8/17/2019 A Clínica Psicanalítica de Orientação Profissional
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R eferencias Bibliograficas
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Sao Paulo, v.17, p. 57-88, 1999.
EIGUER, A. Um d iva par a a familia. Por to Alegr e: Ar tes Medicas, 1985.
FR EUD, S. Psicologia d e g rupo e analise do ego (1921). Edi
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Re petir e p rocurar ganhar a controle d a situa(iio , e tambem , pr e par ar a
ind ivlduo para resist ir melhor a t r aum as fut ur os , dot ando-o da c apa cidad e
d e d esenvo lver angustia e d est a forma estar p r evenido quando eles o cor r em.
(MEZA N, 1998, p.256)
Nesse caso, a r e peti
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d e per d er-se, d e esvair -se, d e sentir sua identid ad e diluir fr ente a esta voraz
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d e urn lugar na f amilia, na socied ad e e na vid a. A rivalid ad e, se tra balhad a
d e forma ad equada, pod e ser util no pr ocesso d e crescimento, pois impulsio-
nada pelo d esafio, pod e tor nar -se a mola pr o pulsor a na busca d o sentid o d e
vivencias cotidianas. E exatamente este 0sentid o da orienta
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menta, e a d ese jo de manter -se na condi
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o individuo e entao colocado no mundo por ur n outr o, que ter n uma pr e-hist6ria, ou se ja, 0 sujeito d e urn conjunto intersubjetivo, que 0torna su-
jeito d os dese jos nao r ealizados.
E esse sujeito que procur amos encontr ar no momenta da escolha da
profissao, a par tir da rela
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morand o sempr e na casa destes (mesmo d e pois de casad o). Apesar d e ter
essa taref a, 0 primogenito rece be uma atenc,;aoes pecial e cuidad os visando
ao f uturo, recebend o tambem grande par te d a heranc,;af inanceira da familia.
A nossa hipotese era d e q ue esta q uestao estava presente na dif iculdad e d e
Hiromitsu sair da casa dos pais, por ele ser 0 primogenito. Estava pr esente
tam bem na escolha de sua profissao (engenheir o civil), que tinha 0signif icad o
de continuid ad e da profissao do pai, urn engenheiro em posic,;aod e destaq ue
em uma em presa estatal. No entanto,pensar nestas q uestoes parecia nao f azer sentido para 0 ad olescente que, nesse momento, tinha dificuldad e ate para
ref letir so bre tal situac,;ao.
Em determinad o momenta d o atendimento, optamos por trabalhar
com0genogr ama, com 0ob jetivo de reconstruir a historia da familia a par tir
d e tr es gerac,;oes. Ao entr ar em contato com esse material, Hiromitsu per ce-
beu que seu nome era a junc,;aodos nomes do pai e d o avo. A d escober ta 0
faz r ecordar-se d e uma f r ase da avo pater na: " 5e u av o c onseg u iu i ss o.oo , seu pa i
ma is iss oo o., e voce , 0 qu e vai se r? " Nesse momento, passou a compreend er 0q ue
estava im ped ind o 0seu crescimento e sua dificuldade em sair de casa. Ficou
gravado em seu psiq uismo q ue sua missao er a a d e conquistar urn futuro
maior que 0d e seu pai - 0curso pod eria ser 0mesmo, mas a universid aded everia ser reconhecidamente melhor - por em dand o continuid ad e - como
func,;aod o primogenito - a o plano prof issional pater no.
A associac,;aor ealizada por Hir omitsu possi bilitou-Ihe trazer algo
que estava r ecalcad o, mas que imped ia 0desenvolvimento d e sua meta. A
expectativa da f amilia trazia uma co branc,;amaior d e que aquela q ue elehavia
conquistad o, pois ele nao havia passado em uma faculd ad e tao r enomada
quanta a d e seu pai. Seu d estino, impr esso em seu nome, so pod e ser enten-
dido ao ler 0nome d o avo, do pai e seu proprio nome, perce bend o-se como
r e presentante da saga familiar . A co branc,;ada f amilia, representad a pela f ala
d a avo e inconscientemente retida por Hiromitsu, permeara sua id entid ad e
ate entao, dizend o q uem era eq ual seu papel nessa genealogia. Acr editamosque esses as pectos sac transmitid os d e maneira inconsciente, isto e, mesmo
que nao se ja cobrad o, de f orma ex plicita e verbal, d o f ilho assumir esse pa pel
exigid o pela tradic,;aocultur al, ele esta inscrito no imaginario da familia e d o
su jeito: nao a par ece a co br anc,;a,mas sim, a dif iculd ade em sair d e casa e na
escolha da profissao igual a d o pai.
Neste caso f ica evid enciado como 0 psiquismo familiar eo es pac,;oque
o individuo ocupa na familia - f ilho primogenito - estao inserid os em seu
imaginar io, permeando sua escolha prof issional.
Tempos d e pois d a conclusao d o atendimento de orientac,;ao profissio-
nal, soube-se que Hir omitsu havia conseguido sair d a casa d os pais e concluir
sua f aculdad e em outra cid ad e.
E na familia ond e se constitui 0 primeir o es pac,;oque a cr ianc,;aex pe-
rimenta, para posterior mente buscar ur n contato com 0meio exter no. Com
os r ecursos d e q ue ela d ispoe iniciar a urn processo de decodificac,;aopar a a
constr uc,;aode seu mund o interno, permead o pelas fantasias pessoais. A fun-
c,;aod e transmissao possi bilita entao a crianc,;alidar com os dif erentes niveisd e alianc,;asinconscientes (contr ato nar cisico e pactos de negac,;ao)nas quais se
f undamentou 0encontr o de seus pais e de suas d escend encias.
Kaes (2001)consid er a que a questao centr al da transmissao esta na dis-cussao da constituic,;aod o su jeito tanto da her anc,;acomo na mudanc,;aq ue 0
mesmo introd uz naquilo q ue r ece be dos pais. Existem aspectos d a vid a men-
tal que fogem ao nosso controle, pois "somos constituidos no e pelo d ese jo d e
ur n outro, e, alem do mais, de urn outr o que nos pr ecede". (KAES,2001,P.ll).
Ana r elata que gostaria d e f azer medicina, a poiada nas ex pectativas de seus
pais. Ja Maria d eixa-se inf luenciar pela sua avo que e pintora. Ela r evela q ue 0
gosto pela pintura tern 0sabor da inHincia.
Uma outr a f or ma d e compr eender a influencia da her anc,;apsiquica
familiar nas vivencias d os adolescentes e buscar 0significado d e seus nomes.
NiIono sentid o restrito, mas no sentido q ue a familia atr ibuiu ao dar 0nome
a esse f ilho. Berenstein (1988, p.129) afir ma queoo.e xaminand o os nomes pr6 prio s, achamos sempr e a a plic a~ao d e algum
tipo de r egra pela qual I f fixado ao ind ividuo a sua pertinencia i f linha pat er -
na ou mat erna e , nesse sent id o , ide nt if ica um t ipo d e e quiUbrio muit as vez es
subjacent e e in conscient e.
Assim, para 0autor, 0nome tern caracteristicas especificas, q ue con-
ced em uma unicidad e, d efinindo 0sujeito como unico. Existe uma relac,;ao
intima entre 0rece ptor - aquele que r ece be 0nome - e 0doador - aq uele que
nomeia. Isso signif ica que os nomes car r egam mensagens e nao sao, por tan-
to, desprovid os d e signif icac,;ao.as nomes nao sao sim plesmente urn sistema
classificatorio, mas sao signos d a organizac,;aoinconsciente da f amilia e d is-
poem d e localizac,;aodas pessoas geradoras dessa estr utura.Hiromitsu (nome ficticio, mas que mantem 0mesmo signif icad o da
questao em d iscussao) era urn adolescente q ue passou por tr es universid ad es
pu blicas em ur n curso d e engenharia. Em todos os casos, cursou seis meses
e r etornou para casa dos pais sempr e com justificativas d e nao ad aptac,;aoa
nova cid ad e. Dizia ele q ue nao se adaptava porque a cidad e era muito quente,
ou entao muito pequena, entre outr as razoes. Em f unc,;aodestas repetidas d e-
sistencias decidiu procurar 0atendimento d e or ientac,;aopr ofissional.
Ao r econstruir sua historia passad a, Hiromitsu trouxe a questao de
ser 0 primogenito e 0 pa pel cultural q ue isto implicava, pois 0adolescente
era f ilho d e imigrantes ni ponicos. Nesta cultura, 0 pr imogenito tern a tarefa
d e cuidar d os pais, dand o continuid ade aos negocios e pr o jetos d a familia,
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Outro as pecto necessar io par a a compr eensao d a or ganiza
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parecia br avo e muito per turb ado. Pela pr imeira vez, a parecia fr agilidade e
insegur an
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emprego, tendo d e f azer outr a coisa. Sua angtistia era claramente r elacionada as
vivencias d e sua mae, ja que havia feito a mesma escolha profissional daquela.
Vivia inconscientemente a angtistia d e vir a ter 0mesmo d estino d a mae, isto e, de
nao conseguir exer cer a profissao e sentir q ue tivesse per d id o tempo.
Nestes casos vemos 0q uanto e diff cil aceitar as p er d as que a d ef ini
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FCL d e Assis - UNESP / Publica
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