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INSTITUTO CIENTÍFICO DE ENSINO SUPERIOR E PESQUISA – ICESPCURSO DE AVIAÇÃO CIVIL
METODOLOGIA CIENTÍFICA
A CORRIDA ESPACIAL E SUA INFLUÊNCIA NA AVIAÇÃO
Orientadora: Marília de Melo e Silva
Raul Campos Bernardes
Novembro -2004
Trabalho realizado com pré-requisito parcial para aprovaçã
na disciplina de Metodologia Cientifica.
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“Um pequeno passo para o homem, mas um grande
salto para a humanidade”.(Neil Armstrong/1960)
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iii
Dedico este trabalho a orientadora Marília por estar
nos orientando nesta árdua caminhada.
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v
RESUMO
Esta monografia versa sobre a Corrida Espacial e sua influência na aviação civil,
realizada por Raul, Igor e Leonardo de Oliveira do Instituto Científico de Ensino Superior e
Pesquisa - ICESP cursando o 2º Semestre de Aviação Civil. A metodologia utilizada foi a
pesquisa bibliográfica na área da tecnologia aeroespacial. Os dados e informações encontrados
serão comentados separadamente na conclusão.
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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
A-320 - Airbus 320.
Embraer - Empresa Brasileira de Aeronáutica.
EUA - Estados Unidos da América.
GPS - Global Positioning System (Sistema de Posicionamento Global).
GPWS - Ground Proximity Warning System (Sistema de Percepção de Alarme de
Proximidade do Solo).
KG - quilograma.
MD-11 - McDonell Douglas 11.
MD-80 - McDonell Douglas 80.
NASA - National Aeronautics and Space Administration (Administração Nacional da
Aeronáutica e do Espaço).
ONU - Organização das Nações Unidas.
OTAN - Organização de Tratado do Atlântico Norte.
t - tonelada.
TCAS - Traffic Alert and Collision Avoidance (Sistema Embarcado de Prevenção deTráfego).
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Lista de Figuras
Figura 1 - Monoplano “Demoiselle” Figura 2 - Auto Retrato de Santos DumontFigura 3 - Cockpit do Airbus A-340
Figura 4 - Explosão da bomba nuclear em Hiroshima
Figura 5 - Sputnik-2
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Como se originou esta história? Como se iniciou e desenvolveu a atividade de vôo e
suas profissões? Por certo, voar sempre provocou um deslumbramento enorme nos homens e
não é de hoje o desejo de alcançar os céus como os pássaros.
Ninguém sabe, exatamente, quando o homem teve pela primeira vez o desejo de voar.
Sabemos que é uma ambição muito antiga. A mitologia, a arte e a literatura de todas as épocas
e culturas estão repletas de imagens de homens-pássaros e do anseio humano de alcançar os
céus. A corrida espacial nos remete ao desenvolvimento tecnológico do século XX,
particularmente do período da Guerra Fria. Estados Unidos e União Soviética disputavam
quem obteria primeiro maior domínio e conhecimento do espaço.
Para fazer uma história da aviação é preciso, em algum sentido, compreender uma
noção central da temporalidade, qual seja a impossibilidade do tempo lógico, métrico, em
explicar os processos históricos, os contornos de desenvolvimento. Há de se entrever que o
tempo não está vazio de acontecimentos marcantes, nem homogêneo, porque não é linear ou
matemático.
Se a física pode estudar um fenômeno, como o ciclo de um cometa, por sua
temporalidade matemática, onde cem anos significam apenas a diferença métrica, espacial;
para as ciências humanas é imprescindível considerar este espaço temporal e as circunstâncias
que o contornaram e nele se desenvolveram.
Com todos os desenvolvimentos que existe hoje o piloto passa a ver tudo o que ocorre
dentro e fora do avião através de uma tela de computador, desconhece os rios, as montanhas,os ventos e as tempestades e passa a confiar mais na tela do que na sua própria intuição e
experiência.
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O objetivo deste trabalho é mostrar para os leitores a importância que tem o avanço
tecnológico mostrando o lado bom que e a construção de aeronaves para o bem estar dopúblico e o lado ruim que é a destruição em massa. Esta monografia contribuirá para
esclarecer dúvidas e também aumentar os conhecimentos dos leitores sobre o avanço
aeroespacial como um todo.
O autor que mais foi analisado no trabalho foi Marc Grant que relata no Capítulo I
toda a história da Aviação começando com Santos Dumont até os grandes e modernos aviões.
No início do capítulo ele diz que “um tempo bem mais recente e real, o homem tentou
construir máquinas de voar. Gênios renascentistas, no início do século XVI, desenhou
esquemas de aparelhos muito parecidos com os atuais helicópteros. Apesar de avançadas, as
concepções desses gênios não saíram do papel porque lhe faltava o conhecimento das leis
fundamentais da aerodinâmica, que seriam formuladas muito posteriormente. Quando o
assunto é a conquista do espaço, a primeira coisa que normalmente nos vem à cabeça é os
grandes foguetes. Mas antes deles houve um longo processo de invenções e descobertas”.
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CAPÍTULO I
A TECNOLOGIA AEROESPACIAL
1.1 A História da Aviação
“um tempo bem mais recente e real, o homem tentou construir máquinas de voar.
Gênios renascentistas, no início do século XVI, desenhou esquemas de aparelhos muito
parecidos com os atuais helicópteros. Apesar de avançadas, as concepções desses gênios não
saíram do papel porque lhe faltava o conhecimento das leis fundamentais da aerodinâmica,
que seriam formuladas muito posteriormente. Quando o assunto é a conquista do espaço, a
primeira coisa que normalmente nos vem à cabeça é os grandes foguetes. Mas antes deles
houve um longo processo de invenções e descobertas”. (Marc Grant, 2002).
Nesse sentido, a história da conquista espacial daria um grande salto em 1901, ano em
que o engenheiro brasileiro Alberto Santos-Dumont fez um pequeno vôo em torno da Torre
Eiffel, em Paris. A façanha foi a bordo de um balão de hidrogênio equipado com um pequeno
motor a gasolina. A experiência, que deu fama a Santos-Dumont, coroou um longo trabalho
para tornar dirigíveis os aparelhos mais leves que o ar.
Figura 1 Monoplano “Demoiselle”.
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No período de 1907 a 1910, Santos Dumont realizou inúmeros vôos com o monoplano“Demoiselle”. Patrono da Aeronáutica e da Força Aérea Brasileira, onde recebeu a patente de
Marechal-do-Ar, faleceu em São Paulo em 1932, sendo considerado até hoje, o brasileiro que
mais se destacou a nível mundial na história da aviação.
Depois da Primeira Guerra, a indústria da aeronáutica experimentou um extraordinário
crescimento. Dos pequenos monomotores a hélice de 1914, a indústria militar passou à
fabricação de bombardeiros de grande porte.
Para desgosto do Pai da Aviação, já na Primeira Guerra Mundial, entre 1914 e 1918,
era evidente o significado bélico da conquista do ar. Naquela época, a falta de instrumentos
precisos de balística para determinar a trajetória das bombas contribuiu para a devastação de
centros urbanos e para a morte de um número assombroso de civis. A humanidade estava
ingressando na era da alta tecnologia de destruição em massa, algo que iria trazer grandes
prejuízos para a geração futura.
Mas o grande êxito do inventor brasileiro foi ter alçado vôo com um perfeito aparelho
mais pesado que o ar por meios mecânicos próprios. Começava ali uma nova fase na história
da humanidade. O que Santos-Dumont não calculou foi o potencial destrutivo de seu invento,
quando utilizado como arma de guerra.
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Figura 2 Auto Retrato de Santos Dumont.
Este momento histórico é por demais favorável às experiências sobre aviação. A virada
do século XIX para o século XX significou, (2000), uma época de aposta na ciência e, não à
toa, teve como grandes símbolos a luz e a velocidade. Ora, nada mais importante, então, do
que percorrer as distâncias de forma mais rápida, reduzir o tempo de deslocamento. Para o
Brasil, este momento parecia significar algo de muito importante, pois, se voar era a utopia
(algo que não existe) do momento, imaginava-se que era deste modo que o país poderia ser
incluído no seleto grupo de nações civilizadas e desenvolvidas.
1.2 Avanços no transporte aéreo
Interessante ressaltar, que após as guerras realizadas com aviões, os especialistas
aproveitaram seus maiores conhecimentos técnicos para poderem explorar a aviação no Brasil.
Nos Estados Unidos, a aviação comercial demorou a se concretizar. Somente, após 1925 e,
principalmente, depois da entrada do empresário da indústria automobilística, Henry Ford, ao
despertar para a riqueza do negócio, é que ocorre o grande salto no transporte aéreo norte-americano e várias empresas aéreas são inauguradas.
Por esta razão, não é de se espantar a potência da Alemanha na aviação, mesmo depois
da primeira guerra. Pereira (1987) mostra, por exemplo, os números das operações do
transporte aéreo entre 1926 e 1929, os quais concorrem para defender esta idéia. Em 1926, os
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EUA transportaram 5.782 passageiros, enquanto a Grã-Bretanha 16.775, a França 13.634 e a
Alemanha 56.268. Em 1927, os números são: EUA (8.679), Grã-Bretanha (20.015), França(15.857) e Alemanha (102.681). No ano de 1928 os EUA ultrapassam a França e a Grã-
Bretanha e em 1929 ultrapassa a Alemanha. Porém, neste último ano a Alemanha ainda tem
valores muitíssimos elevados.
1.3 A automatização e as altas velocidades.
Deste modo, esta nova revolução alia-se ao capital e busca maior eficiência na
realização dos produtos e serviços. Torna, assim, capaz à indústria aeronáutica voar em menor
tempo e com mais economia. A partir, principalmente, dos novos conhecimentos em
aerodinâmica, além da maior potência dos motores, a aviação observou avanços espetaculares:
“247 km/h em 1919, 330 já em 1921, 400 em 1923, 448 em 1924, 548 em 1931, 709 em 1934
e 755 em 1939”. A altitude para o vôo, no período de 1919 a 1938, foi aumentada em quase
seis vezes.
Neste processo, acabou as possibilidades de aperfeiçoamento dos aviões à hélice e
surgiu, em 1939, o primeiro avião, a jato. Em 1935, ocorre a primeira experiência com o radar.
Atualmente, e em conseqüência da utilização das altas freqüências radioelétricas, encontra-se
nos aviões, dispositivos automáticos para aterrissagem e radar meteorológico. A década de 40
marca, então, um crescimento na utilização dos propulsores a jato, o que permite a quebra da
“barreira do som” (1.227 km/h), em 1947.
O processo de automatização foi, então, desenvolvido para complementar e auxiliar as
operações humanas na execução destas tarefas, quase impossíveis de serem realizadas sem a
assistência da máquina. Mais tarde ficou óbvio que todo este processo poderia “diminuir” o
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número de tarefas realizadas pelo piloto num momento onde o sistema de aviação se tornava
mais moderno.
A automação na aviação, distintamente da indústria, foi concebida, de início, com a
particularidade de ser um complemento para os operadores humanos. Atuava na manutenção
do controle da aeronave, deixando a navegação, as comunicações e o gerenciamento das
funções para a tripulação. A tarefa de ajustamento contínuo das superfícies da aeronave pôde,
assim, ser controlado a partir da concepção do “piloto automático” que controla as superfícies
de comando.
No final de 1930, praticamente, todos os aviões civis e militares contavam com estes
equipamentos e, concomitantemente, aos avanços em aerodinâmica e dos motores tornou-se
possível alcançar marcas enormes de velocidade e altitude. Estes aparelhos automatizados
começaram a ser instalados para aliviar o piloto, em vôos longos, do constante trabalho
manual, embora não retirassem desse as funções essenciais à pilotagem.
1.4 O Avanço científico-tecnológico.
Com o avanço científico-tecnológico, houve uma expansão da utilização de
computadores digitais que estimulou o desenvolvimento de microprocessadores em miniatura
com circuitos sólidos. Na aviação os microprocessadores têm tido profundos efeitos na forma
como os aviões são voados, na forma como o sistema de aviação é gerenciado, com grande
impacto nos pilotos e controladores de vôo.
Não se pode esquecer, entretanto, a participação da segunda guerra mundial neste
contexto. Grande parte das conquistas científico-tecnológicas está associada à atmosfera
militar, ou a possi bilidade de ameaçar um outro. “Esta marcha regular dos conhecimentos
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humanos e dos progressos técnicos coincidiu com as grandes subversões mundiais”.(Simoni,
1996)
Na verdade, este avanço científico-tecnológico concorre, também, para gerar novas
experiências ao homem, sem que este esteja preparado.Por outro lado, a aviação vai
contribuindo para transformar o mundo. O panorama geográfico, por exemplo, modifica-se
gradativamente. É surpreendente o tempo gasto para realizar vôos de longas distâncias a mais
de 800 km/h, “isto parece corrida de naves espaciais”. (Raul, 2004)
1.5 A informática robotizada chega para os aviões.
Decerto, esta corrida espacial teve inúmeros efeitos na aviação civil. A informatização
da cabine e o uso de novos materiais e técnicas aerodinâmicas, entre outros fatores, foram
decorrentes dos avançados estudos em navegação aeroespacial. Uma das muitas
transformações que emergiu desta influência foi, sem dúvida, o modo operatório do desenrolar
do trabalho. Neste processo cada vez mais informatizado o computador se apropria da cabine
de comando.
Esta confiabilidade maior nos microprocessadores, marcada pela corrida espacial e
alargada na década de 70, torna a tecnologia digital obrigatória nas aeronaves dos principais
fabricantes mundiais, tais como a Boeing, a Douglas e Airbus. Fabricantes nos anos 80
modernizaram a tecnologia de automação.
Nesta época surgiram os primeiros aviões civis, como os Boeing 767 e 757, com o
denominado “glass cockpit”, que é um termo genérico usado para denominar os instrumentos
dentro da cabine de comando que mostram as informações por meios eletrônicos, substituindo
os tradicionais aparelhos eletromecânicos. Este sistema deixa para trás os vários relógios
analógicos tradicionais, o mecânico de vôo e o navegador e mergulha na imagem
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informatizada da era do cristal líquido e dos sistemas digitais. Posteriormente, ainda nesta
década, surge o Airbus A-320, primeiro com o “all glass cockpit”, ou seja, a cabine decomando totalmente informatizada.
Figura 3 Cockpit do Airbus A-340.
1.6 O apogeu da tecnologia aeroespacial.
Os fabricantes integraram todas as informações necessárias em uma única tela,
incluindo detalhes do terreno, a programação da rota, a programação da rota alternativa, a
localização de aeroportos, distância do avião em relação ao chão (GPWS - Ground ProximityWarning System) em relação a outros aviões (TCAS - Traffic Alert and Collision Avoidance
System) incluindo o GPS (Global Positioning System) que é um sistema de navegação por
satélite.
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O quadro a seguir destaca a evolução tecnológica das aeronaves comerciais:
Quadro – 1 A Evolução Tecnológica na Aviação Civil
PRIMEIRA
GERAÇÃO
SEGUNDA
GERAÇÃO
TERCEIRA
GERAÇÃO
QUARTA
GERAÇÃO
Tecnologia
- Sistemas simples
- Muitas tarefas
manuais.
- Navegação
manual.
Tecnologia
- Sistemas
redundantes.
(backup)
- Piloto
automático.
Tecnologia
- Sistemas digitais
- Cockpit para
tripulação com
duas pessoas.
- Displays
gráficos.
- Sistemas de
gerenciamento de
vôo.
Tecnologia
- Cockpit
totalmente
informatizado.
- Operação
integrada dos
sistemas.
- Sistemas de
redução de
acidentes.
Aeronaves:
- DeHavilland
Comet
- Boeing707
- Douglas DC-8
- Douglas DC-9
- Douglas DC-3
Aeronaves:
- Boeing 727
- Boeing 737-100
e 200
- Boeing 747-100,
200 e 300
- Douglas DC-10
Aeronaves:
- Boeing 767
- Boeing 757
- Boeing 747-400
- McDonell-
Douglas MD-80
- Airbus A-310
Aeronaves:
- Airbus A-319
- Airbus A-320
- Airbus A-321
- Airbus A-330
- Airbus A-340
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- Lockheed L-
1011- Airbus A-300
- Fokker F-28
- McDonell-Douglas MD-11
(transição para a
quarta geração).
- Boeing 777
aproximadamente
até o final da
década de 1950.
aproximadamente
até o final da
década de 1960.
aproximadamente
até a década de
1980.
aproximadamente
no final da década
de 1980.
São estes fatores que modificaram sensivelmente, não só a aparência interior da cabine,
mas também as relações sociais entre os tripulantes, bem como as relações do homem com a
máquina. A interposição de mais e mais automação entre o piloto e o avião tende a distanciá-
lo cada vez mais dos detalhes da operação.Assim, este processo tende a excluir o homem deste
contexto. Aquilo que outrora pôde representar a concretização de um sonho, em tempos
modernos marcam a perda de sentido da ação.
A aviação nos dias de hoje procura funcionar de modo preciso. Ocorre um aumento de
todos os setores para que se possa extrair o máximo de lucro desta atividade. Os aeroportos,
aviões, espaço aéreo e as tripulações estão sendo utilizados no máximo de suas capacidades.
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CAPÍTULO II
A CORRIDA ESPACIAL
2.1 Bomba atômica: lado sinistro da corrida espacial
No fim da Segunda Guerra, o mundo estava dividido em dois blocos antagônicos e
tomava contato com um novo e aterrorizante elemento, a bomba atômica. Em agosto de 45, ela
foi mostrada à opinião pública da forma mais trágica possível: dizimando milhares de vidasnas cidades de Hiroshima e Nagasaki, no Japão. As imagens da bomba acabaram se tornando
um marco na história da humanidade. Mais do que nunca, para os líderes mundiais, a
sobrevivência de uma nação, ou de um bloco econômico, parecia depender essencialmente do
conhecimento científico e tecnológico.
Não por acaso, os melhores cientistas do Terceiro Reich foram cortejados por
soviéticos e americanos, ávidos por seus conhecimentos. Werner von Braun, por exemplo, foi
para os Estados Unidos. A valorização dos especialistas mostrava o apogeu do poder da
ciência. Socialistas e capitalistas acusavam-se mutuamente, mas os líderes dos dois sistemas
tinham em comum a visão de que o importante era investir em pesquisas. Mas esse interesse
todo pela ciência não era uma novidade.
2.2 A ciência a serviço do desejo de voar
Desde que o matemático e filósofo francês René Descartes formulou seu famoso
aforismo (pequena frase com grande significado), “penso, logo existo”, os teóricos da cultura
ocidental passaram a duvidar de tudo o que não se pudesse comprovar cientificamente. A
partir da visão racionalista do mundo, inaugurada no século XVII com o Iluminismo, o
progresso humano passou a ser medido segundo os padrões dos cientistas, apesar de todos os
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dogmas da Igreja. Assim, nada mais natural do que o homem esperar da ciência a resposta ao
seu anseio de voar.
É claro que havia na corrida espacial um forte componente simbólico de prestígio e
poder. O bloco que primeiro dominasse o espaço provaria sua superioridade científica. E como
era a capacidade científica que media o progresso, quem dominasse primeiro o espaço
provaria ao mundo que tinha o sistema mais perfeito, mais capaz de realizar os sonhos do
homem.
2.3 O homem no espaço: superioridade
Na verdade, quando falamos sobre os anos que vieram logo depois da Segunda Guerra,
e sobre blocos econômicos, estamos tratando também do início do período da Guerra Fria. Nos
Estados Unidos, a idéia da felicidade no dia-a-dia estava muito associada ao progresso técnico
e científico. Os meios de comunicação difundiam a imagem de que só poderia ser feliz o
americano que tivesse em casa todos os eletrodomésticos disponíveis no mercado, além de
pelo menos um automóvel na garagem. Coisas de um consumismo assumido que não existia
nos países socialistas.
2.4 Sputnik-1: O avanço soviético
Com esses valores materiais em alta, o Ocidente, e em particular os americanos, foram
surpreendidos pelo anúncio do projeto espacial soviético Sputnik. Acostumados a conviver
com a tecnologia de ponta, tiveram de aceitar a vantagem da União Soviética na corrida ao
espaço. A data: 4 de outubro de 1957.
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2.5 Explorer e Nasa: A reação norte-americana.
Diante de todos esses fatores, o salto dos soviéticos na corrida espacial parecia ainda
mais grandioso. Para os EUA (Estados Unidos da América), era necessário reagir com
urgência. Em 31 de janeiro de 1958, depois de uma tentativa fracassada, os americanos
finalmente colocaram em órbita o seu primeiro satélite artificial, o Explorer. O pequeno
aparelho, de 13,6 kg (quilograma), levava instrumentos para medir raios cósmicos,
temperaturas e colisões de meteoritos. O foguete de lançamento do Explorer, o Juno-1, era na
verdade apenas um míssil modificado por Von Braun.
Em janeiro de 59, os soviéticos deram uma nova demonstração de seu avanço
tecnológico com o lançamento do projeto Luna, voltado a pesquisas sobre a Lua. Os primeiros
resultados expressivos chegaram em outubro do mesmo ano de 59: o Luna-3 contornou a Lua
a uma altura de 7.000 quilômetros e fotografou pela primeira vez o lado escuro do satélite
natural.
2.6 Yuri Gagarin, o primeiro homem no espaço.
Em abril de 1961, mais um salto tecnológico da União Soviética: subia aos céus a
Vostok, primeira nave pilotada por um ser humano. O cosmonauta era Yuri Gagarin, um
jovem piloto de 26 anos. Durante cerca de 90 minutos, ele viajou em órbita da Terra a uma
altura média de 320 quilômetros. Com Gagarin, a humanidade teve acesso a novos
conhecimentos e aprendeu que a Terra é uma imensa bola azul. Nas ruas de Moscou, a
população foi ao delírio.
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2.7 a crise dos mísseis
Em 62, no mês de outubro, a Guerra Fria chegou a um nível preocupante com a crise
dos mísseis em Cuba. Os Estados Unidos reagiram energicamente à iniciativa soviética de
instalar uma plataforma nuclear em território cubano, apenas 150 quilômetros da costa norte-
americana. A União Soviética recuou, mas o mundo sentiu pela primeira vez o perigo real de
um confronto nuclear entre as superpotências. Mais do que nunca, a conquista do espaço e das
tecnologias dos foguetes tornava-se um objetivo prioritário para os governos de Washington e
de Moscou.
Enquanto os americanos investiam em vôos tripulados para a Lua, os soviéticos
preferiam trabalhar com robôs nas missões lunares. Em 1966, o foguete Luna-9 pousava no
satélite natural. Pouco depois, o Luna-10 tornava-se o primeiro aparelho a entrar em órbita da
Lua. Em 1970, com os veículos automáticos, os soviéticos obtiveram várias amostras da
superfície lunar.
Do lado americano, o projeto Ranger deu novo impulso ao programa espacial,
enviando da Lua, em 65, mais de 17 mil fotos de alta resolução, permitindo novas pesquisas.
A conquista da Lua dividiu-se em 3 programas, o Mercúrio, o Gemini e o Apolo, cada um
responsável pelo desenvolvimento de determinadas etapas de um vôo tripulado.
Mesmo com todas as precauções, uma tragédia abalou os Estados Unidos, em janeiro
de 67. Durante uma decolagem simulada, um incêndio provocado por um curto-circuito
destruiu a nave Apolo-1, matando os três astronautas a bordo.
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2.8 Sucesso no cinema e na TV
A Lua, na verdade, não era o único objetivo das superpotências. Nos anos 60 foram
lançados vários aparelhos para Marte, Vênus e Mercúrio. Alguns se perderam para sempre, e
outros conseguiram enviar dados importantes sobre a superfície e a atmosfera dos planetas. O
fato é que tudo isso alimentava o clima de excitação na opinião pública.
Na literatura, entre os autores da segunda metade do século XX destaca-se Isaac
Asimov, escritor e bioquímico norte-americano de origem russa. O sucesso de livros e filmes
mostra que o imaginário coletivo estava repleto de fantasias sobre os outros mundos. Não foi à
toa que, justamente nessa época, nos anos 60, multiplicaram-se os casos de pessoas afirmando
ter visto discos voadores. Na ficção científica e na imaginação das pessoas era fácil viajar
Universo adentro, mas na realidade o homem precisou trabalhar muito até chegar o grande
momento: o desembarque de um astronauta em solo lunar.
2.9 Apollo 11 - o homem na Lua
Apollo 11, ano de 1969. Um pequeno passo para o homem, um salto gigantesco para a
humanidade. Com essa célebre frase, o astronauta Neil Armstrong registrou o momento em
que pisava o solo da Lua, em companhia do piloto Edwin Aldrin. O terceiro astronauta,
Michael Collins, permaneceu a bordo da nave. A Terra inteira acompanhou pela TV, naquele
20 de julho, uma das mais fascinantes experiências vividas pelo homem.
Depois da descida na Lua, a corrida espacial perdeu grande parte de seu fascínio. Os
contribuintes americanos começaram a questionar o alto custo desse tipo de empreendimento,
que apresentava resultados menos emocionantes que os filmes e seriados de ficção científica.
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A própria Guerra Fria começou a cansar a opinião pública. No final dos anos 60, os
movimentos pacifistas realizaram grandes manifestações nos Estados Unidos e na Europa. NaFrança, a temperatura esquentou com o movimento estudantil de maio de 68.
No bloco socialista não foi muito diferente. Na Tchecoslováquia, os jovens saíram às
ruas em defesa da chamada Primavera de Praga, um período liberal estimulado pelo dirigente
tcheco Alexander Dubcek. De um modo geral, a opinião pública, de leste a oeste, já não
aceitava a velha fórmula do Bem e do Mal, do capitalismo versus comunismo, propagada dos
dois lados no auge da Guerra Fria.
Nos Estados Unidos, o incidente com a Apollo-13, em abril de 1970, fez diminuir o
prestígio da Nasa junto aos americanos. Por pouco os três tripulantes da missão não perderam
a vida por causa da explosão num tanque de combustível. Na União Soviética, o programa
espacial entrou em nova fase com o projeto Salyut, de implantação de uma estação espacial
em forma de módulos. Os Estados Unidos lançariam um projeto semelhante, o Skylab, em
1973.
2.10 Anos 70: distensão entre as superpotências.
Na diplomacia, as relações entre as superpotências começaram a refletir o novo clima
de distensão. Em 1972, o presidente americano Richard Nixon e o dirigente soviético Leonid
Brejnev inauguraram, com o Salt-1, uma série de acordos para a limitação e a redução dos
arsenais nucleares dos dois países.
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2.11 URSS e EUA: cumprimentos no espaço.
Em 17 de julho de 1975, a atmosfera de paz foi celebrada no espaço. Numa operação
de 250 milhões de dólares, astronautas americanos e cosmonautas russos acoplaram suas
naves num ponto sobre o Oceano Atlântico, a mil quilômetros da costa de Portugal. Durante
dois dias, as tripulações trocaram visitas e realizaram experimentos em conjunto. Esse viria a
ser o acontecimento mais significativo da indústria espacial nos anos 70. Mas os lances
emocionantes das aventuras fora da Terra ficariam por conta de Hollywood.
2.12 Explosão da estação espacial Challenger
Mais discreta, a União Soviética dava seqüência ao programa espacial com o projeto
Mir, lançado em fevereiro de 86. Eram módulos semelhantes ao Salyut, destinados à longa
permanência dos cosmonautas no espaço.
Em dezembro de 1988, entrevistei em Moscou o cosmonauta Yuri Romanenko, que
ficou 326 dias, 11 horas e 38 minutos a bordo da Mir, quebrando na época o recorde de
permanência de um homem no espaço. Romanenko disse-me que, na Mir, ele contava com um
quarto confortável para dormir, além de espaço para ginástica.
O cosmonauta fazia contato com os familiares na Terra através de naves de apoio, não
tripuladas, que levavam e traziam objetos, cartas, fitas de vídeo e até comidinhas caseiras
autorizadas pelos médicos. A título de curiosidade, Romanenko afirmou que sempre sabia
quando sobrevoava o Brasil, por causa de fortes explosões de luz sobre o país. Um detalhe que
nunca me foi esclarecido por nenhum cientista.
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2.13 Satélites de comunicação: mais verbas.
Hoje, sem Guerra Fria e até sem União Soviética, a Mir é um ponto de apoio para
missões conjuntas de vários países. Uma plataforma de onde o homem pode dirigir seu olhar
para mais longe. Na verdade, nos últimos anos as principais verbas dos programas espaciais
têm sido aplicadas no aperfeiçoamento dos satélites de comunicação, que hoje se conta aos
milhares em volta da Terra.
De qualquer modo, sondas enviadas pelo homem continuam pesquisando planetas,
estrelas e fenômenos em distâncias remotas, numa tentativa de satisfazer a curiosidade
humana, provavelmente infinita como o Universo.
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CAPÍTULO III
O AVANÇO ARMAMENTISTA
3.1 Einstein e a bomba atômica
O início da corrida armamentista nuclear foi marcado por um apelo de Albert Einstein
ao presidente dos Estados Unidos, Franklin Roosevelt, numa carta enviada em 1939. O físico
alemão mostrava-se preocupado com a possibilidade de Hitler ter acesso à tecnologia nuclearantes dos americanos. Roosevelt decidiu ampliar os investimentos em pesquisas e determinou,
em 1942, o início do Projeto Manhattam, voltado ao desenvolvimento da bomba atômica. Três
anos depois, em julho de 1945, a equipe de Robert Oppenheimer fez o primeiro teste bem
sucedido de explosão nuclear no deserto de Alamogordo, no estado americano do Novo
México.
Para muitos historiadores, o marco inicial da Guerra Fria foi o lançamento da bomba
atômica sobre Hiroshima e Nagasaki, em agosto de 1945, logo após o fim da Segunda Guerra
Mundial. Nessa perspectiva, a destruição das duas cidades nada teve a ver com o Japão, já
militarmente derrotado, e sim com a divisão geopolítica do mundo.
Figura 4 Explosão da bomba nuclear em Hiroshima.
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3.2 A bomba soviética e a corrida espacial das superpotências
Nos dias atuais, com uma perspectiva histórica, podemos imaginar a repercussão
política e psicológica provocada pelo surgimento da bomba atômica soviética, em 1949. Dali
em diante, duas potências antagônicas dominavam a tecnologia de destruição em massa. Com
todo o clima de confronto, americanos e soviéticos lançaram-se à corrida tecnológica e ao
aperfeiçoamento permanente dos armamentos nucleares, como se poucos deles já não
pudessem pôr fim à vida humana na Terra. A corrida espacial implicava também uma
estratégia de dominação, em que as alianças regionais e a instalação de bases militares eram de
extrema importância.
Para fazer frente a OTAN (Organização de Tratado do Atlântico Norte), surgiu, em
1955, o Pacto de Varsóvia Os países liderados por Moscou criaram o Pacto em 14 de maio de
55, uma semana depois da adesão da Alemanha Ocidental à OTAN. No início, integravam o
pacto a União Soviética, a Albânia, a Alemanha Oriental, a Bulgária, a Tchecoslováquia, a
Romênia, a Polônia e a Hungria. A Albânia, tradicional aliada da China, sairia do Pacto em
1968, por causa do estremecimento de relações entre Moscou e Pequim. As bases militares
montadas nos países da OTAN e do Pacto de Varsóvia receberam, nos primeiros momentos,
mísseis americanos e soviéticos convencionais.
Eram foguetes equipados com bombas potentes, não nucleares, do tipo das famosas V-
2 criadas pelo físico alemão Werner Von Braun e utilizadas por Hitler no bombardeio de
Londres, em 44. O avanço da tecnologia nuclear logo permitiria a redução do tamanho da
bomba atômica: em 1954 a bomba já podia, em tese, ser transportada na ogiva de um foguete.Ganhavam importância, nessa fase, aspectos como o alcance e o nível de segurança dos
foguetes.
3.3 Sputnik-1: a URSS lidera a corrida
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Em 1957, coube à União Soviética inaugurar a era dos mísseis de longo alcance eprecisão. Em outubro, os soviéticos lançaram um foguete que colocou em órbita o primeiro
satélite artificial da história, o Sputnik-1. Tratava-se de um artefato simples, uma esfera de
alumínio de 58 centímetros de diâmetro e 84 quilos, equipado com um termômetro e um
transmissor de rádio.
Em novembro de 57, foi lançado o Sputnik-2. Dessa vez, um satélite de meia tonelada
com uma célebre passageira a bordo: a cachorra da raça Laika, que permaneceu dez dias no
espaço ligados a instrumentos de medição da pressão arterial, dos batimentos cardíacos e de
outras reações neurofisiológicas.
Figura 5 Sputnik-2.
Vemos então que as potências envolvidas disputavam o domínio do espaço lançando
seus grandes foguetes cada um com tecnologias bastante apuradas. Isto foi o que ajudou estas
superpotências a crescer na Aviação Civil, visto que as maiores potências na aviação até então
era a Russa e a Americana.
3.4 Moscou exibe seus mísseis táticos
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O sucesso do projeto Sputnik causou um grande impacto, porque pôs em evidência a
vantagem dos russos na corrida armamentista. Na lógica militar, um foguete que coloca umsatélite em órbita da Terra é capaz também de transportar ogivas nucleares. Ainda em
novembro de 57, a inquietação no Ocidente aumentou com a exibição, em Moscou, de mísseis
nucleares de curto alcance, os chamados mísseis táticos, durante as comemorações do
quadragésimo aniversário da Revolução Russa. A tecnologia disponível no final da década de
50 tornou cada vez mais próxima a realidade dos mísseis balísticos intercontinentais, a mais
temível arma inventada pelo homem.
3.5 Estados Unidos cria a Nasa
Os americanos, em resposta, aceleraram ao máximo os seus programas espaciais. Era a
lógica da Guerra Fria. Com a evolução da tecnologia nuclear, o tempo de destruição passou a
ser contado em segundos. Rapidez, precisão e potência passaram a ser uma obstinação dos
responsáveis pela indústria de armamentos dos dois países. Em janeiro de 1958, os Estados
Unidos lançaram o satélite Explorer. Em outubro, anunciaram a criação da Nasa – (National
Aeronautics and Space Administration) - Administração Nacional da Aeronáutica e do Espaço
órgão encarregado de coordenar as pesquisas para o desenvolvimento de foguetes e artefatos
espaciais.
Os projetos soviéticos e norte-americanos seguiam duas vertentes paralelas e complementares.
Uma delas era a pesquisa nuclear, com a fabricação de bombas cada vez menores e mais
potentes. A outra vertente era a construção de foguetes cada vez mais velozes e precisos.
3.6 Europa, cenário de uma guerra improvável!
Moscou e Washington desenvolveram bases subterrâneas e plataformas móveis,
incluindo submarinos, para o lançamento de mísseis. Criaram também os mísseis
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antibalísticos, capazes de detectar e detonar foguetes inimigos antes de eles atingirem o alvo.
Esse armamento, em especial, inquietava os países europeus, que poderiam servir de cenárioinvoluntário de uma guerra em que os territórios das superpotências estariam protegidos.
3.7 Anos 60: onda pacifista
No decorrer da década de 60, os movimentos pacifistas cresceram rapidamente nos
Estados Unidos e na Europa, tornando-se uma fonte permanente de pressão sobre os governos.Entre os americanos o movimento ganhou força com as manifestações de protesto contra a
Guerra do Vietnã.
Na Europa, a opinião pública tomava consciência de que o continente seria devastado
na hipótese de um confronto nuclear. Esses movimentos pacifistas iriam crescer muito na
década de 80, articulados com grupos de defesa do meio ambiente. Agrupados em partidos
políticos, como o Partido Verde, teriam influência até para alterar resultados eleitorais. Mas
foi um longo caminho. No início da luta pela paz, na década de 60, os pacifistas organizaram
muitas passeatas até alcançar as primeiras vitórias.
A primeira iniciativa mais concreta de contenção da escalada armamentista aconteceu
em 1968, quando 47 países assinaram o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares,
com duração de 25 anos. Pelo acordo, as superpotências podiam proteger um número limitado
de alvos essenciais, como as capitais Washington e Moscou. Assim, no caso de uma guerra, os
dois países sofreriam tantas perdas que os confrontos tornavam-se inviáveis Era essa a lógica
do equilíbrio do terror.
O Salt-1 também congelou, por cinco anos, a construção de plataformas fixas ou
submarinas de mísseis balísticos intercontinentais. Em 1979, as superpotências assinaram o
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Salt-2, que em linhas gerais ratificava o Salt-1. No fim dos anos 70, no entanto, o clima era
tenso entre Estados Unidos e União Soviética, como resultado de uma complicada situaçãointernacional. Diversos fatos politicamente relevantes se sucederam na mesma época, como a
invasão soviética no Afeganistão, a revolução sandinista na Nicarágua e a revolução dos
aiatolás no Irã. Numa demonstração de desconfiança, o senado norte-americano decidiu não
endossar o Salt-2, que apesar de tudo foi respeitado pelas superpotências.
Negociações foram realizadas para reduzir em até 50% o número de arsenais de
mísseis balísticos intercontinentais. Apesar das conversações, foram mantidas, nos dois lados,
as pesquisas para a produção de armas cada vez mais mortíferas. Surgiram as armas
inteligentes, foguetes equipados com computadores que asseguravam a eficiência do ataque e
da defesa.
3.8 Guerra no Espaço: projeto delirante
O delírio tecnológico veio logo a seguir. O presidente dos Estados Unidos, Ronald
Reagan, anunciou em 83 um projeto denominado Iniciativa de Defesa Estratégica. A idéia era
criar um fantástico escudo espacial contra mísseis lançados de qualquer ponto do planeta.
Reagan alegava que o projeto, conhecido como Guerra nas Estrelas, tornaria inúteis os mísseis
nucleares, pondo um fim definitivo a corrida espacial. Para enfatizar suas intenções, propôs
uma parceria à União Soviética, que recusou o convite.
Com o tempo, o projeto seria abandonado por ser caro e inviável. À margem das negociações
entre as superpotências, diversos governos continuaram engajados em projetos nucleares. Nos
anos 80, cinco países (Estados Unidos, União Soviética, Grã-Bretanha, França e China)
possuíam declaradamente a bomba atômica, enquanto outros países (Índia, Paquistão, Israel,
Brasil, Argentina, Irã, Iraque e África do Sul) destinavam verbas a programas de energia
nuclear.
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O Brasil fazia parte deste grupo desde 1975. Além do perigo nuclear, a corridaespacial trouxe outra conseqüência direta: uma mentalidade militarista nas relações
internacionais, que criou uma predisposição pouco amistosa no momento de duas partes
negociarem um conflito. Os focos de tensão regionais se multiplicavam, e os governos
passaram a estocar enormes arsenais de armas convencionais. Mesmo ditaduras miseráveis,
como algumas do continente africano, adquiriam as armas não nucleares mais sofisticadas do
mercado. O Brasil era um dos beneficiários desse mercado, um dos mais prósperos do mundo.
O esplendor da indústria bélica brasileira começa em 1979. Até 1985, cento e vinte
empresas controladas pelas encomendas advindas das três maiores do setor - Embraer,
Engesa e Avibrás simplesmente atendem as Forças Armadas de trinta e duas nações do
Terceiro Mundo. Algumas delas altamente sofisticadas do ponto de vista dos princípios da
defesa, como a Arábia Saudita, o Iraque e a Líbia. O Brasil fatura qualquer coisa como um
bilhão de dólares por ano, entre 1983 e 1987. No entanto, por conta exatamente do inchaço
desse mercado, começa um colapso que vai encerrar a fase da indústria militar brasileira por
volta de 1990.
3.9 George Bush e o ex-presidente da Rússia Bóris Ieltsin brindam acordo de paz
Com o fim da União Soviética, em dezembro de 91, os Estados Unidos tornaram-se a
maior potência política e militar em todo o mundo. A Rússia, por seu lado, tinha urgência em
reduzir os gastos militares para fazer frente aos problemas econômicos e sociais surgidos na
transição para o sistema de mercado. Em janeiro de 93, os presidentes da Rússia, Bóris Ieltsin,
e dos Estados Unidos, George Bush, assinaram um novo acordo, para eliminar, em dez anos,
dois terços de seus arsenais de mísseis intercontinentais e todas as bases de lançamento de
mísseis de ogivas múltiplas
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Os americanos sempre trataram de aplicar as conquistas da tecnologia bélica naindústria de bens de consumo. Isso propiciou o desenvolvimento em várias áreas
principalmente na aviação. Mesmo com essa política, os Estados Unidos figuram, nos anos 90,
entre os países mais endividados do mundo, em parte por causa dos gastos com a defesa. Os
reflexos da crise são notados no corte de verbas para a educação, saúde e serviços públicos.
3.10 ONU (Organização das Nações Unidas): testes nucleares proibidos, início do
desenvolvimento aeronáutico.
No Ocidente, a França e a China levaram adiante as pesquisas nucleares nos anos 90, a
despeito da opinião pública mundial. Em setembro de 96, no entanto, finalmente as cinco
potências do clube atômico assinaram na ONU o Tratado de Proibição Total de Testes
Nucleares. O acordo traz uma perspectiva mais otimista de um novo século livre da sombra da
bomba atômica.
Com a conscientização da opinião pública, é possível que o bom senso prevaleça. A
energia nuclear, uma conquista científica importante, precisa ser utilizada para melhorar a
qualidade de vida da Humanidade, e não para destruí-la. Com isto pode-se desenvolver o ramo
da aviação trazendo um novo ordenamento para os países visto que a briga espacial havia
cessado.
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CAPÍTULO IV
ATUALIDADES TECNOLÓGICAS
4.1 Para começar; O que é Astronáutica?
A Astronáutica é a ciência que se dedica à exploração do espaço Sua história se divide
em três períodos: as descobertas feitas até a II Guerra Mundial, a Corrida Espacial entre
Estados Unidos e URSS e o pós-guerra Fria.
Até 1945 destacam-se as experiências com foguetes espaciais, que tinham como
objetivo a criação de novas armas de guerra. A Alemanha criou, entre 1935 e 1945, os
foguetes-bombas V-1 e V-2, e esta última é considerada a precursora dos mísseis atuais e dos
foguetes usados para lançar Satélites e Naves Espaciais, como o Ônibus Espacial. Na Corrida
Espacial, a URSS e os Estados Unidos travavam uma longa disputa pela conquista do espaço,
ela resultou em grandes avanços científicos e tecnológicos.
A URSS saiu na frente, em 1957, lançando o Sputnik 1, o primeiro satélite artificial a
entrar em órbita. Uma semana depois, lançaram o Sputnik 2, com o primeiro ser vivo a ir para
o espaço, a cadela Laika. Os americanos reagem em 1958, com a criação da Nasa. Ela ficou
sendo responsável pelo programa espacial do país e, nesse mesmo ano, lançou o seu primeiro
satélite artificial, o Explorer 1(um).
Nos anos seguintes esses dois países investiram mais na exploração da Lua e no
reconhecimento dos planetas Vênus, Marte e Mercúrio. Na década de 60 é criado um novo
objetivo: mandar o homem para o espaço. A URSS consegue primeiro, e manda Iuri Gagárin
na primeira viagem tripulada, em 1961. A primeiro americano a entrar em órbita foi John
Glenn, no ano seguinte. Seis anos depois, os russos lançaram a nave Soyuz 1, um projeto
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experimental para uma viagem tripulada à Lua. Mas a sua conquista foi realizada pelos EUA
em 1969. No dia 20 de julho, o módulo lunar Eagle, da nave Apollo 11, pousou no solo lunar eo astronauta Neil Armstrong tornou-se o primeiro homem a pisar em outro corpo celeste,
marcando o fim da Corrida Espacial. Depois daí, a exploração espacial teve como principal
objetivo à pesquisa científica e tecnológica, para a criação e aperfeiçoamento de estações,
ônibus espaciais e sondas.
A primeira estação espacial foi a russa Salyut, lançada no dia 19 de abril de 1971, para
a realização de vários estudos científicos na ausência de gravidade. Os americanos, em
resposta, lançaram a Skylab, em maio de 1973. Em 1986 a URSS lançou a Mir, que continua
funcionado até hoje, mas pode ser desativada no fim deste ano, por causa dos problemas que
vem apresentando. O décimo e mais grave deles foi em julho de 1997. A nave de suprimentos
não-tripulada Progress se chocou com estação durante manobras de aclopamento. O acidente
diminuiu em 10% a pressurização, 50% o fornecimento de energia e dificultou a comunicação
com a Terra.
A missão de conserto começou em agosto de 1997, depois de ser adiada várias vezes.
Entre os projetos mais importantes durante a Guerra Fria foram as sondas americanas Voyager
1, lançada em 1977, que foi à Júpiter e Saturno, e a Voyager 2, lançada em no mesmo ano,
visitando Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Atualmente, elas estão fora do Sistema Solar.
Após a Guerra Fria o momento não foi muito favorável para a Astronáutica. Os países
sofreram com a recessão econômica e a exploração espacial ficou em segundo plano.
Mesmo assim, houve projetos de grande porte, como o Telescópio Espacial Hubble, anave Galileu, a Estação Espacial Internacional Alpha, a exploração de Marte e o Neat. A
exploração do Sistema Solar entrou em uma nova era com o lançamento da nave Galileu em
1989. Com 2,5 t, percorreu a órbita da Terra, Lua e de Vênus até chegar em Júpiter, em
dezembro de 1995.
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Ela aproveitou a força gravitacional de outros astros para vencer a distância que separaa Terra desse astro. Ao chegar em Júpiter, lançou a sonda Galileu, de 335 kg. Durante 75
minutos, enviou informações para Nasa sobre a estrutura e a composição do planeta, até ser
destruída pela enorme pressão atmosférica. O Neat, cuja sigla em inglês significa Programas
de Rastreamento de Asteróides Próximos à Terra, tem como objetivo estudar as órbitas de
cometas e asteróides que apresentam risco de colisão com a Terra. Entre os Observatórios
envolvidos estão o de Stewart, no sul do Arizona, desde 1989, e a ilha de Maui, no Havaí,
instalado em 1995.
Os russos construíram um Ônibus Espacial, em resposta ao Space Shuttle, da Nasa. Era
o Buran. Seu primeiro e único vôo foi no dia 15 de novembro de 1988, com o piloto-
automático. Sua construção foi autorizada em 1976. Em 1992 o projeto foi cancelado, mas
havia dois Buran em construção, que não chegaram a ficar prontos.
4.2 No início, os objetivos eram defesa e ataque.
A corrida espacial teve início num período difícil da história – a Guerra Fria. Estados
Unidos e a ex-União Soviética (URSS) investiam milhões e milhões de dólares nas pesquisas
para novos tipos de foguetes, com objetivos bélicos de defesa e ataque. Havia o temor mundial
de uma guerra entre as duas superpotências. Estas pesquisas acabaram sendo as precursoras
dos atuais programas espaciais.
Durante as décadas de 50 e 60, Estados Unidos e URSS viveram em clima de disputa.
As duas superpotências precisavam superar uma a outra: a corrida armamentista, que girava
em torno de um único objetivo – o desenvolvimento científico e tecnológico – acabou
substituída pela corrida espacial, que levou o homem ao espaço.
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A URSS sai na frente e, em 1957, lança o primeiro satélite artificial, chamado de
Sputnik 1 (que significa “companheirinho”). Anos depois lançam Sputnik 2 levou ao espaço oprimeiro ser vivo, a cachorrinha Laika, que sobreviveu poucos dias a bordo da nave espacial.
Em 1959 foi a vez da sonda Lunik 2, também lançada pela URSS. Finalmente, em
1961, os soviéticos lançaram a sonda Vostok que marcou a história dos programas espaciais
ao colocarem o primeiro homem no espaço. A bordo do Vostok 1, o cosmonauta Yuri Gagárin
permaneceu 90 minutos em órbita da Terra. O espanto de Gagarin ao visualizar de longe o
planeta Terra foi resumido em uma célebre frase: “A Terra é azul!”.
A criação National Aeronautics and Space Administration (NASA), a agência espacial
norte-americana, em 1958, dá novo fôlego aos pesquisadores daquele país. Foi criado o
projeto Apollo, cujo objetivo principal era chegar à Lua. O tempo corria e vários foram os
satélites e naves espaciais lançados em busca da meta de conquistar a Lua.
Ao longo dos anos, nos testes realizados, vários acidentes assustaram e mobilizaram a
opinião pública. O mais trágico foi o que levou à morte três astronautas norte-americanos
tripulantes da Apollo 1 (um), em 1967. A causa foi um incêndio dentro da cápsula de testes
durante um treinamento. O Congresso norte-americano ameaçou acabar com o Programa
Espacial. Também na URSS os acidentes contribuíram para atrasar o programa espacial.
Depois dos inúmeros fracassos, somente com a construção do foguete Saturno V, o
entusiasmo norte-americano se renova. O foguete media 110 metros de altura e era capaz de
produzir energia suficiente para iluminar a cidade de Nova Iorque durante uma hora e quinze
minutos. Um gigante!
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Três dias depois foi à vez da União Soviética lançar o Vostok rumo à Lua, com um robô a
bordo, argumentando que não era necessário arriscar vidas humanas. Ainda bem, pois oVostok se espatifou sobre a superfície lunar.
4.3 O homem na lua
O pouso da Apollo 11, no dia 20 de julho de 1969, foi histórico. A missão transmitida
ao vivo pela televisão foi acompanhado por mais de 1 (um) bilhão de pessoas em todo o
planeta. Algumas horas depois, o primeiro homem pisava o solo lunar, sob o olhar estupefato
de milhões de telespectadores. O astronauta Neil Armstrong pronunciou a frase que passou a
fazer parte da história das grandes conquistas da humanidade: “Um pequeno passo para o
homem, um salto gigantesco para a humanidade”.
Mas além da emoção de chegar à Lua, eles ainda tiveram de se preocupar com o
combustível, que estava acabando. O módulo lunar Eagle (águia) que os levou da Apollo 11
até a superfície lunar ultrapassou em alguns metros o local planejado para o pouso, e o
combustível restante só duraria por mais 30 segundos. Foi um sufoco. No final, deu tudo certo.
O significado daquele momento ficou registrado na placa que os astronautas fincaram
no local “Aqui, homens do planeta Terra pousaram pela primeira vez na Lua. Nós viemos em
paz em nome de toda a humanidade”.
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CONCLUSÃO
A questão fundamental, aqui, não é exatamente a previsibilidade. O fenômeno pode ser
previsível, quer surja de modo direto de uma causa ou indiretamente como uma conseqüência.
Contudo, é reforçada a questão-chave que está centrada na natureza e caráter da explicação
dada, além disto, embora, possamos ser capazes de aplicar alguma objetividade, as decisões
são, na verdade, repetidamente subjetivas e nossos preconceitos, quase sempre, incertos. Era
preciso, então, tentar dar conta também desta questão.
Foi neste sentido, que a construção deste estudo seguiu em direção às propostas de
pensar a complexidade dos fenômenos, notadamente, pautou-se no modelo teórico, uma vez
que este era um modelo que buscava dar conta das situações de risco. Toda a abordagem deste
trabalho está voltada para os esclarecimentos dos fatos que é de grande importância para a
humanidade.
Uma outra direção exigia a reflexão e execução seja ela individual; seja contida na
organização e processo de trabalho, ou ainda nos espaços sócio-econômicos mais amplos. Este
movimento acabou por levar à reorganização de modelos propostos por cientistas
aeroespaciais.
A proposta metodológica utilizada, para tanto, passou por observações do trabalho real
desenvolvido pelos aeronautas; entrevistas semi-estruturadas aplicadas junto aos
trabalhadores; conversas com especialistas; coleta de dados de Institutos Aeroespaciais, tudo
isto ajudou para o melhoramento dos equipamentos e do trabalho do aeronauta.
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É possível colocar que a principal contribuição deste estudo está em reconhecer que as
análises sobre as tecnologias têm de considerar a vulnerabilidade a qual estão expostosdeterminados grupos sociais. A partir da integração da terceira dimensão, da vulnerabilidade
social, pretende-se que um novo modelo possa ser utilizado nas análises sobre modernizações
tecnológicas, bem como, no campo de trabalho do aeronauta. Por outro lado, e talvez mais que
qualquer outro, o acidente aéreo expõe a fragilidade da sociedade tecnológica industrial.
Neste sentido, a falha “humana” parece ser uma noção moral e jurídica, de conteúdo
negativo e que atribui ao trabalhador a responsabilidade pelo não-atendimento considerado
correto das regras e tarefas a executar. Assim, o trabalho justifica-se, também, por desafiar o
que “todos sabem”, e que em geral vem a ser equivocado: a suposta culpa do trabalhador.
Contudo, embora a presente investigação se dê com a categoria profissional dos
aeronautas, pretende-se que os resultados do estudo estendam-se a diversas situações. Que
todos estes relatos possam ajudar na caminhada do estudante de Aviação Civil, gerando frutos
mais à frente.
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