futuro fazer sua doação”.
Inauguração do Gagá8
Cineclube
a sala. Após uma exposição de
fotos dos seus anos de graduação
no ITA e vídeos da turma no
Cineclube, os veteranos tiveram a
oportunidade de andar pelos
corredores e quartos do H8,
conversando com os atuais
moradores de suas antigas vagas,
possibilitando um grande
m o m e n t o d e t r o c a d e
experiências entre gerações tão
distintas de Iteanos.
Iniciativas: AASD
O programa de Bolsas da
AASD continua trazendo muitos
benefícios para colegas do H8.
São concedidas bolsas-auxílio
para Iteanos que, de outra forma,
não teriam a oportunidade de ter
acesso a cursos de línguas,
intercâmbios, ou mesmo
liberdade em optar por não
comer no Rancho!
A boa notícia é que o
programa continua sendo
ampliado. O Iteano Gilberto
Mautner contribuiu e irá
conceder uma Bolsa para um
aluno da T15 no ano de 2012.
Além dele, os próprios alunos da
T15 mobilizaram-se para ajudar
seus colegas. Até agora, mais de
quatorze alunos prontificaram-se
em contribuir mensalmente para
juntos concederem uma Bolsa.
Ao tomarem a iniciativa de
suportar colegas de turma com o
auxílio da AASD, os próprios
alunos mostram como o
programa de Bolsas tem
fundamento. Esperamos que,
cada vez mais, Iteanos e
empresas acreditem no ideal de
C u l t u r a d e D o a ç õ e s e
compartilhem seus sucessos com
o ITA!
Bolsas
Conquistas recentes
10
organizado, constituindo uma
riquíssima fonte de pesquisa.
Analisando agora o que
p r o d u z i m o s p a r a a
comunidade, afinal é isso que
realmente interessa, é de
grande destaque o trabalho
que tivemos para garantir a
realização dos treinos no
COCTA. Recorrendo ao apoio
da Dival e da administração do
I T A , c o n s e g u i m o s a
remarcação dos nossos
h o r á r i o s , e e s t a m o s
trabalhando para a alteração
do Estatuto do COCTA, de tal
forma que não tenhamos mais
problemas com isso no futuro.
Reinauguramos nossa
lojinha, com pedidos pelo
nosso novo site https://
s i t e s . g o o g l e . c o m / s i t e /
atleticadoita/lojinha e os jogos
de nossos torneios internos já
não são realizados com os
famosos coletes em péssimo
estado. Estamos trabalhando
também na recepção da turma
16, para que possamos criar
desde o começo a cultura de
praticar esportes e de
trabalhar pela comunidade,
um dos valores que nos move,
“Promover o bem-estar
do iteano através da prática
esportiva e da integração com
outras faculdades.” Para isso
que nós, membros da Atlética,
trabalhamos. Definida na
primeira quarta de Novembro,
dia dois, durante nossa
reunião de planejamento,
nossa missão visa dar
destaque as duas áreas de
atuação da AAAITA, para que
tenhamos o mais claro possível
nosso papel de romper a
“bolha do H-8”.
Nos últimos anos,
construiu-se uma imagem da
Atlética como uma iniciativa
desorganizada. Para mudar
isso, a atual gestão buscou
mudar inicialmente o modo
c o m o d i s p o m o - n o s
internamente, enxugando o
excesso de cargos que
tínhamos. Atualmente, temos
o presidente Rafael Macedo –
Urubu da T-13 –, o diretor
executivo Matheus Barboza –
Criança da T-13‟ –, o diretor de
esportes Pedro Teruel da T-15
e o diretor de eventos Pedro
Werneck da T-14. Com menos
diretorias, buscamos uma
divisão mais efetiva das
t a r e f a s , e x t i n g u i n d o
intersecções de tarefas que
havia anteriormente entre os
departamentos.
A l é m d o n o v o
organograma, outra atividade
importante internamente foi a
arrumação do nosso histórico.
Estamos trabalhando nisso há
um tempo e já temos todo
nosso material digital, com
arquivos que começam em
1 9 9 9 , c e n t r a l i z a d o e
Mudanças na Atlética
membros da Atlética.
J á t e m o s u m
calendário montado para o
próximo ano, com eventos e
torneios além dos já
tradicionalmente realizados
p o r n ó s . E s t a m o s
trabalhando desde já na
organização do Torneio
Semana da Asa, para que não
tenhamos mais um ano sem
ganhar do IME. Lamentamos
muito não termos conseguido
alojamento esse ano, mas
conseguimos vários contatos
com outras faculdades
durante o planejamento do
TSA, estreitando inclusive
laços com as faculdades da
região. Tais contatos serão de
extrema importância para a
realização de torneios e
eventos no próximo ano.
Por fim, gostaríamos
de agradecer todo o apoio
dado pelo DE e de pedir a
maior participação de todos
nas atividades da Atlética e
destacamos que estamos
todos abertos a sugestões,
sendo elas muito bem vindas.
Iniciativas: Atlética
Estamos trabalhando
desde já na organização
do Torneio Semana da
Asa, para que não
tenhamos mais um ano
sem ganhar do IME.
11
Iniciativas: Baja
em paralelo com o responsável
pelo Marketing, Teruel, orientando
as atividades dele.
A Cova: Em que você acha que o
Baja ainda precisa melhorar e por
quê?
Luis Filipe: Baja é uma equipe
que está em processo de
organização e tem muita carência
de membros e destes que sejam
mais engajados. Hoje está num
ciclo vicioso de não tem membro e
não consegue ir bem e não
consegue melhorar porque não
consegue membro. Estamos
tentando reverter essa situação
este ano. Muita gente tem vontade
de trabalhar com engenharia,
contudo às vezes eles não veem as
oportunidades que existem aqui
dentro. Até então o Baja focou
pou co nos membros qu e
chegaram, todavia vamos montar
alguns cursos para os recém-
chegados para que eles possam o
quanto antes trabalhar com alguns
equipamentos da oficina. Ainda
não será algo fácil devido ao fato
de que a competição normalmente
ocorre próximo ao período de
inscrição de novos membros.
A Cova: Por que você entrou no
Baja?
Luis Filipe: Quando eu entrei no
ITA, eu queria fazer uma iniciativa
ligada à engenharia. No começo eu
acabei entrando em outra
iniciativa, até que no final do
primeiro ano um amigo que era do
Baja me chamou para participar e
calhou com a minha vontade de
trabalhar com alguma coisa de
engenharia, „colocar a mão na
massa‟, fosse no Aerodesing ou no
Baja. Este me chamou mais
atenção. Isso porque eu vi que o
Aerodesing era uma iniciativa que
tinha muita eletrônica e conceitos
específicos de aeronáutica, já no
Baja eu via uma iniciativa muito
mais geral e que estava mais de
acordo com meus objetivos.
A Cova: O que você está
desenvolvendo no Baja?
Luis Filipe: Estou desenvolvendo
a caixa de transmissão do Baja e
liderando a equipe de transmissão
que conta com mais dois membros,
que estão cuidando do subsistema
do motor e do CVT (sistema de
transmissão do carro). Além disso,
cuido de uma parte administrativa
Saiba mais...
O Baja é uma
iniciativa que atende a
interesses diversos, uma
vez que precisa de
produtos de eletrônica,
todo o circuito para
i m p l e m e n t a ç ã o d e
comandos e sensores no
carro; produtos de
computação e design,
p r o p a g a n d a , s i t e ,
marketing em geral;
produtos de infraestrutura,
pois o Baja tem uma pista
de testes que precisa ser
m e l h o r a d a e n e l a
implementadas áreas para
testes específicos, como o
de tensão máxima em
saltos. Isso tudo, é claro,
além do trabalho em
equipe, planejamento de
metas, organização das
atividades de produção e
do tempo de execução de
cada uma delas. O Baja
funciona como uma
empresa e precisa de
pessoas com os mais
diversos talentos e
p e r s p e c t i v a s d e
crescimento tanto quanto
precisa de pessoas
comprometidas. Mais do
que criar um carro, o Baja
tem que criar um carro no
prazo certo, que funcione,
que se ja de fác i l
manutenção e manufatura,
e ainda divulgar para todas
as pessoas que nos apoiam
(patrocinadores, escola,
professores, família) que
e s t a m o s c r i a n d o
c o n h e c i m e n t o ,
d e s e n v o l v i m e n t o ,
oportunidades e uma
marca: ITA BAJA.
ENTREVISTA
Luis Filipe (MEC-13) Membro da equipe ITA BAJA
Em frente à oficina do
Baja: João Paulo Amorim
(Urso, T15), John Tchan
Lee (MEC-12), Breno
Vieira (Fake, T15),
Henrique Bezerra
Diógenes (Fura-olho,
T15), Pedro Teruel Filho
(Vereador, T15), Diego
Carvalho (Ferrari, MEC-
12) e Allison Scharaier
(Jiraya, T14).
12
Secretário de Educação da
cidade, Fernando Sakane, vice-
reitor do ITA, e o astronauta
Marcos Pontes.
A palavra foi concedida
então a Guilherme Almeida, que
falou sobre a admiração que
muitos têm pelo CASDVest,
curso administrado por alunos
do ITA que dispõem seu tempo
num trabalho voluntário, e
ressaltou a necessidade de haver
mais agentes de mudança.
“Cada um de nós tem um
potencial incrível de melhorar a
nossa sociedade”, pontuou.
Em seguida, houve a
apresentação do Instituto
Semear por seu presidente
Antonio Cesar Cunha, aluno do
ITA. Ele explicou como o
projeto age para conseguir
bo l s as pa ra es t u da nt e s
u n i v er s i t á r io s qu e t ê m
A expectativa era grande
para a Aula Magna do Ano
Letivo de 2011 do CASD
Vestibulares, que ocorreu no
último 27 de junho. O evento,
que teve como preletor Marcos
Cesar Pontes, o primeiro
astronauta brasileiro, deixou o
Auditório Lacaz Netto, no ITA,
lotado por um público ávido
por ouvir a trajetória vencedora
do astronauta.
O mestre de cerimônia,
V i c e n t e F e r r e r , d o
Departamento de Ensino do
curso, deu abertura ao evento e
saudou os componentes da
mesa – a saber, Guilherme
Almeida, presidente do
CASDVest, Lêonidas Cristino,
Ministro dos Portos, Luis
Antônio da Silva, vice-prefeito
de São José dos Campos,
Alberto Marques Filho,
CASDVest realiza aula magna com grande estilo dificuldades financeiras e como
procura perpetuar nos próprios
bolsistas a cultura de
responsabilidade social, e
apresentou um vídeo com
depoimentos dos jovens
beneficiados pelo projeto.
O astronauta, e também
iteano, Marcos Pontes, por fim,
tomou a palavra e centralizou o
seu discurso em um tema: a
conquista de um sonho.
Fazendo sempre um paralelo
entre a realidade dos alunos do
CASDVest e a sua própria
jornada até o sucesso
profissional, ele destacou que o
indivíduo deve “estudar,
trabalhar, persistir e sempre
fazer mais do que se espera
dele” para ver seu sonho
concretizado.
Pontes ainda falou sobre
a necessidade de haver mais
atenção à educação e
à pesquisa científica
n o B r a s i l ,
p a r a b e n i z a n d o
iniciativas como o
CASD Vestibulares e o
Instituto Semear. O
a s t r o n a u t a f o i
aplaudido de pé, e,
ainda que encerrada a
c e r i m ô n i a ,
p e r m a n e c e u n a
platéia presente a
convicção de que a
persistência para
realizar um sonho e a
r e s p o n s a b i l i d a d e
social são peças
fundamentais para o
crescimento pessoal e
da nação.
Iniciativas: CASDVest
Platéia aplaude de pé ao fim da palestra de Marcos Pontes
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13
eITA – Empreendedorismo no ITA
Iniciativas: eITA
O eITA surgiu da grande demanda por
ações de suporte à inovação e ao
empreendedorismo no ITA por parte dos alunos
e professores.
É grande o interesse do iteano em
empreender, assim como o interesse dos
professores e pesquisadores em realizar
pesquisas de ponta, aplicáveis e que gerem valor
para a sociedade. Dessa forma, o eITA se propõe
O C u r s o d e
Empreendedorismo utiliza a
metodologia Fast Track,
criada pela Kauffman
Foundation. O curso é
oferecido em parceria com o
Instituto Endeavor como
parte do programa “Bota pra
Fazer” e conta com patrocínio
da Natura Cosméticos para
sua implementação.
D e s d e o i n í c i o ,
recebemos o apoio da
Reitoria e Pró-reitoria de
Extensão e Cooperação, bem
como dos professores, que se
voluntariaram para viabilizar
a criação do Curso de
E x t e n s ã o e m
E m p r e e n d e d o r i s m o .
I n ú m e r o s p r o f e s s o r e s
i n t e r e s s a r a m - s e p e l a
iniciativa, tendo doze destes
participado do treinamento
de facilitação com a
Endeavor. O Prof. Rodrigo
Ao final do curso, cada um dos doze
grupos entregará um plano de negócios e
apresentará sua empresa a uma banca de
avaliadores composta por professores,
investidores e empreendedores.
Já comemoramos os primeiros
a incentivar a cultura empreendedora no ITA,
trazendo conhecimento estruturado, acesso a
investidores, espaços de criação e
experimentação, a exemplo de laboratórios
como o Media Lab no MIT, o i-Lab em Harvard
e a d.school em Stanford.
A missão do eITA é formar mais e
melhores iteanos empreendedores de alto
impacto.
Criação da matéria de empreendedorismo Scarpel atua como professor-
coordenador do curso.
Foram selecionados 35
alunos dentre mais de 65
interessados. Já houve oito
a u l a s , s e m p r e c o m
p a r t i c i p a ç ã o d e
empreendedores. A Endeavor
também fornece o livro do
e m p r e e n d e d o r ,
a c o m p a n h a m e n t o n o
planejamento e execução do
curso e acessos à plataforma
Competição de plano de negócios
online do curso, onde os
alunos acessam conteúdo
extra e exercícios. O material
é todo adaptado à realidade
n a c i o n a l , c o m c a s o s
brasileiros e conteúdo em
português.
Os alunos também se
dedicaram a atividades extra,
como: a apresentação de
“pitchs” dos negócios em
desenvolv imento pelos
alunos, e a competição de
geração de receita a partir de
um “investimento inicial” de
10 reais.
Adicionalmente, houve
treinamentos de ferramentas
essenciais ao empreendedor:
workshop de geração de
idéias e o treinamento de
Business Model Canvas. O
último foi trazido pelo aluno
Braulio Fernandes, que
participou de um curso de
verão na Alemanha.
resultados: em uma competição nacional de
planos de negócios promovida pela Endeavor
entre as 25 universidades participantes do
programa Bota Pra Fazer, todos os planos de
negócios enviados pelos alunos do ITA
chegaram à fase final.
Inúmeros professores
interessaram-se pela
iniciativa, tendo 12
destes participado do
treinamento de
facilitação com a
Endeavor.
14
de alto impacto. Acreditamos
que esta é uma boa estratégia
para tornar o ITA mais
relevante para o país.
O l a b o r a t ó r i o
multidisciplinar do ITA será
um espaço físico, para alunos e
professores desenvolverem
soluções tecnológicas para a
sociedade, incubarem seus
empreendimentos, criarem e
Nosso segundo projeto
é a criação do Laboratório de
Inovação do ITA, nos moldes
do Harvard i-Lab e MIT Media
Lab, com a finalidade de
agregar os bons projetos já
existentes no ITA e no H8,
estimular o desenvolvimento
de mais soluções de tecnologia
a p l i c a d a e f o r m a r
empreendedores de negócios
Foto foi tirada em 10 de outubro no gagá-8, em um treinamento de Business Model Canvas que Bráulio Fernandes e Caio Braz fizeram para a turma. 21 alunos compareceram, a foto mostra quando eles estavam divididos em grupos trabalhando no modelo de negócios do iPod da Apple.
Iniciativas: eITA
Criação de um laboratório de inovação no ITA
Convite
experimentarem.
A primeira fase do
laboratório que consiste no
planejamento que prevê o
envio em janeiro de alunos
para os mais tops laboratórios
do mundo a fim de se
inspirarem e se conectarem a
fim de colaborarem para a
construção de um laboratório
ainda melhor no ITA.
O e I T A i r á
aproximar discentes e
docentes da graduação e
pós-graduação do ITA.
Dará suporte à criação de
novos cursos relacionados
a empreendedorismo e
inovação e formará
parcerias com empresas
privadas para dar suporte
à p e s q u i s a e
pesquisadores.
Nosso sonho é nos
próximos anos termos
cada vez mais iteanos
como empreendedores de
verdadeiras indústrias
tecnológicas, tal como já
tivemos na nossa história
com Ozires Silva.
Se você também
acredita no potencial
empreendedor de nossa
instituição, junte-se a este
grupo! Envie e-mail para:
empreendedorismonoita
@googlegroups.com, fique
por dentro e contribua!
15
Feira de Ciências – Oportunidade ou Sugação?
Feira de Ciências
Essas são frases típicas
de bixos e chacais, alunos do 1º
e 2º ano da nossa escola e que
estão cursando o Fundamental,
carinhosamente chamado de
FUND. Os problemas de que
esses alunos tanto reclamam
são reais e fazem parte da
rotina de muitos iteanos
iniciantes. Entretanto, nos dias
17 e 18 de outubro de 2011,
ocorreu um evento que podia
mudar (dependendo da vontade
do a l u no, c l ar o ) es se
paradigma.
Tal evento foi a Feira de
Ciências do ITA, que ocorre
anualmente e, na sua edição de
2011, aconteceu no prédio da
Ele-Comp. Nele, ficaram
expostos, durante os dois dias
de Feira, vários projetos
desenvolvidos pelos alunos do
2º ano da nossa escola, alunos
da gloriosa turma 14 (percebe-
se um pouco de parcialidade
aqui, mas tudo bem). A Feira
teve direito até a matéria na
TV, deixando alguns chacais
famosos por 15 minutos (por
menos tempo, na verdade).
Os visitantes da Feira se
depararam com os mais
diversos trabalhos. Havia
projetos desde a área
aeroespacial, até um jogo de
computador onde você deveria
salvar a vida de uma vaca que
gosta de atravessar ruas (jogo
muito viciante, por sinal). Em
alguns projetos estava claro o
baixo (baixíssimo, muitas
vezes) nível de dedicação dos
alunos. Mas, em outros, até os
visitantes e avaliadores mais
exigentes ficaram boquiabertos
com as muitas boas idéias
colocadas em prática.
Entre essas tais “boas
idéias”, estão os três projetos
vencedores. Em terceiro lugar,
o projeto “ITAndroids”, da
equipe de robótica do ITA, a
qual já representou nossa
escola e nosso país em
competições internacionais.
Em segundo lu gar , o
“Apl ica ções d e M icro -
controladores em... blábláblá”,
um projeto muito inovador,
criativo e ecologicamente
correto. E o grande campeão
foi o “VSTOL”, um veículo
aéreo não-tripulado que
funciona como avião e
helicóptero ao mesmo tempo,
projeto com alto nível de
tecnologia e com gigantescas
perspectivas de crescimento.
“O Fund é muito teórico. Não consigo colocar em prática o que
aprendo na sala de aula. Vou me formar engenheiro e nunca
coloquei a mão na massa. Só calculo integrais. “
Grupo vencedor da Feira de Ciências
16
g e n t e n o q u a r t o , o s
eletrodomésticos se ligam
sozinhos, e quando todo mundo
s a i , e l e s s e d e s l i g a m
automaticamente.
A Cova: Qual a sua motivação
para realizar esse projeto?
Roraima: Mesmo ainda
estando no segundo ano, nosso
grupo queria aplicar os nossos
conhecimentos de eletrônica,
d e m i c r o - c o n t r o l a d o r e s
principalmente.
A Cova: Você acredita que a
nossa Feira de Ciências tem um
Para explicarmos melhor
o projeto vice-campeão,
entrevistamos Felipe Alves, o
Roraima (T-14), um eletraca
apaixonado pelo seu futuro
curso (é, ele ainda está no
FUND).
A Cova: Roraima, você
poderia nos explicar melhor o
seu projeto?
Roraima: A idéia do meu
projeto é fazer um dispositivo
que ligue ou desligue os
eletrodomésticos ligados a ele,
dependendo se tem gente no
quarto ou não. Quando tem
Grupo que ficou em 3º lugar.
Feira de Ciências
nível de excelência que condiz
com o nível de excelência da
nossa escola?
Roraima: Acho que ela podia
ser bem melhor, seu modelo
tem muito a melhorar. Muita
gente enxerga a Feira de
Ciências com maus olhos,
acham que ela é sugação
gratuita. Talvez faltem
incentivos aos estudantes. Na
minha opinião, a Feira é a
oportunidade que o ITA nos dá
de nós, alunos do Fund,
aplicarmos engenharia de
verdade. Acredito que se a
galera visse essa oportunidade,
ENTREVISTA
Roraima (T-14) Membro da equipe cujo projeto foi vice-campeão da Feira de Ciências
A Feira de Ciências, então, mesmo com um modelo bem polêmico, é uma ótima oportunidade
para os alunos do Fundamental. O ITA conta com estudantes diferenciados e que estão dispostos a
discutir melhor esse modelo, para que ela tenha o nível de excelência que nossa escola merece e, assim,
tenhamos projetos ainda mais inovadores.
Equipe que ficou em 2º lugar, com o entrevistado Roraima ao centro.
17
Levando o ITA à Fórmula SAE
Iniciativas: Fórmula ITA
C o m u n i d a d e
iteana, somos a equipe do
Fórmula ITA, uma nova
iniciativa do H-8, e
viemos por meio deste
nos apresentar. A equipe
foi formada no início das
a u l a s d e M T P - 0 2
( I n t r o d u ç ã o à
Engenharia), oferecendo a
OPORTUNIDADE de
desenvolvimento de um
projeto de carro na qual
e s t u d a n t e s d e v e m
conceber, projetar e
fabricar carros de corrida
no estilo Fórmula. O
projeto envolve DESAFIO,
C R I A T I V I D A D E e
CONHECIMENTO, com o
objetivo de projetar o
c a r r o s e g u n d o a s
e s p e c i f i c a ç õ e s . É
r e a l m e n t e u m a
e x p e r i ê n c i a m u i t o
estimulante para quem
quer praticar engenharia e
se especializar em
sistemas específicos do
carro, como powertrain,
suspensão, chassis ,
e l e t r ô n i c a e
aerodinâmica. Além
disso, a equipe tem uma
estrutura administrativa
equivalente às outras
iniciativas do H-8, com
cargos em Marketing,
Finanças e Projetos. Ou
seja, é uma oportunidade
completa para quem
quer se desenvolver e
ajudar a levar o nome do
ITA mais alto. A equipe,
hoje é composta por oito
pessoas e se prepara para
estrear na competição
nacional de Fórmula SAE
(Sociedade Automotiva
de Engenharia) em 2012.
Quem estiver interessado
nesse projeto, entre em
contato pessoalmente
conosco ou mande um
e m a i l p a r a : i t a -
O carro de fórmula que
desejamos projetar acelera
mais rápido que qualquer
carro de produção em
série.
A competição do Fórmula
SAE existe há mais de 30
anos e é uma das portas de
entrada para a Fórmula 1.
As melhores equipes
classificadas na
competição nacional
ganham patrocínio para
competir em outras
competições ao redor do
mundo. Carro da competição de 2010 da UPenn
Curiosidades sobre o Curiosidades sobre o
Fórmula...Fórmula...
Equipe:
Gabriel Marinho (Boy, T14)
David Issa (T14)
Allison Fauat (Jiraya, T14)
Matheus Ribeiro (Rosinha, T14)
Daniel Sampaio (Tripa, T14)
Túlio Crepaldi (T14)
Eric Lopes(AER-13)
Glauber Mosqueira (Orientador)
18
Membros da ITA Júnior no Encontro Nacional de Empresas Juniores (ENEJ) em Foz do Iguaçu
Iniciativas: ITA Júnior
Ano de destaque para a ITA Júnior
A ITA Júnior é a empresa júnior dos alunos do ITA, cuja missão é aproximar o mercado
de trabalho dos alunos e promover o aprendizado dos membros e de quem realiza os projetos, os
consultores. Recentemente, fomos considerados pela Brasil Júnior a melhor empresa júnior do Brasil
em Estratégia, TOP 5 em Mercado e em Pessoas. Seguem, abaixo, alguns dos projetos que
realizamos recentemente:
O PenDrive2DVD
representa um modo de
tornar viável pendrives
personalizados em maior
escala. Este é um software
direcionado para deficientes
visuais e deficientes motores
e tem o intuito de
possibilitar o uso de
computadores por meio de
um sistema especial para o
teclado, no caso de
deficientes motores, e de um
leitor de tela com reprodutor
auditivo, no caso de
deficientes visuais.
Acqua Solution é uma
empresa que atua na área de
purificação de parques aquáticos
e sistemas de distribuição de
água. Para tal atividade, a
empresa faz o procedimento
normal: compra o cloro de um
fornecedor, transporta-o até o
local de uso e realiza a
purificação. Havia a necessidade
de inovar a metodologia
utilizada para realizar a
atividade principal da empresa, a
purificação. Como solução criou-
se um protótipo de um gerador
de cloro que atendesse aos novos
objetivos da empresa.
Análise das
características de
drenos para garantir a
qualidade da aplicação
destes em obras de
diferentes ramos. Para
realizar este projeto foi
utilizado o laboratório de
geotecnia da Engenharia
Civil do ITA.
19
Desenvolvendo-se a partir do desenvolvimento alheio
Iniciativas: AIESEC
Grupo do GAG - Gente Ayudando Gente - em escola costa-riquense
Gente ayudando gente!
Sim, foi com esse objetivo que a
iteana Katherine Martinez, 20
anos, embarcou para a Costa
Rica em dezembro de 2010,
disposta a trabalhar, durante
dois meses, como voluntária de
uma ONG .
“Eu escolhi a Costa Rica
porque eu queria um país
diferente, algo que me
desafiasse, mas não fosse
extremamente exótico. Eu
queria melhorar as minhas
habilidades, como a de falar em
espanhol, o que foi muito fácil
pelo fato de os nativos serem
bastante pacientes”, destaca ela.
Uma das principais
ações da Organização Gente
Ayudando Gente é sensibilizar a
comunidade para evitar a
violência familiar e entre os
jovens. Lá, Bad Kath, como é
conhecida no ITA, trabalhou na
á r e a d e F u n d r a i s i n g ,
angariando recursos para a
ONG. Ela conta que os
r e s u l t a d o s f o r a m
surpreendentes:
“Eu e mais três
brasileiras fomos recrutadas no
final de novembro para
trabalhar com planejamento e
execução de eventos. O fato de
eu ter tido experiência em um
EJ [Empresa Júnior] fez com
que eu passasse mais
credibilidade sobre a minha
capacidade de promover
a t i v i d a d e s q u e g e r e m
resultados. Conseguimos
r e a l i z a r u m e v e n t o
arrecadando cerca de 900
dólares. Ainda deixamos um
segundo todo formatado.
Infelizmente não conseguimos
participar do mesmo porque a
data marcada não coincidia
com o período do nosso
contrato. Também realizamos
o planejamento anual de
e v e n t o s p a r a 2 0 1 1 e
t r a b a l h a m o s n a á r e a
operacional com a comunidade
em si”, relembra.
Apesar de fazer quase
onze meses que ela decidiu
deixar o país para viver a
diversidade, as memórias
continuam vivas e a mudança
na sua vida é notável.
“Valeu a pena! Agora me
sinto mais preparada e
disposta para enfrentar novas
experiências e desafios”,
confessa Kath.
Katherine foi uma das
10 mil pessoas no mundo que
fez intercâmbio pela AIESEC
no ano passado. A boa notícia é
que neste ano há mais
intercâmbio para quem quer
viver algo semelhante,
podendo trabalhar e morar em
um dos 117 países onde a
AIESEC está presente.
Katherine Martinez com colegas intercambistas
20
Iniciativas: AIESEC
Para esclarecer as
dúvidas sobre o Processo
Seletivo 2011 para
i n t e r c a m b i s t a s d a
AIESEC no ITA, foi
realizado um evento no
dia 18 novembro, no Cine
Clube. Na ocasião houve
u m b a t e - p a p o
descontraído entre ex-
intercambistas contando
sobre as suas experiências
de intercâmbio na
América Latina, Europa e
África, e o público
interagiu bastante. Para
saber mais sobre os
p r o g r a m a s d e
intercâmbio disponíveis,
v i s i t e o s i t e :
www.aiesec.org.br/ita. Katherine Martinez com colegas intercambistas
Talentos Globais
Objetivo: trabalhar em uma empresa de tecnologia
da informação atuando, geralmente, nas áreas de
software, programação e gerenciamento de redes.
Tempo: de 3 meses até 1 ano e meio.
Local: empresas situadas na Ásia-Pacífico, África,
Leste Europeu e países como Hungria.
Cidadão Global
Objetivo: ter uma experiência como
voluntário e impactar positivamente a
sociedade.
Tempo: de 6 semanas até 3 meses.
Local: escolas, ONGs e entidades sociais.
Áreas de atuação e locais onde encontram-se
mais vagas disponíveis:
- Gestão: países da América Latina como
Venezuela, Colômbia, Chile e Ásia-Pacífico;
- Educacional/Cultural: Turquia, Polônia,
países do Leste Europeu como Rússia e
África em geral;
- Saúde: países da África e Ásia-Pacífico.
It´s my World
Objetivo: trabalhar em uma empresa como trainee
atuando, geralmente, nas áreas de Comércio
Exterior e Marketing Internacional.
Tempo: de 3 meses até 1 ano e meio.
Local: empresas situadas na Ásia-Pacífico, Leste
Europeu, América Latina e países como Hungria e
Alemanha.
Programas disponíveis
21
P ara a reabertura fizemos um
programa especial com os
candidatos à presidência do CASD.
Em seguida, realizamos a nossa
primeira série de entrevistas com
os candidatos à reitoria do ITA.
Queremos lembrar que qualquer
aluno, ou grupo, que quiser, pode
tocar o seu próprio projeto ano que
vem. Bastam duas coisas:
combinar o número de programas
com a temática e as datas de
entrega do material pré-editado. No
mais, continuamos precisando de
gente e ideias, um abraço
comunidade e...
Voltamos em meio online
através do blog:
Obrigado pela
audiência!
Eis aqui os tartarugas-ninja:
quatro iteanos que vão escrever
sobre os mais diversos assuntos sem
se preocupar muito com o
politicamente correto.
Suas identidades serão
reveladas apenas daqui a um ano,
mas algumas dicas serão lançadas ao
longo de 2012 e quem sabe algum
deles não é descoberto antes?
Nesta edição há textos
assinados por Michelangelo,
Donatello e Rafael. Leonardo ainda
vai passar no vestibular.
O assunto religião
é tradicionalmente
delicado, mas esse texto
não pede aceitação de
nenhuma crença, mas
debate as fronteiras do
respeito ecumênico.
Talvez algumas pessoas
não percebam quão frágil
esse tal respeito pode ser
– principalmente quando
se trata desse assunto.
Mas note que o simples
fato de um cartaz mandar
eu sentir o chamado de
Jesus e me dizer que eu
fui escolhido para
despertar em Cristo pode
ser desrespeitoso.
O cartaz a que me
refiro é real, o do 1°
Encontro Despertar em
Cristo, recentemente
pregado em nossas
paredes. Por que seria
desrespeito? Basta olhar
por um outro ângulo. Se
o cartaz dissesse “Jesus,
um falso profeta” ou
“Experimente Lúcifer” as
reações dos alunos
seriam imediatas e de
grandes proporções.
Perceba, ainda, que
existem grupos religiosos
que poderiam assinar as
duas frases hipotéticas. A
primeira frase poderia
representar a opinião de
grupos de Judeus
Ortodoxos (que, de fato,
consideram Jesus Cristo
como apenas mais um
falso profeta) e a
segunda frase poderia
ter sido escrita por
Satanistas. Mas Cristãos,
Judeus e Satanistas
merecem o mesmo tipo
e grau de respeito,
portanto contenha seu
possível desdém em
relação a qualquer um
desses grupos (ou
quaisquer outros grupos
r e l i g i o s o s n ã o
mencionados aqui).
Onde está, então,
a fronteira do respeito?
Os três cartazes seriam
desrespeitosos, ou
nenhum deles o seria?
Como é virtualmente
impossível exaltar a sua
religião sem diminuir
outra e, como as pessoas
são muito sensíveis com
relação a esse tema, sou
obrigado a concluir que
os três cartazes são
desrespeitosos.
Ainda não expus
qual é a minha visão
religiosa, mas não
importa se eu sigo os
passos de Jesus, de Buda,
de Zeus ou do Monstro
de Espaguete Voador, eu
sei que existem outras
crenças e diferentes
graus de sensibilidade e,
por isso, procuro
respeitar a todos,
i n d i s t i n t a m e n t e .
Particularmente não sou
sensível com relação ao
tema, mas sempre me
ponho no lugar de outros
e me pergunto se estaria
ofendendo alguém. É por
esse respeito aos outros
que não uso minhas
camisetas com os
dizeres: “Jesus had two
fathers”, “Catholic
Mithology”, “beLIEve in
god” e “Pedopriest”,
mas, se vão enfiar na
minha goela a aceitação
de qualquer profeta,
religião ou opinião que
seja, me sinto no direito
de também expressar
minha opinião sem levar
em consideração as
s e n s í v e i s a l m a s
religiosas.
No meu mundo
ideal, ninguém daria a
mínima para o que cada
um acredita; todos
poderiam usar camisetas
g l o r i f i c a n d o o u
demonizando quem quer
que fosse; a ABU não
discutiria apenas a Bíblia,
mas também o Torá, o
Corão, o Mahabharata e
t a n t o s o u t r o s ;
professores não viriam à
casa dos alunos fazer
propaganda sobre o
trabalho divino.
Mas não é isso
que ocorre, por algum
motivo, é socialmente
a c e i t á v e l m e
perguntarem se eu já
encontrei Jesus, mas
s e r i a t o t a l m e n t e
repudiado se eu saísse
por aí perguntando
quem já aceitou Lúcifer.
Infelizmente eu não
estou no time que está
ganhando, mas, mesmo
assim, sinto que tenho
que refrear minhas
opiniões para não
magoar n in gu ém .
En t ret an t o t en h o
percebido que esse
cabresto de expressão
não é imposto aos
crentes, pois não vejo
neles o cuidado em se
expressarem.
No fim das contas
retornamos a um
ensinamento tão velho
quanto a escrita: não
faça aos outros o que
você não quer que façam
a você. Se você não quer
ler que Jesus é um mito,
não escreva que ele é o
Salvador em nossa
parede. Então, por favor,
não tentem me salvar e
não façam propaganda
da sua ideia de religião
se você for sensível
demais para ouvir a
minha.
Não me Salvem
Donatello
24
Quais são os
desafios atuais que mais nos
fazem ficar realmente
loucos? E quais são aqueles
que mais precisam
urgentemente da nossa
atenção? Safar nota – ou,
para os cânceres, “safar” o L
– no ITA parece um desafio
bem óbvio, mas tenho
minhas dúvidas se este é o
maior desafio que nós
enfrentamos. Bem, se não é
esse, que tal o desafio de
criar lideranças, ou que tal o
de ajudar pessoas carentes
a conquistar o vestibular?
Que tal administrar uma
empresa júnior? Promover
a cultura de doações?
O r g a n i z a r e v e n t o s
esportivos, administrar a
rede interna, projetar
pequenos aviões ou então
projetar foguetes? Todos
esses desafios parecem
realmente interessantes,
muito válidos e, em boa
parte, até divertidos de se
cuidar! Mas, poxa, não é
isso que eu estou
perguntando, não. O que
eu estou procurando é o
que tem de desafio chato
que os iteanos de hoje
realmente precisam
transpor. E se não é nem ir
bem de nota nem mandar
bem em iniciativas, onde
está o grande problema
para os moradores do
H8...?
Espera. H8? Ué,
mas tá cheio de iteano
morando na vila e no HTO,
já que hoje em dia nem
lugar no H8 tem. Tem até
um bocado de gente que
desistiu do H8 e arranjou o
próprio apartamento na
cidade. Então vamos
começar por este desafio:
alunos do ITA podem morar
no H8. Primeiro vamos
pensar na vila e no HTO:
por que está sem espaço
no H8? A explicação todos
que moram no H8
conhecem: atualmente o
B+ está em reforma. Ou
pelo menos esperando
continuar a reforma. Então
tem que ir atrás de acabar
o B+. Mas deu problema na
licitação. Conseguir uma
nova? Mas a FAB, com o
corte de gastos pelo
governo Dilma, não está
liberando verba. Então,
então...
Chegou a nível
nacional, esquece, deixa
pra lá. Que tal então pensar
em desafios mais próximos,
excelência no ITA já não era
suficiente, não? Sobre isso
mesmo, eu li lá no livro do
Casimiro (de Ozires Silva)
uma capitulo inteirinho
(começando na página 127)
falando por que o ITA tem
tanto sucesso. É verdade,
tá lá:
“Se o aluno não
aprendeu, é porque o
professor não ensinou” –
Francisco Antônio Lacaz
Netto, professor e Reitor
do ITA.
V a m o s p e g a r
também um pequeno
excerto: “Princípio básico:
O aluno é o mais
importante elo em toda a
atividade educacional
aluno-professor-currículo”.
Ué, mas podia jurar que já
vi alguns professores que
não acreditam muito em
aluno ser tão importante,
não. E tem algumas
matérias que eu nunca
cheguei a aprender. Se este
(o de ter matérias não
aprendidas) é um padrão, é
por que o problema passa
do nível de culpa dos
professores, mas tange
uma pequena “atualização”
no princípio básico. Que tal
outra parte, na próxima
p á g i n a : “ de d i c a ç ão
exclusiva”. Putz, nem
precisa ler mais! Tantos
professores reclamam que
ser professor do ITA é suga
porque tem que fazer mil
coisas a mais e sobra pouco
tempo para dedicar à
preparação de aulas e à
correção de provas. Ainda
há no livro algo que passa
pelas linhas de que a
moradia é paga a um valor
“simbólico”, mas deixemos
este assunto para
aprofundar em outros
capítulos.
Qual o ponto de
tudo isso? Sim, os
problemas existem de fato,
e tá cheio de gente que
quer mais é sair do ITA o
quanto antes. Se o desafio
começa por esses gigantes
(cuidar do nosso
alojamento e faculdade),
de onde surgiram esses
problemas? No sábado das
origens, havia bostejos que
falavam de outro H8, outro
ITA. Claro, em time que tá
ganhando não se mexe.
Então os salários dos
professores que eram
superiores ao mercado se
mantiveram estáticos, e,
por isso, hoje, antiquados.
Os professores que foram
escolhidos a dedo por
C a s i m i r o e s t ã o ,
o b v i a m e n t e , j á
aposentados, e a
substituição destes se deu
em grande parte por
professores concursados. O
que era ótimo há 50 anos,
hoje é apenas bom. É bem
provável que o ITA ainda
seja a melhor faculdade do
Brasil, mas ainda está longe
de atingir o que realmente
se pretendia. O MIT está
anos luz a frente de nós. O
grande desafio do iteano
de hoje é não se
desesperar com o desafio
de melhorar o ITA. Pode
parecer que os problemas
da FAB, do Brasil e do
próprio ITA estão além de
nosso alcance, mas é
preciso encará-los não com
rebeldia ou insistindo na
procrastinação, mas sim
com peito aberto e a
vontade e coragem de
p r o d u z i r m u d a n ç a s
positivas.
Desafios de
um iteano
moderno
Rafael
25
... e viva la revolutión! Michelangelo
Já diria nosso amigo
dicionário: “Parte da barba que
se deixa crescer no lábio
superior”. Cá entre nós, não é
bem desse bigode que estamos
muito ouvindo falar pelos
cantos do H8...
Segundo bimestre do
segundo semestre de 2011.
Começa a Operação Gilette.
Esse é o nome de um grande
passo dado para acabar com a
ditadura bigodiana no ITA.
TODOS sempre
concordaram
que os preços
são abusivos,
TODOS sempre
concordaram
que há
monopólio, mas
ninguém nunca
havia feito nada
concreto para
tentar acabar com isso. Agora a
coisa é diferente. A
movimentação está crescendo,
as pessoas estão deixando de
comprar na referida cantina, o
dito cujo está enfurecido, ou
seja, o negócio tá dando certo!
Tudo bem que o peludo
tem amigos no CTA, conseguiu
até que a salgadeira fosse
proibida de entrar pela
portaria principal, mas damos
nosso jeitinho e, pouco a
pouco, vamos vencendo!
MACH 3 NA VEIA!!!!
Aliás, consultando
colegas nos arredores, vejo
que a principal insatisfação não
é com o alto preço em si – ok,
isso também – mas com a
discrepância entre o preço e a
qualidade dos serviços. É
indignante pagar por algo e ser
mal atendido! O non-shaved e
sua digníssima
esposa são mais
carrancudos que
o Seu Lunga!
Resmungam de
tudo! Não pode
pagar com nota
maior que de dez
reais. Não pode
botar muito
açúcar no café.
Não pode pegar mais
maionese. Não pode esquentar
o salgado. Não pode reclamar.
Ah, vá...
Aliáaaaaaaaas, não é só
a qualidade do atendimento
que deixa a desejar frente ao
preço, não: os salgados não
valem os R$2,70 e, muito
menos, o café de 20ml R$1,10.
26
Local Preço do Salgado (R$) Preço do café de 150ml (R$)
UFC (Fortaleza) 2,00 1,00
UFSC (Florianópolis) 2,25 0,90
USP (São Paulo) 2,00 1,10
UNIFESP (São Paulo) 2,25 0,75
UFRJ (Rio de Janeiro) 2,00 0,90
UNIFOR (Fortaleza) 2,40 1,20
CASDVest (SJC) 1,70 0,50
ITA – Bigode (SJC) 2,70 1,70
Para se ter uma ideia da robalheira, veja algumas comparações com cantinas de outras
instituições:
Minha indignação
não acaba, mas
vou ficando por
aqui. Divirtam-se
com as tirinhas e,
para fechar, deixo
uma pergunta:
Os Andróides estão de volta
Iniciativas: ITAndroids
evento de robótica do
Brasil, a CBR 2011
(Competição Brasileira
de Robótica): o Soccer
Simulation 2D (ou
simplesmente Soccer
2D) e o IEEE-SEK
(Standard Educational
Kits). O objetivo do
p r i m e i r o é a
programação de uma
equipe de robôs
autônomos simulados
com 11 jogadores,
r eprod uz indo em
software uma partida
de futebol em duas
dimensões. Já no IEEE-SEK, todo
ano os organizadores da LARC
(Latin American Robotics
Competition) especificam uma
tarefa envolvendo decisão e
robótica cooperativa, a qual
também é utilizada na CBR. Os
robôs criados devem ser móveis,
autônomos e feitos com um único
kit educacional, em geral o LEGO
MindstormsTM.
Em setembro de 2011,
alunos dessas duas categorias
competiram em São João del
Rei, interior de Minas Gerais,
na IX CBR, representando o
ITA junto à ITAndroids.
Destacou-se o time da IEEE-
SEK, que chegou até as
semifinais da competição,
mesmo em sua primeira
participação nessa categoria,
sendo considerado o melhor
time do estado de São Paulo.
Atualmente a ITAndroids está
“- Toróide 5 passa a bola
para o toroide 8, este carrega a
jogada ensaiada número 7, cruza
na área para o toroide 9 que
cabeceia no canto eeeeeeee...
ehhhhhhhh gooooool!!!”
Tal narração com certeza
não parece ser de um jogo de
futebol convencional e muito
menos aparenta se passar à beira
dos gramados dos grandes
estádios. Entretanto, não é por isso
que não existe uma torcida
apaixonada por seus times, capaz
de, literalmente, virar noites em
claro quando perdem uma partida.
Estamos falando do Soccer
Simulation 2D, uma das categorias
desenvolvidas desde 2006 pela
ITAndroids, iniciativa de robótica,
mecatrônica e simulação dos
alunos do ITA.
Após dois anos fora dos
gramados simulados, a ITAndroids
volta este ano de “cara nova” e com
a “casa arrumada”: uma nova
organização, um portfolio mais
amplo de categorias a serem
exploradas e principalmente, agora
ela é “toda nossa”, formalmente
dirigida por alunos do ITA com o
apoio dos professores.
Só neste ano, dois projetos
já se desenvolveram em paralelo,
iniciando junto a uma das matérias
do ITA (MTP-01: Introdução à
Engenharia) e evoluindo com o
intuito de competirem no maior
se renovando completamente, com
o intuito de melhorar sua gestão e
voltar às conquistas do passado:
em 2006 a ITAndroids foi campeã
na Competição Brasileira de
Robótica em 3 das 4 categorias que
participou, conquistando o 1º lugar
da América do Sul na categoria
Soccer Simulation 3D; nesse
mesmo ano e também em 2007,
representou o Brasil na maior
competição de robótica autônoma
do mundo, a RoboCup; e em 2008,
participou da competição mundial
RoboChamps, trazendo para o
Brasil o troféu de campeão
mundial!
O atual capitão da equipe,
Tarcisio Gripp, acredita que dentro
de alguns anos a ITAndroids
voltará a ocupar posição de
destaque entre as equipes de
robótica não só do Brasil, mas
também de outros países. “Com
uma boa organização e gestão,
apoio de professores e pós-
graduandos do ITA, em termos
acadêmicos e de infraestrutura, e
com uma equipe motivada a
trabalhar para as diversas
competições durante o ano,
acredito que o Brasil será pequeno
para o alcance do nome de nossa
iniciativa.” E com um time desses,
quem irá discordar? Futebol de robôs Very Small-size. Já no ano de 2012 será a principal categoria da ITAndroids a participar da Competição Brasileira de Robótica.
“... acredito que o Brasil
será pequeno para o
alcance do nome
de nossa iniciativa.”
Integrantes do time de 2011 da ITAndroids durante a Competição Brasileira de Robótica. Da esquerda para a direita: Denis (T-14), Agripino (T-14), Asminha (T-14),
Tarcisio (T-14), Manga (T-12) e André (T-14).
28
Desbravadores
Palavra do Presidente
S empre admirei o espírito
desbravador, em especial,
aquele espírito que nasce em
pessoas que realmente vivem de
descobertas. O Brasil conta com
uma pilha de histórias de
desbravadores. Uma das mais
bonitas delas é a da consagrada
trajetória da Expedição
Roncador-Xingu (1940). Os
personagens mais importantes
dessa e xpedi ção f oram
Cláudio, Orlando e Leonardo
V i l l a s B o a s . E s s e s
desbravadores percorreram
regiões inexploradas pelo
"homem-branco" com uma
única motivação: realizar
contatos amistosos com os
povos indígenas do Brasil.
A grande inspiração que
essa história me traz é o
sentimento de "brasilidade" dos
irmãos villas-boas - Sentimento
esse que os levou a seguirem
uma trajetória árdua de lutas
pró-indigenistas. Hoje eles são
reconhecidos ícones nacionais
em se tratando de políticas de
p r o t e ç ã o d o s í n d i o s .
Desbravaram por "brasilidade".
Foi desse sentimento que
nasceu ITA - vindo do nosso
querido iteano Casimiro
Montenegro Filho, retrato fino
de um brasileiro. É esse
s e n t i m e n t o q u e t o d o
desbravador precisa ter. O
desbravador de que falo é o
ENGENHEIRO - ou seja, o
consultor, o bancário, o
empresário, professor, ou
qualquer outro profissional
com grandes problemas pra
resolver. Na verdade, os
engenheiros são verdadeiros
desbravadores da economia:
Planejam a viagem, dão uma
olhada na bússola e atravessam
o mato que estiver no meio. É
um dos poucos profissionais
que se privilegia de fazer
f r o n t e i r a a o r e a l
desenvolvimento da economia.
Defendo que precisamos
buscar a brasilidade - e
carregar quem estiver por
perto conosco. A brasilidade
n ã o n o s t o r n a m a i s
c o m p e t e n t e s o u m a i s
profissionais. Na verdade nem
sei o que isso pode nos trazer
de bom, mas sei que deu certo
com Casimiro, com Villas-Boas
e com mu itos ou tros
desbravadores da história. A
sensação de pavimentar o
desenvolvimento do nosso país
deve valer muita coisa. Se eu
chegar lá, para mim vai valer.
Orlando Lustosa, T13
Orlando Villas Boas e um índio Txicão
Orlando Leonardo, e Cláudio
pt.
wik
iped
ia.o
rg.jp
g
pt.
wik
iped
ia.o
rg.jp
g
29
Charge
30
Estudar no ITA
e ser iteano
são duas coisas
com que não me engano.
Para estudar no ITA
basta aqui estar
assistir às aulas
e meter gagá.
É estar aqui
sem se acostumar
não gostar de nada
e só criticar.
P‟ra ser iteano,
tem que participar,
e edificar um ITA
melhor p‟ra se estar.
Tem que sentir no peito
o orgulho latente
tal qual o vestibulando,
recém-aprovado e
ainda inocente.
E assim, para todos
poder divulgar
o que o ITA tem de bom,
sem o deturpar.
Betim, T96.
(Extraído d’A Cova de maio de 1992)
Qual a diferença?
Dezembro de 2011
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