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1 – FICHA CATALOGRÁFICA PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA
Título: O ensino da leitura através dos gêneros textuais jornalísticos
Autor José Carlos dos Santos
Escola de Atuação Colégio Estadual Talita Bresolin
Município da escola Califórnia – PR.
Núcleo Regional de Educação Apucarana
Orientador Vladimir Moreira
Instituição de Ensino Superior Universidade Estadual de Londrina (UEL)
Disciplina/Área Língua Portuguesa/Ensino e Aprendizagem de Leitura
Produção Didático-pedagógica Caderno Pedagógico
Relação Interdisciplinar
Público Alvo
(indicar o grupo com o qual o professor PDE desenvolveu o trabalho: professores, alunos, comunidade...)
Alunos de 3º ano do Ensino Médio
Localização Colégio Estadual Talita Bresolin – Ensino Fundamental e Médio.
Avenida José Cunha Neto, nº 388 - Califórnia
Apresentação: Justificativa: Neste mundo globalizado e consumista, o aluno
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passa a ser um objeto de um sistema pernicioso, em que seus princípios morais, éticos, étnicos e religiosos estão à mercê de um jogo de valores efêmeros, permeados por ter ou não ter, eis a questão! Por isso o aluno vai perdendo o referencial de ser cidadão crítico e construtivo. Mas, aí está nosso referencial: autênticos profissionais que educam por meio da leitura e suas intenções; com discernimento possamos esmiuçar os problemas educacionais e sociais, tratá-los com sabedoria e com consciência para saber enfrentar os novos desafios da vida. Sendo assim, poderemos resgatar os verdadeiros valores, ou seja, os valores perenes de uma educação de qualidade, que imortalizam a nossa história de construtores humanos.
Objetivos: Interpretar as idéias concernentes ao tema, mediante uma organização textual e contextual; analisar a estrutura, a composição e o estilo dos gêneros textuais jornalísticos; contextualizar para melhor compreensão do texto jornalístico em relação ao mundo inserido; Aprimorar a leitura oral por meio da pontuação, entonação e ênfase; intertextualizar para comparar as diferenças e semelhanças entre os textos verbais e não-verbais; criar hábito de ler e escrever por prazer; motivar o aluno a adquirir conhecimento com atividades da leitura por meio de textos jornalísticos.
Metodologia: Diante dessa tarefa de ensinar, é importante realçar que o comportamento humano envolve uma cadeia de estímulos recebidos ao longo dos nervos sensoriais até o sistema nervoso central; nesse momento o aluno passa a refletir sobre os gêneros discursivos, os quais sofrem um processo de condicionamento social, político, econômico, psicológico, artístico, religioso, etc.
Com uma metodologia diagnóstica e estratégia dinâmica; a teoria bem fundamentada e com sua praticidade responsiva, o aluno terá condições de melhorar principalmente a leitura, a escrita, o discurso e consequentemente a produção de texto por meio dos gêneros textuais jornalísticos.
Palavras-chave Leitura, jornal, contextualidade, intertextualidade, reflexão.
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2 – IDENTIFICAÇÃO
Professor PDE: José Carlos dos Santos
Área PDE: Ensino e Aprendizagem de Leitura
NRE: Apucarana
Professor orientador do IES: Vladimir Moreira
Escola de Implementação: Colégio Estadual Talita Bresolin -
Ensino Fundamental e Médio.
Público objeto de Intervenção: Alunos de 3º ano do Ensino Médio.
Tema: A dinâmica da Leitura
Título: O estudo da leitura através dos gêneros textuais jornalísticos
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3 – APRESENTAÇÃO
Este Caderno Pedagógico é um instrumento importante para obter um estudo significativo em sua praticidade, que tem como objeto de estudo: O jornal, proporcionando aos alunos um ensino de qualidade por meio da leitura e compreensão com discernimento dos gêneros textuais jornalísticos.
O estudo da leitura por meio dos gêneros textuais jornalísticos é dinâmico; pois a teoria é essencial com sua respectiva prática, com objetivo de melhorar o pensamento crítico por meio da reflexão da leitura e suas intenções ideológicas.
Possibilitar ao aluno condições de sustentabilidade e autocrítica para desenvolver uma cidadania consciente de seus deveres e direitos, motivando-o a questionar não somente a leitura e suas variações linguísticas, semânticas, sintáticas, etc., mas a intertextualidade e contextualidade, pois cada texto reflete um mundo fragmentado, contudo, não há discurso neutro ou único, há sempre uma variedade de discursos inseridos em citações soltas ou intencionais.
Compreendemos que o estudo da leitura nessa ótica, ou seja, o ensino através dos gêneros textuais jornalísticos motivará o aluno ao rompimento da rotina de um ledor, transformando-o num leitor que tenha mais perspectiva de leitura prévia desse mundo.
As atividades estão estruturadas e organizadas em oito gêneros textuais jornalísticos, com teoria e prática, por meio da oralidade e escrita.
Desejo que este material possa contribuir na formação de um espírito cidadão e que esse aluno esteja preparado para enfrentar os novos desafios midiáticos, culturais, sociais e tecnológicos.
Enfim, para que haja êxito, é necessário ter esperança e confiança em todo trabalho teórico que será aquilatado com sua praticidade responsiva.
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4 – OBJETIVOS: GERAL E ESPECÍFICOS
4.1 – GERAL
• Desenvolver habilidades e estratégias de leitura, oralidade e escrita por
meio dos gêneros textuais jornalísticos.
4.2 – ESPECÍFICOS
• Interpretar as ideias concernentes ao tema, mediante uma organização
textual e contextual;
• Analisar a estrutura, a composição e o estilo dos gêneros textuais
jornalísticos;
• Contextualizar para melhor compreensão do texto jornalístico em relação
ao mundo inserido;
• Aprimorar a leitura oral por meio da pontuação, entonação e ênfase;
• Intertextualizar para comparar as diferenças e semelhanças entre os textos
verbais e não verbais;
• Transcender as barreiras que impedem a concentração, bom desempenho
na leitura, discurso e produção de texto;
• Analisar e aplicar os recursos expressivos da língua em textos jornalísticos
e contextos;
• Criar hábito de ler e escrever por prazer;
• Motivar o aluno a adquirir conhecimento com atividades da leitura por meio
de textos jornalísticos.
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5 – PROBLEMA/PROBLEMATIZAÇÃO
[...] A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele. Como então, ler um mundo do qual fazemos parte e do qual poucos participam? Como “justificar” práticas como desta família, que permanecem anônimas, por que são agricultores? Como fazer com que a leitura do mundo modifique a leitura da palavra e vice-versa? [...] (FREIRE, 2001; p.11)
O que é ler? Para que ler? Como ler? Qual a importância da leitura
do mundo e do texto? Por que às vezes a escola não está inserida nesse contexto?
Na realidade, temos uma clientela, os nossos alunos, que tendem a
julgar os outros segundo critérios gerais e esteriotipados, enquanto outros são mais
flexíveis na sua atitude, pois são discursos provindos de um sistema capitalista
competitivo em sua efemeridade. Quais os critérios de leitura que devemos adotar
diante dessa realidade?
No conhecimento da natureza humana, contudo, não é tão exato e
tão amplo quanto nosso conhecimento do mundo físico. A redução do pensamento, do
sentimento, de percepção a certos discursos é uma simplificação excessiva e
exagerada desses processos complexos. O aluno passa a ser apenas um organismo
de estímulo e reação, formado principalmente por um processo de condicionamento.
Diante desse contexto físico e psicológico, como podemos, com a
leitura crítica e contextualizada, romper os condicionamentos desses processos
estáticos e cristalizados?
A problemática hoje no ensino é o desenvolvimento dos controles
capitalistas no mundo de produção, educação e formação de nossos alunos, que
conduzem a conflitos de classes, alienação, massificação e desumanização.
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Podemos discernir as manipulações de um sistema capitalista e as
consequências do consumismo, presentes nos textos verbais e não-verbais, por meio
da interpretação e compreensão dos gêneros textuais?
Podemos dizer que a falta de relevância entre a teoria do estudo dos
gêneros e a prática na sala de aula é um problema geral, que se verifica em todas as
disciplinas, ao aplicar a teoria sem a sua praticidade.
Toda teoria é fundamental para o conhecimento, mas qual a melhor
estratégia para aplicar a teoria de gêneros textuais nas práticas interpretativas,
contextuais, semânticas e linguísticas?
[…] a prática da leitura é um princípio de cidadania, ou seja, o leitor cidadão, pelas diferentes práticas de leitura, pode ficar sabendo quais são suas obrigações e também pode defender os seus direitos, além de ficar aberto às conquistas de outros direitos necessários para uma sociedade justa, democrática e feliz [...] (SILVA, 2005, p. 24).
Atualmente, diante dessa realidade tecnológica e midiática, qual é a
melhor estratégia para que a leitura seja um princípio de cidadania?
Muitas vezes, a escola e a família não proporcionam ao aluno uma
boa teoria com sua praticidade, por meio da leitura e a escrita, há também o fato de
escolas oferecerem, ainda hoje, um ensino de leitura e produção de texto centrado no
professor, ou seja, é necessário que haja no ensino: clareza, coesão, coerência,
concisão, estilo, concordância e não obscuridade, ambiguidade, prolixidade, etc.
Diante desse quadro, a maioria dos alunos fica desanimada.
Conseguiremos eliminar esse desânimo por meio de motivações e
conhecimento de textos e contextos, através dos gêneros textuais jornalísticos,
fazendo-o interagir como aluno-escritor, capaz de perceber que sua leitura e escrita
estão confusas, incompletas e, às vezes, sem nexo com o seu discurso textual e
contextual?
Não devemos esquecer que a dinâmica da leitura e da produção de
texto feita por essa perspectiva não despreza os tipos textuais tradicionalmente
trabalhados em cursos de redação e de eloquência, mas incorpora-os numa
perspectiva mais ampla, ou seja, o trabalho com a diversidade de gêneros textuais.
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Quais as possibilidades de trabalhar com os gêneros textuais
jornalísticos, como meio de aprimorar a leitura, o discurso e conhecimento de mundo e
a produção de texto?
Nesse contexto capitalista e midiático, de criação, produção,
consumismo e efemeridade; deparamos com alunos e professores leitores e ledores.
Temos excelentes teorias para resolver esse problema; mas, na prática, como
conseguiremos transformar ledores em leitores por meio de gêneros textuais
jornalísticos?
É possível que estudantes adquiram tal competência, estudando,
avaliando e produzindo textos de gêneros textuais jornalísticos?
6 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA/REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
A Língua é um fenômeno psicolinguístico que se constitui por meio
da integração de sujeitos, os quais interagem num contexto social, político, econômico,
com objetivo de se comunicarem e criarem a história por meio da oralidade e escrita.
Por ser um processo interativo, a língua vai se adequando aos
diversos gêneros textuais como um processo crítico-construtivo, por meio de
linguagens verbais e não-verbais, presentes no cotidiano do aluno, professor e no
mundo que os cerca.
[...] A verdadeira substância da língua não é constituída por sistema abstrato de formas linguísticas nem pela enunciação monológica isolada, nem pelo ato psicofisiológico de sua produção, mas pelo fenômeno social da interação verbal, realizada através da enunciação ou das enunciações. A interação verbal constitui assim a realidade fundamental da língua. [...] (BAKHTIN / VOLOCHINOV, 1999, p. 123).
[…] Toda palavra comporta duas faces. Ela é deterninada tanto pelo fato de que procede de alguém, como pelo fato de que se dirige a alguém. Ela constitui justamente o produto da interação do locutor e do ouvinte. Toda palavra serve de expressão a um em relação ao outro. A palavra é território comum do locutor e interlocutor. [...] (BAKHTIN / VOLOCHINOV, 1999, p.113).
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A língua não é um ato isolado, mas se concretiza no momento em
que sujeitos se comunicam com necessidades comuns que transcendem o tempo e o
espaço.
Na época paleolítica, o homem das cavernas, preocupado com a sua
sobrevivência, concentrava suas experiências criativas na apresentação dos
elementos significativos para a sua existência, como é o caso, por exemplo, das
pinturas de animais: simbolizavam a caverna mágica o sentido de possessão e a terra
o sentido da ação.
Na Idade Média, a direcionalidade da expressão criadora era dada
pela preocupação misticorreligiosa que se traduzia na estatuária, na pintura e na
arquitetura, sendo a catedral gótica toda fechada e apontada para o céu.
Se analisarmos as descobertas da astronomia e da física por meio
das teorias de Copérnico, Kepler e de Newton, veremos como refletem não só a
influência das concepções filosóficas como também as contingências e pressões
socioculturais.
A física quântica modelou o conceito dos átomos e as unidades
básicas da matéria e energia do microcosmo, abalando os pilares da causalidade e do
determinismo, agindo sobre o campo das probabilidades.
[…] seres situados num tempo histórico, num espaço geográfico; pertencem a uma comunidade, a um grupo e por isso carregam crenças, valores culturais, sociais, enfim a ideologia do grupo, da comunidade de que fazem parte. Essas crenças ideológicas são veiculadas, isto é, aparecem nos discursos. É por isso que dizemos que não há discurso neutro, todo discurso produz sentidos que expressam as posições sociais, culturais, ideológicas dos sujeitos da linguagem. Às vezes, esses sentidos são produzidos de forma explícita, mas na maioria das vezes não. Fica por conta do interlocutor o trabalho de construir, buscar os sentidos implícitos, subentendidos [...] (BRANDÃO, 2005, p.2-3)
No atual momento histórico-cultural e tecnológico, podemos através
dessa probabilidade interativa entre os professores, exigir uma demonstração de
possibilidades de construir novas formas e teorias com as devidas práticas a fim de
melhorar a educação, utilizando a tecnologia com objetivo de explorar o meio nas
dimensões temporal e espacial, de desenvolver as potencialidades da mente, de
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manipular os objetos e de vivenciar novas experiências com o compromisso de
melhorar o ensino em sua integridade.
A leitura é basicamente um processo de interação. Como esse
processo envolve os sentidos, ele pode estar no plano do verossímil ou da
verossimilhança, ler é ver as coisas como são ou deveriam ser. A leitura não se dá por
acesso direto à realidade, mas por intermediação de certos conceitos reais e irreais. A
leitura é semelhante a um prisma, o elemento intermediário funciona como reflexos
daquilo que somos, segmento do mundo que normalmente não tem nada a ver com
sua própria consistência física e psicológica. Ler é, portanto, reconhecer o mundo
através de perspectivas. Como esses reflexos oferecem imagens fragmentadas do
mundo, a verdadeira leitura só é possível quando se tem um conhecimento prévio
desse mundo.
Algumas personalidades já comentaram a respeito de leitura, cujas
citações soltas aparecem em vários textos, são elas:
Leite, leitura
letras, literatura,
tudo o que passa,
tudo o que dura
tudo o que duramente passa
tudo o que passageiramente dura
tudo, tudo, tudo
não passa de caricatura
de você, minha amargura
de ver que viver não tem cura
(Paulo Leminski)
A leitura traz esperança, mesmo que a vida é passageira, por isso
que viver não tem cura.
“A leitura de todos os bons livros é uma conversação com as mais
honestas pessoas dos séculos passados”.
(René Descartes)
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O homem é sujeito da história através da leitura, a responsabilidade
é de cada um fazer sua história por meio de bons livros.
“A leitura de um bom livro é um diálogo incessante: o livro fala e a
alma responde”.
(Henry Thoreau)
A nossa alma requer respostas do mundo físico e espiritual e só a
leitura pode oferecer esse diálogo.
“Se é proibido escrever nos monumentos, também deveria haver
uma lei que proibisse escrever sobre Shakespeare e Camões”.
(Mário Quintana)
A arte transcende os fatos, por que o proibido é o limite?
“A maior parte do tempo de um escritor é passado na leitura, para
depois escrever, uma pessoa revira metade de uma biblioteca para fazer um só livro”.
(Samuel Johnson)
O conhecimento é vasto e a pesquisa é infinita, mas a sabedoria de
fazer apenas um livro já é uma grande conquista.
“A leitura torna o homem completo; a conversação torna-o ágio; e
escrever dá-lhe precisão”.
(Francis Bacon)
A leitura torna o homem satisfeito quando sente a plenitude de um
bom discurso e se realiza na produção de um bom texto.
Mas, temos que discernir leitores de ledores; segundo Gonçalves:
“Alunos leitores convivem em um domínio institucional de menor controle social, pois há tendência para ser um ambiente transformador, crítico. Leitores estão mais abertos a cobranças externas, enquanto os ledores estão mais fechados a elas, por isso professores e alunos leitores apresentam tendências para serem mais inovadores. Os PCNs são cobranças externas, assim como as avaliações em todos os níveis de ensino, e como ledores são menos inovadores, eles se mostram mais resistentes quanto às mudanças
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pelas quais a sociedade contemporânea clama. Em um ambiente de leitores a tendência é para maior aceitação, enquanto ledores tendem à maior estigmatização. Investigar como professores e alunos são vistos e aceitos revela estigmas que influem no trabalho realizado com leitura na escola. As contradições entre o currículo oficial (o que se diz fazer) e o currículo oculto (o que realmente se faz) permanecem implícitas para um ledor e por isso não são discutidas e combatidas. Um ambiente de leitores favorece a explicitação dos problemas, o que facilita a busca de soluções para os mesmos”. (GONÇALVES, 2004. p.9-10)
Temos que ter consciência de que os PCNs propõem em sua
essência formar leitores críticos e cidadãos que tenham a capacidade de reflexão
crítica e relativa aos conhecimentos cognitivos e questões institucionais, por isso que
estamos diante desse desafio através do PDE, que envolve um processo contínuo de
formação profissional e cidadania.
Nessa perspectiva de ensino, temos muitos recursos disponíveis, a
fim de melhorar o ensino-aprendizagem; o jornal é um recurso importantíssimo para
ser incorporado à sala de aula com o intuito de formar leitores e não ledores, por isso
o professor tem que ser um leitor e saber a melhor forma de utilizar o jornal na sala de
aula.
A interpretação é uma ação contínua de explicar o sentido de um
texto, pode ser um comentário crítico, ação de atribuir um sentido simbólico ou
alegórico a alguma coisa, a interpretação de um sonho, por exemplo.
A interpretação da arte e técnica de representar no cinema, teatro,
televisão, etc., é representação, desempenho. O ator interpretou bem o papel; num
estado virtual, a maneira pela qual um executante, ou um grupo de executantes, um
regente, torna mais sensível ao público.
A interpretação no direito, a operação pela qual se determina o exato
sentido e alcance de uma norma ou ato jurídico. Na informática, análise e execução
imediata de um programa sem passar, instrução por instrução, sem passar por uma
fase de compilação.
Na psicanálise, a interpretação do psicanalista que consiste em
restituir ao analisando, numa dimensão simbólica, o sentido latente do material que
este lhe fornece durante as sessões e, através disso, colocá-lo em presença de um
desejo inconsciente. Na Psiquiatria, delírio de interpretação e forma crônica do delírio
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sistematizado, que repousa sobre uma multiplicidade de interpretações delirantes,
mais frequentemente com um tema de perseguição.
[...] Além de criar e recriar representações, formas de conhecimento e crenças, os textos refletem, constituem e podem desafiar e transformar tipos de relações entre os indivíduos. Essas relações sociais dizem respeito às conexões, dependências e entrelaçamentos interpessoais, envolvendo os participantes do evento discursivo [...] (Meurer; Roth 2002, p.24).
Segundo DOLZ; PASQUIER; BRONKCKART (1993) E DOLZ; SCHNEUWLY(1998), Três tipos de capacidades estão envolvidas na interpretação, compreensão e produção de textos: capacidades de ação, capacidades discursivas e capacidades linguístico-discursivas. Resumindo, as capacidades de ação levam o sujeito a adaptar seu texto à representação do contexto social ou contextualização; as capacidades discursivas relacionam-se às escolhas de planificação e representação dos conteúdos temáticos a serem desenvolvidos, ao passo que as capacidades linguístico-discursivas são marcadas pela escolha de unidades lingüísticas e mecanismos de textualização.
Bakhtin (1992) considera o dialogismo como princípio constitutivo e
fundador da linguagem e como condição do sentido do discurso. Nessa concepção, o
discurso não é individual, porque se constrói entre pelo menos dois interlocutores e
também porque se constrói nas relações com outros discursos ou textos. Para o autor,
o texto é definido “como um tecido de muitas vozes” ou de muitos textos ou discursos,
que se entrecruzam, se completam, se polemizam entre si no interior do texto.
(Barros,1999, p. 2).
Dessa forma, a concepção de linguagem, segundo Bakhtin (1992) e
Ducrot (1987), é a de que não há discurso ou texto homogêneo, que o texto não é um
objeto sem voz e que o sujeito é sempre produto da multiplicidade, da diferença, da
alteridade, isto é, do dialogismo, da polifonia, da poliglossia.
Os estudos do texto, hoje, partem do princípio que cada texto
pertence a um gênero do discurso (ou textual). Os gêneros textuais dividem-se em
“primários” (simples) e “secundários” (complexos). Os “primários” são constituídos dos
tipos de diálogo oral, como a linguagem das reuniões sociais, a linguagem familiar,
cotidiana. Os “secundários” aparecem em circunstância de uma comunicação cultural
mais complexa, principalmente escrita, como romance, teatro, o discurso científico, o
discurso jornalístico, etc.
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Podemos distinguir os gêneros primários dos secundários os quais
têm grande importância para discernir a natureza do enunciado, é necessário estudar
a inter-relação entre os gêneros primários e secundários e o processo histórico de
formação dos gêneros secundários – que absorveriam os gêneros primários,
transformando-os: “A inter-relação entre os gêneros primários e secundários de um
lado, o processo histórico de formação dos gêneros secundários de outro, eis que
esclarece a natureza do enunciado (e, acima de tudo, o difícil problema da correlação
entre língua, ideologias e visões de mundo)” BAKHTIN,1952-53 / 1979, p.282).
“A variedade dos gêneros do discurso é infinita e, tal como são as atividades humanas, em suas possibilidades, de forma que cada esfera de atividade comporta um repertório do discurso que vai diferenciando-se e ampliando-se à medida que a própria esfera se desenvolve e fica mais complexa”. (BAKHTIN,1952-53 / 1979, p. 279).
[...] Desde a literatura clássica, há uma preocupação em reunir os textos que obedeçam a uma tipologia geral, pelas especificidades e pelas diferenças que mantêm entre si. Mas o que se pode observar é que os estudos envolvendo textos e gêneros não se esgotam nem nas pesquisas dos clássicos, nem naquelas desenvolvidas por autores contemporâneos. A proliferação de “novos” gêneros está certamente associada aos avanços tecnológicos e à velocidade na comunicação no mundo contemporâneo. A dinamicidade do meio, por interferência ou contaminação, modifica tanto as formas de representar o mundo através das diferentes linguagens - sonoras e visuais – que, numa grande variedade de textos, frequentemente, co-ocorrem e interagem. [...] (MEURER; ROTH, 2002, p.262).
Essa proliferação de variados gêneros textuais que surgem a cada
momento é consequência dessa dinâmica da comunicação que interage na velocidade
da luz através dos avanços tecnológicos, ou melhor, na velocidade do pensamento,
que cria e recria novos gêneros discursivos ou textuais.
Nas questões de linguagem, os estudos priorizam a atividade de
linguagem na perspectiva enunciativa discursiva (BAKHTIN / VOLOCHINOV, 1988, p.
110-112) que concebe a enunciação como produto da interação social. Para o autor,
toda a enunciação é dialógica e faz parte do processo de comunicação contínua, não
se restringindo apenas às réplicas de um diálogo real: é a mais ampla, heterogênea,
complexa e faz parte da história, da memória coletiva que se representa na construção
dos sentidos.
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[...] Por serem constituídas de enunciados, elas são variadas, têm formas típicas e se adaptam às múltiplas situações, tanto orais, quanto escritas. Vão desde as formas livres, como conversas em família, no trabalho, com amigos, festas e outros; até as mais padronizadas semelhantes às saudações, às despedidas, etc. [...] (BAKHTIN, 1992, p.282-285).
Observamos que o desenvolvimento tecnológico foi o estopim para o
surgimento de uma variedade de gêneros, e como consequência, temos maior
comunicação de massa, e como necessidade de criar o “novo” tem aparecido uma
grande variedade de gêneros híbridos, com objetivo de inovar, transformar, mesclar e
até recriar; lembrado por Bakhtin (1997, p. 106), “o gênero vive do presente, mas
sempre recorda o passado, o seu começo. É o representante da memória criativa no
processo de desenvolvimento literário”.
Aspectos tipológicos e exemplos de gêneros orais e escritos.
1) NARRAR: conto maravilhoso, conto de fadas, fábula, lenda,
narrativa de aventura, narrativa de aventura científica, narrativa
de enigma, narrativa mítica, sketch ou história engraçada,
biografia romanceada, romance, romance histórico, novela
fantástica, conto, crônica literária, adivinha, piada, HQs, etc.
2) RELATAR: relato de experiência vivida, relato de viagem, diário
íntimo, testemunho, anedota ou caso, autobiografia, curriculum
vitae; notícia, reportagem, relato histórico, ensaio ou perfil
biográfico, biografia, etc.
3) ARGUMENTAR: textos de opinião, diálogo argumentativo, carta
de leitor, carta de reclamação, carta de solicitação, deliberação
informal, debate regrado, assembleia, discurso de defesa e de
acusação (advocacia), resenha crítica, crônica argumentativa,
charge, cartum, artigos de opinião ou assinados, editorial, ensaio,
anúncio publicitário, etc.
4) EXPOR: texto expositivo (em livro didático), exposição oral,
seminário, conferência, comunicação oral, palestra, entrevista de
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especialista, verbete, artigo enciclopédico, texto explicativo,
tomada de notas, resumo de textos expositivos e explicativos,
resenha, relatório científico, relatório oral de experiência, etc.
5) DESCREVER AÇÕES: instruções de montagem, receita,
regulamento, regras de jogo, instruções de uso, comandos
diversos, textos prescritivos, etc.
(In: Gêneros orais e escritos na escola. Campinas: Mercado de
Letras, 2004.)
INTRODUÇÃO E COMENTÁRIO SOBRE O JORNAL
O jornal é um espaço físico onde são apuradas as notícias pelos
jornalistas. Devemos relevar a sua função de instrumentalizar por meio de diversos
gêneros textuais noticiosos aos cidadãos ledores e leitores. Por isso, o jornal fala para
um público heterogêneo, sem rosto, nem perfil definido. Numa conjetura, ele entra na
casa das pessoas com objetivo de atingir pessoas daquela família hipotética ou não.
Os mais antigos registros de jornais houve na Roma Antiga. E o
jornal sempre esteve envolvido com a sociedade e formação de uma cidadania crítica
e reflexiva. Temos conhecimento através da história, que o jornal tomou um impulso
maior, ou nasceu no século XVIII, depois da Revolução Industrial.
Há registros que o primeiro jornal brasileiro, Correio Brasiliense,
lançado em 1808, era impresso em Londres. Mas o jornal passou por etapas até ser
fundada a imprensa oficial brasileira. Com a chegada de D. João VI, deu início à
publicação da Gazeta do Rio de Janeiro, o primeiro em terras brasileiras, e até hoje é
um meio de comunicação não somente de massa, mas um veículo confiável pela sua
ética e postura de formar cidadãos críticos e reflexivos.
Uma observação importante é saber sobre uma frase que sempre se
diz nas redações eticamente corretas: notícia é notícia, publicidade é publicidade.
Desde cedo, o jornalista aprende que uma publicação séria nunca “vende o editorial”.
Isso quer dizer que uma notícia veiculada corresponde rigorosamente à verdade e tem
o objetivo primordial de atender aos interesses do leitor.
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Questionando a ética jornalística, o que não admite é o jornal que
aceita pagamento para publicar, como se fosse notícia, matéria de interesse de uma
empresa, um grupo empresarial e um governo. Os que fazem isso, na verdade, não
merecem respeito do meio editorial.
ESTRUTURA DE UM JORNAL
- O editorial: É a opinião do jornal, geralmente é o próprio diretor do jornal, ou até o
dono do jornal que escreve ou é alguém integrante da equipe de editoriais. O que sai
publicado reflete obrigatoriamente a opinião do jornal a respeito de determinado
assunto. De modo geral, no jornal, o editorial sai sempre na mesma página; é comum
que essa página tenha mais de um editorial, focalizando assuntos diferentes.
- Colunistas: São jornalistas especializados em determinados assuntos, ou setores, a
direção do jornal reserva espaços fixos em suas edições, para publicação de colunas
assinadas. Há colunas diárias em que a cada dia aparece um colunista diferente e há
colunas que saem em determinado dia da semana.
- As editorias diárias (Política, Economia, Internacional, Esportes, Cidades/Cotidiano,
Cultura): A editoria é uma criação relativamente recente (menos de 50 anos) no
jornalismo brasileiro. Antigamente, falava-se na seção de Esportes, na seção de
Economia, e assim por diante. O termo editoria foi fortemente usado pelas revistas
semanais de informação. O que caracteriza a editoria é a formação de uma equipe,
sob o comando de um editor, que se especializa na cobertura de determinado assunto.
- Os cadernos semanais ou suplementos: São cadernos com páginas menores ou
no mesmo tamanho do jornal, que tratam de assuntos diferentes daqueles tratados
pelas editorias normais do jornal, vêm nas edições dominicais, por ser o dia que temos
mais tempo, às vezes temos o hábito de colecioná-los, por tratarem assuntos diversos
e interessantes.
- As revistas de jornal: São muito semelhantes aos cadernos e suplementos, há uma
equipe constituída, que não participa do fechamento do jornal. Têm características de
uma revista, o seu material (ou papel) é mais encorpado e também vem aos
domingos; são mais permanentes, ao contrário da notícia comum, que tem em média
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vinte e quatro horas. Elas tratam de assuntos curiosos e que nos levam a colecioná-
las.
- O poder do jornalista: É importante o jornalismo, porque tem o respaldo do cidadão
para apurar os fatos. Cada profissional tem uma missão perante ele e a sociedade,
assim como o jornalista que cumpre sua missão de cidadania em apurar e transmitir a
informação em sua integridade que fará parte da história.
- A fonte: São as pessoas que fornecem ao jornalista em primeira mão. É importante
ressaltar que a lei protege o jornalista em seu direito de não revelar quem são as suas
fontes. Sob a tutela da lei, a fonte passa informações sigilosas de pessoas que
comandam o poder, como exemplo: corrupções, escândalos, crimes, etc.
- A ética do jornalista: O jornalista é um dos profissionais que mais se exige o
respeito aos princípios éticos, por isso, ele tem que ter muito respeito à verdade e
antever as consequências de suas publicações.
OBJETIVO DO JORNAL
O objetivo do jornal é informar, levar conhecimento em todos
ambientes: comerciais, residenciais, instituições políticas, sociais, educacionais, etc.
Com o intuito de não só informar, mas formar leitores capacitados e
qualificados para interagir-se no meio cultural, social e no mundo que os cerca,
colaborando e ajudando a construir uma educação de qualidade que visa pessoas
críticas, dinâmicas, reflexivas e conscientes de seu papel de cidadania.
7 – ESTRATÉGIAS DE AÇÃO
O ensino e aprendizagem de leitura não deve ser linear ou estático,
mas dinâmico, com conteúdos organizados, contextualizados e analisados em sua
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integridade. A reflexão e a ação devem ser gradativas de acordo com o interesse e
estímulo que os alunos recebem do professor, não como um amontoado de
informações, mas como necessidade e formação de um conhecimento sólido e
transformador.
[…] saber avaliar as relações entre as atividades de falar, de ler e de escrever, todas elas práticas discursivas, todas elas usos da língua, nenhuma delas secundária em relação a qualquer outra, e cada uma delas particularmente configurada em cada espaço em que seja posta como objeto de reflexão […] (NEVES, 2003, p.89).
Diante dessa tarefa de ensinar, é importante realçar que o
comportamento humano pode ser reduzido, na verdade, a uma reação motor-central
sensória. Envolve uma cadeia de estímulos recebidos ao longo de nervos sensoriais
até o sistema nervoso central; nesse momento, o aluno começa a refletir sobre os
gêneros discursivos, os quais sofrem um processo de condicionamento social, político,
econômico, psicológico, artístico, religioso, etc.
Com essa estratégia, o aluno terá condições de melhorar
principalmente a leitura, a escrita, o discurso e consequentemente a produção de texto
por meio de gêneros textuais jornalísticos.
A leitura é essencial, pois é o primeiro contato com o texto verbal e
não verbal. Por isso, a boa contextualidade e intertextualidade são estímulos que
fazem da interpretação e compreensão uma motivação para adquirir cada vez mais
conhecimento.
Nessa concepção, o professor se comunica por meio da linguagem
em símbolos culturalmente restritos, porque o professor representa cultura de classe
média. Assim, é possível estimular a leitura e as atividades não-verbais da sala de
aula, de maneira a ajudar o professor a compreender influências que, muitas vezes,
permanecem num nível subconsciente. O comportamento verbal é apenas um aspecto
do comportamento do professor e terá de se alinhar com as atitudes e sentimentos
exibidos no comportamento não-verbal, se assim desejar motivar um estudo
significativo na sala de aula.
23
Por isso, a avaliação e a autoavaliação fazem parte de um processo
permanente e inovador, as quais buscam respostas condizentes com o aprendizado
não cristalizado.
Por ser uma avaliação constante, tem que ser diagnóstica e
construtiva à medida que o aluno sente-se útil e importante à sociedade.
Diagnóstica porque o professor tem condições de verificar as causas
que comprometem a boa formação do aluno, levando-o a reparar seus erros e as
consequências de um mau desempenho escolar e social, mas não somente numa
folha de papel descartável, e sim, um sujeito que se autoavalia em seu papel de
cidadania.
A partir desse enfoque de desenvolver a leitura através de gêneros
textuais jornalísticos; na praticidade, amplia, diversifica e enriquece a capacidade dos
alunos de ler, produzir textos orais e escritos, mas também aprimora sua capacidade
de recepção, tirando-os da rotina entediante, capacitando-os para melhorar a
leitura/audição, a interpretação, compreensão textual.
No contexto prático, a metodologia em sala de aula começará com a
apresentação e a importância do jornal como objeto de estudo por meio da dinâmica
da leitura, estimulando o hábito de leitura em todos os aspectos da vida.
Apresentação do jornal como um dos meios de comunicação mais
importante e confiável pelo seu conceito, objetivo e estrutura; motivando o aluno a
uma organização textual e contextual.
Análise dos gêneros textuais jornalísticos propostos no projeto, com
objetivo de melhorar a interpretação, compreensão de textos e contextos, estudando
também as estruturas e características dos gêneros.
Trabalhar a intertextualidade e a contextualidade, a fim de discernir
as intenções e ideologias presentes nos gêneros textuais jornalísticos.
Dinamizar a leitura de textos jornalísticos, com o objetivo de melhorar
a pontuação, entonação e ênfase, com atividades orais e escritas.
Diagnosticar as causas que levam o aluno a se distrair e a falta de
concentração na leitura e na produção de texto.
24
Os gêneros textuais jornalísticos como objeto de estudo permanente
em sala de aula; com a estratégia de analisar e aplicar os recursos expressivos da
língua em textos e seus contextos inseridos.
Exercícios ou atividades constantes por meio da oralidade e escrita
(análise semântica, linguística, fonológica, morfológica e sintática; sempre
contextualizadas).
Que a leitura e a produção de texto sejam uma atividade
permanente, não somente na sala de aula, mas como meio de adquirir conhecimento
geral e preparar-se para os desafios da vida, que visa à interação social e as
benesses de uma educação de qualidade.
8 - OS GÊNEROS TEXTUAIS JORNALÍSTICOS QUE SERÃO TRABALHADOS NA IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO
Agosto de 2011 – 2 (duas) aulas:
AULA INAUGURAL – Apresentação do jornal (importância, estrutura e utilidade)
8.1 - A NOTÍCIA: É um gênero textual que em geral relata acontecimentos recentes,
fatos novos, que despertam o interesse do público. Uma notícia geralmente compõe-
se de duas partes: lead e corpo. O lead consiste no 1º parágrafo da notícia e é a
parte que apresenta um resumo de poucas linhas, fornecendo respostas às questões
fundamentais do jornalismo: o que (fatos), quem (pessoas, personagens, animais,
objetos, etc.), quando (tempo), e onde (lugar), como e por quê.
O corpo da notícia é a parte do texto que amplia o lead,
acrescentando novas informações.
Setembro de 2011 – 2 (duas) aulas
TEORIA E PRÁTICA POR MEIO DE ORALIDADE E ESCRITA
SOBRE A NOTÍCIA
Texto: “Padre desaparece em voo com balões de festa”
25
(Folha de São Paulo, 22/4/2008)
1 – Esse gênero textual jornalístico é uma notícia. Quais temas são
geralmente abordados nas notícias?
R:...........................................................................................................
2 – Que outros veículos de comunicação podem divulgar notícias ao
público?
R:...........................................................................................................
3 – Qual a diferença de notícias impressas e notícias transmitidas
oralmente?
4 – A notícia é composta de duas partes: o lead e o corpo. Explique
e justifique por meio do texto essas partes.
R:...........................................................................................................
5 – A notícia em estudo foi relatada de modo pessoal subjetivo ou
impessoal objetivo? Por quê?
R:...........................................................................................................
6 – Os verbos e pronomes empregados no texto estão em 1ª ou 3ª
pessoa? Justifique através desse gênero textual.
R:...........................................................................................................
7 – A notícia que vocês leram está de acordo com a norma padrão
ou coloquial da língua? Justifique sua resposta por meio desse gênero jornalístico.
R:...........................................................................................................
8 – Concluam em equipe: Quais as características da notícia,
levando em consideração os seguintes critérios: finalidade do gênero, perfil dos
interlocutores, estrutura, suporte ou veículo?
R:...........................................................................................................
9 – Produção de texto sobre uma notícia atual; tema ou título livre
(grupo de quatro alunos).
...........................................................................................................................................
26
8.2 - O EDITORIAL: É um gênero argumentativo e, como tal, pretende convencer os
leitores. Para transmitir a impressão de que detém a verdade, o editorial apresenta no
desenvolvimento, dados objetivos a respeito do assunto, tais como causa e
consequência, comparações com elementos de outra realidade ou de outra época,
dados estatísticos, resultados de pesquisa, etc.
A variedade linguística que predomina é a padrão. Entre os textos
argumentativos escritos, há vários gêneros textuais, como o editorial, o texto de
opinião, a crítica de arte, o artigo de opinião, etc. Cada um deles apresenta
características específicas quanto ao tema, a estrutura e a linguagem; por isso não
existem “receitas” de como produzir esses diferentes gêneros.
A maior parte dos textos argumentativos apresenta uma estrutura
semelhante, que consiste nas seguintes partes: Introdução, desenvolvimento e
conclusão.
Setembro de 2011 – 2 (duas) aulas:
TEORIA E PRÁTICA POR MEIO DE ORALIDADE E ESCRITA
SOBRE O EDITORIAL
Textos: “Seca na fiscalização” (Folha de São Paulo, 24/09/2008);
“Lei seca: ontem e hoje” (Revista Veja nº 2068).
1 – A característica principal dos editoriais é expressar a opinião do
jornal ou revista a respeito de um assunto atual e polêmico. Nesse caso, o que
motivou a produção do editorial?
R: ..........................................................................................................
2 – O editorial faz uma advertência quanto à função da lei. Qual a
função e dinamicidade da lei referente ao contexto inserido nos textos?
R:...........................................................................................................
27
3 – Quais as três partes essenciais do editorial? Justifique com
parágrafos dos textos.
R:...........................................................................................................
4- Por que o editorial é argumentativo? Explique e exemplifique por
meio dos parágrafos.
R;...........................................................................................................
5 – Você concorda que a conclusão dos editoriais, geralmente está
nos últimos parágrafos, sendo assim, a conclusão é a síntese, na qual são feitas
sugestões para solução do problema atual e polêmico?
R:...........................................................................................................
6 – Qual a pessoa gramatical que predomina e a variedade
linguística adotada?
R:...........................................................................................................
7 – Quais as características, observando a finalidade do gênero,
perfil dos interlocutores e suporte ou veículo?
R;...........................................................................................................
8 – Produzir um editorial sobre um assunto atual e polêmico (grupo
de quatro alunos).
...........................................................................................................................................
8.3 - A CARTA DE LEITOR: É um gênero argumentativo que permite o diálogo dos
leitores com o editor ou entre os leitores de uma revista ou jornal. Editor é uma pessoa
responsável pela publicação ou setores dela.
Por meio da carta do leitor, os leitores podem: reclamar, solicitar,
discutir, discordar, elogiar, etc. Às vezes, um leitor envia uma carta a um jornal ou
revista, não com a finalidade de comentar uma matéria publicada ou solicitar algo do
editor, mas com propósito de fazer uma denúncia ou chamar a atenção para um
assunto de interesse da sociedade (ato de cidadania).
28
A carta do leitor tem uma estrutura semelhante à da carta pessoal.
Ela contém: local, data, vocativo, assunto, expressão cordial de despedida e
assinatura. As cartas do leitor em sua maioria argumentativas; e a variedade
linguística é a padrão.
Setembro de 2011 – 2 (duas) aulas:
TEORIA E PRÁTICA POR MEIO DE ORALIDADE E ESCRITA
SOBRE A CARTA DE LEITOR
Textos: “Olá, galera da revista Terra da Gente!...” (Terra da Gente,
n°12).
“Jovens centenários” (Superinteressante,n°29); “ Eu estava a procura de uma
revista que falasse daquilo que amo: a natureza!...”(Terra da Gente, n° 12); “Acordo
ortográfico” (Folha de São Paulo, 2/10/2008);
1 – Nós sabemos que a carta do leitor permite um diálogo dos
leitores ou entre os leitores de uma revista ou jornal. Por isso nas cartas de leitor há
reclamação, solicitação, discussão, elogios e discórdias. Analise as cartas e faça um
comentário objetivo sobre o interesse de cada carta.
R:......................................................................................................................................
2 – Às vezes, o leitor tem o intuito de fazer uma denúncia, criticar
algo que é interessante à sociedade, ou melhor, um ato de cidadania. Qual carta foi
escrita com esse propósito?
R:.......................................................................................................................................
3 – Podemos notar que há semelhança com a carta pessoal em
relação em à estrutura; pois contém: local, data, vocativo, assunto, expressão cordial
de despedida e assinatura. Se fizermos uma análise, observaremos que as cartas não
estão de acordo com essa estrutura. Por que alguns desses elementos não há nessas
cartas de leitor?
29
R:.......................................................................................................................................
4 – Qual a variedade linguística predominante nas cartas de leitor?
R:.......................................................................................................................................
5 – Às vezes, as cartas apresentam informalidade na linguagem.
Isso ocorre por quê?
R:.......................................................................................................................................
6 – As cartas de leitor são argumentativas? Justifique sua resposta.
R:.......................................................................................................................................
7 – Para que haja maior compreensão, respondam em grupo: Quais
as principais características, seguindo a finalidade do gênero, perfil e interlocutores,
veículo de suporte, tema, estrutura e linguagem?
R:.......................................................................................................................................
8 – Produzir cartas de leitor através da reportagem: “Jovens
enfrentam ofensas e violência no mundo virtual”, da Folha de São Paulo, de
05/10/2008.
...........................................................................................................................................
8.4 - A REPORTAGEM: É um gênero textual que apresenta de modo geral, uma
linguagem impessoal. Entretanto, em certas situações, os jornalistas deixam
transparecer suas opiniões sobre o assunto tratado. Ela é formada de vários textos,
nos quais normalmente são apresentados fatos, opiniões, tabelas e mapas
relacionados ao assunto principal. A variedade linguística é a padrão.
30
Outubro de 2011 – 2 (duas) aulas:
TEORIA E PRÁTICA POR MEIO DE ORALIDADE E ESCRITA
SOBRE A REPORTAGEM
Texto: “Faxineira monta biblioteca no litoral com cópias e livros
usados” (Rejane Lima, O Estado de São Paulo, 14/7/2008)
1 – Qual a diferença da reportagem e a da notícia?
R: ......................................................................................................................................
.....
2 – Além do jornal, quais outros veículos que aparecem as
reportagens?
R: ......................................................................................................................................
.....
3 – A reportagem fala sobre a iniciativa de Deusa M. dos Santos,
que montou uma biblioteca para crianças e adolescentes; mas qual foi o motivo ou
motivos que a levaram a montar a biblioteca?
R: ......................................................................................................................................
.....
4 – Como são apresentados os trechos que reproduzem as falas da
Deusa? É citado em discurso direto ou indireto? Por quê?
R:.......................................................................................................................................
5 – Sabemos que os textos jornalísticos apresentam uma linguagem
impessoal e formal, mas há reportagem em que os jornalistas se envolvem deixando
transparecer sua opinião; por que isso acontece?
31
R: ......................................................................................................................................
.....
6 – Há fotografias com legendas, gráficos, tabelas e mapas
relacionados ao assunto principal? Por quê?
R: ......................................................................................................................................
.....
7 – É bem verdade que a reportagem em estudo foi publicada em
um jornal de grande circulação; geralmente seu público com grau médio ou superior
de escolaridade. Diga qual a variedade linguística empregada na reportagem e se é
adequada ao público leitor do jornal?
R:.......................................................................................................................................
8 – Analise as características da reportagem, com os seguintes
critérios: finalidade do gênero, perfil dos interlocutores, suporte ou veículo, tema ou
estrutura. (equipe de quatro alunos)
R:.......................................................................................................................................
9 – Produza uma reportagem local que visa um ato de cidadania.
...........................................................................................................................................
8.5 - O DISCURSO CITADO: Pode ocorrer em diversas linguagens: verbais, não
verbais ou mistas, temos como exemplo as anedotas, tiras, charges e cartuns.
Geralmente supomos que o nosso texto é original e único e que ele expressa apenas
a nossa voz. Mas não é bem assim. Na verdade, não há discurso inteiramente original,
pois todo discurso é uma resposta a outro.
32
Ao falar ou escrever, estamos sempre dialogando com outras vozes
e outros discursos com os que temos ou tivemos contato. Numa conversa cotidiana,
por exemplo, quando damos um conselho que julgamos ser nosso, estamos quase
sempre reproduzindo o que ouvimos de nossos pais ou amigos ou lemos em um livro
ou jornal: Além de informar e opinar sobre acontecimentos da atualidade, jornais e
revistas costumam orientar seus leitores em escolhas relativas à cultura e lazer. Por
essa razão, a maior parte desses veículos jornalísticos mantém uma seção com a
programação de filmes, peças teatrais, show, exposições, passeios, etc. E também
uma seção de crítica, em que muitas dessas atrações são analisadas.
Outubro de 2011 – 2 (duas) aulas:
TEORIA E PRÁTICA POR MEIO DE ORALIDADE E ESCRITA
SOBRE O DISCURSO CITADO NA LINGUAGEM VERBAL, NÃO VERBAL E MISTA.
Textos: “O sonho acabou” (28/º Anúncio do Clube de Criação de
São Paulo, p.230.) Tira de Fernando Gonsales: “O chapeuzinho vermelho” (Folha
de São Paulo, 29/07/2005); (Donaldo Buchweitz, org. Piadas para você morrer de rir
– Belo Horizonte: Leitura, 2001.p.87.) Narciso’s (cartum). Humano se nasce
(Lumem, 1991. Barcelona, p. 32.) “Sonho é ter mais espaço para estimular leitura”
(O Estado de São Paulo, 14/07//2008.)
1 – No 1º anúncio, há duas frases iguais, mas com sentidos
diferentes. Explique os dois discursos citados e o autor utilizou esse recurso por quê?
R:.......................................................................................................................................
2 – Há fatores externos que contribuem para construir o sentido dos
enunciados, por isso é necessário uma leitura antecipada do mundo inserido, pois não
há discurso neutro ou vazio e até discurso original, há sempre citações explícitas e
implícitas. Você concorda com essa afirmação? Justifique sua resposta.
R:......................................................................................................................................
33
3 – Qual é a variedade linguística existente nos discursos citados?
R:.......................................................................................................................................
4 – Complete: A esse conjunto de fatores que compõem a situação
na qual é produzido o texto, chamamos.................................. . E ao conjunto de
atividade comunicativa, ou seja, o texto e o contexto discursivo juntos; chamamos
de.......................... .
5 – Complete: No discurso direto, a fala das personagens é
reproduzida integralmente no discurso narrativo, conservando sua forma de
expressão: tempo verbal, pronomes, etc. Ele é geralmente introduzido
por...................., ou delimitado por................. .
6 – Complete: no discurso indireto, a fala das personagens é
reproduzida pelo.................. . O que provoca nela alterações quanto a pessoa, tempos
verbais e pronomes é o emprego das palavras ............., ............. .
7 – Observe este trecho extraído do texto de Donaldo Buchweitz
“Um motorista abaixa o vidro, puxa o dinheiro e pede ao menino que, por favor, lhe dê
o jornal.”
Transcreva para o discurso direto.
R:.......................................................................................................................................
8 – Complete: Observa-se que numa anedota, por exemplo, o uso
do discurso...............torna a narração mais dinâmica e visa ser mais divertida. Por
outro lado, quando contamos oralmente a alguém uma conversa que tivemos com
outra pessoa, geralmente tendemos a empregar o discurso................, pois reproduzir
todo o diálogo pode tornar nossa narração longa e cansativa.
34
9 – Nos cartuns há uma crítica realística em relação ao contexto
inserido; por isso que o leitor tem que ter uma leitura antecipada de mundo; no caso
do cartum: Narciso’s, qual o discurso citado implícito?
R:.......................................................................................................................................
10 – E em relação ao cartum: Humano se nasce, de Quino; qual a
interpretação para um ledor e para um leitor?
R:.......................................................................................................................................
11 – Observe o discurso citado na notícia: Sonho é ter mais espaço
para estimular leitura; o jornalista escreve-a de forma objetiva impessoal ou subjetiva
pessoal? Justifique sua resposta.
R:.......................................................................................................................................
8.6 - A CRÍTICA OU RESENHA CRÍTICA: Além de informar e opinar sobre
acontecimentos da atualidade, jornais e revistas; também costumam orientar seus
leitores em escolhas relativas a cultura e lazer. Por essa razão, a maior parte desses
veículos jornalísticos mantém uma seção com a programação de filmes, peças
teatrais, shows, livros passeios, exposições, concertos musicais, etc. E também uma
seção de crítica, em que muitas dessas atrações são analisadas.
Por isso a crítica é um gênero textual que tem por finalidade orientar
o leitor de um jornal ou revista, estimulando-o ou desestimulando-o a consumir um
objeto cultural, isto é, um livro, um filme, uma peça de teatro, um concerto de música
clássica, um show de música popular, uma exposição de artes plásticas, etc.
Outubro de 2011 – 2 (duas) aulas:
TEORIA E PRÁTICA POR MEIO DE ORALIDADE E ESCRITA
SOBRE A CRÍTICA OU RESENHA CRÍTICA
Crítica sobre o filme Avatar
35
Texto: “É convencional, mas não ingênuo” (Araújo Inácio; Folha
de São Paulo, Caderno Ilustrado, 16/12/2009)
1 – A crítica, como já conhecemos, é um texto argumentativo,
conhecido também como resenha crítica. Qual o objetivo desse gênero textual?
R:.......................................................................................................................................
2 – Ao lermos o texto, observamos que o autor descreve as
características de um filme, Avatar; e, em seguida, analisa as qualidades e falhas da
produção. Explique por que pode ter despertado grande interesse no público?
R:.......................................................................................................................................
3 – No texto, há duas partes essenciais; a descrição, que
compreende, nesse caso, o primeiro e o segundo parágrafos; e a avaliação crítica, a
partir do quarto parágrafo. Analise a primeira frase do quarto parágrafo. Por que o
crítico empregou o elemento de coesão “porém”, ao afirmar que o filme não é
ingênuo?
R:.......................................................................................................................................
4 – Há uma crítica no sexto parágrafo em relação ao argumento do
filme. De modo geral, quais as falhas ou críticas negativas feitas ao filme em
avaliação?
R:.......................................................................................................................................
5 – Explique por que o filme Avatar é visto como uma “fábula”?
R:.......................................................................................................................................
6 – A desvantagem de Avatar é o fato de ser associado à invasão do
Iraque pelas tropas americanas, no já conhecido modelo de subjugar um povo ao em
36
vez de compreendê-lo. Há uma intertextualidade quanto ao objetivo de obter vantagem
econômica? Justifique sua resposta.
R:.......................................................................................................................................
7 – Que qualidades o crítico destaca nesse filme que, mesmo bem
antes do lançamento, teria uma grande divulgação?
R:.......................................................................................................................................
8 – Qual a variedade linguística empregada? Por quê?
R:.......................................................................................................................................
9 – Qual o tempo verbal predominante na crítica ou resenha crítica
estudada?
R:.......................................................................................................................................
8.7 - A CRÔNICA ARGUMENTATIVA: Esse tipo de gênero argumentativo é diferente
das crônicas narrativas ficcionais, pois não se limita a contar fatos. É uma crônica
argumentativa, o cronista defende seu ponto de vista sobre determinado assunto.
Essa crônica pode ser dividida em três partes: ideia principal,
desenvolvimento e conclusão. O cronista apresenta seus argumentos de forma
pessoal, subjetiva, numa linguagem artística e adota a variedade linguística padrão.
Quando surgiu, publicada em jornais, a crônica consistia em um
comentário pessoal de uma ou de outra notícia. Essa característica da crônica se
mantém até hoje, embora no decorrer do tempo, outros assuntos do cotidiano tenham
sido incorporados pelo gênero. A crônica de Moacir Scliar é um exemplo atual de
crônica inspirada no noticiário jornalístico.
Novembro de 2011 (duas) aulas:
37
TEORIA E PRÁTICA POR MEIO DE ORALIDADE E ESCRITA
SOBRE A CRÔNICA ARGUMENTATIVA
Textos: “A informação veste hoje o homem de amanhã” (Carlos
Eduardo Novaes; A cadeira do dentista e outras crônicas. São Paulo; Ática, 1994.
P.45; “Liberdade, Oh, Liberdade”; Daduza Leão, Folha de São Paulo, 03/03/2002).
1 – Observemos que são textos curtos, que apresentam a visão
pessoal do cronista, mas argumentativas sobre um fato. De onde os cronistas
extraíram esses materiais para escrever suas crônicas?
R:.......................................................................................................................................
2 – Por que essas crônicas são diferentes das crônicas narrativas
ficcionais? Dê exemplos dos textos.
R:.......................................................................................................................................
3 – Essas crônicas podem ser divididas em três partes. Quais são?
R:.......................................................................................................................................
4 – Qual o tipo de variedade linguística que o cronista adotou?
R:.......................................................................................................................................
5 – Ao observar a linguagem, elas apresentam de forma impessoal e
objetiva ou de forma pessoal e subjetiva?
R:.......................................................................................................................................
6 – Produza uma crônica argumentativa, atendendo as suas
características?
...........................................................................................................................................
38
8.8 - O ANÚNCIO PUBLICITÁRIO: É um gênero textual que têm a finalidade de
promover uma ideia, a marca de um produto ou o nome de uma empresa ou entidade.
Ele pode circular em mais de um suporte. Quando contém som, pode circular nas
rádios.
Quando contém: texto, frase, som e imagem; pode circular na
televisão, cinema, e internet. E quando contém: texto, frase e imagem; pode circular
em jornais e revistas.
O anúncio publicitário tem a estrutura relativamente livre. Contudo,
alguns elementos são indispensáveis, como a imagem, texto verbal, identificação do
locutor, logotipo da empresa responsável. A variedade linguística é a padrão.
Novembro de 2011 – 2 (duas) aulas:
TEORIA E PRÁTICA POR MEIO DE ORALIDADE E ESCRITA
SOBRE O ANÚNCIO PUBLICITÁRIO
Textos: Delial (Cláudia, fev. 1996)
Canal Globosat – GNT (Folha de São Paulo, 3/12/2000)
31º Anúncio do Clube de Criação de São Paulo, p. 348
Hospital do câncer (Folha de São Paulo, 29/12/2000)
1 – O anúncio publicitário é um gênero textual que tem o intuito de
promover uma ideia de um produto, nome de uma empresa ou entidade, como já
sabemos. Investigue nos jornais e revistas e traga para a sala de aula mais alguns
interessantes e criativos.
R:.......................................................................................................................................
2 – O anúncio publicitário tem uma estrutura relativamente livre.
Portanto, temos que conhecer alguns elementos que são indispensáveis. Quais são
esses elementos?
R:.......................................................................................................................................
39
3 – O anúncio publicitário pode circular em vários tipos de suporte,
além de jornais e revistas. Quais outros tipos de suporte?
R:.......................................................................................................................................
4 – Qual a variedade línguística predominante nos anúncios
publicitários?
R:.......................................................................................................................................
5 – Por que é comum o emprego de verbos no imperativo, como
exemplo: compre, beba, aproveite, não perca, não fique parado, viva, dirija, etc.?
R:.......................................................................................................................................
6 – Analise em grupo, levando em consideração os seguintes
critérios: finalidade do gênero, perfil dos interlocutores, veículo ou suporte, tema,
estrutura, linguagem; com esse conhecimento, produza um anúncio publicitário bem
criativo
...........................................................................................................................................
Dezembro de 2011 – 3 (três) aulas:
ENCERRAMENTO (Revisão sobre a importância do jornal como
objeto de estudo permanente e revisão sobre os gêneros textuais jornalísticos).
9 – REFERÊNCIAS
40
ABAURRE, Maria Luiza M. Abaurre, Bernadete M. Pontara, Marcela. Português: contexto, interlocução e sentido. 1. Ed. São Paulo: Moderna, 2008.
AMADIO, Italo. Como Redigir com Estilo. 1. Ed. São Paulo: Rideel, 1990
ASSMANN, Hugo. Reencantar a Educação. 5. Ed. Petrópolis: Vozes, 1998.
AZCÁRATE, José Maria. História Geral da Arte. 1. Ed. Madrid: Ediciones Del Prado, 1995.
BAKHTIN, M. (Volochinov). Marxismo e filosofia da linguagem. 9. Ed. São Paulo: Hucitec, 1999.
BRANDÃO, H. H. N. Analisando o Discurso. Artigo disponível em: < http://www.museudalinguaportuguesa.org.br/files/mlp/texto_1.pdf>. Museu de Língua Portuguesa. Acesso em: 20/09/ 2010.
BERNARDO, Gustavo. Redação Inquieta. 5. Ed. Belo Horizonte: Formato Editorial, 2000.
BERGER, Peter L. A construção Social da Realidade: tratado de sociologia do conhecimento por Peter L. Berger e Thomas Luckmann; tradução de Floriano de Souza Fernandes. 10. Ed. Petrópolis, Vozes,1985.
CEREJA, William Roberto. Linguagens. 5. Ed. São Paulo: Atual, 2009.
CRISTÓVÂO, Vera Lúcia Lopes; NASCIMENTO, Elvira Lopes. Gêneros Textuais: Teoria e prática II. 1. Ed. Palmas: Kaygangue, 2005
CURY, Augusto. O Código da Inteligência. 1. Ed. Rio de Janeiro: Ediouro, 2008.
41
EISNER, Will. A força da vida; [tradutor Marquito Maia]. São Paulo: Devir, 2007.
FRANCASTEL, Pierre. A realidade figurativa: elementos estruturais de sociologia da arte. Tradução de Mary Amazonas Leite de Barros. São Paulo: Perspectiva, Universidade de São Paulo, 1973.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 1. Ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
FILHO, Jones Neves. O Rival: O Homem contra Si Mesmo. 1. Ed. Rio de Janeiro: Expressão e Cultura, 2001.
GERALDI, J. W. Porto de passagem. 4. Ed. São Paulo: Martins Fontes, 1997.
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KRISHNAMURTI, J. O Mistério da Compreensão. 4. Ed. Rio de Janeiro: Cutrix,1979.
LARAIA, Roque de Barros. Um Conceito Antropológico. 7. Ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1993.
LEROY, Maurice. As Grandes Correntes da Linguística Moderna. 3. Ed. São Paulo: Cultrix,1967.
LISBOA, Luis Carlos. Pequeno Guia da Literatura Universal. 1. Ed. Rio de Janeiro: Forence Universitária, 1986.
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