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INICIAÇÃO À CRIAÇÃODE URUÇU DE CHÃO
Francisco das Chagas CarvalhoSelma Carvalho
Marilda Cortopassi LaurindoTertuliano Ayres Neto
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ÍNDICE
INTRODUÇÃO _________________________________________03
DEFINIÇÕES (É BOM SABER O QUE É)___________________05
POR QUE CRIAR A URUÇU DE CHÃO ____________________09
OS INIMIGOS DA URUÇU DE CHÃO ______________________11
ALIMENTAÇÃO ARTIFICIAL ____________________________13
PRODUÇÃO DE MEL ___________________________________15COLHEITA DO MEL ____________________________________17
ARMAZENAMENTO DO MEL ___________________________19
COLMÉIAS PARA URUÇU DE CHÃO _____________________20
MELIPONÁRIO ________________________________________24
MULTIPLICAÇÃO DE FAMÍLIAS _________________________27
COMO INICIAR UMA CRIAÇÃO DE URUÇU DE CHÃO _____33
COMO PEGAR URUÇU DE CHÃO ________________________35
PERGUNTAS MAIS COMUNS ____________________________38
BIBLIOGRAFIA ________________________________________45
P RO D UÇÃO TO TA L
O U PA RC IA L L I V R
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AGRADECIMENTOS
Nós, amantes das abelhas sem ferrão que nos propomos a escrever sobre o assunto,não conseguimos deixar de agradecer, de início, àqueles que nos ensinaram a amá-las:
Prof. Dr. Paulo Nogueira-Neto
Prof. Dr. Warwick Estevam Kerr Prof. Dr. Hayo VelthuisMons. Huberto Brüening (in memoriam)Dr. Renato Barbosa
DEDICATÓRIA
Esta cartilha é dedicada aos meleiros das Chapadas do Araripe e da Ibiapaba, com osonho de que um dia ajudem a devolver à natureza o que dela subtraíram.
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INTRODUÇÃO
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A uruçu de chão, cujo nome científico é Melipona quinquefasciata, é a única dessegênero que faz seus ninhos no chão. Ocupaninhos de formiga abandonados ou espaçosdeixados por raízes apodrecidas. Talvez poressa característica seja a mais ameaçada deextinção, pois, após escavação e retirada doseu mel pelos extrativistas, é abandonada e,
portanto, condenada à morte.
É, no entanto, a abelha mais bonita queconhecemos. Com suas cinco listrasesverdeadas para uns ou amareladas paraoutros, sua proporcionalidade de formas ecores características, impressiona-nos pela
sua beleza.Seu mel é muito saboroso, pouco ácido ealcança R$ 40,00 o litro, mas se colhido comhigiene em criação racional sabemos que
pode valer R$ 70,00, igual ao preço do litrode mel de jandaíra em Mossoró - RN eabaixo do preço do mel da uruçu verdadeira
que no Recife é vendido por até R$ 150,00.Urge começarmos a criar essa abelha,mesmo sabendo que as experiências atuaisainda não nos deixam 100% seguros no seumanejo. Alguns detalhes precisarão seraprimorados. Mas já podemos ter sucesso
satisfatório.“O algo mais que faltaaprenderemos com as próprias abelhas” (Pe.Humberto Bruening).
Na região onde a uruçu de chão ocorre no Nordeste, mais precisamente na Chapada doAraripe e na Serra da Ibiapaba, não existetradição de criação de abelhas sem ferrão.
Por isso exploraremos nesta cartilhatécnicas elementares, objetivando acompreensão pelos meleiros, principaisresponsáveis pelo desaparecimento dae s p é c i e , d e q u e m e s p e r a m o s aconscientização necessária à preservação,objetivo primeiro desta cartilha.
INTRODUÇÃO
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DEFINIÇÕES (É BOM SABER O QUE É)
ABELHA SEM FERRÃO - Abelha
Indígena, Abelha Nativa, abelha incapazde ferroar pois tem o ferrão atrofiado.
APIS - Italiana, Africanizada, Europa,Abelha Exótica, Apis mellifera, abelhascom ferrão introduzidas no Brasil em 1839(Italiana) e em 1956 (Africana), e que secruzaram.
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CÉLULA DE CRIA - Casinha hexagonal,alvéolo, construída em cerume, onde arainha, após a deposição de alimento pelasoperárias, põe o ovo que se transformará emlarva, pupa e abelha nascente. Após ofechamento, a célula tem aparência circular.
Nas Melíponas, são todas do mesmotamanho.
CERUME - Resultado da mistura da cera produzida pelas abelhas com a resina vegetal(própolis) por elas colhida. É o principalmaterial usado pelas abelhas sem ferrão nasconstruções internas.
COLMEIA - É a casa das abelhas, cortiço
ou caixa de abelha.COLÔNIA - Colmeia habitada, família,ninho.
CORBÍCULA - Cesto para transporte de pólen, resina ou barro, localizado nas patas posteriores das abelhas operárias.
ENTRADA DA COLMEIA - Furo peloqual as abelhas sem ferrão entram e saem dascolmeias, e que ajuda a identificar o tipo deabelha.
FAVOS DE CRIA - Formados peloconjunto de células justapostas. Podem terformato de discos ou de espirais, e em
(É BOM SABER O QUE É)DEFINIÇÕES
algumas espécies, como a Moça Branca, a Mané de Abreu, a Moça Preta e o Mosquito Remela tem formato de cacho.Apresentam cor diferente nos discos deacordo com a idade da cria. Quando maisescuros, possuem a cria mais nova e, quandomais claros, mais próximo estão as abelhasde nascer.
GEOPRÓPOLIS - É uma mistura de barrocom resina vegetal, usada como proteção dacolônia contra inimigos externos econdições adversas, é depositada interna eexternamente no fechamento de brechas nacolmeia. Também chamado de BATUME.
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DEFINIÇÕES
INVÓLUCRO - Encerado ou lamela decerume que envolve o conjunto de favos decria para o controle da temperatura. Notempo do verão, no Nordeste, é comum amaioria das nossas abelhas sem ferrão fazer
pouco uso desse invólucro.
MELEIRO - Caçador de mel nas matas.
MELÍPONA - Gênero da abelha sem ferrãoencontrada apenas nas Américas do Sul eCentral, também nas Ilhas do Caribe, ondesão agrupadas as melhores abelhas paracriação. A esse gênero pertencem, porexemplo, a Uruçu de Chão, a Jandaíra, aManduri e a Mandaçaia.
MELIPONÁRIO - A casa que abriga váriascolmeias de abelhas sem ferrão.
MELIPONICULTOR - Criador de abelhassem ferrão.
MELIPONICULTURA - Termo adotado por Dr. Paulo Nogueira-Neto (1953) para
definir a criação racional de abelhas semferrão.
NÉCTAR - Substância açucarada contidanas flores que é colhida pelas abelhas etransformada em mel, seu alimentoenergético. Constitui uma estratégia das
plantas para atrair os polinizadores.
OPERÁRIAS - São as abelhas responsáveis pela quase totalidade dos trabalhosrealizados numa colônia: trabalhos internoscomo nutrição das crias, limpeza, produçãode cera, construção das células e potes,manipulação dos alimentos, inclusive pondoovos tróficos para alimentação da rainha;trabalhos externos, na segunda metade desuas vidas, na nobre missão de campeiras,coletando no mundo exterior o néctar, o
pólen, a resina e o barro.
PÓLEN - Material contido nas anteras(parte masculina) das flores, que é colhido
pelas abelhas e trabalhado, transformando-se no seu alimento protéico, denominado
popularmente de SABURÁ, e depositadoem potes construídos com cerume.
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DEFINIÇÕES (É BOM SABER O QUE É)
POTES DE ALIMENTO - São depósitoscomumente ovais, feitos de cerume,utilizados para o armazenamento doalimento.
PRINCESA - Rainha virgem das espéciesdo gênero melípona.
RAINHA - Também chamada de “AbelhaMestra”, é a mãe de toda a população dacolônia. Sua função é por ovos e manter afamília unida.
TRIGONA - Gênero da abelha sem ferrão,diferente das melíponas, como por exemplo,a Arapuá ou Irapuá, e a Sanharó,conhecida como C. de Vaca ou Boca deSapo.
TÚNEL DE ENTRADA - Parte interna daentrada constituída de tubo edificado pelas
própr ias abelhas , como elementoimportante para a defesa do ninho.
ZANGÃO - É o macho das abelhas, comapenas a função reprodutora. Acasala-secom uma rainha virgem. É filho sem pai,nascendo de um ovo não fecundado darainha ou de uma operária. Nas abelhas sem
ferrão, os zangões são levemente menoresdo que as operárias, e, em algumas espécies, possuem um “w” branco na fronte. Algunsdesidratam néctar.
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POR QUE CRIARA URUÇU DE CHÃO
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Para aumentar a renda familiar,com a venda do mel ou de famíliasresultantes de reprodução;
Por ser a nossa mais bonita abelha;
Por que, além de não terem ferrão,elas são dóceis, portanto de manejotranquilo;
Por ser mais fácil colher mel nascolmeias, sem ter que cavar,frequentemente, por mais de ummetro;
Por propiciar colher o mel comhigiene, sem areia, o que o tornamais valorizado;
Por dar a tranquilidade de ser ummeliponicultor (dentro da lei) enão um meleiro (fora da lei);
Por último, a mais importanterazão: ao invés de continuarcontribuindo para a sua extinção, procurar colaborar para sua preservação e garantir a polinizaçãode várias espécies de plantas que sóé realizada por estas abelhas.
.
OBSERVAÇÃO: os meleiroscostumam retirar apenas o mel dasabelhas sem ferrão, abandonando ascolônias abertas ou escavadas,acreditando que as abelhas irão semudar para outro local, o que nãoocorre, pois a rainha fecundada não voa.E, assim, toda a família é condenada àmorte.
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POR QUE CRIAR A URUÇU DE CHÃO
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FORÍDEOS - São os piores inimigos dasUruçus de Chão. São mosquinhas escuras,
persistentes e ligeiras. Suas larvas dizimamuma colônia, devorando o pólen e as criasnovas.
As Uruçus de Chão são das espécies maisvulneráveis a esse terrível inimigo. Esse temsido o maior empecilho na sua adaptação àsnossas colmeias. Na natureza não seaprimoraram em se defender já que o seutúnel natural de até 04 metros decomprimento constitui sua grande defesacontra esse tipo de mosca.
OS INIMIGOSDA URUÇUDE CHÃO
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O criador de Uruçu de Chão não pode sedescuidar desse combate atento aosforídeos.
Maneiras de combate: proteja a entrada dacolmeia com um túnel de 60 centímetros,feito com eletroduto flexível de 3\8"
polegadas. Construa uma armadilha
furando a tampa de um pequeno depósitocom furinhos por onde possa passar umforídeo mas não passe uma abelha e ponhadentro do depósito um dedo de vinagrecomum. Os saleiros encontrados nomercado se prestam bem para esse fim. Essaarmadilha só se mostra eficiente dentro dascolmeias. Se o ataque é grande, usamosvárias armadilhas. Eliminamos tambémmanualmente ovos, casulos e larvas dos forídeos.
LAGARTIXAS - Protegemos a entradacom um pequeno caneco ou forminha de
bolo. Se a colmeia é de barro, deixamos 02centímetros do túnel (eletroduto flexível)
para fora.
FORMIGAS E CUPINS - A taioca ou saraça é um invasor perigoso de colôniasfracas. Interrompemos o acesso de formigase cupins com óleo queimado, lã de aço ou lã
OS INIMIGOS DA URUÇU DE CHÃO
de carneiro sintética, graxa e criatividadecomo o uso de borra de café em torno dosuporte das colmeias.
ARANHAS - Destruímos as aranhas e suasteias, quando das inspeções internas eexternas.
ARAPUÁ - São abelhas de grande população (chegam a 100 mil em um úniconinho) que invadem colmeias fracasmatando seus habitantes, pilhando a suacomida. Roem brotos de certas culturas e
prejudicam a polinização de outras. É aespécie que mais tem ninhos na região
Nordeste. Concordamos com o Mons.
Huberto de que as existentes nas proximidades de meliponários devam sercontroladas.
ABELHA LIMÃO - Assim como aArapuá, é bom que sejam controladas, poisse tratam de abelhas ladras, que não coletamalimento, mas o roubam das outras abelhasmais fracas. Seus ninhos chegam a ter 150mil abelhas.
MARIBONDO AMARELO - Invademcolmeias fracas e sua picada é por demaisdolorida, podendo causar náuseas ecalafrios. Devem ser controlados.
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ALIMENTAÇÃO ARTIFICIAL
As abelhas usam essencialmente doistipos de alimento: o energético fabricado com o nectar das flores (mel)e o proteico fabricado com o pólen (saburá). Na falta de flores, valem-seda secreção doce de algumas frutas e
plantas para alimentarem sua energia ealguns tipos de polpas de frutas comofornecedores de proteínas.
Não havendo flores na região, temosque inspecionar a colônia. Não tendoreserva de potes de alimento, a famíliadeverá ser alimentada. Apesar daalimentação proteica ser muitoimportante e dela depender a postura darainha, na nossa região, onde existem
palmeiras, há constante oferta de pólen.Quando se preserva a mata nativa hásempre alguma oferta desse alimento
para as abelhas.
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O melhor alimento energético para a Uruçude Chão a ser fornecido pelo criador é o melda Apis mellifera (abelha europa) que
poderá ser ofertado diretamente (secentrifugado), pasteurizado ou fervido (semel espremido ou de meleiro).
1. Outra opção de alimento é:03 kg de açúcar cristal1.200 ml de água potável01 litro de mel de Apis espremido(ferver, resfriar e servir internamente).
2. Outra opção de xarope (quando nãohouver mel)
03 kg de açúcar cristal1.200 ml de água potável01 limão (suco)(ferver, resfriar e servir internamente).
Obs.: o suco de limão evita o açucaramento doxarope.
Se temos uma colmeia destinada à produçãode mel, somente durante o período semflorada fazemos uma alimentação parasobrevivência .
ALIMENTAÇÃO ARTIFICIAL
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No caso de uma colmeia destinada àmultiplicação, fazemos uma alimentaçãoestimulante permanentemente.
ALIMENTADORES
Temos vários tipos de alimentadores
sugeridos por meliponicultores. Todos comsuas vantagens e desvantagens.
Nós adotamos, há 30 anos, o bebedouro de passarinho como alimentador interno. Para uruçu de chão utilizamos o de tamanhomédio, quando temos espaço no piso dacolmeia; e o pequeno, pendurado por um
fino arame de fio elétrico na borda dacolmeia, quando não há espaço no piso.Quando as abelhas não colhem o mel ouxarope de imediato, elas operculam (oufecham) o próprio alimentador.
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PRODUÇÃO DE MEL
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A Uruçu de Chão poderá produzirestimadamente pelo menos 02 litros de mel por ano. Alguns meleiros já chegaram aextrair mais de 04 litros em ninho nativo.
Não temos tradição de criação racional deUruçu de Chão, por isso não possuímosdados históricos. Na Chapada do Araripe háum cipó que produz uma grande florada
também apreciada pelas abelhas Apis. É ocipó croapé, também apelidado de cipó-uva e cipó-de-vaqueiro. Após esta florada é queas uruçus de chão se acham mais fortes,com maior produção de mel, apesar dagrande concorrência das milhares decolônias de Apis, trazidas pelos apicultores
dos estados mais próximos. Na nossa opinião, é o melhor mel produzidono Brasil, suplantando o mel da flor dalaranjeira, por ser tão gostoso quanto, eorgânico.
A Uruçu de Chão, como as outras abelhassem ferrão, adora as floradas da mata nativa.
Quanto mais mata nativa por perto, maior a produção de mel. A melhor época paraextração do mel é, portanto, após a floradado croapé.
PRODUÇÃO DE MEL
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COLHEITA DO MEL
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Os méis das abelhas sem ferrão, em geral,são mais finos, mais líquidos, isto é, tem
mais umidade que o mel das abelhas Apis(Europa). Por isso o mel da Uruçu de Chão deve ser conservado em geladeira, para quenão ocorra fermentação. Não é que o melfermentado ou azedo ofenda a saúde, mastira do consumidor a oportunidade desaborear o doce delicado do mel de uruçu.
Na geladeira (no frio) pode ocorrer a
cristalização a ser revertida no banho-mariaconhecido. E o mel descristalizado nãocristaliza de novo.
ARMAZENAMENTO DO MEL
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COLMEIASPARAURUÇU
DE CHÃOPEQUENO HISTÓRICO - Há quasedez anos temos experimentado diferentes
colmeias para o manejo da uruçu dechão: colmeias de madeira com paredesduplas (04 centímetros) para proporcio-nar temperatura mais uniforme; colmeiasde madeira, parede simples (02 centíme-tros) mais acesso ao chão através detubos de PVC; colmeias com acesso auma bandeja com barro sob a parte
inferior; colmeias com maiores tubos deentrada para dificultar o ataque deforídeos;
No município de Jardim-CE, o Sr. Déduusa colmeias de madeira, revestidasinternamente com barro amassado;
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COLMEIAS PARA URUÇU DE CHÃO
No município de Exu-PE, Comunidade dosPaus D'oia, o Sr. Nezinho usa panelas (decozinha) enterradas, imitando o ninho deUruçu na natureza;
No município de Santana do Cariri-CE, o Sr.Paizinho adotou uma panela idealizada pelaAssociação Cristã de Base - ACB do Crato-
CE, que é semienterrada dentro de uma caixaconstruída de alvenaria.
Em todas as experiências o sucesso não étotal. Exclusivamente para a produção demel, as panelas enterradas do Sr. Nezinhodão certo, mas o manejo é trabalhoso e não se
permite a multiplicação de famílias, que é o
maior objetivo por nós perseguido.
Hoje, chegamos à conclusão, após tantosexperimentos, de que a colmeia para Uruçude Chão não precisa necessariamente serisolante térmico, ser enterrada ousemienterrada, ter acesso diretamente ao
barro através de tubos ou gavetas com essematerial.
A seguir, apresentamos 02 tipos de colmeia para Uruçu de Chão que nos tem deixadoesperançosos de que estejamos no caminhocerto. A pressa em apresentá-las é fruto da
preocupação com a grande mortandade ouassassinato dessa espécie pelos nossosirmãos meleiros que buscam no seu mel ummeio de sobrevivência nessa região tão
pobre de oportunidades e de conhecimento.Já temos conseguido reproduzi-la oumultiplicá-la. “A própria abelha”, comodizia o nosso querido Mons. Huberto, “vainos ensinando o que fazer para criá-las.”
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COLMEIA PARA URUÇU DE CHÃO Nº 2Trata-se de uma opção para quem nãoconseguir a primeira. É uma caixa tipocolmeia nordestina, feita de madeira,medindo 15 cm x 15 cm x 50 cm (medidasinternas), e com espessura de 2,0-2,5centímetros, com dobradiças e aldravas, furo
lateral com proteção contra lagartixa feita deforminha de bolo ou pedaço da latinha de
refrigerante ou garrafa pet, túnel de entradamedindo 60 centímetros de comprimento feito com eletroduto flexível de 3\8” de
polegada, e sub-tampa feita de acetato (0,30mm). Envernizada ou pintada na parteexterna, para melhor proteção (não usar as
cores preta e vermelha).
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COLMEIAS PARA URUÇU DE CHÃO
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MELIPONÁRIO
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MULTIPLICAÇÃO
DE FAMÍLIAS
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A atividade mais nobre do meliponicultor é amultiplicação de famílias, colaborando coma natureza e aumentando o seu número decolônias, sem retirar mais ninhos nativos.
O primeiro passo é inspecionar as colônias,verificando se estão fortes o suficiente paracolaborarem na multiplicação. De colmeiafraca não se tira nada.
Ÿ As colônias que podem doar criasapresentam favos esbranquiçados oumais claros na parte superior do ninho;
Ÿ As que se apresentam bem povoadas, commuitas campeiras, podem doar campeiras;
Ÿ Portanto, se uma colônia apresentar favosda cor de chocolate ou mais escuros na
parte superior do ninho, não poderá doarfilhos. Se estiver muito forte, pode doarcampeiras.
O objetivo correto é fornecer bastante criasnascentes e bastante campeiras à colmeia-filha (ou nova) sem enfraquecer,demasiadamente, a colmeia-mãe (ouvelha). A rainha deverá ficar sempre nacolmeia-mãe.
Podemos usar, portanto, dois métodos namultiplicação, válidos praticamente paratodas as melíponas:
1. De uma única colmeia forte que podedoar filhos e campeiras tiramos umafamília;
2. De duas colmeias, uma que pode doarfilhos e outra que pode doar campeiras,
tiramos uma família. Este método possibilita recuperação mais rápida dascolmeias doadoras.
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MULTIPLICAÇÃO DE FAMÍLIAS
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1. Retiramos do lugar a colônia que podedoar filhos e campeiras, e em seu lugarcolocamos a colmeia-nova;
2. Colocamos alimento e armadilha paraforídeos na colmeia-nova. Colocamostambém, próximo ao terminal interno dotúnel de entrada, dois pauzinhos da altura
do espaço-abelha, para deposição dosfavos de cria sobre eles;
3. Abrimos a colmeia-mãe e rapidamentesoltamos os apoios laterais dos favos decria com uma faca-serra. Com os dedosmédio e indicador de ambas as mãos
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colmeia-mãe:doa filhos e campeiras
introduzidos nas laterais dos favos, balançamos delicadamente o conjunto dediscos de cria nascente para um lado e
para o outro. Cuidado para não apertá-losuns contra os outros. Se isso ocorrer,desprendemos disco por disco eintroduzimos entre eles pedacinhos ou
bolinhas de cerume. Colocamos o
conjunto de favos na colmeia-nova,sobre os pauzinhos e a fechamos. Asabelhas novas que estiverem no conjuntodeverão também ser transferidas. Paraisso, tomar cuidado para que não caiamno chão, colocando a mão por baixo.
SEGUINDO O PRIMEIRO MÉTODO:
MULTIPLICAÇÃO DE FAMÍLIAS
colmeia-filha:recebe filhos e campeiras
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Para essa operação de retirada doconjunto de crias nascentes da colmeia-mãe, lembre-se de que onde a rainhaestiver pondo falta um disco, o quefacilita a ação de desprendimento;
4. Com a colmeia-mãe aberta, damos umavolta nas proximidades, dando, nela,umas batidinhas de leve. As campeirassairão e se encaminharão à colmeia-nova;
5. Após fecharmos a colmeia-mãe, eladeverá ser colocada no novo localescolhido.
Observação: lembramos que colônias
que doam campeiras não devem ficar coma a l i m e n t a ç ã o a r t i f i c i a l n o salimentadores, por falta de coletoras, (atéque outras abelhas completem a idade dese tornarem campeiras).
MULTIPLICAÇÃO DE FAMÍLIAS
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1. Colocamos a colmeia-nova próximo dacolônia que vai doar filhos, já comalimento, armadilha de forídeos e
pauzinhos;
2. Abrimos a colônia que vai doar filhos,mantendo-a em seu lugar, retiramos osfavos de cria nascente, fechamo-la, ecolocamos esse conjunto de filhos nacolmeia-nova, fechando-a também emseguida;
SEGUINDO O SEGUNDO MÉTODO
3. Retiramos a colônia que vai doarcampeiras do seu lugar e pomos ali a colmeia-nova com os filhos;
4. Abrimos a colônia doadora de campeirase soltamos estas, como no caso do
método anterior.
5. Após fecharmos a colônia que dooucampeiras, colocamo-la no novo lugarescolhido.
MULTIPLICAÇÃO DE FAMÍLIAS
colmeia-mãe:
doa campeiras
colmeia-filha:
recebe filhos e campeirasColmeia-mãe:
doa filhos
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- Três dias após a multiplicação,inspecionamos a colmeia-nova .Verificamos se está tudo bem, ou se háataques de forídeos, ou se já está faltandoalimento. Substituímos a armadilha deforídeos, pois o vinagre vai perdendo oseu cheiro. E, se já tiverem colhido oalimento, colocamos outro alimentador.
- Se na primeira inspeção verificarmosmuitos forídeos, podemos reforçar a defesacom mais uma ou várias armadilhas.
- Se for verificado que os forídeos estãoentrando por causa de defeitos na tampa(colmeia nº 1), prendemos a borda da sub-tampa de plástico com ligas de câmara dear.
- Uma semana após a primeira inspeção,fazemos outra verificação e substituímosnovamente a armadilha de forídeos ecolocamos outro alimentador, senecessário.
- Repetimos essa inspeção semanalmenteaté que notemos a presença de novarainha. Daí em diante, passamos para ainspeção mensal.
- Se numa dessas inspeções verificarmosque todos os filhos nasceram, mas aindanão há rainha, fornecemos mais discos decria nascente obtidos noutra colônia.
- Se numa dessas inspeções verificarmosque há poucas campeiras, trocamos olugar da colmeia-nova pelo lugar de umacolônia forte, e soltamos campeiras.
- Lembremo-nos que toda colônia fracaaceita ajuda de mais filhos e
campeiras, mesmo que já tenha a rainhanova com o seu cheiro característico.
ACOMPANHAMENTO DAS FAMÍLIAS NOVAS
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COMO INICIAR UMA CRIAÇÃO
DE URUÇU DE CHÃO
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A Uruçu de Chão e todas as abelhas semferrão são ainda tratadas pela lei comoanimais silvestres. Mas essa mesma lei
permite que montemos um meliponário comaté 50 colônias, sem nenhum registro noórgão fiscalizador.
Na nossa opinião, quem vai salvar as nossasabelhas da extinção são os verdadeiros
meliponicultores. Os desmatamentos, aagropecuária, os agrotóxicos como também- reconheçamos - os nossos meleiros estãodizimando as nossas abelhas. A lei permiteque obtenhamos exames nas matas comcaixas-iscas, o que não se aplica à UruçudeChão.
Olhando a realidade hoje, sabemos que aoescavarmos uma Uruçu de Chão paraextrairmos o seu mel, estamos condenandoessa família à morte já que sua rainha nãovoa, sendo sua cria e operárias aniquiladas
pelo sol, lagartos, formigas, sapos, etc.
Então, essa é a nossa proposta: NÃOMATAR E SIM CRIAR ABELHAS. Oretorno, em termos de renda, será melhor,
pois, além do mel mais fácil de ser extraído, podemos vender colônias fortes aosmeliponicultores apaixonados.
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COMO PEGAR
URUÇUDE CHÃO
Não vamos ensinar Padre-Nosso a Vigário.
Apenas transmitir os procedimentos dosmais experientes, a fim de não perdermos,durante a escavação, o canal de entrada eassim não conseguirmos achar o ninho queneste caso morrerá, pois as abelhas nãocavam como as formigas.
- Como planejamento para escavação,sopremos na entrada e escutemos ozumbido. Ouvindo zumbido forte o ninhoestá raso, se não ouvirmos é por que estáfundo. A profundidade do ninho pode variarde dois palmos (44 cm) a 20 palmos (4,40m). Outra maneira é verificando os pelos dacampeira: se estiverem preservados, é raso, ese estiverem raspados, é fundo.
- Antes de cavar, retiremos a torre deentrada e introduzamos no túnel um aramecom a ponta virada. Se não dispusermos dearame, usemos um cipó fino e flexível. Esteservirá de guia para não perdermos ocaminho.
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- Ao atingirmos a cavidade onde se encontrao ninho, procuremos, se possível, arrancá-lo
por inteiro, sem que seja danificado. Retire omel, como manda a tradição, tendo ocuidado de não lambuzar os favos de crianem as abelhas. Se forem deixados alguns
potes de mel e pólen fechados para seualimento imediato, as abelhas agradecem.
- Os favos de cria devem ser limpos da areiaou com pincel ou com nosso sopro, e emseguida colocados numa das metades deuma cabaça que deve ter sido preparada paraesse fim. Cabaça cortada ao meio, nahorizontal, e limpa internamente, e detamanho suficiente para abrigar o conjunto
de favos de cria. Estes devem ser postossobre dois pauzinhos, na mesma posiçãoem que se encontravam no ninho.
NUNCA invertê-los (de cabeça para baixo)nem virá-los de lado. Não podem tambémserem apertados uns contra os outros. Oespaço entre eles para a circulação deabelhas deve ser preservado. Caso haja
aperto, os discos devem ser descolados unsdos outros e arrumados com bolinhas decerume entre eles.
- As abelhas que não voam, ou seja, as novas,devem ser delicadamente capturadas com osdedos ou com o auxílio de um sugador de
abelhas e colocadas na cabaça, e as sujas demel devem ser molhadas em água limpaantes de colocadas na cabaça. Não nosesqueçamos das abelhas que estiverem nos
potes de alimento colhidos. Nesta etapa,esqueçamos das abelhas que voam. Mas seconseguirmos ver a rainha junto aos favos, atranquilidade será maior. Procuremo-la.
- Coloquemos agora a outra metade dacabaça (a superior) sobre a primeira,observando a posição original para que nãohaja brecha. Unamos uma à outra com fitaadesiva ou pedaços de cerume ou uma ligade câmara de ar. Façamos um furo para aentrada das abelhas.
- Preguemos ao redor da entrada um anel decerume da própria família e coloquemos acabaça no local mais adequado paracapturarmos as abelhas que voam(campeiras). Este local pode ser o fundo do
buraco cavado (onde estava o ninho) ou nas proximidades de onde ficava a torre deentrada natural. Esta torre, retirada antes daescavação, pode ser pregada com cerume naentrada da cabaça com excelente resultadona orientação das campeiras para o novoacesso ao ninho.
- No final da tarde, quando não houver maismovimento de campeiras, transportamos a
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cabaça para o meliponário, com a suaentrada fechada.
- Usamos a cabaça para facilitar o transportedo ninho do interior das matas para o local decriação. No entanto, se for julgado melhor,
podemos usar logo a colmeia nas operaçõesde captura acima.
- Quando chegarmos com a cabaça nomeliponário, a colmeia que irá receber estafamília já deve estar devidamente preparadae instalada no seu cavalete. Colocamos entãoa cabaça junto à colmeia com as entradas
próximas uma da outra. Se esta operação forfeita à noite, no dia seguinte, após as 10horas da manhã (tempo suficiente para as
campeiras memorizarem o novo local), podemos fazer a transferência do ninho dacabaça para a colmeia, não se esquecendo daalimentação, da armadilha de forídeos e doanel de cerume na nova entrada.
- Esta família capturada deve seracompanhada através de inspeções nos
próximos 3, 7, e 15 dias de início, e depoismensalmente.
Um lembrete: o sucesso dessa colôniadepende muito da captura bem feita (boascrias, rainha e muitas abelhas novas ecampeiras). Portanto não nos arrisquemos
em transportar o novo ninho antes queanoiteça. Não desprezemos nenhumacampeira.
No mais, sejamos criativos e aprendamoscom as abelhas!
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MEL DA URUÇU DE CHÃO ÉMEDICINAL?
ambiente acima de 24°C de temperatura.Lembremo-nos de que a temperatura internaestá em torno de 30°C.
EM QUE ÉPOCA É MELHORFAZERMOS MULTIPLICAÇÃO?
Na época das floradas, preferencialmente nametade do período das floradas com ascolônias muito fortes. Caso ocorra chuva,não esqueçamos as armadilhas de forídeosna nova colméia.
O QUE NÓS, MELIPONICULTORES,
PODEMOS FAZER PARA AJUDAR ASABELHAS SEM FERRÃO?
1. NÃO DESMATAR. Se isso não puder serevitado devido à necessidade de plantiode roça, não queimar. Antes de cortar aterra com trator, recolher todos os ninhosde uruçu de chão. No desmatamento,
recolher as abelhas de pau para criar.2. Não derrubar árvores para usar como
estacas de cerca. As mais procuradas sãoas que mais abrigam ninhos de abelha:amarelo, pequizeiro, faveira, etc.Procurar fazer cercas vivas com sabiá,
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que se adapta a todo lugar. No semi-árido,caatinga, preservar a imburana decambão, a catingueira e o angico.
3. Nas Chapadas, plantar mudas de amarelo, pequizeiro e faveira, paraservirem de abrigo futuro às abelhas de
pau. Estes últimos podem tambémaumentar a renda familiar com seusfrutos. Plantar também a imburana decambão que pega de galho, tanto nasChapadas como na Caatinga.
4. Nas Chapadas do Araripe e da Ibiapaba plantar o croapé (cipó-uva, cipó devaqueiro), que se constitui na melhorflorada e produz o melhor mel. Plantar
também a mucunã que é uma excelentefornecedora de resina (a do própolisvermelho).
Nas Zonas da Mata, plantar a copiúba (pau pombo), o gudião e o jitaí .
Na Caatinga, além dos paus de abelha
citados, preservar as matas demarmeleiro, catanduva (angico debezerro) e mofumbo pelos excelentesméis que produzem. Mandar estasárvores para o fogo das padarias, dasolarias, das caieiras e das indústrias degesso dá pena, além de ser um crime
ambiental.5. No período da estiagem, fornecer às
nossas abelhas barro molhado. Umcaixão com barro de formigueiro e umagarrafa de plástico com pingadouro desoro fisiológico (baratinho) ajuda muitoas abelhas do nosso meliponário, asquais nas necessidades urgentes chega acoletar excrementos de animais.
6. Não usar para outros fins a cera de nossasabelhas sem ferrão, ou a vender, mas adevolver para elas. Elas agradecerão,
produzindo mais mel ao invés de fabricarcera.
7. Poderemos plantar diversas outras plan tas que florescem umas até permanentemente, e que são bemvisitadas pelas abelhas: amor agarra-dinho ou miguê, ligustrum, astrapéia,flôr de mel ou margaridão, etc.
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A enxu que o sertanejo chama de abelha, nãoé abelha mas vespa ou maribondo.
No Sertão Nordestino temos quatro espéciesde vespas que produzem um mel muitoapreciado: o capuxu, o enxu, o enxuí e o
boca-torta.O capuxu faz seu ninho em grandes buracosde formigueiros abandonados pela formigade roça. A sua ferroada é a mais dolorida dasquatro. O enxu, o enxuí e o boca-tortafazem seus ninhos em árvores, sendo que oenxu, com seu ninho maior, o faz na partemais próxima ao chão. Esta vespa deu nomea uma cidade de Pernambuco - EXU -famosa por seu filho Luiz Gonzaga. EmSerra Talhada, na Chácara Mandaçaia, de
propriedade do cantor\compositor RuiGrude, testemunhamos o seu carinho comesta vespa, cultivando seus ninhos próximosde sua casa.
Diferentemente das outras vespas oumaribondos elas não são carnívoras. Estasvespas produzem mel, pois são visitantes deflores onde subtraem o néctar. O mel quecostuma cristalizar se torna muito maisgostoso. Estas vespas, com suas ferroadas
E O QUE DIZER DA ABELHA ENXU?
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que assustam, são sensíveis à aplicação defumaça o que facilita a retirada das capascom mel. Esse mel é comido junto com acapa que parece um papel.
O boca-torta, de ninho pequenino, costuma procurar a face do meleiro para ferroar edeixá-lo com a boca deformada peloinchaço, daí o seu nome. Suas vespas,
porém, não resistem ao “cheiro” das axilasdos sertanejos que passam alí a mão e acoloca próximo à sua entrada, contra ovento. Elas morrem.
PERGUNTAS MAIS COMUNS
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Arapuá ou Irapuá (Trigona spinipes),Brabo ou Tubiba (Scaptotrigona tubiba),Canudo ou Mandaguari (Scaptotrigona postica),Cupira (Partamona ssp),
Jandaíra ( Melipona subnitida),Jataí (Tetragonisca angustula),Jati ou Mosquito (Plebeia flavocincta),Limão ( Lastrimellita limão),Mandaçaia ( Melipona mandacaia), esta no sopé da serra – Caatinga.Manduri ( Melipona asilvae),Mané de Abreu (Frieseomellita doederleine)Moça Branca ou Abelha Branca (Frieseomellita xanthopleura)
Moça Preta (Frieseomellita )Mosquito de Chão (Paratrigona lineata)Mosquito Remela (Plebeia minima)Sanharó ou C. de Vaca (Trigona fuscipennis)Tataira ou Caga-Fogo (Oxytrigona tataira)Uruçu de Chão ( Melipona quinquefasciata)Vambora (Trigona recursa)
Zamboque ou Marmelada (Frieseomellita varia)Poderão existir outras espécies. Necessitamos de Pesquisa.
Na Serra da Ibiapaba temos ainda a Uruçu Amarela ( Melipona rufiventris) e no sopé daserra, já no Piauí, temos a Tiuba ( Melipona fasciculata).
QUAIS SÃO AS ABELHAS SEM FERRÃOENCONTRADAS NA CHAPADA DO ARARIPE?
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Refúgio das Abelhas “Paulo Nogueira-Neto”
Comunidade do Catolé
Chapada do Araripe2012
Fotografias:Marilda Cortopassi Laurindo e Selma Carvalho
Diagramação:Lanje Falcão - www.lfdesigner.com.br
Impressão:Gráfica Fotolaser - 81 3222 2246
Francisco das Chagas e Selma Carvalho [email protected]
Marilda Cortopassi [email protected]
Tertuliano Aires [email protected]
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