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RIO DE JANEIRO Segunda-feira,6 de julho de 2015Edição nº 1.164, ano 5

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O Metro Jornal é im

presso em papel certificado FSC,

garantia de manejo florestal responsável.

Flamengo cai em casa Time perde para o Figueirense por 2 a 1. Flu empata em 0 a 0 com o São Paulo PÁG. 12

Marquinhos fez o gol de faltapara o Figueirense,

no Maracanã

DHAVID NORMANDO/FUTURA PRESS

Ações contra a corrupção estão paradas no CongressoEngavetadas. Medidas anunciadas no meio de março pela presidente Dilma Rousseff, como a criminalização do enriquecimento ilícito, foram relegadas ao semiesquecimento pelos parlamentares PÁG. 05

Preço de imóvel no Rio cai 3,64%

PSDB confirma Aécio por mais dois anos

Recuo real ocorreu no 2o trimestre deste ano. É a maior queda do país. Apenas seis cidades tiveram alta PÁG. 08

Em convenção nacional que confi rmou o senador na presidência do partido, líderes criticaram o governo do PT PÁG. 04

BRUNA PRADO/ METRO RIO

ABAIXA A ALEGORIA, AÍ!TORRE DA SAPUCAÍ, ONDE VÁRIOS CARROS DE ESCOLAS DE SAMBA JÁ FICARAM PRESOS, SERÁ DEMOLIDA PÁG. 02

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Gregos rejeitam proposta europeia

Referendo popular vetou o pacote de (mais) austeridade exigido pela UE PÁG. 08

Partidários do ‘não’ tomaram a frente do Parlamento em Atenas para festejar

RIO DE JANEIRO, SEGUNDA-FEIRA, 6 DE JULHO DE 2015www.metrojornal.com.br |02| {FOCO}

EXPEDIENTEMetro Brasil. Presidente: Cláudio Costa Bianchini (MTB: 70.145)Editor Chefe: Luiz Rivoiro (MTB 21.162). Diretor Comercial e Marketing: Carlos Eduardo Scappini Diretora Financeira: Sara Velloso. Gerente Executivo: Ricardo Adamo Editor-Executivo de Arte: Vitor IwassoMetro Rio de Janeiro. Editora-Executiva: Ana Lúcia do Vale. (MTB: 18.892) Editora de Arte: Cláudia Lorena. Gerente Comercial: Patrícia CapelutoGrupo Bandeirantes de Comunicação RJ. Diretor Geral: Daruiz ParanhosDiretor de Jornalismo: Rodolfo Schneider. Diretor Comercial: Tuffy Habib

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O jornal Metro circula em 22 países e tem alcance diário superior a 18 milhões de leitores. No Brasil, é uma joint venture do Grupo Bandeirantes de Comunicação e da Metro Internacional. É publicado e distribuído gratuitamente de segunda a sexta em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, ABC, Campinas e Grande Vitória, somando 495 mil exemplares diários.

A águia de 23 m de altura da Portela, em formato de Cris-to Redentor, foi um dos des-taques do Carnaval deste ano. No final do desfile, seu siste-ma hidráulico foi acionado para que ela se abaixasse. Deu certo. E não era um “charme”.

Assim como a Portela, as escolas de samba cariocas cos-tumam enfrentar o desafio de passar com seus carros alegó-ricos, cada vez maiores, pela torre de concreto de 9,7 m de altura, próxima aos setores 10 e 11 da Marquês de Sapucaí.

Usada por cinegrafistas e fotógrafos para captar ima-gens dos desfiles, a estrutura deverá ser derrubada. A pre-feitura abriu uma licitação de R$ 60 mil para a demolição. Segundo a Secretaria Munici-pal de Obras (SMO), a derru-bada terá início após a con-clusão do processo licitatório, que dura, em média, de 30 a 60 dias. A SMO não é respon-sável pela reconstrução.

Problemas mecânicos ou falta de planejamento dian-

te desse obstáculo já preju-dicaram o quesito “Evolu-ção” de algumas escolas ao longo dos 31 anos do sambó-dromo. Em 1990, 1995, 2013 e 2014, por exemplo, alego-rias da Mangueira ficaram agarradas na estrutura.

Estrutura provisóriaDe acordo com Jorge Casta-nheira, presidente da Liga Independente das Escolas de Samba do Grupo Especial (Liesa), uma estrutura provi-sória será montada todos os anos, na época do Carna-val, para a imprensa. Ela te-rá 11,5 m de altura e sua ex-tensão irá de uma frisa até a outra, o que significa que a águia da Portela, que este ano teve 23 m, teria de se adaptar novamente.

Castanheira explica que a nova torre irá “faci-litar a passagem dos car-ros alegóricos, ampliar a capacidade de utilização [da estrutura] e favorecer a segurança”. METRO RIO

Sapucaí. Licitação da prefeitura prevê demolição da torre de concreto do Sambódromo, onde vários carros alegóricos já esbarraram. Liesa diz que estrutura provisória será montada todo Carnaval, para atender à imprensa. Altura será 1,8 m maior

Torre de concreto será derrubada e substituída por provisória | BRUNA PRADO/METRO RIO

Torre sai da Avenida

Novo catamarã chega ao RioA embarcação Corcovado, o segundo dos sete novos catamarãs comprados na China que vão operar no trajeto Rio-Niterói, chegou ontem ao Rio. Com capacidade para duas mil pessoas, o catamarã pode levar até 60 dias para entrar em operação. | HENRIQUE FREIRE

O prefeito Eduardo Paes apresentou ontem, no San-to Cristo, na zona portuária, um dos 32 trens que vão inte-grar o sistema do Veículo Le-ve sobre Trilhos (VLT). Segun-do o consórcio responsável pelo projeto, cinco modelos serão fabricados na França. Os demais serão feitos em Taubaté, no interior de São Paulo, também com tecnolo-gia francesa.

De acordo com o prefeito, o sistema vai começar a fun-cionar no início do ano que vem. “O VLT é o bonde do fu-turo. Os testes já devem co-meçar ao longo do segundo semestre [deste ano] e no pri-meiro semestre de 2016 já es-taremos em operação.”

O VLT vai operar entre o Centro e a zona portuária, li-

gando a Rodoviária ao aero-porto Santos Dumont. Serão 28 km de extensão e 32 para-das. O sistema vai funcionar 24h por dia, durante toda se-mana, e terá capacidade de transportar 300 mil passa-geiros por dia. METRO RIO

Transportes. Testes com o VLT já começam nos próximos meses, diz prefeito

UPP

Unidade dos Macacos é atacada em Vila Isabel

Uma base avançada da UPP dos Macacos, em Vi-la Isabel, na zona norte, foi atacada a tiros na ma-nhã de ontem. A unidade fica na localidade conheci-da como Cruzeiro. O con-têiner que abriga a base e uma viatura foram atingi-dos. Ninguém ficou ferido.

Já no conjunto de fa-velas do Alemão, poli-ciais da UPP local e sus-peitos de pertencerem ao tráfico de drogas tro-caram tiros.

Na Vila da Penha, po-liciais da unidade do Par-que Proletário entraram em confronto com crimi-nosos na rua Laudelino Freire. As duas ocorrên-cias também não tive-ram feridos. METRO RIO

R$ 60 milé o valor da licitação aberta pela prefeitura para demolir a torre. Processo licitatório dura entre um e dois meses.

11,5 mde altura terá a estrutura provisória prevista, que atenderá a imprensa durante o Carnaval, segundo a Liesa.

12 escolasfazem parte do Grupo Especial. Em 2016, a Estácio abrirá e a Mangueira encerrará os desfiles, nos dias 7 e 8 de fevereiro.

1FOCO

MP do Futebol

Hora do acerto

A Câmara dos Deputados deve votar amanhã a Medida Provisória

671/15, a chamada MP do Futebol, que determina

o refinanciamento de dívidas fiscais e

trabalhistas dos clubes de futebol e cria uma série de medidas de

responsabilidade fiscal e de gestão. A ‘bancada da bola’ tentará modificar o texto do deputado Otávio

Leite (PSDB-RJ, na foto)aprovado na semana passada na comissão

especial que analisou o texto.

Modelo do VLT está no Santo Cristo | ELLAN LUSTOSA/CÓDIGO19/FOLHAPRESS

Salário mínimo(R$ 788)

Cotações

Dólar+ 1,42% (R$ 3,141)

Bovespa 1,10% (52.519 pts)

Euro + 0,37% (R$ 3,470)

Selic (13,75% a.a.)

RIO DE JANEIRO, SEGUNDA-FEIRA, 6 DE JULHO DE 2015www.metrojornal.com.br {FOCO} |03|◊◊

As obras em Santa Teresa continuam em ritmo len-to. E os reparos não pa-ram nos trilhos. A Funda-ção Geo-Rio, da prefeitura, iniciou, na semana passa-da, uma obra de contenção em uma encosta na rua Joa-quim Murtinho, entre os números 686 e 856. O cus-to da intervenção é estima-do em R$ 40 mil.

O órgão informou, po-rém, que “a intervenção não impede a execução das obras de construção do bondinho, pois não há situação de risco geotécnico para o local.”

Apesar disso, moradores revelam preocupação em passar pela área. “Quando chove e venta muito, eu fico com medo de o prédio cair. As paredes já estão com ra-chaduras”, disse a professo-

ra Maria Solange, de 53 anos, que mora em um prédio pró-ximo à encosta.

“Fiquei preocupada com um buraco na base de um poste que fica na encosta e está todo enferrujado”, disse uma moradora que não quis se identificar.

Além dos problemas es-truturais, há também relatos de falta de segurança no lo-cal. “Fui assaltada na semana passada aqui mesmo na rua Joaquim Murtinho. Os assal-

tantes saíram de um carro e me roubaram”, conta a pró-pria Maria Solange.

Prazo para conclusãoAs obras dos novos bondes foram iniciadas em novem-bro de 2013. A previsão era de que os veículos voltariam a funcionar na Copa do Mun-do do ano passado. Segun-do a Secretaria de Estado de Transportes (Setrans), o orça-mento inicial era de R$ 58,6 milhões, mas, por conta de

aditivos feitos em 2014, o cus-to atual é de R$ 87,1 milhões.

A secretaria informou que, neste momento, as obras se concentram em duas fren-tes: na rua Joaquim Murti-nho, entre os Largos da Cario-ca e do Curvelo, e no trecho da rua Almirante Alexandri-no entre o Bar do Arnaldo e o Largo dos Guimarães.

De acordo com a Setrans, a previsão é que até mea-dos deste mês seja concluí-da a primeira etapa, que vai até o Largo do Curvelo. Ca-so o prazo não seja cumpri-do, o governo pode cancelar o contrato com o consórcio Elmo-Azvi, responsável pelas obras. Só no mês passado, a empresa recebeu duas mul-tas, que somam R$ 1,35 mi-lhão, por conta dos proble-mas no projeto. METRO RIO

R$ 40 milé o custo estimado para as obras de reestruturação no muro da encosta da rua Joaquim Murtinho, em Santa Teresa.

A rotina de obras para insta-lação dos novos bondes em Santa Teresa não afeta ape-nas os moradores do bairro e turistas que visitam a re-gião. Para os comerciantes, o início das intervenções foi também o começo do declí-nio das vendas.

“O movimento caiu em cerca de 70%. Não estou mais abrindo às quartas e quintas. Antes das obras, eu abria to-dos os dias. Eu ganhava, só no sábado, o que eu ganho hoje durante toda semana”, afirma Roberto Garcia, do-no do Bar Santa Arte, na rua

Paschoal Carlos Magno.“Só continuo com a casa

aberta porque sou dono do imóvel. Mas tem muitas pes-soas fechando seus restau-rantes”, completa o comer-ciante, que é formado em gastronomia pela UniRio.

Já o dono de outro esta-belecimento, que não quis se identificar, fez uma de-núncia. “Alguns bares conse-guem se manter sem muitos problemas porque há ven-da de drogas nas proximida-des e, aí, os usuários acabam frequentando os estabeleci-mentos também”. METRO RIO

Número de clientes foi reduzido em até 70%, afirma dono de restaurante

O risco mora ao ladoSanta Teresa. Estado de encosta na rua Joaquim Murtinho preocupa os moradores, mas prefeitura diz que já iniciou

obra de contenção no local. Com bairro parecendo um canteiro de obras, comerciantes

relatam queda nas vendas

Estrutura abaixo da encosta está

deteriorada

Asfalto passa por cima dos trilhos.

Segundo a Setrans, a limpeza dos trilhos ainda será realizada

Poste mal conservado narua Joaquim Murtinho. Rioluz

informou que já programouuma vistoria no bairro

Dono do Santa Arte, Roberto Garcia sofre com

a falta de clientes

R$ 87,1 milhõesé o orçamento atual das obras de instalação dos novos bondes no bairro de Santa Teresa. Valor inicial era de R$ 58,6 milhões.

“Quando o bonde passava pela encosta, o prédio trepidava muito. E o mesmo acontece agora com os ônibus.” MARIA SOLANGE, PROFESSORA

FOTOS BRUNA PRADO / METRO RIO

RIO DE JANEIRO, SEGUNDA-FEIRA, 6 DE JULHO DE 2015www.metrojornal.com.br |04| {BRASIL}

A análise dos documentos apreendidos nas sedes da empreiteira Odebrecht du-rante a deflagração da 14ª fa-se da operação Lava Jato no último dia 19 ainda não foi totalmente concluída pela PF (Polícia Federal).

O último dos embates en-tre a defesa da empresa e a PF está em cima da abertu-ra de arquivos de Marta Pin-to Lima Pacheco, Eduardo Oliveira Gedeon e Guilher-me Pacheco de Brito, advo-gados e também gestores da empreiteira. O procedimen-to estava marcado para a úl-tima sexta-feira, mas acabou não acontecendo. A PF sus-pendeu os trabalhos por di-vergência de interpretações com a defesa, a fim de evi-tar maior desgaste, marca-do principalmente pelo epi-

sódio do bilhete de Marcelo Odebrecht a seus advogados.

No dia anterior, com a questão já sob conflito, o juiz Sérgio Moro autorizou a abertura para a investiga-ção com condições: ‘Apenas interessam mensagens e ar-quivos eletrônicos relaciona-dos às suas atividades como gestores e não como advoga-

dos’, com a presença da de-fesa e de um representante da OAB. No despacho Mo-ro também admitiu ser ‘ine-vitável exame ainda que su-mário do material, a fim de confirmar se contém ou não ele eventuais mensagens ou arquivos eletrônicos prote-gidos pelo sigilo da relação cliente/advogado, e, se posi-

tivo, excluí-las do conjunto probatório’.

A partir disso, a defe-sa interpretou que o “exa-me sumário” constitui, por si só, violação do sigilo le-gal, especialmente porque os 3trêsnunca figuraram co-mo investigados e que ‘de-ve ser prontamente descar-tado tudo que for alheio à gestão das específicas em-presas’, para qualquer mate-rial eletrônico ou impresso, como petição protocolada no sábado. Como justificati-va, colocam com restrição o período em que os três ocu-pam ou ocuparam cargo de diretores.

A PF pretende concluir a abertura dos malotes ho-je, às 14h, ‘esperando não haver outras surpresas’.

METRO CURITIBA

Odebrecht questiona abertura de arquivos

Apreensão de documentos na sede em São Paulo | ZANONE FRAISSAT/FOLHAPRESS

PSDB confirma Aécio e fala em nova eleição

PMDB SONDA ‘GOVER-NO TEMER’ E PSDB TOPA. A alta cúpula do PMDB procurou partidos de oposição, como o PSDB, para uma “consulta” que ilustra o declínio do go-verno Dilma: sondam sobre a posse, em defi-nitivo, do vice Michel Te-mer. Tucanos reagiram bem: “melhor do que está agora”, disse um cacique. Peemedebistas já argumentam aberta-mente que o atual gover-no do PT “acabou” e que o país precisa encontrar uma saída para a crise de governabilidade.

BLINDAGEM. Com as son-dagens, o PMDB preten-de blindar Michel Temer diante de eventual im-peachment de Dilma ou mesmo se ela renunciar ao cargo.

INAPTIDÃO. O argumen-to é que Dilma pode cair por impeachment ou re-núncia. “É uma absolu-ta inaptidão para gover-nar”, diz um alto cacique do PMDB.

BOLSA BILIONÁRIA. Apesar

da alegada falta de di-nheiro e do ajuste fiscal, o governo Dilma já gas-tou este ano, até maio, R$ 11,6 bilhões com o Bolsa Família. É dinheiro público na veia: R$ 2,33 bilhões ao mês, R$ 74 milhões ao dia.

PÁ DE CAL. O rompimen-to do PMDB com o PT, defendido presiden-te da Câmara, Eduardo Cunha, pode ter efeito de “pá de cal” no gover-no Dilma.

BAIXA. Baixa de Marta Su-plicy na briga pela pre-feitura paulistana: PDT não dá sinais de que lar-gará as boquinhas que ganhou de Fernando Haddad.

LULA SÓ PENSA NAQUILO. Após convidar FHC e Ser-ra, o UniCebub (Brasília) desistiu da palestra de Lula: os outros não co-bram, mas ele exigiu ca-chê de R$ 100 mil.

COM LUIZ RECENA, RODRIGO VILELA E TIAGO VASCONCELOSWWW.DIARIODOPODER.COM.BR

PODER SEM PUDOR

Alkimin, a raposa

A raposa mineira José Ma-ria Alkimin visitava o in-terior quando encontrou um velho correligionário, dono do jornal local:- Como vai “O Combate”?- Não é “O Combate”, de-putado. O nome do jornal é “O Debate”...- Ora, eu sei! Refiro-me ao seu combate no “O Debate”...- Apesar das dificuldades, vai muito bem, deputado.

- Leio seu jornal todos os dias, amigo! – continuou Alkimin, incorrigível.- Mas, senhor, o jornal é semanal...- É claro que é semanal. Eu sei! Todas as sema-nas pergunto para mi-nha secretária: “Cadê O Debate?”. É que ele é tão bom que eu acabo lendo todos os dias. Está sempre na mi-nha cabeceira.

“O SUPREMO, NO MÁXIMO,

ANALISA.”

PRESIDENTE DA CÂMARA, EDUARDO CUNHA, SOBRE O PROJETO QUE REDUZ A MAIORIDADE PENAL

Política

Michel Temer| ANTONIO CRUZ/AGÊNCIA BRASIL

CLÁUDIO [email protected]

O senador Aécio Neves (esq.) conversa com o ex-presidente FHC e o governador Geraldo Alckmin | PEDRO LADEIRA/FOLHAPRESS

Convenção. Encontro de tucanos em Brasília foi marcado por ataques à Dilma e ao PT Em convenção nacional do PSDB ontem, em Brasília, o senador Aécio Neves foi mantido como presiden-te da legenda com 99,34% dos votos. Ele cumprirá no-vo mandato de dois anos. O encontro reuniu lideranças e militantes em um hotel na capital federal.

Os tucanos aproveitaram para alimentar a fogueira da crise e criticar duramen-te o PT. O ex-presidente Fer-nando Henrique Cardoso fez uma das críticas mais ácidas, evitando mencionar, con-tudo, o nome da presidente Dilma Rousseff.

“Nunca antes neste país se roubou tanto”, declarou – alfinetando uma das mar-cas registradas do ex-pre-sidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Tudo o que nós fi-zemos foi às limpas. Atual-mente, temos um Brasil que foi quebrado pelo PT. A cri-se que existe hoje em dia é uma crise deles, não nossa.”

O ex-presidente defen-deu a campanha de Aécio nas eleições de 2014 e ga-rantiu que o partido está pronto para o que vier. “Te-mos a responsabilidade de dizer ao país que rumo de-ve ser tomado”, defendeu .

Crise Aécio Neves citou as inves-tigações da Lava Jato e falou sobre a crise na economia, concentrando os ataques

na figura da presidente Dil-ma. “Devido aos erros cras-sos e frequentes, a presiden-te não governa mais. Ela vê, a cada dia, o seu poder se es-vair. A presidente perdeu o controle da máquina admi-nistrativa e da agenda do Brasil”, disse o senador.

O governador de São Pau-lo, Geraldo Alckmin, tam-bém aproveitou para ele-var a responsabilidade do partido frente à crise atual do governo. “Hoje, infeliz-

mente temos essa situação. Juros nas alturas, progra-mas sociais recuando, pe-daladas fiscais. É o resul-tado do maior estelionato do qual foi vítima o povo brasileiro.”

O senador José Serra de-fendeu a adoção do par-lamentarismo como for-ma de reduzir o trauma de uma substituição no coman-do do governo federal. “É a melhor forma de governo.”

METRO BRASÍLIA

“Raramente vi um momento como o atual: uma acumulação de crises e paralisação do Executivo. (...) Nunca antes neste país se roubou tanto. Atualmente, temos um Brasil que foi quebrado pelo PT.” FERNANDO HENRIQUE CARDOSO, EX-PRESIDENTE

RIO DE JANEIRO, SEGUNDA-FEIRA, 6 DE JULHO DE 2015www.metrojornal.com.br {BRASIL} |05|◊◊

PACTO EM RITMO LENTORelembre as cinco medidas em tramitação no Congresso que foram anunciadas pela presidente Dilma Rousseff em março

como resposta às últimas manifestações

CRIMINALIZAÇÃO DO CAIXA DOIS

Torna mais rígida a pena ao político que arrecadar dinheiro não declarado à Justiça Eleitoral. Passa

de contravenção penal a crime, com pena de 3 a 6 anos de prisão.

O Projeto de Lei 855 está pronto para ser votado no plenário da

Câmara. Se aprovado, segue para o Senado.

PERDA IMEDIATA DE PROPRIEDADE E BENS ORIUNDOS DA CORRUPÇÃO

Autoriza o confisco imediato de bens e propriedade que sejam

fruto ou de proveito de atividade criminosa

Parada. Por se tratar de PEC (Proposta de Emenda à

Constituição) ainda precisará de parecer de uma Comissão Especial.

CONFISCO ANTECIPADO DE BENS APREENDIDOS

Torna mais simples a alienação de bens apreendidos que sejam fruto de corrupção, que passariam a ser

destinados para leilão.

O Projeto de Lei 2.902, apresentado em 2011, está pronto para ser

votado no plenário da Câmara. Se aprovado, segue para o Senado.

FICHA LIMPA PARA SERVIDORES PÚBLICOS

Para ocupar cargos de confiança, sem concurso público, na

administração pública federal, o servidor não poderá ter sido

condenado em decisão colegiada da Justiça.

Parada desde novembro de 2013. Por se tratar de PEC (Proposta de

Emenda à Constituição) ainda precisará de parecer de uma

Comissão Especial.

CRIMINALIZAÇÃO DO ENRIQUECIMENTO ILÍCITO

Pune quem possuir, adquirir ou fazer uso de bens incompatíveis

com renda ou evolução patrimonial. A pena será de 3 a 8 anos de prisão.

O Projeto de Lei 5.586, apresentado em 2005, está pronto

para ser votado no plenário da Câmara. Se aprovado, segue para

o Senado.

O QUE É? SITUAÇÃO

Passados quase quatro meses dos protestos de março, o pa-cote anticorrupção enviado ao Congresso pela presiden-te Dilma Rousseff ainda não deixou de ser um conjunto de boas intenções. Nem mes-mo os projetos mais antigos -- da criminalização do enri-quecimento ilícito e do con-fisco de bens --, que estavam com o carimbo de urgência constitucional e podem ir a plenário, estiveram próxi-mos de ser votados.

As duas propostas de-veriam trancar a pauta do plenário da Câmara até se-rem apreciadas, mas perde-ram a prioridade depois que ameaçaram atrasar a vota-ção do projeto que retirava a desoneração de impostos para 56 setores da econo-mia e fazia parte do ajuste fiscal. A urgência foi retira-da no dia 19 do mês passa-do. Agora os projetos entra-rão novamente na fila e vão depender de boa vontade para sair do esquecimento.

Fora da reforma políticaNa lista de prioridade do go-verno, a criminalização da prática de caixa dois foi ex-cluída da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da reforma política, aprovada pela Câmara, em 1º turno. Impopular no meio político, o tema, sozinho, tem pouca força para chegar à pauta.

O relator da PEC, deputa-

do Rodrigo Maia (DEM-RJ), excluirá o tema inclusive do projeto infraconstitucional da reforma política. O novo texto é uma espécie de com-plemento da reforma com temas que não alteram a Constituição. O 2º turno da reforma política e o projeto devem ser votados em con-junto esta semana.

Nenhum passoTambém no pacote anticor-rupção, a exigência de ficha limpa para todos os servido-res públicos é tema da PEC 284, apresentada em 2013. A CCJ (Comissão e Consti-tuição e Justiça) do Sena-do já considerou a matéria constitucional, mas nem a ação do governo há quatro

meses foi capaz de retirar a proposta da paralisia. A PEC aguarda desde novembro de 2013 a instituição de uma Comissão Especial, estágio inicial para permitir que o texto siga para os plenários da Câmara e do Senado.

Em situação mais críti-ca está a PEC 10 de 2015, que trata da permissão pa-ra o confisco de bens e pro-priedades que foram obti-dos por meio de corrupção. A proposta está em está-gio inicial e nem sequer foi apreciada. Está na fila da CCJ (Comissão de Constitui-ção e Justiça) há exatos 103 dias, desde 25 de março.

MARCELO FREITAS/METRO BRASÍLIA

Onde andam? Anunciadas há quase quatro meses em meio a protestos nas ruas, medidas para criminalizar mau uso do dinheiro público propostas pela presidente Dilma Rousseff estão paradas. Projetos com urgência foram ‘trocados’ por medidas do ajuste fiscal

Pacote anticorrupção fica nas gavetas do Congresso

Protesto de 15 de março levou 2,2 milhões às ruas, segundo estimavas oficiais das polícias militares; em Brasília, manifestação reuniu cerca de 45 mil na Esplanada dos Ministérios | ANDRESSA ANHOLETE/METRO BRASÍLIA

Dilma ao anunciar as medidas do pacote anticorrupção | JOSÉ CRUZ/AGÊNCIA BRASIL

“Neste complexo caminho, foi indispensável a parceria dos três poderes da República. (...) Para os novos passos que vamos dar, a parceira vai continuar sendo fundamental; sem a parceria não teremos o país que desejamos.” DILMA ROUSSEFF, PRESIDENTE DA REPÚBLICA, EM 18 DE MARÇO, AO ANUNCIAR O PACOTE

RIO DE JANEIRO, SEGUNDA-FEIRA, 6 DE JULHO DE 2015www.metrojornal.com.br |06| {VESTIBULAR}

A prova do chamado vestibu-lar de inverno não é mais fá-cil do que o tradicional pro-cesso seletivo que acontece no final do ano. Mas, o que pode fazer uma diferença ra-zoável, é o número menor de candidatos. Isso ocorre, prin-cipalmente, porque nem to-das as universidade abrem novas vagas nesse período. Com isso, não são poucos os que aproveitam as férias pa-ra uma merecida pausa nos estudos. Ou seja, se o plano é

ingressar no ensino superior o quanto antes, e se ainda não comprou sua passagem para algum destino exube-rante, então aproveite por-que a oportunidade de cons-guir isso pode ser agora.

E, se não passar na prova, especialistas garantem que vale, mesmo assim, como um excelente preparo. E fun-ciona melhor do que os simu-lados por ser uma prova real, defende Fábio Vidal, coorde-nador do colégio e curso pré-

-vestibular Pensi, do Rio de Janeiro. “O nível neste vesti-bular não diminui, portanto ajuda a conhecer melhor as dificuldades da avaliação, os alunos podem usá-lo como um importante treino para o processo seletivo de verão.”

Treine bastanteMas para quem já está mer-gulhado nos estudos, e nem pensa em se mandar para alguma praia paradisíaca do nordeste brasileiro, Vi-

dal também tem algumas dicas. Segundo ele, um ca-minho que costuma funcio-nar é treinar bastante o ti-po de exame que irá fazer, realizando a maior quan-tidade possível de provas anteriores.

“Desta forma, o estudan-te terá um mapa da evolu-ção de seus estudos”, diz. E os resultados mostrarão se está estudando corretamen-te ou não, explica Vidal.

A ansiedade também po-

de embolar o meio de cam-po e botar tudo a perder. Não adianta querer apren-der tudo de uma vez em um curto espaço de tempo, por isso não se enrole, nem acu-mule muitas tarefas. “A me-lhor estratégia é a organiza-ção”, diz o professor Paulo Roberto Morais, do Anglo Vestibulares, de São Paulo.

Provas. Para quem pretende ingressar no ensino superior, processo seletivo de inverno pode servir também como treino

Se não vai viajar, encare o vestibular

CARLOSMINUANOMETRO SÃO PAULO

ESPECIAL

Qual é o método?

Importante é não

desistirEspecialistas costumam afirmar que a estratégia

de estudo deve ser uma escolha pessoal.

“É subjetiva”, diz Fábio Vidigal, do cursinho

carioca Pensi. “Pode ser por videoaula, internet, ou livros, mas seja qual for a sua opção na hora

de estudar, tenha em mente sempre que o importante é não

desistir”.

Faça as questões mais fáceis primeiro, depois vá para as mais difíceis. Acredite, isso fará você

ganhar um tempo importante

OTIMIZE O TEMPO

Tranquilize-se, pois a prova é importante, e você deve centrar-se para

obter o seu melhor desempenho

MUITA CALMA NESSA HORA

LEIA COM ATENÇÃO TODOS OS ENUNCIADOS

Concentração é a palavra de ordem. Não deixe que fatores externos tirem a

sua atenção

RESPEITE SEUS LIMITES

Se estiver cansado demais, coma algo leve, beba uma água. Forçar a barra pode somente piorar

as coisas

RELAXESe ficar muito

ansioso, pare, respire, e

continue. Se for permitido,

saia para arejar a mente e

reposicionar as ideias

O ideal é chegar entre 45 minutos e uma hora de antecedência do

fechamento dos portões

CHEGUE COM ANTECEDÊNCIA

SEIS DICAS PARA REALIZAR UMA

BOA PROVA 1

Vestibular de inverno tem número reduzido de candidatos | ANDRÉ PORTO/METRO

RIO DE JANEIRO, SEGUNDA-FEIRA, 6 DE JULHO DE 2015www.metrojornal.com.br |08| {MUNDO}

ECONOMIA

Os preços dos imóveis se-guem subindo abaixo da in-flação. Segundo levantamen-to do portal VivaReal, apenas seis de 30 cidades pesquisadas tiveram aumento real de pre-ços no segundo trimestre do ano, em comparação com os três primeiros meses do ano.

Em oito locais, já é obser-vada queda nominal nos pre-ços dos imóveis. O Rio de Janeiro registrou a maior re-tração, de 3,64%, seguido por Brasília (-1,5%), no segundo trimestre do ano.

O comportamento dos pre-ços reflete a desaceleração do

mercado imobiliário. Além do aumento dos juros pelos ban-cos, no fim de abril a Caixa Econômica Federal reduziu a cota de financiamento de imóveis usados.

Com a queda nas vendas, cidades como São Paulo re-gistraram maior nível de esto-

ques no ano passado, levando construtoras e incorporado-ras a frear lançamentos e ofe-recer descontos.

“Para quem busca um imóvel para morar, pode ser um bom momento para com-prar, por ser um ano atípico. No ano passado, muitos espe-

raram passar a Copa do Mun-do com a expectativa de forte queda de preços dos imóveis, o que não ocorreu”, diz o vice--presidente-executivo do por-tal, Lucas Vargas.

Na sua avaliação, não há perspectiva para queda mais forte nos preços. “Pode cair,

mas não será significativo pa-ra quem queira se mudar”, diz o executivo.

Assim como nas vendas, a locação teve queda, com des-taque para João Pessoa (-6,1%), Londrina (-3,9%), Rio (-3,63%) e Vila Velha (-2,84%), segundo o levantamento. METRO

2o trimestre. De 30 cidades, apenas 6 apresentaram alta acima da inflação, diz levantamento da VivaReal. Rio de Janeiro registrou o maior recuo

Preço de imóvel tem queda real

QUANTO CUSTA Valorização de imóveis, em %

FONTE: VIVAREAL

Natal

Fortaleza

Goiânia

Curitiba

Vitória

Porto Alegre

Belo Horizonte

São Paulo

Campinas

Santo André

Salvador

São Bernardo do Campo

São Caetano do Sul

João Pessoa

Recife

Florianópolis

Brasília

Rio de Janeiro

3.9024.1353.8394.470

5.3044.6054.400

6.8854.5314.6604.7894.481

5.4844.197

6.0294.714

8.2747.125

VARIAÇÃO 1ºTRI X 2º TRIPREÇO DO M2, EM R$

-0,18-0,74

-1,50-3,64

IPCA:

2,01%

FAIXA DE PREÇOS

OFERTA DEMANDA

Até R$ 170 mil

De R$ 171 mil a R$ 350 mil

4% 22%

26% 41%

20% 16%

30% 15%

20% 6%

De R$ 351 mil a R$ 500 mil

De R$ 501 mil a R$ 1 milhão

Acima de R$ 1 milhão

4,593,24

2,121,98

1,541,30

0,980,900,880,760,700,580,540,35

Os gregos votaram em mas-sa pela rejeição às políticas de austeridade da UE (União Eu-ropeia) e do FMI (Fundo Mo-netário Internacional), em uma demonstração de resis-tência que pode fragmentar a Europa. No referendo reali-zado ontem, 61,3% da popu-lação disse ser contra às exi-gências dos credores, que incluem aumento de impos-tos e cortes nas aposentado-rias, para liberar um novo pa-cote de resgate ao país.

A vitória do “não” foi uma mensagem dos gregos aos cre-dores de que a Grécia não po-de mais aceitar repetidas ro-dadas de austeridade que, em cinco anos, deixaram um em cada quatro pessoas sem em-prego no país. Mas também deixa o país à deriva em águas desconhecidas: arriscando a ruína financeira, o isolamen-to político dentro da zona do euro e o colapso bancário se os credores negarem ajuda

daqui em diante.Em pronunciamento, o

primeiro-ministro Alexis Tsi-pras, do partido de esquerda Syriza, afirmou que o referen-do marcou uma página vira-da na história da Grécia e que a democracia “não pode ser chantageada”. Ele disse que seu governo está pronto para voltar imediatamente com as negociações com os credores.

Tsipras disse que o referen-

do deu mandato para que o governo alcance uma solução para a situação do país e que não há saídas simples, mas sim que há saídas justas desde que ambos os lados queiram isso. Parceiros de Atenas ha-viam avisado ao longo da úl-tima semana que a vitória do “não” significaria o corte dos laços entre Grécia e Europa e levaria a situação financeira grega à falência total.

Os bancos gregos, que fo-ram fechados durante a últi-ma semana, devem ficar sem dinheiro nos próximos dias com a reabertura das agên-cias a partir amanhã, a não ser que Banco Central Euro-peu (BCE) providencie uma ajuda emergencial. No entan-to, o BCE, que realiza uma reunião hoje, pode estar re-lutante em aumentar os em-préstimos depois que a po-pulação do país rejeitou os cortes orçamentários e refor-mas que os credores conside-ram essenciais para recuperar as finanças do país.

O resultado do referendo também representa um du-ro golpe ao projeto da União Europeia de moeda única. Pensada para ser permanen-te e inquebrável quando foi concebida há 15 anos, a zo-na do euro pode estar pres-tes a perder seu primei-ro membro com o risco do colapso. METRO

O papa Francisco iniciou on-tem em Quito uma viagem de nove dias a três países da América Latina – o Equador, a Bolívia e o Paraguai. Até o próximo dia 13, o pontífice cumpre a viagem mais lon-ga desde que foi eleito, em março de 2013. Ele fará, no período, 22 discursos e subi-rá sete vezes a bordo de um avião para percorrer 24 mil quilômetros.

Ontem, em Quito, o pa-pa se encontrou o presiden-te equatoriano, Rafael Cor-rea. Guayaquil, também no Equador, La Paz e San-ta Cruz, na Bolívia, Assun-ção e Caacupé, no Paraguai, são outras cidades a serem visitadas.

Estão previstas cinco missas ao ar livre, esperan-do-se em cada uma entre 1 e 2 milhões de pessoas. Ora-ções e cânticos serão entoa-dos em línguas indígenas como guarani, quechua e amaira. Na missa final, em Nu Guazu, em Assunção, as autoridades esperam a pre-sença de 1 milhão de fiéis da Argentina, do Uruguai e do Brasil.

A visita vai ser também um ato de reconciliação com

a história colonial espanhola na região, em que o papa vai abordar a influência jesuíta e a criação, entre os séculos 16 e 18, de missões católicas, onde eram agrupadas popu-lações indígenas.

Quando estiver em La Paz, a 3.700 metros de altitude, o papa, que aos 20 anos foi sub-metido a uma cirurgia para retirar parte de um pulmão, vai mastigar folhas de coca para contrariar o “mal das montanhas”. METRO

Presidente do Equador recebeu ontem o papa | JOSE MIGUEL GOMEZ/REUTERS

Igreja Católica. Papa começa visita à América Latina

Referendo. Condições de novo pacote de resgate foram rejeitadas por 61% da população. País voltará a negociar ajuda financeira, mas permanência na zona do euro ainda é incerta

Gregos comemoram vitória do ‘não’ no referendo | REUTERS/DIMITRIS MICHALAKIS

Grécia diz ‘não’ a acordo com credores

RIO DE JANEIRO, SEGUNDA-FEIRA, 6 DE JULHO DE 2015www.metrojornal.com.br {CULTURA} |09|◊◊

2CULTURA

Os presídios femininos bra-sileiros estão muito longe do que é retratado no popu-lar seriado da Netflix ‘Orange is the new black’, sobre uma cadeia nos EUA, e mesmo do que é mostrado nas novelas e programas de TV por aqui. Nas realidade das prisões, grávidas são torturadas, mu-lheres “bonitas demais” são atacadas e suicídios são par-te da rotina.

Esses problemas vêm à to-na no livro ‘Presos que mens-truam’ (Ed. Record, 294 pági-nas, R$ 40), da jornalista Nana Queiroz, que será lançado em Brasília nesta quinta. A repór-ter passou os últimos cinco anos visitando cadeias públi-cas de todo o país e ouvin-do os relatos de prisioneiras, desde celebridades, como Su-zane von Richthofen, a mu-lheres comuns, como as per-sonagens Vera, Júlia e Safira.

“Eu vi muitas coisas que me amoleceram e me endure-ceram ao mesmo tempo. Tive que endurecer meu coração para suportar ficar sob o calor e o fedor que fazia em uma cela superlotada do Centro de Reeducação Feminino de Ananindeua [no Pará], onde o encanamento havia estou-rado e os excrementos jorra-vam para fora da privada. Ao mesmo tempo, amoleci meu coração ao passar a entender melhor a vaidade de mulhe-

res que, após 10 anos longe de um espelho, não conseguiam mais lembrar de como eram seus rostos”, afirma Nana.

Ao longo do livro são nar-radas histórias de diversas personagens, com destaque para sete mulheres. “Uma de-las, Safira, tinha uma perso-nalidade parecida com a mi-nha. Tenho a impressão de que se tivéssemos nascido com condições de vida troca-das, poderia ser ela me entre-vistando”, diz Nana.

Igualdade desigualO livro não se dedica, po-rém, a analisar como aque-las mulheres foram parar no cárcere, mas como são trata-das lá dentro: impedidas de trabalhar, de receber visitas e sendo obrigadas a comer comida azeda por serem proibidas de cozinhar. “As mulheres são tratadas como homens. Recebem dois rolos de papel higiênico por mês, mas toda mulher usa mais do que isso. Elas são obriga-das a se limpar com folha de jornal e a usar miolo de pão como absorvente”, relata a autora. Um filme inspirado em ‘Presos que menstruam’ deve começar a ser rodado no DF ano que vem.

BRUNOBUCIS METRO BRASÍLIA

Literatura. Realidade degradante das prisões femininas no Brasil é exposta em livro-reportagem que será lançado quinta

Carandiru das mulheres

Jornalista visitou presídios ao longo de cinco anos | ANDRESSA ANHOLETE/METRO BRASÍLIA

“A igualdade é desigual quando se esquecem as diferenças. É pelas gestantes, os bebês nascidos no chão das cadeias e as lésbicas que não podem receber visitas de suas esposas e filhos que temos que lembrar que alguns desses presos, sim, menstruam.”

“Ao processo, foram anexadas fotos das lesões, às quais não recebi e tampouco fui atrás para ver mais tarde – certas cenas sequestram pedaços da nossa humanidade para sempre e são melhores nunca vistas.”

Trechos do livro

‘PRESOS QUE MENSTRUAM’

NANA QUEIROZEDITORA RECORD

R$ 40

Once Upon a Time

Cisne NegroA quinta temporada

de ‘Once Upon a Time’ só será lançada em

setembro, mas já circulam na rede fotos de Emma

Swan (Jennifer Morrison) como ‘Cisne Negro’. A

série é exibida no Brasil pelo canal Sony.

Cavaleiro Arkham se une a Espantalho para destruir Gotham | DIVULGAÇÃO

“BATMAN: ARKHAM KNIGHT”WARNER GAMES

ROCKSTEADYR$ 250 (PS4 E XONE)

R$ 120 (PC)

A rica fauna de personagens pitorescos de Gotham City está de volta no game “Bat-man: Arkham Knight”, que acaba de ser lançado no país.

Após derrotar o Coringa no título anterior, o homem--morcego deve agora impe-dir um plano do Espantalho de soltar um gás venenoso na cidade. O vilão não está sozinho: ele é apoiado pelo Cavaleiro Arkham, um mal-vado até então inédito na sé-rie que tem uniforme pare-cido com o de Batman, mas tem por objetivo destruir seu arqui-inimigo.

Apesar de esses serem os protagonistas da vez, ou-tros personagens caros ao universo da HQ da DC Co-mics marcam presença, co-mo Harley Quinn, Pinguim, Duas Caras, Firefly e Chara-da, além dos bonzinhos Co-missário Gordon, Alfred, Lucius Fox, Mulher Gato, Ro-

bin e Asa Noturna. Os últi-mos três, aliás, fazem parte do time de personagens jo-gáveis em determinadas par-tes do novo título.

“Arkham Knight” seduz o jogador não apenas pelo ní-vel de detalhismo do mundo aberto com o qual Gotham se apresenta, capaz de fazê--lo se sentir nas páginas da HQ que deu origem ao ga-me, mas também pela alta voltagem de jogabilidade, que permite o uso do Bat-móvel em toda a sua poten-cialidade. Com isso, o jogo ganha ares de “GTA”, com o veículo fazendo as vezes de arma do herói – um desejo antigo dos fãs. METRO

‘Batman: Arkham Knight’ é imersão no homem-morcego

RIO DE JANEIRO, SEGUNDA-FEIRA, 6 DE JULHO DE 2015www.metrojornal.com.br |10| PUBLIMETRO

Leitor fala

Poste em risco de quedaHá um poste em risco de queda, na rua Manuel de Macedo, número 98, na Ilha de Paquetá. Já reclamei com a Light e recebi o protocolo número 0135669578, de 13/03/2015. E até ago-ra, nada!AFONSO OTONI - RIO DE JANEIRO, RJ

Manobras na CâmaraIndependentemente de ser a favor ou contra a maioridade penal, as ma-nobras que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, fez para trazer de vol-ta o assunto à votação são imcompatí-veis com um sistema democrático. Se o assunto já havia sido votado e rejei-tado, como volta? RAMIRO SANTA CRUZ - RIO DE JANEIRO, RJ

Metro Pergunta

Defasagem escolar é grande no Brasil. O sistema educacional precisa mudar?

@vieira_otavioVSim, porque é um modelo de educação antigo, autoritário e pouco estimulante.

@rebeccalimasiqNão. O problema está nas famílias que não estimulam a educação dos filhos.

@marininharreisSim. Os professores devem ser bem re-munerados e estimular o diálogo na aula.

Metro web

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@MetroJornal_RJ

Será importante exercitar mais a sua solidariedade, seja no empenho a causas voluntárias

ou mesmo dedicando-se a quem gosta.

Aproveite o dia para retomar contato com pessoas especiais, sejam parentes ou amigos que

há tempos não mantém vínculo.

Este é um momento propício para repensar projetos a longo prazo que envolvam familiares e finanças.

Dê mais tempo ao lazer.

Tendências para lidar com situações sociais diferentes e até que proporcionem diversões. Algo essencial

para amenizar desgastes do dia.

O momento é de atenção com riscos desnecessários em assuntos financeiros e mesmo com o consumismo.

Momento para moderações.

A comunicação será trunfo para resolver problemas e esclarecer mal-entendidos. Tudo é questão

de jeito sem perder a cordialidade.

Apague lembranças que façam perder tempo e impeçam de aproveitar momentos especiais com familiares,

amigos e na vida afetiva.

Cuide para não exagerar nas finanças em função de diversões ou interesses supérfluos.

Dedique mais valor as coisas que possui.

Dia especial para apreciar mais as artes ou exercitar habilidades artísticas. Estará mais envolvido

com assuntos coletivos.

Dia para exercitar um pouco mais a compreensão diante de pontos de vista diferentes.

Dia para decisões especiais na vida afetiva.

Muitas vezes gestos simples ou um pequeno detalhe facilita a maneira de tratar assuntos no trabalho, no meio

doméstico e nas relações.

Período positivo para quem trabalha com eventos e para divulgar projetos autônomos. Propensões a momento

sociais intensos.

Horóscopo Está escrito nas estrelas www.estrelaguia.com.br

Os invasores

Cruzadas

Sudoku

Soluções

VOU COMER UM PLATÃODE ARROZ À GREGA!Bom dia, caros e inflacionados leitores! Colunáticos no ar! PENSAMENTO DO DIA! Brasileiro é como linguiça de churrasco: quando se livra do espeto, cai na brasa!

Por falar nisso, o brasileiro está evoluindo. A Dilma é a Mulher Sapiens e o Lula é o Homem Que Não Sapiens de Nada.

E ATENÇÃO! NA SEMANA PASSADA A DILMA FOI PROS STATES! Foi jantar com o Obama, o Mickey e o Pateta! E aí a Dilma perguntou pro Obama: “Obama, o que teremos para o jantar?” “Escondidinho de lula com purê de mandioca.”

E olha essa manchete: “Petrobras admite alta da gasolina em 2015.” Já tá caro e ainda vão aumentar? A gasolina está tão cara, que daqui a pouco vai ter gente tirando foto com a bomba do posto, pra colocar no Instagram.

Desse jeito vamos ficar mais pobres que os gregos! E por que será que a Grécia tá falida? Como disse o Simão: “A Grécia quebrou de tanto quebrar prato!”

ANTES DA CRISE: “Vou comer um Platão de arroz à grega.”

DEPOIS DA CRISE: “Não tenho como pagar. Entendeu ou eu tô falando grego?”

E a situação está tão grega que Aquiles vai tratar o calcanhar no SUS. E sabe o que o primeiro-ministro falou pros credores? ZEUS LHE PAGUE! O jeito é pedir ajuda pro Olimpo, o deus da Limpeza!

Por falar nisso, olha a conversa de duas garotas: “Saí com um cara ontem, parecia um deus grego.” “Lindo?” “Não, ele não tinha grana pra pagar a conta.”

DA GRÉCIA FALIDA PARA A ARRENTINA!!! A Argentina perdeu pro Chile na Copa América! O Messi foi vice de novo!?

O Messi não é argentino, é vascaíno! E olha o comentário do meu cunhado: “Esse Messi é um azarado!” AZARADO? O cara ganha milhões de euros, joga no Barça e só trabalha 2 vezes por semana. Eu queria ser azarado assim!

E PRA TERMINAR. O menino de cinco anos falou: “Mamãe, quero fazer pipi.” E a mãe: “Mamãe vai te levar.” “Não, eu quero a vovó.” “Por que?” “Porque a mão dela treme.” Hahahaha!Por hoje é só! Ciro Botelho e Bernard Penteado! Os Colunáticos!

Twitter: @ciraobotelho/@bernardpenteado

CIRO & BERNARDO

Ciro Botelho e Bernardo Penteado são redatores de humor no programa ‘Pânico na Band’, autores de sátiras como ‘Video Soul’, ‘Jornal dos Dois Echás’, ‘Jô Suado’, entre outros. Juntos há dez anos na TV, lançaram os livros ‘Piadas Fantárdigas de Tiririca’ e As Melhores Piadas de Bêbado’ (ed. Matrix). Também escrevem o blog ‘Colunáticos’ no site do ‘Pânico na Band’ (paniconaband.band.uol.com.br)

RIO DE JANEIRO, SEGUNDA-FEIRA, 6 DE JULHO DE 2015www.metrojornal.com.br {ESPORTE} |11|◊◊

3ESPORTE

Revezamento. Após passar por todos os Estados, destino final é o Maracanã no dia da abertura

Tocha olímpica vai rodar o Brasil

Os brasileiros Alison e Bruno Schmidt conquistaram on-tem o Campeonato Mundial de vôlei de praia, disputado na Holanda. Eles venceram os donos da casa Christiaan Va-renhorst e Reinder Nummer-dor de virada, por 2 sets a 1.

Com o título, a dupla ga-rantiu a segunda vaga do país na Olimpíada do Rio. Além do ouro, o Brasil levou também o bronze, após a vitória de Evandro e Pedro Solberg so-bre os americanos Theodore Brunner e Nick Lucena, por 2 sets a 0. No feminino, só deu Brasil no pódio. Ágatha e Bár-bara Seixas ficaram com o ou-ro ao vencerem Fernanda Ber-ti e Taiana, por 2 sets a 0, no sábado. Juliana e Maria Elisa ficaram com o bronze.

Brasil 100% na quadraA seleção feminina fechou a semana inicial do Grand Prix com 100% de aproveitamen-to. A equipe venceu a Tailân-dia por 3 sets a 0. METRO RIO

Vôlei de praia. Só deu Brasil no Mundial da Holanda

Só dá ele!

HamiltonA Mercedes voltou a fazer

uma dobradinha. Lewis Hamilton venceu o Grande Prêmio da Inglaterra e Nico Rosberg ficou em segundo. Sebastian Vettel, da Ferrari, completou o pódio. Felipe Massa, da Williams, ficou em quarto, e Felipe Nasr,

da Sauber, teve problemas no câmbio e não largou.

Um dos momentos mais aguardados do movimen-to olímpico, o revezamen-to da tocha irá mobilizar 12 mil condutores entre 90 e 100 dias que antecedem os Jogos do Rio de Janeiro, que começam no dia 5 de agosto do ano que vem.

O desenho e o per-curso foram apre-sentados na-sexta - fe ira ,

em Brasília, com a presença da presidente Dilma Rous-seff. Feita de alumínio re-ciclado, a tocha segue o desenho do calçadão de Co-pacabana, do mar, das mon-tanhas e do céu. O objeto tem como inovação o mo-vimento automático rea-lizado por suas linhas no momento de passagem da chama olímpica

Ainda não se sabe quando a tocha irá desembarcar em Brasília para iniciar o tour. A previsão é de que a tocha seja acesa entre os meses de abril e maio, na tradicio-nal cerimônia realizada em Olímpia, na Grécia.

Em todas as capitaisO percurso completo, com todas as cidades, está no si-te www.rio2016.com/tochao-limpica. Ao todo, 83 cida-des serão usadas como base durante o percurso, incluin-do todas as capitais. Porém, outros 200 municípios esta-rão no trajeto de 20 mil km e mais 10 mil milhas aéreas.

Em breve, o comitê Rio 2016 vai divulgar o progra-

ma de condutores da tocha olímpica.

METRO RIO

Tocha é feita de alumínio reciclável

PEDRO LADEIRA/FOLHAPRESS

RIO DE JANEIRO, SEGUNDA-FEIRA, 6 DE JULHO DE 2015www.metrojornal.com.br |12| {ESPORTE}

Fluminense segura o São Paulo

Gerson fez um bom primeiro tempo, mas foi substituído | BRUNO HADDAD/FLUMINENSE F.C.

Empatar fora de casa com o São Paulo não pode ser consi-derado um resultado ruim. O placar de 0 a 0 de ontem à tar-de, no Morumbi, ainda garan-tiu ao Flu a presença no G-4 do Campeonato Brasileiro.

Com o empate do Sport pela manhã, o Fluminense sa-bia que uma vitória o deixaria dividindo a liderança da tabe-la. Mas a equipe pouco criou nos primeiros 45 minutos de jogo. No principal ataque do time das Laranjeiras, sobrou muita reclamação sobre um empurrão de Reinaldo em Gerson dentro da área.

“Eu ia fazer o gol. Dominei a bola, ia bater de direita, só que a grama está um pouco li-

sa. Ele me deu um toque e eu perdi o equilíbrio, justamente porque a grama está seca”, re-clamou Gérson.

O Flu também não conse-guiu ser perigoso no segundo tempo. A pressão foi toda da equipe da casa, que chegou perto de marcar. Cavalieri e a trave salvaram o Fluminense. “Somar ponto fora é impor-tante para se manter na briga lá em cima”, falou Fred.

METRO RIO

A rodada parecia perfeita pa-ra o Flamengo. Como os ti-mes que estavam na mesma faixa da tabela perderam, os rubro-negros tinham a possi-bilidade de ganhar algumas posições e abrir distância da zona do rebaixamento. Mas a derrota por 2 a 1, de virada, ontem à tarde, no Maracanã, para o Figueirense não estava nos planos.

Os rubro-negros até come-çaram o jogo bem, pressio-

nando a marcação adversária e saindo com velocidade ao ataque. Em menos de cinco minutos, o Flamengo já tinha chegado com perigo por duas vezes. Em uma delas, Marce-lo Cirino carimbou o poste es-querdo do Figueirense.

O domínio rubro-negro era tanto que só aos 28 mi-nutos que o goleiro César teve que fazer uma defesa difícil.

No segundo tempo, o Fla-mengo voltou com a mesma estratégia. E blitz rubro-negra deu certo desta vez. Aos dois minutos, Canteros lançou Éverton, que foi interceptado por Alex Muralha. Na sobra, Alan Patrick driblou Marqui-

nhos e chutou com categoria para marcar.

O Figueirense chegou ao empate aos 16. Ricardinho co-brou falta e César não alcan-çou a bola. O gol desarrumou o Flamengo. Os jogadores ru-bro-negros passaram a recla-mar muito e a errar passes.

Atrás, César ainda salvou uma cabeçada de Fabinho que ia para o gol. Mas não conseguiu defender um chu-te do volante, no último mi-nuto de jogo, selando a der-rota do Flamengo. “A equipe deu uma desorganizada e saiu no desespero. Não podemos dar esses vacilos em casa”, dis-se o lateral Ayrton na saída do campo. METRO RIO

Impotente. Fla sai na frente, mas permite a virada do Figueirense com gol no último minuto. Time não consegue se afastar do Z-4

Jorge assiste à comemoração dos catarinenses | DHAVID NORMANDO/FUTURA PRESS

Decepção rubro-negra

FLAMENGO FIGUEIRENSE

1 2

SÃO PAULO FLUMINENSE

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A noite foi longa no ChileA primeira conquista da Copa América, em casa, tirou a seleção da fila. E a festa foi longa na Plaza Italia, em Santiago. Milhares de torcedores passaram a noite comemorando a vitória inédita. | ANDRES STAPFF/REUTERS

Eliminado nas quartas de fi-nal para o Paraguai, o Bra-sil não teve nenhum joga-dor eleito para a seleção da Copa América – o mesmo aconteceu na última edição, em 2011. Divulgado pela or-ganização do torneio, o ti-me ideal tem domínio chile-no, com cinco atletas, além do técnico Sampaoli. Com-pletam a equipe três argen-tinos, dois peruanos e um colombiano.

O gol é defendido pe-lo chileno Claudio Bravo, protegido pelos zagueiros Jaison Murillo (COL), Gary Medel (CHI) e Nicolás Ota-mendi (ARG). No meio--campo, Vidal conseguiu uma vaga apesar da polê-mica envolvendo a batida de sua Ferrari, ao lado do conterrâneo Díaz, do pe-

ruano Carlos Cueva e do ar-gentino Javier Mascherano. No ataque, Paolo Guerrero e Eduardo Vargas, velhos conhecidos dos brasileiros, formam o trio ofensivo ao lado de Lionel Messi.

O zagueiro colombia-no Jaison Murillo, algoz do Brasil e que se envolveu na confusão que tirou Neymar da Copa América, foi elei-to a revelação do torneio.

METRO

Brasil fica sem representantes na seleção da Copa América

Chilenos dominam relação | DIVULGAÇÃO/CONMEBOL

ONTEM

2 X 2AVAÍ SPORT

0 X 0SÃO PAULO FLUMINENSE

1 X 3SANTOS GRÊMIO

0 X 0GOIÁS CORINTHIANS

0 X 2PONTE PRETA PALMEIRAS

1 X 2FLAMENGO FIGUEIRENSE

1 X 3INTER ATLÉTICO-MG

SÁBADO