MANUAL DE ENSINO
Autor: Elsa de Lurdes MabundaManhiça
Data: 18 de Novembro de 2016
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Módulo: Avaliação do Processo de Ensino e Aprendizagem
Título da UD: Modelos e métodos de avaliação ensino e aprendizagem.
LISTA DE ABREVIATURAS
CA Critérios de Avaliação
CA Centro de abastecimento
CMAM Central de Medicamentos e Artigos Médicos
CD Critérios de Desempenho
EC Elementos de Competência
SNS Sistema Nacional de Saúde
UC Unidade de Competência
UD Unidade Didáctica
US Unidade Sanitária
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ÍNDICE
Conteúdo Página
I. UNIDADE DIDÁCTICA: MODELOS E MÉTODOS DE AVALIAÇÃO ENSINO E
APRENDIZAGEM 4
DESENVOLVIMENTO DOS CONTEÚDOS DA UD: MODELOS E MÉTODOS DE
AVALIAÇÃO ENSINO E APRENDIZAGEM
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II. ACTIVIDADES DE ENSINO-APRENDIZAGEM DA UD: MODELOS E MÉTODOS DE
AVALIAÇÃO ENSINO E APRENDIZAGEM.
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Actividade 1: Realizar aula expositiva dialogada sobre os diferentes tipos avaliação 27
Actividade 2: Elaboracao de instrumento de avaliação (provas escrita) baseada em
competência 29
III.CASO PRÁTICO/PROJECTO DA UNIDADE DIDÁCTICA
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IV. GLOSSÁRIO
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V. QUESTIONÁRIO DE AUTO AVALIAÇÃO DA UD: MODELOS E MÉTODOS DE
AVALIAÇÃO ENSINO E APRENDIZAGEM.
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Prova de perguntas fechadas 34
Soluções ao questionário de auto avaliação da Unidade Didáctica 35
Prova de perguntas abertas 36
VI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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I. UNIDADE DIDÁCTICA: MODELOS E MÉTODOS DE AVALIAÇÃO ENSINO E
APRENDIZAGEM
Unidade Didáctica nº1
Denominação: Modelos e métodos de avaliação ensino e aprendizagem.
Objectivo geral:
Proporcionar condições para que o acadêmico se aproprie dos principais princípios que
norteiam as teorias de avaliação do processo ensino-aprendizagem e da educação em geral e
que envolvem, principalmente professor e aluno
Introdução:
O presente manual tem por objectivo proporcionar modelos e instrumentos de avaliação de
ensino e aprendizagem, como forma de apoiar os docentes e os alunos em ferramentas úteis
referentes aos processo de avaliação. Este processo não pode ser entendida como o culminar
de um processo academico, é necessário que que seja observadas várias etapas e que ela faz
parte do próprio processo de ensino e aprendizagem, apoia o professor na definição de
estratégias de ensino e aprendizagem e na construção do conhecimento, representando o
êxito ou o fracasso escolar.
O manual propõem uma série de ferramantas que podem ser utilizadas, tendo em conta a
finalidade da avaliação. São apresentados aspectos relativos ao conceito de avaliação, a
função e importãncia da avaliação e as caracteristicas de uma avaliação educacional. Como
forma de compreender melhor o processo, o manual apresentanos o significado dos conceitos
avaliar, testar e do medir, os principios básicos da avaliação, sendo previlegiado questões
relativas ao que se prentende avaliar e a atenão que deve ser dada a este processo de
avaliaçào. São também abordados os procedimentos habituais de uma avaliação, isto é, as
etapas em que este processo ocorre, os diferentes tipos de avaliação e as técnicas e os
instrumentos utizados durante o processo de avaliação.
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Listado de conteúdos da UD nº1:Modelos e Métodos de Avaliação Ensino e
Aprendizagem
Procedimentais:
Elaborar instrumentos de avaliação que sejam válidos, praticáveis, alcançáveis e
fiáveis
Aplicar normas de elaboração e correção de provas de aprendizagens.
Aplicar critérios para a elaboração e correção, das provas práticas
identificar os recursos humanos e materiais necessários para o processo de avaliação
dos módulos formativos.
Reconhecer as diferentes abordagens e métodos de avaliação para a formação baseada
em competência.
Avaliar a aprendizagem com baseado em projetos, problemas, casos e guias
didáticas.
Avaliar os procedimentos de aulas pratica.
Analisar os diferentes modelos de avaliação para
Conceptuais:
Normas de avaliação de aprendizagem: médio e superior.
Planificação do processo da avaliação: conceito e utilidades.
Recursos humanos e materiais necessários para a avaliação dos módulos formativos.
Conceitos de avaliação da aprendizagem e da avaliação por competências.
Requisitos-chave dentro da abrangência definida para o módulo formativo.
Atores da avaliação.
Instrumentos da avaliação: conceito e características dade na avaliação na formação.
Desenvolvimento da avaliação na formação
Metodologia da avaliação
Atitudinais:
Celeridade no cumprimento das tarefas e obrigações.
Planificação e organização de trabalho
Destreza na realização das atividades.
Alto grau de percepção.
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Imparcialidade no exercício das suas funções.
Comunicação dinâmica, assertiva, proactiva e empática.
Refletir sobre a avaliação do módulo.
Necessidade da avaliação.
A validade e confiabilidade na avaliação
DESENVOLVIMENTO DOS CONTEÚDOS DA UD: MODELOS E MÉTODOS DE
AVALIAÇÃO ENSINO E APRENDIZAGEM
a. Conceito de avaliação e suas concepções pedagogicas
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Avaliação é um processo continuo de pesquisas que visa interpretar os conhecimentos,
habilidades e atitudes dos alunos, tendo em vista mudanças esperadas no comportamento,
propostas nos objectivos, a fim de que haja condições de decidis sobre alternativas de
planeamento de trabalho do professor e da escola como um todo.
Segundo Hoffmann (2002) citado por Abreu (SD), avaliar nesse novo paradigma é dinamizar
oportunidades de ação- reflexão, num acompanhamento permanente do professor e este deve
propiciar ao aluno em seu processo de aprendizagem, reflexões acerca do mundo, formando
seres críticos libertários e participativos na construção de verdades formuladas e reformuladas.
Pode-se dizer, então, que não há avaliação, sem que antes tenha havido verificação, ou seja,
verifica-se antes de avaliar.
Bloom, Hastings e Madaus (1975), citado por Abreu (SD), esclarecem que a avaliação pode ser
considerada como um método de adquirir e processar evidências necessárias para melhorar o
ensino e a aprendizagem, incluindo uma grande variedade de evidências que vão além do usual
de ‘papel e lápis’. É, ainda, segundo os mesmos autores, um auxílio para clarificar os objetivos
significativos e as metas educacionais, um processo para determinar em que medida os alunos
estão se desenvolvendo dos modos desejados, um sistema de controle da qualidade, pelo qual
pode ser determinada, etapa por etapa do processo ensino-aprendizagem, a efetividade ou não do
processo e, em caso negativo, que mudanças devem ser feitas para garantir sua efetividade. Pode
ser considerada a avaliação, também, um instrumental da prática educacional para verificar se
procedimentos alternativos são ou não igualmente efetivos ao alcance de um conjunto de fins
educacionais, envolvendo uma coleta sistemática de dados, por meio dos quais se determinam as
mudanças que ocorreram no comportamento do aluno, em função dos objetivos educacionais e
em que medida estas mudanças ocorrem.
A ‘avaliação por competências’ é um processo pelo qual se compilam evidências de
desempenho e conhecimentos de um indivíduo em relação a competências profissionais
requeridas.
É comum perguntar em que se difere uma ‘avaliação por competência’ da avaliação tradicional.
Esta última, normalmente, está associada a um curso ou programa e costuma ocorrer em etapas,
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cujos resultados compõem um grau final. Neste caso, a aprovação das pessoas ocorre com base
em uma escala de pontos que, por sua vez, possibilita comparações estatísticas. Quanto aos
aspectos avaliados, normalmente não se conhecem as perguntas que serão feitas, e essas devem
ser respondidas em tempos previamente definidos.
Já a ‘avaliação por competências’ define-se como um processo com vários grandes passos, a
saber: a) definição de objectivos; b) levantamento de evidências; c) comparação das evidências
com os objectivos; d) julgamento (competente ou não competente). Este tipo de avaliação centra-
se nos resultados do desempenho profissional, realizando-se num tempo não previamente
determinado. Os resultados individuais são comparáveis somente com os critérios de
desempenho e não com os outros avaliados.
b. Principios básicos da avaliaçãoPara que a avaliação adquira a importância que realmente tem no processo de ensino-
aprendizagem, é necessário seguir alguns prícincipias básicos.
Um dos erros didáticos mais frequentes é o da não integraçãi dos critérios e processos de
avaliação na dinámica geral do ensino. “avalia-se com um quadro de refereência diferente
daquele com que se ensinou” (Marques, 1997, pág. 46, cidado por Pellati, 2004, pág 194)
Para evitar que isso acontença deve-se seguir os seguintes principios:
i. estabelecer com clareza o que vai ser avaliado. consiste em estabelecer se vou avaliar o
aproveitamento, a inteligência, o desenvolvimento sócio-emocional, etc.
ii. sellecionar as técnicas adequadas para avaliar o que se pretende avaliar. nem todas as
técnicas e instrumentos são adequados aos mesmos fins.
iii. utilizar, na avaliação, uma variedade de técnicas. para se ter um quadro mais completo
do desenvolvimento do aluno, é preciso utilizar uma série de técnicas. Deve-se utilizar
aspectos quantitativos e técnicas que sirvam para avaliar aspectos qualitativos.
iv. Ter consciência das possibilidades e limitações das técnicas de avaliação. “Muitas são
as margens de erro que encontramos não só nos instrumentos de avaliação (provas,
testes, etc), como també no próprio processo (modo como os instrumentos são usados).
No entanto, a principal fonte de erro, sem dúvida, é a interpretação inadequada dos
resultados” Turra, 1982, pág 188, cidatdo por Pilleti, 2004, pág. 195)
v. A avaliação é um meio para alcançar fins e não um fim em si mesma. a tarefa de
avaliação deve começar no primeiro dia de aula.
c. Objectivos da avaliação
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Qualquer actividade que realizamos no dia-a-dia realizamo-lo com um certo objectivo, tal como
outras actividades. Educar tem em vista determinados objectivos, que permitam o
desenvolvimento do indivíduo como um todo; no domínio cognitivo, afectivo e psicomotor.
Num processo de avaliação são definidos objectivos específicos (componente interna) que
correspondem a actividade que se deve observar na avaliação.
Por exemplo na 8ª classe na disciplina de Desenho Técnico, o professor antes de elaborar
um teste de desenho, primeiro deve definir os objectivos do que se espera relevantes aos
objectivos gerais, onde os objectivos específicos podem ser expressos através de verbos restritos
e operacionais, tais como:
Traçar retas paralelas utilizando régua e esquadro;
Dividir circunferências em 8 partes iguais.
Necessita replanear as aulas e usar novos métodos pedagógicos, dependendo das dificuldades
apresentadas pelos alunos durante o processo de ensino e aprendizagem.
d. Importância da avaliação
A importância da avaliação bem como os seus procedimentos têm variado no decorrer dos
tempos, sofrendo a influência da valorização que se acentuam em cada época, e do
desenvolvimento da ciência e da tecnologia. Atualmente, considera-se a avaliação um dos
resultados do ensino-aprendizagem. A avaliação da aprendizagem é uma questão político-
pedagógico e deve sempre contemplar as concepções filosóficas de homem, de educação e de
sociedade, o que implica em uma reflexão crítica e contínua da prática pedagógica da escola e
sua função social.
e. Função da avaliação
a) Função diagnostica
Identifica as dificuldades do aluno e os conhecimentos prévios. Ajuda ao professor a constatar as
falhas no seu trabalho e a decidir a passagem ou não para uma nova unidade temática. Também
ajuda o aluno a realizar um esforço de sinetes das diferentes partes do programa do ensino, criar
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hábitos de trabalho independente e consciencializar o grau consecutivo dos objectivos atingidos
após um período de trabalho.
Permite um reajustamento com vista à processução dos objectivos pedagógicos pretendidos, ao
mesmo tempo favorece uma atitude mais responsável do aluno em relação ao estudo, assumindo-
o como um dever social; contribui para a avaliação para correcção de erros de conhecimentos e
habilidades e o desenvolvimento de capacidades cognitivas.
Fonte: Piletti, C. (2004), Didática Geral, Editora. ADDR
b) Função controladoraControla o PEA, exigindo mais dos professores, pois a observação visa a investigar, identificar os factores
do ensino, fazendo com que o professor se adapte aos diferentes comportamentos dos alunos. Permite que
haja um controle contínuo e sistemático no processo de interacção professor - alunos no decorrer das
aulas.
c)
d)e)f)g)h)i)
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j)k)l)
Fonte: Fonte: Piletti, C. (2004), Didática Geral, Editora. ADDR
c. Função classificatória
Fonte: Fonte: Piletti, C. (2004), Didática Geral, Editora. ADDR
f. Características da avaliação educacional
Podemos, agora, sintetizar as cartacteristicas mais importantes da avaliação educacional:
Reflecte a unidade: objectivo/conteúdo/método: o aluno precisa saber para o que estão
trabalhando e no que estão sendo avaliados e quais serão os métodos utilizados.
Revisão do plano de ensino: ajuda a tornar mais claro os objectivos que se quer atingir,
onde o professor à medida que vai ministrando os conteúdos vai elucidando novos caminhos,
ao observar os seus alunos, o que possibilitará tomar novas decisões para as atividades
subsequentes.
Desenvolve capacidades e habilidades: uma vez que o objetivo do processo ensino e
aprendizagem é que todos os alunos desenvolvam as suas capacidades físicas e intelectuais,
sua criticidade para a vida em sociedade
Ser objectiva: deve garantir e comprovar os conhecimentos realmente assimilados pelos
alunos, de acordo com os objectivos e os conteúdos trabalhados.
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Promove a auto percepção do professor: permite ao professor responder questões como:
Os meus objectivos são claros? Os conteúdos são acessíveis, significativos e bem dosados?
Os métodos são os mais apropriados aos meus "clientes"? Auxilio bem os que apresentam
dificuldades de aprendizado
g. Tarefas da avaliação
Nos diversos momentos do PEA são tarefas da avaliação as seguintes:
Conhecer o aluno
Pode-se orientar e guiar o aluno no processo educativo avaliando-o, para melhor conhecer a sua
personalidade, atitude, aptidões, interesses e dificuldades, para estimular o sucesso de todos.
Verificar os ritmos de progresso do aluno
É a colecta de dados sobre o aproveitamento dos alunos através de provas, exercícios ou de
meios auxiliares, como observação do desempenho e entrevista, para verificar se houve um
progresso do aluno desde o ponto de partida da aprendizagem até ao momento. O professor pode
organizar um caderno para anotar a progressão dos alunos em cada período.
Detectar as dificuldades de Aprendizagem
Ao avaliar, o professor pode detectar algumas dificuldades dos alunos. Também pode apontar as
dificuldades no mesmo caderno. Por exemplo, o Carlos tem "problemas na representação do
afastamento ou cota de um ponto", escreve correctamente e conhece bem a Gramática. Este
registo deve ser acompanhado de modo a superar as dificuldades.
Orientar a aprendizagem
Os resultados obtidos pela avaliação devem ser utilizados para corrigir, melhorar e completar o
trabalho. Com base nesses resultados deve, na medida do possível, adequar o ensino de forma
que a aprendizagem se torne mais fácil e eficaz.
h. Procedimentos e etapas para que a avaliação proceda de forma satisfatória
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As etapas de avaliação decorre, em parte, dos princípoios básico que estudamos. Temos as
seguintes etapas:
Determinar o que vai ser avaliado:
Nesta etapa o professor deve indicar claramente quais as dimensões do comportamento que irá
avaliar: a aquisição pura e simples do conhecimento, de habilidades, de atitudes, de interesses,
etc. Se o professor pretende, por exemplo, verificar se o aluno é capaz de ler um texto, deverá
nessa etapa, determinar as dimensões que serão avaliadas desse atributo: recordar aspectos
essenciais do conteúdo, relacionar ideias, sintetizar o texto, criticá-lo, referi-lo a outros textos a
autores e assim por diante.
Estabelecer os critérios e as condições para a avaliação:
Critérios são indicadores que nos mostram o êxito alcançado na operação. Não podemos
confundir critérios com notas ou conceitos. Os critérios portanto devem ser formados de maneira
precisa e objectiva para não dar margem à subjectividade no nosso julgamento. Isso é mais fácil
ocorrer na avaliação somativa, quando usamos testes objectivos.
A avaliação deve obedecer os seguintes critérios:
Tem que ser benéfico;
Deve ser isento de parcialidade, justo e uniforme (em avaliações técnicas é imperativa a
avaliação não-referencial, com numero de refª escolhida pelo avaliado)
Deve ser global;
Deve ser eficaz na produção e mudanças no comportamento;
Deve estar ao alcance dos alunos;
O processo de avaliação deve ser aberto;
As conclusões finais devem ter certa validade e longo prazo.
Deve ser praticável e não deve ser incómodo e inútil.
Condições são as situações em que o processo de avaliação é realizado. Podemos avaliar
em situação de prova ou em situação de vida regular. Na situação de prova, os alunos
desenvolvem um conjunto uniforme de tarefas e têm consciência de que estão sendo avaliados.
Na situação de vida regular isso não ocorre.
Seleccionar as técnicas e instrumentos de avaliação:
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Existem técnicas e instrumentos mais adequados para cada tipo de avaliação. Não podemos, por
exemplo, por exemplo, utilizar um teste objectivo para verificar se o aluno sabe redigir um texto
de português.
Realizar a aferição dos resultados:
Consiste em verificar os resultados alcançados. Aqui convém lembrar que em termos de
resultados educacionais é muito difícil e arriscado quantificar. Por isso, devemos tratar os
resultados não como uma conclusão bem estabelecida, mas como uma hipótese de trabalho.
De forma resumida, podemos afirmae que para que a avaliação decorra de forma
satisfatória ela deve:
Ser constante e contínua
Existir verificações períodicas para que forneçam maior número de amostra;
As verificações podem ser informais (trabalhos, exercícios, seminários, debates,
dinânicas, etc);
É necesário que se conheca as fraquezas do aluno para se poder afirmar os seus acerto.
Isso garante uma avaliação eficaz.
i. Métodos de avaliação
a) Tipos de avaliação
Avaliação Diagnostica
Este tipo de avaliação realiza-se no início do curso, do ano lectivo, do semestre ou
trimestre, da unidade ou de um novo tema e pretende verificar o seguinte:
Identificar alunos com padrão aceitável de conhecimentos;
Constata deficiências em termos de pré-requisitos;
Constata particularidades.
Avaliação formativa
Esta avaliação ocorre ao longo do ano lectivo. É através desta avaliação que se faz o
acompanhamento progressivo do aluno; ajuda o aluno a desenvolver as capacidades cognitivas,
ao mesmo tempo fornece informações sobre o seu desempenho.
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Informa sobre os objetivos se estão ou não a ser atingidos pelos alunos;
Identifica obstáculos que estão a comprometer a aprendizagem;
Localiza deficiência e/ou dificuldades na aprendizagem.
Avaliação somativa
Esta avaliação classifica os alunos no fim de um semestre ou trimestre, do curso, do ano lectivo,
segundo níveis de aproveitamento. Tem a função classificadora (classificação final)
b) Tipos de testes
A verificação e a quantificação (avaliação) dos resultados de aprendizagem no inicio, durante e
no final das unidades visam a sempre diagnosticar e superar dificuldades, corrigir falhas e
estimular os alunos para que continuem se dedicando aos estudos. Sendo uma das funções da
avaliação determinar o quanto e em que nível de qualidade estão sendo atingidos os resultados.
Durante o desenvolvimento da aula acompanha-se o rendimento dos alunos por meio de
exercícios, estudos dirigidos, trabalhos em grupo, observação do comportamento, conversas,
recordação da matéria, são aplicadas provas ou testes de aproveitamento
Provas orais
Realizam-se na base do diálogo entre professor e o aluno, obedecendo os seguintes critérios:
Criar condições favoráveis para que os alunos se sintam à vontade.
Criar uma conversa amigável com o aluno para que este se sinta à vontade.
Feita a pergunta, deve-se dar tempo para que esta seja objecto de reflexão.
O professor deve fazer perguntas claras precisas, directas e formuladas de maneira
pensada.
Provas escritas
Estas provas podem ser usadas em qualquer aula no início da aula seguinte para o professor
certificar-se sobre o que o aluno aprendeu e então, saber que rumo dar aos trabalhos da nova
aula. Se é para repetir, rectificar ou prosseguir, dependendo da situação vivida no momento
quando ao saber, saber fazer e saber ser, estar nos alunos; por conseguinte, as provas escritas
frequentemente utilizadas são: ACS, ACP, ACF e Exame Final, dependendo ainda delas a
atribuição de notas ou classificação, quais vão determinar a aprovação e reprovação do aluno.
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Um recurso útil para a elaboração de provas escritas é aorganização de tabelas de dupla entrada,
na qual se detalham os conteúdos eos tipos de conhecimento a serem avaliados e o número de
questões de cadacategoria.
Tipo deconhecimento
Conteúdo
Conhecimento Compreensão Análise Aplicação Total
Operações comnúmerosdecimais
2 - 1 2 5
Movimentoretilíneouniforme
1 2 1 2 6
Total 3 2 2 4 12
Tipos de provas escritas
c) Provas Dissertativas
São aquelas em que os alunos organizam e escrevem as respostas usando suas próprias palavras, tendo,
portanto, liberdade para organizar e decidir sobre a extensão das respostas.
São úteis para verificar: o raciocínio dos alunos; a organização das ideias; a clareza de expressão;
a originalidade; a capacidade de relacionar fatos e ideias; a capacidade de aplicar conhecimentos;
a capacidade de analisar criticamente uma ideia e de emitirjuízos de valor; a habilidade de
expressar opiniões por escrito com clareza e precisão; a capacidade de interpretar dados e
princípios, de fazer inferências, etc.
Explique a primeira Lei da Termodinâmica (categoria: compreensão de princípios).
Analise a importância do teorema de Pitágoras para a construção civil (categoria:
comparar fatos, princípios, situações).
d) Provas objectivas
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São úteis para avaliar uma grande extensão deconhecimentos e habilidades. Geralmente, ao
invés de respostas abertas pedese aos alunos que complete frases, assinale a resposta correta,
ou dê respondas curtas às questões colocadas. Exigem, portanto, respostas maisprecisas.
Segundo Tancredi (SD), as provas objectivas podem ser:
Questões de recordação simples ou itens de resposta curta
Questões de lacuna ou completamento
Questões de verdadeiro/falso, certo/errado, concordamos/discordo, sim/não,
correto/incorrecto
Questões de múltipla escolha
Questões de correspondência / associação / acasalamento / emparelhamento
Provas práticas
Neste tipo de prova o aluno e posto diante duma situação problemática que há de ser resolvido
por uma realização material, um conhecimento de elementos visuais. É o famoso teste de
habilidades específicas que alguns concursos exigem para avaliar o conhecimento da prática
profissional do candidato.Este tipo de provas é característico do Desenho Técnico
Para a avaliação diagnostica, como técnica pode se utilizar o pré-teste, a ficha de
observação ou qualquer instrumento elaborado pelo professor para melhor controle.
Para avaliação Sumativa, encontramos os dois instrumentos mais utilizados que são as
provas objectivas e subjectivas. Para o caso concreto da disciplina de biologia deve-se utilizar
as provas objectivas, que se apresentam com maior clareza, objectividade e precisão – são
directas.
Para avaliação formativa, temos como técnicas a observação de trabalhos, os exercícios
práticos, provas, etc
Técnicas de avaliação
As técnicas de avaliação podem ser classificadas de diversas formas. Em geral, as classificações
sào elaboradas de acordo com a forma de colecta de dados. Assimsendo, as técnicas de avaliação
podem ser:
a) Aplicação de provas
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É a técnica mais de avaliação educacional mais comum. Consite na A verificação e a
quantificação (avaliação) dos resultados de aprendizagem no inicio, durante e no final das
unidades visam a sempre diagnosticar e superar dificuldades, corrigir falhas e estimular os
alunos para que continuem se dedicando aos estudos.
b) Observação
Esta técnica exige que o professor organize sua caderneta de modo a ter espaço para anotar as
actividades do aluno, a sua participação, integração, o seu desempenho e o envolvimento que as
activiodades desenrolam ou o aluno trabalha o professor vai observando.
Um processo interativo, através do qual educandos e educadores aprendem sobre si mesmos e
sobre a realidade escolar no ato próprio da avaliação. Joel Martins (1980) diz que ‘o que deveria
estar presente no paradigma de avaliação do aluno e do professor, como indivíduos humanos, é
que a essência do relacionamento fosse sempre um encontro em que ambos os participantes se
modificassem. (HOFFMANN, 2000, p.18-19)
c) Estudo de caso
É um instrumento pedagógico que exige um empenho do aluno para identificar o problema,
analisar evidências, desenvolver argumentos lógicos, avaliar e propor soluções.
Pode também ser definido como um problema que reproduz os questionamentos, as incertezas e
as possibilidades de um contexto que dispara a necessidade de uma tomada de decisão. O
processo de chegar a uma decisão, por meio da análise e discussão individual e coletiva das
informações expostas no estudo de caso, promove o raciocínio crítico e argumentativo dos
alunos.
Em função dessas características, o caso é considerado um valioso instrumento pedagógico, que
desafia o aluno a raciocinar, argumentar, negociar e refletir – habilidades bastante demandantes
do ponto de vista cognitivo e social.
Os estudos de caso podem ser:
Exploratórios: quando se que encontrar informações preliminares sobre o assunto
estudado. Para Estudos de Casos explanatórios, uma boa abordagem é quando se utiliza
de considerações rivais, em que existem diferentes perspectivas, aumentando as chances
de que o estudo seja um modelo exemplar.
Descritivos: cujo objetivo é descrever o Estudo de Caso.
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Analíticos: quando se quer problematizar ou produzir novas teorias que irão procurando
problematizar o seu objeto, construir ou desenvolver novas teorias que irão ser
confrontadas com as teorias que já existiam, proporcionando avanços do conhecimento.
d) Dinânica de grupo
Têm como objectivo principal proporcionar aos participantes uma experiência pessoal e
particular de aprendizagem. Dinâmicas de grupo possibilitam a tomada de consciência e
facilitam a aquisição de novos modos de pensar, sentir e relacionar-se com os outros.
Para trabalhar com um grupo, utilizando a experimentação activa e estimulando a emotividade,
recorre-se frequentemente à dramatização e ao movimento, técnicas que facilitam a criação de
um clima afectivo e emotivo. Assim, as pessoas que participam na dinâmica de grupo encontram
um ambiente favorável onde podem reduzir as próprias defesas, explorar e tomar consciência de
aspectos que lhes dizem respeito. Em grupo é possível trabalhar e estimular, de forma específica,
as três dimensões do funcionamento psicológico humano: a dimensão emotivo-afectiva, a
dimensão cognitiva e a dimensão experiencial.
Na dinâmica de grupo a própria estrutura dos jogos psicológicos permite activar os processos
dinâmicos dentro desse mesmo grupo: as regras que orientam o comportamento dos
participantes, o espaço lúdico no qual os membros do grupo experimentam o relacionamento
interpessoal, o simulacro da realidade que proporciona trazer temas relativos à vida do grupo e
de cada um dos seus membros e a garantia de segurança para o participante na medida em que as
situações não lhe trazem excessiva ansiedade.
Essa dinâmica de avaliação tem por objetivo analisar o autodesenvolvimento, a assertividade e o
relacionamento interpessoal entre membros de um grupo ou equipe. Incentiva os participantes a
avaliar a experiência vivenciada na vida em grupo bem como a sugestão de melhorias para
harmonizar o trabalho e melhorar o desempenho.
e) Auto-avaliação
A auto-avaliação possibilita a gerência dos próprios comportamentos, pensamentos e
sentimentos, ou seja, a auto-regulação. A auto-avaliação também pode ser reconhecida como um
processo de meta cognição, tendo em vista que o aluno analisa o percurso percorrido e reflecte
sobre ele.
Exposto a uma situação como essa, o estudante é capaz de conquistar maior autonomia e também
responsabilidade sobre o seu processo de aprendizagem. O objectivo é levar o estudante a
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confrontar o seu desempenho com o que se esperava e agir para reduzir ou eliminar essa
diferença.
A autoavaliação deve privilegiar um aspecto por vez como procedimento, conteúdo, convivência
social ou outro. Isso permite abordar o problema com a classe ou com o aluno em particular com
a profundidade que ele exige. A reflexão e o debate mais focados ajudam o aluno (e o professor)
a tomar consciência e corrigir as dificuldades.
Fonte: http://www.ensinarhistoriajoelza.com.br/autoavaliacao-uma-ferramenta-importante-
para-o-professor/
j. Instrumentos de avaliação
Por instrumentos de avaliação da aprendizagem entendem-se as formas e os critérios utilizados
pelo professor para avaliar a aprendizagem demonstrada pelo aluno nas modalidades de ensino
presencial e semipresencial. Alguns dos instrumentos de avaliação que podem ser utilizados
citam-se a seguir:
1. Listas de verificação
2. Grelhas de observação
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3. Escalas de classificação
4. Questionáriosnasala de aula
5. Testes (teóricos, práticos e teórico-práticos)
6. Portfolios
7. Registos de incidents críticos
8. Entrevistas
Estes instrumentos podem ser usados pelo professor ou pelos alunos facilitando assim formas de
auto e hetero-avaliação. Quando utilizados pelos alunos podem alterar de forma positiva as suas
atitudes verificando-se que, por iniciativa própria, eles corrigem ou alteram os seus
comportamentos.
Listas de verificação
Destinam-se a registar a presença ou ausência de um comportamento ou de um resultado de
aprendizagem. Podem ser utilizadas por professores, mas também por alunos, para registar
comportamentos individuais ou de um grupo. O seu preenchimento é simples, sendo, por isso,
um instrumento de fácil aplicação e objectivo a nível da observação.
Sugestões para a sua construção:
· Identificar os comportamentos ou características importantes;
· Registar com clareza e objectividade cada elemento da lista;
· Colocar itens relativos às dificuldades mais frequentes;
· Colocar as acções previstas pela ordem que deseja que ocorram;
· Referir-se a uma só característica ou comportamento em cada item;
· Certificar-se de que só existe um modo de realizar o desempenho de forma eficaz;
· Juntar à descrição, sempre que possível, o critério de um desempenho aceitável;
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· Elaborar listas curtas e de fácil manuseamento (por exemplo, não ocupar frente e
verso de uma folha).
Grelhas de observação
As grelhas permitem registar a frequência dos comportamentos e observar a progressão dos
mesmos. Devido às dificuldades de utilização deste instrumento é conveniente definir
previamente o grupo de alunos a observar e seleccionar apenas os comportamentos que ainda
não são, mas pretendemos que venham a ser, típicos de uma turma.
Como têm normalmente de ser registadas em simultâneo com o que está a ser observado, uma
das melhores formas que os professores encontraram para ultrapassar as dificuldades inerentes a
esta simultaneidade tem sido o recurso à auto-avaliação, o que não quer dizer que assim seja
sempre.
Escalas de classificação
As escalas de classificação integram um conjunto de características ou qualidades, distribuídas
por níveis, que se pretendem avaliar. Dos vários tipos de escalas, numéricas, gráficas e gráficas
descritivas, estas últimas são as mais indicadas em educação porque os vários níveis aparecem
explicitados por frases claras e concisas. Permitem, além disso, o esclarecimento de certas
opções do observador no espaço reservado aos comentários.
Um questionário é uma lista organizada de perguntas que visa obter informações de natureza
muito diversa tais como interesses, motivações, atitudes ou opiniões das pessoas. Permitem
recolher informação de um elevado número de alunos, de forma rápida e podem até servir de
instrumento diagnóstico.
Os questionários podem ser usados para obter informação acerca de hábitos de estudo, da
compreensão da utilização de determinado material/equipamento ou do tempo despendido num
determinado desempenho ou tarefa. No entanto, também podem ser usados para obter registos
acerca do que os alunos fizeram (ou fariam) numa dada situação
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Os testes
não são o instrumento privilegiado da avaliação dos alunos e, como todos os instrumentos de
avaliação usados na sala de aula, a sua utilização só faz sentido se estiverem alinhados com o
currículo, ou seja, com aquilo que se pretende que os alunos aprendam. Assim, os testes não
podem ser o único meio de proceder à avaliação da aprendizagem, uma vez que o currículo dos
ensino básico e secundário inclui não só a aquisição de conhecimentos mas também o
desenvolvimento de capacidades e a promoção de atitudes e valores. Por outro lado, este tipo de
instrumento de avaliação visa o desempenho máximo dos alunos e não o comportamento típico,
sobretudo, quando contém exclusivamente itens de verdadeiro/falso, de escolha múltipla, de
completamento, associação, ordenação e de resposta curta. Um teste objectivo como este,
promove a memorização, limita-se, por vezes, a determinar o conhecimento inerte existente na
memória a curto prazo e não avalia as capacidades de pensar criticamente e de raciocinar
eficazmente, ou seja, não estimula a aprendizagem significativa.
Portfólios
Um portfólio de evidências de aprendizagens é uma colecção organizada e devidamente
planeada de trabalhos produzidos por um aluno ao longo de um dado período de tempo, de forma
a poder proporcionar uma visão tão alargada e pormenorizada quanto possível das diferentes
componentes do seu desenvolvimento (e.g. cognitivo, metacognitivo, afectivo, moral). Quer o
professor, quer o aluno, partilham responsabilidades na sua elaboração decidindo o que incluir
no portfólio, em que condições, com que objectivos e qual é o processo de avaliação.
Os portfólios são usados para uma avaliação mais autêntica, mais participada e mais reflexiva, na
medida em que se elaboram sucessivas versões de uma folha/página com base nas reflexões
sobre o trabalho que se foi fazendo, nos comentários das pessoas envolvidas e nas consultas
bibliográficas ou multimédia. No fundo, trata-se do desenvolvimento de um projecto em que as
pessoas fazem, pensam sobre o que fazem, refazem e assim sucessivamente até ao produto final.
Um projecto deste tipo exige capacidades fundamentais para que as crianças e jovens possam, no
futuro, ser cidadãos livres, responsáveis e confiantes. Estas capacidades permitem-lhes:
planificar, pensar criticamente, reformular, avaliar, reinventar, arriscar, aceitar o erro, aceitar
críticas, aprender a ter sucesso e persistir.
Registos de incidentes críticos
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Os registos de incidentes críticos consistem numa forma de descrever comportamentos pouco
habituais, negativos ou positivos, que se revelam espontaneamente dentro ou fora da sala de aula.
Os comportamentos a registar devem essencialmente contribuir para aumentar o conhecimento
dos alunos e ultrapassar a impressão vaga e geral que muitas vezes formamos deles. Desta forma,
os dados de observação que vamos recolhendo tornam-se mais precisos, sobretudo em domínios
onde as técnicas objectivas ou são inexistentes ou pouco adequadas. Tal situação verifica-se
quando queremos avaliar as relações sócio-afectivas, as atitudes e alguns traços da personalidade
do aluno.
Como se trata de um instrumento de registo pouco estruturado e sem mecanismos que
possam controlar a subjectividade do observador, no sentido de a diminuir, o incidente deve ser
descrito com o máximo de rigor e detalhe e, separadamente, interpretado, conforme foi sugerido
no exemplo anterior.
Sugestões para a sua construção, por parte dos alunos:
· Listam-se vários tópicos que parecem importantes e escrevem-se algumas frases
relativamente a cada um deles;
· Consultam-se notas e referências bibliográficas;
· Acrescentam-se mais ideias reformulando-se e aprofundando-se o texto, dando cor à
página, imagem, etc,etc.
· Fazem-se novas revisões, solicitando a opinião de outros colegas.
Entrevistas
A entrevista é uma técnica muito usada quando se pretende reunir informação detalhada sobre o
modo como alguns alunos realizam ou realizaram uma tarefa, o que pensam acerca de um
assunto ou qual é a sua opinião sobre o que poderiam fazer para melhorar a sua aprendizagem..
Na situação de ensino-aprendizagem, a entrevista é uma conversa entre professor-aluno, podendo
assumir um carácter mais ou menos formal e com vista à recolha de informação relativamente ao
24
desenvolvimento cognitivo e/ou sócio-afectivo. Mas não deverá ser confundida com as
tradicionais “chamadas orais”, sob pena de desestabilizarem emocionalmente os alunos.
A entrevista pode ser adequada para a recolha de dados sobre o processo de ensino-
aprendizagem e os seus produtos, para diagnosticar progressos e dificuldades de vária ordem, ou
para fornecer pistas para ultrapassar dificuldades e identificar soluções.
Nem sempre a entrevista terá de ser estruturada. Uma entrevista não estruturada é
semelhante a uma conversa entre duas pessoas sem que seja necessário, por parte do professor,
um guião rígido, embora estejam presentes os objectivos e as grandes questões de referência, as
quais surgem normalmente no decorrer da conversa.
A selecção das técnicas e instrumentos de avaliação depende:
Da natureza da área de estudo ou da componente curricular
Dos objectivos visados (informações, habilidades, atitudes e aplicação do conhecimento)
Das condições de tempo do professor
Do número de alunos
As técnicas e instrumentos seleccionados para avaliar devem, também, estar adequados
aos procedimentos e métodos usados no ensino e aprendizagem.
Resumo
A avaliação mede o nível de aprendizado de cada aluno e também busca identificar
possíveis problemas no método de ensino. Isto quer dizer que ela não serve apenas para aprovar
ou reprovar: a avaliação deve detectar as facilidades e as dificuldades de aprendizagem que
possam ser acompanhadas em longob prazo.
25
A forma de avaliação - prova, trabalho, atribuição de notas ou conceitos - depende muito do
conteúdo trabalhado e das necessidades da classe. Por isso, cabe ao professor decidir qual o
método mais adequado em cada caso. Mesmo assim, recomenda-se que as formas mais contínuas
de avaliação (como a observação do comportamento do aluno e exercícios em classe) tenham
peso maior do que resultados mais específicos, como os de provas finais. Dessa forma, mais do
que promover o aluno para o próximo ano, a avaliação pode ajudar a identificar as maiores
dificuldades de aprendizagem. É importante notar que a avaliação serve, também, para detectar
problemas no próprio ensino: por isso, aconselha-se que o aluno tenha direito de discutir os
resultados com os professores e gestores escolares. Assim, os próprios procedimentos de ensino
e avaliação podem ser revistos de acordo com as necessidades dos alunos.
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II. ACTIVIDADES DE ENSINO-APRENDIZAGEM DA UD: MODELOS E MÉTODOS DE
AVALIAÇÃO ENSINO E APRENDIZAGEM.
Actividade 1:
Realizar aula expositiva dialogada sobre os diferentes tipos avaliação
Duração: 1 hora
Objectivos
No fim da actividade o aluno será capaz de:
1- Diferenciar os diferentes tipos de avaliação aplicados na avaliação de ensino e
aprendizagem
Conteúdos de referência
- PROCEDIMENTAIS
- Aplicar os diferentes tipos de avaliação
- Analisa os diferentes instrumentos de avaliação
- CONCEITUAIS
- Conhecer os diferentes tipos de avaliação
- Explicar as funções de cada tipo de avaliação
- ACTITUDINAIS
- Responsabilidade
- Iniciativa
- Auto aprendizagem
Desenvolvimento da actividade por parte do aluno
- Escutam as orientações do professor
- Participam activamente no desenvolvimento do tema, considerando o conhecimento
prévio
- Colocam e esclarecem duvidas
Papel do docente no desenvolvimento da actividade
Antes da aula
- Elabora plano de aula
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- Elabora Slides para projecção da aula,
- Prepara exercicios de reflexão sobre os instrumentos de avaliação,
- Identifica a bibliografia
Durante a aula
- Apresenta o tema e contextualiza
- Motiva os alunos a interagirem
- Propicia a interação dos alunos atraves de questões relativas ao tema
- Desenvolve o tema
- Esclarece as dúvidas que são levantadas
Fim da aula
- Sintetisa o conhecimento
- Da TPC
Espaço/Meios didácticos e tecnológicos
- Sala de aula
- Material de escritório (papel, lápis, caneta, borracha)
- Equipamento informático (computador , data show, slides, impressora)
- Flip Chart
Critérios de avaliação
O aluno:
Identifica os diferentes tipos de avaliação
Define os conceitos de avaliação da aprendizagem e da avaliação por competências.
Reconhece as diferentes abordagens e métodos de avaliação para a formação baseada em
competências.
Analisa os diferentes modelos de avaliação para criar-se um julgamento crítico sobre os
mesmos.
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Actividade 2:
Elaboracao de instrumento de avaliação (provas escrita) baseada em
competência
Duração: 2 hora
Objectivos
No fim da actividade o aluno será capaz de:
2- Elaborar uma prova escrita tendo em conta os objectivos de aprendizagem de uma
formação baseada em competência
Conteúdos de referência
- PROCEDIMENTAIS
- Reflecter sobre os critérios de avaliação (prova escrita) baseada em competencias
- Elaborar o instrumento de avaliacao (prova escrita) baseada em competencias
- CONCEITUAIS
- Critérios de elaboração de provas escritas
- Critérios para formulação de perguntas para avaliação de formação baseada em
competência
- ACTITUDINAIS
- Responsabilidade
- Iniciativa
- Auto aprendizagem
Desenvolvimento da actividade por parte do aluno
- Escutam as orientações do professor sobre o trabalho
- A turma organizam-se em grupo de 3 a 4 elementos.
- Recebem o material de trabalho (guiões, folhas A4)
- Realizam a actividade em grupo
- Revêem o trabalho
- Elegem o apresentador do trabalho
- Apresentam o trabalho
- Colocam e esclarecem duvidas
Papel do docente no desenvolvimento da actividade
Antes da aula
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- Elabora plano de aula
- Selecciona o conteudo da actividade
- Elabora Slides para projecção da aula,
- Prepara exercicios de reflexão sobre os instrumentos de avaliação,
- Identifica a bibliografia
- Elabora o guião de elaboração do trabalho a ser realizado na aula
- Elabora critérios de avaliação do trabalho
Durante a aula
- Explica a tarefa com base no guião de elaboração do trabalho
- Forma grupos de trabalho de 3 a 4 elementos
- Distribui a tarefa
- Determina as regras de trabalho e a duração da actividade
- Explica os critérios de avaliação do trabalho
- Distribui o material de trabalho (papelA4 e guião do trabalho)
- Controla o desenvolvimento da actividades
- Circula por cada grupo para ver se há ou não dúvida
- Esclarece as dúvidas que são levantadas
- Controla o tempo da actividade.
- Solicita a apresentação dos trabalhos pelos grupos
Fim da aula
- Avalia as apresentações (faz observações, correcções, e as recomendações)
- Resume a actividade
- Recolhe os trabalhos feitos
Espaço/Meios didácticos e tecnológicos
- Sala de aulas
- Material de escritório (papel, lápis, caneta, borracha)
- Equipamento informático (computador , data show, slides, impressora)
- Fotocopiadora.
Critérios de avaliação
O aluno:
Elabora a prova escrita de acordo com os critérios e objectivos de aprendizagem;
Redigem a prova com clareza
Perguntas para o nivel de aprendizagem
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Formula as questões de uma prova escrita
Formula as habilidades que serão avaliadas;
Incorpora questões que contemplam todo o processo de ensino e aprendizagem baseada
em competencias
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CASO PRÁTICO/PROJECTO DA UDCaso prático/Projecto
Título: Elaboração de uma avaliação e guião de correcção
Descrição: O aluno deve elaborar um uma avaliação e o respectivo guião de correcção
Descrição da Situação
Em grupo de dois estudantes, cada um deverá elaborar uma avaliação e aplicar ao colega. Os
estudantes deverão escolher e fundamentar o instrumento de avaliação a ser utilizado e
descrever os critérios de avaliação. Cada estudante seguir as etapas da avaliação, isto é,
deverá (1) determinar o que vai ser avaliado; (2) estabelecer criterios e as condições para
avaliação; (3)seleccionar as técnicas e instrumentos de avaliação e (4) auferir os resultados.
Ao elaborar a avaliação o estudante deverá em simultaneo elaborar a o guião de correção de
modo a auferir os resultado.
O estudante deverá aplicar ao colega do grupo e no fim da aula cada estudante irá fazer uma
análise critica da avaliação pelo outro.
Descrição das personagens
“Professor” que será o estudante que irá avaliar
“Aluno”- estudante a avaliado
Actividades a desenvolver pelo aluno
Indica as etapas de avaliação
Elabora a avaliação
Elaboração guião de correção
Responde as avaliações do colega (estudante avaliado)
Faz analise critica da avaliacao (estudante avaliado)
Actividades a desenvolver pelo professor
Elabora o guião de orientacao do trabalho
Orienta os alunos tendo em conta o guião de elaboração do caso pratico
Faz o acompanhamento das actividades
Elabora o instrumento de correção
Espaço/Meios didácticos e tecnológicos
- Sala de aulas- Material de escritório (papel, lápis, caneta, borracha)- Equipamento informático (computador, impressora)-Fotocopiadora.
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IV. GLOSSÁRIO
Aprendizagem: processo de construção de conhecimento que propicia a modificação de
comportamento de um indivíduo.
Avaliação Compreende os diferentes tipos de elementos que podem ser utilizados
para obter um indicador do conhecimento adquirido pelo aprendiz durante o curso.
Avaliação formativa: tipo de avaliação com perguntas e feedback imediato para as
respostas, ensinando conforme corrige.
Avaliaçãosomativa: tipo de avaliação com perguntas e atribuição de pontuação, para fins
de avaliação do aprendiz
Objetivo de aprendizagem Uma descrição de uma meta de treinamento ou de
aprendizagem em termos de conhecimento, habilidades ou desempenho.
Prova: avaliação somativa que permite qualificar o desempenho do aprendiz em
determinado tópico
Questão Trabalho escolar cujo fim é verificar o aprendizado do aprendiz em determinado
tópico, podendo conter sugestões para sua resolução.
Teste: Avaliação formativa, na forma de uma ferramenta ou técnica, destinada a avaliar
o desempenho do aprendize suas habilidades intelectuais.
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V. QUESTIONÁRIO DE AUTO AVALIAÇÃO DA UD: MODELOS E
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO ENSINO E APRENDIZAGEM.
Prova de perguntas fechadas
1. A avaliação da aprendizagem é uma actividade inerente ao processo educativo e não pode
ser praticada isoladamente, sob o risco de perder a sua dimensão pedagógica. Assim, a fim de
cumprir a sua dimensão pedagógica, a avaliação apresenta modalidades que estão intimamente
relacionadas às suas finalidades. São três as modalidades presentes nos processos de ensino e de
aprendizagem: Diagnóstica, Formativa ou Somativa. O critério que distingue, basicamente, uma
da outra é o lugar que a avaliação ocupa em relação à acção docente. Analise as afirmativas e
assinale V para as VERDADEIRAS e F para as FALSAS.
a ( ) A Avaliação Formativa é utilizada para uma apresentação final sobre o que o aluno pode obter em um determinado período.
b ( ) A Avaliação Somativa é utilizada ao longo do processo pedagógico para acompanhamento do desenvolvimento, reorientando a aprendizagem.
c ( ) A Avaliação Diagnóstica leva a processos de exclusão e classificação no final de cada unidade de ensino em que se organiza o processo educativo.
d ( ) A Avaliação Formativa auxilia o professor na regulação dos processos de ensino e de aprendizagens, informando o que deve ser feito.
e ( ) A Avaliação Diagnóstica precede a acção, identificando características do aluno e conhecimentos prévios.
2. Prencha os espacos vazios
2.1. Avaliação é um processo ________a________ de pesquisas que visa interpretar
os _________b_________, _______c________ e _________d_______, tendo em vista
mudanças esperadas no comportamento, propostas nos objectivos, a fim de que haja
condições de decidir sobre alternativas de planeamento de trabalho do professor e da
escola como um todo.
2.2. A função da avaliação _______________ é colectar dados relevantes que expressem o estado de aprendizagem inicial do aluno. A palavra que preenche CORRETAMENTE a frasé é:
a) diagnóstica b) classificatória c) somatória d) informatizada e) quantitativa
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Soluções ao questionário de auto avaliação da UD.....
1. a.F
b. F
c. F
d. V
e. V
2.
2.1. a. continuo;
b. conhecimentos,
c. habilidade,
d. atitudes
2.2. a) Diagnostica
3.1. a)
3.2. c)
3.3. a)
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Prova de perguntas abertas
1. Na sua opinião, a avaliação é importante? Por que?
2. Quais as técnicas e instrumenstos de avaliação mais viaveis a serem utilizaados nos
Institutos de formacão de Saúde? Justifique a tua resposta.
3. Em que consiste e como pode ser feita a autoavaliação?
4. Quais as principais limitações na aplicação dos instrumentos de avaliação para se avaliar
as competências de aprendizagem?
5. Quais as principais dificuldades que sentem na aplicação de uma entrevista de avaliação?
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VI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Libânio, J. C. 1994, Didática, Câmera Brasileira do Livro, Instituto Superior de Ciências de Saúde, 2006, Manual de Pedagogia e Didáctica Piletti, C. (2004), Didática Geral, Editora. ADDR, 23ª Edição
WEBGRAFIA
http://www.prof2000.pt/users/aplima/instrumentos_avalia%C3%A7%C3%A3o.htm
Ramos, M. N. Avaliação por Competência dicionaário de
http://www.epsjv.fiocruz.br/dicionario/verbetes/avacom.html , recuperado em 05 de
Novembro de 2016
Tancredi. R. M. S. P. O Acompanhamento do Processo Ensino-aprendizagem através das
provas escritas, recuperado em 05de Novembro de 2016
Abreu, A. L. (SD), Avaliação de Aprendizagem no Ensino Superior,
http://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/a-avaliacao-aprendizagem-no-ensino-
superior.htm, recuperado em 10 de Nevembro de 2016
Domingues, J. E. Ensinar História,
http://www.ensinarhistoriajoelza.com.br/autoavaliacao-uma-ferramenta-importante-
para-o-professor/, recuperado em 10 de Nevembro de 2016
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