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Copa do Mundo 2014
José Roberto BernasconiPresidente Nacional
Outubro/2008
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Prefeitos eleitos devem preparar as capitais para a
“Copa do Mundo 2014“
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Copa 2014, será mesmo no Brasil?
• O Brasil foi escolhido como sede da Copa do Mundo de 2014.– Serão 64 anos depois da outra vez (1950) e dificilmente teremos nova
oportunidade ainda neste século.• A FIFA já decidiu acabar com o rodízio por continentes.
• Há ainda muito ceticismo em relação à capacidade do Brasil organizar a Copa:– O Brasil tem capacidade mais que suficiente para construir os estádios,
os centros de mídia e segurança, assim como organizar a Copa como evento esportivo, mas a infra-estrutura é o maior gargalo;
• O grande desafio não é 2014, mas o Brasil de 2015:– O legado positivo que a Copa irá deixar, para cada cidade, para o Brasil
• O objetivo do planejamento para 2014 tem em vista 2015 e anos subseqüentes:– Não esquecendo que 2015 é o ano das Metas do Milênio, da ONU.
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Os grandes dados da Copa
• 64 jogos em 8 a 12 cidades (32 seleções nacionais)
• Alemanha em 2006:– 3.353.335 de espectadores nos estádios (média 52.401 torcedores/jogo);– 18 milhões de espectadores nas praças das cidades que
sediaram os jogos (Fan-Fest, promoção da FIFA);– 25 a 30 bilhões de espectadores pela televisão em 240 paises;– Investimentos em euros:
• 4 bilhões na construção e modernização de rodovias;• 3,5 bilhões no transporte local;• 2 bilhões na infra-estrutura de estádios;• Rendeu para a FIFA, 8,5 bilhões de euros.
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O Planejamento da Copa
• Planejar é decidir por antecipação.• As decisões para a Copa 2014 e Brasil 2015 já deveriam ter sido
tomadas.– A FIFA ainda não oficializou as sedes (até Março/2009).– Muitos ainda estão esperando essa oficialização.
• Há muita indecisão e indefinições.• O exemplo do São Paulo, que apresentou o Morumbi, mas esse
estádio tem uma pendência externa crítica, além das suas condições próprias– Área para estacionamento, segundo os padrões exigidos pela
FIFA;– Se São Paulo não viabilizar o Morumbi, não poderá sediar do
jogo de abertura (62.000 espectadores);• Poderá perder para Brasília.
• Estamos atrasados nas decisões e isso retardará a execução.
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As questões mais críticas
• Acessibilidade– Aos e dos terminais
• Aeroportuários;• Portuários;• Rodo-ferroviários
– Aos polos de hospitalidade– Aos estádios
• Mobilidade urbana;• Mobilidade regional;• Infra-estrutura aeroportuária;• Energia elétrica;• Segurança pública;• Saneamento.
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Desafios para São Paulo
• Ser a sede do jogo de abertura da Copa 2014 e da Conferência Internacional da FIFA, que antecede o jogo de abertura.– 5000 congressistas, de alto padrão de consumo.
• Promover com recursos privados, a reforma do Estádio do Morumbi.• Equacionar a oferta de estacionamentos, em bolsões.• Melhorar a acessibilidade em relação aos Aeroportos Internacionais
e aos polos hoteleiros.• Ampliar a capacidade do sistema aeroportuário.• Implantar sistema de transporte rápido entre os aeroportos paulistas
e destes com os do Rio de Janeiro.• Melhorar a mobilidade urbana, em geral.• Atender às condições de segurança, em geral.
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Oportunidades para a Cadeia Produtiva da Construção
• Suprimento para as obras de reforma do estádio do Morumbi:– Utilização de novas tecnologias e materiais.
• Ampliação do sistema metroviário e de trens urbanos.• Novas obras viárias:
– Perimetral Ponte João Dias até a Praça Roberto G. Pedrosa;– Drenagem do “fosso” do Morumbi;– Pontes sobre o rio Pinheiros.
• Transportes rápidos:– Trem para o aeroporto de Cumbica;– Ligação diferenciada entre Cumbica e Congonhas;– Trem de alta velocidade:
• São Paulo - Campinas• São Paulo – Rio de Janeiro.
• Ampliação do sistema aeroportuário• Ampliação da rede hoteleira.
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Outras oportunidades
• Bolsões de estacionamento;
• Sistemas inteligentes de trânsito (ITS);
• Sistemas de monitoramento para segurança:– Internas ao estádio;– No entorno;– Nos polos de hospitalidade
• Reprodução das imagens dos jogos em telões;
• Negócios de hospitalidade;
• Marketing turístico, nacional e local;
• Difusão de marcas nacionais.
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As “Fan Fest”
• Fan Fest” é a denominação dada pela FIFA para a reunião da população em praças públicas para acompanharem, diante de telões, os jogos.– As “Fan Fest” podem reunir um público muito maior que o dos
estádios, e vão requerer um cuidadoso planejamento dos locais, em função da sua capacidade, da logística (acessibilidade e estacionamentos), dos equipamentos de hospitalidade e da segurança.
• As cidades deverão planejar com antecedência os locais para as “Fan Fest”.
• Durante a Copa 2010, oportunidade para o ensaio geral nas nossas cidades.
• Desafios para os novos Prefeitos!
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Exemplos de Fan-Fest
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Marketing turístico
• A Copa 2014 deve ser tratada como um excepcional instrumento de marketing internacional para o turismo brasileiro, em função de seus fatores de atração e para as nossas cidades.
– É preciso ter em conta que o Brasil ainda é pouco conhecido do turista internacional.
– Com a Copa 2014 ele será mais conhecido, e é preciso aproveitar a oportunidade para conquistar um fluxo permanente de turistas.
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Marketing nacional e local
• O Governo Federal, através do Ministério do Turismo, já está planejando o marketing nacional para a Copa 2014:– Foco em imagem e promoção.
• Os Estados e Municípios deverão se integrar ao esforço nacional, promovendo as atrações turísticas regionais e locais.
• Cada cidade deverá criar uma frase e marca para fixar a sua imagem
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Frases
• Copa 2006 na Alemanha:– A time to make friends!
• Um momento para fazer amigos
• Jogos Olímpicos de Pequim – 2008:– One World, One Dream
• Um só mundo, um só sonho
• Copa 2010 na África do Sul:– A home for all
• Um lugar para todos
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Marcas - Beijing
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Marcas – África do Sul
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Marca Brasil
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“ Venda de marcas”
• A disseminação da audiência da Copa pela televisão faz dela uma grande oportunidade para a “ venda de marcas”.
– A Sony é uma das patrocinadoras Master da FIFA;
– A Samsung, a LG e a Hyundai utilizaram a Copa 2002 para se lançarem como marcas mundiais, com grande sucesso.
• Que marcas brasileiras podem investir para se consagrarem como marcas mundiais?
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Marcas brasileiras mais valiosas
• Recente lista feita pela Interbrand indica que entre as 10 marcas mais valiosas da América Latina, 5 são bancos, 4 dos quais brasileiros:
– Itaú, Bradesco, Banco do Brasil e Unibanco.
• Petrobras só aparece em sétimo e a Vale em 11º .
• A Natura (em 14º) é a única marca de bens de consumo no ranking
• Em função dos critérios (discutíveis), a Ambev e Brahma não aparecem na lista.
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As grandes marcas brasileiras
• O Brasil deverá aproveitar a visibilidade mundial da Copa 2014 para consolidar, globalmente, marcas brasileiras:
- À semelhança do que fez a Coréia do Sul com a LG, Samsung e Hyundai em 2002.
• Não basta apenas o marketing, mas deve dar o suporte a uma estratégia de presença mundial do produto, o que envolverá pesados investimentos:
Exemplos possíveis: - Brahma como marca global de cerveja, junto com a marca Ambev
(Budweiser??) - Natura, como marca mundial de cosméticos com ingredientes
naturais; - Gerdau, como marca mundial de aço para construção; - Esso Brasil, com sua transformação na maior marca mundial de
etanol; - Café do Brasil; - Etanol do Brasil; - Outros.
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Riscos (Brasil)
• Pouco provável:– Não conseguir aprontar os estádios até 2013, quando haverá a Copa
das Confederações;– Não conseguir ampliar a capacidade hoteleira, – Sofrer “apagões” de energia, telecomunicações e transporte aéreo.
• Provável, se continuar com o atrasos nas decisões e definições:– Repetir os erros do Pan 2007:
• Ajuda emergencial do Estado, para completar as obras dos estádios;• Não melhorar a infra-estrutura.
– Perder a grande oportunidade de alavancar o país no cenário mundial.– Não melhorar as condições de acessibilidade e mobilidade urbanas.– Não melhorar as condições de saneamento.– Ter que adotar medidas excepcionais de segurança durante os jogos,
que irão se esvair, depois da Copa.
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Mobilização
• A Copa 2014 não pode ser vista:– Apenas como um mega evento esportivo;– A ser realizada num futuro distante.
• Já estamos atrasados!!!
• A sociedade precisa tomar consciência de que a Copa 2014 é a melhor oportunidade do século XXI para alavancar o Brasil.– O setor privado deve concretizar os empreendimentos e ações
de sua responsabilidade (Oportunidade para Concessões e PPPs).
– Deve pressionar os Poderes Públicos para a discussão ampla das alternativas, para a tomada das decisões, ainda em 2008 e efetivá-las, no mais tardar, a partir de 2009.
– Atenção Senhores Prefeitos eleitos, Governadores, Ministros e Presidente da República.
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