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2. PROGRAMAÇÃO, EXECUÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS
A seguir apresentamos os resultados obtidos com a execução da Programação Anual em
Saúde – 2010, justificamos as metas não executadas, e demonstramos outras ações que embora
não programadas foram desenvolvidas no decorrer do ano.
2.1 ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE
A SESAU adotou como estratégia operacional para efetivação das políticas de saúde, a
organização da Atenção em Eixos Estratégicos, orientados pelos ciclos de vida: Criança e
Adolescente, Mulher/Homem e Idoso. Os Eixos agregam as áreas técnicas afins bem como as
áreas transversais: Hipertensão e Diabetes, Tuberculose e Hanseníase, DST/AIDS, Tabagismo e
Alimentação e Nutrição.
Programa 65
Projeto/Atividade: 4033 Manutenção da produção dos serviços da rede básica de atenção à
saúde
Diretriz: Atendimento em Atenção Básica
Meta
Nº Ação Unidade de medida
Programada Realizada % de
execução
01 Realizar consultas médicas ambulatoriais Consulta 830.620 683.038 82%
02 Realizar procedimentos de enfermagem Procedimento 3.322.450 2.833.791 85%
03 Realizar atendimentos de serviço social Procedimento 41.500 47.488 114%
Das 1.678.338 consultas médicas registradas na REMUS, foram 59% as realizadas nas
Unidades de Urgência e Emergência e 41% nas Unidades Básicas de Saúde, refletindo ainda a
7
procura de atendimento da população nas Unidades 24 horas, mesmo com o acolhimento com
triagem classificatória de risco implantado em nossos CRS/UPA.
O não alcance do programado de consultas médicas decorreu basicamente das
vacâncias ocorridas, pela impossibilidade de renovação de contratos médicos vencidos, em
virtude da existência de classificados em concurso público para o cargo, o que ocasionou
temporariamente, um déficit de 41 clínicos gerais, 11 pediatras e 07 ginecologistas em Unidades
Básicas de Saúde e de 06 médicos “generalistas” em Unidades Básicas de Saúde da Família.
Com a autorização da chamada do concurso, em novembro/2010 e posteriormente a isso, com a
reabertura das contratações de profissionais médicos, esta situação deverá estar regularizada
nos primeiros meses de 2011.
A efetiva participação de enfermeiros e técnicos de enfermagem, nas ações de prevenção
e de enfrentamento do H1N1, como a imunização contra o vírus, não somente nas Unidades de
Saúde como também em locais extra-muro (escolas, empresas entre outros), no período de maio
a julho, acabou por prejudicar o alcance da meta programada de procedimentos de
enfermagem.
Elevado índice de falta de usuários cadastrados em Programas de Saúde, à consulta
agendada, com alegação de incompatibilidade entre seu horário de trabalho e o de atendimento
na Unidade Básica, também contribuiu para o não alcance das metas programadas.
Diretriz: Atenção à Saúde da Criança
Meta
Nº Ação Unidade de medida
Programada Realizada % de
execução
Consulta médica 80.000 67.717 85% 01 Realizar consultas às crianças <1 ano
Consulta de enfermagem
20.000 19.834 99%
Consulta médica 142.000 128.540 91% 02 Realizar consultas às crianças de 1 a 9 anos
Consulta de enfermagem
38.000 27.937 74%
03 Realizar ações educativas de promoção e prevenção à saúde da criança
Ação Educativa 2.000 1.332 67%
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Na atenção à saúde da criança menor de 1 ano o percentual de consultas médicas
sofreu redução se comparado ao alcançado em anos anteriores. Isso decorreu basicamente, do
déficit temporário de 11 pediatras na Rede Básica, refletindo na redução de até 3.520 consultas
mensais às crianças. No entanto, vale referir que alcançamos a média de 7,4 consultas/criança
/ano (médicas e de enfermagem) superior à recomendada pelo ministério da saúde (7
consultas/criança/ano).
A atenção à saúde da criança de 1 a 9 anos ainda se apresenta como um desafio à
gestão, uma vez que este segmento recorre cada vez com maior freqüência às unidades de
pronto atendimento, prejudicando o desenvolvimento das ações para acompanhamento do
crescimento e do desenvolvimento, desenvolvidas na Atenção Básica. Como estratégia, os
profissionais enfermeiros têm buscado implementar ações para acompanhar as crianças desta
faixa etária, nos Centros de Educação Infantil e nas Escolas. Além disso, temos como proposta
para 2011, incrementar ações locais, em consonância com as propostas da estratégia
Brasileirinhos e Brasileirinhas saudáveis (o que será explanado a seguir) e do Programa Saúde
na Escola, visando assegurar assistência a este segmento.
Em relação às ações educativas, a meta foi redimensionada para 2011, de forma que cada
equipe das estratégias de agentes comunitários de saúde e da saúde da família, se responsabilize
em realizar no mínimo uma ação educativa mensal, evitando que a execução da ação recaia sobre
um único profissional da equipe.
Outras ações realizadas não programadas
� Educação Permanente às equipes da Atenção Básica, destacando-se as Oficinas da Rede
Amamenta Brasil e de Prevenção às Violências Domésticas;
� Fortalecimento da Rede de Proteção à Infância, destacando-se a realização da “Oficina da
Linha de Cuidado para a Atenção Integral à Saúde das Crianças, Adolescentes e Suas
Famílias em Situação de Risco”, com participação de representantes de diversos órgãos que
participam da rede de proteção, incluindo técnicos do Ministério da Saúde e da Secretaria de
Estado de Saúde, para elaboração de estratégias de atenção às famílias.
9
Também temos como proposta para 2011, viabilizar junto à prefeitura mais um
Conselho Tutelar ( 3º no município), com objetivo de ampliar o monitoramento das famílias em
situação de violência, fortalecendo desta forma, ações de prevenção secundária desenvolvidas
pelos profissionais de saúde, na busca do rompimento do ciclo da violência.
� Participação em projeto piloto do Ministério da Saúde, denominado Brasileirinhas e
Brasileirinhos Saudáveis – EBBS - Primeiros Passos para o Desenvolvimento Nacional, que
tem como objetivo principal fornecer elementos para a implantação nacional de uma política
de atenção integral à primeira infância, período de vida em que a criança aprende mais
intensamente a ser, a fazer, a relacionar-se e a construir seus valores. Serão desenvolvidas
ações intersetoriais e transversais com foco na garantia de vida da mulher e do bebê, tendo
como indicador principal a diminuição da taxa de mortalidade infantil e, na garantia do
desenvolvimento saudável e qualidade de vida, ofertando à criança a ferramenta de maior
eficiência para o seu desenvolvimento, a capacidade de brincar. Com base nestas premissas,
foi instituído o Grupo Executivo Local/GEL (Decreto 11.358 de 26/10/10) , com representantes das
Fundações Municipais de Cultura e do Esporte, das Secretarias Municipais de Políticas e
Ações Sociais e Cidadania, de Saúde e de Educação e do Conselho Municipal dos Direitos
da Criança e do Adolescente, para construção de novas ofertas de cuidado para o segmento
materno-infantil.
Oficina da Linha de Cuidado para a Atenção Integral à Saúde das Crianças, Adolescentes e Suas Famílias em Situação de Risco
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Diretriz: Atenção à Saúde do Adolescente
Meta
Nº Ação Unidade de medida
Programada Realizada % de
execução
01 Realizar consultas médicas aos adolescentes (10 a 19 anos)
Consulta 74.000 63.065 85%
02 Realizar procedimentos por profissionais de nível superior não médicos aos adolescentes
Procedimento 34.000 31.810 94%
03 Implementar o Programa Saúde na Escola (PSE)
Escola 07 07 100%
04 Implementar o Programa Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE)
Escola 15 14 93%
Para o adolescente, devem ser previstas ações de promoção à saúde, de atendimento
ao crescimento e desenvolvimento, de prevenção a agravos e enfermidades resultantes do uso
A partir de discussões ocorridas em eventos como oficinas, reuniões e grupos operativos focais,
elaboramos no mês de novembro, Plano de Ação para a EBBS, a ser desenvolvido em 2011, inicialmente na
região do Grande Los Angeles, envolvendo quatro unidades de Saúde da Família: Macaúbas, Los Angeles,
Mário Covas e Paulo Coelho Machado. A partir da avaliação deste Plano, com ações integradas intra e
intersetoriais poderemos ampliar esta estratégia para a totalidade do município. Estão previstas 05 Oficinas
para sensibilização dos profissionais das Unidades de Saúde inicialmente contempladas, para os meses de
abril e junho.
Reuniões com o Grupo Intersetorial da Região Los Angeles
11
abusivo de álcool e de outras drogas e para os problemas resultantes das violências, na
prevenção às doenças sexualmente transmissíveis e na atenção à saúde sexual e reprodutiva,
notadamente à gravidez na adolescência e ao planejamento sexual e reprodutivo, de forma
integrada e intersetorial, para que sejam efetivas.
Quanto à meta de consultas médicas, vale esclarecer que o parâmetro mínimo de
cobertura assistencial recomendado pelo Ministério da Saúde é de 1 consulta/ano para 35% da
população e que utilizamos quando da programação, 1 consulta/ano para 57%. Das 171.824
consultas médicas para o adolescente registradas na REMUS, 108.759 ocorreram nos CRS/UPA
(63%) e 63.065 nas UBS/UBSF (37%), o que reflete ainda a busca de atendimento à saúde
prioritariamente em casos agudos de doenças, dificultando o desenvolvimento pleno das demais
ações necessárias a atenção à saúde do adolescente.
O não cumprimento do programado de consulta médica ao adolescente se deve
fundamentalmente à redução de médicos clínico geral na rede básica, ao longo do ano, uma vez
que os pediatras atendem adolescentes até os 12 anos de idade, sendo que a grande maioria
deste segmento é atendida pelos profissionais clínicos.
Com a inclusão de 03 novas escolas municipais, totalizamos em 07 os estabelecimentos
de ensino contemplados com o Programa Saúde na Escola - PSE. A seguir, incluímos planilha
que especifica a expansão do PSE.
Ano de implantação Escola Unidade de Saúde
E.M. Valdete Rosa da Silva UBSF Macaúbas
E.E Antonio Delfino Pereira UBSF São Benedito
E.M. Ione Catarina Gianotti Igydio UBSF Jardim Noroeste 2009
E.M. Leire Pimentel de Carvalho Corrêa UBSF Alves Pereira
E.M. Hercules Maymone UBSF Nova Lima
E.M. Padre Thomaz Girardelli UBSF Parque do Sol 2010
E.M. Elizio Ramirez Vieira UBSF Jardim Tarumã
As Equipes de Saúde da Família, realizaram ações de promoção e prevenção à saúde,
destacando-se entre elas: atualização do calendário vacinal, avaliação e assistência na saúde
bucal, avaliação nutricional e atividades educativas abordando os temas transversais ações de
atenção à saúde do escolar, conforme descritos em planilha a seguir.
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Ação Nº Alunos
Nº de alunos imunizados com a 3ª dose da “hepatite B” 1.101
Nº de alunos imunizados com a “tríplice viral” 1.707
Nº de alunos com avaliação nutricional registrada no SISVAN 1.185
Nº de avaliações das necessidades em saúde bucal 5.952
Nº de alunos que iniciaram tratamento odontológico 443
Nº de alunos que completaram tratamento odontológico 193
Nº de alunos que participaram de ações de promoção e prevenção em Saúde Bucal (escovação supervisionada; aplicação flúor; atividades de educação em saúde)
10.617
As ações desenvolvidas pelo Programa Saúde e Prevenção nas Escolas – SPE foram
elaboradas a partir de temas elencados pelas escolas participantes, como de maior relevância
para a comunidade escolar. Das quinze escolas participantes do SPE, 14 alcançaram resultados
significativos com adolescentes e conseguiram através das atividades desenvolvidas, despertar o
interesse pelo protagonismo dos alunos na ampliação dos trabalhos de educação em saúde na
comunidade escolar.
Outras ações e serviços realizados não programados
Ações do PSE desenvolvidas pelos profissionais da UBSF São Benedito na Escola Estadual Antonio Delfino Pereira
Encontro Municipal do SPE realizado no mês de dezembro
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� Realização de capacitação teórico-prática em crescimento e desenvolvimento do adolescente
com foco na atenção básica, em setembro, para 70 médicos generalistas;
� Realização de 08 Oficinas, para 60 profissionais de saúde da atenção básica e 200
adolescentes, nos Centros de Referência de Assistência Social – CRAS, com objetivo de
estimular o adolescente a discutir assuntos de maior relevância neste ciclo da vida (prevenção
à violência e cultura da paz, prevenção ao uso de álcool e drogas, saúde sexual e reprodutiva)
assim como de sensibilizar os profissionais para a escuta qualificada. Como facilitadores do
processo, contamos com profissionais lotados no CAPS AD, no Serviço de DST/Aids e no
Núcleo de Prevenção à Violência, além de profissionais do CRAS que atuam junto ao
Programa “Projovem”.
Diretriz: Atenção à Saúde da Mulher
Meta
Nº Ação Unidade de medida
Programada Realizada % de
execução
Consulta médica 212.000 186.577 88%
01 Prestar atendimento médico e de enfermagem básico à saúde mulher > 10 anos Consulta de
enfermagem 53.000 42.448 80%
02 Realizar exames de citologia oncótica em mulheres de 25 a 59 anos
Exame 57.000 42.388 74%
03 Realizar colposcopia em mulheres de 25 a 59 anos
Colposcopia 1.400 1.841 132%
04 Realizar exame clínico da mama em mulheres de 35 a 69 anos
Exame 46.000 35.375 77%
05 Realizar mamografia em mulheres de 40 a 69 anos
Mamografia 17.000 17.745 104%
06 Realizar PAAF em mulheres com alterações de mama
PAAF 900 882 98%
07 Ampliar o nº de Unidades de Saúde para inserção do DIU
Unidade de Saúde 5 5 100%
Consulta médica de pré-natal
36.000 41.352 115%
Consulta de enfermagem de pré-
natal 14.400 11.784 82% 08
Prestar atendimento básico integral à gestante de risco habitual
Consulta puerperal 7.200 8.286 115%
09 Realizar urocultura em todas as gestantes cadastradas no SISPRENATAL
Urocultura 7.200 5.168 72%
14
O Pacto pela Saúde tem como prioridade para a Atenção à Saúde da Mulher, o controle
do câncer de colo uterino e de mama e a redução da mortalidade materna. Neste contexto, as
ações básicas mínimas de pré-natal e puerpério, planejamento familiar e prevenção do câncer de
colo uterino e mama são ofertadas na totalidade das nossas Unidades Básicas e organizadas de
forma a permitir o acesso às ações de maior complexidade.
Quanto às consultas programadas para a população feminina > 10 anos, vale
esclarecer que foram considerados na apuração apenas os sub-códigos de atendimentos
prestados com foco na saúde sexual e reprodutiva, como consultas médicas e de enfermagem
em planejamento familiar, DST, climatério, entre outras. Se computarmos o total de consultas
realizados à mulher realizamos um total de 425.500, entre consultas médicas e de enfermagem.
As estratégias de prevenção e controle do câncer do colo do útero e da mama têm como
objetivos reduzir a ocorrência (incidência e a mortalidade) do câncer do colo do útero, da
mortalidade por câncer de mama, e as repercussões físicas, psíquicas e sociais causadas por
esses tipos de câncer. Neste contexto, são ofertadas em toda a rede de atenção básica, a coleta
do preventivo e o exame clínico da mama, como ações de prevenção, pela detecção precoce
(em estágios iniciais) da doença.
Apesar de termos realizado 51.080 coletas para exame de citologia oncótica (exame
preventivo de câncer) na população feminina em geral, não conseguimos alcançar a meta
programada para a faixa etária com maior risco em desenvolver o câncer de colo uterino ( 25 a
59 anos). Especialistas do Instituto do Câncer – INCA, elencam a questão social como um dos
desafios para se conseguir a adesão das mulheres às ações de rastreamento do câncer, e sendo
assim, adotamos como uma das estratégias para superar esta dificuldade, a visita domiciliar
realizada pelo assistente social da unidade de saúde, na tentativa de sensibilizar a mulher para a
necessidade deste procedimento.
Em relação à meta de realização de colposcopia, a resistência dos profissionais em
adotar os critérios preconizados pelo INCA, amplamente divulgados em capacitação sobre
condutas frente a lesões de colo de útero, refletiu na superação significativa do programado.
Apesar de termos realizado 56.256 exames clínicos de mama na população feminina
em geral, não conseguimos alcançar a meta na faixa etária prioritária (35 a 69 anos),
considerada de maior risco para o câncer. Em parceria com o Instituto AVON e a Secretaria de
Estado de Saúde, no mês de outubro foram realizadas diversas ações no intuito de sensibilizar
as mulheres para a importância do exame para a prevenção e diagnóstico precoce do câncer de
15
mama, destacando-se entre elas: panfletagem, show com o cantores regionais em prol da
campanha para a prevenção do câncer de mama com enfoque na redução do consumo do
tabaco, e ainda, a participação das revendedoras da empresa AVON fornecendo brindes e
realizando maquiagens em mulheres participantes em unidades de saúde.
Utilizamos para quantificar a ação de realização de mamografia, o parâmetro de
cobertura de 30% para as mulheres de 40 a 69 anos. Apesar de termos alcançado o
programado, temos como proposta para 2011, aumentar a oferta deste exame, uma vez que a
mamografia é exame de diagnóstico recomendado para todas as mulheres na faixa etária de 40
a 69 anos de idade.
Vale referir que a partir da implantação do Sistema de Informação de Câncer de Mama
SISMAMA (2009), foi possível a partir do perfil das lesões diagnosticadas, iniciar o
acompanhamento das mulheres com exames alterados. Das 174 mulheres diagnosticadas com
alterações em 2009, 83 (48%) foram localizadas e acompanhadas, 04 (2%) foram a óbito e 02
(1%) se recusaram ao tratamento, mesmo após sucessivas visitas realizadas pelos profissionais
de saúde, alegando questões religiosas. Com a finalidade de qualificar o atendimento, 162
profissionais médicos, entre ginecologistas e generalistas, participaram de capacitação em
diagnóstico, tratamento e condução de pacientes com alterações em mama.
Pesquisa promovida pela Área Técnica de Saúde da Mulher/MS em 2002 e 2004
constatou que o planejamento reprodutivo ainda não é uma atividade prioritária na atenção
básica, onde a ênfase continua sendo o ciclo gravídico-puerperal, no que diz respeito à saúde da
mulher.
Com finalidade de estimular e apoiar os profissionais no desenvolvimento de atividades
relacionadas ao planejamento reprodutivo, realizamos oficinas em 30 Unidades de Saúde, para
611 profissionais, entre médicos, enfermeiros, ACS, técnicos de enfermagem, assistentes sociais
e gerentes da unidade, onde foram abordados os métodos e os critérios de utilização dos
contraceptivos disponíveis nas farmácias do município, como também fornecidas orientações
acerca dos critérios para encaminhamento aos métodos contraceptivos cirúrgicos.
Apesar de termos ampliado o nº de unidades com profissionais capacitados para o
procedimento de inserção do dispositivo intra-uterino (DIU), a resistência das mulheres a este
método acabou refletindo no alcance da meta programada. Esclarecer a população feminina
acerca dos preconceitos que existem sobre o uso do dispositivo intra-uterino - DIU poderá elevar
a adesão a este método.
16
Em relação à distribuição dos métodos, foram disponibilizados 2.218.058 unidades de
preservativos masculino, 68.047 contraceptivos orais e 10.049 contraceptivos injetáveis.
Na linha de cuidado à gestante, todas as unidades de saúde da Atenção Básica estão
estruturadas para acompanhar o pré-natal, ofertando consultas médicas, de enfermagem e
odontológicas, além dos exames de urocultura, imunização e da Triagem do Pré-natal (exame
que detecta 17 tipos de doenças importantes para a saúde materno-infantil)
Referindo-nos a ação de atendimento básico integral à gestante de risco habitual,
utilizamos parâmetro de 5 consultas médicas por gestante quando da programação e a
superação da meta evidencia uma maior adesão das gestantes ao pré-natal e puerpério.
Foram ainda realizadas à gestante: 3.502 consultas odontológicas programadas com
entrega do kit de higiene bucal e realizados 5.872 exames de ultrassonografia.
O exame de urocultura para gestante foi
implantado com a finalidade de contribuir na prevenção
de aborto espontâneo, parto pré-termo e,
principalmente na redução da morbi-mortalidade
materna e neonatal. A não adesão de todos os profissionais a esta prática assim como o não
reconhecimento do material coletado como sendo de gestante, por parte do laboratório, podem
ter prejudicado o alcance da meta programada. Para sanar estas dificuldades, temos como
propostas para 2011, identificar o material da gestante com carimbo próprio na solicitação do
exame e sensibilizar os profissionais para importância da realização da urocultura.
Foram realizadas ainda 3.268 consultas a gestantes encaminhadas para pré-natal de alto
risco.
Temos como proposta para 2011:
� Intensificar as ações de rastreamento da população de risco e implementar o seguimento
das mulheres já diagnosticadas com alterações de mama.
Kit de higiene bucal entregue as gestantes na consulta odontológica
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� Implantar o SISPRENATAL em nossas unidades 24 horas, de forma que possam ser
encaminhadas as gestantes para a unidade de básica de referência para o
acompanhamento de pré-natal;
� Qualificar o atendimento à mulher e incrementar a resolutividade na atenção básica,
priorizando ações de investigação e rastreamento dos riscos específicos de cada faixa
etária;
� Realizar em parceria com a Sociedade Brasileira de Ginecologia - SOGOMAT SUL
capacitação em Gestação de Alto Risco, para médicos generalistas da Estratégia Saúde
da Família e ginecologistas;
� Implantadas ações como agendamento da consulta puerperal para a unidade de saúde
mais próxima da residência da puérpera no próprio hospital; permanência do
acompanhante durante o pré-parto, parto e puerpério no Hospital da Mulher; oferta da
bolsa da gestante contendo termômetro, gazes e álcool 70% para o curativo do coto
umbilical; reformulação da agenda da gestante e implantação do “Pré-natal do Pai” nas
unidades Macaúbas, Los Angeles, Mario Covas e Paulo Coelho Machado (ações da
EBBS).
Diretriz: Atenção à Saúde do Homem
Meta
Nº Ação Unidade de medida
Programada Realizada % de
execução
Consulta médica 81.150 71.571 88%
Consulta de enfermagem
27.100 21.468 79% 01 Realizar ações básicas previstas na Política de Atenção à Saúde do Homem
Exame de PSA 11.260 10.671 95%
02 Realizar exame de ultrasonografia Exame 2.500 2.486 99%
A implementação da Política de Atenção Integral à Saúde do Homem é um desafio para a
gestão, não só pela representatividade da população masculina na faixa etária de 20 a 59 anos
(28% da população total do município) como pelas demandas geradas para reorganização da
rede e do processo de trabalho das equipes de saúde, em todos os níveis de complexidade.
18
Dificuldade da população masculina em buscar os serviços de saúde, em especial aos
ofertados na atenção básica, seja por fatores culturais, de acesso pela forma de organização dos
serviços (horário de atendimento) ou da fragilidade do vínculo desta população com os
profissionais de saúde, somado à falta temporária de médicos na atenção básica e a priorização
da atenção dos enfermeiros para ações específicas de enfrentamento do H1N1 e da Dengue,
acabaram por impactar no alcance da meta programada de consultas médicas e de
enfermagem para o homem.
O PSA é um dos exames ofertados na rede para rastreamento do câncer de próstata para
homens a partir dos 40. Apesar de termos praticamente alcançado a meta programada, o índice
alcançado de cobertura assistencial não ultrapassou 12%. Vale referir também a necessidade de
que o exame de PSA seja realizado concomitantemente ao toque retal, o que não tem
acontecido, tanto por preconceito e desconhecimento da população como da não adoção deste
procedimento pelos profissionais de saúde em suas rotinas.
Os exames de USG abdominal e transretal são ofertados aos pacientes que
apresentam alterações prostáticas, identificadas laboratorialmente ou no exame físico.
Embora o enfoque da saúde do homem enquanto política de assistência seja recente
(completou um ano em agosto/2010), já experimentamos alguns avanços, principalmente no que
respeita a disseminação da idéia de que “homem que se cuida, curte o melhor da vida”,
estimulando o auto cuidado e a adesão do homem ao planejamento familiar, tendo sido
realizadas 373 vasectomias.
Para 2011, temos como propostas a implantação da estratégia “homens parceiros da
saúde materna”, inserindo o homem na realização do pré-natal.
Outras ações e serviços realizados não programados
� Capacitação de 120 enfermeiros e 56 gerentes de unidades de saúde para as ações de
saúde básicas previstas na Política de Atenção à Saúde do Homem;
� Realização de ações em saúde em empresas a fim de sensibilizar os trabalhadores quanto à
necessidade do auto cuidado e apresentar a rede de saúde, enfatizando o fortalecimento do
vínculo com a sua unidade de saúde de referência, destacando-se: “Semana da Saúde dos
Funcionários da Assembléia Legislativa”, “CIPAT no Frigorífico Bertin”, “Semana da Saúde na
Empresa de Transporte Jaguar”, “Abordagem sobre Tabagismo e Atividade Física no INCRA
– Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária”.
19
.
� Ações integradas com as demais áreas técnicas/serviços, destacando-se as áreas de DST,
tabagismo, atividade física, alimentação e nutrição, saúde do trabalhador e serviços
especializados.
Atividade educativa em Saúde do Homem – UBS Cidade Morena
Display de preservativos para mesa –
Confeccionado em parceria com Programa
DST/Aids.
20
Como estratégias para captação da população masculina, temos como propostas para
2011, o fortalecimento das parcerias com empresas e o desenvolvimento de um trabalho de
sensibilização junto a grupos de mulheres. Como forma de garantir a atenção integral à saúde do
homem, pretendemos ampliar as discussões da produção de trabalho com foco na linha de
cuidado, envolvendo todos os níveis de atenção da REMUS.
Diretriz: Atenção à Saúde do Idoso A queda em pessoas idosas é importante fator de risco para perda de independência e,
por conseguinte, da qualidade de vida e representa importante evento sentinela para a
abordagem integral e preventiva da saúde da população idosa
Meta
Nº Ação Unidade de medida
Programada Realizada % de
execução
01 Realizar consulta médica ao idoso Consulta 169.450 132.207 80%
02 Realizar consulta de enfermagem ao idoso Consulta 49.420 39.853 81%
03 Realizar visita domiciliar ao idoso Visita 21.180 19.697 93%
Um dos fatores que contribuíram para o não alcance das metas de consultas médicas
como nos demais ciclos de atenção básica à saúde, foram as vacâncias de profissionais médicos
na Rede Básica ao longo do ano.
A exemplo do que ocorreu nos outros ciclos de vida, o envolvimento dos enfermeiros nas
ações desencadeadas quando da epidemia da Dengue e do envolvimento direto na estratégia de
contenção do H1N1, prejudicaram o cumprimento da agenda de consultas programadas dos
enfermeiros.
Na apuração das visitas domiciliares ao idoso, foram computadas as visitas realizadas
pelos profissionais de nível superior e de nível médio (técnico de enfermagem). Os mesmos
fatores que prejudicaram o alcance das metas de consultas também refletiram negativamente na
execução desta meta. É ainda preciso salientar que nem todas as equipes realizaram suas
visitas a partir do mapeamento da área de abrangência com foco na vulnerabilidade.
21
Ações de promoção e prevenção à saúde do idoso foram realizadas regularmente nas
nossas unidades de saúde, através de parcerias, com utilização dos equipamentos sociais já
existentes na comunidade (Centro Regional de Assistência Social - CRAS, Igrejas, Associações
de Moradores, Escolas, entre outros) com a realização de atividades físicas orientadas, de lazer
e educação em saúde. Levando-se em conta que o processo de envelhecimento, saudável ou
não, está relacionado a uma série de alterações fisiológicas ocorridas no organismo, bem como
pelo surgimento de doenças crônico - degenerativas advindas de hábitos de vida inadequados
(tabagismo, ingestão alimentar incorreta, tipo de atividades laboral, ausência de atividade física
regular, etc.), buscamos investir em ações que visam melhorar o desempenho físico, mental e
social da pessoa idosa. Neste contexto, foram instaladas 8 Academias em vários pontos da
cidade, ao ar livre, e contratados 28 educadores físicos para a orientação das atividades físicas.
Este investimento vem favorecendo a aquisição de hábitos saudáveis entre a população idosa,
possibilitando a melhoria na sua qualidade de vida.
Vale ressaltar ainda a realização de ações de promoção de promoção e prevenção à saúde
do idoso de forma intersetorial com outras Secretarias Municipais, destacando-se a da Assistência
Social, de Cultura e Lazer e do Trânsito.
Academia ao ar livre – Bairro Iracy Coelho
22
Outras ações e serviços implantados não programados
� Monitoramento das quedas para idosos através do uso de ficha de investigação específica
para os casos. Embora ainda incipiente, uma vez que foram investigadas 72 quedas (27,5%)
de um total de 261 CID registrados de quedas na população idosa, identificamos
características comuns no perfil do “idoso caidor”, a saber: uso de medicamentos para
hipertensão de diabetes; mora com filhos; queda no próprio domicílio; queda desencadeada
por fatores ambientais; contusão e/ou fratura pós queda; necessidade da presença de
cuidador pós-queda e queda anterior nos últimos 6 meses.anti-hipertensivo e anti-diabético.
� Participação em oficina promovida pelo Ministério da Saúde, sobre prevenção de quedas,
osteoporose e fraturas em pessoas idosas, dias 08 e 09/06, em Brasília;
Temos como propostas para 2011:
Encontro Estadual da 3ª Idade
dos Trabalhadores na Agricultura
Carnaval do Grupo de Idosos UBSF N. Senhora
das Graças
23
� Implementação de ações que previnam o risco de quedas em idosos, incluindo capacitações
para identificação do idoso em risco de queda e orientações para o uso adequado da ficha de
investigação;
� Desenvolvimento de estratégias que busquem a integralidade da atenção à saúde do idoso
de forma intra e intersetorial, na lógica da linha do cuidado;
� Organização das agendas dos profissionais de saúde como forma de contribuir para o
desenvolvimento da prática da assistência com foco na vulnerabilidade, sem perder de vista
a atenção integral a saúde;
� Elaboração de estudos de viabilização e impacto para implantação de Instituições de Longa
Permanência para Idosos na Rede Municipal e/ou o fortalecimento de convênios junto às
instituições já existentes a fim de ampliar o número de vagas.
Diretriz: Ações de Alimentação e Nutrição
Com foco na promoção e prevenção em saúde, incorporando o cuidado nutricional de
forma progressiva e organizada, numa abordagem transversal, de forma a evitar o agravamento
dos ou de reduzir a evolução de agravos que possam demandar uma atenção de maior
complexidade é que as equipes de saúde são estimuladas a desenvolver suas ações referentes
ao combate a desnutrição, orientação alimentar às famílias, acompanhamento do pré-natal,
incentivo ao aleitamento materno, orientação ao desmame, acompanhamento do crescimento e
desenvolvimento, uso do ferro profilático e vitaminas para recém-nascidos prematuros e de baixo
peso.
Meta
Nº Ação Unidade de medida
Programada Realizada % de
execução
01 Implantar Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN WEB) nas UBS/UBSF
Unidade 25 25 100%
02 Acompanhar gestantes cadastradas no Programa Saúde de Ferro
Gestante 4.020 5.629 140%
03 Acompanhar crianças cadastradas no Programa Saúde de Ferro
Criança 2.700 2.445 91%
04 Desenvolver Projeto com recurso do FAN Projeto 1 1 100
24
Para reduzir a mortalidade infantil, estratégias de acompanhamento e busca ativa de
crianças baixo peso e/ou muito baixo peso foram adotadas pelas equipes de saúde.
O Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional - SISVAN – é um instrumento para
obtenção de dados de monitoramento do estado nutricional e de consumo alimentar. Iniciamos
sua implantação em 2009 e a partir de 2010 pudemos realizar nossas primeiras análises, ainda
que incipientes.
A partir da realização de oficinas, com a participação dos enfermeiros, técnicos de
enfermagem, gerentes das Unidades e administrativos, o SISVAN foi implantado em 25
Unidades de Saúde, concluindo desta forma a implantação deste sistema na totalidade das
nossas unidades da atenção básica (à exceção das UBS Anhanduí e Rochedinho, sem estrutura
compatível) e no Centro de Educação infantil – CEI.
Distrito Norte Ano de
implantação Unidade de Saúde Ano de
implantação Unidade de Saúde
UBSF Nova Lima UBSF Jardim Seminário UBSF Nª Sra. das Graças UBSF Jose Abrão UBSF Jardim Noroeste UBSF Vida Nova UBSF Estrela Dalva UBS Nova Bahia UBSF São Benedito UBS Coronel Antonino UBSF Jardim Marabá UBS Vila Nasser UBS São Francisco UBS Estrela do Sul UBS Mata do Jacinto
2009
CEI
2010
TOTAL 10 06 Distrito Sul
Ano de implantação
Unidade de Saúde Ano de implantação
Unidade de Saúde
UBSF Macaúbas UBSF Iracy Coelho UBSF Nova Esperança UBSF Parque do Sol UBSF Paulo Coelho Machado UBS Guanandy UBSF Mário Covas UBS Aero Rancho UBSF Los Angeles UBS Pioneira UBSF Alves Pereira UBS Jockey Club UBS Cohab UBS 26 de Agosto
2009
UBS Vila Corumbá
2010
TOTAL 08 07
Distrito Oeste Ano de
implantação Unidade de Saúde Ano de
implantação Unidade de Saúde
UBSF Tarumã UBS Santa Carmélia UBSF São Conrado UBS Aguão UBSF Aero Itália UBS Indubrasil UBSF Zé Pereira UBS Vila Popular UBSF Portal Caiobá UBS Bonança UBSF Serradinho UBS Buriti UBS Lar do Trabalhador UBS Silvia Regina UBS Coopavilla
2009
UBS Caiçara
2010
TOTAL 09 07
25
Distrito Leste Ano de
implantação Unidade de Saúde Ano de
implantação Unidade de Saúde
UBSF MAPE UBSF Três Barras UBSF Itamaracá UBS Carlota UBSF Cidade Morena UBS Universitário
UBS Tiradentes 2009
2010
UBS Moreninha III TOTAL 03 05
TOTAL ANUAL 30 25
A anemia ferropriva representa, provavelmente, o problema nutricional mais importante da
população brasileira, sendo considerada uma carência em expansão em todos os segmentos
sociais, atingindo principalmente crianças menores de dois anos e gestantes.
Para fazer frente a esta situação o Ministério da Saúde implantou o Programa do Ferro
que tem como finalidade, a suplementação do ferro e ácido fólico para crianças menores de 02
anos e gestantes a partir do 4º mês de gravidez até o 3º mês pós parto.
Como a suplementação com ferro está incluída no protocolo de atenção ao pré-natal, não
tivemos dificuldade no alcance do programado para acompanhamento de gestantes
cadastradas no Programa Saúde de Ferro.
A resistência dos pediatras em aderir ao Programa Saúde do Ferro, por considerarem
desnecessária esta suplementação, assim como a não aceitação da prescrição desta
suplementação por outros profissionais não médicos, acabou por dificultar a ampliação do nº de
crianças acompanhadas neste Programa (meta 03). Outra dificuldade a ser superada refere-se
ao não envolvimento da equipe na busca de faltosos, o que acaba comprometendo a
continuidade da suplementação.
Visando estruturar e implementar ações de alimentação e nutrição, voltadas
preferencialmente para prevenção e promoção da saúde, foram repassados recursos financeiros
(FAN) pelo Ministério da Saúde. Neste contexto, com objetivo de promover a qualidade de vida
de pacientes com transtornos alimentares (sobrepeso e obesidade), profissionais do Núcleo de
Apoio à Saúde da Família – NASF elaboraram projeto denominado EmagreSUS. Na execução
deste projeto (nas UBSF São Benedito, José Abrão e Vila Corumbá) foi possível avaliar 76
pessoas, diagnosticando 07 casos de sobrepeso e 69 de obesidade. Foram realizadas atividades
individuais e de grupo para as pessoas identificadas como de risco em abordagens
diversificadas, com foco na recuperação do estado nutricional.
26
Outras ações e serviços realizados não programados:
� Capacitação em Manejo Clinico da Amamentação, que contou com a participação de 88
profissionais do Hospital da Mulher, em setembro;
� Realização em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde, na Semana Mundial de
Aleitamento materno – SMAN, apresentação teatral do grupo Curumins, na Feira Central e no
Mercado Municipal nos dias 31/07 e 01/08, respectivamente, contando também com a
participação dos tutores da Rede Amamenta Brasil;
� Dando continuidade as ações de Incentivo ao Aleitamento Materno, realizamos 13 Oficinas
da Rede Amamenta Brasil, para 492 participantes de categorias profissionais diversas;
Temos como propostas para 2011:
� SISVAN - qualificar o monitoramento mensal por unidade de saúde, ampliando a
sistematização e a busca ativa;
� Ampliação do projeto EmagreSUS para mais 03 UBSF.
Diretriz: Atenção Básica para a prevenção do HIV/AIDS e outras DSTs
Meta
Nº Ação Unidade de medida
Programada Realizada % de
execução
01 Realizar atendimentos com acolhimento e aconselhamento pré e pós teste do HIV/Aids e outras DST nas UBS/UBSF
Atendimento 21.500 18.256 85%
02 Realizar acolhimento e aconselhamento pré e pós teste do HIV/Aids e outras DST no CTA
Paciente atendido 4.500 5.861 130%
03
Realizar atividades de CTA itinerante nas escolas , empresas, associações, postos de combustível e outros
Atividade itinerante 68 100 147%
04 Realizar ações educativas de prevenção às DST/HIV/Aids
Ação educativa 480 425 89%
05 Realizar coleta para testes anti-HIV Coleta 12.700 11.307 89%
Na atenção básica, as ações básicas em DST/Aids são direcionadas no sentido de
facilitar e ampliar o acesso das pessoas aos serviços e insumos de prevenção, bem como aos
materiais informativos/educativos que visam aumentar o conhecimento de como o HIV/Aids e
outras DST são transmitidos e de como a infecção pode ser evitada.
27
O fato da coleta de material não ser realizada na totalidade das nossas unidades básicas
de saúde, levando o usuário a ser encaminhado para outra Unidade que não a sua de referência,
acabou por dificultar a realização do aconselhamento pós-teste, o que prejudicou o alcance da
meta programada para atendimento com acolhimento e aconselhamento pré e pós teste do
HIV/Aids e outras DST nas UBS/UBSF.
O Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) realiza ações de diagnóstico e
prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, disponibilizando a realização de testes para
HIV, sífilis e hepatites B e C. Oferece aos usuários que realizam o teste HIV a possibilidade de
ser acompanhado por uma equipe multiprofissional que faz orientações acerca do resultado final
do exame, independentemente dele ser positivo ou negativo.
Além do aconselhamento, outras ações de prevenção são realizadas pelo CTA, dentro da
unidade de saúde (ações intra-muros) e fora dela (ações extra-muros). São também
disponibilizados insumos de prevenção, como camisinhas masculinas e femininas para a
população geral, além de gel lubrificante para profissionais do sexo e homens que fazem sexo
com homens e kits de redução de danos para pessoas que fazem uso de drogas.
Parcerias firmadas com empresas através das SIPATs, levou a um aumento da procura
pelo exame HIV e consequentemente dos atendimentos com acolhimento e aconselhamento
pré e pós testes do HIV.
A superação da meta programada para realização de atividades de CTA itinerante
(extra-muro) decorreu do aumento da demanda pelo serviço. Foram realizadas atividades
Material Educativo Display
28
itinerantes pela equipe de CTA, ao longo do ano, em empresas, praças públicas, postos de
combustível, e outros locais.
Problemas operacionais no Sistema de Monitoramento SIS-CTA ocorridos nos primeiros
meses do ano, levaram ao sub-registro de informações, o que prejudicou a apuração dos
resultados obtidos em relação à meta programada de ações educativas.
Outras ações e serviços realizados:
� Operacionalização do Projeto Previna Cidade Morena integrando ações de saúde e
descentralizando ações específicas de prevenção, promoção e assistência das
DST/HIV/AIDS, voltadas prioritariamente para a população de baixa renda e de maior
vulnerabilidade. Foram realizadas 23 ações com participação de 1.560 pessoas, entre
adolescentes/jovens, caminhoneiros, população carcerária, assentada e indígena,
soldados, trabalhadores e usuários das Unidades Básicas de Saúde.
Atividades do CTA itinerante
Material educativo utilizado no CTA
29
� Realizadas 04 campanhas (Carnaval, Fique Sabendo, Combate a Sífilis e Dia Mundial de
Luta contra a AIDS), 17 oficinas/capacitações para atualização profissional, 02
Seminários e 01 Encontro, com foco nas áreas de apoio e diagnóstico.
Projeto Previna Cidade Morena
Dia Mundial de Luta Contra a Aids
Fique Sabendo
30
� Implementação de ações/estratégias de política pública específica para o controle das
DST/AIDS, Hepatites e gravidez na adolescência previstas no Projeto Saúde e Prevenção
nas escolas – SPE. Foram executadas 75 ações nas 15 escolas com o SPE já
implantado, envolvendo educadores, profissionais de saúde, ONG e Universidades. Foram
envolvidos 841 pais de alunos, 291 profissionais da educação e 344 alunos capacitados
com temas previamente selecionados pela própria comunidade.
Projeto Saúde e Prevenção nas Escolas – SPE
Ano de
Implantação Escola Unidade de referência
E.M. João Evangelista Vieira de Almeira UBS Santa Carmélia E.M. Maestro João Correia Ribeiro UBS Estrela do Sul E.M. Profª. Ione Catarina Gianotti UBSF Jardim Noroeste E.M. Valdete Rosa da Silva UBSF Macaúbas E.M. Vanderlei Rosa de Oliveira UBS Nova Bahia E.M. Abel Freire de Aragão UBS Pioneira E.M. Des. Carlos G. de Queiroz UBSF Zé Pereira E.M. Brígida Ferraz Fóss UBS Guanandy E. Iracema de Souza Mendonça UBSF Alves Pereira
2008
E.M. Padre Tomaz Ghiradell UBSF Pq. Do Sol E.M. Carlos Vilhalba Cristaldo UBSF Aero Itália E.M. Maria Lucia Passareli Distrito Sul E.M. Profª Elizabel M. G. Salles UBS Nasser E.M. Profª. Leire Pimentel de Carvalho Corrêa UBSF Alves pereira
2009
E.M. Oneida Ramos UBSF Itamaracá
� Realização do IV Encontro Saúde e Educação, em dezembro, com 170 participantes, entre
eles gestores, integrantes do Grupo Gestor Municipal, representantes de ONGs,
adolescentes capacitados no decorrer do ano, representantes de universidades parceiras e
profissionais da saúde e da educação, em dezembro;
Projeto Saúde e Prevenção nas Escolas
31
� Atendendo a portaria nº 1824, de 02/09/2004, que dispõe sobre as normas relativas aos
recursos adicionais destinados a estados, ao Distrito Federal e a municípios, qualificados para o
recebimento de incentivo para o financiamento das ações desenvolvidas por Casas de Apoio
para Adultos Vivendo com HIV/Aids, firmamos 03 convênios com repasse de recursos financeiros
para Casas de Apoio (Associação Franciscanas Angelinas - AFRANGEL; Casa de Apoio Rever –
Hospital São Julião e Casa de Apoio São Francisco de Assis), permitindo o acolhimento a 35
pessoas vivendo com HIV/Aids. Estas casas de apoio desenvolvem um trabalho de acolhimento
temporário a pessoas vivendo com HIV/AIDS, apoiando-os e orientando-os quanto aos cuidados
à saúde, promovendo a adesão aos medicamentos, e seu uso correto, bem como o
fortalecimento de seus laços sociais e familiares, reintegrando-os à sociedade.
Diretriz: Execução do Plano de Ações e Metas (PAM HIV/Aids)
Meta
Nº Ação Unidade de medida
Programada Realizada % de
execução
01 Elaborar o Plano de Ações e Metas HIV/Aids
Plano 01 01 100%
A portaria 2313 de 19/12/2002 normatiza o repasse de recursos financeiros para a
implementação da Política de controle do HIV/Aids e outras DST, que tem como objetivo diminuir
a incidência do HIV /Aids e outras DST e melhorar a qualidade de vida das pessoas vivendo com
Aids. Para tanto, elaboramos anualmente o Plano de Ações e Metas – PAM, envolvendo além
dos técnicos do Programa Municipal de DST/Aids, representantes das Organizações da
Sociedade Cível (ONG) e do Conselho Municipal de Saúde.
As ações/metas do PAM foram divididas em quatro áreas de atuação, a saber: Promoção
Proteção e Prevenção; Diagnóstico, Tratamento e Assistência; Gestão de recursos humanos e
institucionais e Parcerias com ONGs.
Os bens, serviços e insumos necessários a execução deste Plano foram adquiridos
através de processos administrativos e a realização das metas e atividades, monitoradas e
acompanhadas pela Comissão Intersetorial do Conselho Municipal de Saúde.
32
Diretriz: Realização de ações de promoção, prevenção, controle e assistência aos portadores de tuberculose e hanseníase
Mesmo já se conhecendo o agente causador, tratamento e a cura, a Tuberculose e
Hanseníase são doenças infecciosas antigas e que ainda causam grande impacto na
humanidade. Configuram um grande problema de saúde pública devido ao desconhecimento,
preconceito e várias crenças populares.
Meta
Nº Ação Unidade de medida
Programada Realizada % de
execução
01 Realizar busca ativa de sintomáticos respiratórios
Paciente 7.550 3.064 41%
02 Realizar a notificação de casos novos de pacientes com tuberculose pulmonar BK+
Caso novo 300 101 34%
03 Detectar e notificar casos novos de Hanseníase Paucibacilar
Caso novo 55 26 47%
04 Detectar e notificar casos novos de Hanseníase Multibacilar
Caso novo 85 63 74%
Com o tema “Fortalecimento das
Parcerias” realizamos dia 14/10 o V
Seminário Municipal de DST/Aids e Controle
Social” no foco da prevenção do HIV/Aids.
Com participação de 320 (trezentos e vinte)
participantes entre gestores, trabalhadores e
usuários do SUS, o seminário fomentou
diversos debates em torno do enfrentamento
da epidemia da Aids em Campo Grande.
A partir dos dados apresentados pela
área técnica os participantes elencaram
diretrizes a serem observadas no
planejamento estratégico do PAM/20111.
33
Para quantificação das metas em relação à tuberculose, adotamos os parâmetros de
cobertura recomendados pelo ministério da saúde. Desta forma, para a busca de sintomáticos
respiratórios, utilizamos 1% da população, que daria 7.550 pessoas investigadas e para os
casos novos, utilizamos o percentual de 4% deste nº de pessoas, o que resultaria em 300 casos
detectados com baciloscopia positiva de escarro.
Mediante a baixa investigação de sintomáticos respiratórios na atenção básica e
conseqüentemente o baixo número de casos detectados precocemente, muitos casos foram
diagnosticados a nível hospitalar, já em quadros mais avançados, fato este também observado
para o agravo da hanseníase. Com isso, diminuem os índices de cura como também a
resistência aos tratamentos.
Como a tuberculose e a hanseníase tem períodos de latência prolongados, sintomas
clínicos, muitas vezes não são valorizados tanto pelos pacientes quanto pelos profissionais de
saúde, prejudicando a identificação precoce de casos. Acrescido a isto, a priorização de
realização de ações voltadas para a Dengue e o H1N1 em detrimento as ações de controle da
tuberculose e da hanseníase, contribuiu para o fraco desempenho das metas programadas.
Vale referir também a realização em parceria com a Sociedade Brasileira de
Dermatologia, da Campanha de Prevenção de Câncer de Pele, na qual 975 pessoas foram
avaliadas por 24 médicos dermatologistas.
Foram disponibilizadas 690 cestas básicas aos pacientes com tuberculose, como
estratégia de melhorar a adesão ao tratamento assim como fornecidos 293 vales-transporte
aos pacientes com tuberculose e hanseníase, com foco na melhoria da qualidade de vida
destes.
Diante do panorama apresentado, temos como propostas para 2011:
� Sensibilizar 56 profissionais de nível médio e 1.386 ACS para a importância dos Programas,
considerando a baixa permuta entre Unidades e o vínculo com a comunidade atendida;
� Em parceria com os conselhos de saúde (municipal, distritais e locais) realizar ações de
mobilização social para fortalecimento das ações para controle da tuberculose e da
hanseníase;
� Implementação do Tratamento Diretamente Observado (novo formato para o tratamento
supervisionado), a partir da qualificação de 103 enfermeiros, já ocorrida neste ano.
� Implantação de projeto-piloto que estabelece como rotina a identificação de sintomáticos
respiratórios, pelos profissionais de enfermagem, quando do acolhimento com classificação
34
de risco, em duas unidades 24 horas, e o encaminhamento dos casos identificados às
unidades básicas de referência;
� Implementação das supervisões na rede, para subsidiar e qualificar o planejamento, o
monitoramento e a avaliação das ações de controle da tuberculose e hanseníase, com foco
na melhoria dos indicadores destes agravos.
Diretriz: Realização de ações de promoção, prevenção, controle e tratamento do Tabagismo
Meta
Nº Ação Unidade de Medida
Programada Realizada % de
execução
01 Implantar o Programa de Controle e Tratamento do Tabagismo em Unidades de Saúde
Unidade de Saúde
5 5 100%
02 Cadastrar novos pacientes no Programa de Controle e Tratamento do Tabagismo
Paciente
1.500
1.472 98%
03 Realizar consultas com abordagem cognitiva –comportamental ao fumante
Consulta 2.000 3.562 178%
Com a implantação do Programa de Controle e Tratamento do Tabagismo em mais 05
Unidades de Saúde, totalizamos em 12, sendo 08 na Rede Básica e 04 na Atenção
Especializada que ofertam atendimento específico ao fumante, conforme discriminadas em
tabela a seguir:
Rede Básica Rede de Serviços Especializados
UBSF Itamaracá CAPS III
UBSF Parque do Sol CAPS II Vila Margarida
UBSF Serradinho CAPS AD
UBS Bonança CEM
UBS Vila Nasser
UBS Coophavilla II
UBS Pioneira
UBS Carlota
Com a implantação de protocolo de acesso no SISREG, os pacientes são
primeiramente encaminhados para consulta com pneumologista para após serem
encaminhados às consultas com abordagem cognitiva-comportamental realizadas por
psicólogos.
35
Para o pleno desenvolvimento do Programa foram inseridos profissionais de diversas
categorias profissionais: técnico de desporto, enfermeiro, médico pneumologista, médico clínico
geral, assistente social, psicólogo, técnico em enfermagem e os agentes comunitários de saúde
que realizam a busca ativa dos fumantes nas suas áreas.
Outras ações e serviços realizados não programados
� Em parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano –
SEMADUR, realizamos ações para divulgação (fixação de cartazes) e conscientização de
donos dos estabelecimentos comerciais (bares, restaurantes, feira central) para o
cumprimento da Lei complementar nº 150 de 30/12/2009 que dispõe sobre a proibição do
consumo de quaisquer produtos fumígenos, derivados ou não do tabaco, em recintos de
uso coletivo, no dia 01/04 (quando entrou em vigor a lei complementar). Vale ressaltar a
utilização do monoxímetro, aparelho que avalia o nível de CO2 no pulmão dos
freqüentadores destes estabelecimentos e principalmente dos trabalhadores.
� Capacitações para profissionais de saúde e mobilizações foram realizadas como
estratégias de sensibilizar e captação de novos usuários ao tratamento. Capacitamos 70
servidores, entre enfermeiros, assistentes sociais, médicos e psicólogos para as ações
previstas no Programa, no período de 24 a 27/08 e no dia 28/08 (Dia Mundial de Combate
ao Tabaco), na Escola de Governo, com a presença de 80 pessoas, entre outras
atividades, entregamos certificados para 40 usuários que pararam de fumar há pelo menos
6 meses.
36
� Realizamos em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde e AVON, blitz educativa,
nos dias 18 e 19/10 e ações na Praça do Rádio Clube, como show musical com a
presença de cantores da terra, como estratégia de mobilizar e sensibilizar a comunidade
para os malefícios do uso do tabaco e da exposição solar.
� Em atendimento a reivindicação da própria população que se sentia prejudicada com a
exposição tabagística nos terminais, realizamos 09 blitz educativas entre os dias 18 a 23
de novembro, em todos os terminais de ônibus, orientado a população sobre a lei
antifumo.
Diretriz: Atenção aos portadores de Diabetes e Hipertensão Arterial
Meta
Nº Ação Unidade de Medida
Programada Realizada % de
execução
Consulta médica 167.700 164.984 98% 01 Realizar consultas para pacientes
hipertensos Consulta de enfermagem
33.200 33.185 100%
Consulta médica 55.600 50.462 91% 02 Realizar consultas para pacientes
diabéticos Consulta de enfermagem
27.800 33.512 120%
03 Fornecer insumos para pacientes diabéticos
Seringa Tira de glicemia
Lanceta 2.093.630 1.552.191 74%
04 Realizar avaliações de pés-de-risco em pacientes diabéticos
Avaliação 8.760 8.225 94%
Blitz Educativa Show musical
37
Para o desenvolvimento do Programa de Educação e Controle em Diabetes e em
Hipertensão, foram realizadas consultas médicas e de enfermagem periódicas e pré-agendadas,
realizados exames para acompanhamento do perfil glicêmico dos diabéticos, assistência
farmacêutica e laboratorial; atividades físicas com educadores físicos; orientação nutricional,
psicológica e assistencial; atividades educativas promotoras da saúde e preventivas ao
desenvolvimento das complicações (doenças cardiovasculares, nefropatia, retinopatia,
neuropatia, amputações, etc) e disponibilização de medicamentos específicos; de insumos para
pacientes diabéticos insulino-dependentes; de caneta para administração de insulina em crianças
e adolescentes portadores de diabetes do tipo I;
Foram também realizados encaminhamentos para especialistas, conforme necessidade
apresentada, tais como, cardiologista, endocrinologista e oftalmologista, nos Centros de
Especialidades da REMUS, perfazendo desta forma, toda uma linha de cuidado, garantindo a
adesão ao tratamento e minimizando descompensações e distúrbios inerentes.
Embora o Ministério da Saúde (série Pactos/2006) recomende 08/consultas/paciente/ano,
sugerindo 02 médicas e 06 de enfermagem para o acompanhamento da hipertensão, optamos
em adotar 04 consultas médicas/paciente/ano e de 0,8 de enfermagem, baseados em séries
históricas, que apontavam concentração significativa de consultas médicas para este agravo.
Em relação às consultas para diabéticos, alcançamos 3,5 consultas médicas/paciente
ano, média ligeiramente inferior à recomendada pelo Ministério da Saúde (04 consultas
médicas/paciente/ano). Embora tenhamos conseguido aumentar a média de 1,9 (em 2009) para
2,3 consultas de enfermagem/paciente/ano, ainda nos situamos abaixo do que sugere o
Ministério da Saúde (06 consultas de enfermagem/paciente/ano).
A avaliação dos pés de pacientes diabéticos, é uma ação da atenção básica que deve
ser realizada pelo menos uma vez ao ano, com objetivo de detectar precocemente alterações de
integralidade da pele, iniciando tratamento imediato e de qualidade, evitando desta forma a
instalação das úlceras e infecções dos pés, assim como orientar e incentivar o auto-cuidado.
Segundo o Consenso Internacional sobre Pé Diabético, a prevalência de úlcera nos pés de
diabéticos é de 4 a 10% e que depois de instalada uma lesão inicial, 15% dos diabéticos podem
desenvolver úlceras e que se não tratadas adequadamente, podem levar a amputação em 85%
dos casos.
Em atendimento à Portaria GM/2583, foram distribuídos gratuitamente insumos para
tratamento e controle da diabetes, tais como glicosímetros e fitas para glicemia capilar, seringas,
38
agulhas, lancetas e lancetadores. 3.757 pacientes cadastrados como insulino-dependentes
receberam 911.901 seringas para administração de insulina. Destes, 574 receberam
glicosímetros, 617.440 fitas para glicemia capilar e 22.850 lancetas. 172 crianças e adolescentes
insulino-dependentes cadastrados no Serviço de Referência em Diabetes – SEREDI, em sua
maioria, portadores de diabetes do tipo I, além dos insumos previstos na Portaria, receberam
gratuitamente canetas para administração de insulina ultra-rápida em refil.
Outras ações e serviços realizados não programados
� Ampliação para 46 Unidades de Saúde, implantação do software para leitura e impressão do
perfil glicêmico dos pacientes diabéticos que utilizam o glicosímetro, qualificando o
acompanhamento clínico destes pacientes
� Confecção de 1.510 palmilhas (1.330 preventivas, 147 para deformidades e 33 para pés com
amputação) pelo Serviço de Sapataria;
� Mediante serviço contratado (Instituto Oftalmológico de Mato Grosso do Sul), realizamos
exame de rastreamento para retinopatia em 633 pacientes. Destes, 199 (31,4%)
apresentaram alterações e foram encaminhados para laserterapia;
� Implantação de Projeto Piloto Avaliação do Paciente por Classificação da Hipertensão
Arterial e Estratificação de risco em duas unidades piloto: UBSF Maria Aparecida Pedrossian
e Vida Nova, para incentivar e fortalecer a realização das consultas de enfermagem (de
acordo com a evolução da estabilização da hipertensão) e das consultas médicas (para
pacientes com intercorrências clínicas)
39
Outras ações e serviços realizados não programados
� Realização de atividades alusivas ao Dia Mundial da Diabetes (14/11), em parceria com a
Associação dos Diabéticos e Familiares de Mato Grosso do Sul (ADIF/AMAS) e a Fundação
Municipal de Esporte (FUNESP)
Capacitação dos profissionais para o Projeto Avaliação do Paciente por Classificação da Hipertensão Arterial e Estratificação de Risco
Na noite de 12/11 foram ofertadas atividades de lazer e educativas para 150 crianças e
adolescentes diabéticos atendidos pela REMUS e familiares, dentre eles, apresentação musical de
jovens diabéticos, jantar aos participantes, distribuição de brindes e lanches dietéticos ao final do
evento.
40
Temos como propostas para 2011:
� Implementação dos serviços da sapataria para confecção de botas e sapatos ortopédicos;
� Continuidade do recadastramento dos pacientes hipertensos e diabéticos, com busca ativa
partir do cruzamento dos dados fornecidos pelo SIAB (condição referida de hipertenso e
diabético na ficha de cadastramento familiar) a fim de obter um banco atualizado e fidedigno;
� Adoção de estratégias de organização na linha de cuidado e implementação das consultas de
enfermagem (agenda do enfermeiro).
Diretriz: Realização de ações intersetoriais
Meta
Nº Ação Unidade de Medida
Programada Realizada % de
execução
01 Acompanhar os beneficiários do Programa Bolsa Família em Unidades de Saúde
Beneficiário 60% 85%
Com o Bolsa Família, pretende-se assegurar o direito humano à alimentação adequada,
promovendo a segurança alimentar e nutricional, contribuindo desta forma para a conquista da
cidadania da população mais vulnerável à fome.
Integrante do Programa Fome Zero, faz transferências diretas de renda com
condicionalidades, beneficiando famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza.
As condicionalidades são os compromissos assumidos tanto pelas famílias beneficiárias
do Bolsa Família quanto pelo poder público para ampliar o acesso dessas famílias a seus direitos
sociais básicos. Por um lado, as famílias devem assumir e cumprir esses compromissos para
continuar recebendo o benefício. Por outro, as condicionalidades responsabilizam o poder
público pela oferta dos serviços públicos de saúde, educação e assistência social.
No Dia Mundial da Diabetes, uma das ações de maior
impacto é a iluminação de monumentos na cor azul
(representando o céu que une e iguala os povos ao
redor do mundo) . O Obelisco, pela segunda vez, foi o
monumento escolhido para representar a adesão de
Campo Grande, tendo ficado iluminado em azul, de 12
de novembro até o início de dezembro
41
Na área da saúde, as condicionalidades referem-se ao seguimento do calendário vacinal,
ao monitoramento do crescimento da criança, ao pré natal da gestante e a assistência pós parto,
bem como a vigilância nutricional da família.
O Ministério da Saúde considera como parâmetro para avaliação do programa, o
acompanhamento da 2ª vigência, todavia vale ressaltar que, na 1ª vigência/2010, das 19.434
famílias cadastradas, foram acompanhadas 14.889 (76,61%) das famílias. Já na 2ª vigência, das
24.151 famílias cadastradas (50.219 indivíduos), foram acompanhadas 20.522 famílias (42.672
indivíduos), totalizando 84,97%. O compromisso das equipes de saúde na intensificação e busca
dos cadastrados, a implementação do monitoramento das estratégias de acompanhamento
mensal (visitas às unidades de saúde e distritos sanitários) e a contratação de agente
cadastrador/administrativo (com recursos do Índice de Gestão Descentralizada Municipal –
IGDM) permitiram a superação da meta programada.
Diretriz: Realização de Ações Odontológicas terapêuticas e preventivas na rede básica de Saúde
Meta
Nº Ação Unidade de Medida
Programada Realizada % de
execução
01 Realizar 1ª Consulta Odontológica Programática
1ª Consulta Odontológica
98.000 100.867 103%
02 Prestar assistência odontológica nas unidades básicas da REMUS
Procedimento odontológico individual
1.050.000 1.101.764 105%
03 Realizar ações coletivas de prevenção em saúde bucal para escolares
Escovação supervisionada, aplicação de flúor gel e atividades
educativas
400.000 472.647 118%
04 Realizar escovação supervisionada em escolares e em grupos susceptíveis à cárie dentária
Procedimento coletivo de escovação
supervisionada
240.000 276.755 115%
05
Prestar assistência à saúde bucal para escolares matriculados nas escolas de ensino fundamental nas policlínicas odontológicas
Procedimento individual
190.000 146.980 77%
06
Prestar assistência à saúde bucal para a população através de atendimento ambulatorial aos sábados nas Policlínicas Odontológicas
Procedimento individual
105.000 101.868 97%
1ª consulta 4.800 4.415 92%
07 Prestar assistência à saúde bucal em crianças de 0 a 05 anos nos CEINFs através do ODONTOMÓVEL
Tratamento completado segundo plano terapêutico
elaborado
4.320 4.178 97%
42
A superação da meta de procedimentos básicos individuais se deve basicamente a
expansão de novas equipes de Saúde Bucal na estratégia Saúde da Família assim como
preenchidas vagas existentes em Unidades Básicas de Saúde
O registro de 1.101.764 procedimentos individuais resultou numa cobertura assistencial de
1,5 procedimentos/habitante/ano, superior ao alcançado em 2009 (1,4).
As ações coletivas de prevenção em escolares com finalidade de prevenir a cárie dental
e a doença periodontal, assim como de promover o hábito da escovação dental diária e de outros
cuidados essenciais à saúde bucal, teve sua meta superada em decorrência da ampliação da
equipe de prevenção (que realiza e/ou monitora a execução destas ações junto às escolas e
centros de educação infantil, inclusive na zona rural), que passou de 01 para 02 odontólogos e de
03 para 04 técnicos em saúde bucal (TSB).
Dos 472.647 ações coletivas de prevenção realizadas, 152.107 foram aplicações tópicas
de flúor gel, 277.568 escovações supervisionadas, 36.807 exames bucais com fins
epidemiológicos e 7.931 atividades educativas.
A meta de escovação supervisionada em escolares e grupos susceptíveis à cárie
dentária superou o programado pelos mesmos motivos da meta de ações coletivas de prevenção
em escolares.
Escovação supervisionada
Aplicação Tópica de Flúor
43
O não alcance da meta de realização de procedimentos individuais das Policlínicas
no atendimento escolar decorreu da aposentadoria/remanejamento e licença maternidade de 09
odontólogos, o que resultou nas vacâncias ao longo do ano, descritas no quadro a seguir:
Lotação de odontólogos Situação
Convocação/lotação de concurso
Lotações pendentes Policlínica Prevista Vacância
Quantidade Mês
Santa Emília 08 02 01 Julho 01
CAIC 08 01 01 Dezembro -
Silvia Regina 08 02 01 Dezembro 01
Vila Rica 08 02 1 02
Macaúbas 04 02 02 Agosto -
Vale do Sol 08 Licença maternidade de 01 profissional de julho a dezembro
1 Aposentadoria de profissional 40 horas a partir de novembro
Dos 58.562 escolares examinados, 25.188 apresentaram necessidade de tratamento
(43%). Dos 14.200 (40%) que iniciaram tratamento odontológico, 11.318 tiveram seus tratamentos
completados (80%).
Como uma das Unidades Móveis – Odontomóvel ficou desativada a partir de 01/10, por
problemas técnicos, a meta de realização de assistência à saúde bucal em crianças de 0 a 05
anos nos CEINFs ficou prejudicada.
Das 7.629 pessoas acima de 14 anos atendidas com procedimentos odontológicos
individuais, nas Policlínicas Odontológicas, aos sábados, 5.382 (70%) completaram o tratamento.
Além destes procedimentos, foram também realizados 1.715 tratamentos endodônticos em
dentes permanentes.
Outras ações e serviços realizados não programados
� 194 atendimentos odontológicos para tratamento clínico e 1.479 procedimentos coletivos de
prevenção em 05 mutirões realizados na zona rural;
� Realização de 01 mutirão na Unidade Educacional de Internação – UNEI Dom Bosco, em
12/06, onde 56 adolescentes após examinados, receberam atendimento odontológico clínico
individual em Unidade Móvel – Odontomóvel além de terem recebido orientações de
prevenção em saúde bucal, escovação supervisionada e aplicação tópica de flúor gel. Os
44
adolescentes com necessidade de tratamento especializado ou que não tinham autorização
por escrito dos pais, foram devidamente encaminhados;
� Participação de 27 profissionais, entre odontólogos, técnicos e auxiliares em saúde bucal, no
período de março a junho, do Inquérito Epidemiológico SB Brasil 2010, promovido pelo
Ministério da Saúde, com finalidade de determinar o perfil epidemiológico da saúde bucal no
Brasil;
� Ampliação do número de Odontólogos no Programa de Prevenção “Sorria com Saúde”.
� Distribuição de folders educativos sobre doenças como cárie dentária e doença periodontal,
traumas dentários e higiene bucal;
� Aquisição de equipamentos de informática, mobiliário, compressores, aparelhos de ar
condicionado, equipamentos periféricos e 11 kits odontológicos (cadeira, equipo,unidade
auxiliar, refletor e mocho) para manutenção da assistência odontológica tanto na Atenção
Básica quanto na Especializada;
� Reforma da Policlínica Odontológica Silvia Regina, no período de julho a novembro.
Em parceria com entidades da categoria profissional (ABO, CRO e Sindicato), realizamos
capacitação em “atendimento odontológico da gestante e pacientes portadores de doenças
crônicas”, na Escola Técnica do SUS – ETSUS, para nossos odontológos, divididos em duas
turmas, dia 24/03, com carga horária de 04 horas.
Com carga horária de 04 horas, realizamos no dia 08/11, na
Câmara Municipal de Campo Grande, em parceria com o
Conselho Regional de Odontologia – CRO, capacitação para
nossos odontológos, técnicos em saúde bucal e auxiliares
em saúde bucal em “prevenção e diagnóstico precoce do
câncer bucal”.
45
Temos como uma das propostas para 2011, elaborar estudo de viabilidade para inclusão
no SISREG, da agenda de prótese, uma vez que o nº de faltosos representou quase 30% do total
desta agenda.
Programa 66
Projeto/Atividade: 4034 Fortalecimento do Programa Saúde da Família e de Agentes
Comunitários de Saúde
Diretriz: Ampliação da cobertura assistencial da estratégia saúde da família e da saúde bucal
Meta
Nº Ação Unidade de Medida
Programada Realizada % de
execução
01 Implantar novas Unidades Básicas de Saúde da Família
UBSF 7 1 14%
02 Implantar equipes de Saúde da Família Equipe 17 03 18%
03 Transformar a UBS Mata do Jacinto em UBSF
UBSF 1 0 -
04 Implantar equipes de Saúde Bucal inserida na estratégia de Saúde da Família
Equipe 17 10 59%
ACS 1.048 1.375 05 Garantir lotação de agente comunitário de saúde em pelo menos 80% das microáreas existentes Microárea 1.369 1.308
95%
06 Implantar a estratégia de agentes comunitários de saúde na área central do município
Microárea 28 09 32%
Das 07 novas unidades inicialmente programadas, a saber: Vida Nova, Nova Lima, Jardim
Parati, Jardim Batistão, Jardim das Perdizes, Santa Emilia e José Tavares, apenas a UBSF Vida
Nova, inaugurada em fevereiro/2010, iniciou suas atividades. São três as equipes implantadas
nesta UBSF (nos 65, 66 e 67) que atendem uma população de 9.878 pessoas, residentes nos
bairros Marta Guarani, Tarsila do Amaral e Água Bonita.
Havia previsão do acréscimo de duas equipes na UBS Mata do Jacinto, na lógica de
transformação de UBS em UBSF e de uma equipe no Jd. Noroeste na lógica da ampliação, não
efetivadas por indisponibilidade de profissional médico. A insuficiência de profissional médico na
estratégia saúde da família, se deve basicamente ao salário considerado não atrativo para a carga
horária de 40 horas semanais e ao tipo de atendimento prestado (a todos os ciclos de vida) como
também pelo ingresso de recém formados, que almejam a residência médica e se desligam do
46
serviço assim que obtém a aprovação. Com a não efetivação das construções de unidades
previstas e a dificuldade da adesão do profissional médico à estratégia, a meta de implantação de
novas equipes de saúde da família e de saúde bucal inseridas na estratégia não foi alcançada.
A seguir, anexamos planilha, que resume a situação encontrada de construções de
unidades e de implantação de equipes programadas para 2010, segundo planejamento da
expansão da cobertura da estratégia saúde da família.
Equipes previstas Unidade de Saúde Situação
Novas Já existentes UNIDADES NOVAS
UBSF Jose Tavares (convênio UNIDERP/Anhanguera)
Obra concluída em dezembro, ainda não entregue
02 -
UBSF Batistão Projeto aprovado e provisão emitida em 10/09
03 -
UBSF Perdizes Projeto aprovado e abertura de licitação em 18/11
03 -
UBSF Parati Projeto aprovado com licitação homologada em 22/07 aguardando liberação de ordem de serviço
01 02 1
UBSF Nova Lima Obra concluída. Em fase de operacionalização de recursos materiais (equipamentos e mobiliários) e humanos
02 01
UBSF Santa Emília Projeto aprovado, aguardando dotação orçamentária
03 -
SUB-TOTAL 1 14 03 UNIDADES JÁ EXISTENTES
UBSF Mata do Jacinto Unidade não transformada em UBSF 02 - UBSF Jardim Noroeste 01 02 SUB-TOTAL 2 03 02 TOTAL 17 05
1 Duas equipes estão trabalhando na UBSF Nova Esperança
A Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) “Aquino Dias Bezerra” - Bairro Vida Nova III, Inaugurada em 21/02/2010
47
Foram implantadas 10 equipes de saúde bucal, a saber: 02 na UBSF Alves Pereira, 03 na
UBSF Estrela Dalva, 02 na UBSF Tarumã e 03 na UBSF Vida Nova, totalizando 67 ESB,
alcançando, desta forma, a paridade entre ESF e ESB.
Com a aprovação de projetos de edificações do Programa de Aceleração do Crescimento
(PAC – etapa 2), foi publicado no Diogrande nº 3.161 de 26/11/2010, após aprovação pelo
Conselho Municipal de Saúde, novo plano de expansão para o período de 2010-2013. Neste
contexto, o planejamento da expansão adota novos referenciais: aumento das unidades com
construções específicas de melhor disposição e funcionalidade; fixação dos profissionais e equipes
mais resolutivas em seus processos de trabalhos e de primordial importância, o atendimento das
necessidades dos usuários e a Unidade Básica de Saúde da Família, como principal porta de
entrada do sistema de saúde, nas áreas cobertas pela estratégia.
Após homologação de concurso público para provimento de agente comunitário de
saúde (Diogrande nº 3.029 de 03/05/2010) as lotações de ACS foram realizadas ao longo do ano,
de forma que microáreas sem este profissional estão relacionadas a períodos de licenças e férias.
A publicação do decreto nº 11.288 de 13/08/2010 que estabeleceu medidas
administrativas para contenção de despesas diretas e indiretas, não permitindo a chamada do
quantitativo programado, acabou por prejudicar o alcance da meta de agentes comunitários na
área central.
Diretriz: Fortalecimento, consolidação e qualificação das ações da estratégia saúde da família
Meta
Nº Ação Unidade de Medida
Programada Realizada % de
execução
01 Implantar Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) na UCDB
NASF 1 1 100%
Visita domiciliar profissionais de nível médio e superior
48.000 44.469 93% 02 Realizar visitas domiciliares
Visita domiciliar pelo ACS
1.440.000 1.474.486 102%
03 Implantar projeto piloto com inclusão de equipe de apoio matricial na UBS Mata do Jacinto
Equipe de Apoio 1 0 -
04 Assegurar equipamentos de proteção individual aos ACS
EPI 1.281 1.281 100%
Com uma equipe formada por 10 profissionais, a saber: 01 assistente social, 01
nutricionista, 02 fisioterapeutas, 01 farmacêutico, 01 fonoaudiólogo, 01 médico acupunturista, 01
48
psicólogo, 01 médico pediatra e 01 educador físico, o Núcleo de Apoio à Saúde da Família –
NASF – sediado nas dependências da UCDB, iniciou propriamente suas atividades. Foram
ofertadas ações transversais em nove áreas estratégicas: atividade física/práticas corporais;
práticas integrativas e complementares; reabilitação; alimentação e nutrição; saúde mental; serviço
social; saúde da criança/do adolescente e do jovem; saúde da mulher e assistência farmacêutica.
As unidades de saúde da família vinculadas a este NASF são: UBSF São Benedito (01
equipe), UBSF José Abrão (02 equipes), UBSF Nossa Senhora das Graças (02 equipes), UBSF
Jardim Seminário (01 equipe); UBSF Zé Pereira (02 equipes) e UBSF Vila Corumbá (01 equipe)
que totalizam uma população cadastrada de aproximadamente 33.111 pessoas.
As visitas domiciliares fazem parte da rotina dos profissionais da estratégia Saúde da
Família, tanto para assistência, como para demandas relativas à supervisão do trabalho do ACS,
busca ativa de faltosos, investigação epidemiológica, acompanhamento pelo serviço social,
odontologia, entre outros. Dentre as dificuldades para alcançar o programado foi a rotatividade de
profissionais na estratégia, em especial nas áreas com falta temporária do profissional médico, o
que levou a priorização de consultas nas agendas, para regularização das demandas.
Apesar de termos superado o nº programado de visitas domiciliares realizadas pelos
ACS, a proporção visita/família/mês alcançada foi de 0,71, inferior ao pactuado no Termo de
Compromisso assinado com o Ministério da Saúde – PROESF Fase 2, que estabelece dentre
outros indicadores elencados para recebimento de bônus financeiro, o alcance de no mínimo 0,75.
Na tentativa de alcançar o estabelecido, foram deflagradas ações como convocação de ACS
classificados em concurso público para resolver o problema de microáreas descobertas assim
como o monitoramento sistemático das visitas domiciliares (por área, equipe, enfermeiro e
microárea) e a intensificação da supervisão do trabalho dos agentes pelos enfermeiros.
Em relação ao fornecimento de Equipamentos de Proteção Individual aos ACS (tênis de
segurança, camiseta, calça, chapéu) e de instrumentos de trabalho (balança e mochila) realizamos
algumas modificações nas especificações, após recebimento de parecer técnico solicitado ao
Serviço de Saúde Ocupacional e do atendimento das normas técnicas de órgãos competentes.
Quanto ao protetor solar, aguardamos parecer descritivo da comissão de farmacoterapêutica e
coordenação de especialidades da SESAU, para viabilizarmos a compra para 2011, tendo em vista
a promulgação da Lei Municipal nº 4.884, de 06/08/2010, que trata do uso de protetor solar aos
profissionais que no desempenho das suas funções se submetem a exposição solar relevante.
49
Em conseqüência da não transformação da UBS Mata do Jacinto em UBSF, não pudemos
implantar o projeto piloto da equipe de apoio matricial (inserção de profissionais com
especialidades médicas tais como pediatra e ginecologista, com objetivo de ampliar a capacidade
resolutiva das equipes de saúde da família e da qualidade da atenção prestada).
Diretriz: Auto-avaliação das Equipes de Saúde da Família
Meta
Nº Ação Unidade de Medida
Programada Realizada % de
execução
01 Incluir novas Equipes de Saúde da Família no AMQ
Equipe 05 05 100%
Quanto à meta de 1ª auto-avaliação validada, as 05 programadas se referem as três
equipes de Saúde da Família da UBSF Alves Pereira, a uma equipe do MAPE e uma da Estrela
Dalva. A tabela a seguir, especifica em que etapas do ciclo do processo de auto-avaliação do
Projeto AMQ nos encontramos, segundo grupo responsável:
Dimensão Instrumento Responsável Nº Situação no ciclo
Caderno 1 Gestor Municipal 01 2° Momento Validado
Caderno 2 Coordenação
Municipal da estratégia Saúde da Família
01 3° Momento Validado
30 Unidades 3° Momento Validado
Gestão, Coordenação e Estrutura
Caderno 3 Gerência da Unidade 01 Unidade
1° Momento Validado
59 Equipes 3° Momento Validado
Caderno 4 Equipe de Saúde da
Família 05 equipes
1° Momento Validado
59 Equipes 3° Momento Validado
Ações e Resultados dos Trabalhos das
Equipes Caderno 5
Profissionais de nível superior da Equipe de Saúde da Família
05 equipes 1° Momento Validado
Participamos do evento denominado “Avaliação e qualidade na atenção primária em
saúde: O AMQ e a Estratégia de Saúde da Família nos grandes centros urbanos”, realizado
em Brasília, no período de 27 e 28/10, levando a experiência do nosso município, assim como
50
participamos de curso ofertado pelo Ministério da Saúde, ministrado pelo Instituto de Medicina
Integral Professor Fernando Figueira (IMIP) sobre o AMQ, na modalidade à distância.
Tivemos como proposta para 2010, a integração do Programa de Qualidade para a
estratégia Saúde da Família – AMQ às planilhas de monitoramento e avaliação das metas
pactuadas com as Unidades/Equipes de Saúde e os indicadores do Pacto Pela Saúde, como uma
estratégia de fortalecimento da Atenção Básica.
Diretriz: Realização de ações intersetoriais com instituições governamentais e não governamentais
Meta
Nº Ação Unidade de Medida
Programada Realizada % de
execução
01 Integrar a estratégia Saúde da Família aos Programas Viver Legal, Saúde na Escola e Educação pelo Trabalho - PET
Programa 3 3 100%
Para apoiar o trabalho desenvolvido pelo Programa Viver Legal, com ações de caminhada
orientada, ginástica laboral, futsal, yoga, ginástica localizada, brinquedoteca, ATI, grupo/corrida
nas unidades vinculadas a estratégia Saúde da Família (MAPE, Itamaracá, Aero Itália, Tarumã, Zé
Pereira, Corumbá, COHAB, Iracy Coelho, Macaúbas, Nova Esperança, Mario Covas, Alves
Pereira, Parque do Sol, Los Angeles, Jd. Noroeste, São Benedito, N. Sra. das Graças, José Abrão
e Estrela Dalva) realizamos reunião com educadores físicos que atuam nestas unidades, onde
foram abordados temas relacionados ao modelo de atenção da estratégia saúde da família.
As ações do Programa Saúde na Escola (PSE), foram apoiadas pelas equipes de Saúde
da Família e pelos profissionais integrantes do NASF.
O Programa de Educação pelo Trabalho para Saúde (PET), aprovou junto a Secretaria
de Gestão do Trabalho e da educação na Saúde - SGTES e validou junto ao Conselho Municipal
de Saúde (deliberação n. 231/2010/CMS), projeto elaborado em parceria com a UFMS. Foram
desenvolvidas ações de promoção e prevenção de saúde em 09 UBSF do distrito sanitário sul, a
saber: UBSF Paulo Coelho Machado, Alves Pereira, COHAB, Iracy Coelho, Macaúbas, Mário
Covas, Nova Esperança, Parque do Sol e Vila Corumbá. Participamos do II Encontro Estadual do
PET-Saúde, em abril, e teremos representante na Comissão Gestora do Programa de Educação
pelo Trabalho para a Saúde – PET Saúde ( Resolução nº 184 de 15/06/2010 da UFMS).
51
Outras ações realizadas não programadas � Operacionalização em parceria com o Departamento de Educação Permanente, de
capacitação em “Clínica Ampliada e Projeto Terapêutico Singular” para 250 profissionais das
equipes de saúde da família, entre médicos, enfermeiros, assistentes social e gerentes,
visando trabalhar os conceitos da integralidade da atenção a saúde, do trabalho
multiprofissional e da gestão da clínica;
� Operacionalização de capacitação para 720 agentes comunitários de saúde, no tema
“Violência de Gênero, uma questão de Saúde Pública”, em parceria com Secretaria de
Assistência Social, CODAM e Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência
da República
� Capacitação para 67 odontólogos das Equipes de Saúde Bucal inseridas na estratégia Saúde
da Família em “visita domiciliar” em parceria com o Departamento de Educação Permanente;
� Elaboração de instrumento denominado de Roteiro de Assessoramento Técnico – RAT, para
facilitar o diagnóstico situacional de cada uma das equipes de saúde da família, apontando
potencialidades e fragilidades e demandando ações para as equipes e para a gestão, como
forma de melhorar a resolutividade. Um diferencial deste modelo é a integração de todos os
setores vinculados à Atenção Básica da SESAU, constituindo em um grande potencial de
apoiadores (71 apoiadores) com objetivos comuns. Para estabelecer o contato entre todos
estes apoiadores foi desenvolvido um software específico, disponibilizado no sistema Intranet
com acesso por senha de todos os apoiadores da Gestão.
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