19-10-2015
Revista de Imprensa19-10-2015
1. (PT) - Jornal de Notícias, 19/10/2015, Sistema vai ajudar na prevenção de mortes por frio 1
2. (PT) - Público, 17/10/2015, Risco de pobreza é maior entre quem tem pouca saúde 2
3. (PT) - Jornal de Notícias, 19/10/2015, Mostra para escolher especialidade 7
4. (PT) - Jornal de Notícias, 17/10/2015, 10% dos doentes em espera mais de oito meses 8
5. (PT) - Correio da Manhã, 18/10/2015, Luís Meira substitui Paulo Campos 9
6. (PT) - Correio da Manhã, 18/10/2015, Ana Jorge julgada por má gestão 10
7. (PT) - Correio da Manhã, 19/10/2015, Laboratório exige 20 milhões ao Estado 11
8. (PT) - Jornal de Notícias, 18/10/2015, Cancro Ipatimup premiado em Espanha 12
9. (PT) - Jornal de Notícias, 17/10/2015, Banco de Sangue quer ser autossuficiente 13
10. (PT) - Diário do Minho, 17/10/2015, EB 2,3 de Cabreiros mobiliza alunos contra cancro da mama 14
11. (PT) - Correio do Minho, 17/10/2015, Plano de Prevenção Municipal quer envolver toda a comunidade 15
12. (PT) - Destak, 19/10/2015, Peso a mais que importa 16
13. (PT) - Jornal de Notícias, 19/10/2015, Ordem elege bastonária 18
14. (PT) - i, 19/10/2015, João Lobo Antunes. A vida extraordinária do cirurgião que aconselhou presidentes eministros
19
15. (PT) - Correio da Manhã, 19/10/2015, Esterilização feminina menos eficaz 26
16. (PT) - Correio da Manhã, 17/10/2015, Implantes testiculares suspensos 27
17. (PT) - Público - 2, 18/10/2015, A falta de psicólogos 28
18. (PT) - Diário de Notícias, 17/10/2015, Religião, política e saúde 29
19. (PT) - Público, 18/10/2015, Publicidade enganosa em saúde pode levar a coima de 45 mil euros 30
20. (PT) - Diário de Notícias, 19/10/2015, Centenas de médicos oferecem apoio e consultas a refugiados 31
21. (PT) - Diário de Notícias, 17/10/2015, A felicidade da vítima quando vê quem a vai salvar 32
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Tiragem: 76966
País: Portugal
Period.: Diária
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Risco de pobreza é mais alto entre quem tem problemas de saúde
Uma em cada cinco pessoas que vi-
vem em Portugal é pobre. Para as
que têm limitações causadas por
problemas de saúde, o risco de po-
breza é ainda superior ao da popu-
lação em geral. E as difi culdades
fi nanceiras são a principal razão
para as pessoas não acederem aos
cuidados de saúde. A conclusão é
do Instituto Nacional de Estatística
(INE), que ontem publicou números
defi nitivos sobre a pobreza relativos
a 2013, relacionando, pela primeira
vez, as difi culdades de acesso a cui-
dados de saúde com as difi culdades
económicas.
A pobreza voltou a aumentar em
2013, abrangendo 19,5% da popu-
lação portuguesa (era de 18,8% em
2012). A taxa é mais alta, de 21,5%,
entre as pessoas que referem ter
algum tipo de problema de saúde,
o que compara com uma taxa de
16,7% relativa às pessoas que refe-
rem não ter limitações. Do inquérito
realizado sobre as condições de vi-
da, o INE concluiu que a existência
dessas limitações “no desempenho
das actividades habituais revelou-se
sobretudo associada à existência de
privação material, sendo que 41,2%
das pessoas severamente limitadas
se encontravam em privação mate-
rial”.
A falta de dinheiro foi a princi-
pal razão apontada para as pessoas
não conseguirem satisfazer os cui-
dados de saúde, caso dos exames
e tratamentos médicos (53,5%) ou
dentários (82,5%). Ao mesmo tem-
po, “5,5% da população com 16 ou
mais anos referiu que, em pelo me-
nos uma ocasião, necessitou de cui-
dados médicos e não os recebeu, e
18,8% necessitou de cuidados den-
tários e não os recebeu”.
Nas situações de maior vulnera-
bilidade, o INE diz que a falta de
dinheiro para pagar os cuidados de
saúde “assumiu proporções bastan-
te signifi cativas”. Essa foi a razão
referida por 73,6% das pessoas que
estão simultaneamente em risco de
pobreza e em privação material rela-
tivamente a exames ou tratamentos
médicos. E no caso das pessoas que
não conseguem fazer exames ou tra-
tamentos dentários, a percentagem
sobe para 96,4%.
Outro dado que o INE procurou
avaliar foi a forma como as pesso-
as (a partir dos 16 anos) avaliam a
sua saúde. E aqui há uma “diferença
considerável” entre o que dizem as
pessoas em idade activa e os mais
velhos. Nos primeiros, 57,2% avalia-
ram a sua saúde como boa ou mui-
to boa, havendo apenas 10% que a
consideravam má ou muito má. Já
no caso da população idosa, acon-
tece o inverso: só 10,9% a avaliaram
como boa ou muito boa, enquanto
44,4% diziam estar mal ou muito mal
de saúde. Aliás, mais de dois terços
da população idosa referiram ter
alguma limitação devido a proble-
mas de saúde “no desempenho das
actividades que são habituais para
as restantes pessoas”.
Preço dos medicamentosO estudo Políticas Públicas na Saú-
de: 2011-2015. Avaliação do Impac-
to, publicado no fi m de Setembro
pela Nova School of Business and
Economics, indicava precisamente
que a principal barreira no acesso
a cuidados de saúde é o preço dos
medicamentos, alertando que essa
difi culdade é sobretudo sentida por
desempregados, reformados e nas
camadas da população com rendi-
mentos mais baixos. Já o preço das
taxas moderadoras nas consultas e
exames e o preço dos transportes
parecem não ter tanto impacto.
Um outro trabalho, publicado em
Fevereiro pela Nova Information Ma-
nagement School, também indica-
va que 20% dos inquiridos para o
estudo tinham deixado de recorrer
a consultas nos médicos de família
ou nos hospitais e a exames comple-
mentares por falta de capacidade
fi nanceira. Essa mesma difi culda-
de impediu 16% dos inquiridos de
comprarem todos os medicamentos
prescritos pelo mesmo médico no
último ano, sendo que em 89% dos
casos o fármaco deixado na farmácia
era tomado de forma regular pelo
doente.
O mesmo inquérito do INE, publi-
cado na véspera do Dia Internacio-
O aumento da pobreza foi transversal a todos os grupos etários, mas as crianças são as mais afectadas
Crianças são as mais afectadas pelo aumento da pobreza. Assimetrias entre quem tem maiores e menores rendimentos voltaram a crescer
Estatísticas Pedro Crisóstomo
Mais ao pormenor, o INE indica
que, entre os mais novos, 25,6% es-
tão em risco de pobreza, quando
essa taxa é de 19,1% na população
em idade activa e de 15,1% na po-
pulação idosa. “Esta condição tem
vindo a manter-se desde 2007, e
registou importância acrescida em
2012 e 2013.” Onde o risco de po-
breza mais aumentou foi entre as
famílias monoparentais com uma
ou mais crianças, e nas famílias com
crianças e três ou mais adultos.
Nas famílias sem crianças, o au-
mento “afectou sobretudo os adul-
tos com menos de 65 anos que vivem
sós e os agregados constituídos por
três ou mais adultos”. Entre os de-
sempregados, o risco de pobreza
abrange 40,5% das pessoas; a taxa
é de 10,7% na população empregada
e de 12,9% entre os reformados.
Privação materialNa Europa, um em cada quatro ci-
dadãos está em risco de pobreza e
exclusão social — a taxa é de 24,4%
no conjunto dos 28 países da UE. São
122 milhões de pessoas (este indica-
dor compara com a taxa de 27,5%
em Portugal).
Para perceber o contributo das
transferências sociais no combate
às desigualdades, o INE calculou
qual seria a taxa de pobreza con-
tabilizando apenas os rendimentos
de trabalho, de capital e as trans-
ferências privadas. A conclusão é
nal da Erradicação da Pobreza, que
se celebra hoje, vem confi rmar al-
guns dados já conhecidos em Janeiro
sobre a realidade portuguesa. Para
medir a pobreza, o conceito estatís-
tico ofi cial adoptado a nível europeu
refere-se a “risco de pobreza”.
Algumas tendências: o país vol-
tou aos níveis de pobreza de há dez
anos; 27,5% das pessoas estão em ris-
co de exclusão social (2,8 milhões
de pessoas); a “forte desigualdade
na distribuição dos rendimentos”
mantém-se; o risco de pobreza é
mais elevado entre as mulheres do
que entre os homens; e o aumento
da pobreza foi transversal a todos os
grupos etários, mas as crianças são
as mais afectadas.
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que, se não fossem tidas em conta
as transferências sociais, 47,8% da
população residente viveria em si-
tuação de pobreza. Aliás, entre 2012
e 2013, aumentou o contributo das
transferências relacionadas com a
doença, incapacidade, família, de-
semprego e inclusão social, subli-
nha o INE.
Outro dado relevante é o da in-
tensidade da pobreza, um indicador
que, na prática, ajuda a perceber
qual é a percentagem de recursos
que faltam para as pessoas pobres
deixarem de o ser. Relativamente já
ao ano de 2014, o INE calcula que
mais de um quarto da população
viva em privação material e 10,6%
em privação material severa, “não
PAULO PIMENTA
se registando alterações signifi cati-
vas” em relação a 2013. E 10,5% da
população estava em risco e pobre-
za e, ao mesmo tempo, em privação
material.
Quanto à distribuição de rendi-
mentos, a assimetria entre os grupos
da população com maiores e meno-
res recursos continuou a aumentar,
mantendo-se a tendência dos anos
anteriores.
No chamado coefi ciente de Gini,
que mede a distribuição dos rendi-
mentos, o valor dos 10% da popula-
ção com maiores recursos era 11,1
vezes superior ao rendimento equi-
valente dos 10% da população com
menores recursos. com Romana Borja-Santos
Quanto à distribuição de rendimentos, a assimetria entre os grupos da população com maiores e menores recursos continua a aumentar
19,5%A pobreza voltou a aumentar em 2013, abrangendo 19,5% da população portuguesa (era de 18,8% em 2012)
21,5%A taxa é mais alta, de 21,5%, entre as pessoas que referem ter algum tipo de problema de saúde
27,5%Portugal voltou aos níveis de pobreza de há dez anos; 27,5% das pessoas estão em risco de exclusão social (2,8 milhões de pessoas)
25,6%O INE indica que, entre os mais novos, 25,6% estão em risco de pobreza, quando essa taxa é de 19,1% na população em idade activa e de 15,1% na população idosa
24,4%Na Europa, um em cada quatro cidadãos está em risco de pobreza e exclusão social — a taxa é de 24,4% no conjunto dos 28 países da UE
10,6%O INE calcula que mais de um quarto da populaçãoviva em privação materiale 10,6% em privaçãomaterial severa Página 3
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Fonte: The Millennium Development Goals Report, Julho 2015; Ending Extreme Poverty and Sharing Prosperity, World Bank Group; Rendimento e Condições de Vida - 2014, INE
> 60%
45 - 60
30 - 45
15 - 30
< 15
Países desenvolvidos
Países em desenvolvimento
População a viver com meno
América Latinae Caraíbas
4%
por região (em %)
Evolução da população mundial abaixo do limiar de pobreza extremaEm milhões
1990 1993 1996 1999 2002 2005 2008 2011 2015
1926 19391754 1751
16321371
1255
836
36% 60%
da populaçãomundial
vivem na Índia, Nigéria, China, Bangladesh e Rep. Dem. Congo
Metapara 2015
12%
1990 Meta para 2015
População subnutrida por regiãoEm %
ÁFRICASUBSARIANAAMÉRICA LATINA OCEANIA
SUDESTE ASIÁTICO
REGIÕES EM DESENVOLVIMENTO
ÁSIA MERIDIONAL
CARAÍBAS33
23
31
10
27
14
20
16
14
Prevalência do baixo peso infantilCrianças com menos de 5 anos
Mundo
África Subsariana
Ásia Meridional
1990 2015
142028
25
29
50
23
13
24
16
<5
795 milhões
não tem o suficiente para comer
2014-16 projecção
1 em cada 9
1011
PORTUGALEm 2013, Portugal regressou aos níveis de pobreza de há dez anos. Os números do Instituto Nacional de Estatística mostram que 19,5% da população está em risco de pobreza, quando em 2012 estava em 18,7%. Ainda mais alto é o indicador que mede o nível de pobreza e exclusão social, que atingiu 27,5% da população em 2013. 2005 20132012
18,5 18,7
47,8
40,2
46,9
4937€
1 em cada 5 portugueses
está em risco de pobreza
Evolução da taxa de risco de pobreza (%)Antes de qualquer transferência socialApós transferências sociais*
19,54386€
Limiar da pobreza(€ por ano)
*Pensões, apoios à família, educação, habitação, doença/invalidez, desemprego, combate à exclusão social
4 ou + itens - Privação material severa3 itens ≤ 2 itens
Privação material% da população sem acesso a:
%
25,7%Pessoas em
privaçãomaterial
15,1
10,6
Itensa) Não consegue assegurar o pagamento imediato de uma despesa inesperada (sem recorrer a empréstimo); b) Sem capacidade para pagar uma semana de férias, por ano, fora de casa; c) Não consegue assegurar o pagamento regular de rendas, créditos ou despesas da residência; d) Não tem uma refeição de carne ou de peixe (ou equivalente vegetariano), pelo menos de 2 em 2 dias; e) Não consegue manter a casa adequadamente aquecida; f) Não tem máquina de lavar roupa; g) Não tem televisão; h) Não tem telefone fixo ou telemóvel; i) Não tem automóvel.
Dados de 2013
Dia internacional da erradica
A pobreza é multidimensional e a
sua expressão varia consoante a re-
gião no mundo. A qualidade de vida
depende, entre vários aspectos, do
local onde vivemos, de quanto ga-
nhamos, do que comemos e quanto
comemos, do que compramos ou
podemos comprar, se vamos à es-
cola e ao médico. Todos estes fac-
tores contribuem para o bem-estar
e para a qualidade de vida de uma
população, e através do seu nível de
rendimentos podemos saber qual a
sua capacidade de obter os bens e
serviços de que necessita. Segundo
o Banco Mundial, uma população
pobre é aquela cujos rendimentos
são insufi cientes para obter o mí-
nimo necessário para se abastecer
O dia 17 de Outubro é, desde 2000, dedicado pelas Nações Unidas a promovera consciencialização sobre a necessidade de erradicar a pobreza e a misériaem todo o mundo. Por Célia Rodrigues e Francisco Lopes
de alimentos e de bens essenciais à
vida. A nível global, ter menos de
1,25 dólares por dia, ou seja, menos
de um euro e dez cêntimos, defi ne a
linha da pobreza extrema.
Este ano o Dia Internacional para
a Erradicação da Pobreza reveste-
se de maior importância por ser o
ano de conclusões dos esforços le-
vados a cabo pela ONU em relação
às metas do programa Millennium
2000-2015.
Em 1990, 36% da população mun-
dial vivia abaixo do limiar de pobre-
za extrema. Em 2015 esta proporção
corresponde a 12%. A fome crónica
ainda afecta 795 milhões de pessoas.
Isto signifi ca que uma em cada no-
ve não tem o sufi ciente para comer.
Nas crianças, que são o grupo que
mais sofre com a escassez de alimen-
tos, 14% dos menores de 5 anos são
subnutridos, aumentando o risco de
problemas cognitivos e físicos. Um
em cada quatro tem um crescimento
abaixo dos padrões saudáveis.
Apesar das difi culdades, foi pos-
sível elevar perto de mil milhões de
pessoas acima do nível de pobreza
extrema, mas mesmo com estes re-
sultados continua a haver mais de
700 milhões de pessoas abaixo da
linha de pobreza extrema. No entan-
to, as melhorias ocorridas perpetu-
am as desigualdades regionais, man-
tendo-se a África subsariana como a
principal região do mundo onde se
registaram menos progressos.
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PÚBLICO
os de 1,25 dólares por dia
Sudeste Asiático
Ásia Oriental
Ásia Meridional
SudoesteAsiático
Norte de África
1%
África Subsariana41%
3% 7%
4%
17%
103,
9 n
o m
undo
56,7
21,1
41,3
38,211,7
32,8
9,1
Crianças fora da escola comidade para frequentar a primária Em milhões
1990 Projecção 2015
Países desenvolvidosOutrasregiões
África Subsariana
Ásia Meridional
2000 2015
Jovens 15 - 24
Maiores de 24 anos
Iliteracia no mundo Em milhões
3,3
3,1
85,7 43,9 56,653,2
503
270
467
284
15
10090
6
47 43
1990 2015 projecção
Meta para 2015
Mortalidade infantil Menores de 5 anosPor 1000 nascimentos
Países desenvol.
Países em desenvol. Mundo
Mortes devido ao sarampoEstimativa, em milhares
40
110
347
4610
45
84%
73%
20132000
Percentagem de crianças querecebeu pelo menos uma dose
da vacina contra o sarampo
África Subsariana
Ásia Meridional
Outras regiões
Desalojados Em milhões
Percentagem de população com acesso a:
2000 2015
Deslocadosdentro do seu país
Refugiados
1,8 Aguardam decisão ao pedido de asilo Água potável Saneamento básico
Países em desenvolvimento
6243
96946854
1990 2015 projeção 1990 2015 projecção
8970
999891%
76%
Países desenvolvidos
Média mundial
População empregada nos países em desenvolvimento por rendimento
População em idadeactiva empregada
11
16
2535
13
%
52% sobrevive com 4 ou menos USD/dia
< 1,25 USD/dia1,25 a 22 a 44 a 13> 13
1991
64% 57
2015
61 56
Países em desenvolvimento
Países desenvolvidos
6038
38
±20
População em risco de pobrezaou exclusão socialIndivíduos em risco de pobreza ou vivendo em agregados com intensidade laboral per capita muito reduzida ou em situação de privação material severa.
201420132010
23,7
25,3% 24,5
27,5
Portugal
UE28
Reformado
Empregado
Faixa etáriaCondição perante o trabalho
Por:Sexo
+6518-640-17Mulheres Homens
20,0 18,9
25,610,7
40,5
12,9
32,4
19,115,1
Taxa de risco de pobreza após transferências sociais
Por tipo de limitação devidoa problemas de saúde
Nada limitado
Limitado, mas não severamente
Severamente limitado
Privação materialRisco de pobreza
21,4 21,516,7
41,2
30,3
21,2
Desempregado
Outros inativos
10,5%Em risco de pobreza e privação material
15,2%Em risco de pobreza e sem privação material
8,9%Em privação material e sem risco de pobreza
65,4%Sem risco de pobreza e sem privaçãomaterial
Distribuição da populaçãoDados de 2013 Dados de 2013
ação da pobreza
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Crianças são as mais afectadas pelo aumento da pobreza. Assimetrias entre quem tem maiores e menores rendimentos voltaram a crescer p12 a 15
Risco de pobreza é maior entre quem tem pouca saúde
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EB 2,3 de Cabreiros mobilizaalunos contra cancro da mama
O gabinete Individual de Apoio ao Aluno (GIA) da EB 2,3 de Cabreiros está a pro-
mover, ao longo do mês de outubro, um conjun-to de iniciativas para as-sinalar o "Mês Rosa", sen-sibilizando a comunidade
escolar para a problemá-tica do cancro da mama. Entre as diversas ativida-des previstas nesta ação, em parceria com a Uni-dade de Psico-Oncolo-gia (Polo de Braga da Li-ga Portuguesa contra o Cancro) destaca-se uma
recolha de soutiens que, até ao próximo dia 30, en-feitam as árvores da Pra-ça do Município, no âm-bito de uma exposição que conta com a partici-pação de várias escolas e instituições/associações.
Uma parte dos soutiens
recolhidos destina-se a enfeitar uma árvore na escola, com mensagens alusivas ao combate ao cancro da mama.
Para além disso, será oferecido a todos os mem-bros da comunidade es-colar, um laço cor de ro-sa para ser colocado no peito como sinal de soli-dariedade para com to-das as pessoas afetadas por este flagelo.
A abordagem desta te-mática, em contexto es-colar, tem como objetivo atuar ao nível da promo-ção da saúde procurando alertar para a necessida-de de adoção de estilos de vida saudáveis e so-bre os sinais de alerta da doença, bem como pa-ra a construção de esco-las promotoras da saúde e da solidariedade.
Escola vai enfeitar as árvores da praça do Município com soutiens entre hoje e o dia 30
A EB 2,3 de Cabreiros está a promover várias iniciativa contra o cancro da mama
Arq
uiv
o D
M
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Tiragem: 8000
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DIA MUNDIAL DA ALIMENTAÇÃO| Patrícia Sousa |
Está a dar os primeiros passos,
mas espera-se que “envolva toda
a comunidade”. Dado a conhe-
cer, ontem, à comunidade esco-
lar no âmbito do Dia Mundial da
Alimentação, o Plano de Pre-
venção Municipal “pretende ser
um plano de protecção em saúde
com a realização de acções con-
crectas”, explicou a vereadora
da Educação da Câmara Munici-
pal de Braga, Lídia Dias.
Presente na iniciativa organiza-
da pela autarquia, em parceria
com o Hospital de Braga, que
decorreu na Avenida Central, a
vereadora garantiu que este pla-
no, que funcionará na vertente
da prevenção, “vai ser integrado
e trabalhado em rede”. E Lídia
Dias explicou: “as pessoas estão
sensibilizadas que é importante,
mas depois não conseguem con-
cretizar e este plano vai ajudar a
colocar em prática as acções”.
Também a directora de Comu-
nicação do Hospital de Braga,
Elisabeth Ferreira, referiu que
este plano passa, nesta fase, “por
sensibilizar os players das esco-
las, o coração da sociedade”. Es-
pera-se, por isso, com este plano
que “a preocupação com uma vi-
da saudável seja um objectivo
comum para escolas, para as em-
presas, para as instituições, ou
seja, para toda a comunidade”,
defendeu aquela responsável.
As actividades realizadas, du-
rante o dia de ontem, entre a
Avenida Central e a Biblioteca
Lúcio Craveiro da Silva, foram
mais direccionadas para os mais
novos. “Continuamos a alertar
para as questões da alimentação
e criação de hábito saudáveis”,
frisou, entretanto, a vereadora
Lídia Dias, lembrando alguns
dos projectos desenvolvidos pe-
lo Município de Braga. “Esta-
mos a distribuir fruta nas escolas
do primeiro ciclo e temos ainda
a distribuição de uma peça de
fruta nos jardins-de-infância,
ajudando desde logo a criar esse
hábito”, lembrou Lídia Dias,
destacando ainda o projecto no
Mercado Abastecedor da Região
de Braga (MARB), que será re-
tomado para a semana. “Aqui
trabalhamos um conjunto de
abordagens e actividades muito
pertinentes e a câmara municipal
assegurou a continuidade deste
projecto, porque entendemos
que os objectivos são inteira-
mente cumpridos”, confirmou.
O centro da cidade foi mais de-
dicado à actividade física, da
responsabilidade do projecto
Braga Activa, rastreios de saúde
(glicemia, tensão arterial, IMC e
perímetro absdominal), bem co-
mo sessões de aconselhamento
nutricional. Elisabete Ferreira,
directora de Comunicação do
Hospital de Braga, lembrou que
nas acções de sensibilização rea-
lizadas pela instituição o tema
alimentação acaba sempre por
estar presente. “Costumamos fa-
zê-lo em ambiente hospitalar,
mas é muito importante para nós
vir ao encontro da comunidade
com os nossos profisisonais e
sensibilizar para a alimentação
saudável e para a algumas pato-
logias, nomeadamente a diabe-
tes e os riscos cardiovasculares,
onde a alimentação pode interfe-
rir”, sublinhou.
Plano de Prevenção Municipalquer envolver toda a comunidadeMUNICÍPIO DE BRAGA comemorou, ontem, o Dia Mundial da Alimentação. Hospital de Braga eBiblioteca Lúcio Craveiro da Silva foram parceiros nas inúmeras actividades realizadas.
DR
Mais novos tiveram aula de ginástica promovida, no âmbito do programa Braga Activa
DR
Rastreios de saúde realizaram-se na Avenida Central
Para Lídia Dias, apesar de vivermos na era dainformação, as pessoas“estão muito desinforma-das”, por isso, a BibliotecaLúcio Craveiro da Silvaacolheu várias palestras queabordaram temas como asescolhas alimentares e a ali-mentação saudável .
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tam para a forte probabilidade de ex-cessodepeso»nascostasdascrianças.
QuemoconfirmaéLuísTeixeira,ci-rurgiãoortopédicoefundadordaasso-ciação, que o assume sem surpresas.«Hámuitascriançascomqueixasesa-bemosdissopelapráticaclínica.Oquequeremosagoraéterdadoscientíficos.»
Umproblema geralO peso das mochilas não deve, refereao Destako especialista, «ultrapassar10% do peso corporal dacriança». Atéporque, quando este é superior a 15%,«há alterações na postura que podemcondicionar, no futuro, alterações nacolunavertebral».É,pois,urgentemu-dar comportamentos. E são os núme-rosqueoexigem.«Seteemcadadezso-fremdacoluna,queéasegundamaiorcausade idaao médico de família.»
Cadernos, livros, estojo, maislivros, dicionário... A lista de ma-
terialescolarquecabenasmochilasdascrianças é grande. Tão grande como opesoqueestassehabituamacarregar.E com consequências. É para ilustraro que se passa com a coluna vertebraldascriançasemidadeescolarqueaas-sociaçãoSpineMatterspercorreases-colasdoPaís.Conclusõesaindanãohá.Masosresultadospreliminares«apon-
CARLA MARINA [email protected]
Resultados preliminares confirmam que há peso a mais sobre as costas infantis
SÉRGIO LEMOS/CM
Peso a mais que importaAssociação SpineMatters está a percorrerescolas com uma missão:detetar problemasna coluna das crianças.
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ATUALIDADE • 04
CriançasdemasiadocarregadasPeso excessivo dasmochilas potencia
problemas da coluna, a segundamaiorcausa das idas aomédico de família.
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cada utente, não devendo ser prescritos apenas
de maneira burocrática.
Se no sistema de saúde a situação é má, no
sistema escolar é ainda pior. Muitas escolas não
têm psicólogo e noutras o técnico tem de dividir
a sua actividade por vários estabelecimentos de
ensino, o que o leva a correr de um lado para o
outro, sem conseguir ter uma acção sustentada
em lado nenhum. Tenho defendido a existência,
em cada escola, de um responsável pelo acon-
selhamento e orientação dos alunos, em ligação
directa com os professores e com a direcção da
escola. Teria uma função semelhante à do coun-
selor, no modelo escolar anglo-saxónico, papel
que o psicólogo escolar desempenharia com es-
pecial competência: um assunto adiado para o
próximo governo.
Sugestão de leitura: sem dúvida Purity, de Jona-
than Franzen. Diz-se que os poucos portugueses
leitores de romances o fazem apenas alguns mi-
nutos antes de adormecer, o que tornaria muito
arrastada a leitura destas 700 páginas. Espero que
disponham de alguns fi ns-de-semana para entrar
neste romance sobre os dias de hoje. Está lá tudo:
a Internet e as suas vicissitudes, os amores dife-
rentes dos nossos dias, a Europa que nos esforçam
por esconder. A ler, absolutamente.
DANIEL SAMPAIOPORQUE SIM
A FALTA DE PSICÓLOGOS A
notícia é recorrente: há falta de psicólo-
gos em várias estruturas do sistema pú-
blico. “Faltam 1600 psicólogos no SNS”,
titulava o Expresso, na sua edição de 10 de
Outubro. E o artigo divulgava a denúncia
da Ordem dos Psicólogos sobre a falta de
cerca de 1600 psicólogos nos cuidados de saúde
primários e nos hospitais. Parece que as informa-
ções ofi ciais nos relatam que existe um psicólogo
por cada agrupamento de centros de saúde, mas
isso só demonstra a escassez de recursos.
Sabemos que em Psiquiatria existe uma difi cul-
dade de acesso aos serviços. Dos muitos doentes
que necessitariam de cuidados psiquiátricos, só
uma pequena parte recebe o tratamento adequa-
do. Muitas pessoas permanecem sem apoio na
comunidade, outras são encaminhadas para o
médico de família e eventualmente para um psi-
cólogo, mas, com a complexidade das perturba-
ções mentais e perante a falta de articulação de
serviços, é inquestionável que muitas não recebem
a intervenção terapêutica necessária.
Alguns psicólogos dos centros de saúde bene-
fi ciariam de maior apoio dos serviços de Psiquia-
tria. Sem nunca esquecer a necessária autonomia
daqueles técnicos, existem muitas perturbações
mentais nos cuidados primários a precisar de
consulta de psiquiatria,
para além do atendimen-
to em Psicologia. Falta de
psicólogos e difi culdades
de acesso ao psiquiatra
conduzem assim a uma
grave carência de trata-
mento das perturbações
mentais.
A Ordem dos Psicólo-
gos propôs há dois anos
o denominado “cheque-
psicólogo”, à semelhança
do que já existe em me-
dicina dentária. Segundo
o Expresso, os cheques, no valor unitário de 40
euros, seriam emitidos pelo médico de família e
destinavam-se aos utentes sem acesso a consul-
tas de psicologia no sistema público. Esta medida
provisória teria como objectivo levar mais pessoas
a tratamentos de Psicologia e por isso seria posi-
tiva a sua concretização, mas tal não aconteceu.
No entanto, não basta marcar mais consultas de
Psicologia, com ou sem cheque. Os tratamentos
de psicoterapia, a realizar por psicólogos, têm
indicações precisas, determinadas pelo diagnós-
tico e pelas características de personalidade de
Se no sistema de saúde a situação é má, no sistema escolar é ainda pior
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Expressões como “grátis”, “gratui-
to”, “com desconto” ou “promoção”
vão tornar-se mais raras na publici-
dade a produtos e serviços de saúde
a partir de 1 de Novembro. Um novo
decreto-lei publicado nesta semana
em Diário da República muda as re-
gras nesta área, com o objectivo de
evitar “condutas que pressuponham
ou criem falsas necessidades de con-
sumo”. As promessas de resultados
sem base científi ca também passam
a ser proibidas. Quem infringir a le-
gislação arrisca-se a coimas que vão
dos 250 aos 44.891 euros.
O diploma tinha sido aprovado
em Conselho de Ministros em me-
ados de Agosto, mas só agora o seu
conteúdo foi totalmente conhecido.
As mudanças surgem um ano depois
de sete ordens profi ssionais terem
denunciado a completa desregula-
ção da publicidade a actos e serviços
de saúde. Na altura, o Ministério da
Saúde informou que o decreto-lei,
que surge na sequência de um gru-
po de trabalho criado pelo ministro
Paulo Macedo, proíbe as práticas pu-
blicitárias que induzam ou possam
induzir em erro os utentes quanto
às decisões que devem tomar.
“Toda a área da saúde é marcada
por uma forte componente ética.
Toda a regulamentação no sector
da saúde — que nos últimos anos foi
bastante reformada — é marcada pe-
la orientação que é dada por esses
princípios éticos. Por isso, faz sen-
tido dotar a publicidade nesta área
dos mesmos princípios”, explica Ri-
ta Roque de Pinho, responsável pelo
departamento de direito da saúde
Publicidade enganosa em saúde pode levar a coima de 45 mil euros
na sociedade de advogados Cuatre-
casas, Gonçalves Pereira.
Até agora a publicidade em saú-
de era regulada pelo código da pu-
blicidade, acrescenta a advogada,
lembrando que as questões éticas
acabavam por não acolher resposta,
sobretudo no que diz respeito à “vul-
nerabilidade” dos utentes. A partir
do mês que vem os casos passam a
ser tutelados pela Entidade Regula-
dora da Saúde, quando antes eram
supervisionados pela Direcção-Geral
do Consumidor. Os medicamentos
e dispositivos médicos já eram alvo
de uma regulação autónoma, que
cabe à Autoridade Nacional do Me-
dicamento (Infarmed).
O decreto-lei especifi ca que a al-
teração “abrange todas as práticas
de publicidade relativas a métodos
convencionais e terapêuticas não
convencionais, estando assim com-
preendidos no seu âmbito os meios
complementares de diagnóstico e
terapêutica, quaisquer tratamentos
ou terapias, designadamente os que
envolvem o uso de células”. Uma
das queixas das ordens profi ssio-
nais prendia-se precisamente com
os rastreios — uma questão particu-
larmente cara à Ordem dos Médicos
Dentistas, que se tem queixado do
problema.
O diploma argumenta que as al-
terações pretendem defender os
cidadãos da “comunicação comer-
cial” que possa ter um “elevado im-
pacto nas expectativas, em especial
em situações de doença e de vulne-
rabilidade acrescida, contribuindo
para o uso por vezes desnecessário
ou inadequado de actos e serviços
publicitados, com inegável prejuízo
para o estado de saúde”. As regras
aplicam-se a qualquer “comunica-
ção comercial, televenda e telepro-
moção”, mesmo que quando ela sur-
ge “sob a aparência de informação
editorial, técnica ou científi ca”.
Para Rita Roque de Pinho, esta
forte atenção às “necessidades em
saúde criadas de forma artifi cial e
distorcida” são um dos pontos mais
positivos da lei. “A minha apreciação
geral é positiva, mas há um ou outro
aspecto que poderia ter sido melhor
trabalhado”, ressalva a advogada,
dizendo que a própria defi nição que
o diploma dá de publicidade em saú-
de poderia clarifi car melhor que in-
clui, por exemplo, os suplementos
alimentares e outros produtos. A ad-
vogada considera, ainda, que o di-
ploma não deixa claras quais são as
“fontes de informação aceites pela
comunidade técnico-científi ca” em
que a publicidade se pode apoiar.
ConsumoRomana Borja-Santos
Alterações entram em vigor a 1 de Novembro. Objectivo é proteger utentes numa altura de “vulnerabilidade”
Novas regras também se aplicam a mensagens que surjam sob a aparência de informação editorial, técnica ou científi ca
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