8/13/2019 A Antiguidade Tardia em Textos - Religio e Mitologia - Andr Bueno
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ndice
O objetivo desta seleo , antes de tudo, fornecer uma
base didtica para o estudo da China Antiga. Longe de
ser uma base completa, trato aui dos dados mais
superficiais e abrangentes ue possam condu!ir o
interessado num estudo srio e esclarecido sobre o tema,
de modo a reali!ar uma e"posio ue no seja nem
http://chinaimperial.blogspot.com/2008/03/apresentao.htmlhttp://4.bp.blogspot.com/_KlfjjUIPn_Y/SBdsiSJFdwI/AAAAAAAAANI/_3jCOS__KYQ/s1600-h/chine.bmphttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/03/apresentao.html8/13/2019 A Antiguidade Tardia em Textos - Religio e Mitologia - Andr Bueno
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cansativa, nem muito comple"a. #nevitavelmente, somos
obrigados a nos deparar com algumas relativi!a$es
te%ricas necessrias ao aprofundamento do estudo desta
civili!ao, cujas especificidades invocam um olhar
bastante cuidadoso. &o entanto, nos deteremos, aui,
num conjunto de e"plana$es bsicas ue sirvam de
referencial a todas estas uest$es. #gualmente, a
determinao dos elementos bibliogrficos serve a
proposta inicial de tornar um pouco mais acess'vel este
nosso estudo. (uscamos, pois, indicar te"tos ue sejam
facilmente encontrados, ue estejam em nosso idioma e
ue sejam de academicamente vlidos, afastando)mepropositalmente de toda e ualuer publicao de
carter e"otrico ou de fonte duvidosa. &o caso
espec'fico da sinologia, sabemos ue tais te"tos abundam
em profuso, dificultando o estudo srio da China e
comprometendo um trabalho esclarecido.
Andr (ueno
.......................................................
NDICE
. Histria- Uma apresentao geral sobre a histria daChina, organizada atra!s dos se"s prin#ipais per$odos
din%sti#os.
. & 'ensamento Chin(s- )e*tos sobre a histria dopensamento #hin(s, se" desenolimento e #one*+es #omo pensamento o#idental.
. eligio e itologia- &s prin#ipais #"ltos #hineses, a
interpretao religiosa das es#olas ilosi#as,religiosidade pop"lar e o"tras religi+es na China.
http://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/histria.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/o-pensamento-chins.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/religio-e-mitologia.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/histria.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/o-pensamento-chins.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/religio-e-mitologia.html8/13/2019 A Antiguidade Tardia em Textos - Religio e Mitologia - Andr Bueno
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. /s Ci(n#ias na China- Como era a matem%ti#a, a $si#a,a geograia, et#. na China Imperial0 Uma apresentaodiersa do tema, a partir dos trabalhos de Colin onan.
. / arte #hinesa atra!s dos tempos- / eol"o da arte#hinesa desde os primrdios na Dinastia 1hang at!s os diasde Ho2e.
. 3ebgraia- 1"gest+es bibliogr%i#as e lin4s interessantespara a pes5"isa sinolgi#a.
..................................................
obs6 No to#ante a graia dos nomes #hineses, preseramosa orma original "tilizada nos te*tos.
Religio e Mitologia
http://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/as-cincias-na-china.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/arte-chinesa-atravs-dos-tempos.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/03/webgrafia.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/as-cincias-na-china.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/arte-chinesa-atravs-dos-tempos.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/03/webgrafia.html8/13/2019 A Antiguidade Tardia em Textos - Religio e Mitologia - Andr Bueno
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. & 1enso religioso dos Chineses, por 7"lia Ching
. & 1entido de )rans#end(n#ia do 'ensamento Chin(s, porCla"de 8arre.
. 8endas e itos 'rimitios, por 3illiam 3atson
. / eligio 'rimitia, por 3illiam orton
. / eligio no 'er$odo 1hang, por D. H. 1mith
. / eligio no 'er$odo Cho", por D. H. 1mith
. Con9#io e a eligio, por D. H. 1mith
. & Ch"ng :"ng, por D. H. 1mith
. (n#io e o 'ensar Chin(s, por D. H. 1mith
http://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/o-senso-religioso-dos-chineses-por.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/o-sentido-de-transcendncia-do.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/o-sentido-de-transcendncia-do.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/lendas-e-mitos-primitivos-por-william.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/religio-primitiva-por-william-morton.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/religio-no-perodo-shang-por-d-h-smith.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/religio-no-perodo-chou-por-d-h-smith.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/confcio-e-religio-por-d-h-smith.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/o-chung-yung-por-d-h-smith.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/mncio-e-o-pensar-chins-por-d-h-smith.htmlhttp://3.bp.blogspot.com/_KlfjjUIPn_Y/R_1TdDyr3rI/AAAAAAAAAIE/JqHTzJMuFT4/s1600-h/mito.h7.gifhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/o-senso-religioso-dos-chineses-por.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/o-sentido-de-transcendncia-do.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/o-sentido-de-transcendncia-do.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/lendas-e-mitos-primitivos-por-william.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/religio-primitiva-por-william-morton.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/religio-no-perodo-shang-por-d-h-smith.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/religio-no-perodo-chou-por-d-h-smith.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/confcio-e-religio-por-d-h-smith.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/o-chung-yung-por-d-h-smith.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/mncio-e-o-pensar-chins-por-d-h-smith.html8/13/2019 A Antiguidade Tardia em Textos - Religio e Mitologia - Andr Bueno
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. Hs"n-tz" e o 'ensar Chin(s, por D. H. 1mith
. / eligio de o-tz", por D. H. 1mith
. &s primeiros tao$stas, por D. H. 1mith
. / Era pr!-Han e a eligio, por D. H. 1mith
. & 8iro das "ta+es, por D. H. 1mith
. & 8iro dos it"ais, por D. H. 1mith
. & E#letismo dos Han, por D. H. 1mith
. & )ao$smo eligioso, por D. H. 1mith
. / Es#ola dos De"ses Interiores, por D. H. 1mith
. & C"lto )ao$sta, por D. H. 1mith
. & Neo-tao$smo, por D. H. 1mith
. & ;"dismo Chin(s, por D. H. 1mith
. Es#olas do ;"dismo Chin(s, por D. H. 1mith
. De#l$nio do ;"dismo Chin(s, por D. H. 1mith
. & C"lto &i#ial Con"#ionista, por D. H. 1mith
. Isl
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. 7"de"s Chineses, por D. H. 1mith
. / eligio 'op"lar, por D. H. 1mith
. /l5"imia Chinesa, por ir#ea Eliade
. & ito do Calend%rio, por i#ardo 7oppert
. 7ade, a 'edra 1agrada, por i#ardo 7oppert
. )"mbas do 'er$odo Han, por i#ardo 7oppert
O Senso religioso dos Chineses, por Julia Ching
&s #hineses 2% oram #ara#terizados por mission%rios e est"diosos -
natios e o#identais, do passado e do presente - de %rias maneiras
dierentes6 o" #omo religiosos e te$stas o" #omo irreligiosos, ate"s
e oltados para este m"ndo. Nos s!#"los =>II e =>III esta diiso de
opini+es #ondi#iono" as rialidades s"rgidas nos #$r#"losmission%rios e 5"e se espalharam pelos #$r#"los ilosi#os
e"rope"s6 a assim #hamada Contro!rsia dos itos #om respeito ?
li#eidade dos @itos Chineses@ para os #ristos e a assim #hamada
Contro!rsia dos )ermos #om respeito ? maneira de trad"zir em
#hin(s a palara @De"s@. 7es"$tas e domini#anos diidiram-se em
lados opostos. )amb!m os ilsoos estaam diididos. 8eibniz
#onsideraa os #hineses religiosos e te$stas, mas ormo" se"
2"lgamento em parte ao ler o tratado do mission%rio 2es"$ta8ongobardi, 5"e tendia a aore#er o lado oposto. Christian 3ol,
grande amigo de 8eibniz, elogiaa os #hineses por s"a @moralidade
nat"ral@, moralidade esta "ndada em #on#eitos estritamente
ilosi#os, sem nenh"ma reer(n#ia ? religio e sem nenh"ma !
em De"s AB. Um est"dioso #hin(s de tempos mais re#entes A
airma, a#er#a de se" prprio poo, 5"e eles so @a - religiosos@, e
s"a opinio em #onirmada por %rios est"diosos o#identais.
7oseph Needham, eminente historiador da #i(n#ia e ele prprio
http://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/judeus-chineses-por-d-h-smith.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/religio-popular-por-d-h-smith.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/alquimia-chinesa-por-mircea-eliade.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/o-rito-do-calendrio-por-ricardo-joppert.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/jade-pedra-sagrada-por-ricardo-joppert.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/tumbas-do-perodo-han-por-ricardo.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/judeus-chineses-por-d-h-smith.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/religio-popular-por-d-h-smith.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/alquimia-chinesa-por-mircea-eliade.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/o-rito-do-calendrio-por-ricardo-joppert.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/jade-pedra-sagrada-por-ricardo-joppert.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/tumbas-do-perodo-han-por-ricardo.html8/13/2019 A Antiguidade Tardia em Textos - Religio e Mitologia - Andr Bueno
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pessoa religiosa, a#ent"o" 5"e os #hineses no poss"em "ma ! em
De"s ig"al ? do idente - "m De"s Criador e 8egislador - azendo
e#o assim ao 2"$zo do ilsoo ilmer Northrop AF. 'or o"tro lado,
es#reeram-se artigos er"ditos sobre a e*ata noo de ! dos
#hineses em De"s e #ontin"a a pes5"isa sobre o ass"nto. /
ar5"eologia #ontin"a a desenterrar proas em apoio d"m primitio
te$smo religioso. E embora "ltrapasse o es#opo deste ensaio
analisar teologi#amente o sentido de De"s no #ristianismo
o#idental, antes de dis#"tir o #aso #hin(s, press"ponho 5"e o termo
@De"s@ dea reerir-se, tanto no &riente #omo no idente, a "ma
diindade s"prema 5"e #ontrola os ass"ntos h"manos e terrenos.
Em ez de des#artar o problema dessas #ontradi+es #oe*istentesapelando para ariadas #ompreens+es e deini+es de @religio@,
proponho-me a dis#"tir a 5"esto do @senso religioso@ pe#"liar do
#hin(s, #"2o #ar%ter sing"lar proo#o" to dierentes apre#ia+es.
E*aminarei o interesse dos #hineses por @este m"ndo@ ers"s
preo#"pao de o"tras pessoas #om o @o"tro m"ndo@, o @ate$smo@
#hin(s ers"s @te$smo@, e "ma s"posta moralidade ormalista e
e*terior ers"s "m senso interiorizado de #"lpa "ndado na religio.
Con#l"irei #om "ma resposta a esses problemas, dis#"tindo o sensoreligioso dos #hineses em termos de trans#end(n#iaGiman(n#ia,
alorando tamb!m "m problema histri#o e pol$ti#o.
B. /5"!m ers"s /l!m
esta a #ategoria mais #om"m de an%lise "sada pelos 5"e
#omparam os #hineses e s"a mentalidade #om o"tra gente - e o"tra
gente in#l"i no apenas os #ristos do idente, mas tamb!m e
espe#ialmente os hind"s, izinhos dos #hineses al!m do Himalaia.
a* 3eber A #omenta a tend(n#ia e preer(n#ia dos #hineses pela
harmonia #om a nat"reza e a so#iedade. & ilsoo 8iang 1"-ming
AJ #onsidera os #hineses oltados para este m"ndo, em
#omparao #om os hind"s, poo 5"e prod"zi" as Es#rit"ras dos
>edas, a Kita e tamb!m o b"dismo. / mesma #oisa airma o
b"dlogo 2apon(s Ha2ime Na4am"ra AL. Essas apre#ia+es (m,
al!m disso, apoiadas pela presena de do#"mentos histri#os6 de
ato, o amor dos #hineses por este m"ndo e esta ida patenteia-seno ato de eles poss"$rem registros histri#os detalhados 5"e
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remontam a %rios mil(nios, ao passo 5"e os hind"s n"n#a se
preo#"param m"ito em i*ar por es#rito os grandes eentos do
passado, de modo 5"e os est"diosos #ontin"am a dis#"tir sobre a
#ronologia histri#a de eentos bem #onhe#idos da histria da
ndia, #onhe#idos de ato deido a o"tros materiais 5"e no
registros es#ritos, se2am eles argiletas o" moedas.
1e a5"i entendemos a reer(n#ia ? preo#"pao #om @este m"ndo@
#omo "m interesse predominante por este m"ndo e esta ida e
#omo a airmao de #ertos alores geralmente #onsiderados
se#"lares, ento o #onsenso geral a este respeito pare#e #orreto.
as a preo#"pao e airmao desta ida e deste m"ndo no
pre#isam e*#l"ir #renas a#er#a do 5"e pode a#onte#er aps estaida e este m"ndo. / enerao dos antepassados ! "ma boa
indi#ao deste senso do al!m, enerao 5"e oi #onsiderada
idol%tri#a por #ertos mission%rios - e idolatria dii#ilmente pode ser
ta#hada de ind"lg(n#ia p"ramente se#"lar. E*iste, al!m disso, a
proa de do#"mentos #l%ssi#os e histri#os, da arte e de ob2etos
5"e no podem ser a#ilmente des#artados #omo a - religiosos o"
@deste m"ndo@. esmo a preo#"pao #ara#teristi#amente #hinesa,
na pint"ra #omo na ar5"itet"ra, pela @harmonia@ #om a nat"reza,5"e #ontrasta to iamente #om a arte e ar5"itet"ra o#identais -
para men#ionar apenas as #atedrais medieais - no aore#e
ne#essariamente a s"posio d"ma mera @se#"laridade@. No !
porent"ra o )emplo do C!" em 'e5"im "m l"gar bio de #"lto,
embora o estilo do #"lto, en#arnado na prpria ar5"itet"ra, se2a
pe#"liar0
Esse #"lto, de ato, traz ? mente a importante 5"esto do alegado
@ate$smo@ #hin(s. &s te*tos de orao do #"lto ao C!" AM prestado
pelo Imperador maniestam #laramente "ma #rena n"ma diindade
s"pram"ndana, at! mesmo n"ma diindade @pessoal@. Como, pois,
2"stii#ar-se-o todas essas alega+es0
. De"s ers"s No-De"s
Como o termo religio se reere ? relao entre homem e De"s, a
5"esto da religiosidade h% de ser, em 9ltima an%lise, a 5"esto da
#rena em De"s. 7% nos reerimos a #ertas pessoas, est"diosos emission%rios, 5"e 2"lgaram os #hineses ate$stas. e#ordando 5"e
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essa airmao gen!ri#a #obre s"postamente mil(nios de #"lt"ra
histri#a e bilh+es de pessoas, no podemos dei*ar de i#ar
des#on#ertados #om a o"sadia da airmao.
re5entemente arg"menta-se a esse respeito #om base em
apriorismos. &s #hineses no podem ser te$stas, por5"e o #ar%ter
na#ional e a l$ng"a no o permitem. Essa ! a linha de arg"mentao
s"stentada por Needham e Northrop. Isto pare#e insin"ar, ao
mesmo tempo, 5"e apenas #ertos tipos na#ionais o" l$ng"as
permitem a #rena em De"s, pres"mielmente os 5"e deriam dos
indo-e"rope"s o" os semitas. )alez este2a ainda mais em 2ogo "ma
noo bastante estreita de De"s e de #rena, o #hamado te$smo
#l%ssi#o, eiden#iado, por e*emplo, nas Es#rit"ras 2"dai#as e#rists.
/ resposta a este arg"mento torna-se #lara ao analisar-se a prpria
perg"nta6 dee a #rena em De"s ser ne#essariamente #rena no
De"s 2"de" - #risto e ! este ne#essariamente "ma diindade
@pessoal@0 Eidentemente, mesmo neste 9ltimo #aso, pode-se
men#ionar o #"lto do C!" na China. E em todo #aso o prprio
desa#ordo entre mission%rios e est"diosos do passado e do presente
basta para lanar s"speitas sobre respostas @monol$ti#as@. 'or 5"e e#omo #ara#terizar #omo @tendo sido sempre e ne#essariamente@
ate$sta "m poo e "ma #iilizao #om longa histria passada e
estendendo-se por meio #ontinente0 No ser% poss$el 5"e e*istam
e tenham e*istido na China ao mesmo tempo #rentes e no -
#rentes em De"s0O No ser% tamb!m poss$el 5"e tenha
predominado "ma noo pessoal de De"s em #ertos per$odos e em
#ertos #$r#"los, ao passo 5"e "ma noo mais @transpessoal@ tenha
preale#ido em o"tros per$odos e em o"tros #$r#"los0
/ Contro!rsia dos )ermos 5"e assolo" o esoro mission%rio dos
#atli#os d"rante os s!#"los =>II e =>III, e em seg"ida rea#ende"-se
noamente entre os mission%rios protestantes do inal do s!#"lo =I=
e in$#ios do s!#"lo ==, ! por si s instr"tia. / dii#"ldade em
trad"zir @De"s@ ao #hin(s est% no ato de a l$ng"a propor#ionar
m"itas palaras 5"e podem representar @De"s@, mas nenh"ma delas
ser @pereitamente ade5"ada@. No se dee isso a "ma noo#ara#ter$sti#a de De"s - "m De"s de m"itos nomes, por assim dizer,
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"m De"s 5"e no pode ser simplesmente aprisionado por "m 9ni#o
termo0
Um problema 5"e mere#e meno e est"do ! ao mesmo tempo
histri#o e pol$ti#o6 o monoplio @r!gio@ de De"s na China. 1eg"ndo
os ensinamentos de Con9#io, o soberano re#ebe se" mandato
pol$ti#o do #!" e pode perd(-lo, #aso goerne o" se #omporte mal.
Cost"maa-se #hamar o soberano de ilho do C!". 1 ele podia
oere#er sa#ri$#ios ao C!", embora em aor de se" poo e reino.
&s plebe"s 5"e tentassem az(-lo - o" mesmo remotamente
pretendessem alg"ma relao espe#ial #om o C!" - tornaam-se,
portanto, r!"s de traio. Esse ato histri#o e*pli#a por 5"e a
orao no era parte to integrante da ida do poo #om"m #omo oera na ida dos s%bios e reis - ao menos pelo 5"e sabemos pelos
anais AP.
E*pli#a tamb!m por 5"e lores#eram @de"ses menores@ nos #"ltos
pop"lares6 o C!" s"premo pare#ia to distante para os h"mildes e
ineriores. E*pli#a tamb!m a s"speita pol$ti#a 5"e pairaa sobre os
#"ltos pop"lares, e a s"periso das atiidades religiosas. Isso ale
no s do passado distante, mas tamb!m do presente. & termo
#hin(s para @reol"o@ permane#e 4o-ming - isto !, remoo doandato, "m andato proindo do C!". & ling"a2ar #olo5"ial poss"i
o termo pien-tQien6 m"dar o C!", m"dar o andato do C!".
Eidentemente, C!" poss"i m"itos sentidos6 diindade pessoal,
ora moral, nat"reza, o #!" atmos!ri#o - talez #omo hieroania
do diino. as a presena sim"lt
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e5"ialente a @pe#ado@, pois o termo ts"i reere-se a #rime ormal.
/pesar de %rias p"bli#a+es espe#ializadas - #omo o est"do de 3.
Eberhard sobre C"lpa e 'e#ado na China )radi#ional, bem #omo a
inestigao de H. aspero sobre os rit"ais peniten#iais tao$stas
ABS - esta airmao dei*o" res$d"os atr%s de si. E" gostaria de
a#res#entar o"tras proas6 os #l%ssi#os #on"#ianos, por e*emplo,
in#l"sie as pre#es dos reis s%bios do passado 5"e ino#aam
#lem(n#ia para se" poo, tomando sobre si mesmos os @pe#ados@ de
se"s s9ditos. E*iste ainda a po"#o #onhe#ida passagem, presente ao
mesmo tempo na Do"trina do eio e no Krande Ensinamento,
#on#ernente ? igil
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&s b"distas ahaTana, in#l"sie os adeptos do ChQan Aen, gostam
de alar do @Nirana@ presente no @1amsara@ - este 9ltimo
designando o #i#lo de transmigraes 5"e aeta todos os seres
sens$eis. Nota-se "ma dierena distintia entre os adeptos do
ahaTana e os da es#ola )heraada, para os 5"ais o Nirana, o
al!m, o absol"to, trans#ende o 1amsara, o dom$nio da relatiidade.
/ orm"lao ahaTana representa, na erdade, "ma reol"o
total no pensamento b"dista6 a airmao dos alores deste m"ndo,
sem negar os alores do al!m. Embora orm"lada 2% no s!#"lo II
d.C. por Nagar2"na, da es#ola da Do"trina !dia o" adhTam$4a,
essa orm"lao #atio" a imaginao dos b"distas #hineses e
2aponeses, e mesmo de #on"#ianos e neo#on"#ianos, tao$stas eneotao$stas. 1eg"ndo esta orm"lao, a#redita-se 5"e o sa#ro est%
presente no proano, o absol"to no relatio e a prpria il"minao
m$sti#a na monotonia das tareas 5"otidianas. Isso possibilito" "ma
#erta libertao @se#"larista@ para os b"distas, tornando a #on5"ista
da b"didade "ma possibilidade "niersal, mesmo para os leigos,
en5"anto reoraa "lteriormente os #ompromissos !ti#os do
#on"#ionismo e mitigaa o e*#essio zelo dos tao$stas preo#"pados
#om a b"s#a da imortalidade./os 5"e airmam e arg"mentam 5"e a tradio #hinesa no
#onhe#e" "ma dimenso de @trans#end(n#ia religiosa@ esta rm"la
apresenta "ma resposta em ling"agem parado*al. Il"stra a
ne#essidade d"ma #ompreenso @dial!ti#a@ da China - "ma
#ompreenso 5"e ai al!m das airma+es e nega+es, sem negar a
"tilidade de alg"mas airma+es e de alg"mas nega+es. /
orientao do #hin(s @para este m"ndo@, a harmonia #hinesa entre
homem e nat"reza, entre homem e m"ndo, a preer(n#ia dos
#hineses pelo h"mano e pelo !ti#o, a#"sam "ma esp!#ie de
@iman(n#ia diina@, de presena do absol"to no relatio, nas
rela+es h"manas, no dom$nio do nat"ral. as no se e*#l"i o
trans#endente. Na erdade, este em realado, "ma ez 5"e d%
sentido ao ordin%rio e ao nat"ral, ao se#"lar e ao moral. & senso
religioso pe#"liar dos #hineses isa de ato a "m harmonioso
e5"il$brio entre dois m"ndos, o is$el e o inis$el, o temporal e os"pratemporal. as orienta a pessoa h"mana a pro#"rar s"a
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salao, o" mesmo s"a pereio, no a5"i e agora,
parti#"larmente na moralidade das rela+es h"manas #omo 5"er o
#on"#ionismo, mas tamb!m na beleza da nat"reza #omo 5"erem
os s%bios tao$stas. 'ossibilito" assim a a#eitao do b"dismo pelo
poo #hin(s e leo" ? posterior transormao da religio proinda
da ndia.
No poderiam os #ristos tirar #on#l"s+es interessantes a este
respeito0 /l"dimos a5"i ? ne#essidade de promoer teologias
@natias@, ne#essidade il"strada pelo en#ontro entre o b"dismo e as
@religi+es@ #hinesas. eerimo-nos tamb!m a desdobramentos
internos da prpria teologia #rist, por e*emplo a teologia do
pro#esso, mas tamb!m ? teologia da libertao e ? tend(n#ia geralde pro#"rar De"s no homem. Con#l"$mos #om esta obserao,
dese2ando 5"e o"tros leem aante o di%logo intele#t"al
esperanosamente #omeado.
Notas6
B. C. 7"lia Ching, Con"#ianism and ChristianitT, Vodansha
International, BRMM, #ap. B.
. ChQ ien )"an-sheng, )he Koernment and 'oliti#s o China,Cambridge BRJS, p. BJ.
F. C. Needham, 1#ien#e and Ciilization in China, Cambridge U'
BRJL, ol. , p. JPBW Northrop, )he eeting o East and 3est,
a#illan BRLL, #ap. R-BS.
. a* 3 e b e r, )he eligion o China, a#illan BRL, #ap. L.
J. 8iang 1"-ming, )"ng-hsi Xen-h"a #hi #hQi #lte-hs"eh, sem data.
L. Ha2ime Na4am"ra, 3aTs o )hin4ing o Eastern 'eoples, BRLS.
M. 7ames 8egge, )he Notions o the Chinese Con#erning Kods and
1pirits, Hong-Vong BPL, reimpr. BRLB, p. .
P. 'roas en#ontram-se no 8iro da Histria e no 8iro dos 'oemas.
C. 7"lia Ching, op. #it., #ap. .
R. "th ;enedi#t, )he ChrTsanthem"m and )he 1Xord, ierside
'ress BRL, #ap. BS. / a"tora ala a5"i espe#ialmente dos
2aponeses, mas o 5"e ela diz oi m"itas ezes estendido aos
#hineses.BS. & liro de Eberhard AK"ilt and 1in in )raditional China oi
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p"bli#ado em BRLM. & ensaio de aspero sobre o tao$smo est%
in#l"$do em s"a obra pst"ma 8es eligions Chinoises, ol. B, 'aris
BRLM.
O Sentido de Transcendncia do Pensamento Chins, por ClaudeLarr
&s #hineses pare#em "ma das mais belas ariedades da esp!#ie
h"mana. "ito bem dotados, nos mais diersos pontos de ista,
mostrariam, no entanto, "ma ins"i#i(n#ia 5"anto ao
temperamento religioso. /lg"ns atrib"em tal @dei#i(n#ia@ a @raa@Wo"tros, mais n"merosos, a "ma deormao #"lt"ral ad5"irida. Essa
malormao e*pli#aria a alta de soli#it"de da China por responder
positiamente ?s repetidas in#"rs+es do #ristianismo. / opinio 5"e
a5"i ei#"lo sem, no entanto, endoss%-la, ! antiga. 'esa ainda em
m"itas mentes. 1em mal$#ia e*#essia, lembro a5"i "m 5"adro do
1o"lier de satin A& 1apato de Cetim, trad. >ozes, 'etrpolis BRMS,
5"e mostra a #apa#idade #hinesa para ir ao "ndo das #oisas e no
se dei*ar lear por 5"al5"er histria./ #ena ! entre "m prosel$tista #risto e se" sero #hin(s. & pobre
labrego a#aba de i#ar sabendo 5"e poss"i "ma alma, e 5"e este
ob2eto ! algo raro, de preo alt$ssimo. 8ogo #omea, entre eles,
"ma transao #omer#ial, intermin%el...
Do episdio, irreerente e 5"ase srdido, tiro esta obserao de
bom senso6 ai demorar m"ito para 5"e "m homem, o#"pado da
manh ? noite tentando #onseg"ir os meios de s"bsist(n#ia,
des#"bra poss"ir "ma alma imortal e possa dar-lhe o 2"sto alor.
Creio tamb!m 5"e no @#om!r#io das almas@ a oerta nem sempre ai
de par #om a pro#"ra, a no ser 5"e possa despert%-la e moti%-la.
)alez os #hineses nem sempre tenham tempo para serem
religiosos, #omo o somos ns mesmos, ao menos aparentemente.
Y"em sabe, s"a pro#"ra religiosa no se orienta de a#ordo #om
nossa oerta. No haer% m"ito e*agero e boa dose de il"so nos
2"$zos 5"e oram proeridos sobre a ins"i#i(n#ia religiosa 5"e lhes! atrib"$da0
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De in$#io, e*porei d"as teses6 "ma, e*ageradamente negatiaW
o"tra, ligeiramente otimista 5"anto ? sensibilidade dos #hineses em
mat!ria religiosa. Desta#arei a parte de erdade 5"e se pode
retirar, tanto de "ma #omo de o"tra. Esboarei, na #on#l"so, a
import
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dis#$p"los da En#arnao. / En#arnao ! 2"stamente o #arisma
espe#ii#o da China. 1e" poo ! #omposto de seres igorosos,
atios, habilidosos, talentosos, pr%ti#os, #apazes de logo #aptarem
as propriedades das #oisas e a oport"nidade dos momentos. 1"a
#apa#idade ital ! impressionante. &"trora eram apelidados
homens Celestes, mais tarde seriam #hamados )errestres... 1er%
5"e isto os az in#apazes para se elear a "m pensamento de De"s,
digno dQEle0
. Elogios
/#abei de lembrar, deormando "m po"#o, a posio negatia
da5"eles 5"e 2"lgam, "m tanto apressadamente, mas no sem
alg"ma apar(n#ia de razo, 5"e os #hineses t(m alg"ma dei#i(n#ia5"anto ao sentimento religioso. Deo men#ionar, para ser 2"sto, a
opinio #ontr%ria. Considerada em perspe#tia #laramente #rist,
ela pre2"di#a ainda mais, a me" er, a rep"tao dos #hineses.
habit"al aos admiradores in#ondi#ionais da sabedoria #hinesa. /
E"ropa, no s!#"lo =>III, inl"en#iada pelos @ilsoos@
en#i#lopedistas, geralmente ran#eses, #hego" a esta
e*traagIII. ;aseando-se na5"ilo 5"e as diersas emrias,
Des#ri+es e a #orrespond(n#ia dos 2es"$tas da isso de 'e5"imdi"lgaam a respeito da @religio@ dos #hineses e da mentalidade
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dos letrados, os @ilsoos@ "tilizam essa inormao para ata#arem
o despotismo da monar5"ia e ergastar o obs#"rantismo da Igre2a.
)omaam #omo @8"z@ 5"al5"er #laridade 5"e lhes iesse do distante
imp!rio #hin(s.
es"mirei o 5"e pre#ede airmando 5"e so moeda #orrente e
elha as generalidades beneolentes o" mal!olas a respeito dos
#hineses. 8embrei t"do isso para no pre#isar oltar mais a tais
5"est+es, e por5"e ainda persistem m"itos pre#on#eitos 5"e
impedem "m #onhe#imento are2ado do esp$rito e dos
#omportamentos religiosos dos #hineses.
F. 8etrados Chineses Cristos
Em s"ma, para apre#iar deidamente os #hineses, importa sair da#ompanhia dos o#identais e dirigir-nos a #hineses #ristos, 5"e
poss"em e*peri(n#ia pessoal de 7es"s Cristo e #onhe#em
pessoalmente o prprio poo e, ponto m"ito importante,
permane#em apegados ? s"a #"lt"ra tradi#ional, embora abertos ao
resto do m"ndo. Y"e dizem homens 5"e l(em o 8iro dos 'oemas,
no original, e a$ rastreiam os passos de De"s0
Y"e prati#am o 8iro das "ta+es e ponderam #om ele o
in#essante deslo#amento das oras 5"e deormam e reormam aig"ra temporal do m"ndo0 Y"e meditam sobre a histria #hinesa e
dela a"erem modelos para a histria mais geral dos gr"pos
h"manos0 Y"e dizem homens 5"e esto amiliarizados #om Con9#io
e (n#io, para eles eternamente presentes0 Y"e #horam de alegria
#om (n#io an"n#iando 5"e 2% ! hora de renoar o 5"e e*iste de
e"dal no ensinamento de Con9#io retemperando-o no ogo do
amor "niersal0 Y"e dizem homens 5"e, espantados #om a !rrea
d"reza das de#lara+es dos legistas, re#onhe#em 5"e a anar5"ia e a
hipo#risia esto latentes em toda so#iedade de dimens+es
gigantes#as0 Y"e dizem homens 5"e apre#iam o"ir 8ao-tse" e
Ch"ang-tz" airmando 5"e a poeira, de 5"e oi tirado o homem, !
"ma poeira #smi#a, animada por "m ogo ine*ting"$el, e 5"e este
! o problema dos problemas6 #omo pode sobreier o e(mero na
ida perd"r%el da animao #smi#a0 Y"e dizem esses homens 5"e
en#ontram n"ma paisagem, n"m 5"adro, n"ma por#elana o" em"ma sinonia, transpostas, as 5"est+es 9ltimas do destino de #ada
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"m de ns0 Y"e dizem esses esp$ritos, #"2a #"lt"ra, grande #omo o
o#eano, #res#e sem #essar alimentando-se #om todas as #"lt"ras
parti#"lares, a eles a#ess$eis graas ao #onhe#imento pro"ndo das
l$ng"as o#identais0 Y"e dizem esses homens, para 5"em o homem !
apenas "ma prod"o parti#"lar sa$da da )erra, e#"ndada pela
graa do C!", 5"e determina "m destino parti#"lar a #ada "m0 Y"e
dizem eles, 2"stamente eles 5"e poss"em a poderosa moral
#on"#iana e a liberdade da espirit"alidade tao$sta, ao se erem
a#"sados de impotentes em mat!ria religiosaO0
/ ning"!m re#omendo 5"e lhes diga6 @>o#(s no t(m o sentido da
trans#end(n#ia de De"s, t(m "m #on#eito m"ito ago de De"s. 'or
isso no podem estabele#er "ma relao pessoal #om ele. 'or essemotio, ! to di$#il "m di%logo entre #ristianismo e pensamento
#hin(sO@
/ pelo apenas a "ma de#larao de 7ohn 3", lembrada por se"
amigo e #ompanheiro insepar%el, o proessor 'a"l 1ih A. De#lara
ele 5"e o #on"#ionismo e o tao$smo permitem abordar, sob ia e da >irt"de A. De modogeral, os #hineses 5"e iiam do C!" oram adeptos da
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trans#end(n#ia e se empenharam - #omo o demonstra s"a ida - de
#orpo e alma, em "m #aminho espirit"al.
a realidade da ida religiosa dos #hineses, 5"e nos interessa, o"
ser% o tolo pro2eto da5"eles 5"e pro#"ram no pensamento #hin(s
teses religiosas, 5"em sabe ener%eis, mas histori#amente
mar#adas por "m esoro mental 5"e ainda no poderia lear em
#onta o 5"e ! #risto0 No podemos pedir aos #hineses, ormados
no seio de "ma #iilizao 5"e apenas tardiamente #onhe#e" o
#ristianismo, 5"e tenham #on#eitos e mostrem aspira+es de teor
o#idental #risto, tanto #om respeito ? trans#end(n#ia diina #omo
#om relao ao homem e ao m"ndo. )emos 5"e e*igir dos #hineses
a5"ilo 5"e 'lato pedia6 b"s#ar a >erdade #om toda a alma.Como ! poss$el pedir-lhes, dado 5"e eles mesmos no se (em sob
"m ponto de ista personalista, 5"e mantenham rela+es pessoais
#om 7es"s Cristo e #om De"s0 Y"e De"s se2a pessoal, "ndamento
da e*ist(n#ia de pessoas h"manas, eis talez "ma aspirao da
#ons#i(n#iaW mas no ! "m dado, #ertamente, da religio nat"ralO
. )rans#end(n#ia Con"#iana
Dei*o proisoriamente de lado o e*ame do #on"#ionismo de
Con9#io e de (n#io. /mbos men#ionam e s"gerem, #om m"itadeli#adeza, o papel do C!" na direo do "nierso, s"a presena no
homem, o esoro indispens%el para reintegrar a #ons#i(n#ia do
homem em s"a p"reza original, a im de reletir a l"z #eleste.
Estabele#em normas de #ond"ta 5"e o homem dee seg"ir, para
5"e das pro"ndezas da #ons#i(n#ia possa tirar as disposi+es de
2"stia, no sentido b$bli#o do termo, e as regras da ida em
so#iedade 5"e se e*pressam em ritos e #erimZnias, mas #"2a origem
! interior. )"do isto permite airmar a e*ist(n#ia, para Con9#io e
antes dele, de "m m"ndo religioso #hin(s sens$el ? trans#end(n#ia
diina, "ndamento da espirit"alidade pessoal e da moral
trans#endental. Depois de ter mostrado rapidamente o slido
"ndamento do #on"#ionismo #l%ssi#o, passo agora a alar da
m$sti#a tao$sta 5"e, no pensamento dos #hineses #"ltos, no !
seno "ma o"tra maneira de abordar o" trilhar a >ia do C!".
J. )rans#end(n#ia da >ia e da >irt"deEis a posio 5"e e" deenderia6 os #hineses t(m no tao$smo "ma
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#on#epo absol"tamente trans#endente e radi#almente imanente
da >ia do C!". / >ia dos tao$stas ! a >ia do C!". @/ >ia do C!"@ !
#omo 5"e "ma determinao mais pre#isa. Com isto a disting"imos
das mil o"tras ias 5"e so os trilhos e #aminhos traados pelas idas
e indas dos homens. / >ia se maniesta por s"a >irt"de. / >ia e
s"a >irt"de6 eis o eal inis$el 5"e se maniesta. o eal #omo o
podemos per#eber e airmar, 5"ando somos "m ser- no- m"ndo, a
regra do agir e, ao mesmo tempo, o moimento misterioso do
@etorno@ de t"do a5"ilo 5"e ! proisoriamente estilhaado em Dez
mil seres. / >ia ! trans#endente, impenetr%el, ine%el... /
trans#end(n#ia da >ia no #onstit"i obst%#"lo ? intimidade #om a
>ia. & homem se rela#iona #om ela #omo "m beb( #om s"a me6 es"a intimidade ! tanto maior 5"anto mais desapare#erem da
#ons#i(n#ia as diersas distin+es mentais, n"ma #omo 5"e
in#ons#i(n#ia, 5"e no seria 2"sto denominar #ons#i(n#ia de gra"
inerior. )endo em ista 5"e m"itos a"tores a#"sam os tao$stas de
monistas e pante$stas, so" obrigado a deend(-los de tal #ens"ra.
&s grandes te*tos tao$stas primitios no so nem monistas nem
pante$stas, #ontanto 5"e os entendamos e e2amos na mentalidade
da5"eles 5"e os redigiram.Cito, por e*emplo, alg"mas linhas da obra de Ch"ang-tz", no
#apit"lo >I, te*to mais seg"ro e mais a#ess$el 5"e o"tros. Eis #omo
trad"zo o tit"lo do #ap$t"lo >I6 Krande /n#estral, nosso estreW
@/ >ia6 ia transbordante e mesmo assim ielW
No - agir no no - is$elW
e*pansia e inapreens$el, 5"e se pode ter, mas no erW tem se"
prprio #a"le e s"as prprias ra$zesW anterior ao C!" - )erra, desde
sempre e para sempre, s"bsistente.
Esp$ritos do m"ndo inerior, esp$ritos soberanos,
dela todos eles re#ebem s"a espirit"alidade.
'rod"tora do C!", 'rod"tora da )erra, mas ora da d"rao.
Ela remonta ? mais alta /ntigidade, mas no ! elha...@
Coment%rio6 / >ia maniesta italidade transbordante de animao,
mas ! seg"ra, iel, #onstante, digna de #oniana. 1e bem
entendido, se" agir prprio no ! o dos seres parti#"lares. Chama-se no - agir, o" se2a, "m agir bem real mas inis$el e de a#ordo
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#om a no- interer(n#ia. 'or #a"sa dela ! 5"e a#onte#e esse
admir%el apare#imento do is$el no m"ndo enomenal e do
intelig$el no m"ndo essen#ial. az e dei*a 2orrar. /o n$el da >ia,
no e*iste dierena entre azer e dei*ar azer. as ! a ela 5"e
temos de remontar, para en#ontrarmos o Krande /n#estral, de
onde pro#ede t"do 5"e !. @Nemo tam 'ater@, Nossa e, 5"e se
a#ha al!m do C!" - )erra. Como ! dela 5"e t"do pro#ede, o
dis#"rso h"mano a pressente, mas no #onseg"e dize-la, m"ito
menos e*pli#%-la, estr"t"r%-la o" pers#r"t%-la. & estr"t"ralismo
seria "ma toli#e, aos olhos dos #hineses, #aso o 5"is!ssemos tomar
#omo s"bstit"to da >iaW seria "ma boa orm"lao, se a
tom%ssemos #omo a maniestao digna de #r!dito dos seres 5"eso prod"zidos o" 5"e se prod"zem. 1er prod"zido sempre apare#e
#omo prod"zir-se. as sempre se e*ige, de 5"al5"er orma, a
ante#ed(n#ia, a an#estralidade da >ia. / >ia por s"a >irt"de A5"e !
#omo 5"e "ma #onse5(n#ia da >ia az moerem-se C!" e )erra,
em "m moimento #"2a a"to - reg"lao admite lee os#ilao em
tomo da Constante Aa >ia. 1e alta alg"ma #oisa, se alg"m ser sai
de se"s trilhos, isto no abala a >ia. Ela gira sempre sem alha e
sem desgaste A8ao-tse"6 & 8iro da >ia e da >irt"de, #ap. J.Eminente, a >ia ! "m 1oberano, "m estre ig"almente, pois ensina
en5"anto !. @E" brilho de tal modo em minha #riao@, dizia '!g"T,
#omentando o 1almo @Caeli enarrant...@ De maneira semelhante, o
Imp!rio no poderia e*istir sem "m Imperador, o C!" - )erra, e
t"do a5"ilo 5"e ele az desabro#har no poderia e*istir sem a >ia.
& Imperador 5"e imita a >ia, obede#endo ao C!" e sempre
atentamente s"bmisso ? )erra, e*er#e sobre todo o Imp!rio "ma
a"toridade de inl"(n#ia 5"e atinge em #ada ser se" agir prprio
nat"ral. )irem ao soberano o barrete imperial e o manto semeado
de noe drag+esW tirem-lhe os assessores e todo o s!5"ito de
#ortesos, se" trono, a sala do trono e at! se" pal%#io e s"a
#apital, 5"e mesmo assim #ontin"ar% sendo o soberano. )"do 5"e
se moe no imp!rio, s se moe por ele. 1"a imobilidade, se"
sil(n#io, s"a inisibilidade, longe de lhe dimin"ir o poder, tornam-
no mais espirit"al, mais ei#az, mais ma2estoso. /ssemelha-seento ? estrela polar 5"e, imel, silen#iosa, mal e mal is$el,
8/13/2019 A Antiguidade Tardia em Textos - Religio e Mitologia - Andr Bueno
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ordena em torno de si todo o moimento aparente do C!"...
/lg"!m poderia perg"ntar6 a >ia prod"z o" gera alg"ma #oisa0 Y"e
ne*o pode manter #om a5"ilo 5"e ! gerado o" prod"zido0 & #hin(s
antigo no az essa distino. as ento o#( airma 5"e a terra
prod"z o" gera0 No e*iste resposta para essas perg"ntas, en5"anto
o#( est% preso apenas ao est"do do o#ab"l%rio. as podemos
apreender o pensamento. Ele ! an%logo ao 5"e se per#ebe no te*to
do K(nesis. Elohim diz6 @Y"e ha2a l"z, e ho"e l"z@ ADhorme, o"
ento6 @Disse Elohim6 a l"z ser% e a l"z !@ ACho"ra5"i. Em ambas as
trad"+es, a relao entre Elohim e a prod"o da l"z ! imediata,
sem esoro, nat"ral. o agir de De"s por no - agir, por no -
interer(n#ia. No liro do K(nesis, Elohim ala, e s"a palara !ei#az. Em "ma erso #hinesa da Criao, a >ia no ala6 ela ! e
se" ser ! ei#az. & antropomorismo do K(nesis ! mais a#ent"ado,
mas sabe m"ito bem o a"tor do liro 5"e De"s, Elohim, #ria sendo,
o", se o preerirmos, a palara de Elohim ! #ompletamente
espirit"al. 1ob o ponto de ista da trans#end(n#ia, Elohim e a >ia
se a#ham, #om respeito aos seres gerados o" prod"zidos, em "ma
relao de as#end(n#ia 5"e os sit"a al!m do #riado6 so de ato
pereitamente trans#endentes.No posso desenoler a5"i "m ponto 5"e tem relao #om esta
5"esto da )rans#end(n#ia da >ia. & ponto ! o seg"inte6 2"nto ?
>ia se a#ha s"a >irt"de. No seria temer%rio, #reio e", azer da >ia
e da >irt"de "m par6 o eal em si e s"a maniestao ei#az. /pesar
de s"a trans#end(n#ia absol"ta, a >ia teria, em si mesma, mas
#ontrapondo-se a ela, a >irt"de. 1o Dois 5"e azem apenas Um. /
>irt"de sai" da >ia, mas a >ia no sai" da >irt"de. No #ap$t"lo FP
de 8ao-tse", e*pressa-se #om o m%*imo de #lareza o
rela#ionamento entre >ia e >irt"de. >oltando ao te*to de Ch"ang-
tz", #omentado a#ima ACh"ang-tz", #ap. L, emos 5"e a >ia se
mant!m sim"ltaneamente a#ima dos seres e no intimo de t"do
a5"ilo 5"e dela pro#ede. Ela n"n#a ! a5"ilo 5"e az, e t"do 5"e
e*iste dela pro#ede. 'ode-se en#ontrar melhor trans#end(n#ia 5"e
a iman(n#ia absol"ta, o" melhor, iman(n#ia 5"e a trans#end(n#ia
absol"ta0 & engenheiro 5"e az o pro2eto do Con#orde o" de "maponte #omo a io - Niteri no ! imanente a essas #onstr"+es e ao
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mesmo tempo trans#endente a todas essas obras0 Di-lo nosso te*to,
ormalmente6 / >ia az #om 5"e e*istam esp$ritos, mas ela mesma
no ! "m esp$ritoW az #om 5"e e*istam C!" e )erra, mas no !
eleada #omo o C!" nem abissal #omo o seio abissal da )erra. )erra
e C!" d"ram, mas a >ia se a#ha ora da d"rao. Ela se propaga,
#om"ni#a e transmite, mas a5"eles 5"e re#ebem s"a inl"(n#ia no
a poss"em, no se apropriam dela.
L. 1entido eligioso do No-agir
Do 5"e se disse a#ima podemos #on#l"ir 5"e a )rans#end(n#ia, para
os tao$stas, e*prime "ma presena Adiina 5"e s"pera o homem e o
prprio C!"W e 5"e, de modo semelhante, a Iman(n#ia !, para eles,
"ma presena Adiina mais $ntima ao homem 5"e se" prprio#orao e 5"e o abismo das ontes terrestres de onde (m as s"as
ess(n#ias e o se" 5"erer ser. )"do isto ! elementar e no bastaria
para "ndamentar a originalidade do pensamento #hin(s. mister,
seg"ndo o moimento lgi#o nat"ral aos #hineses, perg"ntar ainda,
isando o #erne da 5"esto6 onde e #omo ! 5"e se az o @admirabile
#ommer#i"m@ entre )rans#end(n#ia e Iman(n#ia0 &nde0
Certamente no azio intermedi%rio. Como0 Certamente pelo no -
agir. & 5"e #ara#teriza "m pensamento #hin(s ! a #apa#idade parae*primir o n das #ontradi+es, o momento das tend(n#ias
antagZni#as, a re"nio 5"e permite ?5"eles 5"e tentam "nir-se,
en#ontrar-se e en#ontrar a ida. E*iste sempre "m meio
aparentemente azio e sempre atio. 1eg"ndo o pensamento
#hin(s, )rans#end(n#ia e Iman(n#ia - aspe#tos antagZni#os do eal,
5"e sempre nos s"pera - so o agir da no - interer(n#ia6 o agir do
no- agir - o Xei X" Xei. Eis #omo o e*pressaa 8ao-tse" A#ap. F,
alando dos 1antos eis da /ntigidade, 5"e so a imagem h"mana
mais pereita da >ia6
@&s 1antos... agiam por se" no - agir, e nada es#apaa ? s"a
direo@.
& 5"e ez o C!" e a )erra ! to intimo a esse C!" - )erra, 5"e ele
a$ se e*prime pelo agir nat"ral dos seres, agir 5"e reela a s"a
presena de no - agir. & no - agir Adiino permite a liberdade do
homem e a espontaneidade de todos os o"tros seres ios e doprprio m"ndo inanimado Ainanimado, para ns, identaisO. &
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sil(n#io e a ormid%el a"s(n#ia sens$el de De"s permitem o
C
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F. / mais #onhe#ida ! s"a a"tobiograia6 'ar del? lQest et 8Qo"est,
Casterman. . 8e 8ire de la >ie et de la >ert". )ao )e Ving. )rad.
e #oment%rios de C. 8arr!, Des#l!e de ;ro"Xer, 'aris BRMM.
Lendas e Mitos Primitios, por !illiam !atson
&s #omeos da #iilizao da China apresentam problemas 5"e so
"m desaio ao pr!-historiador do >elho "ndo. 1abendo-se
at"almente 5"e #omearam a s"rgir #om"nidades agr$#olas na [sia
idental logo aps do ano BS.SSS a.C., e 5"e, na mesma regio,
esta em desenolimento desde o 5"arto mil(nio a.C. "ma #"lt"ra
5"e disp"nha de es#rita e de literat"ra, p+em-se nat"ralmente as
perg"ntas6 a antiga #iilizao da China ser% da mesma idade0 3 as
s"as origens oram prod"to de atores independentes o" deriados0
Nenh"ma das 5"est+es, #omo 3illiam 3atson a#ent"a no presente
liro, ! s"s#et$el de sol"o, mesmo apro*imada. Na 9ltima
d!#ada, estabele#e"-se pelo #arbono B a #ronologia do 'r*imo
&riente, mas at! agora no oi ainda estabele#ida 5"al5"er data
para a China, embora as do 7apo s"giram 5"e alg"mas inoa+este#nolgi#as, tais #omo o abri#o de #erIII a.C. &s #arros 1hang reletiro a adoo, alg"ns
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s!#"los depois da s"a #riao, de "m noo motio de pompa e de
g"erra indo do &este, e o se" enterramento 2"ntamente #om os
se"s ostentes #omo elemento de prest$gio ser% o e#o de "m h%bito
5"e se haia de #ontin"ar na E"ropa b%rbara, at! para al!m dos
ins da Idade do erro pr!-romana. / en#antadora en"merao dos
ornamentos e arreios do #arro #!lti#o das primitias histrias de
heris da Irlanda tem se" (m"lo, no o"tro e*tremo do >elho
"ndo, n"ma poesia #hinesa 5"e remonta, pelo menos, aos s!#"los
>II o" >III a.C.6
& deli#ado #arro de g"erra #om a s"a #ai*a rasa,
/ lana #"ra #om s"as #in#o a#es,
&s passadores, as g"ardas laterais,&s tirantes entranados, os #"bos alongados,
'"*ados pelos nossos istosos #aalos.
Inoao te#nolgi#a e re5"inte so, logo desde o #omeo da
metal"rgia, #ara#ter$sti#as da #"lt"ra #hinesa. Y"ando se
en#ontram trabalhos de bronze da dinastia 1hang da metade inal
do seg"ndo mil(nio a.C., so 2% ina#reditaelmente apereioados e
9ni#os na "tilizao de moldes #omple*os de "ndio, e, 5"ando se
#hega aos trabalhos em erro do >II o" >I s!#"los, erii#amos 5"eas t!#ni#as de "ndio do metal 2% eram pereitamente
dominadas. Na E"ropa, a t!#ni#a do erro martelado o" or2ado
pre#ede", por toda parte, a do metal "ndido, 5"e s oi tentada
nos ins da Idade !dia, en5"anto na China tinha 2% sido erigido,
por alt"ra da #on5"ista normanda da Inglaterra, "m pagode de
erro "ndido #om B metros de alt"raO & #arro benei#io" tamb!m
do desenolimento de importantes melhoramentos t!#ni#os na
trao, nomeadamente a pr%ti#a de dar orma #Zn#aa ?s rodas
para garantir "ma maior larg"ra e 5"i% maior rob"stez, o 5"e 2%
apare#e nos s!#"los I> e III a.C. )amb!m a modii#ao do arreio
do #aalo, n"m tipo 5"e ! o antepassado da at"al molhelha r$gida
e"rop!ia, no apare#e m"ito depois.
Neste liro az-se a histria da China 'rimitia at! a dinastia Cho".
'are#e 5"e oi d"rante o per$odo Cho" oriental, nos s!#"los >III o"
>II a.C., 5"e os Kregos #omearam a o"ir #on"sas narratias deia2antes a#er#a de "ma nao de egetarianos pa#$i#os, ilsoos
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e irt"osos, para al!m do >ento Norte, transormando os prprios
Chineses nos mitos Hiperbreos. 'or alt"ras do s!#"lo >I, as
#olZnias hel(ni#as do mar Negro tinham 2% estabele#ido os #ontatos
5"e permitiram a inda da seda #hinesa at! os t9m"los da Idade do
erro do 1"l da Kermem
primeiro o per$odo dos Cin#o Chees. "itos dos reis t(m "m
#ar%ter plenamente lend%rio, sendo-lhes atrib"$dos reinados
inerossimilmente longos. / id!ia 5"e ho2e ormamos da histriaprimitia e lend%ria e da mitologia primitia da raa #hinesa !, em
grande parte, res"ltante dos #oment%rios e interpretao dos
#on"#ionistas. / s"a grande preo#"pao oi a de pro2etar o
sistema din%sti#o para tempos o mais re#"ados poss$el. 1e a
e*ist(n#ia de imperadores goernando toda a China na mais remota
antigidade 2"stii#o" o papel de 1hih H"ang )i, o primeiro
"nii#ador da China e dos imperadores 5"e se lhe seg"iram da Casa
de Han, a "no dos se"s ministros e de o"tros seridores era
poderoso pre#edente a 2"stii#ar o monoplio do serio #iil,
inalidade dos #on"#ionistas. 'or isso, o ing(n"o en#anto 5"e
geralmente en#ontramos no mito e na lenda desane#e-se, na
China, nos #orredores #limatizados de "ma b"ro#ra#ia imagin%ria.
1 se #onseg"e "ma imagem #orrigida dessa #onstr"o i#t$#ia do
passado atra!s do e*ame rigoroso das n"merosas al"s+es aos
heris e aos not%eis 5"e sobreieram na asta literat"ra ees#aparam ? distoro #on"#ianista, e pela aaliao dos te*tos
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al"sios e por ezes #r$pti#os de obras #omo o 1han hai #hing
ACl%ssi#o das ontanhas e ares e do Ch\" ts\" A'oesia do Estado
de Ch\".
De toda a ri#a mitologia 5"e a$ se nos depara apenas podemos dar
a5"i alg"ns e*emplos s"gestios. ] #abea dos )r(s 1oberanos era
geralmente #olo#ado " Hsi, 5"e, no per$odo Han, ora #anonizado
#omo o mais antigo. Chego" a ser des#rito #om #orpo de drago e
#abea de homemW o se" nas#imento, ? semelhana do dos
"ndadores de grandes dinastias, oi mira#"loso6 a me #on#ebe"-o
#olo#ando-se sobre a pegada de "m gigante. Inento" os &ito
)rigramas, nos 5"ais se baseaa "m sistema de adiinhao 5"e os
#on"#ionistas adotaram no se" #
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e #renas do poo Han, ? medida 5"e se ormo" pela 2"no das
tribos aparentadas e, posteriormente, ? medida 5"e se ormo" pela
2"no das tribos aparentadas e, posteriormente, ? medida 5"e
estendia os se"s dom$nios "nindo-se a tribos, de parentes#o menos
#hegado, 5"e habitaam os territrios do 1"este e do 1"l. 1o tr(s
os pontos #ara#ter$sti#os da mitologia6 a re#orr(n#ia e a
semelhana das histrias das in"nda+es, a a"s(n#ia de 5"al5"er
#on#eito de m"ndo s"bterr
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#hineses, #"2a assimilao ? #"lt"ra Han se pro#essaa
grad"almente desde os tempos mais remotos e 5"e at! ho2e ainda
no se #ompleto". / histria reere-se ? '\an V", des#rito #omo
^"m #o de m"itas #ores_ 5"e se diz ter nas#ido do #aos primitio e
5"e, ao morrer, teria dado origem ? China e ao "nierso 5"e a
rodeia. / lenda dos serios prestados por '\an V" ao imperador
Vao Hsin Atamb!m #hamado )i V\", "m dos Cin#o Chees na
derrota dos b%rbaros do 1"l, e do se" #asamento #om a ilha do
imperador, registra mitologi#amente a mais remota penetrao
#hinesa no 1"l, en*ertando assim "ma signii#atia tradio lo#al no
mito Han.
/s dinastias primitias /os primitios e lend%rios #hees seg"em-seas dinastias de Hsia, 1hang e Cho". / primeira ! neb"losa, reerida
apenas nos te*tos mais dis#"t$eis, e a erdade da s"a e*ist(n#ia
tem sido posta em d9ida pelos historiadores. / histria respe#tia
pare#e ter sido reeita Ase no eita depois da !po#a de Con9#io,
in#l"sie, a #itao de "m erdadeiro e#lipse do 1ol no 5"into ano
do ter#eiro rei Hsia ABPL a.C. pela #ronologia #on"#ionista
testem"nhar% apenas a pre#iso dos astrZnomos Han o" Cho",
tardios, em #%l#"lo retrospe#tio. , no entanto, geralmente a#eite5"e #erta dose de erdade est% in#orporada na lenda e na tradio
relatias a Hsia, pelo menos 5"anto ? e*ist(n#ia de tal #asa
reinante e ? s"a lo#alizao na parte s"l do #"rso inerior do rio
/marelo. as, se Hsia e*isti", a s"a relao no tempo #om a
primeira e erdadeiramente histri#a dinastia, a 1hang, ! in#erta.
)er% sido apenas #ontempor
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goernaram "ma China "nida de e*tenso 5"ase ig"al ? do
territrio at"al.
" Religio Primitia, por !illiam Morton
/ religio da China tem sido normalmente des#rita #omo tendo
origem no #"lto dos antepassados, mas isso ! apenas "ma erdade
par#ial. & #"lto an#estral est% presente desde o tempo mais remoto
de 5"e se tem registro, mas apenas #omo "m dos elementos da
religio #hinesa. & o"tro elemento ! o #"lto dos esp$ritos da
Nat"reza.
&s #hineses en#araram o enigma da ida h"mana atra!s da
s"posio de 5"e Uma pessoa tem d"as almas, a po, alma animal o"
alma da ida, e a h"n, alma espirit"al o" alma da personalidade.
/mbas as almas separam-se do #orpo #oma morte e ambas podem
ser mantidas ias por meio de sa#ri$#ios 5"e as alimentem. / alma
da ida, entretanto, grad"almente de#ai #om o #orpoW a alma da
personalidade sobreie por tanto tempo 5"anto se2a lembrada e
re#eba sa#ri$#ios dos ios. Ela pode tornar-se "ma diindade depoder e inl"(n#ia, pode responder, nos pro#essos de adiinhao,
?s 5"est+es e pedidos de se"s des#endentes, e pode at! adiar s"as
mortes. 1e a alma po or negligen#iada, poder% tornar-se "m
demZnio- "m g"io -, e perseg"ir os ios, ao passo 5"e, se a alma
h"n or es5"e#ida, ir% tornar-se "m antasma piedoso, mas tamb!m
#apaz de #a"sar o mal. Da$ a import
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/l!m dos an#estrais, #ertos esp$ritos da nat"reza tamb!m eram
honrados na China antiga. D"rante a dinastia 1hang, a e do
&riente, a e do idente, o 1oberano das Y"atro Dire+es, a
"lher, Drago, o Esp$rito da 1erpente e o >ento so #itados #omo
diindades 5"e deeriam ser reeren#iadas. / mera meno desses
nomes basta para indi#ar 5"e se trata de esp$ritos da Nat"reza e de
de"ses da ertilidade. & solo de loesse do Norte da China s ! m"ito
!rtil 5"ando re#ebe #h"a s"i#iente. 'or o"tro lado, imos 5"e o
rio /marelo, #orrendo pela terra do loesse, #onstri se" leito,
depositando limo a#ima do n$el do solo #ir#"ndanteW 5"ando
o#orrem #heias, o dano ! enorme e e*tensio. Desse modo,
per#ebia-se a#ilmente 5"e o e5"il$brio da Nat"reza, entre oe*#esso e a es#assez de #h"a, era deli#adoW o ilho do C!" tinha o
deer de preserar esse e5"il$brio, eet"ando sa#ri$#ios no
somente ao C!", mas tamb!m aos de"ses da terra. /s ormas mais
impereitas e primitias de #"lto ?s oras da ida #onstit"$ram "m
estoro para os a"steros er"ditos #on"#ianos das !po#as
posteriores, 5"e enidaram esoros no sentido de minimiz%-Ias o"
modii#%-Ias. as a presena desse elemento de #"lto da Nat"reza,
#om (nase na ertilidade, est% #laramente atestada tanto na China#omo no resto do m"ndo. /s representa+es gr%i#as para z" -
an#estral- e she - de"s do solo - #ont(m "m s$mbolo %li#o. /mbas
as ormas de #"lto gozaram de honra ig"al, #om altares #olo#ados a
leste e a oeste da entrada do pal%#io, #omo se destinados a
asseg"rar boas #olheitas de ilhos para os an#estrais e de gro para
os #ampos.
& 8iro das Can+es, 5"e relete a so#iedade antes do tempo de
Con9#io, #ont!m m"itas #an+es de galanteios, 5"e indi#am "ma
relao entre os se*os m"ito mais lire e nat"ral do 5"e a 5"e se
#onstata em !po#a posterior. 'or e*emplo6
Cres#e no bos5"e "ma trepadeira,
Uma densa #amada de oralho des#e sobre ela.
Haia "m homem to en#antador,
1"a testa limpa era bem delineada...
En#ontrei-o por a#aso,E ele ez minha ontade...
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Cres#e no bos5"e "ma trepadeira,
Uma espessa #amada de oralho des#e sobre ela.
Haia "m homem to en#antador,
1"a testa limpa era bem delineada...
En#ontrei-o por a#aso6
@&h, 1enhor, ! to bom estarmos 2"ntosO@
8iro das Can+es, ao R por /. 3aleT
Em o"tro poema desse liro, diz "ma m"lher6
'erto da amendoeira da 'orta &riental,
&nde h% "ma ileira de #asas.
No ! 5"e e" no o ame,
as 5"e lento o#( ! em #orte2ar-meOIbid. ao PR
Er"ditos posteriores trataram o 8iro das Can+es do mesmo modo
5"e os #"ltos primitios, tentando e*p"ngi-lo de todos os se"s
elementos mais grosseiros. Empenharam-se em dar ?s #an+es de
galanteio e #asamento "m sentido alegri#o destinado a in#"l#ar
irt"des #omo a lealdade a "m pr$n#ipe, m"ito ? maneira do
signii#ado alegri#o atrib"$do ? #ano b$bli#a do amor a Cano
de 1alomo, no idente.] proporo 5"e se desenoliam as pr%ti#as religiosas #hinesas, !
interessante notar a a"s(n#ia de "ma #lasse sa#erdotal, gozando de
"ma posio de poder na so#iedade. Haia #onselheiros em mat!ria
de rit"al e eti5"eta, mas os sa#ri$#ios e os prprios serios de
#"lto eram realizados por "n#ion%rios do Estado o" por #hees de
am$lia, #onorme o #aso. Entre os animais sa#rii#ados ig"raam
bois, oelhas, por#os e #a#horros, geralmente em pe5"enas
5"antidades Amenos de dez #abeas, de #ada ez. H% not$#ia de
"m @grande sa#ri$#io@ oere#ido a tr(s antigos reis, no 5"al se
abateram FSS #abeas de gado. Do s$mbolo 5"e representa li,
^rit"al@, @#ortesia@, depreende-se 5"e oerendas de lores eram
ig"almente eitas. & inho, 5"ando oere#ido, era despe2ado no
solo, em libao. /s oerendas eram geralmente 5"eimadas, mas
tamb!m enterradas o" atiradas nQ%g"a. /s pessoas ri#as, ao
atraessarem "m #erto rio, #ost"maam lanar nQ%g"a "m anel de2ade, #omo d%dia ao esp$rito do rio. &s pobres #ongregaam-se
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para #elebrar o estial de "m rio, d"rante o 5"al "ma linda moa
era es#olhida e despa#hada n"m bar#o, rio aora, at! 5"e se
aogasse #omo a @noia do rio@. Cont"do, o sa#ri$#io h"mano oi
prati#amente abolido no im do per$odo ho".
C"mpre salientar 5"e as pessoas #om"ns no tomaam parte nas
#erimZnias de #"lto an#estral, as 5"ais estaam reseradas ?s
am$lias da alta so#iedade, #orrespondente ? #lasse das gentes na
antiga oma. / #amada pop"lar, na China, no tinha se5"er
sobrenome e, m"ito menos, an#estrais #onhe#idos. 1e"s #ost"mes
religiosos, in#l"sie os do #asamento, eram #ompletamente
dierentes dos da #lasse alta. & poo no #elebraa ritos indiid"ais
de #asamento, mas parti#ipaa nos este2os #oletios da primaera.1e "ma moa desse mostras de graidez no o"tono, ela e se"
homem passaam a ier maritalmente por "m a2"ste re#onhe#ido
por ambas as am$lias e pela #om"nidade. / religio do homem do
#ampo era mar#ada pelo #"lto ?s diindades lo#ais do solo e da
ertilidade, e por ritos *amII, S. Essa rase oi ig"almente mal#ompreendida, 2% 5"e se penso" 5"e Con9#io se op"nha ? religio
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#omo "m todo, o 5"e est% longe de ter sido a erdade. Como "m
e*emplo em #ontr%rio, ele pare#ia en#arar a moralidade #omo
dotada de alg"ma orma de sano religiosa, pois disse6 @Y"em
oende o C!" no ter% a 5"em rezar_. /nale#tos, III, BF
" Religio no Per#odo Shang, por $% &% Smith
/ tradio #hinesa i*a os #omeos da s"a #iilizao na 9ltima
parte do ter#eiro mil(nio antes de Cristo, mas, embora ha2a raz+es
a priori para pres"mir 5"e a primeira dinastia #hinesa, a Hsia, se
estabele#e" por essa o#asio, no h% nenh"ma proa ar5"eolgi#a
direta a respeito da Hsia.
)(m sido registrados na China #entenas de l"gares neol$ti#os 5"e
reelam %rias #"lt"ras neol$ti#as distintas, e embora possam ter
haido #onsider%eis inl"(n#ias estrangeiras primitias no
desenolimento da #iilizao #hinesa, ho"e "m desenolimento
#"lt"ral #ont$n"o na China desde os tempo neol$ti#os em diante, e a
teoria de 5"e os proto-#hineses eram "ma raa #on5"istadora 5"e
inadi" a China, inda do o#idente, 2% no ! a#eit%el. &santepassados neol$ti#os dos #hineses iiam em aldeias e
dedi#aam-se ? agri#"lt"ra e ? domesti#ao de animais #omo s"a
prin#ipal onte de ida, #onsiderando a #aa e a pes#a o#"pa+es
importantes mas s"bsidi%rias, e poss"indo 2% t!#ni#as altamente
desenolidas para a prod"o de aianas e "tens$lios de pedra, de
osso e de marim AB. 1e bem 5"e po"#o possa ser ded"zido das
proas ar5"eolgi#as relatiamente ?s id!ias e pr%ti#as religiosas
neol$ti#as, a religio m"ito desenolida da dinastia 1hang, 5"etradi#ionalmente #omeo" em BMLL antes de Cristo, #om o se"
#"lto dos esp$ritos dos antepassados, os #ompli#ados rit"ais
mort"%rios e o se" sistema sa#rii#al altamente omentado, deia
ter tido "m longo desenolimento nos tempos pr!-histri#os. 'ode-
se inerir ra#ionalmente 5"e a primeira religio da China, assim
#omo de o"tros poos agr$#olas, se #entralizaa n"m #"lto de
antepassados, na preo#"pao da e#"ndidade, e na adorao de
n"merosos esp$ritos da Nat"reza 5"e in#l"$am os de"ses poderosas
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#onsider%el relatiamente aos interesses 5"e dominaam o
pensamento da dinastia 1hang. Identii#aram-se 2% "ns tr(s mil
#ara#teres 5"e in#l"em a maioria dos nomes dos reis da dinastia
1hang.
D"rante este per$odo e*isti" na ba#ia do io /marelo e se"s
al"entes, "ma #iilizao altamente desenolida 5"e pare#e ter
tido bastante #ontato #om poos 5"e habitaam nas regi+es
distantes da China de ho2e e proaelmente re#ebiam inl"(n#ias
#"lt"rais do o#idente A.
Uma aristo#ra#ia poss"idora de es#raos, habitando em #idades,
imp"nha-se aos #amponeses r"rais prin#ipalmente dedi#ados ?
agri#"lt"ra e ? domesti#ao de animais. & 'roessor 8i Chi es#ree5"e a religio deles era ^"ma religio teo#r%ti#a dominada por
e*#essia deoo ao #"lto dos antepassados_. AJ / #aa de
animais selagens pare#e ter sido "m passatempo aorito da
nobreza 1hang 5"e tamb!m se enolia em g"erras 5"ase
in#essantes #om as tribos b%rbaras. ^/ pai*o real pelo desporto
pode proar-se pelo ato de haer sempre, debai*o das #
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Na pro#"ra da aaliao do pensamento !ti#o e religioso da dinastia
1hang ! ne#ess%rio grande #"idado para 5"e no se leia nos
#ara#teres ins#ritos nos ossos de or%#"los signii#a+es 5"e s se
desenoleram mais tarde. H% po"#as proas de 5"e os goernantes
mostrassem responsabilidade moral o" para #om os esp$ritos dos
antepassados 5"e adoraam o" para #om o poo 5"e goernaam.
H% po"#os est$gios, o" nenh"m, de pensamento !ti#o nas
ins#ri+es dos ossos de or%#"lo. esmo #ara#teres #omo ^bom_ e
^ma"_ rela#ionam-se #om id!ias de prosperidade e #alamidade,
boa sorte e m% sorte, #a"sadas pelos entos e pelas #h"as, por
desastres nas #olheitas, o" por s"#essos na #aa e na g"erra.
/s ins#ri+es dos ossos de or%#"lo e os asos de bronze sa#rii#aisdepositados nos t9m"los dos reis e dos nobres testem"nham
ig"almente o ato de 5"e a maneira da dinastia 1hang er o m"ndo
era determinada pela id!ia de "m primitio de"s-antepassado. &
#ar%ter re5entemente "sado p", signii#ando adiinhar o"
predizer, s"gere a id!ia do pedido de #onselhos e ordens ao esp$rito
do antepassado morto. & #"lto do esp$rito do grande antepassado,
e #om ele os esp$ritos de todos os reis ale#idos, era a prin#ipal
eio da religio 1hang.Nos primeiros tempos, a terra tinha sido #onsiderada o lar dos
mortos. /#reditaa-se 5"e o esp$rito ital se 5"edaa #om o
#ad%er o" perto dele, o 5"al haia sido d"rante m"ito tempo a s"a
habitao. No entanto, 5"ando o #ad%er se desintegraa, esse
esp$rito ital era orosamente obrigado a dei*%-lo, para se "ndir
o"tra ez na misteriosa onte de energia #riadora da terra 5"e !
#itada, mais tarde, na literat"ra, #omo ^ontes amarelas_. Era pois
"ma generosidade, tanto para os ios #omo para os mortos, azer
todos os poss$eis para preserar o #ad%er da dissol"o6 para os
mortos, por5"e s assim o esp$rito ital podia #ontin"ar a ier e a
#onserar a s"a identidadeW para os ios, por5"e s assim os
esp$ritos dos antepassados podiam #ontin"ar a interessar-se pelos
aazeres dos se"s des#endentes. Nos #ost"mes "nerais da 1hang
en#ontramos in9meras proas de "m dese2o de preserar o #ad%er
da r"$na. &s #ompli#ados t9m"los s"gerem este motio"ndamental 2"ntamente #om os grossos #ai*+es de madeira 5"e se
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depositaam dentro. Embora no ha2a proas da arte de
embalsamar, #onorme prati#ada pelos eg$p#ios, a primorosa
preparao do #ad%er, o "so do 5"e se a#reditaa serem agentes
de longa ida #omo o 2ade, a obt"rao de todos os ori$#ios do
#orpo, t"do mostra a tentatia de proiden#iar ? alma do ale#ido
"ma habitao to permanente 5"anto poss$el. 'are#e tamb!m
5"e haia medo de 5"e se o #ad%er, por #a"sa de desgraa o" de
morte no nat"ral, no osse rit"almente #olo#ado em des#anso
dentro do t9m"lo, o se" esp$rito ital, ainda poss"idor de alg"mas
energias, se tornasse "m antasma o" pr(ta AP, perseg"indo os
ios o" pro#"rando entrada no"tro #orpo. /s oertas "s"ais aos
mortos de #omida e bebida pare#em ter tido dois prin#ipaisob2etios6 dar s"stento ao esp$rito no se" lar s"bterr
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adorado #omo de"s s"premo, e*er#endo dom$nio sobre o poo e a
terra, de modo 5"e, em todos os ass"ntos de import
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1hang era tido #omo "m de"s s"premo 5"e habitaa as alt"ras. &
#ar%ter ! "sado em tr(s dierentes, ainda 5"e rela#ionados,
sentidos. 9 1s9-mien ez "m est"do e*a"stio desse #ar%ter em
todas as ins#ri+es de ossos de or%#"lo registradas por 1"n Hai-po
no se" Chia V" 3(n 'ien. 1essenta e 5"atro e*emplos do "so do
#ar%ter esto registrados, "m dos 5"ais ! "m d"pli#ado. Em
dezessete e*emplos, o #ar%ter ! "sado #omo e5"ialente do erbo
^sa#rii#arc, proaelmente o se" signii#ado original. Em seis
e*emplos, o #ar%ter ! "sado emparelhado #om o nome de "m rei
anterior e indi#a reer(n#ia a "m espe#ial antepassado diinizado.
Em 5"atorze #asos, o sentido do #ar%ter ! in#erto. as em no
menos do 5"e inte e seis e*emplos, o "so do #ar%ter sem 5"al5"ertit"lo s"gere reer(n#ia a "ma diindade s"prema, a 5"al se ino#a
e adora simplesmente #omo )i. Essa diindade ! #on#ebida #omo
habitante das alt"ras, o senhor a#ima de o"tros de"ses, esp$ritos e
antepassados deii#ados. ino#ado para a #h"a e as boas
#olheitas, e #on#ede a s"a aproao e orne#e m"itas graas ABB.
Y"ando "m goernante morre, o se" esp$rito no ai simplesmente
para debai*o da terra mas montar% ?s alt"ras para se asso#iar #om
o s"premo )i. 'ode a$ haer alg"ma semelhana #om o #"lto de&s$ris no Egito, mas, tanto 5"anto se sabe, os reis 1hang no eram
#onsiderados ^de"ses_ en5"anto goernaam na terra.
/sso#iados ? #orte dos reis da dinastia 1hang estaam os #h(n 2(n
o" X" 2(n, padres o" adiinhos-*amanistas 5"e eram membros
importantes da #om"nidade, por5"e reis e nobres se oltaam para
eles para #onselho e g"ia em t"do 5"anto perten#ia ao m"ndo
espirit"al. /s "n+es religiosas eram tamb!m e*er#idas pelo #h"
5"e pare#e ter oi#iado nos sa#ri$#ios na 5"alidade de ^mestre de
#erimZnias_. Eram respons%eis pela #ompilao das ora+es
#erimonialmente oere#idas e pelos arran2os dos pormenores
meti#"losos dos rit"ais sa#rii#ais. 1a"daam #erimonialmente os
de"ses e os parti#ipantes do #"lto e es#oltaam estes, de a#ordo
#om a #ategoria e a pre#ed(n#ia, at! aos se"s l"gares, talez #om
a#ompanhamento de m9si#a. Haia tamb!m "ma #lasse de homens
rela#ionados #om a #orte #"2a tarea era registrar todos osa#onte#imentos importantes. Nos ossos de or%#"lo est% "m #ar%ter
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5"e representa "ma mo a seg"rar o estilete o" o pin#el e desse
#ar%ter oram deriados #ara#teres 5"e, mais tarde, signii#aram
^historiador_, ^"n#ion%rios do goerno_ e ^neg#ios_. /ssim,
desde os primeiros tempos, o goerno do pa$s estee intimamente
ligado ? obser
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oi dominada por "m pro"ndo interesse pela ida e pela
signii#ao de al!m-t9m"lo. No #aso de pessoas de sang"e real o"
nobre, #onstr"$am-se t9m"los #ompli#ados e #aros, abaste#idos de
ri#os a#essrios e de todos os ob2etos s"postos ne#ess%rios para
"ma e*ist(n#ia depois da ida na terra. Depositaam-se #om o
#ad%er #arr"agens, "tens$lios, asos sa#rii#ais e armas. /s armas
e os asos sa#rii#ais eram os mais n"merosos por5"e a g"erra e o
sa#ri$#io representaam as d"as empresas mais importantes dos
tempos 1hang. H% proa de 5"e "ma grande #omitia de #riados,
esposas e es#raos, assim #omo n"merosos #aalos, eram
enterrados ios #om o rei. Des#obriram-se #er#a de 5"atro#entas
$timas em #ada "m dos maiores t9m"los em /nTang ABP. Certosob2etos, espe#ialmente os eitos de 2ade, eram enterrados #om os
#orpos por5"e se a#reditaa 5"e poss"$am poderes preseratios
#ontra a #orr"po e r"$na, o" por5"e simbolizaam imortalidade.
/l!m do #"lto dos antepassados em 5"e o antepassado s"premo era
adorado #omo "m ^alto de"s_, a religio da dinastia 1hang oi
#ara#terizada por "ma orte #rena na inl"(n#ia dos enZmenos
nat"rais sobre a ida do homem, tanto para o bem #omo para o
mal. &s de"ses do solo e das sementes pare#em ter gozado des"prema import
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seio da terra #omo e*presso ia da s"a ertilidade0_ ABJ
& ilsoo o-)z" As!#"lo > antes de Cristo es#ree"6
^/ntigamente, no tempo dos reis sagrados das )r(s Dinastias,
5"ando eles "ndaram os se"s reinados e estabele#eram as s"as
#apitais, sele#ionaram "m lo#al para o prin#ipal altar de terra do
reino, erigiram o templo an#estral, e es#olheram %rores
l"*"riantes para azer "m bos5"e sagrado_ ABL.No h%
ne#essidade, #reio, de a#eitar a s"gesto de Y"arit#h 3ales de
haer possibilidades de inl"(n#ia mesopot
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ambial(n#ia no #on#eito do drago. 'or "m lado, inspiraa terror,
e por o"tro lado, era adorado #omo "m ser ben!i#o 5"e eniaa as
#h"as r"tii#adoras. / mesma ambial(n#ia se ( no #on#eito da
ma2estade real, sentada no alto, sobre o se" trono de drago e
inspirando tal terror 5"e s podia ser abeirada #om ar inerior e
olhos bai*os, mas, ao mesmo tempo, o ^pai e a me_ do se" poo.
Y"e o drago tee signii#ao na religio da dinastia 1hang proa-
se pelo ato de, na lista de Chia 'ien das ins#ri+es dos ossos de
or%#"lo, no menos do 5"e 5"arenta e "m #ara#teres serem
#onsiderados #omo ormas de l"ng, o drago ABP. /ndersson airma
5"e o motio do drago apare#e na arte primitia #hinesa e diz 5"e
em Vans", na primeira parte do seg"ndo mil(nio antes de Cristo, !representada "ma esp!#ie de #obra #om 5"atro pernas e #hires
ABR.
& )cao tcieh o" m%s#ara de ogro, 5"e apare#e, altamente
estilizada, #omo "m motio #onstante nos desenhos dos bronzes
sa#rii#ais da dinastia 1hang, ! "m #omposto de mais 5"e "ma
esp!#ie de animal onde, #ont"do, as #ara#ter$sti#as elinas
predominam. Deemos lembrar 5"e atra!s de todos os tempos
histri#os o tigre oi tido #omo o g"arda das sep"lt"ras,a"gentando os esp$ritos ma"s, e tamb!m representado nos es#"dos
dos soldados para inspirar terror ao inimigo. 'ara alg"ns es#olares,
o tcao tcieh, #om a bo#arra aberta e aspe#to ass"stador, s"gere a
morte 5"e engole todas as #oisas ias, sem e*#eo, #om as s"as
%idas mand$b"las. Carl Hentze ( no tcao tcieh a eid(n#ia de "m
#on#eito m%gi#o-religioso de nas#imento e morte, l"z e treas,
indi#atio de "m aspe#to d"alista do m"ndo AS, mas a s"a opinio
no dee ser #onsiderada seno altamente espe#"latia. 'are#e
mais pro%el 5"e essa aterradora #riat"ra representasse "ma
diindade poderosa 5"e protegia dos esp$ritos ma"s as sep"lt"ras e
os #ad%eres e g"ardaa os gostosos sa#ri$#ios 5"e os des#endentes
piedosos oere#iam aos se"s esp$ritos antepassados. &s #hineses
sempre se )(m interessado pela proteo #ontra os esp$ritos ma"s.
/sso#iados #om sep"lt"ras, a partir do s!#"lo I> antes de Cristo em
diante, )(m sido des#obertos esp$ritos g"ardi+es em orma deanimais grotes#os, en5"anto 5"e os "b$5"os de"ses da porta, em
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orma de g"erreiros erozes 5"e protegem os lares #hineses,
pare#em ter a mesma "ndamental inalidade.
De todos os animais, a tartar"ga oi #onsiderada #omo poss"idora
de poderes misteriosos e ora#"lares, e #onse5entemente a s"a
#on#ha "sada na adiinhao. / #igarra tee tamb!m "m motio
#om"m na arte mort"%ria 1hang. 'are#e ter sido re#onhe#ida #omo
s$mbolo da imortalidade. 'eas de 2ade em orma de #igarra eram
#olo#adas na l$ng"a dos mortos antes do enterro AB.
&s reis da dinastia 1hang no se #onsideraam diinos d"rante a
ida, mas poss"indo poderes sagrados. & se" tit"lo Xang oi mais
tarde e*pli#ado #omo representando a5"ele 5"e "nia na s"a pessoa
o #!", a terra e o homem. & rei da dinastia 1hang deia a s"aposio de goernante s"premo ? bra"ra militar do se" diino
antepassado. Ele mantinha essa posio por meio de alianas #om
os #ls irt"almente a"tZnomos 5"e ormaam a hegemonia #hinesa
A. ais tarde, os historiadores #hineses imaginaram esses reis
^imperadores_ e grandes mestres de "ma religio na#ional, id!ia
5"e ! inteiramente alsa. Cont"do, a proa #ontempor
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a#ordo #om a >ontade do C!", 5"e #al#"lassem e representassem o
progresso do 1ol, da 8"a e das estrelas, para assim prom"lgar #om
#a"tela e reer(n#ia as !po#as apropriadas para o trabalho dos
homens_ A. Deste pe5"eno e*ame da religio da dinastia 1hang
emos 5"e as id!ias mais distintas de "m aspe#to do m"ndo
pe#"liarmente #hin(s estaam 2% em eid(n#ia6 "m #"lto de
antepassados 5"e res"lto" n"m rit"al sa#rii#al e mort"%rio
altamente organizado, a #rena n"m ser s"premo 5"e presidia a
"ma estr"t"ra hier%r5"i#a do m"ndo espirit"al 5"e se rela#ionaa
intimamente #om o destino e a ida do homemW a id!ia de 5"e s os
designados por a"toridade s"perior eram apropriados para
desempenhar "n+es religiosas, sendo o poo mero espe#tador, o5"e leo" ? ligao $ntima da religio #om o estadoW o intenso
interesse pela obser
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a opinio de es#olares o#identais, m"itos dos elementos
"ndamentais da #"lt"ra #hinesa da Idadec do ;ronze oram
importados do e*terior para a China... a olaria, a #arroa, e a
"ndio de bronze_.
J. 8i Chi, )he ;eginnings o Ch$nese Ciilization, 1eattle, BRJM, p.
S.
L. Ibid., p. J.
M. 1h" Ching, 1eo Ch"n 1hih P-R, 1a#red ;oo4s &1 the East, ol. F,
pp. SL-M.
P. 'r(ta. )ermo s
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Ibid., p. MB.
BL. o-tz", te*to #hin(s, 1"n I-7angcs ed. no 3an :" 3en V", ol.
, p. BJB.
BM. Y"arit#h 3ales, )he o"ntain o Kod, 8ondres, BRFL, p. M.
BP. H. &. Creel, 1t"dies, p. FM.
BR. /ndersson, Children o the :elloX Earth, 8ondres, BRF, #h. J.
S. C. Hentze, )od, /"ersteh"ng, 3eltordm"ng6 Das Tsti#he ;ild
in /ltesten China, "ri5"e, BRJJ.
B. C. /. 1. 3illiams, &"tlines o Chinese 1Tmbolism, 'e5"im, BRFB,
p. LW 8a"er, 7ade, 'assadena, noa ed. BRL, p. RR.
. C. ar#el Kranet, Chinese Ciilization, 8ondres, BRFS, pp. BJJ
.F. 7ames 8egge, )he Chinese Classi#s, ol. F, pt. B, Hong Vong,
BPLJ, pp. -J.
" Religio no Per#odo Chou, por $% &% Smith
/ literat"ra e*istente 5"e pode ser atrib"$da, #om #oniana, ao
per$odo anterior a Con9#io ! limitada. /s ins#ri+es en#ontradasnos asos sa#rii#ais de bronze, embora mere#edoras de #r!dito,
raro #ont(m mais do 5"e "ns inte #ara#teres. /s mesmas rases-
padro o#orrem repetidas ezes e reelam m"ito po"#o das id!ias
religiosas do primeiro per$odo Cho" AB. 1ete se+es do 8iro dos
Do#"mentos A1h" Ching so a#eites pela maioria dos er"ditos #omo
proa #ontempor
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Usando apenas passagens da literat"ra 5"e apresentam o selo de
origem o#idental Cho", erii#amos 5"e "ma m"dana not%el e
mesmo reol"#ion%ria tee l"gar #er#a de BSSS antes de Cristo
tanto no pensamento religioso #omo !ti#o, e #onorme tantas ezes
a#onte#e" na histria, esta m"dana oi de grande al#an#e,
o#asionado pela ne#essidade pol$ti#a.
Nos meados do s!#"lo =I antes de Cristo, os #ls ortes e iris Cho",
5"e o#"paam os territrios do noroeste da hegemonia #hinesa,
#heiados por "m #hee h%bil #hamado a, e s"bse5entemente
#onhe#ido por ei 3", reoltaram-se itoriosamente #ontra os se"s
dominadores 1hang. Cer#a do ano BSM antes de Cristo, a grande
#apital #hamada :in oi tomada e sa5"eada. & 9ltimo rei dadinastia 1hang oi morto, e o rei 3" estabele#e"-se #omo #abea
dos estados #hineses. 'are#e 5"e ele trato" os 5"e #apit"laram
#om not%el #lem(n#ia. & ilho do 9ltimo rei 1hang tee permisso
de goernar a antiga #apital :in e os territrios 5"e a #er#aam,
mas dois dos irmos do rei 3" re#eberam e"dos izinhos para
agirem #omo #es de g"arda. En5"anto o rei 3" #ontin"aa a
e*er#er o goerno pessoal sobre o antigo patrimZnio Cho" a
o#idente, #olo#o" "m primo da s"a #oniana, o d"5"e de 1hao,#omo soberano dos noos territrios #on5"istados a leste e
#on#ede" e"dos aos se"s prprios oito irmos mais noos e ?5"eles
5"e o tinham a2"dado nas #ampanhas. 'or "m tempo, t"do #orre"
bem, mas ? morte do rei 3", leantaram-se dis#"ss+es entre os
irmos. & rei 3" tinha seg"ido o #ost"me Cho" de designar o se"
ilho, Chc(ng, para o s"#eder, mas #omo a dinastia 1hang seg"ira
"m sistema de herana raterna, entre os irmos do rei 5"e se lhe
seg"iam em idade, o d"5"e Hsien #onsidero"-se #om todos os
direitos de s"#esso ao tit"lo real, espe#ialmente por5"e o ilho do
rei 3" era noo e ine*periente. Kanhando para o se" lado o"tro
irmo, e aliando-se #om o ilho do deposto rei 1hang e #ertas tribos
b%rbaras do leste, Hsien erg"e" o estandarte da reolta.. 1eg"i"-se
"m per$odo de l"ta amarga, o 5"al termino" inalmente #om a
derrota de Hsien e dos se"s asso#iados. Isto leo" ? destr"io
#ompleta da #apital de 1hang, :in, e ? pa#ii#ao do pa$s sob areg(n#ia h%bil do d"5"e de Cho", tio do 2oem rei. oi este o
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amoso )an, d"5"e de Cho", 5"e, mais tarde, se #onsidero" "m
modelo de irt"de real, e, aos olhos de Con9#io, "m grande heri
e s%bio estadista AJ.
/ 5"eda da dinastia 1hang e a pa#ii#ao do pa$s tinha sido
#onseg"ida #om a maior das dii#"ldades, mas ainda mais di$#eis
oram os problemas do goerno 5"e enrentaram os noos
goernantes. Eles podiam reter o poder nas s"as mos somente se
ossem #apazes de pers"adir os nobres, os n"merosos "n#ion%rios e
administradores, 5"e haiam dado a s"a aliana aos 1hang, de 5"e
o se" t$t"lo de realeza era 2"sto e razo%el. E isto izeram-no,
en"n#iando "ma do"trina de realeza e "ma ilosoia de histria 5"e
se tem atrib"$do ao d"5"e de Cho" AL. Essa do"trina, 5"e est%#laramente airmada nos sete a"t(nti#os #ap$t"los do 1h" Ching,
baseaa-se irmemente na moralidade e na religio. oi essa
do"trina, 5"e eio a ser geralmente a#eite na China, 5"e leo" ?
amosa reol"o do pensamento religioso e proo" ser "m passo
signii#atio r"mo a "m monote$smo !ti#o. &s Cho", menos #"ltos
do 5"e os 1hang 5"e tinham derrotado, apossaram-se das
instit"i+es 1hang. Conseraram a antiga estr"t"ra de #ls e as
id!ias religiosas e o sistema #erimonial dos #on5"istados, masin"ndiram "ma noa perspe#tia e "ma noa moralidade.
Desde o in$#io, o prin#$pio goernante da administrao Cho" era o
de 5"e o goerno se "ndaa na religio. )odos os grandes ass"ntos
do estado, mesmo a "ndao do prprio estado, asso#iaam-se,
no s, #omo #om os 1hang, aos esp$ritos deii#ados dos
antepassados mortos, mas ao De"s s"premo a 5"em #hamam )cien
o" 1hang )i. Este De"s, 5"e se torno" o ob2eto m%*imo do #"lto,
no era mais "m primitio esp$rito de antepassado mas "m alto
De"s, independente e s"perior, 5"e gra#iosamente re"nia os
esp$ritos dos antepassados #onsigo, no #!".
Como ! 5"e essa m"dana moment
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"ndadores diinizados da s"a prpria dinastia, os reis 3en e 3".
Nem tampo"#o podiam permitir 5"e o se" #"lto #ontin"asse
im"t%el, por5"e ele era o antepassado "ndador da dinastia 1hang,
e a s"a rebelio era e5"ialente ? rebelio #ontra o De"s s"premo.
No podiam nem re2eitar )i #ompletamente, nem permitir 5"e o
#on#eito de )i e o se" #"lto se mantiessem #omo antes. /
ne#essidade pol$ti#a tornaa a m"dana imperatia. /ssim, eles
transormaram o #on#eito de )i de esp$rito an#estral primitio, 5"e
tinha ainidades de sang"e #om os se"s reais des#endentes, n"m
alto e s"premo De"s #"2os interesses eram a prosperidade e o bem-
estar de toda a raa #hinesa. /#ent"aram o tit"lo 1hang )i, isto !,
o )i do alto, o" o ^s"premo )i_ e ig"alaram-no #om )cien AM, "madiindade 5"e pare#e ter sido, 2"ntamente #om a )erra, "m ob2eto
s"premo de adorao n"m #"lto primitio da Nat"reza. /l!m disso,
insistiram em 5"e esse s"premo De"s e*igia retido e bom goerno.
'or tal azo ! 5"e a dinastia 1hang ora destr"$da. Esse De"s
es#olhia 5"em ele 5"eria 5"e goernasse e dep"nha a5"eles 5"e,
#omo o 9ltimo rei da dinastia 1hang, se tinham reoltado #ontra ele
por desgoerno e libertinagem..
/ import
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#ompromissos !ti#os.
/lg"mas #ita+es dos a"t(nti#os #ap$t"los do 1h" Ching tornaro
este ponto bastante #laro6
E" digo #onstantemente a mim prprio. )cien pro2eto" destr"ir :in
#omo "m agri#"ltor Adestri as eras r"ins. Como o"sarei
des#"idar-me em #ompletar o trabalho dos me"s #amposO )cien
pro#"ra deste modo abenoar-me Aleando a #abo o trabalho dos
antigos pa#ii#adores do pa$s.
A1h"6 )a Vao B
/ ama dele Ado rei 3(n #hego" ao 1hang )i 5"e o abenoo". )cien
por isso #oneri" o se" grande #omando ao rei 3(n, para e*tirpar a
dinastia de :in, re#eber o mandato e se apossar dos se"s territriose poo, para 5"e estes ossem bem goernados.
AVcang Vao
/ #apital de 1hang estaa #heia de #rimes. A& ei no se aligi" por
o reino de :in estar perdido. Nem ez nada para 5"e a ragr
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o soberano de Hsia AChieh no pro#"raa a tran5ilidade, e assim
)i enio" #% para bai*o #orre+es para mostrar a s"a ontade a Hsia
por meio de oport"nos aisos. Ele no 5"eria ser a#onselhado por
)i. erg"lho" em maiores e*#essos e des#"lpo"-se da s"a #ond"ta.
Ento, )cien re#"so"-se a o"i-lo, retiro"-lhe a nomeao e inligi"-
lhe "m #astigo e*tremo.
A)o 1hih, J
Ento ele A)cien en#arrego" o osso primeiro antepassado, )cang o
itorioso, de destr"ir Hsia, e homens #apazes goernaram a terra.
>s prprios sabeis 5"e os ossos pre#"rsores :in tinham os se"s
anais e ar5"ios 5"e relataam #omo :in tomara o mandato de
Hsia.A)o 1hih, L, BR
1em piedade, )cien tro"*e a destr"io sobre :in, isto :in ter
perdido o se" mandato para goernar, o 5"al ns, os da #asa de
Cho", re#ebemos. No o"so airmar 5"e a5"ilo 5"e estabele#emos
#ontin"e para sempre em prosperidade. Cont"do, se )cien a2"dar
aos 5"e so sin#eros, no o"sarei airmar 5"e a#abe em desgraa.
ACh"n 1hih
& mandato de )cien no era %#il de g"ardar. di$#il #oniar na#onst
8/13/2019 A Antiguidade Tardia em Textos - Religio e Mitologia - Andr Bueno
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A)o ang BM-BR
Nas #ita+es a#ima emos #laramente en"n#iada a id!ia de 5"e o
goerno do poo era do interesse de De"s, pois no tinha De"s dado
nas#imento a toda a gente0 A1hih6 F6 F,L. E por #a"sa do se"
amoroso interesse e #"idado pelo poo ! 5"e De"s es#olhera e
designara "m homem 5"alii#ado para goernar #om 2"stia e
sabedoria. Y"ando a literat"ra primitia ala do rei ^re#ebendo
Asho" o poo e a terra_, signii#a re#eb(-los da mo de De"s, 5"e
representa "m #on#eito importante na religio Cho", deria de "m
pi#tograma 5"e simboliza o assalo e"dal a re#eber as patentes do
#argo no templo an#estral do se" senhor. /ssim a#reditaa-se 5"e
De"s entregaa a "m goernante a a"toridade de goernar. Ele era,por isso, o assalo de De"s, o i#e-rei de De"s, e a a"toridade
podia-lhe ser retirada, se ne#ess%rio osse.
& primitio esp$rito-antepassado 2% no ! mais, #omo no tempo da
dinastia 1hang, a s"prema deidade. Y"ando a literat"ra
#ontempors tendes dado o trigo e a #eada 5"e
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)cien destino" para todos. 1em #onsiderar limites territoriais, s
tendes ensinado e eito #om 5"e se2am obserados os direitos
so#iais do homem.
A6 B,BS
Nos estados h% paz. /no aps ano, as #olheitas so ab"ndantes. &
mandato de )cien no #essa. & aloroso rei 3" g"arda a #oniana
de todos os se"s oi#iais, os 5"ais, dispersos por todo o reino,
mant(m a s"a #asa. Como ele brilha no #!", tornado rei para pZr
im ao goerno dos 1hang.
A 6 F,R
)rago e apresento a minha oerta, "m boi #astrado e "m #arneiro.
&*al% 5"e )cien desa e os a#eite. E", ielmente, obsero osestat"tos do rei 3(n, mantendo a tran5ilidade atra!s do reino.
Do rei 3(n (m grandes graas. Ele des#e e partilha do me"
sa#ri$#io. Dia e noite e" reeren#io a ma2estade de )cien,
preserando assim #onstantemente o aor #on#edido ? dinastia
Cho".
A6 B, M
Na ter#eira seo do 8iro das &des, os )a :a, os poemas relatios
ao rei 3(n, so odes sa#rii#ais em 5"e se az sempre a distinoentre De"s A)cien o" 1hang )i e o antepassado diinizado, o rei
3(n, embora o 9ltimo se #on#eba #omo iendo nas alt"ras #om
De"s e des#endo #om ele para partilhar dos sa#ri$#ios6
& rei 3en est% nas alt"ras, a brilhar no #!". Embora Cho" se2a "m
estado antigo, o se" mandato para goernar ! noo. No so os reis
de Cho" il"stres0 No era o mandato de )i oport"no0 & rei 3(n
sobe e des#e, a#ompanhando )i aos sa#ri$#ios.
A1hih6 F6B,B
Esta asso#iao $ntima dos antepassados mortos #om o De"s
s"premo, 2"ntamente #om a re#"sa de os identii#ar #om De"s, !
"ma mar#a da primitia religio Cho".
pro%el 5"e, originalmente, 1hang )i e )cien ossem d"as
deidades #ompletamente dierentes, mas na !po#a do Cho"
o#idental os #on#eitos de 1hang )i de )cien "ndiram-se para
ormarem "m De"s s"premo. Com o de#orrer do tempo, o termo1hang )i oi "sado menos re5entemente para designar este
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