zootecnia em foco

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PRODUÇÃO DE MILHO (Zea mays L.) PARA CONFECÇÃO DE SILAGEM ESPAÇO NUTRIÇÃO ANIMAL ZOOTECNIA Em Foco Paragominas-PA, Volume 2, n. 01, janeiro/fevereiro de 2016 COOPERATIVISMO COMO MÉTODO DE DESENVOLVIMENTO DE PEQUENOS PRODUTORES DE LEITE https://www.facebook.com/zootecnia JZ [email protected] ISSN: 2446-8398 p3 A organização dos produtores na forma de cooperativa agropecuária desempenha importante papel no desenvolvimento econômico e social de seus associados. p5 ENTREVISTA COM O ZOOTECNISTA HENRIQUE LUÍS TAVARES PARASITISMO EM BOVINOS ENTREVISTA p4 ENTREVISTA COM O ZOOTECNISTA HENRIQUE LUÍS TAVARES p6 ENTREVISTA cont. ESPAÇO SANIDADE ANIMAL p8 ASPECTOS IMPORTANTES NA SELEÇÃO DE TOUROS DE APTIDÃO PARA CORTE PELA AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA ESPAÇO ANIMAIS DE COMPANHIA p7 ADESTRAMENTO DE CÃES: IMPORTÂNCIA E PERFIL DO PROFISSIONAL p9 ESPAÇO MELH. GENÉTICO p11 PRINCIPAIS CUIDADOS NA IMPLANTAÇÃO DE PASTAGEM CURSO TÉCNICO EM AGRONEGÓCIO DA REDE E-TEC BRASIL É OFERTADO EM PARAGOMINAS-PA ESPAÇO REPRODUÇÃO ANIMAL p10 ESTAÇÃO DE MONTA NA BOVINOCULTURA DE CORTE p12 ESPAÇO FORRAGICULTURA CONGRESSOS E EVENTOS

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PRODUÇÃO DE MILHO

(Zea mays L.) PARA

CONFECÇÃO DE SILAGEM

ESPAÇO NUTRIÇÃO ANIMAL

ZOOTECNIAEm Foco

Paragominas-PA, Volume 2, n. 01, janeiro/fevereiro de 2016

COOPERATIVISMO COMO MÉTODODE DESENVOLVIMENTO DE PEQUENOSPRODUTORES DE LEITE

https://www.facebook.com/zootecnia JZ [email protected]

ISSN: 2446-8398

p3A organização dos produtores na forma de cooperativa agropecuária desempenha importante

papel no desenvolvimento econômico e social de seus associados.

p5

ENTREVISTA COM OZOOTECNISTA HENRIQUELUÍS TAVARES

PARASITISMO EM BOVINOS

ENTREVISTA

p4

ENTREVISTA COM OZOOTECNISTA HENRIQUELUÍS TAVARES

p6

ENTREVISTA cont. ESPAÇO SANIDADE ANIMAL

p8

ASPECTOS IMPORTANTESNA SELEÇÃO DE TOUROSDE APTIDÃO PARA CORTEPELA AVALIAÇÃOMORFOLÓGICA

ESPAÇO ANIMAIS DE COMPANHIA

p7

ADESTRAMENTO DE CÃES:IMPORTÂNCIA E PERFILDO PROFISSIONAL

p9

ESPAÇO MELH. GENÉTICO

p11

PRINCIPAIS CUIDADOSNA IMPLANTAÇÃODE PASTAGEM

CURSO TÉCNICO EMAGRONEGÓCIO DA REDEE-TEC BRASIL ÉOFERTADO EMPARAGOMINAS-PA

ESPAÇO REPRODUÇÃO ANIMAL

p10

ESTAÇÃO DE MONTA NABOVINOCULTURADE CORTE

p12

ESPAÇO FORRAGICULTURA CONGRESSOS E EVENTOS

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Prezados leitores é com i m e n s o p r a z e r q u e divulgamos a quinta edição

do “Zootecnia em Foco” o qual surgiu da necessidade de difundir i n f o r m a ç õ e s t é c n i c a s a o s produtores rurais e divulgar ações ligadas a Zootecnia. Dessa forma, o presente informativo se torna um elo entre o grupo de estudos e a sociedade. Assim, procuramos selecionar temas de interesses correlatos a Produção Animal.

Nessa primeira edição de 2016, trazemos para os nossos leitores temas como “Cooperativismo como método de desenvolvimento de pequenos produtores de leite”, “Entrevista com o zootecnista Henrique Luís Tavares”, “Parasitismo em bovinos”, “Adestramento de cães: importância e perfil profissional”, “Aspectos importantes na seleção de touros de aptidão para corte pela avaliação morfológica”, “Produção de milho (Zea mays L.) para confecção de Silagem”, “Estação de monta na bovinocultura de corte”, “Principais cuidados na implantação da pastagem”, “Curso Técnico em agronegócio da rede E-TEC Brasil é ofertado em Paragominas-PA.

TÉCNICAS DO CAMPOEDITORIAL

p2

grupo de pesquisa em andrologia,inseminação ar�ficial, sanidade emelhoramento gené�co de bovinose bubalinos

Zootecnia em FocoVolume 2, n.1, janeiro/fevereiro de 2016

Realização:

Colaboração:

Editores:

Bruno C. Soares

Prof. MSc. UFRA/Paragominas

Natália da Silva e SilvaProfª Dra. UFRA/Paragominas

Núbia F. A. dos SantosProfª Dra. UFRA/Paragominas

Rinaldo B. VianaProf. Dr. UFRA/ Belém

Waldjânio O. MeloZootecnista, MSc. UFRA/Paragominas

Jane P. FelipeEngenheira Agrônoma

Everton S. Sousa

Acadêmico Curso Zootecnia UFRA/Paragominas

Janiele B. BarbosaAcadêmico Curso Zootecnia UFRA/Paragominas

Karolina B. MouraAcadêmico Curso Zootecnia UFRA/Paragominas

Marcelo C. MoraisAcadêmico Curso Zootecnia UFRA/Paragominas

Marcos Benedito C. ReisAcadêmico Curso Zootecnia UFRA/Paragominas

Ricardo Cézar Barros SantosAcadêmico Curso Zootecnia UFRA/Paragominass

Rômulo Henrique B. Holanda - Acadêmico Curso Zootecnia UFRA/Paragominas

Arte GráficaJane P.Felipe - Mestranda em Genética e Melhoramento de Plantas UENF/RJ

Contato:E-mail: [email protected]

End.: Rodovia PA 256, km 6, Nova Conquista - Paragominas-PA

Page 3: zootecnia em foco

Brasil vem apresentando evolução Ogradativa na produção leiteira, entretanto, verifica-se que está vinculado ao aumento

de rebanho e não ao aumento de produtividade. A pecuária leiteira brasileira ainda vem enfrentando dificuldades atribuídas ao baixo nível tecnológico de pequenos produtores que são a grande maioria, ao alto custo de produção quando comparado ao pequeno poder aquisitivo da população, às baixas produção e produtividade do rebanho principalmente na pequena propriedade, às importações erráticas e à falta de política para o setor.

Para reverter essa situação e conseguir se firmar num mercado competitivo, os produtores brasileiros precisam adotar mecanismos para aumentar a produtividade, diminuir custos de produção e melhorar a qualidade dos produtos. Porém, vários pequenos pecuaristas não possuem acesso à assistência técnica e/ou ao credito, o que dificulta alcançar níveis satisfatórios de produção e rentabilidade.

Dentre as soluções para fortalecer a cadeia produtiva, está à organização dos produtores na forma de cooperativa agropecuária, onde desempenha importante papel no desenvolvimento econômico e social de seus associados. Os retornos econômicos originam-se da inserção dos pequenos e médios produtores em mercados concentrados e da agregação de valor à sua produção. Além da importância econômica, é relevante frisar a importância social atribuída a essas organizações, que são, em certos municípios e regiões, a única forma de organizar e comercializar a produção dos agricultores.

Através da cooperativa, os pecuaristas podem comprar os insumos (ração, adubo, combustível, dentre outros) diretamente das fábricas adquirindo descontos, além disso, quando se juntam para vender os produtos, conseguem melhores valores de mercado.

Dentre as ações de uma cooperativa de pequenos produtores de leite, pode-se destacar a contração de um profissional como o zootecnista para dar

assistência técnica nas fazendas cooperadas, compra de sêmen e até reprodutores para fazer rodizio entre as propriedades, compra de maquinas e implementos agrícolas além de sementes e adubos para implantação do pasto, beneficiamento do leite no local agregando valor aos produtos e gerando mais empregos e negociação direta com o consumidor conseguindo assim, melhores valores de mercado.

A cooperativa exige responsabilidade, comprometimento e participação de todos os cooperados dentro de uma estrutura de decisão democrática. Caso o resultado seja positivo, todos ganham caso negativo, todos deixam de ganhar. Dessa forma, é fundamental que estejam em constante capacitação e que tenham conhecimento de forma clara seus direitos e deveres.

REFERÊNCIASINSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÉSTICA. Indicadores IBGE – Estatística da Produção Pecuária Junho de 2013. Disponível em: < http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/agropecuaria/producaoagropecuaria/abate-leite-couro-ovos_201301_publ_completa.pdf>. Acesso em: 01 de março de 2016.

MONDAINI, I. A rentabilidade da atividade leiteira: um caso de produtores no médio Paraíba do Estado do Rio de Janeiro. Lavras: UFLA, 1996. Dissertação (Mestrado em Administração Rural). Universidade Federal de lavras, 1996.83 p.

SERVIÇO NACIONAL DE APREDIZAGEM RURAL-SENAR. Administração da Empresa Rural: ambiente. SENAR, Brasilia-DF, 2009. 46p. Coleção Senar 139.

SOUZA, U.R.; BRAGA, M.J. Diversificação concêntrica na cooperativa agropecuária: um estudo de caso da COMIGO. Gestão & Produção, São Carlos, v. 14, n. 1, p. 169-179, jan.-abr. 2007.

EM DESTAQUE

COOPERATIVISMO COMO MÉTODO DE DESENVOLVIMENTO DE PEQUENOS PRODUTORES DE LEITE

Jaqueline Valéria de S. AraújoEstudante de Zootecnia UFRA/PARAGOMINAS

p3Zootecnia em foco. Vol. 2, n. 1, jan/fev 2016, Paragominas-PA

Waldjanio de O. MeloZootecnista MSc. UFRA/PARAGOMINAS

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ENTREVISTA

Marcelo C. MoraisEstudante de Zootecnia UFRA/PARAGOMINAS

ENTREVISTA COM O ZOOTECNISTAHENRIQUE LUÍS TAVARES

Zootecnia em foco. Vol. 2, n. 1, jan/fev 2016, Paragominas-PA

P o s s u i g r a d u a ç ã o e m Zootecnia na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - UFRRJ (2002).

Zootecnia em foco: Qual seu local de trabalho e função?Z o o t e c n i s t a H e n r i q u e Tavares: Atualmente atuo c o m o Z o o t e c n i s t a d a Fundação Parque Zoológico de São Paulo (FPZSP) no

cargo de Chefe do Setor de Alimentação e Nutrição Animal.

Zootecnia em foco: Como se deu a escolha da Zootecnia como profissão?Zootecnista Henrique Tavares: Desde criança tenho contato e grande afinidade com animais e interesse em qualquer espécie deles. Já criei peixes, aves, coelhos, cães, gatos, répteis e até insetos. Na adolescência comecei a pesquisar as profissões ligadas ao mundo animal e encontrei na Zootecnia um curso completo, complexo e dinâmico que me proporcionou uma formação técnica especializada para atuar na criação racional de qualquer animal.

Zootecnia em foco: O senhor se sente feliz e plenamente realizado com essa escolha? Por quê?Zootecnista Henrique Tavares: Profissionalmente estou plenamente realizado, pois atuo na área que sempre almejei desde o inicio de minha graduação na UFRRJ. Não vejo nada mais fascinante na zootecnia do que esta área que trabalho atualmente. Tudo o que eu conquistei até hoje foi graças à profissão que escolhi.

Zootecnia em foco: Como zootecnista, o senhor atua em qual área? Qual o motivo dessa escolha?Zootecnista Henrique Tavares: Meu sonho profissional foi sempre atuar com Nutrição Animal e com Animais Silvestres, e no ano de 2006 vi a chance de concretizar este sonho, pois abriu concurso público para vaga de Zootecnista da Fundação Parque Zoológico de São Paulo no qual me encontro até hoje, atualmente como Chefe do Setor de Alimentação e Nutrição Animal onde sou o Técnico Responsável pela nutrição de 4000 animais, de um Biotério e da Fabrica de Ração (o Zoo de SP é o único zoológico do mundo com uma Fábrica de Ração própria).Os conhecimentos adquiridos na UFRRJ em nutrição de bovinos, caprinos e ovinos me permitiram estipular

uma dieta correta para girafas, camelos e cervídeos, a nutrição de suínos – dos javalis, catetos e queixadas, nutrição de cães e gatos me deu conhecimentos para balancear dieta de lobos e tigres, nutrição equina me permitiu formular dietas desde zebras até para elefantes e assim por diante por que a fisiologia animal que aprendemos no curso de zootecnia é comparada nos permitindo atuar em qualquer espécie animal seja de produção, companhia, esporte, lazer e silvestres como no meu caso.O motivo da escolha em atuar nesta área foi ter percebido ainda na Universidade que o sucesso dos programas de conservação e preservação da fauna silvestre está diretamente relacionado a uma alimentação e nutrição adequada das diferentes espécies. O trabalho do zootecnista no fornecimento de dieta balanceada é fator preponderante ao bem estar animal, imunidade e resistência a doenças, crescimento saudável, sucesso reprodutivo e longevidade de animais silvestres.

Zootecnia em foco: Qual a diferença entre animais exóticos e silvestres?Zootecnista Henrique Tavares: Animal exótico é todo aquele, terrestre ou aquático, cujo ciclo de vida natural ocorre em território distinto daquele utilizado como referência, ou então, do local onde o animal se encontra no momento. Por exemplo: um leão é um animal exótico ao Brasil, pois é originário do continente africano e não ocorre naturalmente nas florestas nacionais. Já o sagui-do-tufo-branco, bastante encontrado em parques e florestas de São Paulo, é considerado um animal exótico ao Estado, apesar de ser de uma espécie natural do Nordeste do país. Como exemplos de exóticos: girafas, elefantes, avestruzes, crocodilos entre outros.Animal silvestre nativo é todo aquele de espécie terrestre ou aquática, migratória ou não, cujo ciclo de vida ocorre dentro dos limites de sua distribuição natural. Por exemplo, podemos ter um animal silvestre nativo para o território nacional, se utilizarmos o país como referência; ou nativo para o território paulista, se a referência for o Estado de São Paulo. Os animais silvestres nativos são protegidos por lei, sendo proibida sua caça, destruição, comercialização ou criação, sem autorização do órgão ambiental competente. Como exemplos de silvestres nativos: tamanduás, tatus, onças, araras, lagartos teiús entre outros.

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ENTREVISTA

ENTREVISTA COM O ZOOTECNISTAHENRIQUE LUÍS TAVARES

Zootecnia em foco. Vol. 2, n. 1, jan/fev 2016, Paragominas-PA

Zootecnia em foco: Quais são os principais cuidados que devemos ter na criação de animais silvestre e exóticos?Zootecnista Henrique Tavares: Uma das considerações mais importantes para a manutenção de animais selvagens em cativeiro é proporcionar uma dieta apropriada para manter as espécies saudáveis e com potencial reprodutivo adequado. Na criação de qualquer animal devemos sempre respeitar os conceitos da ciência de Bem Estar Animal, conhecendo, avaliando e garantindo as condições para satisfação de suas necessidades básicas desde o momento que passam a viver, por diferentes motivos, sob nosso domínio. Os animais devem ter sempre acesso à água f r e s c a e u m a a l i m e n t a ç ã o balanceada adequada às suas necessidades para se manterem saudáveis e fisicamente bem. D e v e m t e r c o n d i ç õ e s d e a l o j a m e n t o e a m b i e n t e s adequados às suas necessidades e confortáveis de acordo com as suas características. Devem ter a sua saúde protegida, através da prevenção de doenças, ferimentos e dor. Devem ter espaço adequado que lhes permitam expressar o seu c o m p o r t a m e n t o n a t u r a l e potencial genético. Enfim, os animais devem ser mantidos e tratados de modo a evitar que s o f r a m p s i c o l ó g i c a e emocionalmente.

Zootecnia em foco: Qual a importância da atuação do zootecnista na criação de animais silvestres e exóticos?Zootecnista Henrique Tavares: Não é somente o gado, ovinos, caprinos, suínos, cães, gatos, equinos, coelhos, aves e tantos outros animais domesticados para produção, esporte ou companhia que estão sobre os cuidados técnicos dos zootecnistas. É cada vez mais comum encontrarmos estes profissionais atuantes na pesquisa ou assistência técnica dos diferentes sistemas de conservação e preservação de fauna em cativeiro.

Os atuais empreendimentos de uso e manejo da fauna silvestre têm contratado zootecnistas como responsáveis técnicos visando atender às finalidades socioculturais, de pesquisa científica, de conservação, de exposição, de manutenção, de criação, de reprodução, de comercialização, de abate ou de

beneficiamento de produtos e subprodutos deste tipo de criação.

O zootecnista atua não só com alimentação e nutrição (como no meu caso no Zoo de São Paulo), mas também no fomento de programas de reprodução e melhoramento genético das diferentes espécies animais de interesse de conservação e preservação, no desenvolvimento de novas biotecnologias, no planejamento e execução de projetos de construções d e r e c i n t o s , e t o l o g i a , e n r i q u e c i m e n t o comportamental, bem estar animal, educação e licenciamento ambiental.

Zootecnia em foco: Quais são os critérios determinados pelo IBAMA para a criação desses animais?Zootecnista Henrique Tavares: Os critérios para a criação de animais silvestres estão descritos na INSTRUÇÃO NORMATIVA IBAMA Nº 7, de 30 de abril de 2015, onde foi inst i tuído e normatizado as categorias de uso e manejo da fauna silvestre em cativeiro, e definido, no âmbito do IBAMA, os p roced imentos autorizativos para as categorias estabelecidas.

C o m a e d i ç ã o d a L e i Complementar nº 140/2011, que e s t a b e l e c e u a d i v i s ã o d e competências entre a União, os

Estados e os Municípios em relação à proteção e preservação do meio ambiente, o IBAMA e o Governo de alguns Estados Brasileiros, tem firmado Acordo de Cooperação Técnica, prevendo que a gestão da fauna silvestre em território dentro de cada Estado passasse a ser atribuição do Estado e não mais da Federação.

Diante disso, pessoas físicas ou jurídicas, interessadas em obter autorizações, destes Empreendimentos de Manutenção de Animais Silvestres Cativos, assim como os interessados em obter autorizações para ações de manejo de fauna silvestre in situ (vida livre) devem procurar a Secretária Estadual do Meio Ambiente para orientações de como obter a Autorização de Uso e Manejo da Fauna.

Page 6: zootecnia em foco

ESPAÇO SANIDADE ANIMAL

Vitor de O. AraújoEstudante de Zootecnia UFRA/PARAGOMINAS

PARASITISMO EM BOVINOS

O Brasil possui 217,4 milhões de Bovinos, constituindo um dos maiores rebanhos comerciais do mundo. No que tange a

produção de carne bovina o país ocupa a segunda posição no ranking mundial de países produtores, sendo precedido pelos Estados Unidos.

A pecuária brasileira vem buscando adaptar-se às duas maiores exigências dos mercados consumidores: competitividade e qualidade do produto. Portanto, o principal desafio dos sistemas de produção de proteína animal é a obtenção de um produto com a quantidade, a qualidade e o preço que o mercado consumidor exige. Alguns fatores contribuem para a redução da produção e produtividade do rebanho, entre estes estão, as carências nutricionais, o manejo inadequado e alta incidência de parasitoses.

O parasitismo pode ser externo (ectoparasitismo) como aquele exercido por carrapatos, moscas do chifre, bernes e piolhos ou interno (endoparasitismo) como o exercido pelos vermes gastrointestinais. É responsável por expressivas perdas econômicas na p e c u á r i a m u n d i a l d e v i d o a o a t r a s o n o desenvolvimento, baixa produtividade de carne e leite, prejuízo na qualidade do couro, gastos com tratamento, profilaxia, mão de obra e manejo e, em casos mais severos, pela mortalidade dos animais.

A incidência e distribuição dos parasitas apresentam variações regionais e sazonais, dependendo de vários fatores como regime pluvial, clima, temperatura, umidade relativa, manejo, tipo de pastagem, nutrição, lotação animal, raça, idade e estádio fisiológico dos animais, onde animais jovens são mais sensíveis que os adultos. Dependendo do parasita, o controle pode ser realizado na forma química administrada em banho de imersão, pulverização, aspersão, pour on, aditivos alimentares ministrados para atuarem sobre as larvas depositadas nas fezes, brincos impregnados com inseticidas

piretróides ou organofosforados além de fármacos injetáveis e também na forma biológica como o uso de besouros africanos (Digitonthophagus gazela) conhecidos vulgarmente como rola bosta.

Mas devido à falta de assistência técnica e ao pouco conhecimento do produtor rural no uso correto destes medicamentos, os parasitas desenvolveram resistência aos produtos e a eficácia diminuiu consideravelmente. Com isso, os animais apresentam alto grau de infestação, ocasionando perdas significativas de produção.

REFERÊNCIASAZEVEDO, D.M.M.R.; ALVES, A.A.; SALES, R.O. Principais Ecto e Endoparasitas que Acometem Bovinos Leiteiros no Brasil: Uma Revisão. Rev. Bras. de Higiene e Sanidade Animal, v.2, n.1, p.43-55, 2008.

BARBOSA, W.S. A influência de ecto e endoparasitas na p rodução bov ina . B ra s i l i a , 2009 .Monografia (Especialização em Reprodução e Produção em Bovinos). Universidade Castelo Branco, 2009.

COLDITZ, I.G.; WATSON, D.L.; GRAY, G.D.; EADY, S.J. Some relat ionships between age, immune responsiveness and resistance to parasites in ruminants. Int. Journal for Parasitology, v. 26, p. 869-877, 1996.

FRAGA, A.B.; ALENCAR, M.M.; FIGUEIREDO, L.A.; RAZOOK, A.G.; CYRILLO, J.N.S.G. Análise de fatores genéticos e ambientais que afetam a infestação e fêmeas bovinas da raça caracu por carrapatos (Boophilus microplus). Rev. Bras. Zoot., v. 32, p.1578-1586, 2003.

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Abate de animais, produção de leite, couro e ovos. D i s p o n í v e l e m : <http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/agropecuaria/producaoagropecuaria> Acesso em: 12 março 2016.

Zootecnia em foco. Vol. 2, n. 1, jan/fev 2016, Paragominas-PA

Foto: Waldjanio O. Melo, 2009

Foto: Karolina B. Moura, 2015

Page 7: zootecnia em foco

TÉCNICAS DO CAMPOESPAÇO ANIMAIS DE COMPANHIA

Apopulação de cães cresce acentuadamente no país, contamos hoje com uma população de 52 milhões de cães, o que corresponde a quase um cão a cada dois domicílios. Historicamente, além de toda serventia como animal de trabalho, os cães sempre despertaram no homem uma relação afetiva, mas em tempos

modernos, podemos observar essa relação ainda mais intensa e com boas doses de antropomorfismo. Os cães representam muito mais do que um animal de companhia, ocupam lugar de destaque e status de membros da família, como filhos. No entanto, a intensificação da relação entre cães e homens, comumente gera problemas de convívio. Muitos proprietários de cães encontram dificuldades para manejar seus animais de maneira correta, e os reflexos são encontrados em forma de problemas de adaptação e comportamento, assim como o comprometimento do bem estar.

Frente à demanda gerada pelo crescente número de proprietários de cães que enfrentam problemas de adaptação e comportamento, podemos observar um potencial campo de trabalho para profissionais que queiram investir nesta área. O profissional que queira se especializar em de treinamento de cães, necessita ter conhecimentos plenos em comportamento e bem estar desses animais. Zootecnistas que ingressam na atividade costumam prosperar com destaque pelos conhecimentos em genética, nutrição e manejo desses animais, sendo capazes de adaptar e aplicar conhecimentos obtidos em sua formação em prol da atividade.

A maior causa de comportamentos indesejáveis observados em cães são frutos de manejo inadequado e falta de exercícios. O fornecimento de manejo correto, rotina de exercícios e sessões de adestramento, promovem qualidade de vida para cães e proprietários.

O adestramento beneficia a relação entre cães e homens, através de exercícios que estimulam os animais física e mentalmente em atividades planejadas e objetivadas em promover comunicações estabelecidas para melhorarem o convívio e inserir os cães em ambientes domésticos e na sociedade.

O adestramento se torna a principal ferramenta para estabelecer o estreitamento da relação interespécie, e assim, possibilitar qualidade de vida para nossos cães.

Ivan PedrosaZootecnista CRMV-RJ 804/Z (CINOTEC - Adestramento de Cães)

ADESTRAMENTO DE CÃES: IMPORTÂNCIAE PERFIL DO PROFISSIONAL

Zootecnia em foco. Vol. 2, n. 1, jan/fev 2016, Paragominas-PA

Foto: Ivan Pedrosa, 2016

Page 8: zootecnia em foco

TÉCNICAS DO CAMPOESPAÇO MELHORAMENTO GENÉTICO

Waldjanio de O. MeloMSc Zootecnista UFRA/PARAGOMINAS

Omercado de bovinos no Brasil é bastante diversificado, vai desde a compra de reprodutores ou sêmen até a venda de

animais para o abate. Enquanto alguns produtores compram bezerros para continuidade da produção em sua fazenda outros adquiram reprodutores com genética superior para multiplica-la.Na evolução das raças bovinas de corte no país, ressalta-se a preocupação atual dos criadores e técnicos na busca de animais equilibrados, em sintonia com os sistemas de produção, em busca de adaptabi l idade, e , especialmente, de eficiência econômica. Nesse aspecto, características tais como fertilidade, taxas de crescimento e conformação frigorifica, além daquelas relacionadas à qualidade do produto final, passam a ser cada vez mais trabalhadas num ritmo que depende, n a t u r a l m e n t e , d a praticidade e dos custos da coleta de dados de campo.

O s r e p r o d u t o r e s j u n t a m e n t e c o m a s matrizes são responsáveis p e l a p e r p e t u a ç ã o d o material genético, dessa f o r m a , o s u c e s s o reprodutivo da fazenda começa com a identificação de bons touros no momento da seleção. Na avaliação desses animais, são consideradas características do desempenho (ganho de peso do animal e/ou de suas progênies), características reprodutivas (libido e produção espermática) e morfológicas (padrão racial, aprumos e conformação).

A avaliação morfológica (exterior do animal) é fundamental na seleção de touros onde verifica-se a presença de características desejáveis para produção de carne e padrão racial, basicamente devem ser avaliadas a parte da cabeça, conformação muscular, pelagem, pele e aprumos. O animal deverá apresentar caracterização da raça que pertence, ressaltando que se tratando de conforto térmico em regiões tropicais como o Brasil, o ideal é optar por reprodutores que possuem pelos claros e pele pigmentada (escura) onde lhes acometem menor estresse por radiação solar.

Aprumos consistem na direção que os membros tomam na sustentação do corpo em toda extensão.

Animais que não têm aprumos normais como cambaios, cambotas e jarrete fechado, possuem dificuldades de locomoção diminuindo o consumo de forragem quando criados a pasto e realização da monta, interferindo negativamente nos índices reprodutivos.

Em relação à seleção para aptidão para corte, deseja-se que tenham o corpo em forma de bloco compacto, largo, profundo e moderadamente comprido com boa musculatura. A linha superior deve ser reta, larga e bem musculada desde o pescoço até a cauda. O quarto anterior deve ser largo, profundo

cheio e visto de frente deve apresentar bom espaço entre os membros, já o quarto posterior deve ser comprido, largo e profundo, ancas cheias, garupa bem cheia em toda a extensão, longa e larga. A Cauda deve s e r g r o s s a n a b a s e , a fi n a n d o - s e p a r a a extremidade, saindo em nível com a garupa e formando um ângulo reto. O c o s t a d o d e v e s e r moderadamente longo, com c o s t e l a s c o m p r i d a s e arredondadas indicando boa capacidade respiratória e

deposito de musculo.Na avaliação visual da fertilidade, deve observar

se o animal possui a cabeça marcadamente masculina, pescoço largo e acentuadamente masculino com pelos fortes e mais escuros (caracteres sexuais secundários no macho), espáduas bem musculadas e com a musculatura bem definida e peito carnudo. A bainha prepucial não deve ser muito pendente, abertura não muito larga, com pelos na bainha prepucial, os testículos bem conformados, suspensos e não muito fortes nem pendentes.

REFERÊNCIASSILVA, L.O.C.; MARTIN NIETO, L.; ROSA, A.N. Programas de identificação e utilização de animais geneticamente superiores. In: FIGUEIREDO, F.C.; MAGALHAES, K.A.; BARROS, L.V.; DINIZ, L,L.; MARCONDES, M.I.; CHIZZOTTI, M.L.; FONSECA, M.A.; BENEDETI, P.D.B.; PAULINO, M.F.; VALADARES FILHO, S.C. Anais do V Simpósio de Produção de Gado de Corte –SIMCORTE, Viçosa-MG, 2006.

ASPECTOS IMPORTANTES NA SELEÇÃODE TOUROS DE APTIDÃO PARA CORTEPELA AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA

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Page 9: zootecnia em foco

ESPAÇO NUTRIÇÃO ANIMAL

Zootecnia em foco. Vol. 2, n. 1, jan/fev 2016, Paragominas-PA

Quando se pensa em alimento para fornecer aos animais no período seco, a primeira alternativa que vem em mente é a silagem, e

com ela muitas dúvidas sobre o processo de produção.A baixa disponibilidade e valor nutritivo das

pastagens, no período seco, são os fatores que mais contribuem para a perda de peso e diminuição de produção de leite e carne dos animais. E por isso a conservação de alimentos (volumosos), tem sido utilizada como uma técnica que permite a utilização desses alimentos em qualquer época do ano.

A princípio à produção de silagem se dar pela escolha do local onde será instalada a cultura, realizar a preparação do solo, devendo este ser plano, pouco inclinado e próximo do local onde será armazenado o material. Existem muitos materiais recomendados, todos os anos, tanto de milho convencional como transgênico, pois nem sempre o híbrido que se destaca na produção de grãos será o melhor na produção de silagem da planta inteira, devendo ser observado a genética do vegetal ou híbrido a ser plantado. A escolha correta proporciona uma silagem com valores bromatológicos superiores. E a produção por área também é um fator determinante para redução dos custos, pois quanto mais produtivo em massa verde/ha, melhor. O critério da presença/ausência do “dente” não é seguro para decidir o momento de ensilar, pois muitos materiais têm grãos dentados e macios, e outros não apresentam “dente” e os grãos são extremamente duros. Deve-se evitar plantar híbrido de genética de grão duro, pois quanto mais duro for a genética do grão presente na silagem, menor será sua digestibilidade, verificado na prática pela grande quantidade de grãos nas fezes dos ruminantes.

Considerando a planta de milho para ensilagem, o ponto de colheita correto é quando a forrageira atinge 30 a 35% de matéria seca (MS). Essa avaliação pode ser feita considerando a umidade no grão do milho através da chamada “linha do leite”. O ponto ideal de ensilagem é quando a parte “dura” da linha de leite represente metade do grão, sendo avaliado quebrando-se uma espiga ao meio e apertando o grão com a unha.

Nesse ponto a textura do grão, quando amassado é de pastoso a farináceo/mole, e a planta já apresenta as folhas da base secas e a palha da espiga amarelada. Vale lembrar que cortar o milho antes do ponto pode comprometer a qualidade da silagem pelo excesso de umidade.

Para a silagem da planta inteira (mais usada), a planta do milho é cortada próximo à superfície do solo. Espera-se que a silagem tenha alta qualidade, sem necessidade de aditivos para estimular a fermentação, pois, no ponto da colheita correto, o teor de MS em torno de 35% inibe as fermentações indesejáveis. Para silagem da espiga, o corte é feito da espiga para cima. A colheita será feita mais tardiamente que o normal, quando os grãos de milho já estão maduros fisiologicamente, embora ainda com umidade elevada (média de 40%). O corte é feito a 0,8 m de altura em relação à superfície do solo. E para a silagem de grão úmido é feita apenas com os grãos do milho. Consiste na colheita do milho quando os grãos apresentarem entre 35% a 40% de umidade.

O tamanho da partícula ideal é entre 5 a 10 mm ou 0,5 a 1,0 cm, para facilitar a ingestão, compactação, reduz percas e economiza alimento.

A silagem é o produto resultante da fermentação, realizada por bactérias, de forrageiras em processo de anaerobiose, picadas, compactadas e acondicionadas em silos, utilizada na alimentação de animais, principalmente bovinos. Em confinamento é muito usada junto com os grãos e farelos. O processo de produção de silagem denomina-se ensilagem e quando feito adequadamente, seu valor nutritivo é semelhante ao da forrageira verde.

REFERÊNCIASNOVINSKI, C. O. Produção de silagem de milho em pequenas propriedades rurais. Disponível em: <http://www.ensilagem.com.br/producao-de-silagem-de-milho-em-pequenas-propriedades-rurais/> Acesso em: 26/01/2016.

OLIVEIRA; P.S.; OLIVEIRA, J.S. Produção de Silagem de Milho para Suplementação do Rebanho Leiteiro. Comunicado Técnico nº74, Juiz de Fora-MG, 2014.

PRODUÇÃO DE MILHO (Zea mays L.)PARA CONFECÇÃO DE SILAGEM

Karolina B. MouraEstudante de Zootecnia UFRA/PARAGOMINAS

Jane P. FelipeMestranda em Genética e Melhoramento de Plantas

UENF/Campos dos Goytacazes-RJ

Fonte: www.milkpoint.com.br

Fonte: www.nrcca.cals.cornell.edu

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TÉCNICAS DO CAMPOESPAÇO REPRODUÇÃO ANIMAL

ESTAÇÃO DE MONTA NA BOVINOCULTURADE CORTE

Quando se fala em estação de monta (EM) logo se pensa no objetivo principal, maximização da eficiência reprodutiva do

rebanho que está diretamente associada a palavra sincronismo. O que se pretende é sincronizar o período de maior requerimento nutricional da vaca, que é o período de lactação e com esse manejo pode-se conseguir melhores índices reprodutivos da vaca e ganho de peso do bezerro submetido ao desmame.

Para a implantação da EM deve-se levar em consideração alguns pontos, como a condição nutricional dos animais, que é primordial para o sucesso reprodutivo do rebanho, diagnóstico das condições uterina/ovarianas por um médico veterinário e avaliação do escore corporal das matr izes . A escolha do período para a EM pode variar de uma região para outra, a época de maior oferta de for ragem é que va i determinar seu início e fim.

Em regiões tropicais se v e r i fi c a u m a m a i o r concentração da EM no início das chuvas quando se tem a rebrota da forragem o que proporciona melhores condições nutricionais para o bezerro e para as vacas que tendem a apresentarem maior número de cio em resposta as melhores condições do ambiente criatório.

Dentre as vantagens da adoção dessa técnica de manejo destacam-se:

- Otimizar os trabalhos de inseminação artificial (IA) e de monta natural;

- Proporcionar melhor organização das atividades da fazenda;

- Determinar melhores épocas para o nascimento e o desmame de bezerros, pois animais que nascem em épocas inadequadas acabam sofrendo mais devido às parasitas, pastagens de baixa qualidade para as matrizes, entre outros;

- Facilita o controle zootécnico e sanitário do rebanho, devido à uniformidade do lote de bezerros;

- Permite selecionar as fêmeas e machos que permanecerão no rebanho.

Dentre as técnicas de reprodução animal mais utilizadas durante a EM, destacam-se, a monta natural, inseminação artificial (IA) e inseminação artificial em tempo fixo (IATF), por serem bastante empregadas

atualmente nas propriedades de diversos tamanhos.A monta natural ainda é bastante utilizada no

Brasil, nesse sistema os reprodutores permanecem com as fêmeas, seja por um tempo determinado na EM ou durante todo o ano. Tem como vantagem, menores custos com mão de obra e infraestrutura, porém, proporciona menor eficiência do sistema produtivo, não há controle de paternidade e padronização do nascimento dos bezerros, dificultando a organização das atividades da fazenda e seleção dos animais com maior potencial.

A IA tem sido adotada por ser um processo de reprodução u t i l i zando o sêmen de touros geneticamente superiores. O sucesso dessa biotécnica reprodutiva dos aspectos sanitários e nutricionais dos

animais, apresenta como limitante a necessidade de observação de cio, que e um trabalho desgastante para o f u n c i o n á r i o e p a r a o proprietário que terá que desloca um funcionário para a função.

Já a inseminação artificial em tempo fixo (IATF) vem g a n h a n d o e s p a ç o n a s fazendas brasi leiras em virtude de tentar sanar a necessidade da observação de c io , ao p roporc iona r a s i n c r o n i z a ç ã o ( c i o e ovulação) com o uso de

hormônios independente das condições foliculares dos animais.

REFERÊNCIASAYRES, H.; TORRES-JÚNIOR, J. R. S.; PENTEADO, L.; SOUZA, A.H.; BARUSELLI, P. S. Efeito do momento da inseminação e do tratamento com GnRH na IATF sobre a taxa de concepção de vacas de corte lactantes sincronizadas com norgestomet e valerato de estradiol. Acta Scientiae Veterinariae, v.34, p.408, 2006.

CARVALHO, A. S.; ZAPPA, V. Estação de monta bovina. Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária, v.7, n. 12, p.1-6, 2009.

TORRES-JÚNIOR, J. R. S.; MELO, W. O.; ELIAS, A. K. S.; RODRIGUES, L. S.; PENTEADO, L.; BARUSELLI, P. S. Considerações técnicas e econômicas sobre reprodução assistida em gado de corte. Revista Brasileira de Reprodução Animal, v.33, n.1, p.53-58, 2009.

Everton S. SousaEstudante de Zootecnia/UFRA PARAGOMINAS

Zootecnia em foco. Vol. 2, n. 1, jan/fev 2016, Paragominas-PA

Foto: Waldjanio O. Oliveira, 2009

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ESPAÇO FORRAGICULTURA

PRINCIPAIS CUIDADOS NAIMPLANTAÇÃO DE PASTAGEM

Ricardo Cézar B. SantosEstudante de Zootecnia UFRA/PARAGOMINAS

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pecuária brasileira está fundamentada na Aexploração de pastagem pelo fato de ser a fonte mais barata e prática para a

alimentação de ruminantes. O investimento inicial para a implantação de pastagem é alto, porém seu resultado se sobressai nos primeiros anos, desde que cuidados importantes sejam considerados em sua formação e manutenção.

O primeiro passo para a implantação da pastagem em qualquer propriedade é analisar a área em que se vai trabalhar. O solo ali presente e o clima são fatores básicos. A escolha da forrageira é o segundo passo a se seguir, e baseia-se em quatro quesitos:

- Potencial produtivo e estacionalidade de produção;

- Valor nutritivo;- Adaptação a fatores climáticos, edáficos e

bióticos;- E flexibilidade de uso.Dando continuidade ao processo de implantação,

deve ser feita a limpeza da vegetação existente na área por meios de correntões, laminas, ou até mesmo manualmente, e em seguida entrar com o arado para que os restos orgânicos incorporem no solo. A queimada da vegetação da área em que se deseja implantar a pastagem não é uma boa opção, pois com a queima há perdas de carbono (C), nitrogênio (N), e fosforo (P), nutrientes fundamentais para o desenvolvimento da forrageira.

É fundamental realizar a análise do solo, pois somente assim, poderá identificar a necessidade de correção de acidez e/ou adubação da área. A correção de acidez do solo deve se feita de dois a três meses antes do plantio, o ideal é que seja no início das chuvas para que haja uma incorporação de 20 a 30 centímetros no solo, e que se tenha uma gradagem de uniformização.

Já a adubação do solo pode ser feita antes, ou durante o plantio, e tem como principal finalidade ceder N, P e K para a pastagem. Anualmente uma

adubação de manutenção deve ser feita, coisa que muitos produtores não faz.

No plantio deve-se atentar à regulagem dos implementos para que não haja excesso ou carência de semente por área, à qualidade da semente (valor cultural conhecido) e à taxa de semeadura. É fundamental que seja adquirido sementes de empresas idôneas que tenham certificação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), pois, adotam sistema de padrão de qualidade confiável.

A melhor época para o plantio é ainda no inicio do período chuvoso, devido precisar de contínua umidade no solo da semeadura e emergência das plântulas até o completo estabelecimento.

É importante que se faça um pastejo de uniformização na pastagem iniciado de 60 a 90 dias após a emergência das plântulas, para eliminar a maior parte das gemas apicais, estimulando a emissão de novos perfilhos e raízes, além de evitar o acamamento das planta. Este manejo proporciona uma mais rápida e completa cobertura do solo. Dessa forma, a implantação do pasto juntamente com manejo adequado dos animais, garantem maior produtividade e longevidade da forragem.

REFERÊNCIASEVANGELISTA, A.R. Formação e manejo de pastagens tropicais, UFLA, Lavras-MG, P.5-45, 2000.

KICHEL, A. N.; KICHEL, A. G. Requisitos básicos para boa formação e persistência de pastagens. Campo Grande: Embrapa Gado de Corte, Campo Grande-MS, 2001. Documento 52.

QUADROS, D. G. Formação e reforma de pastagens. In: CURSO DE FORMAÇAO E REFORMA DE PASTAGENS, 2002, Barreiras. Barreiras: Núcleo de Estudo e Pesquisa em Produção Animal, Universidade do Estado da Bahia, 2002.

Zootecnia em foco. Vol. 2, n. 1, jan/fev 2016, Paragominas-PA

Foto: Waldjanio O. Melo; 2015

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CONGRESSOS E EVENTOS

indicato dos Produtores Rurais de SParagominas em parceria com o SENAR esteve lançando o Curso Técnico em

Agronegócio da Rede e-tec Brasil, primeiro curso técnico de nível médio na modalidade a distância oferecido pelo SENAR, com certificado reconhecido pelo MEC totalmente gratuito.

Com duração quatro semestres e carga horária Total de 1.230 horas, o curso prepara técnicos capacitados a atuar no mercado do agronegócio local e nacional com o intuito de difundir conhecimentos técnicos e cientifico, aumentando o nível tecnológico nos diferentes seguimentos da cadeia produtiva regional. O técnico de nível médio em agronegócio habilita profissionais na aplicação de procedimentos de gestão e de comercialização do agronegócio, visando a maior grau tecnológico da cadeia produtiva e assim tornar o agronegócio mais competitivo, rentável e ambientalmente sustentável.

A grande vantagem para quem segue o caminho do curso técnico é chegar mais cedo ao mercado de trabalho. No caso do curso Técnico em Agronegócio entra num mercado que não para de crescer e que, atualmente, é o carro-chefe da economia brasileira.

O mercado, principalmente no meio rural, está totalmente aberto a novos profissionais com conhecimento técnico, um perfil valorizado e ainda em falta no país. O técnico recém-formado poderá trabalhar tanto em propriedades rurais, indústrias, federações e associações, como em empresas de pesquisa e fomento.

CEBRAN-UFPA OFERTA CURSO DE CAPACITAÇÃO EM INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM CASTANHAL-PA

CEBRAN- Central de Biotecnologia da AReprodução Animal da UFPA de Castanhal no mês de janeiro lançou o

calendário anual do curso de inseminação artificial em bovinos e bubalinos. O curso é aberto à comunidade que tem interesse em aprender técnicas de reprodução animal, visando o melhoramento das espécies, assegurar o bem estar e a sanidade dos animais com manejo racional durante os procedimentos. A taxa de inscrição é de R$ 300,00 (Trezentos Reais), o curso comtempla uma carga de 40 horas, sendo ofertadas vagas de janeiro a dezembro

CURSO TÉCNICO EM AGRONEGÓCIO DAREDE E-TEC BRASIL É OFERTADOEM PARAGOMINAS-PA

Rafael A. OliveiraEstudante de Zootecnia UFRA/PARAGOMINAS

Zootecnia em foco. Vol. 2, n. 1, jan/fev 2016, Paragominas-PA

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