2. Atividades Florestais
Flora (diminui a biodiversidade vegetal) Fauna (retirada de plantas frutíferas, que alimentam a fauna nativa) Solo (compactação do solo devido à mecanização e poluição por defensivos e fertilizantes) Água (defensivos e fertilizantes por erosão e lixiviação atingem as águas superficiais e subsuperficiais)
Principais atividades de manejo florestal que podem causar alteração da qualidade da água
Poluentes Atividades florestais
Material orgânico Decomposição de folhas e resíduos florestais na água
Nutrientes Decomposição de material orgânico, carreamento
de fertilizantes para os cursos dhágua por escoamento superficial e lixiviação de nutrientes após o corte da floresta
Sedimentos Erosão provocada por estradas e carreadores,
em suspensão preparo do solo e exploração florestal
Defensivos Uso de pesticidas e herbicidas
3. Agricultura Preparo do solo em excesso: pulverização Defensivos: Contaminação/poluição do solo
38% da superfície do planeta é Agrossistema
PRODUÇÃO INTENSIVA
3. Agricultura
SOLO NUTRIENTES Deriva
Lixiviação SAIS E METAIS Derrames acidentais Percolação Escorrimento superficial PESTICIDAS
Erosão COMBUSTÍVEIS Poluição das águas Poluição dos Eutrofização reservatórios ÁGUA LENÇOL Aumento da DBO de água potável SUPERFICIAL FREÁTICO
Poluição das águas e saúde pública
3. Agricultura Consumo de agrotóxicos na cultura do Arroz
- A cultura ocupa cerca de 10% do solo agricultável do planeta (Embrapa, 2004). - 80% do cultivo em sistema irrigado por inundação (93% da produção mundial). - Brasil: o ecossistema de arroz irrigado é responsável por 60% da produção nacional
Produtividade: arroz irrigado é 3 vezes superior a do arroz de sequeiro
Aplicação: Inseticidas: 6 a 14 vezes maior em sistema irrigado Fungicidas: 2 a 3 vezes maior em sistema irrigado Herbicidas: 6 a 56 vezes maior em sistema irrigado
Principais problemas ambientais da rizicultura
Adubação nitrogenada Aplicação aérea de defensivos
• Redução de ecossistemas naturais devido à abertura de novas áreas;
• Redução da capacidade produtiva do solo, em decorrência de práticas culturais inadequadas;
• Redução da qualidade do ar devido a emissão do gás metano (gás de efeito estufa, no caso do arroz em sistema irrigado);
• Redução da quantidade e qualidade da água em virtude de processos como assoreamento, eutrofização e uso de agrotóxicos.
Proposição de medidas mitigadoras para as fontes de poluição rural
Medidas mitigadoras da poluição causada por atividades pecuárias
1. Sistemas Silvipastoris
O plantio de arbóreas perenes auxilia no combate à erosão, melhora o aproveitamento da água das chuvas e a fertilidade do solo.
Fonte: Embrapa Gado de Leite
2. Recuperação de voçorocas
Plantio de sp resistentes nas partes não estabilizadas da voçoroca, se possível nativas e trabalho de contenção de água (bacias na área adjacente).
Fonte: Arquivo Embrapa Agrobiologia
3. Medidas para recuperação de pastagens
Avaliar a pastagem e possíveis causas da degradação Amostragem e análise de solo Seleção e diversificação de espécies tolerantes ao pisoteio Práticas de conservação do solo Manejo adequado da fertilidade do solo Lotação adequada Divisão e rodízio de pastos Evitar queimadas Localização adequada de bebedouros e saleiros Escarificação periódica do solo Controle de invasoras, pragas e doenças
Medidas mitigadoras da poluição causada por atividades agrícolas
Principais Medidas mitigadoras do impacto ambiental das atividades agrícolas
Licenciamento ambiental: leis que regulamentam atividades que exploram os recursos hídricos - Rio Grande do Sul, São Paulo, Bahia e Ceará - para arroz irrigado, por exemplo.
Zoneamento agroclimático: definição de áreas de risco climático e das que atendam a produtividade e rentabilidade econômica das culturas.
Manejo integrado de pragas: Medidas que desfavoreçam a praga em favor de seus parasitas e predadores. Métodos culturais como rotação de culturas e a preservação de habitats para organismos benéficos.
Integração lavoura-pecuária: necessidade de aumentar a eficiência da atividade rural: consórcio, rotação e sucessão de espécies anuais com forrageiras. Benefícios: quebra do ciclo das pragas, doenças e plantas daninhas, contribuindo para a redução do consumo total de agrotóxicos.
Principais Medidas mitigadoras do impacto ambiental das atividades agrícolas
• Racionalização do uso de Defensivos: prevenir para que fontes de água e lençol freático não sejam contaminados com resíduos de agrotóxicos e fertilizantes. i importante conhecer as características do produto e os cuidados exigidos para seu manuseio, bem como seu comportamento no ambiente.
• Redução do deflúvio superficial: O tipo de solo onde fertilizantes e agrotóxicos são aplicados tem influência no impacto causado pelo produto ao ambiente, especialmente sobre a água.
Solos arenosos e com baixo teor de matéria orgânica: os agrotóxicos podem percolar facilmente e atingir o reservatório de água do subsolo.
Solos argilosos e ricos em matéria orgânica: os minerais de argila e MO funcionam como sítios de captura dos agrotóxicos, que se tornam mais susceptíveis à degradação microbiana.
Capacidade de uso e aptidão do solo
Encostas: Pastagens ou culturas perenes (Pomares, bananais, etc). Preserva a integridade do solo por não necessitar de preparo o ano todo.
Não plantar culturas anuais em declive acentuado
Conservação do solo: Uso e Manejo corretos
O solo é um corpo vivo, de grande complexidade e muito dinâmico
Solo desequilibrado Solo estável e equilibrado
Fonte: ilustração do guia “horta é saúde"
5. MONITORAMENTO AMBIENTAL DE BACIAS HIDROGRÁFICAS
Etapas do manejo de bacias hidrográficas DIAGNÓSTICO
Sócio-econômico Meio Físico Ambiental
Definição do Plano de Manejo - Medidas mitigadoras
Seleção de Indicadores Práticas de manejo
Monitoramento Alterações
Teste dos resultados Revisão do plano
5.1. Uso de parâmetros indicadores de qualidade
Propriedades, processos e características físicas, químicas e biológicas que podem ser medidos para monitorar mudanças nos diferentes compartimentos ambientais.
Importância
• Permitir a identificação de áreas problemas
• Possibilitar o monitoramento de mudanças na sustentabilidade • Auxiliar em decisões políticas
Características
• Sensíveis a impactos (manejo/clima)
• Refletir aspectos de funcionamento do ecossistema • Facilmente e economicamente acessíveis • universais na distribuição (tempo e espaço)
5.2. Tipos de Indicadores
VISUAIS
FÍSICOS
QUÍMICOS
BIOLÓGICOS
5.2.1. Parâmetros Visuais Indicadores de Mudanças da Qualidade do Solo
Observações ou interpretação fotográfica:
Exposição do subsolo (erosão)
Mudanças na coloração
Formação de poças dhágua
Ocorrência de enxurrada
Resposta vegetal
Plantas daninhas Solo pulverizado
5.2.2. Parâmetros Físicos Indicadores de Qualidade do Solo
Relacionados ao arranjo de partículas e poros:
Densidade do solo
Porosidade
Curva característica de água Capacidade de campo
Crescimento radicular Condutividade hidráulica Emergência de plântulas Estabilidade de agregados Infiltração/Aeração
Permeabilidade Infiltração
Textura
Compactação
Temperatura do solo
5.2.3. Parâmetros Químicos Indicadores da Qualidade do Solo
pH
Matéria orgânica
CTC Relação solo-planta
Qualidade da água Ciclagem de nutrientes Capacidade tampão Macro e Micronutrientes Nutrientes/Água
Metais pesados Mobilidade de contaminantes
Compostos radioativos
Pesticidas
5.2.4. Parâmetros Biológicos Indicadores de Qualidade do Solo
Avaliações dos organismos e suas atividades ou produtos: Altamente sensíveis e respondem rapidamente a mudanças de manejo
Microrganismos e Macrorganismos
Atividade microbiana
Minhocas
Nematóides
Térmitas
Formigas
Respiração microbiana (CO )
Parâmetros Indicadores de Qualidade do Solo Considerações
• Limitação: falta de padronização e estabelecimento de valores referências. Obs: Cetesb (2001) - valores orientadores para solos e águas subterrâneas no Estado SP
• O critério de referência pode ser um sítio específico que represente uma área com tipo de solo e condições climáticas similares, ou pode ser temporal, quando o valor referencial é obtido na amostragem inicial.
• Muitos autores sugerem adotar como critério de referência as condições prevalecentes em solos que suportam uma vegetação nativa e que tenham sofrido mínimos distúrbios antrópicos (Dick, 1994; Doran et al., 1994; Trasar-Cepeda et al., 1998; Pascual et al., 2000).
Parâmetros Físico-químicos de Qualidade da Água
Agregados orgânicos: DBO/DQO; fenóis; óleos e graxas; surfactantes aniônicos.
Compostos orgânicos: pesticidas organoclorados e organofosforados, herbicidas fenoxiácidos clorados, PCBs, fenóis halogenados, PAHs, compostos orgânicos voláteis;
Compostos inorgânicos: Al; Sb; As; Ba; Cd; Pb; Co; Cu; Cr; Cr VI; Sn; Sr; Fe;
Fe solúvel; Li; Mg; Mn; Mn solúvel; Mo; Ni; K; Ag; Se; Na; Ti; V; Zn; sulfato,
série do N; P, orto fosfato; série de resíduos; cloreto, cianeto, fluoreto,
alcalinidade, CO2,(condutividade, OD e pH em laboratório e campo).
Físicos: dureza, turbidez, cor; odor
Campo: Condutividade elétrica, oxigênio dissolvido e pH
Parâmetros Ecotoxicológicos de Qualidade da Água
Toxicidade aguda com Daphnia similis; Toxicidade
aguda com Mysidopsis juniae; Toxicidade crônica com
Ceriodaphnia dubia; Bioensaio de toxicidade aguda
com Vibrio fischeri.
Parâmetros Microbiológicos de Qualidade da Água
Bactérias heterotróficas - técnica de “Pour Plate”; Coliformes totais e E.
coli - técnica de Membrana filtrante; Coliformes totais e E. coli - técnica
presença/ausência. Bactérias patogênicas: Salmonella; Vibrio Cholerae;
Aeromonas; E. coli Enteropatogênicas (Legionella, Campilobacter, Shigella)
Parâmetros Indicadores de Qualidade da Água
RESOLUÇÃO CONAMA Nº 357 de 17/03/2005 - Capítulo II
Classificação dos corpos de águas doces, salinas e salobras do território nacional e súmula dos padrões de qualidade
MONITORAMENTO AMBIENTAL Interação dos parâmetros indicadores de qualidade física química e biológica, dentro de cada compartimento ambiental (solo, água, ar)
BIOLÓGICOS
QUÍMICOS FÍSICOS
MONITORAMENTO AMBIENTAL
Desafios
• Formação de equipe multidisciplinar com competência e interesses comuns;
• Aceitação e aplicação de medidas mitigadoras ou resistência à adoção de práticas conservacionistas por parte dos detentores de uma atividade produtiva;
• Ampliar a rede de laboratórios na área ambiental que atendam as Legislações vigentes, principalmente com relação a análises de compostos orgânicos, metais e patógenos;
• Criar mecanismos para implementar/assegurar a qualidade das análises e relatórios de ensaios gerados por laboratórios públicos e privados.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A questão da poluição atmosférica
• A substituição gradual de combustíveis fósseis, decorrente da aproximação do fim da era do petróleo, por fontes menos poluentes; o melhor controle das emissões industriais, a adoção de novas tecnologias veiculares, como o uso de trens e metrôs e a redução das queimadas, principalmente na Amazônia, permitirão que a questão da poluição atmosférica venha a se atenuar no Brasil nos próximos anos.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A questão do saneamento básico: poluição do solo e da água
• A engenharia nacional tem competência para apresentar soluções adequadas para todos os problemas técnicos deste setor, mas ainda são necessários esforços para aumentar os níveis de cobertura dos sistemas de coleta, de disposição adequada e de desenvolvimento de alternativas para a reciclagem e agregação de valores aos resíduos, de tal modo que estes tenham aplicações e valor econômico e, ao mesmo tempo, contribuam para proteger a atividade econômica, a saúde pública e o meio ambiente, tornando-se recursos e não problemas.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Responsabilidade social
• Aos profissionais compete a tarefa de descobrir substâncias menos nocivas ao meio ambiente e o desenvolvimento de processos que produzam bens de consumo com um mínimo de rejeitos e um máximo de reciclagem.
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