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A Segurança na Soldagem
Trabalhos de corte e soldas são realizados com muita freqüência na
indústria numa forma geral. Estas operações, segundo a CBPM/SP,
representam 7% das ocorrências de incêndios em ambientes
industriais, além de um elevado número em outros locais informais.
Para realizar estes trabalhos com um nível de segurança aceitável é
necessário conhecer os perigos existentes, bem como as precauções
que devem ser tomadas para evitar acidentes.
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Riscos nas Operações de Soldagem e Corte
Os riscos que apresentam os trabalhos de solda e corte variam de acordo com
os locais onde estão sendo executados, ou seja: se o local for destinado para
este fim (processos de produção ou áreas isoladas em oficinas de
manutenção) os riscos serão menores e será bem mais fácil tomar as medidas
preventivas necessárias.
Entretanto quando o trabalho é decorrente da montagem de uma obra ou para
execução de reparos, esta tarefa será difícil, pois muitas vezes não é possível
afastar os materiais combustíveis e os líquidos inflamáveis da zona perigosa.
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Ocorrência de Incêndios ou Explosões
Incêndios ou explosões podem ser provocados por:
Efeito direto das chamas ou dos arcos elétricos. Tanto a chama do
maçarico, como o arco elétrico desprende continuamente energia, tem
temperatura muito elevada e grande quantidade de calor, capazes de
incendiar imediatamente materiais de fácil combustão e em tempo
relativamente curto os materiais dificilmente combustíveis.
Por condução térmica. A chama do maçarico ou o arco aquece
localmente a peça até sua temperatura de fusão. O calor absorvido no
ponto de solda pode por condução provocar a inflamação de materiais
combustíveis que estiverem em um ponto afastado, fora do raio de
visibilidade do soldador. Se a peça for má condutora, haverá acúmulo de
calor que pode produzir processos de combustão inesperados.
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Ocorrência de Incêndios ou Explosões
Fagulhas. Projeções de metal incandescente lançados em torno do ponto
de trabalho que podem penetrar através de frestas, aberturas, buracos e
similares e atingir materiais combustíveis ou líquidos inflamáveis. No caso
de solda a arco elétrico as pontas dos eletrodos ainda quentes, são mais
perigosas que as fagulhas, pois têm maior quantidade de calor.
Falha Elétrica. A sobrecarga nos condutores neutros, curtos-circuitos,
assim como o mau contato, os defeitos no isolamento dos cabos de solda e
do porta eletrodos, mau contato em tomadas e emenda de cabos, etc.,
podem produzir faíscas e aquecimentos capazes de inflamar os materiais
estiverem em suas proximidades.
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Produto de uma reação química denominada combustão, que produz
luz e calor ou só calor e necessita de quatro elementos básicos.
Imagine o fogo como sendo um tetraedro em que, cada lado,
representa um elemento formador do conjunto.
Ele, evidentemente, não existirá se apenas um dos lados deixar de
existir. Eis os elementos do fogo:
O que é o Fogo?
Noções de Combate a Principio de Incêndios
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Elementos que compõem o fogo:
Para que haja fogo, necessitamos reunir 4 (quatro) elementos
essenciais:
O Combustível, que em contato com uma fonte de Calor e em
presença do Oxigênio começará a inflamar gerando a Reação em
Cadeia.
Noções de Combate a Principio de Incêndios
25/11/2012 12
Combustível: Material ou substância que possui a propriedade de
queimar-se, onde apresentam-se em três estados: São sólidos,
líquidos e gasosos: sendo que os sólidos e os líquidos se
transformam primeiramente em gás, pela ação da temperatura e
depois se inflamam;
Calor: É o que dá início ao fogo, faz o fogo propagar-se através do
combustível. Pode ser uma faísca, uma chama ou até um super
aquecimento em máquinas e aparelhos energizados;
Oxigênio: É o elemento ativador do fogo; é quem dá vida às
chamas. No entanto, para o fogo ter início, e continuar se mantendo,
mesmo deficiente para nós, basta apenas 16%.
Noções de Combate a Principio de Incêndios
25/11/2012 13
Reação em cadeia
O combustível, após iniciar a combustão, gera mais calor, este por sua
vez provocará o desprendimento de mais gases ou vapores
aquecidos, desenvolvendo uma transformação em cadeia. É o
produto de uma transformação, gerando outra transformação:
Calor;
Fumaça;
Chama;
Gases.
Noções de Combate a Princípio de Incêndios
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Temperatura dos Combustíveis
Para ocorrer a combustão é necessário o aquecimento dos combustíveis para a
liberação do vapor, assim ocorrerá o fogo.
Ponto de Fulgor é aquele em que o material começa a liberar vapores que
se inflamam se houver uma fonte externa de calor, mas as chamas não se
mantêm, por falta de temperatura suficiente;
Ponto de Combustão é aquele em que os gases desprendidos do material,
ao entrarem em contato com uma fonte externa de calor, iniciam a combustão e
continuam a queimar sem o auxílio daquela fonte;
Ponto de Ignição é aquele no qual o combustível, exposto ao ar, entra em
combustão sem que haja fonte externa de calor.
Noções de Combate a Princípio de Incêndios
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IRRADIAÇÃO
É a transferência de calor, através do espaço
atmosférico, mediante os raios térmicos.
Exemplo: a luz irradiada pelo sol.
CONDUÇÃO
É a transferência de calor de uma molécula
para outra molécula, pelo contato direto ou
mediante um meio intermediário sólido.
Exemplo: Uma régua metálica no fogo.
CONVECÇÃO
É a transferência de calor de um corpo para
outro, pelo movimento ascendente através
de massa de ar aquecida.
Exemplo: O ar mais quente sobe.
Noções de Combate a Princípio de Incêndios
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São materiais que queimam apenas em sua superfí-
cie e que não deixam resíduos, tais como gasolina,
verniz, óleo, os inflamáveis;
É o fogo que ocorre em equipamentos elétricos
quando energizados, como motores, estabilizado-
res, transformadores, etc.;
É aquele que surge de elementos pirofóricos, tais
como titânio, magnésio, zircônio, potássio, sódio,
etc.
D
Enquadram-se os materiais de combustão fácil e
queimam tanto em sua superfície quanto em sua
profundidade e obrigatoriamente deixam resíduos, tais
como papel, madeira, tecidos, etc.;
Noções de Combate a Princípio de Incêndios
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São certas substâncias sólidas, líquidas ou gasosas que são utilizadas
na extinção de um incêndio, que agem de acordo com as classes de
incêndio. Basicamente existem 3 (três) grupos de agentes extintores: os
que abafam, os que resfriam e os que interrompem a reação em cadeia.
Os principais e mais conhecidos são:
1.Água – (nas formas de jato compacto, chuveiro, neblina ou vapor): age
por resfriamento e/ou abafamento, dependendo da forma do jato.
2.Espuma mecânica: age por abafamento e resfriamento igualmente.
3.Pó Químico: age por quebra da reação em cadeia e por abafamento.
4.Gás Carbônico: CO2: age por abafamento.
Noções de Combate a Princípio de Incêndios
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Ocorrem em materiais sólidos como
papel, madeira, tecidos e borrachas.
Ocorrem em líquidos inflamáveis como
gasolina, óleo, álcool e querosene.
Inicia-se em equipamentos elétricos
energizados como baterias e parte
elétrica do carro.
Noções de Combate a Princípio de Incêndios
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Choques Elétricos
Choques elétricos podem ser fatais. Instalações elétricas inadequadas, aterramento
incorreto, assim como operação incorreta do equipamento são as fontes mais comuns de
acidentes.
Nunca entre em contato com partes energizadas do equipamento de solda caso não
esteja devidamente aterrado, como a rede de alimentação elétrica, o cabo de entrada,
os cabos de soldagem, porta eletrodo, pistola ou tocha de soldar, terminais de saída
da máquina e a peça a ser soldada.
Ao soldar ou cortar (por plasma) é recomendado não utilizar acessórios ou objetos
metálicos, como anéis, relógios, colares e outros itens metálicos, pois estes em
contato com partes energizadas podem provocar acidentes.
Não manusear o equipamento de solda se suas luvas, sapatos ou piso molhado.
Pessoas portadoras de marca-passo devem consultar um médico antes de
permanecerem próximas a áreas de soldagem, pois os campos eletromagnéticos ou
as radiações podem interferir no funcionamento do aparelho.
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Choques Elétricos
1 mA – sensação de choque – não envolve qualquer perigo iminente ou risco de
lesão;
5 mA – músculos violentamente estimulados – sensação de dor, dormência e/ou leve
torpor;
10 mA – músculos estimulados ao máximo – dor insuportável;
20 mA – contração violenta dos músculos – dor insuportável, perda momentânea da
consciência “apago”, risco de morte caso a pessoa seja cardíaca ;
60 mA – respiração difícil – perda parcial da consciência e perda parcial dos sinais
vitais, risco de morte caso a pessoa seja cardíaca ou asmática;
80 mA – parada respiratória – sinais vitais nulos, pulsação e ritmos cardíacos
descompassados (disritmia), risco de morte caso o atendimento não seja imediato ;
100 mA - queimaduras severas e parada cardíaca – morte.
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Fumos Metálicos
1 – Proveniente do metal que está sendo soldado:
A composição dos fumos dependem do metal de base;
Se o metal é aço há grande quantidade de ferro e menor dos outros componentes da
liga. Dependem do tipo de metal adicionado ao aço: manganês, cromo, níquel, zinco
(em altas concentrações em chapas galvanizadas);
Maçaricos (oxiacetileno por exemplo) geram fumos basicamente da chapa que está
sendo trabalhada.
2 – Proveniente do eletrodo:
Eletrodos tem composição variável:
Os mais comuns tem o interior (alma) de ferro e revestidos de um fundente.
Os usados em solda MAG e MIG são um arame contínuo com alma de ferro e
fundente de cobre
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Fumos Metálicos
A maior ou menor exposição a fumos varia com:
Tensão e corrente de soldagem;
Composição das peças soldadas;
Composição dos eletrodos;
Consumo do eletrodos (Kg/h);
Prática do soldador (velocidade da soldagem);
Ventilação do local;
Processo de soldagem;
Existência de óleos (ou outras substâncias) protetoras nas chapas
(primer’s, shop primer’s ou óleos protetores).
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Fluoretos
Eletrodos Básicos (com adição de cal e fluorita). Elemento calcário, “basificador,”
de baixíssimo Ph, podem ocasionar danos a saúde devido a concentração
elevada de fluoretos. Muito parecido com Gipsita e Cimento, pelo baixo Ph e pela
granulometria.
Podem afetar portadores de sensibilidade a estes itens.
Fluorose – Doença grave e incapacitante que leva a uma calcificação dos
ligamentos nervosos e cartilaginosos.
Monitoramento – fluoreto urinário no periódico (pré e pós 4 dia de
jornada a semana).
Vigilância à saúde – raio X de bacia para verificar se há desaparecimento
das trabéculas ósseas.
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Cobre
Proveniente de cobre-juntas (ou mata-juntas), e/ou de consumíveis para aços
patináveis (leve adição de cobre na matriz do aço, para propiciação da formação
da camada de pátina). Todos os arames MIG/MAG para aço ao carbono, varetas
OXI e TIG são cobertos por uma camada de proteção de cobre eletrolítico, afim
de proteger estes da ação da oxidação atmosférica.
Risco elevado somente para portadores da “Doença de Wilson” .
Não há monitoramento e nem vigilância à saúde.
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Cromo
Proveniente dos aços inoxidáveis, ligas de cromo e de seus eletrodos. Usado
na soldagem de manutenção em diversas ligas: Cr Ni, Cr 3, Cr 4, Cr 14, Cr Co,
Cr Ni Mo, etc. Pode causar danos severos a saude, em casos onde a
concentração deste é elevada.
Se houver alto teor de cromo no material (aços inox com mais de 25%)
há alto risco de haver exposição excessiva ao Cromo hexavalente
(cancerígeno Grupo 1 da IARC).
Não há ulcera de septo nasal, pois não se trata de ácido crômico
(galvanoplastia).
Monitoramento biológico = Pode-se fazer monitoramento através de
Cromo urinário no periódico.
Deve-se utilizar máscaras de proteção, acima da classe III.
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Alumínio
Proveniente do próprio material base, ou de ligas com adição deste. Dos
eletrodos e arames de alumínio e de alguns tipos de aços acalmados que o
levam na constituição.
De pouco significado toxicológico, mas em algumas pessoas com fraca
imunidade, pode causar problemas de asma fibro-pulmonar.
Poderia haver fibrose pulmonar em casos raros, quando exposições
elevadíssimas.
Não existe monitoramento biológico.
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Cádmio
Proveniente de baterias galvânicas de alto poder, ligas navais e aeroespaciais.
Em materiais que tenham altos teores deste metal deve-se tomar cuidado
extremo. Na soldagem, provem de algumas ligas de titânio, sendo de alto risco
na evaporação, sob fumo metálico.
Extremamente lesivo para pulmão (enfisema do cádmio) e para os rins
com proteinúria, em casos de elevada exposição.
Também causa descoloração e fragilização do colo dos dentes e
Anosmia.
Cádmio é ainda carcinogênico (Câncer de Pulmão, Próstata e Rins).
25/11/2012 32
Níquel
Proveniente dos aços carbonos, eletrodos de manutenção e reposição, tais como:
ligas Fe/Ni, Ni Cr, Cr Ni, Mo. Os aços inoxidáveis também possuem elevados
teores deste metal (até 18%), principalmente os austeníticos.
Provoca febre dos fumos metálicos e sensibilização cutânea (alergia).
Em caso de grande exposição, pode afetar as vias respiratórias e
esofágicas.
É cancerígeno na refinação de níquel (Câncer de Pulmão, Próstata e Cav.
nasal).
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Manganês
Proveniente da maioria dos aços carbono, baixa e alta liga, e da maioria dos
alumínios, sendo em ambos de baixa a média concentração Atua nos aços
apenas como auxiliador no processo de obtenção do aço refinado. Nos eletrodos
ajuda no controle das propriedades metalúrgicas, como controle da ZTA,
desoxidação, etc.
Provoca Manganismo, que é uma doença grave incapacitante e
irreversível (Parkinson Mangânico);
Vigilância à saúde = procurar sinais precoces de Manganismo.
25/11/2012 34
Zinco
As chapas e tubulações galvanizadas, são cobertas por uma liga de zinco
eletrolítico. Quando soldada emitem grande quantidade de fumos de zinco,
mesmo em solda a ponto.
O zinco em forma de fumos de zinco irritantes e potentes causadores de
febre dos fumos metálicos.
Em baixas concentrações no organismo, causa diarréias, maus-súbitos, e
raquitismo;
Em grandes concentrações é tóxico e alérgico – causa diversas doenças
nos pulmões, problemas de pele e problemas de impotência sexual
masculina, e infertilidade feminina.
Não há indicadores biológico no Brasil, e é um indicador de difícil
execução.
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Chumbo
É raro de ser encontrado em solda por arco elétrico. Pode ser usado, com
maçarico , e seu risco é proporcional a temperatura de aquecimento.
Na solda de placas de acumuladores elétricos com maçarico há grande
emissão de fumos de Pb, enquanto que na mesma indústria a solda dos
pólos da bateria provoca contaminação ambiental.
Na brasagem (“solda eletrônica”) com liga de estanho/chumbo a liberação
de fumos de Pb é muito pequena tendo em vista a baixa temperatura
envolvida no processo
Muito tóxico e alérgico – causa diversas doenças nos rins (hemofilia),
anemia, leucemia, câncer no pulmão, câncer na próstata, problemas
neurológico, Saturnismo (ou Plumbismo).
25/11/2012 37
Antes do trabalho
Avaliar se existem materiais combustíveis na área.
Verificar se o trabalho pode ser realizado em um lugar mais seguro.
Livrar área de materiais combustíveis procedendo da seguinte maneira:
1. Manter os produtos sólidos a pelo menos 12 m de distância do ponto de trabalho;
2. Avaliar a separação dos materiais combustíveis com relação às condições de
execução do trabalho;
3. Manter os recipientes de líquidos e gases inflamáveis (cheios ou vazios), a pelo
menos 12 m de distância do ponto de trabalho;
4. Esvaziar e inertizar os reservatórios e tubulações de líquidos e gases
inflamáveis.
5. Se necessário, empregar analisadores de gases para comprovar a inexistência de
vapores ou gases inflamáveis.
6. Eliminar resíduos tais como: óleos; graxas; resíduos de tinta; pó; trapos e
estopas impregnadas de graxa; papel; lixo e similares, sobre o piso, estrutura e
nas proximidades.
25/11/2012 38
Antes do trabalho
Proteger os materiais combustíveis que não puderem ser retirados:
1. Cobrindo os materiais e os elementos construtivos com lonas ou outras
proteções incombustíveis e maus condutoras de calor;
2. Certificando-se de que as fagulhas de solda não irão ultrapassar as proteções e
atingir os materiais;
Cobrir com materiais incombustíveis e maus condutores de calor todas as aberturas,
frestas e buracos existentes no chão, paredes ou teto, num raio de 12 m.
Evitar a condução do calor através de tubulações e outros elementos metálicos onde
será executado o trabalho:
1. Afastando os materiais combustíveis dos materiais que podem conduzir calor;
2. Procedendo o resfriamento das superfícies que podem conduzir calor.
25/11/2012 39
Antes do trabalho
Evitar que possíveis chamas secundárias provoque a ignição de
materiais combustíveis e propaguem o fogo através de passagens
estreitas.
Antes de utilizar o equipamento de trabalho, comprovar suas
condições de manutenção e funcionamento.
Manter no local meios adequados para extinção de incêndios (mínimo
um extintor de pó ABC e uma linha de mangueiras com água até o
esguicho).
25/11/2012 40
Durante o trabalho
Um operário deve permanecer de prontidão no local e deve estar treinado
para intervir utilizando os meios de extinção disponíveis.
O maçarico ou eletrodo deve ser posicionado de forma que as fagulhas
tenham o menor alcance possível.
Não executar trabalhos de solda e similares nas proximidades de cilindros de
gás.
O operário de prontidão deve ficar atento ao seguinte:
1. A projeção das fagulhas e seu efeito;
2. A transmissão de calor por elementos metálicos;
3. O alcance da chama.
4. Necessidade de resfriar as superfícies e elementos metálicos afetados,
capazes de transmitir calor por condução.
25/11/2012 41
Durante o trabalho
Resfriar todos os elementos que sofreram aquecimento (ou acompanhar seu
esfriamento até atingir a temperatura ambiente).
Realizar inspeção minuciosa nos seguintes pontos:
1. Local onde foi realizado o trabalho.
2. Áreas adjacentes.
3. Os pontos atingidos pela projeção de fagulhas incandescentes.
4. Todos os locais onde existe a possibilidade do calor ter sido transmitido
Manter inspeção contínua durante pelo menos uma hora após a conclusão do trabalho
(inúmeros incêndios ficaram em estado latente e só foram percebidos horas depois de
finalizadas as operações). Inspeções intermitentes devem ser rigorosamente realizadas
até o dia seguinte*.
* no caso de peças de grande espessura, com multipasses
25/11/2012 42
Cuidados com o Oxigênio
Não deve se confundir oxigênio com o ar, já que o oxigênio propicia
uma velocidade de combustão bem maior.
Não manuseie o cilindro de oxigênio, com as mãos sujas de óleo ou
graxa pois, em contato com o oxigênio poderá ocorrer combustão
espontânea provocando acidentes.
Quando manusear a válvula do cilindro abra-a lentamente para não
danificar o regulador.
Nunca utilizar o oxigênio para limpeza e/ou resfriamento do corte, ou
mesmo para limpeza do corpo
25/11/2012 43
Cuidados com o Acetileno
Jamais utilizar, transportar, manusear ou guardar o cilindro na posição
horizontal. Sempre transporte na vertical.
Caso você manuseie a válvula do cilindro abra-a lentamente para não
danificar o regulador.
Nunca deixe cair um cilindro de acetileno!!! No caso de uma queda,
leve imediatamente ao fornecedor de gás para uma inspeção
detalhada.
25/11/2012 44
Cuidados com o Maçarico
Antes de abrir a válvula do cilindro do acetileno libere o oxigênio
contido na mangueira para em seguida dar o início.
Primeiro abra a válvula do acetileno do maçarico, acenda a chama e
em seguida abra a válvula o oxigênio, para regular o tipo de chama
que será utilizada.
O “bico” do maçarico deverá estar sempre limpo.
25/11/2012 45
Correntes Eletricamente “Vivas"
A rede de alimentação elétrica, o cabo de entrada e os cabos de
soldagem (se insuficientemente isolados), o porta-eletrodo, a pistola ou
atocha de soldar, os terminais de saída da máquina e a própria peça a
ser soldada (se não adequadamente aterrada) são exemplos de partes
eletricamente "vivas".
A gravidade do choque elétrico depende do tipo de corrente envolvida (a
corrente alternada é mais perigosa que a corrente contínua), do valor da
tensão elétrica (quanto mais alta a tensão, maior o perigo) e das partes
do corpo afetadas. As tensões em vazio das fontes de energia usadas
em soldagem, corte ou goivagem podem provocar choques elétricos
graves.
25/11/2012 46
Aterrar os Equipamentos e Seus Acessórios
A ligação da estrutura das máquinas a um ponto seguro de aterramento
próximo do local de trabalho é condição básica para se evitar choques
elétricos.
Ainda e de acordo com a figura abaixo, a peça a ser soldada o terminal
de saída correspondente na fonte de energia deve ser aterrada ou, mas
não ambos: "aterramentos duplos" podem fazer com que a corrente de
soldagem circule nos condutores de aterramento, normalmente finos, e
os queime.
25/11/2012 47
Campos Elétricos Magnéticos
A corrente elétrica que circula num condutor provoca o aparecimento de
campos elétricos e magnéticos. As correntes elétricas utilizadas em
soldagem, corte ou goivagem criam tais campos em torno dos cabos de
solda e dos equipamentos.
Ademais certas máquinas de soldar geram e usam, para abrir o arco ou
durante toda a operação de soldagem, um faiscamento do tipo "ruído
branco" conhecido como "alta freqüência". Conseqüentemente, pessoas
portadoras de marca-passo devem consultar um médico antes de
adentrar uma área de soldagem ou corte: os campos elétricos e
magnéticos ou as irradiações podem interferir no funcionamento do
marca-passo.
25/11/2012 49
Principais EPI’s
Recomenda-se que o soldador e se for o caso seu ajudante utilize os seguintes EPI’s:
Máscara para solda elétrica;
Protetor facial de policarbonato;
Avental de raspa de couro;
Luvas de raspa de couro;
Perneira de raspa de couro;
Mangotes de raspa de couro;
Calçado de segurança, de couro com biqueira de aço ou de resina;
Blusão de raspa de couro para soldas sobre a cabeça;
Capuz de brim;
Roupa de brim ou algodão trançado;
Protetor auricular.
25/11/2012 51
EPI - Proteção dos Olhos e Face
Os arcos elétricos produzidos na soldagem ou corte emitem raios
ultravioletas e infravermelhos. Longas exposições a estes raios
provocam danos permanentes à vista ou às lentes de contato.
O constante bombardeamento da retina dos olhos, por raios ultra-
violetas, ocorre na ressecação e opacidade da mesma, gerando então
logo após os 50 anos, a “Catarata”.
É obrigatório o uso de máscara ou óculos de proteção com lentes
adequadas ao tipo da soldagem.
25/11/2012 52
EPI - Proteção dos Olhos e Face
Fonte: Imagens da internet.
25/11/2012 54
EPI - Proteção da Pele
Os raios ultravioleta e infravermelho emitidos pelo arco elétrico provocam
queimadura na pela da mesma maneira que o Sol, porém mais rápida e
intensamente. Há ainda a possibilidade de queimadura por respingos de solda,
devido estes estarem incandescentes quando se desprendem.
A alta exposição aos raios ultra-violetas propicia a formação de tumores malignos
como o SARCOMA DE KAPOSI (CANCER DE PELE).
É obrigatório o uso de avental de raspa, luva de raspa, calça de brim ou
jeans, sapato ou bota de couro.
Ao iniciar a soldagem certifique-se de que todos estão devidamente
protegidos.
25/11/2012 55
EPI - Proteção da Pele
Fonte: Imagens da internet.
25/11/2012 56
EPI - Proteção Contra Ruídos
Fonte: Imagens da internet.
25/11/2012 57
Certificação do EPIs
Cada EPI deve ter o respectivo CA
(Certificado de Aprovação)
fornecido pelo MTE, (Ministério do
Trabalho e Emprego).
25/11/2012 59
A COORDENAÇÃO como responsável pela segurança
deve :
Definir quais são as áreas projetadas e autorizadas para a
realização de serviços de corte, solda e similares;
Exigir que os supervisores, líderes e soldadores tenham
formação e treinamento necessários para realizar os trabalhos
com segurança.
Não permitir que firmas empreiteiras trabalhem em áreas onde
existam materiais inflamáveis ou outras condições perigosas.
Implementar procedimento de atuação em caso de incêndio ou
explosão.
25/11/2012 60
O SUPERVISOR e ou LÍDER das operações de corte,
solda e similares têm responsabilidade:
Só permitir que o serviço seja efetuado mediante prévia autorização;
Verificar se existem materiais combustíveis na área onde serão realizadas as
operações de solda;
Se necessário, transferir o serviço para outro local ou afastar os combustíveis,
mantendo-os a uma distância de no mínimo 12 m. Caso contrário protegê-los
adequadamente;
Certificar-se que os soldadores estão cientes da necessidade de prévia
autorização formal emitida pela coordenação para realizar o trabalho,
principalmente no caso de empreiteiras;
Certificar-se que o operário ou vigilante designado para ficar de prontidão está
disponível e no local;
Efetuar inspeção durante 1/2 hora após o final do trabalho nos casos que não
houve necessidade de pessoas de prontidão durante o serviço.
25/11/2012 61
O SUPERVISOR e o LÍDER das operações de corte,
solda e similares têm responsabilidade:
Livrar área de materiais combustíveis procedendo da seguinte maneira:
Manter os produtos sólidos a pelo menos 12 m de distância do ponto de
trabalho;
Avaliar a separação dos materiais combustíveis com relação às
condições de execução do trabalho;
Manter os recipientes de líquidos e gases inflamáveis (cheios ou
vazios), a pelo menos 12 m de distância do ponto de trabalho;
Esvaziar e inertizar os reservatórios e tubulações de líquidos e gases
inflamáveis.
25/11/2012 62
Os SOLDADORES têm a responsabilidade:
Obter permissão do Supervisor antes de começar qualquer trabalho de
corte, solda e similar;
Em caso de mudança das condições do local para o qual foi concedida a
autorização para a realização dos serviços ou em caso de transferência
das atividades para outra área, a permissão inicial deverá perder a
validade, sendo necessária uma nova autorização;
Usar os equipamentos com cuidado e de acordo com os procedimentos
estabelecidos. Deve estar cientes e conscientes dos riscos inerentes a
operação.
Utilizar todos os EPI’s obrigatórios, fornecidos pela empresa.
Zelar pelo perfeito funcionamento (e limpeza) dos EPI’s.
25/11/2012 63
A maior regra de segurança continua sendo:
“PENSE ANTES DE AGIR e AJA SEMPRE COM
BOM SENSO”.
Somente a ATENÇÃO e ALERTA constantes
podem minimizar os riscos de acidentes.
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