New Towns, Villes Nouvelles, Grands Ensembles
Broadacre City 1931-1935. • Critica à grande metrópole, alienação do indivíduo
• Resgate da relação entre homem e natureza
• As unidades comerciais e industriais são reduzidas ao menor volume viável, destinadas a um mínimo de pessoas
• Usinas, escolas, lojas, e edifícios comerciais e de profissionais, e centros culturais, são pequenos e distribuídos de forma a não se formar um centro, em torno do qual se aglomerariam pessoas e poder
• A natureza volta a ser um meio contínuo, no qual todas as funções urbanas estão dispersas e isoladas sob a forma de unidades reduzidas. Distinção entre rural e urbano não existe, é impossível identificar o que seria a cidade.
• Todas estas células individuais estão ligadas entre si por uma abundante rede de rotas terrestres e aéreas: o isolamento só tem sentido se pode ser rompido a qualquer momento
• A relação de Broadacre com a técnica moderna é ainda mais decisiva que no modelo progressista: são o automóvel, o avião, o parkway, a televisão, as técnicas mais avançadas de transporte e comunicação que dão sentido ao modo de localização disperso
• O lugar da comunicação social não é mais o centro, mas cada unidade ligada às outras pela rede de auto-estradas. Broadacre é a utopia da cidade em todos os lugares e nenhum lugar
•Nos EUA foram produzidos exemplos de cidades baseados nos princípios de Howard – Cidades Jardins•Diferentemente da Europa, as propostas de cidades não correspondiam as questões industriais, preocupação com os trabalhadores e o desenvolvimento socioeconômico•O planejamento era oriundo de profissionais de arquitetura da paisagem que davam ênfase ao desenho físico e os aspectos da vida em comunidade como Olmested, Vaux e Cleveland.
Radburn New Jersey – 1929
New Towns década de 30
Estados Unidos
New Towns década de 30
• Promoção das New Towns nos EUA – levar a cidade para o campo em comunidades planejadas
• Radburn New Jersey – 1929 • City Housing Corporation - Projeto de Clarence Stein e Henry Wright• Cidade Jardim que conciliava as necessidades da cidade com espaços
livres, adaptada ao uso do automóvel - base era o super-bloco• Auto suficiência da cidade com áreas comerciais, residenciais e
industriais que se complementavam• Uma área de parque delimitada por casas; casas voltadas para o parque
e para os caminhos de pedestres e com os fundos voltados para ruas em cul-de sac que permitem o acesso de automóveis à vias coletoras;
Coul du Sac
Radburn• Princípios de unidade de vizinhança- escola e área de lazer
• Unidade de vizinhança – orientada pela escola; distancia a ser percorrida por uma criança (400 metros);localizada no centro ( 5000.habitantes)
• Túneis para pedestres que passam sob as vias coletoras permitem o acesso aos blocos adjacentes
• Separação automóvel / pedestre
• Redução ao mínimo do logradouro privado em favor de um espaço livre ode estariam dispostas as habitações agrupadas duas a duas- jardins individuais reduzidos ao mínimo em favor dos grandes parque públicos
• Foram efetivamente construídos dois super-blocos – 400 habitações
Os modelos das New Towns• Lei da Habitação em 1937 - o governo dá subsídios para as agencias locais de
habitação no sentido de atender a população de baixa renda atingida pela crise econômica
• Greenbelt Towns –desenvolvidas com apoio do governo norte-americano, durante a depressão que caracterizou a década de 30
• Parte do New Deal de Franklin Roosevelt, ajudando os pobres com a contratação de desempregados para construir cidades e fornecimento de habitação para famílias de baixa renda
• Tres cidades : Greenbelt, Maryland, Washington, DC; Greendale, Wisconsin, Milwaukee; and Greenhills, Ohio, Cincinnati
• Depois da Segunda Guerra, Park Forest, Illinois
•A estrutura em árvore; cada rua sem saída relaciona-se apenas com a via principal•Os conjuntos de casas não têm relação nenhuma entre si. •Próximos geometricamente, mas muito distantes se levarmos em consideração a rede de espaços públicos •A distância física terá consequências na distância social
Características
Greenbelt, Maryland
Christopher AlexandreUma Cidade não é Uma Árvore
Artigo de 1965
•defendia que as cidades “naturais”, que se desenvolveram espontaneamente, possuíam uma intricada rede de elementos que funcionavam de forma complexa e que incluíam desde os maiores objetos físicos (avenidas, terminais, etc.) até os menores comportamentos (como atravessar uma rua, por exemplo, ou olhar os jornais em uma banca na calçada)
•Crítica aos modernistas quanto à visão de que os elementos da cidade deveriam organizar-se segundo uma hierarquia rígida, onde um elemento sempre deveria estar contido em um elemento mais amplo, e este em um elemento ainda mais amplo, e assim por diante •Um comércio local pertenceria apenas àquela superquadra, que pertenceria somente a um determinado bairro, que teria apenas um uso predominante. Pessoas de outras superquadras “não poderiam” comprar nos comércios de outras superquadras
Christopher AlexandreUma Cidade não é Uma Árvore
Artigo de 1965
•As cidades “naturais”, não funcionavam assim. Os elementos não podem ser classificados sem uma certa dose de ambiguidade, uma vez que fazem parte, simultaneamente, de vários sistemas diferentes.
•Assim, um comércio é um local de troca e está localizado em um determinado bairro, mas, ao mesmo tempo, pode ser um componente de um sistema de relações sociais que extrapola aquele bairro, e assim supera a função original para a qual foi concebido.
•Ilustração dessas concepções
O pós-guerra e a adoção da urbanística moderna: Europa
• Após a segunda guerra inúmeras cidades encontravam-se destruídas, a falta de habitação crescera consideravelmente. Era necessário portanto reconstruir as cidades, construir novos bairros e novas expansões e novas cidades numa escala e ritmos anteriormente desconhecidos.
• A questão da habitação era um problema fundamental, agravado pela
devastação da guerra. Tratava-se de construir rapidamente e a menores custos alojamentos, dando novas condições de vida à população e permitindo-lhe ultrapassar o trauma de uma grande guerra, e recuperar a esperança no futuro.
O pós-guerra e a adoção da urbanística moderna na Europa
• A urbanística dos CIAM não havia produzido realizações suficientemente testadas, mas apenas esquemas conceituais e realizações parciais em alguns bairros ou conjuntos, sem responsabilidade no ordenamento em vasta escala
• Nestas havia por um lado uma preocupação marcante com a qualidade arquitetônica, mas por outro lado deixava-se os outros problemas em um segundo plano
• Os Produtos: - Conjuntos habitacionais- Grands Ensembles franceses
•Villes nouvelles : Bobigny, Cité l’Étoile
Durante os anos 60 e 70, o governo francês criou várias villes nouvelles na parte mais afastada dos suburbios de Paris
objetivo de multi-polarizar a economia da cidade, criando novas centralidades
•atender as demandas de crescimento demográfico do pós – guerra, inclusive a migração das ex-colônias
•Em dez anos, 1954 a 64 a população dobra, de 18500 pessoas para 37000 habitantes Economicamente o sucesso é relativo pois as principais atividades económicas seguem concentradas em grande parte no centro da área metropolitana da cidade de Paris
• Em Bobgny, 3500 unidades construídas a partir de 1954
•Equipamentos comunitários, lazer e esportes, escolas, prefeitura, hospital
Bobigny, Cité l’Étoile
Villes nouvelles : Bobigny, le Pont-de-Pierre
Villes nouvelles: La Courneuve
•La Courneuve, como muitos outros subúrbios de Paris designada como uma zona de urbanização prioritária•construção de blocos de grandes torre e habitações subsidiadas pelo governo•Entre 1962 e 1968, a população praticamente dobrou.
New Towns na Inglaterra • Após a primeira guerra mundial, a política habitacional aprovada era de cunho
imediatista e visava a construção de um maior número de casas, sem qualquer visão abrangente
• Gradualmente, o movimento de Cidades-Jardins se torna um movimento de planejamento de novas cidades para a reconstrução na Inglaterra
• Após a segunda guerra aprova-se um programa de planejamento , o “ New Towns Act ” de 1946, corporações privadas construindo, mobilizando financiamentos públicos
• Cidades satélites inspiração nas Cidades Jardim de Howard• Das 11 New Towns criadas na Inglaterra entre 1946 and 1955, 8 eram satellite towns
de Londres• Embora o sucesso de Lethworth (1903, Ebenezer Howard) tenha sido concreto, a
idéia de Cidade-Jardim tornou-se amplamente incompreendida e era comum confundí-la com subúrbios-jardins que se espalharam pelos arredores de Londres, o que Howard tinha tentado eliminar com suas propostas.
Lethworth - 1903
Welwyn Garden City - 1920
Urbanismo do suburban sprawl• Em 1937 o governo dá subsídios para as agencias locais de habitação no sentido
de atender a população de baixa renda atingida pela crise econômica
• Surgem modelos de cidades que mesclam a cidade jardim, a padronização e a grande produção maciça de habitações, repetitivas e condominiais de rápida e barata construção
• 1956 - Interstate Highway Program, 42 500 milhas de novas estradas
• Entre 1940 e 1950 os subúrbios americanos vão crescer duas vezes mais que as cidades tradicionais
• Entre 50 e 60 a população dos subúrbios cresce 40 vezes mais que a das cidades• Consequência - Degradação dos centros urbanos
LEI DA HABITAÇÃO (1937) – Renovação Urbana
New York – Levittown -1947 – 17.000 Casas
Levyttown
Levyttown –Long Island • Símbolos da produção de massa da habitação
• William Levyt – construção de casas baratas para militares que regressavam da Guerra
• Sonho do homestead urbano fora das condições sórdidas e degradadas da cidade
• Primeira Levytton 1947
• 17.447 casas todas idênticas- Pré-fabricadas• • Vendidas como Garden Communities
Levyttown
Levyttown
Levyttown
Lakewood – 17.500 CasasComo Levytown, subúrbio 2º Guerra Mundial
Produção habitacional em massa
Ocupada por veteranos de guerra.
SUBURBANIZAÇÃO (1950..)
Califórnia – São José
Riverside (CA) Homes
Críticas: antrópolis ( F. Choay)
• Patrick Geddes ( 1854- 1932); sociological survey
• Lewis Mumford; história
• Jane Jacobs
• Christopher Alexandre
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