A CIDADE DO RIO DE JANEIRO.
Um pouco sobre sua história.
Afinal como a cidade surgiu?
Como uma estratégica imposta pela Coroa Portuguesa de reconquista militar sobre os domínios da Guanabara.
Frente a dominação francesa que aqui já se instalava para desfrutar dos bons frutos oferecidos pela localidade - mata densamente povoada por pau-brasil
Após o confronto é fundado por Estácio de Sá a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, em 1º de maio de 1565.
Localização da cidade
A princípio a cidade foi erguida na várzea existente entre os morros do Pão de Açúcar e morro Cara de Cão.
Estácio de Sá após prolongadas lutas contra os franceses e seus aliados Tamoios, decide em 1567 transferir a nova cidade para o Morro do Castelo - efetivando de fato a ocupação no que é considerado hoje o bairro do Centro do Rio de Janeiro.
Entrada da Baía da Guanabara em
1567
O mapa mostra o local em que foi fundada a cidade do Rio de Janeiro em 1565 (A), na pequena várzea entre os morros do Pão de Açúcar e Cara de Cão;
E o Morro do Castelo (B), para onde foi transferida em 1567, após a vitória contra os franceses
Vista panorâmica do Morro do Castelo
No início do século XVII, a cidade do Rio de Janeiro começou a descer o Morro do Castelo, no qual havia se instalado no século anterior e começou a ocupar a várzea que ficava localizada entre quatro grandes morros:
•Morro do Castelo,
• Morro de Santo
Antônio,
•Morro de São Bento
•Morro da Conceição.
Mapa do Rio de Janeiro, delimitado pelos quatro morros
A
BD
C
Planta da Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, com suas fortificações, 1713. A) São Bento, B) Conceição, C) Castelo, D) Santo Antônio. Fonte: Adaptado de Figueiredo, 2005, p. 51.
Rua Direita - Rio de Janeiro (1822-1825 )
Rua Direita do Carmo para São Bento (Atual Rua Primeiro de Março - Centro - Rio de Janeiro)
A primeira rua do Rio de Janeiro
A Rua Direita, no início do século XVII era apenas uma trilha precária, mas era o local preferido dos mercadores de escravos, no século XVIII, tornou-se uma das ruas mais movimentadas da cidade. Nela se instalaram os primeiros Governadores da cidade, numa casa que ficava na esquina com a Rua da Alfândega. Teve também o primeiro Palácio Episcopal, onde residiu o primeiro Bispo do Rio, D. José de Barros e Alarcão, em 1682
Os condicionantes naturais e geográficos do Rio de Janeiro
Está localizado ao sul da América o que facilitou aos portugueses garantir seus domínios sobre as terras ainda desconhecidas.
Sua posição geográfica no Atlântico Sul possibilitou articulações entre a costa africana e as Índia.
Os condicionantes naturais e geográficos do Rio de Janeiro
O Rio é a única metrópole do mundo com dupla dotação de espelhos d’água: a Baía de Guanabara ( a leste) e Sepetiba ( a oeste).
A Baía de Guanabara por apresentar características naturais propícias as atividades tecnológicas militar e náutica facilitou o desenvolvimento posterior da cidade.
Sobre ela desencadeou-se a construção do porto do Rio, no qual torna-se peça chave para a evolução da cidade e palco das principais transações comerciais do Rio colonial, imperial e republicano.
Os condicionantes naturais e geográficos do Rio de Janeiro
Do ponto de vista geológico o Rio é constituído por rochas muitas antigas e está filiado ao sistema da serra do Mar, recoberto pela floresta da Mata Atlântica.
Os condicionantes naturais e geográficos do Rio de Janeiro
O Rio de Janeiro apresenta três importantes grupos montanhosos: Maciço da Pedra Branca, Maciço do Mendanha e o Maciço da Tijuca
Seu solo não são geologicamente muito antigo. São resíduos de um processo de erosão que formou vales e pântanos.
Os condicionantes naturais e geográficos do Rio de Janeiro
• Devido as dificuldades impostas pelo relevo do Rio a expansão da cidade só se deu através dos aterramentos realizados para interligar terrenos descontínuos .
• Aterrou-se assim mangues, lagoas e mar . E para transpassar os morros e serra foram realizadas demolições e perfurações.
•A gestão do espaço no Rio desde os tempos coloniais foi bem complicada e de custos bastantes elevados.
• “A terra,no Rio ,não foi apenas conquistada, mas construída”
Os condicionantes naturais e geográficos do Rio de Janeiro
O Rio não possui nenhum rio caudaloso que deságüe na Guanabara.O maior rio genuinamente carioca é o Cabuçu ou Piraquê que deságua na Baía de Sepetiba;
O rio Carioca foi o primeiro a ser utilizado no abastecimento da população; assim com o rio o Cachoeira, originado das cascatas da Floresta da Tijuca.
O rio Guandu, originário de município vizinho, é o curso d'água de maior importância e, abastece de água potável a população atual da cidade.
A importância do porto do Rio de Janeiro
No período Colonial:
Exportar açúcar, algodão, café e arroz;
Exportar produtos produzidos no centro-sul brasileiro – merecendo
destaque o ouro e as pedras preciosa;
Importar produtos advindos da Europa e os escravos da África.
A movimentação portuária do Rio de Janeiro no período colonial
consolidou o Rio de Janeiro como capital da Colônia. Mas, maisimportante, definiu a sua própria dinâmica territorial com a
máximautilização das suas próprias limitações.
A importância do porto do Rio de Janeiro
No período Imperial:
Grande número de importações originados da Europaadentraram no Rio tornando a cidade cada vez mais sofisticada ;
A cidade continua a exportar a produção das feitoriasportuguesas , porém o café com mais intensidade e continua a participar da importação de tráfico deescravosaté a proibição do tráfico negreiro ocorrer em 1850, coma lei Eusébio de Queiroz.
A importância do porto do Rio de Janeiro
No período Republicano :
O porto passa por profundas reformas seguindo oprojeto de melhoramento da cidade orientadas pelo governador municipal Pereira Passos e oengenheiro Francisco Bicalho . Ambos seguiram as metas governamentais que pautavam: o saneamento e reurbanização da
capital daRepública.
O porto colonial.
O porto imperial.
O porto republicano .
O Rio de Janeiro nas últimas décadas do séc. XX
A cidade atravessou um conturbado período de decadência. O Brasil império foi desatento em relação a cidade;
O Rio concentrava um grande número de habitantes e enfrentava problemas de inúmeras ordens, onde segurança e saneamento estavam entre os principais.
A crise em 1990 originou um esvaziamento econômico e financeiro, além de atrofiar seu peso político.
O Rio de Janeiro nas últimas décadas do séc. XX
O Brasil desvaloriza o Rio e se auto desvaloriza.
A má qualidade de vida urbana impulsionam a sua decadência. A imagem de paraíso urbano- tropical é incompatível com a violência metropolitana;
As favelas se intensificam .
O Rio passa ser visto como a cidade do “caos”.
Era necessário crescer novamente com Ordem e buscando Progresso.
Conclusão
O Rio tem como formação de cidade uma trajetória singular: ao desenvolver-se enfrentou as vantagens e desvantagens e as dificuldades de um lugar, adaptou-se as características e encontrou soluções originais.
Com a virada do século XX a cidade ameniza seus mais latentes problemas de ordem social e se afirma como identidade nacional ao ser postulada mundialmente como a Cidade Maravilhosa.
Bibliografia
FIGUEIREDO, Cláudio. O Porto e a cidade: o Rio de Janeiro entre 1565 e 1910. In: SANTOS, Nubia M.; LENZI, Maria I.- Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2005.
HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. SP, Cia das Letras.
LESSA, Carlos. O Rio de todos os Brasis: uma reflexão em busca de auto-estima. Rio de Janeiro: Record, 2005.
Debate
Qual foi o resultado do desenvolvimento econômico e social no Rio de Janeiro?
Quais são os motivos para o centralismo administrativo do Rio de Janeiro?
Por que a cidade do Rio de Janeiro assim como todo o Brasil demorou a se modernizar?
Por que o Rio de Janeiro lidera muitos debates em torno das questões ambientais?
Qual é o papel desempenhado pela cidade do Rio de Janeiro nos dias atuais?
O meu, o seu, o nosso Rio.
Visite o site: http://portalgeo.rio.rj.gov.br/EOUrbana/ E veja a evolução a cidade do Rio de Janeiro.
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