ZONEAMENTO DE PEQUENAS BACIAS HIDROGRÁFICAS E ... · compatibilizar o zoneamento de pequenas...
Transcript of ZONEAMENTO DE PEQUENAS BACIAS HIDROGRÁFICAS E ... · compatibilizar o zoneamento de pequenas...
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS – CFCH
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA – PPG/UFPE
DOUTORADO EM GEOGRAFIA
ZONEAMENTO DE PEQUENAS BACIAS HIDROGRÁFICAS E
CARACTERIZAÇÃO DE VÁRZEAS NA BACIA DO PAJEÚ, PERNAMBUCO
TESE DE DOUTORADO
Ailton Feitosa
Recife
2012
ZONEAMENTO DE PEQUENAS BACIAS HIDROGRÁFICAS E
CARACTERIZAÇÃO DE VÁRZEAS NA BACIA DO PAJEÚ, PERNAMBUCO
Por
Ailton Feitosa
Tese de Doutorado apresentada ao Curso de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Geografia, Área de concentração Ecossistemas e Impactos Ambientais, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), como requisito para obtenção do grau de Doutor em Geografia.
Orientador (a): Profa. Dra. Maria do Socorro Bezerra de Araújo
Recife
2012
Catalogação na fonte
Bibliotecária Maria do Carmo de Paiva, CRB4-1291
F311z Feitosa, Ailton. Zoneamento de pequenas bacias hidrográficas e caracterização de
várzeas na Bacia do Pajeú, Pernambuco / Ailton Feitosa. – Recife: O autor, 2012.
139 f. : il. ; 30 cm. Orientadora: Prof.ª Dr.ª Maria do Socorro Bezerra de Araújo. Tese (Doutorado) - Universidade Federal de Pernambuco. CFCH.
Programa de Pós–Graduação em Geografia, 2012. Inclui bibliografia.
1. Geografia. 2. Geomorfologia. 3. Sensoriamento remoto. 4. Imagens
multiespectrais. 5. Bacias hidrográficas. 6. Mapeamento ambiental. I. Araújo, Maria do Socorro Bezerra de (Orientadora). II. Título. 910 CDD (22.ed.) UFPE (CFCH2012-22)
À
Floristela Guinhos, eterna companheira, pela dedicação e incentivo.
E, aos meus filhos Marcel e Gustavo com muito carinho.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus por mais essa realização na minha vida.
Aos meus pais e demais familiares, que de forma direta ou indireta
contribuíram para essa nova etapa da minha vida.
Agradeço de modo especial a minha orientadora Profa. Dra. Maria do
Socorro Bezerra de Araújo, pela confiança e orientação deste trabalho.
À Profa. Dra. Joseclêda Domiciano Galvíncio, pelo apoio e colaboração.
Ao Profo. Dr. Everardo Valadares de S. B. Sampaio e Profo. Dr. Antônio
Celso Dantas, pela colaboração.
Aos meus amigos do curso de doutorado: José Alegnoberto Leite Fechine
e Clarisse Wanderley Souto Ferreira pela dedicação e caminho que percorremos
juntos, onde tivemos a oportunidade de aprender e de conhecer mais sobre as
geotecnologias que podem ser aplicadas aos conhecimentos da Geografia.
A Tiago, Lywiston, Ewerton, Antônio Marcos, Bruno e Gleydson pela
colaboração e informações técnicas, meus sinceros agradecimentos.
Agradeço a Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL) pela liberação das
minhas atividades para a realização desse curso e qualificação profissional.
Por último, gostaria de deixar minha gratidão a Fundação de Amparo a
Ciência e a Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe) e ao Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), pelo apoio
financeiro transmitido via bolsa de doutorado, para realização deste trabalho.
RESUMO
ZONEAMENTO DE PEQUENAS BACIAS HIDROGRÁFICAS E
CARACTERIZAÇÃO DE VÁRZEAS NA BACIA DO PAJEÚ, PERNAMBUCO
O zoneamento das pequenas bacias do rio Pajeú foi realizado utilizando imagens
de sensores remotos SRTM e Landsat, procedimentos de modelagem de dados
em ambiente de SIG, com emprego das ferramentas dos softwares ERDAS
Imagine 9.1 e ArcGis 9.3 e validação das informações no campo. De 467 bacias
delimitadas para análise, foram selecionados 195 casos para caracterização dos
ambientes de várzeas, através da aplicação de modelagem de dados, parâmetros
morfométricos e critérios estatísticos de erros, acurácia e correlação. A
modelagem dos dados foi realizada com critérios de extração de variáveis físicas,
classificação de dados vetorizados, segmentação e classificação de pixels, para
discriminar os níveis topográficos, a cobertura do solo e a planície de inundação
em cada área selecionada. Os parâmetros morfométricos foram determinados em
função da rede de drenagem e das variáveis morfológicas, com a aplicação de
equações propostas para determinação desses parâmetros em pequenas bacias
hidrográficas. Os critérios estatísticos empregados na validação dos resultados
foram o índice de exatidão global (EG), que teve valor de 0,89 e o índice de
Kappa (K), com valor de 0,83. Esses resultados encontrados foram considerados
excelentes para todas as imagens. Para a identificação e caracterização das
várzeas, foram utilizadas as técnicas de classificação digital da vegetação NDVI e
EVI. Este último respondeu melhor ao objetivo geral desta pesquisa, que foi
identificar e caracterizar as áreas de várzeas, para analisar e compreender seus
usos atuais e potenciais na bacia hidrográfica do rio Pajeú. A estratificação das
sub-bacias em 11 classes facilitou a classificação física e a identificação das
similaridades entre elas. As sub-bacias apresentaram baixa capacidade de
armazenamento de água no solo, em função do rápido escoamento das águas de
chuvas. As variáveis morfométricas revelaram que a densidade da rede de
drenagem, a declividade e a menor variação das cotas, junto à calha do canal
principal, foram as características que mais contribuíram na identificação e
caracterização dos ambientes de várzeas, com 94% de confiabilidade. Foram
identificadas 352 áreas de várzeas nas sub-bacias analisadas. Essas áreas são
as mais utilizadas no Pajeú, com 67% de suas terras destinadas às atividades
agrícolas. Esse fato tem contribuído para o desaparecimento da vegetação nativa
e a descaracterização da paisagem.
Palavras-chave: análise morfométrica, SIG, sub-bacia hidrográfica, modelagem de
dados morfológicos, bacia do rio Pajeú.
ABSTRACT
ZONATION OF SMALL WATERSHED AS CHARACTERIZATION OF
FLOODPLAIN IN THE PAJEU BASIN, PERNAMBUCO
The zonation of small watershed in the Pajeú river basin was done using remote sensing
images SRTM and Landsat procedures, data modeling in a GIS environment. We used
the ERDAS Imagine 9.1 and ArcGIS 9.3 software and field validation. In amount of 467
watersheds for analysis, 195 cases were selected for floodplain environments
characterization using data modeling, morphometric parameters and statistical errors
criteria, accuracy and correlation. The modeling of the data was performed using criteria
of extracting physical variables, in vectored data classification, segmentation and
classification of pixels, to discriminate topography levels, soil covering and the floodplain
to each selected area. The morphometric parameters were determined according to the
drainage network and morphological variables using appropriately equations to
determining these in small watersheds. The statistical criteria used in validating these
results were the index of overall accuracy (EG), which was 0.89 and the Kappa index (K)
value was 0.83. These results for all images were excellent. We used the NDVI and EVI
technical digital classification of vegetation to obtain the identification and characterization
of floodplains. The EVI technical digital classification of vegetation was the better than
NDVI to the goal of this work - to identify and characterize the floodplains areas, to
analyze and understand their current and potential uses on the river basin Pajeú.
Stratification of sub-basins in 11 classes facilitated the classification and identification of
the physical similarities between them. The sub-basins showed low capacity of water
storage in the soil, due to the rapid runoff of rainwater. The morphometric variables
revealed that the density of the drainage network, slope and smaller variation of the quota,
next to the railing of the main channel, were the characteristics that contributed to the
identification and characterization of floodplains environments, with 94% reliability. We
identified 352 areas in the lowland sub-basins analyzed. These areas are the most used
in Pajeú, where 67% of their lands are used for agricultural activities which have been
contributed to the disappearance of native vegetation and landscape characterization.
Keywords: morphometric analysis, SIG, sub-basins, data modeling morphologic, river
basin Pajeú.
SUMÁRIO
1 – INTRODUÇÃO ................................................................................................10
2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.............................................................................12
2.1 – Zoneamento..................................................................................................13
2.2 – Sub-bacias hidrográficas...............................................................................16
2.3 – Parâmetros morfométricos............................................................................21
2.4 – Classificação das pequenas bacias em unidades homogêneas...................23
2.5 – Áreas de várzeas..........................................................................................25
2.6 – Uso do sensoriamento remoto e SIG para geração de dados superficiais...28
3 – CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO.................................................36
3.1 – Bacia hidrográfica do rio Pajeú.....................................................................37
3.2 – Caracterização da fisiografia .......................................................................38
3.2.1 – Clima..........................................................................................................38
3.2.2 – Geomorfologia............................................................................................43
3.2.3 – Geologia.....................................................................................................42
3.2.4 – Rede hidrográfica.......................................................................................43
3.2.5 – Vegetação..................................................................................................44
3.2.6 – Solos..........................................................................................................46
4 – METODOLOGIA APLICADA............................................................................47
4.1 – Mosaicagem das imagens orbitais para extração de dados superficiais......47
4.2 – Base cartográfica para elaboração dos mapas base....................................48
4.3 – Modelo numérico do terreno.........................................................................50
4.4 – Mapa de declividade.....................................................................................53
4.5 – Extração da rede de drenagem.....................................................................55
4.6 – Classificação dos canais de drenagem.........................................................59
4.7 – Modelo da sub-bacia hidrográfica adotado no estudo..................................60
4.7.1 – Delimitação das sub-bacias hidrográficas..................................................60
4.7.2 – Características morfológicas das sub-bacias.............................................62
4.7.3 – Caracterização morfométrica das sub-bacias............................................62
4.8 – Dados de cobertura do solo por técnica de classificação digital dos índices
NDVI e EVI....................................................................................................69
4.9 – Identificação das áreas de várzeas...............................................................73
5 – ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS..............................................76
5.1 – Acurácia dos dados de sensoriamento remoto na identificação dos
ambientes de várzeas....................................................................................76
5.2 – Influência das características físicas das sub-bacias na formação dos
ambientes de várzeas....................................................................................82
5.2.1 – Grau de dissecação...................................................................................82
5.2.2 – Susceptibilidade à enchentes....................................................................84
5.2.3 – Capacidade para gerar um curso de canal perene....................................88
5.2.4 – Limite geométrico da rede de drenagem...................................................89
5.2.5 – Volume de água escoado dentro das sub-bacias......................................90
5.3 – Caracterização das sub-bacias hidrográficas e suas áreas de várzeas no
semiárido, em função dos parâmetros morfométricos................................91
5.4 – Classificação e zoneamento das sub-bacias com base nas características
físicas e cobertura do solo..........................................................................96
6 – CONCLUSÃO................................................................................................115
7 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................117
11
1 – INTRODUÇÃO
Na região do semiárido a disponibilidade de água é um fator limitante,
sendo as chuvas muito irregulares ao longo dos anos e em volumes insuficientes
para o desenvolvimento de atividades regulares no uso e ocupação da terra.
Diante dessa situação, muitos produtores rurais procuram desenvolver suas
atividades de cultivos, muitas vezes de subsistência, nos baixios úmidos das
planícies de inundação, onde a disponibilidade de água é maior.
Muitas dessas áreas têm sido classificadas como “brejos do Sertão”, por
autores como Andrade (1965, 1986), Coutinho (1988), Carvalho (1988), Melo
(1988) e Sá et al. (2004), por serem os únicos ambientes no semiárido onde a
disponibilidade de água permanece por mais tempo. Porém, são áreas pouco
conhecidas, carecendo de espacialização, quantificação e caracterização,
principalmente do ponto de vista hidrográfico, morfológico e pedológico. Diante do
pouco conhecimento das áreas úmidas do semiárido é que foi pensado este
estudo, que tem como objetivo o zoneamento das pequenas bacias hidrográficas
com vistas à caracterização de suas várzeas, nas planícies de inundações dos
canais fluviais da região.
O zoneamento das pequenas bacias hidrográficas pode ser uma boa
ferramenta para identificar, quantificar e caracterizar, no semiárido, os ambientes
de várzeas, ajudando a conhecer sua distribuição, áreas e características físicas
para o aproveitamento dos seus recursos hídricos, principalmente aqueles
voltados para a manutenção das atividades agrícolas dos produtores rurais e
manejo sustentável dos recursos naturais da região.
O estudo aqui apresentado, portanto, constitui a primeira tentativa de
compatibilizar o zoneamento de pequenas bacias hidrográficas com o uso de
dados orbitais de sensores remotos e parâmetros morfométricos, na identificação
dos ambientes de várzeas no contexto das pequenas bacias hidrográficas do
semiárido, fazendo uso de modelagem de dados em ambiente de SIG, com vista
à extração de informações superficiais da topografia, hidrografia, cobertura e uso
do solo. A extração de informações dessas áreas, através de dados obtidos a
partir das técnicas de modelagem de dados de sensores remotos, pode servir de
12
subsídio para a elaboração de políticas públicas voltadas à sustentabilidade dos
recursos naturais das várzeas.
O objetivo geral desta pesquisa foi identificar e caracterizar as áreas de
várzeas, para analisar e compreender seus usos atuais e potenciais na bacia
hidrográfica do rio Pajeú.
Os objetivos específicos foram:
a) Identificar e delimitar as pequenas bacias hidrográficas do rio Pajeú,
utilizando técnicas de mapeamento digital, modelagem de dados, interpretação de
imagens de sensoriamento remoto e geoprocessamento em gabinete, com vistas
à delimitação e caracterização das áreas de várzeas;
b) Realizar o mapeamento das formas de ocupação e uso do solo, também
em bases digitais, visando à construção de um banco de dados em ambiente de
SIG (Sistema de Informações Geográficas);
c) Fazer a caracterização e o mapeamento das pequenas bacias
hidrográficas e das áreas de várzeas, em relação as suas condições ambientais,
utilizando dados físicos, hidrográficos e morfométricos;
As hipóteses, que nortearam esta pesquisa foram:
a) As pequenas bacias hidrográficas de terceira ordem constituem o limite
mínimo de drenagem necessário para a formação dos ambientes de várzeas no
semiárido.
b) As áreas de várzeas são unidades geomorfológicas ao longo dos rios e
riachos, com umidade e vegetação distintas oticamente de outras áreas presentes
na planície de inundação, podendo ser delimitadas e caracterizadas em imagens
orbitais, independentemente do período de aquisição e da sazonalidade do clima.
13
2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
O zoneamento de recursos naturais, através de dados obtidos por
sensores remotos, aliados aos sistemas de informações geográficas, vem se
constituindo em técnica padrão com aplicação multidisciplinar. Esses dados
orbitais permite uma rápida avaliação temática, qualitativa e quantitativa a partir
da delimitação, análise e caracterização dos diversos padrões fisiográficos da
paisagem. Segundo Christofoletti (1980) tais possibilidades contribuirão para a
compreensão de sistemas complexos como as bacias hidrográficas, que sofrem
influências de entrada de energia e matéria (inputs) oriundas de diferentes
condições naturais e antrópicas.
Para que sejam estabelecidas as bases desse processo, dentro de uma
dada conjuntura da geografia física, faz-se uso da abordagem sistêmica, com
vista a uma melhor integração dos dados levantados, onde o entendimento e a
compreensão da dinâmica ambiental dos recursos naturais podem ser
representados por uma série de parâmetros físicos, que possam demonstrar sua
condição natural num dado momento.
Essa proposta de integração dos dados físicos da paisagem de uma área
está ligada aos pressupostos da visão sistêmica do meio, uma vez que possibilita
estabelecer e analisar as inter-relações e dinâmicas entre todos os elementos do
meio físico e a atividade antrópica. Nesse sentido, segundo Cunha e Mendes
(2005), a compreensão dos vínculos de dependência entre os diversos fatores do
meio, pode ser feita a partir de um conjunto de informações que se associam na
conjuntura atual de uma paisagem, onde suas partes são conhecidas e
concebidas diante de suas interações.
Com a abordagem sistêmica é possível somar uma série de elementos à
análise ambiental voltada para o zoneamento das sub-bacias hidrográficas,
centralizando métodos e aplicando instrumentos no desenvolvimento da pesquisa
numa área. Desta forma, a seguir é feita uma revisão de literatura acerca dos
temas que foram considerados de elevada relevância para este estudo.
14
2.1 – Zoneamento
O zoneamento é um instrumento indispensável para o agrupamento de
unidades ambientais sob a ótica da percepção, identificação e delimitação das
características naturais e fisiográficas da paisagem, principalmente diante das
suas múltiplas associações e dinâmicas, visando ordená-la segundo suas
características e organização natural básica. Esse agrupamento tem como
objetivo principal revelar conjuntos de unidades ambientais inter-relacionadas e
relativamente homogêneas, de modo a facilitar a análise integrada da paisagem.
As unidades ambientais do zoneamento representam os recursos naturais
próprios, ou vinculados ao ar, à água, ao solo, às rochas e à vegetação que
constituem a paisagem. Além desses recursos, busca-se também identificar as
áreas de uso e influência das atividades antrópica. Segundo Ab' Saber (1987), o
processo de zoneamento exige uma série de entendimentos prévios, que possam
ser aplicados ou utilizados na compreensão da dinâmica de um determinado
espaço geográfico, exigindo no seu controle uma série de métodos, reflexões e
estratégias próprias, que possam estabelecer parâmetros para sua caracterização
dinâmica.
A definição legal do zoneamento ambiental encontra-se em Brasil (2002),
no art. 2º do Decreto 4297 de 10 de julho de 2002, que o descreve como sendo
“instrumento de organização do território em unidades naturais”. A sua
implantação deve ser obrigatória nos planos, obras e atividades públicas e
privadas, estabelecendo medidas e padrões de proteção ambiental, com vistas a
assegurar a qualidade dos recursos hídricos, do solo e da vegetação, visando à
conservação da biodiversidade para garantir o desenvolvimento sustentável e a
melhoria das condições de vida da população.
Embora só com o Decreto 4297/2002 tenha sido instituída a
obrigatoriedade do zoneamento ambiental, a Constituição Federal de 1988, no
inciso IX do artigo 21, já previa a sua execução, através de planos de
ordenamento do território e de desenvolvimento econômico e social, visando a
identificação, caracterização e espacialização dos recursos naturais e sua
respectiva paisagem (SENA, 1999). Nesse sentido, Rocha (1991) enfatizou que
15
elaborar um zoneamento consiste em dividir uma área em parcelas homogêneas,
com características fisiográficas e ecológicas semelhantes, pelo fato de pretender
identificar as potencialidades específicas, ou preferenciais de cada uma delas, as
quais constituirão subespaços ou subáreas numa primeira análise, que irão surgir
basicamente, de um conjunto de interações na área.
A delimitação dessas interações será passível de um sistema de análise
integrada, sobretudo do ponto de vista cartográfico, amparado pelo grau de
correlação entre os elementos da paisagem. O que não implica, segundo Huggett
(1980) e Cunha e Mendes (2005), na aceitação de que estes não possuam
relações com outros elementos externos, mesmo que sob um grau de intensidade
menor.
É importante ressaltar, como diz Chorley (1962), que no caso das bacias
hidrográficas, os mecanismos particulares e complexos de seu funcionamento,
podem variar temporalmente de setor para setor, apresentando formas inéditas
em função de novas interferências (inputs) no seu interior. Como exemplo de
interferências é possível citar mineração, construção de barragens,
desmatamentos e atividades agrícolas, as quais constituem fonte de produção
(outputs) e geram desequilíbrios ou perdas dos recursos naturais.
Segundo a concepção de Mota (1995) e Milano (1993), o uso do
zoneamento ambiental permite que se determinem os limites de usos e ocupação
possíveis das áreas relativamente homogêneas e, que possam sofrer impactos de
caráter antropogênicos, principalmente diante dos pontos considerados de
fragilidade natural. Para tanto, é necessária a compreensão das inter-relações
que há entre as unidades da paisagem e seus condicionantes naturais, tais como
clima, cobertura vegetal, topografia, tipo de solo, sistemas de drenagem e
recursos hídricos, que devem ser estudados em conjunto, de modo a garantir que
a utilização da área seja feita de forma condicionada no sentido de causar o
menor dano ambiental. Nesse sentido, tem-se um instrumento de caráter
preventivo para a exploração e o uso de recursos naturais.
Existem tipos diversos de zoneamento, que são implantados de acordo
com o uso e a finalidade a que se destinam: ambiental, florestal, agroecológico,
16
de unidades de conservação, climático e econômico. Dentre estes, o zoneamento
ambiental ganha maior destaque, principalmente por conta da sua relevância e
caráter local. Sua unidade de análise espacial básica é a sub-bacia hidrográfica,
conforme Lei nº9. 433 de 08/01/97, capítulo I, art. 1, inciso 5, da Política Nacional
dos Recursos Hídricos (PNRH/ANA, 2001). São as sub-bacias hidrográficas que
melhor representam as condições mínimas e necessárias para a compreensão do
comportamento sistêmico de uma paisagem, por comporem partes isoladas e ao
mesmo tempo integradas ao conjunto dos recursos naturais próprios ou
vinculados ao meio ambiente local.
A importância da sub-bacia hidrográfica no zoneamento ambiental é
defendida em vários trabalhos, principalmente como sendo a unidade física
ambiental de delimitação mais lógica para o planejamento do uso dos recursos
hídricos e naturais, bem como para o manejo das atividades antrópicas, visando
minimizar os efeitos dos possíveis impactos ambientais (LANNA, 1995,
COLLARES, 2000, KURTZ, 2000, ROCHA e KURTZ, 2001, ALFONSI et al., 2003,
FERRAZ et al., 2003, COSTA, 2005 e MARTINS, 2005).
Levando-se em consideração o que afirmam Rocha (1997) e Ross (1998),
a sub-bacia pode ser considerada como sendo uma unidade componente de um
sistema integrado, dos pontos de vista hídrico, geológico e geomorfológico, à
paisagem, com seus canais fluviais veiculando as saídas de matéria e energia
para a manutenção do ecossistema que representam. Podem na abordagem do
diagnóstico do meio físico, segundo Ferraz et al. (2003), ser integrada aos
diversos temas (clima, recursos hídricos superficiais e subterrâneos, geologia,
geomorfologia, pedologia e aspectos do uso e ocupação das terras),
congregando-os em um conjunto de informações e dados geograficamente
espacializados.
De modo geral, num zoneamento ambiental as informações e os atributos
componentes para uma bacia hidrográfica são: hidrográficos (drenagem, rio
principal, afluentes, tipos de canais), geomorfológicos (formas, classes,
topografia, declividade, altitudes), geológicos (estruturas, tipos de rochas),
pedológicos (solos, classes, características), climáticos (pluviosidade, tipo de
clima), biológico (tipo de vegetação) e antrópico (tipo de uso). A partir dessas
17
informações, é possível fazer associações e identificar particularidades dentro de
cada uma delas, compreendendo seu funcionamento natural, de modo particular
ou associado às suas subunidades internas.
Assim, na perspectiva de análise sistêmica, a bacia hidrográfica fica
condicionada a compreensão das suas subunidades, que são as sub-bacias
hidrográficas. Estas, por sua vez, podem formar subsistemas de unidades
homogêneas, já que elas são unidades naturais da divisão da bacia em diferentes
classificações, níveis de inter-relações e dinâmicas com a paisagem local.
Segundo Antonelli e Thomaz (2007), essas unidades homogêneas são
identificadas e classificadas pelas associações de diferentes fatores, pela
combinação de diversos dados morfométricos e as semelhanças entre si.
A opção pelas sub-bacias hidrográficas, como unidades espaciais
sistêmicas para o zoneamento ambiental a nível morfológico, onde, são
individualizadas, hierarquizadas e caracterizadas, as partes que compõem a sua
estruturação física, deve-se as facilidades de análise que oferecem. Nesse
sentido, os processos naturais (geomorfológicos, pedológicos, hidrológicos,
climatológicos e biológicos) e antrópicos (uso e ocupação do solo), podem ser
caracterizados sob um determinado ponto de vista e delimitados a partir de seus
limites naturais e/ou econômicos e sociais.
Nesse sentido, a técnica do zoneamento que busca identificar as
ocorrências de determinados domínios de recursos naturais sob a ótica
morfodinâmica, pode ser aplicada com o uso de parâmetros, com vista ao
estabelecimento de padrões de análise na identificação de particularidades e
diferenças. O resultado final pode ser visto como sendo um produto metodológico
na construção de um conjunto de informações que podem ser espacialmente
distribuídos.
2.2 – Sub-bacias hidrográficas
A sub-bacia hidrográfica pode ser compreendida como uma unidade
espacial natural componente de uma bacia hidrográfica maior, descrita por suas
18
características e ligada à paisagem local. Seus limites, geralmente, estão ligados
às diferenças na escala espacial de sua percepção em relação à bacia
hidrográfica.
Por constituir uma das partes integrada à bacia hidrográfica, a sub-bacia
passa a ser considerada com condições apropriadas para uma avaliação mais
realista das características e interações, entre o domínio natural dos
ecossistemas na paisagem e o processo-resposta aos inputs no meio, mediante
fluxos de matéria e energia que se processam (COSTA, 2005). Na concepção de
Tricart (1981), estas interações refletem o verdadeiro funcionamento dinâmico dos
elementos da paisagem e o comportamento do meio.
De acordo com Rocha (1997), a sub-bacia hidrográfica é a área que drena
a água de chuvas por ravinas, canais e tributários para um curso principal, com
vazão efluente e o deságue diretamente em outra bacia hidrográfica maior, tendo
dimensões superficiais que variam muito. Segundo Faustino (1996) e Silveira e
Tucci (1998), essas dimensões podem ser limitadas às áreas, maiores ou
menores que 100 km2, principalmente no contexto geo-ambiental. Esta limitação
espacial, na concepção de Netto (2007), representa uma boa e relevante
demarcação de uma área para diagnóstico e análise dos elementos da paisagem,
para fins de reconhecimento físico da bacia hidrográfica a partir de suas
particularidades fisiográficas, ou para fins de planejamento no uso e ocupação da
terra a partir de suas características hidrológicas.
A concepção de que a bacia hidrográfica transforma-se em unidade
ambiental fragmentada em subsistemas, como sendo resultado de um recorte
espacial, baseado na área de concentração de determinada rede de drenagem
dos tributários do curso d‟água principal, é aceita por muitos autores, entre eles
Grant (1994), Lanna (1995), Collares (2000), Barrella et al. (2000), Rosa (2000),
Santana (2003), Botelho (2004), Kurtz et al. (2005), pois nelas podem-se
estabelecer as melhores relações entre causa e efeito, principalmente quando
estas relações estão diretamente ligadas aos recursos hídricos.
Nesse sentido, as inter-relações entre os fatores físicos, seu
comportamento hidrológico e suas respectivas distribuições no tempo e espaço,
19
comandam em grande parte a evolução e o estado morfológico da bacia
hidrográfica, o que repercute de forma direta nas suas características físicas, no
seu potencial e na sua utilização (CHRISTOFOLETTI, 1980).
Assim, classificação de bacias hidrográficas em grandes ou pequenas é
muito relativa, não sendo vista somente na sua superfície total, mas considerando
a distribuição de certos fatores do meio natural, com base na dinâmica dos
processos hidrológicos, geomorfológicos, pedológicos e biológicos, onde as
águas das chuvas e o escoamento superficial formam os riachos e rios, ou
infiltram no solo para formação de nascentes e do lençol freático (BARRELLA,
2001).
Neste contexto, as características físicas, o padrão de drenagem ou o
relevo refletem algumas das particularidades da área de influência da sub-bacia
hidrográfica no contexto da bacia hidrográfica maior, assim como a infiltração e o
deflúvio das águas das chuvas, vão expressar uma estreita correlação com a
pedologia, a estrutura geológica e a formação superficial dos elementos que
compõem a sua paisagem (PISSARA et al., 2004).
Para Christofoletti (1969), a análise dos elementos da paisagem,
relacionando-os à drenagem, ao relevo, a geologia e a cobertura vegetal, pode
levar à elucidação e compreensão de diversas questões associadas à dinâmica
ambiental local. Cabe lembrar que na determinação dos instrumentos do
zoneamento ambiental, nenhum desses elementos, tomado de modo isolado,
deve ser entendido como sendo capaz de simplificar a complexa dinâmica da
bacia hidrográfica, a qual inclusive tem magnitude temporal. Dentro desta
abordagem, as características físicas de uma bacia, segundo Villela e Mattos
(1975), Mota (1995), Rocha (2001) e Martins (2005), constituem elementos de
grande importância para avaliação de seu comportamento físico natural, com
vistas ao planejamento e o manejo de suas terras.
Sob o enfoque dos processos morfodinâmicos, Machado (2002), Santana
(2003), Calijuri e Bubel (2006) consideraram que cada sub-bacia hidrográfica
interliga-se com outra de ordem hierárquica superior, constituindo, em relação à
última, uma sub-bacia. Nesse sentido, a ordem e hierarquia da bacia estarão
20
sempre relacionadas à outra de ordem superior ou inferior, cuja escala de análise
determinará suas diferenças e subdivisões. Para Brasil (1987), essa relação irá
determinar inclusive a ideia de uma microbacia hidrográfica, onde sua concepção
compreende uma área de formação natural, drenada por um curso d‟água e seus
afluentes, a montante de uma secção transversal, para onde converge toda a
água da área considerada. Porém, nessa concepção a microbacia será sempre
uma unidade espacial mínima, integrante de um sistema hidrográfico maior (bacia
ou sub-bacia), cujos limites são constituídos pelas vertentes ou divisores de água
em cada seção do canal principal.
Diante dessa complexidade, é que para se estabelecer uma boa percepção
na compreensão da bacia, sub-bacia ou microbacia hidrográfica, a utilização da
metodologia sistêmica permite estabelecer diversas correlações espaciais, entre
as condições físicas identificadas ao longo do canal principal e as características
ambientais das respectivas áreas, como relevo local, rede hidrográfica, tipos de
solos, declividade, uso e cobertura do solo, permitindo observar as inter-relações
desses componentes com o todo e suas interdependências que se queira
considerar.
Tradicionalmente, a concepção de sub-bacia hidrográfica é a mesma que
se tem observado para bacia hidrográfica, cujos conceitos se referem de modo
geral ao conjunto de terras drenadas por um rio principal e seus afluentes. A
delimitação da bacia hidrográfica são as regiões mais altas do relevo, onde se
formam os canais de drenagem e os divisores de água. Esses canais podem ser
também chamados de canais fluviais, por corresponderem, em muitos casos às
áreas de nascentes dos rios e seus tributários, onde o volume de água ainda é
baixo.
Nessa perspectiva, a análise sistêmica é de grande valia para a análise dos
ambientes de várzeas, sobretudo, partindo do princípio de que a organização de
um determinado cenário ambiental pressupõe a interpenetração de uma série de
fatores, que atuam como stakeholders (FREEMAN, 1984) estruturadores de um
determinado ecossistema ou geossistema, em que se insere uma determinada
paisagem.
21
As sub-bacias hidrográficas são consideradas como sistemas abertos, pois
estão sob a influência de uma série de subsistemas onde ocorrem trocas
constantes de matéria e energia (CHORLEY, 1962). Exemplos desses
subsistemas podem ser o sistema vertente, o sistema dos canais fluviais e as
planícies de inundação, onde se formam as áreas de várzeas.
Para Huggett (1980) a concepção da sub-bacia hidrográfica como um
subsistema hidrográfico, ligado a uma unidade maior de análise ambiental, implica
na aceitação de que ela possui diferentes relações com outros elementos. Esta
constatação faz parte da observação conjunta de que todas as relações externas
de um sistema possuem grau de intensidade menor do que as internas,
notadamente, entre a bacia hidrográfica maior, o clima e a geomorfologia, sob
determinadas correlações e dinâmicas. Isso significa, segundo Cunha e Mendes
(2005), que esse complexo de elementos não pode ser compreendido somente
como uma soma, mas como resultado das relações que existem entre eles.
Nesse sentido, Kurtz et al. (2003) afirmaram que a sub-bacia hidrográfica
constitui parte de uma unidade hidrológica natural (a bacia), com dimensões
espaciais de fácil apreensão. Ela representa a unidade mais lógica para o
planejamento de recursos hídricos, permitindo que o foco das atenções se
concentre no diagnóstico das características, particularidades e potencialidades
naturais, permitindo que se tenha uma visão de conjunto dos problemas que
afetam os recursos hídricos.
Em toda sub-bacia hidrográfica é possível encontrar uma série de
elementos naturais e antrópicos em constantes inter-relações e dinâmicas
próprias. Essa constatação pode ser feita a partir da identificação dos
mecanismos particulares e complexos que interagem no seu funcionamento.
Estes mecanismos podem variar na forma temporal e espacial, de um setor para
outro, geralmente apresentando formas inéditas, principalmente em função de
novas interferências (inputs) no seu interior.
22
2.3 – Parâmetros morfométricos
A análise morfométrica de bacias hidrográficas é um procedimento
metodológico que busca avaliar as condições físicas de uma bacia hidrográfica,
do ponto de vista morfológico, para que se possa classificá-la dentro de padrões e
estabelecer suas relações com outras bacias de igual situação. Com esse
procedimento é possível estabelecer a homogeneidade e o agrupamento de
determinadas bacias hidrográficas por suas afinidades físicas e naturais. Para
tanto, é necessário o conhecimento prévio de sua topografia e seu sistema
hidrológico, que são passíveis de mensurações e análises físicas.
Nas análises morfométricas, a rede de drenagem de uma área e os
elementos do relevo compostos por ela, pode ser analisada a partir da bacia
hidrográfica ou de suas subunidades (as sub-bacias). Esse procedimento
metodológico pode ser visto nos trabalhos desenvolvidos por Strahler (1952,
1957, 1958), Chorley (1962) e Chorley e Kennedy (1971) e Hack (1973), que
estabeleceram uma série de parâmetros físicos que podem ser avaliados nas
bacias hidrográficas com vistas a sua caracterização morfodinâmica. Para isso,
faz-se uso de uma série de abordagens quantitativas, para o estabelecimento de
parâmetros com base nos instrumentos, equações e abstrações matemáticas,
aplicadas aos dados obtidos com os sistemas hidrológicos.
Os elementos físicos desses sistemas hidrológicos, que são passíveis de
mensuração, correspondem ao conjunto formado pelos elementos da paisagem
local e suas variações intrínsecas de análise com sua própria área, a rede de
drenagem, o relevo e o arranjo das vertentes que o delimitam. Além desses, a
dinâmica climática e a cobertura do solo ajudam a compreender suas possíveis
variações no tempo e no espaço.
Um dos primeiros parâmetros morfométricos estabelecido dentro de um
sistema hidrológico é a rede de canais, que para Horton (1945) está diretamente
ligada a uma relação geométrica ao longo dos limites topográficos da bacia.
Diante dessa relação, é possível identificar e agrupar uma composição de bacias
hidrográficas sob as seguintes leis:
23
- a) lei do número de canais – relação entre o número de canais de uma
dada ordem (n) e o número de canais de ordem imediatamente superior (n+1), até
o menor nível de base topográfica da bacia;
- b) lei do comprimento de canais – comprimento médio dos canais de cada
ordem (n) e (n+1) tende a formar uma progressão geométrica, cuja razão possui
uma relação de comprimento constante;
- c) lei da declividade de canais – relação geometricamente inversa entre a
declividade média dos canais de uma dada ordem (n) e a dos canais de ordem
imediatamente superior (n+1);
- d) lei da área da bacia e número de canais – as áreas médias das bacias
com ordem sucessivas de canais (n) e (n+1) tendem a formar uma progressão
geométrica, cuja razão de incremento da área de crescimento da bacia é
constante em relação ao número de canais.
A partir da compreensão matemática destas leis, Strahler (1952), Schumm
(1956), Strahler (1957, 1958), Chorley (1962), Christofoletti (1969), Chorley e
Kennedy (1971), Hack (1973), Christofoletti (1980), Epiphanio, et al. (1982),
Goldenfum e Tucci (1996), Cunha e Guerra (1996), Huang et al. (2001), Lana
(2001), Alves e Castro (2003), Silva et al. (2003), Pissara (2004), Tonello (2005),
Costa (2005), Cardoso et al. (2006), Costa et al. (2007), Cunha e Guerra (2007),
Lindener et al. (2007) e Antoneli e Thomaz (2007) desenvolveram vários estudos
para a identificação e análise dos sistemas hidrológicos e geomorfológicos,
contribuindo para o arranjo de novos parâmetros e interpretações, para entender
o conjunto de elementos que compõem as bacias hidrográficas e suas respectivas
subunidades (sub-bacias e microbacias).
Para realizar uma análise morfométrica, a ordenação de canais é o
primeiro passo na caracterização das bacias e/ou sub-bacias hidrográficas, cuja
finalidade é identificar os diferentes padrões geométricos (área, perímetro, forma,
altitude, etc.). Os inúmeros canais identificados serão ordenados de forma
sequencial em primeira, segunda e ordens superiores, que variam dentro da área
drenada, seguindo os critérios introduzidos por Horton (1945) e Strahler (1957).
24
Para o cálculo da área, do perímetro, da altimetria e extensão dos canais fluviais
é necessário o uso de critérios geométricos e aplicações de equações
específicas. Nesse sentido, Christofoletti (1980) afirma que com estes dados pode
ser feita uma primeira análise da rede de drenagem e, por extensão, caracterizar
ambientalmente, parte da situação física da bacia hidrográfica.
Além da determinação dos índices morfométricos e o conhecimento acerca
da rede de drenagem de uma bacia hidrográfica, a caracterização física dos seus
sistemas naturais envolve o conhecimento de outros parâmetros, a exemplo dos
trabalhados por Horton (1945), Strahler (1952, 1957 e 1958), Schumm (1956),
Hack (1973), Christofoletti (1980), Alves e Castro (2003), Tonello (2005), Cardoso
et al. (2006) e Antoneli e Thomaz (2007) para entender o comportamento da
grande bacia hidrográfica e paisagem. De modo geral, as características e
particularidades das grandes bacias são influenciadas, pelo que acontece com os
canais de ordem inferior (n; n-1).
2.4 – Classificação das pequenas bacias em unidades homogêneas
A classificação das pequenas bacias hidrográficas em unidades
homogêneas pode ser vista nos estudos de Strahler (1952, 1957, 1958), Schumm
(1956), Chorley (1962) e Christofoletti (1969), quando afirmam que elas formam
subconjuntos e/ou subsistemas. Estes por sua vez, defendem ainda, que elas
mesmas são unidades naturais de divisão das terras e das grandes bacias. Nesse
sentido, pode-se por extensão, agrupá-las segundo alguns critérios (área, número
de canais, ordem do canal principal, entre outros). Nesses agrupamentos, elas
passam a ser consideradas como unidades homogêneas.
Segundo Martins (1992) e Christofoletti (2002), o pressuposto de unidades
homogêneas pode parecer um pouco contraditório, principalmente ao se tomar as
pequenas bacias como unidades primeiras de análise de uma rede hidrográfica.
Contudo, uma pequena bacia pode ser considerada como sub-bacia de um
sistema hidrográfico maior e, apresentar uma heterogeneidade significativamente
complexa. Apesar dessa situação, a unidade sub-bacia é legítima pelo fato de
25
somente assim ser possível determinar sua dinâmica, particularidades e
similaridades com outros sistemas hídricos no contexto da totalidade da bacia
hidrográfica.
Nesse sentido, segundo Rocha (2001), a agregação de sub-bacias como
sendo uma representação de áreas homogêneas, se faz necessário, por um lado,
para o entendimento do complexo sistêmico que é uma grande bacia hidrográfica
e, por outro, para estabelecer critérios de análise espaciais sobre a distribuição
dos recursos naturais da paisagem numa escala de detalhe maior, com vistas ao
manejo sustentável de sistemas hidrográficos a nível local.
Para Christofoletti (2002), a classificação das pequenas bacias
hidrográficas em unidades homogêneas, facilita a interpretação de cada uma
delas dentro de determinados critérios metodológicos, principalmente com vistas
à análise da paisagem em seu conjunto. Nesse sentido, o agrupamento das
pequenas bacias hidrográficas como unidades homogêneas, propiciará a
individualização de cada uma delas dentro de um sistema maior, onde os cursos
de água, tanto quanto, as terras ocupadas por eles, sejam agrupadas em
diferentes conjuntos, a fim de se obter um quadro da situação natural da área.
Desse modo, na concepção proposta por Strahler (1952, 1957, 1958),
Schumm (1956), Chorley (1962) e Christofoletti (1969), a classificação das
pequenas bacias em subunidades de zoneamento, implica na percepção do todo
(a grande bacia) com suas partes (as pequenas bacias), da relação dessas partes
com o todo e, a própria percepção das partes como partes integrais e sistêmicas
(BERTALANFFY, 1977), concebidas como subsistemas próprios. Vista como um
procedimento na determinação de homogeneidades e heterogeneidades, tanto
estruturais e físicas, quanto funcionais e sazonais, a classificação das pequenas
bacias em unidades homogêneas permite que seus aspectos morfológicos sejam
agrupados.
Embora sejam de tamanho muito variável, as pequenas bacias refletem os
aspectos morfológicos dinâmicos e funcionais, que na concepção de Cunha e
Guerra (2004) e Cunha e Mendes (2005), são próprios para um zoneamento de
unidades sistêmicas de terra e água. Nesse sentido, a técnica do zoneamento
26
pode ser aplicada com o uso de parâmetros, com vista ao estabelecimento de
padrões de análise na identificação de particularidades (ANTONELI e THOMAZ,
2007). O resultado pode ser visto como sendo um produto metodológico na
construção de uma informação espacialmente distribuída, cujas unidades, objeto
do zoneamento, são as próprias sub-bacias e suas ordens.
Para Martins (2005), esse método de zoneamento das pequenas bacias
em áreas homogêneas é um tipo de zoneamento de sub-bacias de n-ordens (n;
n+1) a ser realizado com o uso de variáveis interdependentes (geomorfologia,
pedologia, vegetação, morfometria de bacias, dentre outras), que oscilam em
torno de um padrão, com os quais se avalia a classificação das várias sub-bacias
de n-ordens (n; n+1) em áreas homogêneas dentro de uma bacia maior. De modo
particular, essa classificação deve ser idealmente de terceira ordem, por
apresentar o início de um sistema hidrográfico de canais satisfatório para se
analisar uma série de variáveis.
Por fim, a classificação das pequenas bacias em unidades homogêneas, é
uma das recomendações propostas pelo Programa Nacional de Microbacias
Hidrográficas (PNMH) (BRASIL, 1987), que foi ratificada pela Lei Federal 9.433/97
da Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH) (ANA, 2001), estabelecendo a
bacia hidrográfica como unidade básica territorial para enquadramento dos corpos
d‟água, sob uma única perspectiva voltada para o gerenciamento e a cobrança
pelo uso de recursos hídricos. Pressupõe-se assim, existir nos sistemas
hidrográficos um conjunto de situações que possam ser consideradas
homogêneas, tanto pela interação dos processos naturais vigentes, quanto pelas
respostas que possam dar às necessidades antrópicas.
2.5 – Áreas de várzeas
A definição de uma área de várzea é distinta da definição de bacia, já que
esta última é dada simplesmente pelos divisores de águas. Uma área de várzea
pode se estender por uma ou mais sub-bacias, ou mesmo se limitar somente a
parte de uma bacia, dependendo da análise que se faça e do seu tamanho. De
27
modo geral, as várzeas são extensões de terras localizadas às margens de rios,
que nos períodos de precipitações regulares transbordam, causando enchentes e
inundações. Fato este, que as definem como sendo as “áreas da planície de
inundação de um rio”.
Em ambos os casos, a interligação dos dois sistemas hidrográficos é
indissociável, como na concepção de meio ambiente de Bertrand (2007), que
afirma ser este, percebido como uma combinação espaço-temporal de fatores
locais, que geralmente estão subordinados aos fenômenos atuantes. Apesar da
importância e da inter-relação dinâmica que há entre a bacia e o ambiente de
várzea, principalmente em relação ao comportamento natural desses ambientes,
poucos trabalhos existem sobre sua caracterização, quantificação, condições de
formação e relações com as características das áreas de seu entorno.
Um dos conceitos mais usuais para os ambientes de várzeas é de áreas de
baixada ou baixios, que se estendem dentro de bacias hidrográficas e junto ao
canal principal, representando a planície de inundação do rio. Para Agostinho et
al. (1997), as áreas de várzeas representam um dos mais importantes ambientes
de ecótonos associados aos ecossistemas aquáticos de água doce, onde há uma
grande diversidade de espécies, que são resultados de uma situação especial e
natural, que envolvem dois períodos distintos: um de cheia e outro de vazante.
A várzea favorece a formação de uma paisagem muito diversificada e com
complexos sistemas de canais, muitas vezes meândricos ao longo do curso de
rios, que de certo modo, é resultado da erosão fluvial ativa, isto é, construção e
destruição de suas margens. Os ambientes formados nessas áreas são ocupados
por uma vegetação adaptada a alagamentos periódicos e fornecem grande parte
das condições naturais que sustentam a biodiversidade local (FORSBERG et al.,
1993).
Esses ambientes, segundo Junk (1989), possuem ecossistemas
complexos, com funcionamento determinado pelos “pulsos de inundações”
decorrentes dos períodos chuvosos e das cheias a eles associados. Neles são
formados vários ambientes que estão interligados aos outros ecossistemas que
os cercam.
28
No semiárido a planície de inundação não é só importante em escala
regional, mas representa um papel importante nos processos diretos e indiretos
de uso da terra em escala local, principalmente em função das suas
características peculiares de topografia e alta disponibilidade de umidade do solo,
durante boa parte do ano. A variação periódica das chuvas é o principal fator que
determina a situação ambiental dessas áreas, devido a sua relação com a baixa
declividade do curso do rio, que em épocas de cheia, extravasa o canal fluvial
proporcionando a sua inundação.
Dentro de uma bacia hidrográfica, se entende como planície de inundação,
as áreas de baixadas ou vulgarmente chamadas de várzeas, constituídas de
solos originários de deposições de materiais transportados pelo curso d‟água ou
mesmo trazidos das encostas pelo efeito erosivo das chuvas, podendo
caracterizar-se como solos aluviais ou coloniais, geralmente hidro mórficos de
fertilidade variável. Segundo Wiedmann (1999) e Gandolfi (2000), em condição
natural essas áreas são cobertas por matas ciliares ou ripárias que acompanham
os cursos d'água, cujo equilíbrio ecológico é um dos mais complexos de
ocorrências sazonais.
Nesse sentido, é possível observar, segundo Camargo (1972), Ivancko
(1985), Beltrame (1994), Gandolfi (2000), Vogt (2003), Matos (2005) e Renó
(2008), que os ambientes de várzeas influenciam as condições e características
dos rios, principalmente favorecendo a ocorrência de maiores diferenças das
condições microclimáticas a nível local, fazendo com que as temperaturas e a
umidade se tornem mais elevadas em alguns momentos e mais baixas em outros,
a depender do período e da sazonalidade.
Assim, o comportamento variável e a influência sazonal das chuvas fazem
com que o ambiente de várzea seja diferenciado e caracterizado com sendo uma
área mais complexa junto ao canal principal de um rio. Além disso, o seu
comportamento térmico, a umidade e a sua particularidade topográfica facilitam
sua identificação, caracterização e delimitação a partir de imagens de sensores
remotos, a exemplo dos resultados obtidos por Vasconcelos (2004), Novo (2005),
Anderson (2006) e Valeriano (2007).
29
2.6 – Uso do sensoriamento remoto e SIG para geração de dados superficiais
A investigação e o mapeamento de recursos naturais, através de dados
obtidos por sensores remotos, vêm se constituindo em técnica padrão com
aplicação multidisciplinar, que permite fazer uma avaliação temática qualitativa e
quantitativa destes recursos de forma rápida e com boa precisão. Segundo Rocha
(2000) e Florenzano (2002), a partir da delimitação e análise dos diversos
padrões espectrais e fisiográficos observados na paisagem, as imagens de
satélite proporcionam uma visão sinóptica (de conjunto) e multitemporal (de
dinâmica) de extensas áreas da superfície terrestre.
Segundo Jensen (2000), o uso desses dados de sensoriamento remoto tem
contribuído para o estudo dos mais diversos ambientes do planeta, ajudando a
ampliar a compreensão das estruturas ecossistêmicas e de suas interações.
Dentre estes ambientes, há um interesse especial no uso de imagens de satélite
para verificar a variação espacial e temporal da composição da água, suas áreas
de ocorrências e seus padrões de drenagem. A utilização de métodos de
classificação digital para cobertura vegetal, topografia, relevo e cobertura do solo,
são outros elementos da paisagem que têm despertado muitos interesses,
principalmente em relação às suas formas, distribuições, áreas e padrões
espectrais (VASCONCELOS e NOVO, 2004).
Nesse sentido, os produtos de sensoriamento remoto, tais como imagens
de sensores orbitais (satélites), constituem importantes fontes de dados para as
análises qualitativas, quantitativas e estruturais da paisagem. Para tanto, segundo
trabalhos realizados por Sartorato (1998), Ponzoni (2002), Novo et al. (2005) e
Valeriano (2004), é possível observar que a utilização dessas imagens de satélite
para extração de lineamentos, tem sido vista como uma técnica utilizada, tanto
em análises hidrológicas, morfométricas, morfológicas, quanto morfo-estruturais.
Tal utilização constitui um importante passo nos processos metodológicos e na
construção de muitas informações, com vistas às análises multivariadas sobre os
recursos naturais e paisagens terrestres.
Para Valeriano et al. (2006), o uso de dados de sensoriamento remoto tem
apresentado muitas vantagens como recurso digital (velocidade, repetição e
30
integração com outras bases de dados), proporcionando a redução de
intervenções manuais e, portanto, da subjetividade, ampliando a possibilidade de
representação paramétrica (de padrões) dos diferentes tipos de recursos naturais
com suas particularidades e diferenças. Diante dessa perspectiva, a geração de
dados superficiais a partir de imagens de sensores remotos tem sido objeto de
análise, comparação, atualização de informações da superfície terrestre e de
desenvolvimento de modelos de representação digital dos recursos naturais.
A partir de dados de sensores remotos, Mark (1984), Band (1986), Jenson
e Domingue (1988), Verdin e Verdin (1999), Valeriano (2003), Tonello (2006),
Ribeiro et al. (2008) e Merkel et al. (2008) desenvolveram estudos comparativos
referentes aos recursos hídricos, proporcionando resultados como o de
delineamento de redes de drenagem e o estabelecimento de limites de bacias
hidrográficas. Além disso, conseguiram provar que era possível calcular a
declividade e altitude, bem como verificar a direção de fluxo do escoamento
superficial para o entendimento do comportamento de sistemas de drenagem,
permitindo observar seu grande potencial na discriminação dos padrões de
recursos naturais.
Segundo Markham e Baker (1987), Bastiaanssen et al. (1998), Meneses
(2001) e Silva et al. (2005), uma das áreas do conhecimento mais importantes do
sensoriamento remoto é a radiometria espectral que, de modo geral, representa a
radiação de onda longa refletida por cada objeto localizado na superfície terrestre
que é captada pelo sensor orbital de cada banda para cada pixel da imagem,
diante do campo do espectro.
É por meio das medidas radiométricas de laboratório (ou de campo), que
se descobre com qual intensidade cada objeto ou alvo, seja um solo, um tipo de
rocha, ou uma vegetação, reflete ou emite radiação eletromagnética nos
diferentes campos (Figura 1) de comprimentos de onda do espectro
eletromagnético. Para Moreira (2003), é essa diferenciação espectral que permite
explicar como os dados de um desses objetos aparecem na imagem captada pelo
sensor nas mesmas condições ambientais.
31
A partir do conhecimento e importância de cada um dos campos do
espectro eletromagnético apresentados na Tabela 1, é possível identificar e
analisar muitos dos componentes das paisagens nos levantamentos sobre a
cobertura do solo, a vegetação e a hidrografia, ajudando na interpretação das
condições em que esses recursos se encontram (LUCHIARI et al., 2005). Nesse
sentido, Costa e Silva (2004) enfatizaram que a aplicação de Sistemas de
Informações Geográficas (SIG) em dados de sensoriamento remoto, tornou-se
uma ferramenta poderosa que, atrelada ao uso de outros softwares de tratamento
de dados digitais e mapeamento, permite não somente maior rigor, mas também,
precisão nas análises, facilitando a representação espacial.
Tabela 1 – Campos eletromagnéticos e intervalos espectrais usados na
geração de dados por sensoriamento remoto.
Campos
Eletromagnéticos
Intervalos
Espectrais
Fontes de
Radiação
Resposta dos
Alvos Imageados
Propriedades
MedidaBandas
Visível 0,4 – 0,7 µm SolÁgua, Solo,
Vegetação.Reflectância 1, 2 e 3
Solo/Agricultura,
Água/vegetação
Infravermelho de
ondas curtas1,1 – 2,5 µm Sol
Vegetação, Solo,
Rochas.Reflectância 5 e 7
3,0 – 5,0 µm Sol Solo Reflectância -
4,5 – 5,0 µm
Corpos terrestres
com altas
temperaturas
Rochas, Solo. Temperatura -
Infravermelho
termal8,0- – 14 µm Terra
Rochas, Solos,
Vegetação, Água.Temperatura 6
Terra (passivo)Temperatura
(passivo)
Artificial (ativo)Rugosidade dos
alvos (ativo)
Reflectância
Infravermelho
médio
Microondas 1 mm – 1 m --
Infravermelho
próximo0,7 – 1,1 µm Sol 4
Fonte: Adaptação feita pelo autor a partir de Meneses (2001).
Para Santos et al. (2006), os SIG constituem uma importante estrutura em
termos de viabilização, tratamento e manipulação de dados gerados por sensores
remotos, tem possibilitado a execução de análises e aplicações de cálculos, que
variam desde a álgebra cumulativa (soma, subtração, multiplicação, divisão,
intersecção, etc.), até a álgebra não cumulativa (operações lógicas), permitindo a
elaboração de mapas temáticos (dados qualitativos), reformulações e sínteses
sobre dados ambientais disponíveis, através de um conjunto de procedimentos
computacionais, que sobre uma base de dados integrados geograficamente,
constitui-se num instrumento de grande potencial para o estabelecimento de
planos integrados de manejo e conservação do solo, da vegetação e da água.
32
A finalidade principal desses SIG foi aperfeiçoar o processo de análise
quantitativa dos atributos físicos das paisagens, principalmente no que se refere à
rede de drenagem, a relevo e à cobertura do solo. A obtenção e rapidez de dados
voltados para a caracterização e análise, da situação física e ambiental de uma
área, são algumas das vantagens da modelagem de dados em ambiente de SIG.
São exemplos os trabalhos de Valeriano e Garcia (2000), Tucker et al. (2001),
Valeriano e Morais (2001), Valeriano (2005), Ganas et al. (2005) e Hott et al.
(2007), sobre análises morfométricas de bacias hidrográficas.
Uma das técnicas mais comuns de derivação de dados e extração de
atributos, com subsequente cálculo dos parâmetros físicos, é feita a partir do uso
dos MDE e da rede hidrográfica digitalizada, obtidos de cartas topográficas ou
imagens de sensores orbitais. Sobre esses dados são aplicados procedimentos e
usos de ferramentas computacionais para extrair as informações necessárias à
análise física e morfométrica de uma bacia hidrográfica.
A aplicação de novas metodologias na extração de atributos e cálculo de
parâmetros físicos a partir dos MDE associam-se outras técnicas de mensuração
de feições (formas) e fenômenos (processos) da superfície terrestre que podem
ser vistas nos trabalhos de Riffel (2006), Ruszkiczay e Rudiger (2007), Lopes
(2008), Walcott e Summerfield (2007), que defendem a obtenção e rapidez de
dados concretos e melhores resultados nas análises morfológicas e de evolução
do relevo em ambientes de SIG e não apenas em hipóteses dedutivas, como é
feita, geralmente, com dados de cartas topográficas e planialtimetricas.
Os trabalhos desenvolvidos por Tarbotton et al. (1991), Thompson (2001),
Ponzoni (2002), Dias et al. (2004), Costa (2005), Valeriano e Abdon (2007),
Luedeling et al. (2007), Fredrick et al. (2007), Berry et al. (2007), Bittencourt
(2007), Renó et al. (2008), Galetti (2010) e Renó (2011) demonstraram a
importância de dados orbitais na extração de curvas de nível, geração de Modelos
Digital de Terreno (MDE), indicação de fluxos de escoamento superficial,
delimitação de bacias hidrográficas, identificação e caracterização de cobertura
vegetal, mudanças temporais na cobertura do solo, desenvolvimento e aplicação
de modelos hidrológicos, dentre outras finalidades, que possam ser aplicáveis ao
diagnóstico, planejamento e gestão dos recursos naturais.
33
Os dados de sensoriamento remoto, também apresentam certas limitações,
muitas vezes ligadas às condições atmosféricas e declividades do terreno,
gerando imperfeições nas representações espaciais, ou mesmo, precisando ser
complementados, após tratamento digital, com outras informações já
espacializadas anteriormente, a exemplo das cartas topográficas e fotografias
aéreas.
Nesse sentido, segundo Novo et al. (2005), o estudo e a análise das áreas
suscetíveis à inundação e enchentes a partir de imagens de sensores remotos,
por manipular uma grande quantidade de dados, necessitam do uso de técnicas
que permitam o cruzamento de informações já territorialmente espacializadas,
para que seja possível comparar e mapear a variação no tempo e no espaço, da
área ocupada pelos diferentes sistemas alagáveis. Tais técnicas vão desde a
delimitação automática de bacias hidrográficas, até a aplicação de equações
específicas de cruzamento e simplificação de variáveis, para demonstração da
influência espacial de um fenômeno sobre uma área em particular.
Essas técnicas são implementadas em ambientes de Sistemas de
Informações Geográficas (SIG), com o uso de software específico, promovendo
resultados físicos relevantes, conforme verificado nos trabalhos de Mark (1984),
Band (1986), Jenson e Domingue (1988), Tarboton et al. (1991), Fairfield e
Leymarie (1991), Verdin e Verdin (1999), Turcotte et al. (2001), Vogt et al. (2003),
Jordan e Schott (2005), e Merkel et al. (2008).
No processo de delimitação automática de bacias hidrográficas em SIG,
por exemplo, são utilizadas informações de relevo, que podem ser representadas
por uma estrutura numérica de dados correspondente à distribuição espacial da
altitude e da superfície do terreno, que constitui o MDE. O MDE pode ser obtido
por meio da interpolação de curvas de nível extraídas de uma carta topográfica,
ou através de imagens de sensores remotos, a exemplo das imagens da missão
Shuttle Radar Topography Mission (SRTM). Podem-se citar, nesse caso, os
trabalhos desenvolvidos por Dias et al. (2004), Santos et al. (2006), Valeriano e
Abdon (2007), Luedeling et al. (2007), Fredrick et al. (2007), Berry et al. (2007) e
Rennó et al. (2008).
34
Jenson e Domingue (1988) afirmaram que parâmetros hidrológicos e
morfológicos extraídos de MDE mostram-se acurados e compatíveis com aqueles
obtidos por métodos manuais, que despendem maior tempo no seu
processamento e têm detalhamento menor na sua configuração. Assim, como
Tarbotton et al. (1991) e Walker e Wilgoose (1999) descreveram como o MDE
apresenta boa correlação entre a declividade e a área de contribuição, exibindo
os pontos de inflexão que marcam o início da captação fluvial, de modo que a
rede de drenagem pode ser determinada com confiança elevada.
Nesse sentido, as feições de drenagem e divisores de água, convertidas
em vetores a partir das imagens de sensores remotos, são alvos de análises
clássicas do terreno (área, perímetro, declividade, altitude, etc.), em que se busca
a delimitação de regiões homogêneas e mais significativas na imagem, em função
do valor de cada pixel isoladamente, cuja acurácia dos dados e rapidez dos seus
resultados podem ser utilizadas de forma direta para fins de mapeamento
(VALERIANO, 2008). As regiões homogêneas serão identificadas, delimitadas e
classificadas a partir do valor do número digital (ND) de cada pixel. Para tanto, é
necessário realizar um pré-processamento dos dados da imagem utilizando-se
um processo de segmentação de forma automática com o emprego de softwares
específicos.
Segundo Barbosa (2007) e Novo (2008), uma das técnicas mais
conhecidas nesse pré-processamento é a de segmentação por crescimento de
regiões. Esta técnica baseia-se num processo interativo no qual as regiões
homogêneas (segmentos) são delimitadas nas imagens em função do seu ND a
partir do agrupamento de pixels contíguos.
Este agrupamento é baseado em algumas propriedades intrínsecas das
imagens, como a diferença de nível de cinza entre cada um dos pixels contíguos
(similaridade) e sua área (mínima) de ocorrência. Essa diferença está relacionada
à resposta do espectro eletromagnético para cada alvo na superfície imageada. O
resultado desse processo facilita a delimitação das informações na imagem em
análise, onde para cada polígono é atribuído um rótulo único de classificação e
uma cor correspondente para melhor diferenciar as regiões homogêneas,
facilitando o processo de classificação final para essas informações.
35
O resultado é uma matriz de covariância, onde o valor do vetor das regiões
indicará as classes resultantes do processo adotado. Esta abordagem de
classificação baseada em regiões de crescimento foi utilizada com sucesso por
Alves et al. (1996), Coutinho (1997), Fonseca (2000), Vasconcelos e Novo (2004),
Matos et al. (2005), Kennedy et al. (2007) e Lindener et al. (2007) no mapeamento
da cobertura das terras em bacias hidrográficas e por Wittmann (2004), Barbosa
(2007), Rennó (2008) e Teixeira (2008) no mapeamento das áreas de várzeas e
cobertura do solo na planície de inundação Amazônica. Os valores obtidos podem
ser relacionados aos ambientes mais úmidos, excetuando-se aqueles diretamente
ligados aos corpos de águas que apresentam valores negativos ou muito
próximos da unidade.
Com a classificação das áreas homogêneas, obtida a partir do processo de
segmentação é possível identificar, segundo Matos (2005) e Barbosa (2007), as
áreas com forte influência do lençol freático e da umidade na planície de
inundação, onde ocorre forte resposta espectral em função da absorção da água
e características dos alvos imageados na superfície analisada, diante das
diferentes regiões de intervalos espectrais. A resposta espectral estará ligada à
banda espectral que for mais sensível na captura da umidade.
Procedimento semelhante pode ser visto nos trabalhos realizados pelo
RADAMBRASIL, que visaram a obtenção de dados da superfície em função das
respostas espectrais dos alvos imageados pelo sistema de sensoriamento
remoto, para fins de mapeamento da cobertura vegetal e, por extensão, do relevo.
Para tanto, a variedade de atributos usados no sistema de classificação dos alvos
refletiu a variabilidade estrutural dos tipos de vegetação e a importância da
topografia, como sendo um dos fatores determinantes no estabelecimento,
distribuição e diversidade de espécies vegetais em função da umidade na
caracterização da paisagem.
Nesse sentido, os mapas do RADAMBRASIL foram elaborados a partir das
informações espectrais em imagens de radar (sensores aerotransportados), sobre
as quais a visualização dos padrões de drenagem e a diferenciação entre áreas
de várzea e terra firme, foram facilitadas graças à geometria de aquisição e
iluminação capturada pelo sensor. Isto ocorre, segundo Wittman et al. (2004),
36
porque nos ambientes de várzea, a topografia pode definir a riqueza e a
distribuição de espécies vegetais ao longo do gradiente de inundação e
sedimentação de um canal fluvial.
Relevo, topografia, geologia, hidrografia e cobertura do solo são algumas
das informações que se pode obter a partir das imagens de sensores remotos,
sendo necessário para tanto, definir os procedimentos e as finalidades dos dados
que serão gerados por técnicas específicas na captura de cada informação.
37
3 – CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO
A área de desenvolvimento deste estudo é a bacia hidrográfica do rio
Pajeú, que é um dos últimos afluentes da margem esquerda do rio São Francisco,
correspondendo à chamada Microrregião do Vale do Pajeú e a Unidade de
Planejamento Hídrico UP-9, situada na porção Centro-Oeste do Estado de
Pernambuco, em plena zona de domínio da região semiárida. É delimitada pelas
coordenadas geográficas 07º 16‟ 20” e 08º 56‟ 01” de latitude sul e 36º 59‟ 00” e
38º 57‟ 45” de longitude oeste. Possuindo 355 km extensão, da nascente, até a
foz do rio Pajeú, que está localizada no lago de Itaparica no submédio do São
Francisco. Com uma área de 16.685,63 km², a bacia hidrográfica do rio Pajeú
corresponde a 16,97% do território pernambucano (Figura 1).
Figura 1 – Localização da bacia hidrográfica do rio Pajeú em Pernambuco,
Brasil.
Fonte: Elaborado pelo autor.
38
3.1 – Bacia hidrográfica do rio Pajeú
A bacia hidrográfica do rio Pajeú está inserida na região do semiárido
nordestino, onde o clima é seco e quente, tipo Bw‟h (classificação Köppen),
semiárido, com inverno seco e estação chuvosa irregular, variando de verão a
outono. Cerca de 80% das precipitações ocorrem na estação chuvosa e o
restante no período seco. A umidade relativa do ar é baixa, com média anual
próxima de 50% (SANTOS et al. 2007) e as temperaturas diárias oscilam de 27o a
24oC durante boa parte do ano.
A bacia limita-se ao norte, com os estados do Ceará e Paraíba, ao sul com
o grupo de bacias de pequenos rios interiores, ao leste com a bacia do rio Moxotó
e, ao oeste, com a bacia do rio Terra Nova.
Com forma alongada, 355 km extensão, perímetro de 1.041,74 km e
largura muito variada (45,4 km no alto Pajeú, 69,7 km no médio Pajeú e 104,2 km
no baixo Pajeú), a bacia apresenta um relevo variado. Destacam-se, segundo
Jatobá (1999), o Planalto da Borborema, ao norte, com altitudes que variam entre
500 e 1.168 m, e a Depressão Sertaneja, na parte centro-sul, variando de 200 a
500 m de altitude, onde, por vezes, surgem maciços residuais de estruturas
cristalinas, pertencentes ao Pré-Cambriano, englobando diversas unidades lito-
estratigráficas.
A bacia drena 29 municípios (Figura 2), sendo dezesseis deles totalmente
inseridos na bacia (Afogados da Ingazeira, Betânia, Brejinho, Calumbi, Flores,
Ingazeira, Itapetim, Quixabá, Santa Cruz da Baixa Verde, Santa Terezinha, São
José do Egito, Serra Talhada, Solidão, Tabira, Triunfo e Tuparetama), cinco com
a maior parte de suas áreas e sedes inseridas na bacia (Carnaíba, Floresta,
Mirandiba, Iguaraci e São José do Belmonte), quatro com parte de suas áreas
dentro da bacia (Belém do São Francisco, Carnaubeira da Penha, Custódia e
Itacuruba) e quatro com apenas uma pequena parte de suas terras inseridas na
área da bacia (Ibimirim, Salgueiro, Sertânia e Verdejante).
39
Figura 2 – Divisão político-administrativa da bacia hidrográfica do Pajeú.
Fonte: Elaborado pelo autor com base no ZAPE (2001).
3.2 – Caracterização da fisiografia
3.2.1 – Clima
O clima da região da bacia hidrográfica do rio Pajeú, baseado na
classificação de Köppen, é semiárido do tipo Bw‟h‟, com estação chuvosa no
período de verão a outono e inverno seco, com temperatura média anual de 27ºC
a 34ºC. Segundo Lacerda et al. (2006), este clima está caracterizado por
apresentar uma precipitação média de 700 mm/ano, sujeito a chuvas torrenciais e
acentuada irregularidade no regime pluviométrico.
Na área de estudo, a média é de 647 mm/ano, podendo variar muito ao
longo da bacia em função da altitude. Nas áreas mais elevadas, ao norte e
noroeste da bacia, a precipitação média anual varia de 876 mm a 1168 mm. Já
nas áreas mais baixas, ao sul da bacia, a precipitação média anual varia de 375
mm a 538 mm (Figura 3).
40
Figura 3 – Faixas das precipitações médias na bacia hidrográfica do Pajeú.
Fonte: Elaborado pelo autor com base nos dados pluviométricos.
A média histórica de precipitações, com base no período entre 1963 e 2007
para 23 postos pluviométricos localizados na bacia, indica que a quadra chuvosa
vai de janeiro a abril e os meses com maiores índices pluviométricos são março e
abril, com precipitações médias em torno de 112,3 mm/mês e os meses mais
secos são agosto e setembro, quando as precipitações raramente ultrapassam os
10 mm/mês.
Nos dados do período de 1963 a 2007 ocorreram duas situações de
extremas de precipitações na área de estudo. Uma em 1985, com precipitação
total anual de 1217,3 mm, consequência das chuvas ocorridas no mês de abril,
portanto, um ano atípico e muito chuvoso, com média mensal de precipitações na
quadra chuvosa de 226,7 mm/mês. A outra situação em 1998, com precipitação
total anual de 224,3 mm, portanto, um ano extremamente seco com média mensal
de precipitação na quadra chuvosa, de 39,8 mm/mês (Gráfico 1). Normalmente,
os meses de agosto a novembro são secos no semiárido e, podem ser
considerados como sendo a quadra mais seca do ano.
41
Gráfico 1 – Comportamento das precipitações do ano de 1985 (chuvoso) e 1998
(seco) diante da média mensal da série histórica de 1963 a 2007 na
área da bacia hidrográfica do rio Pajeú.
Fonte: Elaborado pelo autor.
3.2.2 – Geomorfologia
A área da bacia hidrográfica do rio Pajeú apresenta uma grande
diversidade de formas e estruturas na sua distribuição geomorfológica,
principalmente por conta da presença das grandes bacias sedimentares (Betânia,
Fátima, Mirandiba, São José do Belmonte, Jatobá) dissecadas, pouco dissecadas
e retrabalhadas; das estruturas cristalinas (Planalto da Borborema) dissecadas,
escarpadas e preservadas e, das áreas rebaixadas e de depressões (Depressão
Sertaneja). Além dessas ocorrências, a dinâmica climática da região tem um
papel fundamental nas alterações e modificações observadas nas estruturas e
formas de relevo ao longo do tempo.
Conforme o Mapa Geomorfológico (Figura 4), elaborado a partir das
informações contidas no ZAPE (2001), a área da bacia do rio Pajeú é composta
por chapadas, contrafortes (cristas), bordas (cuestas), pediplanos (encostas),
serras, serrotes, superfícies planas, suavemente onduladas, onduladas,
colinosas, dissecadas, várzeas e terraços aluviais.
0,0
50,0
100,0
150,0
200,0
250,0
300,0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
1998
1985
Série Histórica
Ch
uva
s (m
m)
42
Figura 4 – Geomorfologia da área da bacia hidrográfica do Pajeú.
Fonte: Elaborado pelo autor a partir das informações do ZAPE (2001).
Segundo dados dos levantamentos hidro-geológicos e exploratórios do
CPRM (2004), na área conhecida como alto Pajeú, onde o substrato é mais
rochoso e composto por rochas do embasamento cristalino, ocorre um relevo
mais serrano e colinoso, por vezes intercalado por vales encaixados e
dissecados. Já na área do médio e do baixo Pajeú, ocorre o domínio da
depressão sertaneja, onde, além das estruturas cristalinas, aparece a formação
de estruturas sedimentares (Bacia de Betânia, Fátima, Mirandiba, São José do
Belmonte e Jatobá) e vales bastante dissecados.
As formas predominantes, que correspondem a uma grande parte ocupada
pelas litologias da bacia do rio Pajeú, são relevos ondulados e colinosos de
pequenas e médias estruturas, com comprimentos e altitudes variadas, onde
aparecem estruturas cristalinas, serras (ao norte, nordeste, noroeste e sudoeste)
e, vales encaixados e dissecados na porção centro-sul. Os comprimentos das
rampas dos relevos ondulados e colinosos são variados, oscilando entre 130 a
1600 m, com declividades médias de 2,5 a 14%. As serras apresentam-se com
rampas de 400 a 900 m e declividades que variam de 20 a 42%.
43
3.2.3 – Geologia
A geologia regional da área da bacia hidrográfica do rio Pajeú é
representada por rochas do embasamento cristalino do Planalto da Borborema,
com predomínio de material gnaíssico-migmatítico e terrenos meta-sedimentares
da Depressão Sertaneja com boa parte constituída por litotipos metamorfizados
intercalados por superfícies pedimentares, interflúvios amplos e encostas de baixa
declividade onde as altitudes locais variam entre 400 e 600 m (CPRM, 2005).
Segundo Brito Neves et al. (1995), essas estruturas estão associadas às rochas
máficas, ultramáficas e graníticas, aparecendo em algumas áreas de pediplanos e
em formas dissecadas.
A partir das informações geológicas representadas na Figura 5, é possível
observar que na área de estudo ocorrem praticamente dois domínios
morfoestruturais na região do alto Pajeú, representados pela Província do
Planalto da Borborema e seus subtipos litólicos, com rochas gnáissicas,
metamórficas e graníticas, datadas do Pré-cambriano. O outro domínio ocorre na
região do médio Pajeú, representado pela Depressão Sertaneja, onde aparecem
os terrenos sedimentares datados do Terciário.
Figura 5 – Geologia da área da bacia hidrográfica do Pajeú.
Fonte: Elaborado pelo autor com base no ZAPE (2001) e CPRM (2005).
44
3.2.4 – Rede hidrográfica
A rede hidrográfica da bacia do Pajeú possui como rio principal o rio Pajeú,
que nasce que nasce na serra do Balanço, município de Brejinho, a uma altitude
de aproximadamente 800 m, nos limites entre Pernambuco e Paraíba
(CONDEPE, 1970). O rio Pajeú é um rio de sétima ordem, com 343,21 km de
extensão e 9.896 tributários. Seu sistema de drenagem é ramificado, drenando
uma área de 16.685,63 km² (Figura 6).
Figura 6 – Rede hidrográfica da área da bacia do rio Pajeú.
Fonte: Elaborado pelo autor com base nos dados do MDE.
Inicialmente, o rio Pajeú tem seu curso no sentido nordeste, depois,
nordeste-sudoeste e, em seguida para o sul, até desaguar no lago de Itaparica,
que fica na região do sub-médio do rio São Francisco. Ao longo do seu curso,
margeia as cidades de Itapetim, São José do Egito, Tuparetama, Ingazeira,
Afogados da Ingazeira, Carnaíba, Flores, Calumbi, Serra Talhada e Floresta. Os
afluentes principais pela margem direita são os riachos Tigre, Barreira, Brejo, São
Cristóvão e Belém e, pela margem esquerda, os riachos do Cedro, Quixabá, São
Domingos, Poço do Negro e do Navio (o maior entre todos os tributários).
45
Segundo Andrade (2003), toda a rede hidrográfica da bacia, incluindo o rio
principal, apresenta um regime sazonal-intermitente, com a interrupção do curso
de água no período de estiagem. Essa é uma das características marcantes dos
rios sertanejos, que está diretamente relacionada com as condições climáticas na
região, com baixos índices de pluviosidade ao longo do ano e chuvas
concentradas num curto período. Estes rios, em geral, têm leitos largos e
arenosos onde se formam lençóis de água subterrânea utilizados pela população
com a abertura de cacimbas durante os períodos de estiagem.
3.2.5 – Vegetação
A principal cobertura vegetal da bacia do rio Pajeú é representada pela
caatinga hiperxerófila que apresenta três tipos fisionômicos, conforme a hierarquia
topográfica, o relevo, o embasamento geológico, o solo e a umidade. Esses tipos
são: a caatinga arbórea, a caatinga arbóreo-arbustiva e a caatinga arbustiva
(Figura 7). Nas áreas mais elevadas, segundo Jacomine et al. (1973), surge uma
caatinga com porte mais denso e maior riqueza florística, o que possivelmente
pode ser explicado pela umidade, em relação as áreas mais rebaixadas.
A caatinga arbustiva é o tipo de vegetação natural mais representativo na
área da bacia do rio Pajeú, podendo-se perceber também, por extensão, que a
degradação da vegetação de caatinga na área é bem expressiva, principalmente
se for comparada com a representação das áreas de solo exposto (com ou sem
uso agrícola), restando poucas áreas de caatinga densa (arbórea e arbóreo-
arbustiva).
Segundo Sampaio et al. (2002), esses tipos de vegetação de caatinga
podem ser observados da seguinte forma: a caatinga arbórea tem altura variada
de oito a doze metros e árvores de ótimo porte; a caatinga arbóreo-arbustiva tem
altura de dois a cinco metros, com árvores intercaladas com arbustos e mais
aberta; a caatinga arbustiva (ou herbácea) tem menos de dois metros e plantas
rasteiras.
46
Figura 7 – Vegetação natural na região da bacia hidrográfica do Pajeú.
Fonte: Elaborado pelo autor com base no EVI trabalhado.
De modo geral, a caatinga é uma vegetação que se adaptou ao clima que,
em suas múltiplas inter-relações, resulta em sistemas ecológicos bastante
variados. No período de seca, a vegetação perde as folhas. Dentre as espécies
de caatinga, várias armazenam água, como as spondias tuberosa (umbuzeiro),
que tem xilopódios nas raízes, onde guarda reservas para os tempos secos,
enquanto muitas outras têm raízes rasas, facilitando a captação de água na
superfície (SAMPAIO et al. 2002).
Em uma escala local, pouco se conhece sobre a variação da flora da
caatinga, bem como sobre a distribuição dos seus diferentes tipos fisionômicos
dentro da área. Porém, segundo dados do MMA (2002), cerca de 70% da
caatinga na região do semiárido está submetida ao antropismo em algum grau de
exploração e, destes, as áreas com extrema antropização correspondem a 35%.
47
3.2.6 – Solos
No semiárido os solos apresentam fertilidade dominante de média a alta,
com profundidade muito variada, pois tanto o intemperismo das rochas, quanto à
pedogênese, são processos muito menos intensos nessa região. Para Jacomine
et al. (1973), Jacomine (1996) e Araújo (2005), há no semiárido grande
diversidade de solos, cuja origem está associada ao material geológico das
rochas cristalinas (gnáissicas, graníticas, máficas e ultramáficas) e rochas
sedimentares (arenitos).
O relevo e a intensidade da aridez, proporcionada pelo clima semiárido
durante boa parte do ano, são fatores locais que influenciam na formação e
ocorrência de diversas classes desses solos, que de modo geral, são pouco
profundos, apresentam boa fertilidade química e pH normalmente em torno da
neutralidade.
Na área da bacia hidrográfica do rio Pajeú, a distribuição das unidades de
solos pode ser observada sob dois domínios morfoestruturais. No primeiro,
relacionado com as áreas mais elevadas de domínio do Planalto da Borborema,
ocorrem de modo expressivo os Neossolos Litólicos, que são tipicamente
considerados rasos e de fertilidade natural muito variada; aparecendo também, os
Argissolos, que apresentam boa profundidade e fertilidade natural muito variada.
No segundo, representando as áreas mais planas e mais rebaixadas de domínio
da Depressão Sertaneja, ocorrem os Planossolos, com fertilidade natural variável,
os Luvissolos, que são solos rasos, e os Argissolos Vermelhos, que vão de rasos
até muito profundos (Embrapa, 2006).
48
4 – METODOLOGIA APLICADA
4.1 – Mosaicagem das imagens orbitais para extração de dados superficiais
Mosaicos de imagens de satélite são representações sinóticas de
determinadas áreas com vistas à atualização de dados superficiais sobre as
diversas modalidades de uso e ocupação do solo, da área imageada pelo satélite,
visando revelar de forma fiel a situação atual dessas áreas. De modo geral, pode-
se dizer que consistem num processo de junção de duas ou mais imagens
retificadas geometricamente para formar uma imagem maior.
Inicialmente, foram obtidas as imagens de satélite Landsat-5 TM, de
órbita/ponto 215/65 e 216/65 e órbita/ponto 215/66 e 216/66, datadas de
06.10.2010 e 15.10.2010, respectivamente, com 30 metros de resolução espacial,
adquiridas junto ao INPE (2010) e imagens da Shuttle Radar Topography Mission
(SRTM), referentes às cartas SB-24-Z-C, SB-24-Z-D, SC-24-X-A, e SC-24-X-B da
EMBRAPA (2006), com resolução espacial de 90 x 90 metros e elipsoide de
referência WGS-84, compatíveis com a escala de 1:100.000, referentes à área de
estudo imageada pelo satélite. De posse deste material foi possível compilar as
informações e fazer uma caracterização prévia da área de estudo.
Com a obtenção dessas informações, foi montado um mosaico em
ambiente de SIG com emprego da ferramenta Data Prep/Mosaic Images do
software ERDAS IMAGINE 9.1 (ESRI, 2008). Realizado o mosaico, cada uma
dessas informações foi recortada de acordo com os limites geográficos da bacia
hidrográfica do rio Pajeú, para processamento de extração das curvas de nível e
suas respectivas cotas altimétricas, do tipo de uso e cobertura do solo, como
também para a extração da rede de drenagem, com o objetivo de realizar o
ordenamento de canais, segundo Horton (1945) e Sthaller (1957), para
identificação e delimitação das sub-bacias de interesse da pesquisa.
No processo de elaboração do mosaico com as imagens Landsat-5 TM,
foram utilizados como parâmetros técnicos na obtenção de informações quatro
cenas do imageamento feito pelo satélite, a composição das bandas e, depois, a
combinação das bandas espectrais 5, 4, 3/RGB em composição colorida falsa cor.
A projeção original dessas imagens foi a Datum: Projeção Geográfica (Lat/Long),
49
de elipsóide: South America 1969, com escala de referência, Datum: SAD69. A
resolução espacial dessas imagens do Landsat-5 TM é de 30 metros. O tipo de
processamento adotado foi o matricial (raster) de 8 bits (1 byte por píxel) no
formato original GEOTIFF e, na saída, o formato IMG.
Na escolha das cenas das imagens utilizadas, foi adotado o critério da
sazonalidade, preferencialmente de datas do período seco, com a cobertura de
nuvens máxima de 10%, que é preponderante na determinação da qualidade
radiométrica, espectral e espacial das imagens empregadas para a extração das
informações sobre os ambientes úmidos, como as áreas de várzeas, bem como
para o uso e cobertura do solo. O perímetro da área da bacia do rio Pajeú foi
extraído da base digital do ZAPE (2001) na escala 1:100.000, compatível com a
resolução espacial das imagens do Landsat-5 TM e do SRTM.
A elaboração do mosaico com as imagens da Shuttle Radar Topography
Mission (SRTM) foi feita utilizando como parâmetro técnico a união (fusão digital)
de quatro imagens referentes as cartas da EMBRAPA (2006) no aplicativo
computacional do mesmo software ERDAS 9.1 (ESRI, 2008), para se adequar as
informações à área de delimitação política da bacia do rio Pajeú. O objetivo desse
procedimento foi limitar o tempo do processamento computacional, na geração
das informações em raster, necessárias para o modelo numérico do terreno
(MNT), elaboração do mapa de declividade, extração da rede de drenagem da
bacia e para realizar a delimitação das sub-bacias de terceira ordem. Essas
informações foram salvas em formato raster (Img.) para posterior elaboração dos
mapas base para realização do zoneamento.
4.2 – Base cartográfica para elaboração dos mapas base
A elaboração da base cartográfica com as informações planialtimetricas, da
rede de drenagem, da pedologia, da geomorfologia, da geologia, da cobertura e
uso do solo e das áreas úmidas para a identificação, delimitação e caracterização
física das áreas de várzeas, contou com a base digital das imagens de satélites
Landsat 5 TM (INPE, 2010) e SRTM (EMBRAPA, 2006), das informações em
50
formato vetorial do ZAPE (2001) e do uso das ferramentas dos programas e
aplicativos dos softwares ERDAS 9.1 (ESRI, 2008) e ArcGIS 9.3 (ESRI, 2008),
procurando-se construir uma base de dados na escala 1:50.000 (com drenagens,
curvas de nível, cobertura de vegetação e água).
A base cartográfica consistiu no processamento digital das informações em
formato raster e vetorizadas a partir do processo de mosaicagem, empregando
técnicas de sensoriamento remoto e geoprocessamento, seguidas por uma
modelagem de dados utilizando o banco de dados gerado. A principal função
desta base cartográfica foi auxiliar o georeferenciamento dos mapas temáticos
para facilitar a entrada, manipulação e saída dos dados. A utilização deste banco
de dados permitiu a modelagem e a extração dos principais parâmetros físicos
que determinaram a identificação dos ambientes de várzeas.
A partir dessas informações pôde-se elaborar o modelo numérico do
terreno (MNT), o mapa de declividade, o mapa da rede de drenagem, o mapa de
vegetação e o mapa de uso e cobertura do solo da área de estudo, visando
caracterizar do ponto de vista morfológico, cada um dos ambientes de várzea
identificado na área da bacia hidrográfica do rio Pajeú.
Para confirmação da acurácia dos resultados, gerados em ambiente de
SIG, obtidos com as imagens e, visando definir a classificação final da cobertura e
uso do solo, a partir das imagens Landsat, foram realizados dois testes
estatísticos com os dados gerados em ambiente de SIG. O primeiro foi o emprego
do índice de exatidão global (EG) e o segundo o índice de Kappa (K). Segundo
Machado (2002) e Santos (2007), esses dois índices expressam a probabilidade
de uma classe de cobertura e uso do solo estar correta em relação à realidade.
A Equação 1 é utilizada para a realização do teste estatístico do índice de
exatidão global (EG):
(∑
) (1)
Em que: EG = representa o índice de acertos, ou de exatidão global para cada classe; A = o
número de pontos amostrados com acerto geral no valor de cada conjunto de pixels; e N = o
número de pontos amostrais que foram utilizados no processo de comparação feita entre a
classificação final e a imagem bruta.
51
A Equação 2 é utilizada para o teste estatístico do índice de Kappa:
{[ ( ) (
)]
( )} (2)
Em que: K = representa a concordância de acertos para cada classe observada; N = número de
pontos da matriz analisada para cada classe; r = número de classes presentes na matriz; A ii = o
número de pontos amostrados com acerto geral no valor de cada conjunto de pixels da diagonal
principal; Ai+ = o total de pixels para uma dada classe observada; e A+i = o total de pixels dentro da
matriz onde há uma dada classe observada.
Para o cálculo do índice de exatidão global e de Kappa, foi necessária a
criação de 75 pontos amostrais de controle nas imagens Landsat, para gerar as
matrizes numéricas para a representação dos valores das classes de cobertura
do solo, nas análises estatísticas. As classes de cobertura do solo admitidas
foram água, vegetação densa (caatinga arbórea densa), vegetação esparsa
(caatinga arbóreo-arbustiva), vegetação aberta (caatinga arbustiva aberta), áreas
de solo exposto, áreas com pastagens e áreas com uso agrícola.
Os valores dessas classes foram obtidos das imagens adquiridas e
comparados com os resultados dos valores atribuídos com o processo de
classificação por regiões de segmentos, facilitando a análise estatística e visual
de cada uma das classes consideradas.
4.3 – Modelo numérico do terreno
O Modelo Numérico de Terreno (MNT), ou modelo digital do terreno (MDT),
é uma representação matemática computacional da distribuição de um fenômeno
espacial que ocorre dentro de uma região da superfície terrestre, a partir dos
dados de uma imagem de satélite, no qual, segundo Luedeling et al. (2007), cada
informação é representada por um pixel de valor Z, de altitude correspondente as
suas coordenadas X e Y. Esses modelos são gerados automaticamente a partir
de uma matriz (raster) de números, que tem por propósito representar a
distribuição geográfica das elevações (altitudes) por cotas (curvas de nível) do
relevo de uma determinada região.
52
A partir da interpretação automática em ambiente computacional, as curvas
de nível são interpoladas com intervalos de valores iguais (Z) gerando uma Rede
Triangular Irregular (TIN), onde a elevação digital é convertida em um modelo
digital de terreno (MDT) (FONSECA et al., 2007). A partir do modelo digital do
terreno (MDT), o modelo digita de elevação (MDE) torna-se um dado matricial
(raster), onde podem ser geradas imagens para interpretação dos mapas de
hipsometria e declividade.
De modo geral, essas informações representam a variação altimétrica do
terreno Z em relação ao eixo X e ao eixo Y. Neste caso, Z representa a variável a
ser modelada, sendo Z= f(x,y) em relação ao plano geométrico do terreno (Figura
8). Os intervalos adotados nessa pesquisa foram de 10 em 10 metros de
equidistância entre as curvas de nível.
Figura 8 – Representação da variação de Z em função dos eixos X e
Y na construção dos dados da topografia.
Fonte: Adaptado pelo autor a partir do modelo de Fonseca et al. (2007)
Dessa forma, o MDT é caracterizado por um conjunto de informações de
cada pixel (Z), as quais determinam a geometria do terreno, representando uma
estrutura de dados que permite definir as relações topológicas/proximidade entre
eles, que é um elemento de grande importância, enquanto representação
numérica do terreno para os modelos de análise em hidrologia, geologia estrutural
e geomorfologia fluvial. A interpolação dessas informações é responsável pelo
processo de reconstrução da superfície do terreno (Figura 9).
Posição do dado de acordo
com o ângulo de visada do
satélite.
Informação topográfica para
cada pixel de valor Z.
53
Figura 9 – Modelo numérico do terreno da bacia hidrográfica do Pajeú.
Fonte: Elaborado pelo autor a partir dos dados do SRTM.
Por fim, em ambiente do software ArcGIS 9.3 (ESRI, 2008) , foi feita uma
composição colorida da imagem gerada para o MDE e, posterior classificação em
simbology/classified, objetivando gerar o mapa de altimetria da bacia hidrográfica
do rio Pajeú. Para tanto, foi adotado como método de classificação a “definição de
intervalo” e os zeros foram excluídos. Nesse processo, foram utilizadas curvas de
nível vetorizadas de 10 em 10 m extraídas a partir das imagens da Shuttle Radar
Topography Mission (SRTM).
A partir do MDE foi possível obter uma representação muito próxima da
topografia existente na bacia, que é necessária para obter informações sobre a
rede de drenagem na delimitação das sub-bacias hidrográficas e, também, uma
visão tridimensional de toda formação de relevo da bacia hidrográfica. Após isso,
realizou-se a conversão dessas informações para o South American Datum (SAD
1969) com o auxílio do software ArcGIS 9.3, de modo a preparar os dados para
posterior aplicação no trabalho e, com a extensão 3D Analyst do software, a
imagem foi transformada em Slope para gerar o mapa de declividade.
54
4.4 – Mapa de declividade
O processo de classificação e mapeamento da declividade de uma bacia
hidrográfica representa um procedimento de grande importância na detecção das
potencialidades de utilização de seus recursos, sendo até mesmo, considerado
como variável reveladora de aptidões e limitações de uso da terra. Para tanto, é
necessário observar como as classes de declividade se apresentam, uma vez que
elas podem indicar onde os processos erosivos serão mais determinantes, bem
como os riscos que compreendem (deslizamentos, inundações e alagamentos)
em função das suas declividades.
Nesse sentido, o mapa de declividade da bacia hidrográfica do rio Pajeú foi
elaborado em duas etapas. A primeira foi a aquisição dos dados referentes às
cotas altimétricas com intervalos de valores iguais (Z) na forma de curvas de nível
(isovalores em função dos eixos X e Y) e pontos tridimensionais, enquanto
representação numérica de variação contínua no espaço. Segundo Câmara
(2005), este deve ser entendido como o espaço cartesiano representado por um
conjunto de atributos, com valores em todos os pontos e eixos pertencentes à
região geográfica em análise. Essas informações foram utilizadas para gerar um
modelo Triangulated Irregular Network (TIN) da área da bacia (Figura 10).
Na segunda etapa, a informação digital gerada com o TIN foi inserida no
módulo ArcMap do software ArcGis 9.3 (ESRI, 2008) para a interpolação e
geração do mapa de declividade. As classes de declividades foram geradas
automaticamente pelo módulo ArcMap, do mesmo software, utilizando-se a
função Slope da ferramenta 3D Analyst. Após o resultado gerado, foi feita a
classificação dos intervalos e o refinamento dos dados, que consistiu basicamente
na eliminação de eventuais depressões sombreadas geradas na interpolação.
55
Figura 10 – Modelo digital de elevação da bacia hidrográfica do Pajeú.
Fonte: Elaborado pelo autor a partir dos dados do SRTM.
Os intervalos adotados para as diferentes classes de declividade
estão dentro do limiar dos intervalos, já consagrados nos estudos de aptidão
agrícola da EMBRAPA, e associados aos valores já conhecidos dos limites
considerados críticos para geotecnia e apresentam-se compatíveis com a
análise dinâmica do relevo, conforme foram descritos por Ross (1994),
Cunha e Mendes (2005) e Cunha (2007). Esses intervalos de declividades
(Figura 11) possibilitam a identificação das áreas susceptíveis a inundações
e alagamentos e, as áreas de maior ou de menor risco de erosão de acordo
com a característica de fragilidade potencial que é inerente a cada classe de
declividade.
56
Figura 11 – Classes de declividades da bacia hidrográfica do Pajeú.
Fonte: Elaborado pelo autor a partir dos dados do SRTM.
4.5 – Extração da rede de drenagem
A rede de drenagem de uma bacia hidrográfica é composta por um
conjunto de canais de escoamento inter-relacionados, onde o arranjo espacial
pode ser influenciado no seu traçado e atividade morfogenética pela natureza e
disposição das camadas rochosas (controle estrutural), pela resistência litológica
variável (controle litológico) e pelas diferenças de declividades da área.
Nesse sentido, para a detecção da drenagem a partir do modelo digital de
elevação (MDE), o escoamento superficial foi reclassificado a partir de um limiar,
visando corrigir falhas advindas dos dados do SRTM. Para tanto, utilizou-se a
função “fill sinks” da ferramenta Hydrology do aplicativo Spatial Analyst tools do
ArcToolbox no ArcMap do ArcGIS 9.3, que considera as altitudes dos “pixels”
vizinhos para preencher os “sinks” (falhas), promovendo, assim, a geração do
MNT com informações melhores entre pontos de altitudes diferentes para a
determinação dos fluxos de direção no terreno da área da bacia. Esse primeiro
57
procedimento é recomendado por Whitmann et al. (2004), Matos (2005),
Bittencourt (2007) e Rennó et al. (2008).
A partir da correção das falhas, o MNT passa a apresentar uma boa
correlação entre a declividade e a área de contribuição, exibindo os pontos de
inflexão que marcam o início da captação fluvial, de modo que a rede de
drenagem pode ser determinada com confiança elevada. Nesse sentido,
utilizando a função “flow direction” da ferramenta Hydrology do mesmo aplicativo
do processo anterior (Spatial Analyst tools do ArcToolbox no ArcMap) do ArcGIS
9.3 (ESRI, 2008), são extraídas as informações referentes à direção do
escoamento superficial da água e, a partir destes, é gerado um modelo de
acumulação dos fluxos de água para a delimitação da rede de drenagem,
tomando-se por base a linha de maior declividade do terreno.
Sobre o modelo de acumulação gerado, é possível estabelecer um limiar
mínimo de área de acumulação de fluxo, dependendo do interesse e da proposta
de trabalho utilizada, permitindo estabelecer a área mínima de captação de água
necessária à determinação da existência de um curso de água dentro da bacia.
Esse parâmetro, segundo Valeriano (2008), indica o grau de confluência e
divergência das linhas de fluxo do escoamento e, pode ser associado, aos fatores
comprimento de rampa e divisores de água.
Para Mark (1984), Mendes e Cirilo (2001) e Dias et al. (2004), o fluxo
acumulado representa a rede hidrográfica, sendo possível montar nova grade
contendo os valores de acúmulo de água em cada “pixel”.
De modo automático, cada “pixel” receberá um valor correspondente ao
número de “pixels” que contribuem para que a água chegue até ele, sendo
necessário realizar o seguinte procedimento: no ArcToolBox do ArcMap do
ArcGIS 9.3 (ESRI, 2008), utilizando o caminho Spatial Analyst Tools, chega-se até
a ferramenta Conditional e usa-se a função Con, no qual o arquivo de fluxo
acumulado gerado na etapa anterior foi inserido. Na sequência dessa função do
software, em Input true raster no Constant value foi digitado 1. Em Output raster,
o arquivo gerado foi salvo e, em Expression foi digitada a fórmula: value > 100.
Este valor determina a identificação do talvegue para cada direção de fluxo
58
acumulado, criando a rede de drenagem. Quanto maior for a variação desse
valor, maior será a quantidade de feições (rampas) de drenagem a serem geradas
de forma automática.
A próxima etapa foi a de gerar a rede de drenagens em formato vetorial
(shapefile). No ArcToolBox do mesmo aplicativo do ArcMap, utilizando a
ferramenta Hydrology do caminho Spatial Analyst Tools, foi aplicada a função
Stream to Feature, no qual o arquivo Con gerado na etapa anterior foi utilizado e
em Input stream raster, o arquivo de direção de fluxo (flow direction). Dado um
destino ao novo arquivo em formato vetorial (shape) a rede de drenagem da bacia
foi automaticamente extraída (Figura 12).
Na Figura 12 é possível observar toda a rede de drenagem gerada com as
ferramentas do ArcMap do programa ArcGIS 9.3. Essas informações foram
comparadas com as cartas do IBGE (2005), para identificação do curso principal
do rio Pajeú, desde a nascente até a foz, bem como os principais canais de rios
tributários.
Figura 12 – Rede de drenagem da bacia hidrográfica do Pajeú.
Fonte: Elaborado pelo autor a partir dos dados do SRTM.
59
A delimitação da rede de drenagem mostrada na Figura 12, com os
procedimentos realizados em ambiente de SIG, foi efetuada com resultado
satisfatório, principalmente quando comparado com as cartas topográficas do
IBGE, nas quais foram consideradas todas as feições topográficas da bacia para
gerar os canais de drenagens existentes, a fim de hierarquizá-los com o emprego
da metodologia sugerida por Horton (1945) e modificada por Strahler (1952) para
classificar suas ordens (Figura 13), com o objetivo de identificar a menor ordem
de contribuição na formação dos ambientes de várzeas.
Figura 13 - Hierarquia dos canais de drenagem sugerida por Horton (1945)
e modificada por Strahler (1952).
Fonte: Elaborado pelo autor a partir das metodologias propostas por Horton
(1945) e Strahler (1952) para a classificação de uma rede de
drenagem.
Para Horton (1945), os canais de ordem superior aos de primeira, segunda
ou qualquer outra ordem, deveriam ser delimitados e hierarquizados até a
nascente principal. Com a proposta de Strahler, esses canais só devem ser
hierarquizados no momento em que um canal de ordem inferior deixa de ser o
único juntando-se a outro canal, formando um canal de ordem superior com dois
ou mais tributários de ordem sempre inferior a ele.
Proposição de
Horton (1945).
Proposição de
Strahler (1952).
60
4.6 – Classificação dos canais de drenagem
A classificação dos canais de drenagem foi mais uma sequência de
procedimentos realizados no ambiente de SIG do software ArcGIS 9.3 (ESRI,
2008), a partir da rede de drenagem já gerada. No ArcToolBox do ArcMap foi
utilizado o caminho Spatial Analyst Tools para chegar até a ferramenta Hydrology
e aplicar a função Stream Link, no qual o arquivo de fluxo acumulado e fluxo de
direção já gerados foram inseridos.
A partir do raster Stream Link é possível realizar a classificação dos canais
da rede de drenagem da bacia, utilizando a função Stream Order da ferramenta
Hydrology, juntamente com as extensões do mesmo aplicativo do processo
anterior (Spatial Analyst tools do ArcToolbox no ArcMap) do ArcGIS 9.3 (ESRI,
2008). Para finalizar o procedimento, foi escolhido a método de ordenamento de
Strahler (1952) para classificar as diferentes ordens de canais dentro da bacia.
Segundo metodologia proposta por Strahler (1952), toda rede de drenagem
pode ter seus canais agrupados segundo uma hierarquia, na qual os menores
canais sem tributários são considerados de primeira ordem; os canais de segunda
ordem surgem da confluência de dois canais de primeira ordem, e só recebem
afluentes de primeira ordem; os canais de terceira ordem surgem da confluência
de dois canais de segunda ordem, podendo receber afluentes de segunda e
primeira ordens; os canais de quarta ordem surgem da confluência de dois canais
de terceira ordem, podendo receber tributários de ordens inferiores e, assim,
sucessivamente até o exutório do rio principal da bacia considerada.
Ao classificar os canais de drenagem de uma bacia hidrográfica dessa
forma, Strahler (1952) eliminou a ideia de Horton (1945), de que o rio principal
deveria ter o mesmo número de ordem em toda a sua extensão, desde a
nascente, até a sua foz, afirmando que é necessário refazer a numeração a cada
confluência de canal. Nesse sentido, pode-se dizer que a hierarquia fluvial
consiste no processo de se estabelecer a classificação de determinado curso de
água (ou da área drenada a qual pertence) no conjunto total da bacia hidrográfica.
A importância da utilização desta hierarquia é tornar mais objetiva a análise
morfométrica das bacias.
61
A partir da hierarquização dos canais de drenagens da bacia do rio Pajeú
foram calculados os parâmetros morfométricos para as sub-bacia, levando-se em
consideração os dados do modelo digital de elevação (MDE). As sub-bacias de
terceira ordem foram consideradas como sendo o limite mínimo de drenagem
necessário para a identificação da formação e manutenção dos ambientes de
várzeas.
4.7 – Modelo da sub-bacia hidrográfica adotado no estudo
A sub-bacia hidrográfica adotada nesse estudo teve como limite máximo os
canais de terceira ordem (Figura 14) segundo a classificação de Strahler (1952),
com área mínima de 19 Km2 e área máxima de 80 Km2. Estes limites estão dentro
dos estabelecidos por Tucci (2003), Kurtz et al. (2005), Tonello (2006) e Netto
(2007) para pequenas bacias hidrográficas, principalmente em se tratando de
bacias rurais.
Figura 14 – Modelo da sub-bacia de terceira ordem.
Fonte: Elaborado pelo autor.
4.7.1 – Delimitação das sub-bacias hidrográficas
O processo de identificação e delimitação das sub-bacias de terceira ordem
propostas no modelo anterior foi realizado em ambiente do SIG, com o auxílio do
software ArcGIS 9.3 (ESRI, 2008). A partir do processamento das informações
Sub-Bacia Hidrográfica
Canais de Ordem
Inferior (1 a e 2
a)
Canal Principal de
3a Ordem
62
referentes à hierarquização da rede de drenagem, foi aplicada a metodologia
proposta por Dias et al. (2004) e Valeriano (2008), com auxílio do software ArcGIS
9.3, no qual os dados de direção de fluxo (flow direction) e fluxo acumulado (flow
accumulation), já disponíveis na base de dados de processamentos anteriores,
foram modelados na função Watershed da ferramenta Hydrology do aplicativo
Spatial Analyst tools do ArcToolbox no aplicativo ArcMap. O resultado foi a
delimitação automática das sub-bacias de primeira ordem.
Para que esse resultado fosse referente às sub-bacias de terceira ordem,
com áreas menores que 80 km2 foi realizado um procedimento de ajuste no valor
do campo da ferramenta Expression do ArcToolbox do software ArcGIS 9.3,
utilizando-se o caminho Spatial Analyst Tools para chegar até a ferramenta
Conditional e usar a função Con, na qual foi digitada a fórmula: value > 1500.
Esse valor foi o que melhor correspondeu à proposta de estudo, após vários
testes, conforme sugerido por Sobrinho et al. (2010).
O valor da área de cada sub-bacia gerada correspondeu a quantidade de
células, que foram processadas na imagem. Como cada célula da imagem do
SRTM possui valor de “pixels” de 90 m x 90 m, a área que corresponde a cada
“pixel” é equivalente a 8.100 m2, um pouco inferior a um hectare.
Das 467 sub-bacias com canais de terceira ordem, 195 foram selecionadas
com os critérios já estabelecidos para a identificação dos ambientes de várzeas.
Na sequência, essas sub-bacias foram convertidas de raster para o formato
vetorial (shape), utilizando a função “raster to polygon” da ferramenta “from raster”
do aplicativo “Conversion Tools”, da extensão Spatial Analyst tools do ArcToolbox
no ArcMapI do software ArcGis 9.3.
As sub-bacias de terceira ordem foram identificadas e estratificadas,
visando estabelecer suas características, particularidades e similaridades na
construção de um banco de dados para auxiliar nos trabalhos de zoneamento. Em
formato vetorial foi possível modelar os dados de cada uma das sub-bacias para
caracterizar os padrões físicos (área, perímetro, comprimento, largura, forma,
número de canais) e morfológicos (relevo, rugosidade, grau de dissecação)
estabelecendo suas particularidades e homogeneidades.
63
4.7.2 – Características morfológicas das sub-bacias
A caracterização morfológica das sub-bacias hidrográficas consistiu na
descrição do domínio da paisagem em função do clima, topografia, geologia,
geomorfologia, hidrografia, vegetação, pedologia e tipos de ocupação do solo. Ao
nível local, essas informações podem revelar parâmetros de suas particularidades
naturais na formação e manutenção dos ambientes de várzeas, que não podem
ser observados a nível macro, como ocorre nas grandes bacias.
Área, perímetro, forma, rede de drenagem e declividade são algumas das
informações necessárias para conhecer o comportamento hidrológico de cada
sub-bacia, auxiliando de modo geral na identificação de suas características
morfológicas. Nesse sentido, Christofoletti (1980), Cunha (2007) e Antoneli e
Thomaz (2007) afirmaram que as bacias hidrográficas são verdadeiros sistemas
naturais compostos por elementos físicos passíveis de mensuração, com suas
próprias particularidades e arranjos superficiais, que são passíveis de variações
no tempo e no espaço.
A partir dessas considerações, foi possível aplicar uma série de
procedimentos técnicos em ambiente de SIG, para a modelagem de dados e
extrair todas as informações necessárias à caracterização física e morfológica das
sub-bacias, visando aplicar as equações que definem os seus padrões
morfométricos com vista à identificação dos ambientes de várzea no semiárido,
independente do seu tamanho dentro da variação de área considerada.
4.7.3 – Caracterização morfométrica das sub-bacias
As análises morfométricas foram realizadas a partir dos dados referentes à
rede de drenagem da área de cada uma das sub-bacias, visando identificar e
classificar os elementos do relevo composto por elas. Para isso, fez-se uso de
uma série de abordagens metodológicas e quantitativas para o estabelecimento
de padrões físicos que facilitassem a identificação e caracterização das suas
áreas. Esses padrões foram obtidos com o emprego de instrumentos de
64
medições, software, equações e abstrações matemáticas aplicadas na construção
dos dados obtidos com o sistema hidrográfico.
Os sistemas hidrográficos são compostos por elementos físicos passíveis
de mensuração e correspondem ao objeto de estudo, que tem como elementos
de análise, sua própria área, a rede de drenagem e o arranjo das vertentes que o
delimitam (neste caso o relevo). Além desses, a dinâmica climática e a cobertura
do solo ajudam a entender suas possíveis variações no tempo e no espaço, com
propósito de se considerar a ocorrência e a formação de ambientes singulares, a
exemplo das várzeas no semiárido.
Para a obtenção de variáveis morfométricas foram determinados os
parâmetros topográficos (altitudes, declividades, comprimentos de rampa) e
morfológicos (relevo, rugosidade, rede de drenagem, número de canais) para as
sub-bacias de terceira ordem. O uso de parâmetros morfométricos (Tabela 2) na
caracterização de bacias hidrográficas é defendido por Christofoletti (1980),
Rocha (1997), Collares (2000), Teixeira e Cruz (2005) e Cunha (2007).
Tabela 2 – Parâmetros morfométricos calculados nas sub-bacias.
Características Físicas PARÂMETROS EMPREGADOS
Área de drenagem (km2) A=L.Lt
Perímetro (km) P= Σ(p1+p2+p3+...Pn)
Comprimento do canal principal (km) Lc= Σ(lnu) (Horton, 1945)
Comprimento total da rede de drenagem (km)
Lt= Σ(lnu,nu+1) (Horton, 1945)
Ordem do canal principal Método de Strahler (1952)
Declividade máxima (%) Dmax=(Ip/L).100 (Horton, 1945)
Declividade média (%) Dm=(Ip-Dmin).100 Strahler (1958)
Declividade mínima (%) Dmin={(Cotmax.L)/1000}.100
Altitude máxima (m) H= Hmax Strahler (1952)
Altitude média (m) Hm=Hmax-Hmin Strahler (1952)
Altitude mínima (m) h= Hmin Strahler (1952)
Densidade de drenagem (km/km2) Dd=Lt/A (Horton, 1945)
Densidade de rios (no/km
2) Dr=N/A (Christofoletti, 1980)
Fator forma (km2) F= A/L
2
Coeficiente de compacidade (Km2) Kc= {(0,282.P)/√A}
Índice de circularidade (Km2) Ic= {(12,57.A)/P
2}
Bifurcação (no/km
2) Rb= (Nu/Nu+1) (Horton, 1945)
Índice de rugosidade (Km2) Ir= Dd/Hm Strahler (1958)
Índice de Pendente (m) Ip={(Cotmax-Cotmin)/L}
Coeficiente de Massividade (m) Cm= Hm/A
Coeficiente de manutenção (Km2) Cmt= {(1/ Dd).1000} Schumm (1956)
Coeficiente Orográfico (m) Co=Hm.Cm
Fonte: Elaborada pelo autor.
65
As características físicas, os parâmetros morfométricos e as equações
apresentadas na Tabela 2, foram utilizados para a obtenção dos dados referentes
aos atributos físicos de cada sub-bacia de terceira ordem. Área, perímetro,
comprimento e largura da sub-bacia, comprimento e número de canais,
declividades e altimetria foram informações obtidas para cada uma das áreas
delimitadas pelas sub-bacias a partir das informações extraídas do MDE e
modeladas em ambiente de SIG com emprego das ferramentas e aplicativos do
software ArcGIS 9.3.
Com a obtenção dos atributos físicos foram determinados os parâmetros
morfométricos de todos os 195 sistemas de drenagem, de acordo com a proposta
de Christofoletti (1980), Rocha (1997), Collares (2000), Teixeira e Cruz (2005) e
Cunha (2007), com a finalidade de identificar e caracterizar os ambientes de
várzeas em escala de 1:50.000 nas sub-bacias de terceira ordem. A classificação
do relevo, o grau de dissecação, o tipo de escoamento, o limite geométrico, a
capacidade de recarga e o tipo de várzea (úmida ou seca) foram outras
informações obtidas com a análise dos resultados morfométricos.
Os parâmetros morfométricos calculados para cada uma das 195 sub-
bacias são aqueles relativos a rede de drenagem: área (A), perímetro (P),
comprimento da rede de drenagem (Lt), número de segmentos de canais (N; N+1;
N-1), densidade de drenagem (Dd), densidade de rios (Dr), fator forma (F),
bifurcação entre canais (R), extensão de percurso superficial (L) e coeficiente de
manutenção (Cm). Também estão de acordo com os relativos ao relevo: menor
altitude (h), maior altitude (H), declividade (Dmin; Dm; Dmax), índice de sinuosidade
(Is), coeficiente de rugosidade (R), coeficiente orográfico (Co), índice de
pendência (Ip), tipo de escoamento (Es) e capacidade de recarga (Cr).
Além dessas variáveis listadas anteriormente, para a identificação da
influência da drenagem e do relevo na formação dos ambientes de várzeas, foram
calculados o limite geométrico da rede de drenagem (km2), a frequência da
densidade de drenagem (no/km2), coeficiente angular (%), o raio de influência da
rede drenagem (km2) e o volume do escoamento superficial dentro das sub-bacias
(mm/km2).
66
O limite geométrico da rede de drenagem ou, limite geométrico dos canais,
é uma relação que pode ser feita entre a área drenada, a largura e o comprimento
da bacia, considerando que ela seja um retângulo geométrico perfeito, aplicando-
se as Equações (3) e (4):
(3)
Em que: Fr = é a frequência da densidade de drenagem para o limite geométrico, dada pela razão
entre o seno da densidade de drenagem (Dd) e a própria densidade de drenagem.
( ) (
) (4)
Em que: Lg = é o limite geométrico; Fr = a frequência da densidade de drenagem na bacia; Lt =
comprimento total dos canais da bacia.
A partir do limite geométrico da rede de drenagem de cada sub-bacia foi
possível calcular o raio de influência da rede de drenagem. O valor desse raio
serve para compreender a capacidade máxima de drenagem dos canais da sub-
bacia na formação dos ambientes de várzeas. Quanto maior é o ângulo descrito
desse raio, maior são o escoamento e a capacidade de drenagem. Essa relação
facilita na compreensão do papel da área e do comprimento na dinâmica do
escoamento superficial (Figura 15).
Figura 15 – Esquema do limite geométrico de uma sub-bacia hidrográfica.
Fonte: Elaborado pelo autor.
Canais de
drenagem Largura
Altura
Exutório
Raio
Raio Raio
Declividade
Altura
Influência da
Declividade
Menor
Maior
67
O raio de influência da rede de drenagem é um bom indicador de sub-
bacias hidrográficas, com áreas mais úmidas e redes mais extensas, em função
do comprimento, da declividade e do escoamento. Para tanto, aplicou-se a
Equação (5) e, depois, foi calculada a tangente do valor encontrado. Os valores
negativos indicam deficiência, menor limite geométrico e maior estado de erosão.
Os valores positivos indicam sub-bacias mais susceptíveis a maior capacidade de
drenagem dos canais e, portanto, maior concentração de água junto ao seu canal
principal e áreas mais úmidas.
(
) [(
) ] (5)
Em que: R = raio de influência da drenagem; A = área da bacia; P = perímetro da bacia; Ic = índice
de circularidade; Lg = limite geométrico da bacia.
O escoamento superficial das águas de chuvas em uma bacia pode ser
relacionado, de modo geral, ao tipo de domínio do relevo e da cobertura de
vegetação ao longo da área. Segundo Pruski et al. (2003), as áreas com relevos
mais planos e rugosos apresentam escoamento mais lento, contrapondo-se com
áreas de relevo mais íngremes que tendem ao escoamento mais rápido. Do
mesmo modo, Gogo et al. (2003) afirmaram que se pode associar a cobertura do
solo ao ritmo do escoamento superficial, sendo as áreas com cobertura de
vegetação mais propensas ao escoamento lento, contrapondo-se com áreas de
solos descobertos, onde o ritmo do escoamento é mais rápido.
Para a obtenção dos valores de escoamento superficial direto em cada
sub-bacia utilizou-se o cálculo da Curva Número (CN) (SCS, 1972) e os valores
da Tabela 3, correspondentes aos diferentes Grupos Hidrológicos de Solos
(GHS), visando estabelecer o valor de CN como sendo um parâmetro de
adequação as classes de uso do solo. Esses valores estão dentro de uma escala
de 1 a 100 (KOHLER E RICHARDS (1962) apud TUCCI, 2001). Esta escala
retrata as condições de cobertura do solo, variando desde muito impermeável até
completamente permeável.
68
Tabela 3 – Tipo de superfície gerada e valores correspondentes
para cada grupo de solos, em função do uso da terra.
A B C D
Com sulcos retilíneos 77 86 91 94
Em fileiras retas 70 80 87 90
Em curvas de nível 67 77 83 87
Terraceamento em nível 64 76 84 88
Em fileiras retas 64 76 84 88
Pobres, em curvas de nível 47 67 81 99
Normais, em curvas de nível 25 59 75 83
Boas, em curvas de nível 6 35 70 79
Normais 30 58 71 78
Esparsas, de baixa transpiração 45 66 77 83
Normais 36 60 73 79
Densos, de alta transpiração 25 55 70 77
Muito esparsas, de baixa
transpiração56 75 86 91
Esparsas 46 68 78 84
Densas, de alta transpiração 26 52 62 69
Normais 36 60 70 76
Campos
permanentes
Florestas
Uso da terra SuperfícieTipo de Solo
Solo lavrado
Plantações
regulares
Pastagens
Fonte: Adaptada pelo autor a partir de Tucci (2001).
Os tipos de solos identificados na Tabela 3 de acordo com o GHS são:
Tipo A – solos que produzem baixo escoamento superficial e alta infiltração, solos
arenosos profundos e com baixo teor de silte e argila; Tipo B – solos menos
permeáveis que os anteriores, solos arenosos menos profundos que os anteriores
e com permeabilidade superior à média; Tipo C – solos que geram escoamento
superficial acima da média e com capacidade de infiltração abaixo da média,
contendo percentagem considerável de argila; e Tipo D – solos contendo argilas
expansivas, pouco profundos e com baixa capacidade de infiltração, gerando a
maior proporção do escoamento superficial (TUCCI, 2001).
Na área de estudo, admitiu-se que os tipos B e C são os mais
representativos para determinar a chuva vazão (Q) ou, escoamento superficial
direto em função do parâmetro da CN, que foi obtido a partir do emprego da
Equação (6) para o valor atribuído para o GHS dos solos na Tabela 3.
( )
( ) (6)
Em que: Q = chuva vazão ou, escoamento superficial direto em mm; P = precipitação em mm; S =
armazenamento potencial máximo do solo em mm; Ia=perdas iniciais incluindo perdas por
armazenamento na superfície, interceptação, infiltração inicial e outros fatores.
69
As perdas iniciais, representadas por (Ia) na Equação (6), são muito
variáveis, mas geralmente podem ser relacionadas com o tipo de solo e a
cobertura vegetal correspondente, em função do armazenamento potencial
máximo do solo (S), cujo valor depende do tipo e da ocupação do solo, e pode ser
determinado pela Equação (7), uma vez definido o valor do CN.
(7)
No total, foram analisadas trinta variáveis, relativas à rede de drenagem, à
morfologia e às suas interações. Entre essas variáveis, foi dado maior destaque
àquelas que melhor caracterizaram os ambientes de várzeas nas sub-bacias
hidrográficas.
A avaliação dos resultados gerados pelas variáveis utilizadas foi feita com
procedimentos estatísticos multivariados, com auxílio das ferramentas estatísticas
do software Excell e com o cálculo do coeficiente de correlação entre os desvios
padrões com a Equação (8).
( ) (8)
Em que: X e Y representaram as variáveis relativas à rede de drenagem e/ou à morfologia
correlacionadas; SX,Y é a covariância entre os dados de cada uma delas; e SX e SY os desvios
padrões obtidos dentro de cada grupo de dados.
O cálculo do coeficiente de correlação foi inicialmente proposto por
Benjamin e Cornell (1970) para entender a variabilidade estatística da distribuição
de dados. Posteriormente, Brakensiek e Onstad (1988) também aplicaram este
método no estudo de uma bacia hidrográfica para compreender seu
comportamento hidrológico, assim, como Bommer e Abrahamson (2006) para
estimar probabilidades na análise de erros. Estes autores utilizaram esse
coeficiente, por ele ser capaz de mostrar uma boa correlação estatística medida a
partir dos desvios padrões de cada série de dados analisada, entre um dado alfa
(X) e outro beta (Y), indicando suas relações.
Os resultados obtidos são analisados e agrupados, tanto em sua totalidade
como em seus aspectos pontuais, visando estabelecer alguns padrões e
70
semelhanças na formação dos ambientes de várzeas. Após esse procedimento,
os dados são cruzados, relacionando as classes de cobertura do solo e a
declividade com os dados referentes à umidade dentro da sub-bacia. As
informações são interpoladas a fim de permitir identificar e classificar as áreas
onde há uma forte relação com a planície de inundação, visando estabelecer os
melhores critérios na sua compreensão espacial.
4.8 – Dados de cobertura do solo por técnica de classificação digital dos índices
de vegetação NDVI e EVI.
Na classificação dos diferentes tipos de cobertura do solo foram utilizadas
quatro imagens do satélite Landsat-5 TM, bandas 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7 de
órbita/ponto 215/65 e 216/65 e órbita/ponto 215/66 e 216/66, respectivamente
datadas de 06.10.2010 e 15.10.2010, referentes ao período seco na área de
estudo. O primeiro passo foi o registro das imagens utilizando-se 15 pontos de
controle para corrigir distorções relacionadas com as coordenadas geográficas
(latitude e longitude) e as coordenadas da imagem (linhas e colunas).
As imagens corrigidas foram utilizadas para a geração dos dados de
radiância e reflectância com auxílio da função model maker da ferramenta
Modeler do software ERDAS 9.1 (ESRI, 2008). Esses dados foram aplicados para
modelagem do índice de vegetação NDVI (Normalized Difference Vegetation
Index) e do índice de vegetação EVI (Enhanced Vegetation Index). As imagens
geradas com esses dois índices foram comparadas e classificadas, conforme
sugerido por Carvalho et al. (2008), com auxílio da função unsupervised
classification da ferramenta Classifier do mesmo software na detecção das áreas
úmidas, principalmente junto à calha do canal principal de cada sub-bacia.
O índice de vegetação EVI, por ser mais sensível à variação do dossel dos
diferentes tipos de vegetação, pode ser o melhor índice a ser aplicado na
detecção da cobertura do solo, principalmente quando comparado com o NDVI,
que apresenta uma rápida saturação, generalizando muitas áreas por ser pouco
sensível à detecção de variações no aumento estratificado da biomassa vegetal, a
71
partir de uma determinada fase de crescimento das plantas. Além disso, segundo
Gao et al. (2000), Huete et al. (2002) e Carvalho et al. (2008), no EVI está incluído
o Índice de Área Foliar (IAF), a fisionomia da planta e a arquitetura do dossel,
tendo a finalidade de atenuar os efeitos do solo e da atmosfera sobre a
vegetação. Com os resultados do EVI foi identificado o valor do ND dos pixels
mais contíguos e representativos das áreas úmidas (Figura 16) e aplicada uma
cor correspondente a cada grupo.
Figura 16 – Regiões de segmentos correspondentes à similaridade no
valor do número digital de cada pixel nas imagens.
Fonte: Elaborado pelo autor.
A Figura 16 representa uma matriz com valores dos pixels por regiões de
crescimento (as setas) indicando a influência e similaridade do pixel principal em
relação aos seus pixels vizinhos. As setas vermelhas indicam maior similaridade
no processo de segmentação por crescimento, mostrando a correspondência
direta na classificação de uma classe em função de seus valores; enquanto as
setas amarelas indicam o decaimento da correspondência com esse mesmo pixel
central, gerando uma mudança de classe.
O objetivo desse procedimento de identificação foi aplicar o processo de
classificação por regiões de segmento (Figura 17), sugerido por Barbosa (2007) e
Novo (2008), na geração dos polígonos que representam os diferentes tipos de
cobertura do solo. Essas informações foram classificadas e convertidas para o
formato Img para posterior vetorização, modelagem e tratamento dos dados no
ambiente de SIG do software ArcGIS 9.3, para a delimitação dos ambientes de
várzeas junto a calha do canal principal das sub-bacias do rio Pajeú.
72
Figura 17 – Representação em cores dos valores do número digital de
cada grupo de pixels baseada na segmentação por
crescimento de regiões homogêneas.
Fonte: Elaborado pelo autor com base em Barbosa (2007) e Novo (2008).
Na Figura 17, para o segmento de pixels cujos valores variaram de
negativo até um (1) foi atribuída a cor azul; a cor verde escuro para os segmentos
com valor positivo igual a dois (2); a cor verde médio para os segmentos com
valores positivos iguais a três (3); a cor verde claro para os segmentos com valor
positivo igual a quatro (4); a cor roxa para os segmentos com valor positivo igual a
cinco (5); a cor laranja para os segmentos com valor positivo igual a seis (6); a cor
amarela para os segmentos com valor positivo igual a sete (7); e a cor vermelha
para os segmentos com valor positivo igual a oito (8).
A similaridade e a diferença entre estas regiões estão relacionadas com a
menor diferença aceita entre o valor médio do ND (número digital) de dois pixels,
ou de dois conjuntos de pixels para que eles possam ser considerados como
pertencentes a regiões distintas ou não. Se a diferença entre os pixels, ou
conjunto de pixels for menor que o valor de similaridade, eles são considerados
como pertencentes à mesma região, caso contrário, serão atribuídos a regiões
73
distintas. O limiar de área mínima está associado com o menor tamanho admitido
para as regiões (segmentos), em função da resolução espacial da imagem
utilizada e das características dos alvos imageados pelo satélite.
O processo de segmentação por crescimento de regiões homogêneas
permitiu agrupar os polígonos em classes de cobertura do solo, com base no
algoritmo de agrupamento utilizado a partir dos atributos estatisticamente
similares para o valor de cada pixel obtido.
Nesse sentido, cada segmento de pixels foi classificado em: corpos de
água (valores negativo até um); caatinga arbórea (valor positivo igual a dois);
caatinga arbóreo-arbustiva (valor positivo igual a três); caatinga arbustiva (valor
positivo igual a quatro); solo exposto (valor positivo igual a cinco); pastagens
(valor positivo igual a seis); áreas de uso agrícola (valor positivo igual a sete); e
áreas com uso agrícola (valor positivo igual a oito) (Figura 18).
Figura 18 – Regiões homogêneas classificadas em função do valor de
cada pixel a partir do processo de segmentação por crescimento.
Fonte: Elaborado pelo autor com base em Barbosa (2007) e Novo (2008).
74
A partir da classificação adotada para os diferentes tipos de segmentos da
cobertura do solo foi possível delimitar as áreas mais úmidas junto à calha do
canal principal com a finalidade de identificar e caracterizar os ambientes de
várzeas dentro de cada sub-bacia.
Para a delimitação das áreas de várzeas, foram considerados, também, os
resultados obtidos na classificação dos tipos de cobertura do solo junto ao canal
principal e na planície de inundação, com valores de cada pixel correspondente a
(7) e (8), conforme mostrado na figura 18, desprezando-se aqueles casos com
cotas topográficas superiores a 10 m.
4.9 – Identificação das áreas de várzeas
As áreas de várzeas foram identificadas a partir da modelagem dos dados
das imagens do SRTM, em função da extensão da planície de inundação, que foi
caracterizada de acordo com a menor cota topográfica junto à calha do canal
principal nas 195 sub-bacias selecionadas, concomitante com a efetiva ocorrência
dos diferentes padrões de umidade a partir do tipo de cobertura e uso do solo.
Esse tipo de procedimento foi aplicado por Junk (1989), Hess et al. (2003),
Matos et al. (2005) e Bittencourt e Amadio (2007) que conseguiram associar a
cobertura e o uso do solo em cada “pixel” a um valor de semelhança, usando
dados topográficos extraídos do SRTM para discriminar as cotas de abrangência
da planície de inundação.
Essa integração de dados de cobertura do solo, derivados de imagens de
sensores remotos, com dados do MDE derivados do SRTM, foi utilizada por
Whitmann et al. (2004), Wilson et al. (2007) e Rennó (2008) para identificar e
discriminar os diferentes níveis topográfico que influenciam na formação dos
ambientes de várzeas dentro da planície de inundação de um rio.
Assim, a variabilidade e a distribuição dos ambientes de várzeas foram
estabelecidas com a distribuição da frequência nos valores de cada “pixel”,
observando-se os limites da menor e da maior cota altimétrica junto à calha do
75
canal principal, em função da umidade e da classificação adotada para cada tipo
de cobertura e uso do solo. Os resultados permitiram estabelecer alguns valores e
parâmetros físicos que contribuem para identificar e caracterizar os ambientes de
várzeas, a exemplo da altitude, da declividade e do tipo de relevo.
A variação da cota de 0 a 10 m e a declividade de até 2% junto à calha do
canal principal foi definida nesse estudo, como sendo o valor limítrofe para a
identificação e delimitação das áreas susceptíveis a formação dos ambientes de
várzeas, respeitando os limites do terreno e a extensão da planície de inundação.
A identificação dos dados superficiais de uma sub-bacia é extremamente
útil na aplicação efetiva de parâmetros físicos (área, altitudes, declividades,
relevo, hidrografia) na caracterização da planície de inundação. Para tanto, exige
associar informações sobre a estrutura e a distribuição da cobertura do solo, com
dados da topografia e das áreas úmidas, para uma primeira análise da ocorrência
de várzeas na verificação de campo. Assim, foi possível identificar as áreas de
várzeas, respeitando a mesma variação altimétrica e declividade, entre as
diferentes cotas das curvas de nível na planície de inundação (Gráfico 3).
Gráfico 3 – Distribuição dos ambientes de várzeas em função do perfil da
topografia e da declividade junto à calha do canal principal.
Fonte: Elaborado pelo autor a partir dos dados topográficos referentes à sub-
bacia do riacho Belém (Sb-2).
Na Figura 19 é apresentado um modelo com a distribuição dos dados
topográficos e da umidade dentro de uma sub-bacia hidrográfica, no qual é
possível observar a ocorrência dos ambientes de várzeas junto à calha do canal
principal e dentro dos limites da planície de inundação.
Ambiente de várzea
Ambiente de várzea
Co
tas
To
po
grá
fica
s
76
Figura 19 – Modelo de identificação e delimitação das áreas de várzeas.
Fonte: Elaborado pelo autor para a sub-bacia riacho do Belém (Sb-2).
77
5 – ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
5.1 – Acurácia dos dados de sensoriamento remoto na identificação dos
ambientes de várzeas.
A análise dos dados físicos e topográficos gerados em ambiente de SIG a
partir das imagens orbitais do sensoriamento remoto para a área de estudo,
mostrou uma boa similaridade nas cotas topográficas e maior detecção de
ocorrências de níveis topográficos, principalmente quando comparados com os
dados referentes as cartas topográficas do IBGE (Figura 20).
Figura 20 – Resultado da comparação entre as curvas de nível das cartas
topográficas do IBGE e os dados gerados em ambiente de SIG a
partir de imagens de orbitais referentes a área de estudo.
Fonte: Elaborado pelo autor.
A boa similaridade entre as cotas topográficas do IBGE e os dados gerados
pelo MNT, é um resultado satisfatório por conta da escala de referência e da
equidistância entre elas e pela capacidade de detecção dos diferentes níveis
topográficos. Com este resultado foi possível delimitar a rede de drenagem da
bacia do rio Pajeú e as sub-bacias hidrográficas.
Carta topográfica do IBGE. Dados gerados pelo MNT.
78
A partir da rede de drenagem foi possível classificar os canais de
drenagem de acordo com suas respectivas ordens. Foram identificados 9.983
canais de drenagem na bacia do rio Pajeú, com a seguinte distribuição: 5.047 de
primeira ordem, 2.323 de segunda ordem, 1.292 de terceira ordem, 683 de quarta
ordem, 306 de quinta ordem, 245 de sexta ordem e 87 de sétima ordem (Figura
21).
Figura 21 – Hierarquia dos canais da rede de drenagem na bacia do Pajeú.
Fonte: Elaborado pelo autor a partir de Strahler (1952).
A partir da hierarquia dos canais da rede de drenagem na bacia do rio
Pajeú, foi feita a representação das sub-bacias hidrográficas até o limite dos
canais de terceira ordem. Este limite foi considerado como sendo o ideal para a
delimitação das pequenas bacias. O resultado foi a delimitação de 11.382 sub-
bacias de primeira ordem, 779 sub-bacias de segunda ordem e 467 sub-bacias de
terceira ordem (Figura 22). Essas representações tiveram como limites aplicados
100 hectares (1 km2), 1000 hectares (10 km2) e 1500 hectares (15 km2),
respectivamente, para delimitar as sub-bacias de interesse desse estudo.
79
Figura 22 – Delimitação das sub-bacias de terceira ordem na bacia
hidrográfica do rio Pajeú.
Fonte: Elaborado pelo autor.
Para atender aos objetivos desse estudo, as sub-bacias de terceira ordem
foram consideradas como tendo os limites, áreas e números de canais ideais para
a caracterização dos ambientes de várzeas. Das 467 sub-bacias de terceira
ordem, foram selecionadas 195 sub-bacias (Figura 23), com áreas entre 19 e 80
km2, maior número de canais na rede de drenagem, menor variação na
declividade, relevo pouco acidentado e existência de áreas planas junto à calha
do canal principal. A partir dessas informações foi identificada a planície de
inundação, delimitadas as áreas de várzeas e caracterizadas as sub-bacias com
vistas ao zoneamento (Tabela 4).
As sub-bacias de terceira ordem selecionadas para estudo cobrem 31% na
representação de todos os canais de primeira, segunda e terceira ordem da rede
de drenagem na bacia do rio Pajeú e drenam uma área de 6.194,7 km2. Na
Tabela 4 é apresentada a estratificação das sub-bacias de terceira ordem,
algumas das suas características físicas e as áreas de várzeas identificadas com
base nos critérios adotados.
80
Figura 23 – Representação da distribuição das sub-bacias de terceira
ordem selecionadas para estudo na bacia do Pajeú.
Fonte: Elaborado pelo autor.
Tabela 4 – Caracterização física das sub-bacias de terceira ordem delimitadas e
selecionadas na bacia hidrográfica do rio Pajeú.
Classes
(Km²)
Número de
casos
Número de
canais (média)
Distância média
entre a calha e
as menores
cotas (m)
Distância média
entre as rampas
do canal (m)
Comprimento
médio das sub-
bacias (Km)
Largura média
das sub-
bacias (Km)
Declividade
minima na
área (%)
Número de
várzeas
Área total das
várzeas no
intervalo (Km²)
19 - 20 25 17,4 332,9 1635,2 7,4 3,3 1,18 39 31,2
21 - 25 55 24,1 306,3 1716,2 8,1 3,7 1,27 87 76,9
26 - 30 38 14,7 297,3 2274,9 9,2 3,9 1,72 73 53,1
31 - 35 27 16,7 221,6 1035,5 10,4 3,9 1,45 44 49,5
36 - 40 13 20 218,8 813,6 10,8 4,3 1,58 26 25,3
41 - 45 16 19,8 179,6 1107,3 12,3 4,5 1,33 35 34,5
46 - 50 3 23,3 126,2 372,4 12,8 4,6 1,22 7 8,9
51 - 55 8 26,5 153,8 295,6 13,7 4,6 1,50 18 26,1
56 - 60 4 27 173,2 637,0 15,4 4,6 1,51 10 17,2
61 - 65 3 30 120,9 813,1 14,9 5,1 1,38 8 8,1
65 a 80 3 34,6 94,2 777,7 15,1 6,2 1,00 5 12,5
Total 195 22,4 187,6 886,0 11,5 4,4 1,4 352 343,3
Fonte: Elaborada pelo autor.
81
A característica dominante foi a existência de áreas planas, distando
linearmente uma média de 187,6 m, entre a calha do canal principal e a cota mais
baixa, com declividade média de 1,4%, caracterizando a formação de uma
planície de inundação, onde nos períodos de chuvas ocorre o transbordamento
das águas. Por extensão, esta é a condição primordial para a formação dos
ambientes de várzeas que foram identificados em número de 352 (Figura 24).
Figura 24 – Áreas de várzeas delimitadas nas sub-bacias de terceira ordem.
Fonte: Elaborado com base nos dados do SRTM e Landsat 5 TM.
Na acurácia dos resultados foram realizados os testes estatísticos do
índice de exatidão global (EG) e do índice de Kappa (K). O resultado obtido com o
emprego do índice de exatidão global foi de 0,89, significando que a acurácia dos
dados enquadra-se no nível “excelente”, compatível com o mesmo resultado no
índice de Kappa, que foi de 0,83. Esses valores indicam um intervalo de erro
menor do que 14 m entre a informação na imagem e no campo real do alvo. Os
bons índices obtidos podem ser atribuídos à qualidade das imagens selecionadas,
que apresentaram menos de 10% de cobertura de nuvens, facilitando a análise
visual das classes.
82
Após a validação dos dados e do mapeamento com os testes estatísticos,
foi realizado mais um modelamento dos dados em ambiente computacional,
sobrepondo-se as classes de cobertura e uso do solo com os dados topográficos.
O resultado foi satisfatório na identificação das classes de cobertura e uso do solo
em cada sub-bacia, indicando inclusive a posição topográfica e permitindo a
individualização dessas informações e a caracterização da planície de inundação
(Figura 25). Essas informações corroboraram na delimitação e caracterização dos
ambientes de várzeas em cada sub-bacia, a partir da calha do canal principal e
respeitando a variação dos limites de 0 a 10 m dentro de cada sub-bacia.
Figura 25 – Representação de áreas de várzeas delimitadas em função do relevo,
das diferentes classes de cobertura e da umidade.
Fonte: Elaborado a partir dos dados do SRTM e do Landsat.
Esses resultados foram importantes para a validação dos parâmetros
físicos e morfométricos adotados, visando a caracterização e análise das sub-
bacias, com vistas a quantificação, classificação e agrupamento físico de cada
ambiente de várzea.
83
5.2 – Influência das características físicas das sub-bacias na formação e
manutenção dos ambientes de várzeas.
No processo de formação dos ambientes de várzeas, cada sub-bacia
hidrográfica passa a ser relacionada a um conjunto de características físicas que
facilitam sua identificação, com áreas úmidas e topografias mais suaves junto à
calha do canal principal.
Nesse sentido, foram analisados os dados morfológicos (relevo), climáticos
(precipitações) e hidrográficos (canais de drenagem) de cada uma das 195 sub-
bacias. Esses dados foram correlacionados geometricamente entre si, visando
determinar: o grau de dissecação, a susceptibilidade da área a enchentes, a
capacidade para gerar um curso de canal perene, a capacidade de drenagem dos
canais, o limite geométrico da drenagem, o coeficiente angular do desnível entre o
exutório e a cabeceira dos canais, o raio de influência do canal principal, o raio de
influência da rede de drenagem, a tendência do escoamento e o volume mensal
escoado.
5.2.1 – Grau de dissecação
O grau de dissecação na área de estudo tem uma relação direta com a
erosão gerada pela dinâmica climática da região, pela condição do sistema de
canais, tipo de relevo e situação da declividade. Das 195 sub-bacias analisadas,
144 foram classificadas como de relevo variando de plano a ondulado, cujo grau
de dissecação pode variar de muito baixo a moderado (Tabela 5).
A classificação do relevo em função das classes de declividade contribuiu
para compreender o grau de dissecação da grande bacia. Pouco mais da metade
das áreas apresentam um grau de dissecação de baixa à moderada, enquanto
nas demais, a dissecação enquadra-se em muito baixa (14%), forte (28%), ou
excepcional (1% das áreas).
84
Tabela 5 – Classificação do relevo e grau de dissecação nas sub-bacias de
terceira ordem da bacia do Pajeú.
Declividade
(%)
Número de
casos
Área
relacionada
(Km²)
Representação
entre as sub-
bacias (%)
Classificação do relevoGrau de
dissecação
Áte 3 35 883,8 14,27 plano muito baixo
3 a 8 40 1180,9 19,06 suave ondulado baixo
8 a 13 26 847,7 13,68 moderadamente ondulado médio
13 a 20 43 1461,6 23,59 ondulado moderado
20 a 45 49 1744,2 28,16 fortemente ondulado forte
Acima de 45 2 76,5 1,23 montanhoso excepcional
Total 195 6194,7 100,00 - -
Fonte: Elaborada pelo autor a partir da EMBRAPA (1999).
O relevo dominante nas áreas analisadas foi classificado de plano a
ondulado (70%) e fortemente ondulado (30%). Esses resultados podem ser
diretamente relacionados a rugosidade do terreno, o grau de dissecação e a
variação entre as cotas altimétricas observadas dentro da situação de cada uma
das sub-bacias (Figura 26).
Figura 26 – Variação altimétrica nas sub-bacias de terceira ordem na bacia
do Pajeú.
Fonte: Elaborado pelo autor.
85
5.2.2 – Susceptibilidade a enchentes
Cada uma das sub-bacias hidrográficas da bacia do rio Pajeú apresenta
similaridade com alguma outra sub-bacia, seja em função da declividade e do
relevo, conforme já demonstrado anteriormente, ou em função da densidade de
canais, tipo de drenagem, forma e nível de rugosidade. A partir dessas
informações foi possível identificar e compreender a susceptibilidade das áreas de
cada sub-bacia a enchentes. Inicialmente, em 176 áreas a regularidade dos
canais foi classificada como média e o tipo de drenagem como moderada,
indicando que entre as sub-bacias analisadas há uma boa similaridade com
relação a densidade de canais (Tabelas 6) e, depois, foi observado a forma, o tipo
de escoamento superficial e as condições da topografia local.
Tabela 6 – Classificação da regularidade dos canais e tipo de drenagem nas
sub-bacias do Pajeú, em função da densidade de canais.
Densidade de
Canais
Número de
casos
Área drenada
(Km²)
Representação
entre as sub-
bacias (%)
ClassificaçãoRegularidade
dos canais
Tipo de
drenagem
Áte 0,5 16 470,4 7,59 baixa baixa bem
0,5 a 1,0 176 5644,1 91,11 média média moderada
Acima de 1,0 3 80,2 1,29 alta alta mal
Total 195 6194,7 100 - - -
Fonte: Elaborada pelo autor.
A densidade de canais (Tabela 6) teve reflexo direto na determinação da
densidade de drenagem, que foi ser classificada como média e do tipo moderada,
com 99% das suas sub-bacias no intervalo de 0,5 a 1,0 canal/km2. Apenas uma
das sub-bacia (Sb-44) apresentou valor menor que 0,5 canal/km2. Os valores das
195 sub-bacias tiveram, de modo geral, distribuição normal, com média e
mediana de 0,77 canal/ km2.
Os resultados observados para a densidade de canais e a densidade de
drenagem, contribuíram para compreender a susceptibilidade das sub-bacias de
terceira ordem às enchentes, em função da regularidade média de seus canais,
que foi classificada como média à baixa. Este resultado confirma a influência
dessas áreas na formação dos ambientes de várzeas.
86
Na análise das classes da densidade de canais, 91% das sub-bacias,
apresentaram um tipo de drenagem moderada, o que vem a confirmar o seu tipo
de susceptibilidade a enchentes, principalmente em função do índice de
declividade baixo, com valor médio de 1,4%. Esse fato corrobora a metodologia
sugerida para identificação dos ambientes de várzeas nas sub-bacias, em função
da declividade média considerada e do valor médio de 187,6 para a distância
entre a calha do canal principal e a menor cota topográfica.
Houve domínio da regularidade do número de canais de 0,5 a 1,0 por km2,
com 176 casos, enquanto três casos ficaram acima desse intervalo (Sb-10, Sb-18
e Sb-74) e 16 casos ficaram abaixo (Sb-31, Sb-32, Sb-34, Sb-40, Sb-44, Sb-57,
Sb-68, Sb-76, Sb-77, Sb-115, Sb-118, Sb-149, Sb-156, Sb-175, Sb-177, e Sb-
187). O valor médio e mediana de 0,67 e do desvio padrão de 0,10 para essas
variáveis foi considerado satisfatório, apresentando-se com uma pequena
variação entre classes consideradas (Gráfico 4).
As classes consideradas nas sub-bacias para até 0,5 canal/km2, 0,5 a 1,0
canal/km2 e acima 1,0 canal/km2 indicam a possibilidade da rede de drenagem em
manter um canal perene. Os resultados encontrados precisam ser confrontados
com outras informações relativas ao domínio do relevo, da geologia, do clima e do
solo da área.
Gráfico 4 – Representação da distribuição da densidade de rios nas sub-
bacias do Pajeú.
Os resultados foram confrontados com a forma e o tipo de escoamento
superficial em cada sub-bacia, em função do índice de circularidade (Tabela 7) e
do relevo dominante já conhecido na área.
16
176
3 0
30
60
90
120
150
180
210
Áte 0,5 0,5 a 1,0 Acima de 1,0
Nú
mer
o d
e C
aso
s
Intervalo (Canal/km2)
87
Tabela 7 – Classificação da forma e do tipo de escoamento superficial
nas sub-bacias do Pajeú, em função do índice de
circularidade.
Indice de
Circularidade
(Ic)
Número de
casos
Área
drenada
(Km²)
Representação
entre as sub-
bacias (%)
Classificação Escoamento
superficial
Áte 0,3 5 238,3 3,85 muito alongada rápido
0,3 a 0,6 163 5202,6 83,98 alongada moderado
0,6 a 1,0 27 753,8 12,17 tendência circular baixo
Acima de 1,0 0 0,0 0 circular lento
Total 195 6194,7 100,00 -
Fonte: Elaborada pelo autor.
Nas sub-bacias, 163 casos apresentaram forma alongada correspondendo
a 87% das áreas (Tabela 7). Nesse tipo de forma, o escoamento superficial das
águas das chuvas tende a ser de moderado a rápido. Ainda de acordo com o
índice de circularidade, 27 casos foram classificados com tendência circular, nos
quais o escoamento superficial é baixo.
O relevo da área exerce papel fundamental na forma e no ritmo do
escoamento superficial. Nesse sentido, conhecer o índice de rugosidade de cada
sub-bacia foi uma forma de compreender o papel do relevo dominante no
escoamento superficial (Tabela 8). Na classificação adotada, 83% das áreas
foram consideradas como de escoamento médio a forte, indicando um domínio de
relevo moderadamente ondulado a forte-ondulado, confirmando os resultados
anteriores, principalmente no que se refere ao maior número de casos (156 no
total) das áreas estudadas.
Tabela 8 – Classificação do relevo e tipo de escoamento nas sub-bacias
do Pajeú, em função do índice de rugosidade.
Indice de
Rugosidade
Número de
casos
Área
relacionada
(Km²)
Representação
entre as sub-
bacias (%)
Relevo dominanteEscoamento
superficial
Áte 3 2 46,6 0,75 plano muito baixo
3 a 8 35 944,4 15,25 suave ondulado baixo
8 a 13 48 1517,9 24,50 moderadamente ondulado médio
13 a 20 52 1652,5 26,68 ondulado moderado
20 a 45 56 1990,6 32,13 forte ondulado forte
Acima de 45 2 42,7 0,69 montanhoso excepcional
Total 195 6194,7 100,00 - -
Fonte: Elaborada pelo autor.
88
As áreas das sub-bacias apresentam baixa susceptibilidade às
enchentes, não só por conta do clima dominante na região, com baixas
precipitações ao longo do ano, mas também, por conta das condições
topográficas. Há exceções (Figura 27), compostas das sub-bacias que se
enquadraram como de relevo plano a suavemente ondulado, com tendência
circular e alta susceptibilidade as enchentes (Sb-1, Sb-4, Sb-33, Sb-37, Sb-44,
Sb-45, Sb-66, Sb-67, Sb-69, Sb-80, Sb-87, Sb-99, Sb-103, Sb-105, Sb-116, Sb-
118, Sb-120, Sb-126, Sb-129, Sb-132, Sb-140, Sb-152, Sb-155, Sb-157, Sb-161,
Sb-168 e Sb-185) ou, de alta regularidade de canais de drenagem (Sb-10, Sb-18
e Sb-74), mas com média susceptibilidade as enchentes.
Figura 27 – Distribuição das sub-bacias com maior e menor susceptibilidade
as enchentes na bacia do Pajeú, em função do relevo e
capacidade de drenagem.
Fonte: Elaborado pelo autor.
89
5.2.3 – Capacidade para gerar um curso de canal perene
A capacidade de uma bacia possuir um canal perene pode ser observada a
partir de uma relação direta, entre a área drenada por seus canais e a área
necessária para o escoamento superficial. Esta relação pode ser feita entre o
coeficiente de massividade (Tabela 9), o tipo de relevo dominante, a declividade
máxima dentro da bacia e o coeficiente de manutenção, que descreve o ritmo do
escoamento superficial máximo de suas águas.
Tabela 9 – Capacidade das sub-bacias do Pajeú em gerar um canal
perene, em função do coeficiente de massividade.
Coeficiente de
Massividade
(km)
Número de
casos
Área drenada
(Km²)
Representação
entre as sub-
bacias (%)
ClassificaçãoEscoamento
superficial
1,0 a 1,5 179 5799,1 93,61 baixa rápido
1,5 a 2,0 15 370,1 5,97 média moderado
Acima de 2,0 1 25,5 0,41 alta baixo
Total 195 6194,7 100,00 -
Fonte: Elaborada pelo autor.
O resultado de 93% das sub-bacias com coeficiente de massividade
variando de 1,0 a 1,5 km (tabela 9) permitiu classificá-las, como tendo baixa
capacidade na geração de um canal perene. Esse resultado é confirmado por
44% das sub-bacias classificadas como de baixo a muito baixo coeficiente de
manutenção de seus canais e 22% casos de negativo a insuficiente (Tabela 10).
Tabela 10 – Classificação do coeficiente de manutenção dos canais nas sub-
bacias do Pajeú, em função da declividade.
Declividade
(%)
Número de
casos
Área
relacionada
(Km²)
Representação
entre as sub-
bacias (%)
Relevo dominanteEscoamento
superficial
Coeficiente de
massividade
Classificação
do coeficiente
de manutenção
Áte 3 1 20,0 0,32 plano muito baixo muito alto muito alto
3 a 8 22 694,6 11,21 suave ondulado baixo alto alto
8 a 13 39 1332,7 21,51 moderadamente ondulado médio médio médio
13 a 20 43 1402,5 22,64 ondulado moderado baixo baixo
20 a 30 44 1375,6 22,21 forte ondulado forte muito baixo muito baixo
30 a 40 24 743,6 12,00 fortemente ondulado rápido negativo negativo
Acima de 40 22 625,3 10,09 montanhoso excepcional insuficiente insuficiente
Total 195 6194,3 100,00 - - - -
Fonte: Elaborada pelo autor.
90
5.2.4 – Limite geométrico da rede de drenagem
O limite geométrico da rede de drenagem das sub-bacias teve valor médio
de 9,1 Km2 e frequência na densidade de drenagem de 0,90 canal/km2 (Tabela
11). Em 158 casos esse limite foi baixo, confirmando de modo geral, que as áreas
estudadas são mal drenadas. Considera-se que a área seja bem drenada quando
essa densidade de drenagem é igual ou superior a 1. Abaixo desse valor a área
da sub-bacia passa a ser considerada mal drenada. Não está sendo considerada
nessa análise a capacidade de influência dos solos no processo de escoamento
superficial nas sub-bacias.
Tabela 11 – Classificação do limite geométrico da rede de drenagem das sub-
bacias do Pajeú, em função da situação física e topográfica.
Intervalos de
Classes (Km²)
Número de
canais (média)
Número de
casos
Compriment
o médio das
sub-bacias
(Km)
Largura
média das
sub-bacias
(Km)
Declividade
minima na
área (%)
Declividade
máxima na
área (%)
Frequencia da
densidade
(canal/Km²)
Limite
geométrico
(Km²)
Classificação
19 - 20 17,4 25 7,4 3,3 1,18 15,3 0,90 4,5 baixo
21 - 25 24,1 55 8,1 3,7 1,27 23,7 0,90 5,3 baixo
26 - 30 14,7 38 9,2 3,9 1,72 25,1 0,90 6,4 baixo
31 - 35 16,7 27 10,4 3,9 1,45 22,9 0,90 7,5 baixo
36 - 40 20 13 10,8 4,3 1,58 22,3 0,90 8,3 baixo
41 - 45 19,8 16 12,3 4,5 1,33 28,3 0,90 9,5 médio
46 - 50 23,3 3 12,8 4,6 1,22 19,7 0,90 10,6 médio
51 - 55 26,5 8 13,7 4,6 1,50 27,2 0,90 11,7 alto
56 - 60 27 4 15,4 4,6 1,51 24,4 0,90 13,3 alto
61 - 65 30 3 14,9 5,1 1,38 16,7 0,90 13,8 alto
66 a 80 34,6 3 15,1 6,2 1,00 10,1 0,90 16,9 alto
Média 22,4 195 11,5 4,4 1,4 20,6 0,90 9,1 -
Fonte: Elaborada pelo autor.
Com os valores da Tabela 11, para os limites geométricos da drenagem
nas áreas estudadas, foram calculados os raios de influências das redes de
drenagem. Das 195 sub-bacias, 111 casos tiveram valores negativos, indicando
baixa possibilidade de manter as áreas úmidas. Em 84 casos, os valores foram
positivos, indicando maior influência da declividade e características físicas das
sub-bacias na manutenção das áreas úmidas (Figura 28). Esses casos possuem
áreas mais rebaixadas e de relevo plano a suavemente ondulado, junto a calha do
canal principal.
91
Figura 28 – Distribuição das sub-bacias de terceira ordem na bacia do
Pajeú, em função da umidade.
Fonte: Elaborado pelo autor.
5.2.5 – Volume de água escoado dentro das sub-bacias
Os volumes escoados dentro das áreas foram obtidos com o cálculo da
chuva vazão e da curva número. Para o cálculo da chuva vazão (Q), ou
escoamento superficial direto, foram admitidas duas situações de cobertura do
solo. A primeira, com solo coberto por vegetação de caatinga e a segunda com
solos cultivados. O valor da curva número (CN) para o primeiro caso foi 83, com
tipo de solo “B” para as áreas mais úmidas e CN igual a 90,2 com tipo de solo “C”
para as áreas mais secas.
Nessas situações, a chuva vazão (Q) necessária para o escoamento
superficial direto nas áreas de estudo varia de 565,6 mm a 592 mm, admitindo-se
a média histórica da precipitação de 647 mm/ano para 45 anos de dados. O Ia,
que é uma referência às perdas iniciais de água por infiltração, foi de 10,1 mm
para CN igual a 83 e de 5,5 mm para CN igual a 90,2.
92
Para o valor do armazenamento potencial máximo do solo (S), na situação
de CN igual a 83, o valor foi de 52,1 mm e, para a CN igual a 90,2, o valor foi de
27,6 mm. Esses resultados mostram a importância da cobertura da terra no
armazenamento da água das chuvas no solo e suas variações refletem as perdas
potenciais para as sub-bacias. Além disso, contribuíram para a identificação do
escoamento superficial nas áreas das sub-bacias, cujas consequências podem
ser observadas na erosão efetiva dos solos a partir da declividade do terreno.
Em áreas de solos mal drenados e rasos, de relevo ondulado a fortemente
ondulado, foi observado um escoamento superficial muito irregular, variando de
moderado a rápido, em função do tipo de cobertura e características do terreno.
Nas áreas mais rebaixadas de relevo plano a suavemente ondulado, o
escoamento superficial é baixo ou muito baixo e os solos são mais desenvolvidos
e profundos. Os resultados obtidos estão diretamente relacionados a forma de
uso da terra, a pouca manutenção de cultivos permanentes e ao desaparecimento
da boa parte da vegetação nativa nas sub-bacias.
Das 195 áreas, em 65% dos casos a declividade máxima varia de 13 a
40%, justificando a perda potencial das águas das chuvas por conta do
escoamento superficial. Além disso, a baixa capacidade de ocupação do solo com
cultivos permanentes tem levado muitos produtores da região a mudarem a forma
de uso da terra, substituindo áreas antes ocupadas por cultivos e vegetação
nativa por pastagens. Essas áreas ficam com solo exposto a maior parte do ano,
por conta do déficit hídrico gerado pela baixa precipitação.
5.3 – Caracterização das sub-bacias hidrográficas e suas áreas de várzeas no
semiárido, em função dos parâmetros morfométricos.
A rede de drenagem nas sub-bacias hidrográficas influencia de modo direto
as alterações que ocorrem no interior das grandes bacias e, passam a refletir
suas mudanças, principalmente quando condicionadas por processos naturais ou,
em decorrência de atividades humanas. Mudanças na estrutura, forma e
93
tamanho, ou mesmo, perda de alguns dos canais, faz dela um bom indicador das
condições ambientais das grandes bacias.
A partir da compreensão e importância da rede de drenagem foram
analisadas as características físicas e caracterizado as áreas de cada sub-bacia.
Inicialmente, com a hierarquização dos canais nas redes de drenagem, depois
estratificando suas ocorrências em ordem, número e comprimento. O resultado
permitiu uma maior compreensão da rede de drenagem, em função da densidade
e da capacidade de drenagem em cada sub-bacia.
Na análise dos parâmetros morfométricos foram considerados como canais
de drenagem todos aqueles perceptíveis a partir das imagens do SRTM e
definidos no MNT com a extração da rede de drenagem. Esse procedimento
permitiu analisar o escoamento das águas de chuvas, independentemente da sua
condição, se perene ou intermitente.
A determinação dos parâmetros morfométricos relativos às redes de
drenagem foi feita de acordo com o grau de importância na caracterização física
das sub-bacias, identificando-se as variáveis que mais influenciam na formação
dos ambientes de várzeas, principalmente por se tratar de uma área dentro do
semiárido, onde a disponibilidade de água é um fator limitante. As informações
obtidas foram classificadas e modeladas em ambiente computacional, devido a
maior praticidade no trato com grandes volumes de informações, rapidez e
acurácia dos dados na espacialização dos resultados.
A maior parte das 195 sub-bacias teve rede de drenagem de 11 a 25
canais. Esse resultado é um reflexo direto do tamanho, grau de dissecação do
relevo e características físicas das áreas. Entre os dados, foram observados
valores que caracterizam a maior e a menor ocorrência dos ambientes de
várzeas. Das 352 áreas de várzeas identificadas nas sub-bacias, 81% dos casos
ocorrem nesse intervalo (Tabela 12).
94
Tabela 12 – Representação do número de canais e áreas de
várzeas identificadas nas sub-bacias do Pajeú, em
função da área drenada.
Número de
Canais
Número de
casos
Área drenada
(km²)
Total de canais
nas sub-bacias
Representação
entre as sub-
bacias (%)
Número de
várzeas
7 a 10 25 574,6 223 9,28 39
11 a 15 79 2025,8 1014 32,70 136
16 a 20 52 1712,5 920 27,64 93
21 a 25 25 1062,6 548 17,15 56
26 a 30 7 399,1 197 6,44 14
30 a 35 4 216,3 129 3,49 8
35 a 40 3 203,8 110 3,29 6
Total 195 6194,7 3141 100,00 352
Fonte: Elaborada pelo autor.
As características físicas das sub-bacias apresentam uma relação direta
com a formação dos ambientes de várzeas (352 casos) e contribuem para maior
distribuição das áreas ocupadas por elas, em função da sua maior relação nas
classes com áreas menores que 35 km2 (Tabela 13).
Tabela 13 – Distribuição do número de várzeas, em função da área e
características físicas das sub-bacias do Pajeú.
Intervalos
de Classes
(Km²)
Número de
casos
Distância
média entre as
menores cotas
e o canal (m)
Distância
média entre
rampas (m)
Comprimento
médio das sub-
bacias (Km)
Largura média
das sub-bacias
(Km)
Declividade
minima na área
(%)
Número de
várzeas
Área total das
várzeas (Km²)
19 - 20 25 332,9 1635,2 7,4 3,3 1,18 39 31,2
21 - 25 55 306,3 1716,2 8,1 3,7 1,27 87 76,9
26 - 30 38 297,3 2274,9 9,2 3,9 1,72 73 53,1
31 - 35 27 221,6 1035,5 10,4 3,9 1,45 44 49,5
36 - 40 13 218,8 813,6 10,8 4,3 1,58 26 25,3
41 - 45 16 179,6 1107,3 12,3 4,5 1,33 35 34,5
46 - 50 3 126,2 372,4 12,8 4,6 1,22 7 8,9
51 - 55 8 153,8 295,6 13,7 4,6 1,50 18 26,1
56 - 60 4 173,2 637,0 15,4 4,6 1,51 10 17,2
61 - 65 3 120,9 813,1 14,9 5,1 1,38 8 8,1
65 a 80 3 94,2 777,7 15,1 6,2 1,00 5 12,5
Total 195 187,6 886,0 11,5 4,4 1,4 352 343,3
Fonte: Elaborada pelo autor.
Nos resultados obtidos para o número de várzeas, 160 áreas estão
relacionadas as classes de sub-bacias com áreas que varia de 21 a 30 km2. Esse
fato pode ser relacionado ao maior comprimento das rampas e declividade.
95
O grau de meandrização foi outra informação obtida para caracterização
física das sub-bacias. Em 149 casos o grau de meandrização foi considerado de
baixo a alternado, indicando que a dissecação nestas áreas é baixa. Esse
resultado pode ser relacionado diretamente ao índice de bifurcação (Tabela 14) e,
por extensão, ao número de canais das sub-bacias. Nos casos das sub-bacias
com índice de bifurcação maior que 4, o grau de dissecação vai de médio a forte,
influenciando diretamente o grau de meandrização dos canais.
Tabela 14 – Classificação da dissecação e grau de meandrização nas sub-bacias
hidrográficas, em função da bifurcação.
BifurcaçãoNúmero de
casos
Área
drenada
(Km²)
Representação da
área drenada nas
sub-bacias (%)
Grau de
dissecação
Grau de
meandrização
1 a 2 86 2544,1 41,07 baixo baixo
2 a 3 63 1981,1 31,98 médio alternado
3 a 4 33 1303,3 21,04 moderado moderado
4 a 5 10 265,1 4,28 forte severo
5 a 6 3 101,1 1,63 excepcional excepcional
Total 195 6194,7 100,00
Fonte: Elaborada pelo autor.
As sub-bacias hidrográficas apresentam valor médio do coeficiente de
manutenção de 1.297 m/m2, reflexo do tamanho da área e do comprimento dos
canais. Esse índice reflete a área mínima necessária para que cada sub-bacia
possa manter um canal perene. Porém, depende muito da condição morfológica
e, de modo particular, da declividade do terreno. A condição morfológica pode ser
avaliada em função de muitos fatores e de algumas variáveis, como a rugosidade
(Tabela 15) e a declividade (Tabela 16), cujos resultados podem ser tomados
como referências para a classificação do relevo e da declividade.
Tabela 15 – Classificação do relevo e grau de dissecação nas sub-bacias.
RugosidadeNúmero de
casos
Área
ocupada
(Km²)
Representação
entre as sub-
bacias (%)
Classificação Relevo dominanteGrau de
dissecação
Áte 3 2 46,6 0,75 muito baixa plano muito baixo
3 a 8 35 944,4 15,25 baixa suave ondulado baixo
8 a 13 48 1517,9 24,50 média moderadamente ondulado médio
13 a 20 52 1652,5 26,68 moderada ondulado moderado
20 a 45 56 1990,6 32,13 forte forte-ondulado forte
Acima de 45 2 42,7 0,69 excepcional montanhoso excepcional
Total 195 6194,7 100,00 - - -
Fonte: Elaborada pelo autor.
96
A área apresentou 83% das sub-bacias com rugosidade de média a forte
que, na classificação adotada para relevo dominante, vai de moderadamente
ondulado a forte ondulado, com grau de dissecação de médio a forte. As áreas
que tiveram classificadas de baixa a muito baixa somaram 16%, indicando uma
condição de relevo plano a suavemente ondulado, corroborando a análise do
índice de bifurcação. Esta situação não muda muito quando avaliado o gradiente
de declividade (Tabela 16), com 66% das áreas delimitadas pelas sub-bacias
classificadas com relevo variando de moderadamente ondulado a forte-ondulado
e 33% de plano a suavemente ondulado.
Tabela 16 – Classificação do relevo e do grau de dissecação, em função
da declividade nas sub-bacias do Pajeú.
Declividade
(%)
Número de
casos
Área
ocupada
(km²)
Representação
entre as sub-
bacias (%)
ClassificaçãoGrau de
dissecação
Áte 3 35 883,8 14,27 plano muito baixa
3 a 8 40 1180,9 19,06 suave ondulado baixa
8 a 13 26 847,7 13,68 moderadamente ondulado média
13 a 20 43 1461,6 23,59 ondulado moderada
20 a 45 49 1744,2 28,16 forte-ondulado forte
Acima de 45 2 76,5 1,23 montanhoso excepcional
Total 195 6194,7 100,00 - -
Fonte: Elaborada pelo autor.
Com a caracterização física das sub-bacias, foi realizado o diagnóstico das
áreas, com a finalidade de caracterizar os ambientes de várzeas. Dentre as sub-
bacias, 163 sub-bacias apresentaram áreas com até 10% no total de suas terras
ocupadas com áreas de várzeas, 24 sub-bacias com até 20%, 2 sub-bacias com
até 30% e 6 sub-bacias com até 1% (Tabela 17) e (Gráfico 5).
Tabela 17 – Distribuição das classes de cobertura do solo e
áreas de várzeas nas sub-bacias do Pajeú.
Área
Ocupada
(%)
Vegetação
natural
(nº)
Solo
exposto
(nº)
Áreas com
Pastagens
(nº)
Áreas com
Cultivos
(nº)
Áreas de
várzeas
(nº)
Até 1 14 - 3 4 6
1 a 10 28 6 86 111 163
10 a 20 34 34 48 54 24
20 a 30 30 26 41 10 2
30 a 40 34 18 13 9 -
40 a 50 29 14 2 4 -
50 a 60 14 34 1 2 -
60 a 70 6 23 1 1 -
Acima de 70 6 40 0 - -
Fonte: Elaborada pelo autor.
97
Gráfico 5 – Distribuição das áreas de várzeas em relação às áreas totais
nas sub-bacias do Pajeú.
Fonte: Elaborado pelo autor.
Essa informação pode ser relacionada à umidade capturada pelo sensor do
satélite durante o imageamento da área, uma vez que nas áreas de topografia
plana e menor declividade junto aos canais de drenagem, a disponibilidade de
água é maior, principalmente em função dos solos e de escoamento superficial,
que sustentam as áreas de várzeas, abastecem os açudes e os mananciais. Esse
resultado demonstra o quanto, no clima semiárido, é importante a identificação
dessas áreas para minimizar os impactos das estiagens do período de seco,
quando a disponibilidade de água tornar-se crítica. Não só para a cobertura das
paisagens, mas, sobretudo, para as atividades agrícolas.
A caracterização das áreas de várzeas foi realizada em função das
características físicas de cada sub-bacia, obedecendo à estratificação de suas
áreas em intervalos de classes já estabelecidos. A menor cota topográfica, a
declividade e a maior área úmida junto à calha dos canais de drenagem, foram as
variáveis limitantes para a caracterização dessas áreas no semiárido.
5.4 – Classificação e zoneamento das sub-bacias com base nas características
físicas e cobertura do solo.
Realizado o diagnóstico físico das áreas das sub-bacias, com base nas
informações relacionadas à rede de drenagem e as variáveis morfológicas, foi
possível caracterizar as áreas de ocorrências de várzeas nas sub-bacias do
6
163
24 2 0 0 0 0 0
0
50
100
150
200
Até 1 1 a 10 10 a 20 20 a 30 30 a 40 40 a 50 50 a 60 60 a 70 Acima de70
Núm
ero
de C
asos
Área (%)
98
Pajeú. Inicialmente, essas áreas foram identificadas, com base nas cotas
topográficas que não ultrapassassem a variação de 0 a 10 metros junto a calha
do canal principal, obedecendo a mudança de nível do terreno ao longo da rede
de drenagem de cada sub-bacia de terceira ordem. Posteriormente, com os dados
referentes a morfometria e morfologia, foi possível observar que as áreas de
várzeas estavam diretamente relacionadas as sub-bacias com menor variação na
declividade, nas quais havia domínio de relevo plano a suavemente ondulado.
Nas sub-bacias com menor variação de declividades, foi possível observar
maior presença de áreas úmidas, onde as áreas de várzeas são maiores e o solo
é mais utilizado com cultivos de subsistência. Essas áreas estão bem distribuídas
no médio e baixo Pajeú.
Como as variáveis físicas já haviam sido determinadas por parâmetros
morfométricos e morfológicos faltava conhecer os tipos de coberturas do solo nas
sub-bacias para caracterizar os ambientes de várzeas. Para tanto, foi necessário
aplicar a classificação proposta para a cobertura e uso do solo nas sub-bacias a
partir dos resultados das imagens geradas pelo índice EVI (Enhanced Vegetation
Index). A classificação para cada sub-bacia foi da seguinte forma: água, caatinga
arbórea densa, caatinga arbóreo-arbustiva, caatinga arbustiva aberta, solo
exposto, áreas de cultivos e áreas com pastagens conforme distribuição e
ocorrências (Tabela 18).
A distribuição das classes de cobertura do solo mostra que as áreas de
várzeas são as mais utilizadas, com 66% das terras ocupadas com algum tipo de
atividade produtiva (Tabela 18). A pequena presença de áreas úmidas, partir
dessas informações, é outro resultado que mostra a importância das áreas de
várzeas para o semiárido a com destaque. A grande presença da classe de solos
expostos é resultado das condições naturais da região e do clima semiárido
durante o período de estiagem (Gráfico 6).
99
Tabela 18 – Representação da distribuição dos tipos de
cobertura e uso do solo nas sub-bacias, áreas
de várzeas e bacia do Pajeú.
Nas áreas de
várzeas (%)
Nas áreas das
sub-bacias (%)
Na área da grande
bacia
Corpos de Água39,1 4,72 0,18 0,23
Solo Exposto7.110,26 24,04 45,48 42,61
Caatinga Arbórea1.409,41 1,72 11,38 8,45
Caatinga Arbóreo-
arbustiva 1.956,40 1,58 14,81 11,73
Caatinga
Arbustiva 363,72 0,39 2,13 2,18
Áreas com
pastagens 4534,89 20,84 14,86 27,18
Áreas de Cultivos1.271,85 46,70 11,15 7,62
Total16685,63 100,0 100,0 100,0
Classes de
Cobertura do Solo
Representação das Classes (%)
Área (Km²)
Fonte: Elaborado pelo autor.
A distribuição das classes de cobertura do solo (Tabela 18) mostra que as
áreas de várzeas são as mais utilizadas pelos agricultores da região do Pajeú,
com 46% das terras ocupadas com cultivos. O resultado de 24% para solo
exposto nas áreas de várzeas, 45% para toda a área de referência das sub-
bacias e de 42% para a área da grande bacia, foi um reflexo direto do período
seco (data de aquisição das imagens).
Gráfico 6 – Distribuição das áreas com solo exposto nas sub-bacias do Pajeú.
Fonte: Elaborado pelo autor.
6
34
26
18 14
34
23
40
0
10
20
30
40
50
1 a 10 10 a 20 20 a 30 30 a 40 40 a 50 50 a 60 60 a 70 Acima de70
Núm
ero
de C
asos
Classes de proporções de Solo exposto (%)
100
Outra informação importante, é a ocupação do solo pelas atividades de
cultivo (Gráfico 7) e pastagens (Gráfico 8) nas sub-bacias, percebendo-se o baixo
aproveitamento do solo para o desenvolvimento das atividades produtivas em
áreas fora dos ambientes de várzeas. Resultado que justifica o domínio das áreas
de solo exposto entre as sub-bacias. Das 195 sub-bacias estudadas, 111
apresentaram 10% de suas terras destinadas aos cultivos, seguidas por 54 com
até 20%, 19 com até 30% e 7 sub-bacias com expressivo aproveitamento de suas
áreas.
Gráfico 7 – Distribuição das áreas de cultivos no total das sub-bacias do
Pajeú, em função da área ocupada.
Fonte: Elaborado pelo autor.
Gráfico 8 – Distribuição das áreas destinadas a agropecuária no total das
sub-bacias do Pajeú, em função da área ocupada.
4
111
54
10 9 4 2 1 0 0
20
40
60
80
100
120
Até 1 1 a 10 10 a 20 20 a 30 30 a 40 40 a 50 50 a 60 60 a 70 Acima de70
Núm
ero
de C
asos
Classes de proporções de ocupação (%)
3
86
48 41
13 2 1 1 0
0
20
40
60
80
100
Até 1 1 a 10 10 a 20 20 a 30 30 a 40 40 a 50 50 a 60 60 a 70 Acima de70
Núm
ero
de C
asos
Classes de proporções de pastagens (%)
101
Entre as sub-bacias, 151 tiveram mais áreas de solo exposto que em
qualquer outra classe de cobertura. Esse resultado pode ser relacionado ao déficit
hídrico gerado com a seca e as baixas precipitações, que é muito comum na
região semiárida, principalmente por conta da concentração das chuvas em
apenas um período do ano.
Das 352 áreas de várzeas, 115 apresentaram áreas de cultivos, totalizando
171 km², que corresponde a pouco mais de 2,7% das terras das sub-bacias. Esse
resultado demonstra o quanto a bacia do Pajeú é subaproveitada para a
produção, em decorrência da falta de água e do clima semiárido da região.
Entre as 195 sub-bacias, 26 tiveram vegetação de caatinga representando
mais de 50% da área, havendo maior destaque para o tipo de caatinga arbóreo-
arbustiva. Essas áreas juntas representam apenas 8,5 % da área considerada
para todas as sub-bacias.
Nas Tabelas 19, 20 e 21 são apresentadas as informações que foram
consideradas neste estudo como resultados para o zoneamento das sub-bacias
de terceira ordem, a caracterização das áreas de várzeas e a distribuição das
suas características físicas, principalmente no que se refere à drenagem, a
declividade, a altitude e a cobertura do solo.
102
Tabela 19 – Zoneamento das sub-bacias hidrográficas da bacia do rio Pajeú com suas respectivas áreas de várzeas e tipos de
cobertura do solo.
(Km²) (%) (Km²) (%) (Km²) (%) (Km²) (%) (Km²) (%) (Km²) (%) (Km²) (%)
Sb-1 32,58 2 0,9 2,76 3,91 12,00 5,32 16,33 5,04 15,47 6,71 20,60 4,77 14,64 0,06 0,18 6,77 20,78
Sb-2 41,74 3 2,89 6,92 6,22 14,90 5,62 13,46 3,49 8,36 8,04 19,26 12,63 30,26 0,05 0,12 5,69 13,63
Sb-3 24,07 1 0,93 3,86 1,58 6,56 2,97 12,34 1,28 5,32 6,21 25,80 9,83 40,84 0,01 0,04 2,19 9,10
Sb-4 29,22 2 1,17 4,00 3,51 12,01 3,41 11,67 1,14 3,90 8,95 30,62 8,78 30,05 0,04 0,14 3,39 11,60
Sb-5 31,27 1 0,89 2,85 3,71 11,87 4,74 15,16 2,84 9,08 7,98 25,51 7,74 24,76 0,01 0,03 4,25 13,59
Sb-6 20,88 1 1,51 7,23 0,91 4,36 3,19 15,28 2,98 14,27 5,70 27,29 2,84 13,60 0,17 0,81 5,09 24,38
Sb-7 39,40 2 3,93 9,97 2,66 6,75 7,05 17,89 6,3 15,99 8,94 22,70 5,71 14,49 0,23 0,58 8,51 21,60
Sb-8 42,47 1 1,86 4,38 4,88 11,49 6,96 16,39 3,74 8,81 11,68 27,50 10,7 25,20 0,09 0,21 4,42 10,41
Sb-9 29,75 1 2,84 9,55 2,34 7,87 7,05 23,70 3,78 12,71 5,98 20,10 6,05 20,34 0,25 0,84 4,3 14,45
Sb-10 22,65 1 3,9 17,22 1,61 7,11 4,9 21,63 2,96 13,07 3,65 16,11 3,84 16,95 0,4 1,77 5,29 23,36
Sb-11 47,95 3 3,6 7,51 4,13 8,61 6,35 13,24 9,92 20,69 12,29 25,62 6,5 13,56 0,03 0,06 8,73 18,21
Sb-12 20,95 2 0,82 3,91 1,97 9,40 2,6 12,41 2,4 11,46 7,03 33,56 3,98 19,00 0,01 0,05 2,96 14,13
Sb-13 71,38 2 6,64 9,30 13,18 18,47 16,99 23,80 9,39 13,16 12,02 16,84 13,21 18,51 0,2 0,28 6,39 8,95
Sb-14 27,06 1 1,42 5,25 7,68 28,39 2,16 7,98 0,28 1,03 5,69 21,02 3,58 13,23 0 0,00 7,67 28,35
Sb-15 20,40 2 0,73 3,58 14,03 68,79 0,97 4,76 0,01 0,05 1,32 6,46 2,63 12,89 0 0,00 1,44 7,06
Sb-16 31,44 1 3,72 11,83 1,41 4,49 5,82 18,51 2,96 9,42 10,38 33,01 5,32 16,92 0,07 0,22 5,48 17,43
Sb-17 23,45 2 1,78 7,59 8,25 35,17 1,13 4,82 0,02 0,09 5,27 22,49 3,34 14,24 0 0,00 5,44 23,19
Sb-18 20,92 2 2,39 11,43 0,48 2,29 3,23 15,44 2,69 12,86 7,10 33,92 4,17 19,94 0 0,00 3,25 15,54
Sb-19 35,01 2 1,86 5,31 15,3 43,70 1,37 3,91 0,01 0,03 7,23 20,65 6,58 18,80 0,01 0,03 4,51 12,88
Sb-20 28,63 2 2,1 7,33 6,56 22,91 2,59 9,05 0,01 0,03 6,05 21,14 4,87 17,01 0 0,00 8,55 29,86
Sb-21 22,71 2 2,23 9,82 1,4 6,16 7,1 31,26 1,96 8,63 4,70 20,71 3,57 15,72 0 0,00 3,98 17,52
Sb-22 19,49 2 4,87 24,99 0,72 3,69 3,71 19,03 0,89 4,57 4,46 22,89 6,45 33,09 0,03 0,15 3,23 16,57
Sb-23 32,85 2 3,93 11,96 1,08 3,29 5,13 15,62 1,01 3,07 14,13 43,01 7,02 21,37 0 0,00 4,48 13,64
Sb-24 41,34 3 2,74 6,63 1,31 3,17 9,48 22,93 1,83 4,43 15,60 37,73 5,89 14,25 0 0,00 7,23 17,49
Sb-25 35,52 2 2,51 7,07 1,37 3,86 8,47 23,84 1,96 5,52 8,49 23,91 5,88 16,55 0,05 0,14 9,3 26,18
Sb-26 20,36 2 0,98 4,81 0,59 2,90 4,33 21,27 2,88 14,15 5,83 28,63 2,21 10,86 0 0,00 4,52 22,20
Sb-27 25,05 1 0,69 2,75 9,77 39,00 3,11 12,41 0 0,00 6,26 25,00 2,13 8,50 0 0,00 3,78 15,09
Sb-28 38,19 2 1,34 3,51 4,96 12,99 4,19 10,97 0 0,00 9,35 24,48 2,94 7,70 0,03 0,08 16,72 43,78
Sb-29 25,22 2 1,69 6,70 1,61 6,38 11,06 43,86 1,63 6,46 2,47 9,79 3,17 12,57 0 0,00 5,28 20,94
Sb-30 36,95 3 0,72 1,95 1,47 3,98 2,67 7,23 0,03 0,08 2,13 5,76 0,79 2,14 0,01 0,03 29,85 80,79
Sb-31 30,05 2 1,67 5,56 0,86 2,86 8,83 29,38 2,98 9,92 8,11 26,99 3,13 10,42 0 0,00 6,14 20,43
Sb-32 27,29 3 1,52 5,57 1,04 3,81 1,88 6,89 0,1 0,37 6,29 23,05 2,98 10,92 0 0,00 15 54,96
Sb-33 42,45 3 2,6 6,12 1,14 2,69 11,38 26,81 1,61 3,79 13,67 32,21 4,96 11,68 0,01 0,02 9,68 22,80
Sb-34 26,65 1 0,65 2,44 1,57 5,89 8,74 32,80 0,56 2,10 4,21 15,79 1,76 6,60 0,01 0,04 9,8 36,78
Sb-35 39,91 3 1,31 3,28 1,03 2,58 12,11 30,34 1,87 4,69 9,21 23,08 2,17 5,44 0,01 0,03 13,51 33,85
Sb-36 36,07 2 0,86 2,38 0,8 2,22 2 5,55 0 0,00 3,47 9,62 0,54 1,50 0 0,00 29,26 81,12
Sb-37 20,71 2 0,98 4,73 3,17 15,31 4,17 20,14 0,1 0,48 1,63 7,86 5,48 26,46 0 0,00 6,16 29,75
Sb-38 20,62 1 0,84 4,07 3,95 19,16 1,9 9,21 0,01 0,05 7,38 35,79 1,17 5,67 0 0,00 6,21 30,11
Sb-39 24,70 3 2,89 11,70 0,54 2,19 0,32 1,30 0 0,00 4,78 19,34 3,92 15,87 0 0,00 15,14 61,31
Sb-40 60,50 2 4,38 7,24 10,79 17,83 5,45 9,01 0,01 0,02 11,52 19,05 7,13 11,78 0,26 0,43 25,34 41,88
Áreas de Cultivos Corpos Hídricos Áreas sem CoberturaSub-
bacias
(ordem)
Áreas das
Sub-bacias
(Km²)
Número
de
Várzeas
Áreas
das
Várzeas
(Km²)
Representação
das Várzeas
nas Sub-bacias
(%)
Tipo de Cobertura do Solo nas Sub-bacias
Caatinga ArbóreaCaatinga Arbórea-
arbustivaCaatinga Arbustiva Áreas com Pastagens
103
Continuação.....
Sb-41 19,61 1 1,18 6,02 2,84 14,48 3,39 17,29 0,02 0,10 4,29 21,87 1,89 9,64 0 0,00 7,18 36,62
Sb-42 21,48 2 0,95 4,42 0,5 2,33 1,04 4,84 0 0,00 5,93 27,62 1,45 6,75 0 0,00 12,56 58,46
Sb-43 25,38 1 0,4 1,58 1,45 5,71 1,14 4,49 0 0,00 6,47 25,48 1,71 6,74 0 0,00 14,61 57,57
Sb-44 25,52 1 0,87 3,41 4,11 16,10 0,42 1,65 0 0,00 6,23 24,42 12,05 47,22 0 0,00 2,71 10,62
Sb-45 27,90 1 2,01 7,20 3,27 11,72 3,63 13,01 0,01 0,04 4,13 14,81 1,52 5,45 0 0,00 15,34 54,98
Sb-46 55,71 3 2,2 3,95 22,75 40,84 7,84 14,07 0,07 0,13 7,14 12,81 9,42 16,91 0,02 0,04 8,47 15,20
Sb-47 21,61 1 1,12 5,18 5,78 26,74 4,4 20,36 3,25 15,04 1,96 9,09 2,97 13,74 0 0,00 3,25 15,04
Sb-48 36,42 3 1,33 3,65 8,73 23,97 3,83 10,52 0,01 0,03 7,94 21,80 3,82 10,49 0 0,00 12,09 33,20
Sb-49 73,57 2 2,33 3,17 3,44 4,68 9,38 12,75 0,15 0,20 15,77 21,43 7,95 10,81 0 0,00 36,88 50,13
Sb-50 64,97 4 1,72 2,65 3,18 4,89 15,89 24,46 0,22 0,34 9,23 14,21 5,7 8,77 0 0,00 30,75 47,33
Sb-51 37,52 2 4,68 12,47 1,74 4,64 7,89 21,03 1,79 4,77 9,17 24,45 7,9 21,05 0,02 0,05 9,01 24,01
Sb-52 52,90 3 3,58 6,77 4,93 9,32 14,1 26,66 9,03 17,07 9,04 17,08 7,92 14,97 0 0,00 7,88 14,90
Sb-53 21,49 2 0,63 2,93 2,62 12,19 1,22 5,68 0 0,00 3,59 16,71 1,1 5,12 0 0,00 12,96 60,31
Sb-54 19,84 2 0,81 4,08 0,43 2,17 0,61 3,07 0 0,00 3,00 15,12 0,69 3,48 0 0,00 15,11 76,16
Sb-55 24,45 2 2,01 8,22 0,97 3,97 2,07 8,46 0,01 0,04 9,43 38,58 4,08 16,68 0,06 0,25 7,83 32,02
Sb-56 26,25 1 0,32 1,22 2,63 10,02 0,39 1,49 0 0,00 5,47 20,83 9,35 35,62 0 0,00 8,41 32,04
Sb-57 34,79 1 0,41 1,18 13,99 40,21 1,91 5,49 0,22 0,63 3,15 9,05 7,5 21,56 0 0,00 8,02 23,05
Sb-58 36,87 1 0,7 1,90 10,73 29,10 7,07 19,18 0,2 0,54 5,06 13,72 3,8 10,31 0 0,00 10,01 27,15
Sb-59 31,73 1 1,85 5,83 1,66 5,23 8,93 28,15 3,52 11,09 7,51 23,66 3,18 10,02 0 0,00 6,93 21,84
Sb-60 22,12 1 0,21 0,95 0,26 1,18 3,66 16,55 0,03 0,14 4,84 21,87 0,64 2,89 0 0,00 12,69 57,38
Sb-61 28,35 1 0,57 2,01 5,42 19,12 8,61 30,37 2,98 10,51 2,17 7,64 2,21 7,80 0 0,00 6,96 24,55
Sb-62 23,50 1 1,29 5,49 1,5 6,38 7,56 32,17 8,27 35,19 1,40 5,97 1,76 7,49 0 0,00 3,01 12,81
Sb-63 19,45 2 0,39 2,00 6,51 33,47 3,26 16,76 0 0,00 1,08 5,56 2,49 12,80 0 0,00 6,11 31,41
Sb-64 30,71 1 2,08 6,77 3,05 9,93 8,29 26,99 4,66 15,17 6,11 19,91 3,93 12,80 0,06 0,20 4,61 15,01
Sb-65 22,73 1 0,16 0,70 0,37 1,63 6,42 28,24 0,01 0,04 1,02 4,50 0,16 0,70 0 0,00 14,75 64,88
Sb-66 25,65 2 1,18 4,60 0,89 3,47 4,6 17,94 0,03 0,12 4,84 18,86 1,74 6,78 0 0,00 13,55 52,83
Sb-67 23,11 1 0,38 1,64 0,74 3,20 11,68 50,53 0,01 0,04 1,77 7,67 1,17 5,06 0 0,00 7,74 33,49
Sb-68 34,52 2 0,8 2,32 3,23 9,36 2,43 7,04 0 0,00 9,63 27,91 7,37 21,35 0 0,00 11,86 34,35
Sb-69 28,73 3 1,64 5,71 3,91 13,61 2,89 10,06 0,01 0,03 1,82 6,34 2,03 7,07 0 0,00 18,07 62,89
Sb-70 35,82 3 0,91 2,54 0,94 2,62 2,5 6,98 0 0,00 3,32 9,27 1,35 3,77 0 0,00 27,71 77,36
Sb-71 25,25 3 3,53 13,98 0,51 2,02 2,38 9,43 0,01 0,04 6,89 27,27 4,18 16,56 0,01 0,04 11,27 44,64
Sb-72 48,78 2 0,46 0,94 7,34 15,05 10,35 21,22 0,11 0,23 9,69 19,86 3,07 6,29 0 0,00 18,22 37,35
Sb-73 19,44 2 1,65 8,49 1,49 7,66 3,5 18,00 3,53 18,16 6,11 31,43 2,37 12,19 0 0,00 2,44 12,55
Sb-74 36,72 2 0,65 1,77 5,73 15,61 4,12 11,22 0,01 0,03 4,77 12,98 1,29 3,51 0 0,00 20,8 56,65
Sb-75 25,82 2 1,78 6,89 0,36 1,39 2,57 9,95 0,03 0,12 4,50 17,44 2,16 8,36 0 0,00 16,2 62,73
Sb-76 26,81 2 1,31 4,89 1,13 4,21 1,57 5,86 0,02 0,07 4,02 15,01 1,71 6,38 0,02 0,07 18,34 68,40
Sb-77 24,03 1 0,32 1,33 1,97 8,20 8,04 33,45 0,01 0,04 3,79 15,78 1,12 4,66 0 0,00 9,1 37,86
Sb-78 59,27 3 2,12 3,58 18,9 31,89 1,89 3,19 0 0,00 16,82 28,38 8,88 14,98 0 0,00 12,78 21,56
Sb-79 42,79 1 1,62 3,79 6,75 15,78 8,46 19,77 7,95 18,58 9,70 22,67 4,59 10,73 0,13 0,30 5,21 12,18
Sb-80 22,47 2 0,75 3,34 6,38 28,39 2,69 11,97 0,03 0,13 0,94 4,20 0,49 2,18 0 0,00 11,94 53,13
Sb-81 62,19 3 4,25 6,83 8,73 14,04 5,69 9,15 0,1 0,16 7,02 11,28 5,29 8,51 1,86 2,99 33,5 53,87
Sb-82 57,08 3 3,91 6,85 13,65 23,91 3,92 6,87 0,03 0,05 11,05 19,36 8,39 14,70 0,02 0,04 20,02 35,07
Sb-83 24,78 2 1,17 4,72 1,85 7,46 4,28 17,27 0,01 0,04 1,23 4,98 1,08 4,36 0 0,00 16,33 65,89
Sb-84 32,51 1 1,25 3,85 13,68 42,08 0,68 2,09 0 0,00 4,29 13,19 10,43 32,08 0 0,00 3,43 10,55
Sb-85 41,40 1 0,53 1,28 9,94 24,01 4,6 11,11 0,01 0,02 4,99 12,06 0,94 2,27 0 0,00 20,92 50,53
Sb-86 27,55 3 1,08 3,92 5,77 20,95 5,31 19,28 0 0,00 1,08 3,91 0,73 2,65 0 0,00 14,66 53,22
Sb-87 41,15 1 7,44 18,08 5,47 13,29 4,13 10,04 0,02 0,05 4,59 11,14 5,25 12,76 0,58 1,41 21,11 51,31
Sb-88 19,96 1 3,39 16,98 1,8 9,02 5,39 27,00 0,02 0,10 1,78 8,92 3,88 19,44 0 0,00 7,09 35,52
Sb-89 21,61 2 2,15 9,95 0,69 3,19 2,43 11,25 0,07 0,32 1,30 6,00 2,49 11,52 0 0,00 14,63 67,71
Sb-90 23,81 1 0,65 2,73 3,51 14,74 3,47 14,57 0 0,00 3,25 13,65 0,16 0,67 0 0,00 13,42 56,36
104
Continuação.... Sb-91 31,69 2 1,64 5,18 1,21 3,82 5,39 17,01 0,19 0,60 2,73 8,61 1,35 4,26 0 0,00 20,82 65,70
Sb-92 19,17 2 0,58 3,03 0,61 3,18 2,84 14,82 0 0,00 2,19 11,41 0,33 1,72 0 0,00 13,2 68,87
Sb-93 25,98 2 0,7 2,69 2,38 9,16 6,68 25,72 0 0,00 1,18 4,53 0,17 0,65 0 0,00 15,57 59,94
Sb-94 19,65 1 0,34 1,73 2,32 11,80 4,16 21,17 0 0,00 0,99 5,05 0,54 2,75 0 0,00 11,64 59,23
Sb-95 38,95 2 0,7 1,80 2,8 7,19 13,3 34,15 0,05 0,13 2,77 7,10 0,93 2,39 0 0,00 19,1 49,04
Sb-96 20,00 1 1,21 6,05 0,04 0,20 0,13 0,65 0 0,00 3,28 16,40 0,89 4,45 0,02 0,10 15,64 78,20
Sb-97 21,18 1 2,15 10,15 1,27 6,00 5,87 27,72 0,07 0,33 1,81 8,54 1,57 7,41 0 0,00 10,59 50,00
Sb-98 53,29 2 3,7 6,94 4,81 9,03 2,21 4,15 0,01 0,02 4,35 8,17 2,45 4,60 0 0,00 39,46 74,05
Sb-99 23,31 1 2,3 9,87 2,14 9,18 6,83 29,30 0,02 0,09 4,14 17,78 1,93 8,28 0 0,00 8,25 35,39
Sb-100 24,44 1 0,32 1,31 3,78 15,47 7,15 29,26 0 0,00 0,68 2,78 0,31 1,27 0 0,00 12,52 51,23
Sb-101 26,60 1 2,8 10,53 3,21 12,07 4,59 17,26 0,1 0,38 4,94 18,56 0,78 2,93 0 0,00 12,98 48,81
Sb-102 32,57 1 3,84 11,79 1,08 3,32 3,83 11,76 0,01 0,03 5,04 15,46 3,4 10,44 0 0,00 19,21 58,99
Sb-103 29,98 1 1,19 3,97 2,38 7,94 6,91 23,05 0,2 0,67 2,20 7,34 1,12 3,74 0,04 0,13 17,13 57,14
Sb-104 24,45 2 0,51 2,09 0,37 1,51 1,19 4,87 0 0,00 6,47 26,48 0,54 2,21 0 0,00 15,88 64,94
Sb-105 19,74 1 2,07 10,49 0,09 0,46 0,38 1,93 0 0,00 6,60 33,43 0,66 3,34 0 0,00 12,01 60,85
Sb-106 31,87 1 1,21 3,80 2,07 6,50 2,28 7,16 0,01 0,03 5,79 18,15 0,79 2,48 0 0,00 20,93 65,68
Sb-107 28,93 2 0,72 2,49 3,16 10,92 8,93 30,87 0,13 0,45 1,74 6,01 0,88 3,04 0 0,00 14,09 48,71
Sb-108 29,83 2 0,58 1,94 1,5 5,03 2,89 9,69 0 0,00 8,42 28,24 0,83 2,78 0 0,00 16,19 54,27
Sb-109 58,89 2 6,82 11,58 3,87 6,57 10,74 18,24 0,04 0,07 3,34 5,67 2,71 4,60 1,1 1,87 37,09 62,98
Sb-110 29,51 1 0,45 1,52 0,43 1,46 1,5 5,08 0,02 0,07 4,16 14,10 1,58 5,35 4,75 16,10 17,07 57,84
Sb-111 35,24 1 0,35 0,99 1,77 5,02 5,09 14,44 0 0,00 0,90 2,55 0,21 0,60 0 0,00 27,27 77,39
Sb-112 25,11 1 3,06 12,19 0,45 1,79 0,68 2,71 0 0,00 1,81 7,21 1,51 6,01 0 0,00 20,66 82,27
Sb-113 35,60 2 1,2 3,37 4,18 11,74 2,51 7,05 0,04 0,11 7,54 21,18 1,64 4,61 0 0,00 19,69 55,31
Sb-114 31,01 2 1,1 3,55 1,83 5,90 1,75 5,64 0,01 0,03 11,63 37,51 1,7 5,48 0 0,00 14,09 45,44
Sb-115 24,72 3 0,83 3,36 1,7 6,88 1,99 8,05 0,06 0,24 2,19 8,86 0,58 2,35 0 0,00 18,2 73,63
Sb-116 25,12 3 1,84 7,32 5,28 21,02 7,59 30,21 0,01 0,04 2,10 8,37 1,28 5,09 0 0,00 8,86 35,27
Sb-117 79,36 1 3,53 4,45 12,14 15,30 33,84 42,64 0,41 0,52 6,49 8,18 5,3 6,68 0 0,00 21,18 26,69
Sb-118 22,01 1 0,48 2,18 0,82 3,73 2,13 9,68 0 0,00 0,49 2,23 0,3 1,36 0 0,00 18,27 83,01
Sb-119 20,75 1 0,39 1,88 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1,99 9,61 0,33 1,59 0 0,00 18,43 88,80
Sb-120 27,41 3 1,24 4,52 0,58 2,12 2,13 7,77 0,02 0,07 4,17 15,22 0,6 2,19 0 0,00 19,91 72,63
Sb-121 19,56 1 0,27 1,38 1,63 8,33 2,43 12,42 0 0,00 0,96 4,92 0,24 1,23 0 0,00 14,3 73,10
Sb-122 29,67 2 1,21 4,08 0,41 1,38 0,9 3,03 0 0,00 5,04 17,00 0,33 1,11 0 0,00 22,99 77,47
Sb-123 36,77 2 0,47 1,28 10,32 28,07 18,82 51,19 0,08 0,22 0,75 2,03 2,29 6,23 0 0,00 4,51 12,27
Sb-124 25,11 2 1,45 5,77 0,16 0,64 0,25 1,00 0 0,00 1,21 4,81 1 3,98 0 0,00 22,49 89,57
Sb-125 23,07 1 0,24 1,04 10,08 43,69 7,91 34,28 0,03 0,13 0,11 0,48 1,27 5,50 0 0,00 3,67 15,91
Sb-126 24,97 1 2,42 9,69 0,2 0,80 1,03 4,13 0 0,00 1,92 7,69 1,35 5,41 0,01 0,04 20,46 81,94
Sb-127 27,23 3 2,1 7,71 4,81 17,66 7,26 26,66 0 0,00 1,33 4,89 1,15 4,22 0 0,00 12,68 46,56
Sb-128 39,54 1 4,91 12,42 0,07 0,18 0,09 0,23 0 0,00 2,97 7,52 2,45 6,20 0 0,00 33,96 85,88
Sb-129 26,38 2 1,13 4,28 6,12 23,20 9,74 36,92 0,11 0,42 2,14 8,11 2,65 10,05 0 0,00 5,62 21,30
Sb-130 35,74 1 1,26 3,53 13,77 38,53 3,51 9,82 0,09 0,25 4,98 13,93 5,93 16,59 0 0,00 7,46 20,87
Sb-131 47,25 2 4,82 10,20 6,25 13,23 18,93 40,06 0,14 0,30 6,19 13,10 6,96 14,73 0 0,00 8,78 18,58
Sb-132 28,60 2 0,53 1,85 2,66 9,30 3,51 12,27 0 0,00 1,66 5,79 0,4 1,40 0 0,00 20,37 71,23
Sb-133 34,52 2 3,22 9,33 0,55 1,59 0,82 2,38 0,01 0,03 1,23 3,55 1,78 5,16 0 0,00 30,13 87,29
Sb-134 22,98 1 2,19 9,53 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0,95 4,12 0,85 3,70 0 0,00 21,18 92,18
Sb-135 20,43 1 0,39 1,91 5,66 27,71 4,13 20,22 0,18 0,88 1,84 8,99 1,14 5,58 0 0,00 7,48 36,62
Sb-136 23,26 3 0,65 2,79 9,32 40,07 4,73 20,34 0,21 0,90 1,74 7,48 2,87 12,34 0,01 0,04 4,38 18,83
Sb-137 25,52 1 1,4 5,49 1,49 5,84 5,52 21,63 0,03 0,12 2,30 9,00 0,37 1,45 0 0,00 15,81 61,96
Sb-138 41,44 2 0,41 0,99 3,3 7,96 3,96 9,56 0 0,00 2,84 6,85 1,01 2,44 0 0,00 30,33 73,19
Sb-139 32,92 1 1,22 3,71 0,3 0,91 0,26 0,79 0,01 0,03 1,98 6,01 0,4 1,22 0,01 0,03 29,96 91,01
Sb-140 36,95 1 3,72 10,07 1,53 4,14 8,67 23,46 0,02 0,05 3,61 9,77 2,61 7,06 0 0,00 20,51 55,50
105
Continuação.... Sb-141 27,58 1 3 10,88 1,26 4,57 0,97 3,52 0,03 0,11 1,76 6,37 0,97 3,52 0 0,00 22,59 81,92
Sb-142 30,14 3 1,71 5,67 0 0,00 0 0,00 0 0,00 7,03 23,33 0,72 2,39 0 0,00 22,39 74,28
Sb-143 26,68 3 0,58 2,17 4,43 16,60 3,01 11,28 0,06 0,22 2,72 10,19 8,9 33,36 0,01 0,04 7,55 28,30
Sb-144 41,37 2 2,91 7,03 0,4 0,97 0,41 0,99 0 0,00 2,36 5,70 1,42 3,43 0 0,00 36,78 88,90
Sb-145 29,15 2 2,71 9,30 0,23 0,79 0,3 1,03 0,01 0,03 2,48 8,52 1,07 3,67 0 0,00 25,06 85,96
Sb-146 29,09 4 1,28 4,40 5,93 20,38 2,91 10,00 0,12 0,41 2,16 7,43 14,03 48,23 0 0,00 3,94 13,54
Sb-147 25,78 1 2,5 9,70 0,05 0,19 0,12 0,47 0 0,00 9,07 35,19 1,55 6,01 0,01 0,04 14,98 58,10
Sb-148 62,83 1 2,22 3,53 10,05 16,00 18,3 29,13 0,05 0,08 1,19 1,89 1,82 2,90 0 0,00 31,42 50,01
Sb-149 30,09 2 0,72 2,39 4,59 15,25 2,45 8,14 0,03 0,10 4,14 13,77 14,8 49,18 0 0,00 4,08 13,56
Sb-150 26,94 3 0,89 3,30 4,74 17,60 7,07 26,25 0,01 0,04 0,23 0,84 10,18 37,79 0 0,00 4,71 17,49
Sb-151 44,69 3 1,25 2,80 6,95 15,55 10,18 22,78 0,02 0,04 2,04 4,56 1,51 3,38 0 0,00 23,99 53,68
Sb-152 42,91 3 1,36 3,17 8,71 20,30 5 11,65 0,13 0,30 1,01 2,35 24,52 57,15 0 0,00 3,54 8,25
Sb-153 41,40 3 1,71 4,13 1,64 3,96 2,51 6,06 0 0,00 2,35 5,68 1,59 3,84 0,02 0,05 33,29 80,41
Sb-154 42,80 3 1,9 4,44 0,19 0,44 4,36 10,19 0 0,00 10,01 23,39 2,5 5,84 0,1 0,23 25,64 59,90
Sb-155 27,58 1 2,74 9,93 4,03 14,61 4,6 16,68 0,04 0,15 0,92 3,35 1,47 5,33 0 0,00 16,52 59,89
Sb-156 32,71 2 1,16 3,55 5,13 15,69 7,63 23,33 0,01 0,03 0,55 1,67 0,78 2,38 0 0,00 18,61 56,90
Sb-157 24,22 1 1,56 6,44 3,72 15,36 2,43 10,03 0,04 0,17 1,51 6,25 13,12 54,16 0 0,00 3,4 14,04
Sb-158 52,50 1 7,48 14,25 0,29 0,55 0,32 0,61 0,09 0,17 5,26 10,01 4,05 7,72 0,03 0,06 42,46 80,88
Sb-159 32,84 3 2,95 8,98 1,21 3,68 0,5 1,52 0 0,00 1,18 3,60 1,8 5,48 0 0,00 28,15 85,72
Sb-160 32,42 2 1,21 3,73 8,31 25,63 0,59 1,82 0,04 0,12 0,39 1,21 21,87 67,46 0,07 0,22 1,15 3,55
Sb-161 25,34 1 0,23 0,91 9,57 37,77 9,29 36,66 0,02 0,08 0,40 1,58 0,28 1,10 0 0,00 5,78 22,81
Sb-162 30,71 2 0,37 1,20 2,3 7,49 5,46 17,78 0 0,00 1,04 3,39 2,24 7,29 0 0,00 19,67 64,05
Sb-163 29,73 3 1,11 3,73 0,01 0,03 0,03 0,10 0 0,00 15,29 51,42 1,38 4,64 0,06 0,20 12,96 43,60
Sb-164 19,70 2 1 5,08 1,22 6,19 0,93 4,72 0 0,00 0,38 1,92 1 5,08 0 0,00 16,17 82,09
Sb-165 25,36 2 0,72 2,84 0,19 0,75 1,31 5,17 0 0,00 8,58 33,82 2 7,89 0 0,00 13,28 52,37
Sb-166 24,66 1 0,32 1,30 6,25 25,34 13,99 56,73 0,46 1,87 0,32 1,30 2,61 10,58 0 0,00 1,03 4,18
Sb-167 24,22 2 1,25 5,16 6,45 26,64 3,95 16,31 0,18 0,74 1,20 4,94 9,06 37,41 0 0,00 3,38 13,96
Sb-168 25,12 2 2,19 8,72 0,98 3,90 0,99 3,94 0,04 0,16 4,20 16,73 7,46 29,69 0 0,00 11,45 45,58
Sb-169 54,55 2 1,17 2,14 9,91 18,17 24,06 44,10 0,01 0,02 0,63 1,16 4,55 8,34 0,01 0,02 15,38 28,19
Sb-170 43,85 3 3,05 6,96 3,29 7,50 2,92 6,66 0,01 0,02 1,62 3,70 2,61 5,95 0,09 0,21 33,31 75,96
Sb-171 32,08 2 0,42 1,31 3,03 9,45 9,8 30,55 0 0,00 0,27 0,84 1,78 5,55 0 0,00 17,2 53,62
Sb-172 20,88 2 1,57 7,52 0,24 1,15 1,89 9,05 0,1 0,48 1,85 8,88 2,57 12,31 0 0,00 14,23 68,14
Sb-173 19,27 2 0,41 2,13 2,35 12,19 9,61 49,87 0 0,00 0,31 1,61 0,81 4,20 0 0,00 6,19 32,12
Sb-174 28,49 2 0,79 2,77 1,71 6,00 4,93 17,31 0 0,00 0,57 1,99 1,31 4,60 0 0,00 19,97 70,10
Sb-175 23,27 1 0,74 3,18 2,15 9,24 9,43 40,52 0,96 4,13 0,72 3,10 7,18 30,85 0 0,00 2,83 12,16
Sb-176 52,88 3 2,08 3,93 0,18 0,34 1,11 2,10 0,02 0,04 14,96 28,29 2,79 5,28 0,11 0,21 33,71 63,75
Sb-177 24,07 2 1,74 7,23 1,9 7,89 2,75 11,43 0 0,00 1,60 6,65 1,96 8,14 0 0,00 15,86 65,89
Sb-178 43,71 2 1,44 3,29 2,51 5,74 3,82 8,74 0 0,00 1,41 3,23 0,77 1,76 0 0,00 35,2 80,52
Sb-179 25,92 2 0,57 2,20 9,93 38,32 3,93 15,16 0 0,00 0,85 3,26 0,68 2,62 0 0,00 10,53 40,63
Sb-180 19,96 1 0,22 1,10 0,63 3,16 0,49 2,46 0 0,00 1,05 5,25 0,34 1,70 0 0,00 17,45 87,44
Sb-181 33,93 1 6,3 18,57 0,07 0,21 0,01 0,03 0 0,00 6,31 18,61 5,66 16,68 0,01 0,03 21,87 64,45
Sb-182 30,40 1 0,45 1,48 11,82 38,88 1,41 4,64 0,01 0,03 1,11 3,66 1,81 5,95 0 0,00 14,24 46,84
Sb-183 25,13 1 1,58 6,29 0,03 0,12 0,19 0,76 0,03 0,12 4,99 19,84 4,25 16,91 0 0,00 15,64 62,25
Sb-184 28,93 2 1,19 4,11 1,03 3,56 2,48 8,57 0 0,00 2,63 9,10 2,78 9,61 0 0,00 20,01 69,16
Sb-185 24,72 2 1,52 6,15 0,06 0,24 0,34 1,38 0 0,00 2,89 11,68 2,07 8,38 0 0,00 19,36 78,33
Sb-186 27,57 1 3,22 11,68 1,25 4,53 3,31 12,01 0,01 0,04 3,30 11,96 3,01 10,92 0 0,00 16,69 60,54
Sb-187 23,35 1 0,67 2,87 0,51 2,18 1,39 5,95 0,01 0,04 1,05 4,52 1,52 6,51 0 0,00 18,87 80,80
Sb-188 19,83 2 2,24 11,30 0 0,00 0,01 0,05 0 0,00 8,20 41,35 1,6 8,07 0 0,00 10,02 50,53
Sb-189 22,92 1 5,16 22,52 0,01 0,04 0,01 0,04 0,01 0,04 4,45 19,41 4,84 21,12 0 0,00 13,6 59,34
Sb-190 24,23 3 1,98 8,17 0,04 0,17 0,01 0,04 0 0,00 3,64 15,03 1,96 8,09 0,01 0,04 18,57 76,64
Sb-191 52,02 3 0,65 1,25 13,7 26,34 11,71 22,51 0,21 0,40 2,28 4,38 2,48 4,77 0 0,00 21,64 41,60
Sb-192 45,52 1 0,67 1,47 0,78 1,71 0,67 1,47 0 0,00 2,31 5,08 1,97 4,33 0 0,00 39,79 87,41
Sb-193 33,58 2 2,05 6,11 0,29 0,86 0,32 0,95 0 0,00 2,51 7,47 2,93 8,73 0,01 0,03 27,52 81,96
Sb-194 31,62 1 1,4 4,43 0,04 0,13 0,08 0,25 0 0,00 5,17 16,36 3,97 12,55 0 0,00 22,36 70,71
Sb-195 51,31 1 5,17 10,08 0,01 0,02 0,05 0,10 0 0,00 33,96 66,18 5,97 11,64 0,11 0,21 11,21 21,85
106
Tabela 20 – Quadro do zoneamento das sub-bacias hidrográficas da bacia do rio Pajeú com suas respectivas áreas de várzeas e
Dados Morfométricos.
(P) (L) (Li) (N) (B) (Dr) (Dd) (R) (Kc) (Ic) (Cm) (F) (Icn) (Ip)
Sb-1 32,58 2 0,9 2,76 25,26 7,165 4,76 23 3,00 0,706 0,769 13,08 1,25 0,642 2,21 0,635 54,18 2501,4
Sb-2 41,74 3 2,89 6,92 33,14 11,239 4,9 27 2,00 0,647 0,746 17,15 1,45 0,478 1,83 0,330 64,82 940,8
Sb-3 24,07 1 0,93 3,86 31,53 9,526 2,73 13 2,33 0,540 0,700 7,00 1,81 0,304 3,33 0,265 34,12 262,0
Sb-4 29,22 2 1,17 4,00 23,84 7,685 3,91 21 3,67 0,719 0,640 8,96 1,24 0,646 2,71 0,495 57,89 1510,5
Sb-5 31,27 1 0,89 2,85 29,14 9,363 3,78 21 3,67 0,672 0,699 17,46 1,47 0,463 2,34 0,357 53,74 1971,7
Sb-6 20,88 1 1,51 7,23 24,32 7,44 2,77 18 1,43 0,862 0,855 9,41 1,50 0,444 3,08 0,377 41,62 1267,2
Sb-7 39,40 2 3,93 9,97 34,38 12,598 3,9 27 2,00 0,685 0,746 12,68 1,54 0,419 1,74 0,248 64,81 301,1
Sb-8 42,47 1 1,86 4,38 35,27 13,297 3,77 29 3,00 0,683 0,759 16,70 1,53 0,429 1,73 0,240 68,48 404,3
Sb-9 29,75 1 2,84 9,55 25,42 7,392 4,32 23 2,40 0,773 0,869 12,16 1,31 0,579 2,21 0,544 49,38 1832,1
Sb-10 22,65 1 3,9 17,22 24,95 9,806 2,84 23 4,00 1,015 0,784 9,41 1,48 0,457 2,84 0,236 53,38 538,0
Sb-11 47,95 3 3,6 7,51 33,67 12,694 4,17 29 1,75 0,605 0,846 10,99 1,37 0,532 1,36 0,298 58,76 76,8
Sb-12 20,95 2 0,82 3,91 22,60 8,806 2,69 13 1,75 0,621 0,654 15,71 1,39 0,516 3,53 0,270 36,13 2255,0
Sb-13 71,38 2 6,64 9,30 45,03 12,85 5,84 56 3,22 0,785 0,834 20,03 1,50 0,442 0,95 0,432 122,96 633,5
Sb-14 27,06 1 1,42 5,25 28,29 9,821 3,17 21 1,57 0,776 0,724 15,94 1,53 0,425 2,54 0,281 52,15 1490,9
Sb-15 20,40 2 0,73 3,58 20,99 7,916 3,37 15 2,00 0,735 0,773 17,77 1,31 0,582 3,42 0,325 36,00 2850,4
Sb-16 31,44 1 3,72 11,83 30,02 10,778 3,55 23 1,20 0,732 0,736 10,31 1,51 0,438 1,99 0,271 56,13 495,2
Sb-17 23,45 2 1,78 7,59 27,27 7,281 4,1 19 1,43 0,810 0,875 12,25 1,59 0,396 2,74 0,442 40,92 1940,9
Sb-18 20,92 2 2,39 11,43 21,84 7,446 3,62 21 4,50 1,004 0,851 3,40 1,35 0,551 2,79 0,377 37,62 121,5
Sb-19 35,01 2 1,86 5,31 35,33 13,52 3,53 18 2,00 0,514 0,831 27,43 1,68 0,352 2,12 0,192 42,53 895,3
Sb-20 28,63 2 2,1 7,33 27,43 8,614 4,04 20 1,43 0,699 0,900 19,81 1,45 0,478 2,23 0,386 40,09 2194,9
Sb-21 22,71 2 2,23 9,82 24,71 7,077 3,69 17 1,50 0,748 0,936 9,36 1,46 0,468 2,56 0,454 35,12 1346,6
Sb-22 19,49 2 4,87 24,99 22,46 6,838 5,04 16 2,25 0,821 0,907 10,89 1,43 0,486 3,01 0,417 35,89 1896,4
Sb-23 32,85 2 3,93 11,96 29,54 9,718 4,28 20 2,20 0,609 0,764 9,93 1,45 0,473 1,85 0,348 49,95 696,5
Sb-24 41,34 3 2,74 6,63 35,32 13,026 3,6 26 1,86 0,629 0,731 9,50 1,55 0,417 1,46 0,244 61,20 86,2
Sb-25 35,52 2 2,51 7,07 28,74 8,709 4,81 23 6,00 0,647 0,703 4,92 1,36 0,540 1,70 0,468 58,30 282,9
Sb-26 20,36 2 0,98 4,81 21,76 8,356 2,92 13 2,33 0,639 0,623 4,36 1,36 0,541 2,98 0,292 37,67 362,5
Sb-27 25,05 1 0,69 2,75 24,92 7,196 5,19 15 1,60 0,599 0,793 19,83 1,40 0,507 2,74 0,484 35,27 4027,9
Sb-28 38,19 2 1,34 3,51 35,63 11,732 4,38 23 1,71 0,602 0,742 28,95 1,63 0,378 1,75 0,277 55,77 1923,5
Sb-29 25,22 2 1,69 6,70 23,93 5,946 4,84 17 2,25 0,674 0,924 5,54 1,34 0,554 2,45 0,713 35,44 1047,1
Sb-30 36,95 3 0,72 1,95 33,93 12,061 3,54 26 2,00 0,704 0,856 17,98 1,57 0,403 1,66 0,254 58,22 703,6
Sb-31 30,05 2 1,67 5,56 27,58 7,624 5,35 12 1,75 0,399 0,686 7,54 1,42 0,497 1,89 0,517 34,72 1252,5
Sb-32 27,29 3 1,52 5,57 26,03 8,25 3,67 11 2,00 0,403 0,608 6,68 1,41 0,506 2,10 0,401 33,02 976,2
Sb-33 42,45 3 2,6 6,12 28,48 8,395 5,59 29 2,50 0,683 0,770 10,00 1,23 0,658 1,41 0,602 67,72 1174,6
Sb-34 26,65 1 0,65 2,44 24,81 9,173 3,41 9 2,50 0,338 0,679 2,72 1,36 0,544 2,37 0,317 25,02 -164,6
Sb-35 39,91 3 1,31 3,28 32,06 11,102 4,56 31 2,00 0,777 0,798 6,38 1,43 0,488 1,49 0,324 61,46 39,1
Sb-36 36,07 2 0,86 2,38 32,71 12,41 3,49 24 2,40 0,665 0,812 9,74 1,54 0,424 1,59 0,234 51,97 149,2
Sb-37 20,71 2 0,98 4,73 20,74 6,065 3,2 13 2,33 0,628 0,691 21,42 1,29 0,605 3,47 0,563 34,50 7537,5
Sb-38 20,62 1 0,84 4,07 21,23 7,466 3,08 19 2,00 0,921 0,741 19,28 1,32 0,575 3,21 0,370 46,52 3874,4
Sb-39 24,70 3 2,89 11,70 25,67 6,563 3,43 17 1,80 0,688 0,769 10,00 1,46 0,471 2,21 0,573 40,66 2388,1
Sb-40 60,50 2 4,38 7,24 37,76 13,431 5,21 29 2,50 0,479 0,867 37,28 1,37 0,533 1,17 0,335 61,82 1463,7
Dados Morfométricos nas Sub-baciasSub-
bacias
(ordem)
Áreas das
Sub-bacias
(Km²)
Número
de
Várzeas
Áreas
das
Várzeas
(Km²)
Representação
das Várzeas
nas Sub-bacias
(%)
107
Continuação...
Sb-41 19,61 1 1,18 6,02 25,41 6,439 3,77 14 3,50 0,714 0,947 27,46 1,62 0,382 3,20 0,473 27,09 6184,6
Sb-42 21,48 2 0,95 4,42 22,24 7,297 3,62 17 1,67 0,791 0,816 14,69 1,35 0,546 2,70 0,403 43,13 2690,5
Sb-43 25,38 1 0,4 1,58 27,37 8,862 3,87 19 2,00 0,749 0,901 17,12 1,53 0,426 2,38 0,323 40,07 1719,3
Sb-44 25,52 1 0,87 3,41 22,56 6,964 3,47 10 3,00 0,392 0,461 27,19 1,26 0,630 3,47 0,526 42,39 1100,6
Sb-45 27,90 1 2,01 7,20 24,17 6,932 4,81 26 3,00 0,932 0,810 28,34 1,29 0,601 2,13 0,581 52,07 6453,7
Sb-46 55,71 3 2,2 3,95 36,85 10,079 6,89 37 2,11 0,664 0,781 38,28 1,39 0,516 1,28 0,548 84,77 3823,5
Sb-47 21,61 1 1,12 5,18 24,28 7,773 4,32 19 2,50 0,879 0,893 26,79 1,47 0,461 3,29 0,358 40,33 4125,3
Sb-48 36,42 3 1,33 3,65 29,42 10,65 5,51 23 2,40 0,632 0,797 28,68 1,37 0,529 1,77 0,321 52,73 2334,0
Sb-49 73,57 2 2,33 3,17 45,31 14,902 6,64 52 3,00 0,707 0,768 12,29 1,49 0,450 0,79 0,331 122,09 80,5
Sb-50 64,97 4 1,72 2,65 44,24 16,752 4,27 35 3,00 0,539 0,670 8,71 1,55 0,417 0,85 0,232 91,09 -146,8
Sb-51 37,52 2 4,68 12,47 30,65 10,526 4,35 27 2,14 0,720 0,765 8,42 1,41 0,502 1,59 0,339 68,04 342,8
Sb-52 52,90 3 3,58 6,77 46,47 17,255 3,5 27 1,75 0,510 0,693 20,78 1,80 0,308 1,26 0,178 68,87 177,6
Sb-53 21,49 2 0,63 2,93 27,39 9,395 3,84 13 1,40 0,605 0,743 19,32 1,67 0,360 2,85 0,243 32,50 2185,6
Sb-54 19,84 2 0,81 4,08 23,10 8,522 2,97 11 1,50 0,554 0,783 13,32 1,46 0,468 2,77 0,273 26,71 1690,8
Sb-55 24,45 2 2,01 8,22 23,18 7,883 4,07 17 1,50 0,695 0,649 5,84 1,32 0,572 2,11 0,394 46,78 878,3
Sb-56 26,25 1 0,32 1,22 29,54 11,44 2,78 15 2,00 0,571 0,744 22,31 1,63 0,378 2,61 0,201 37,12 1452,3
Sb-57 34,79 1 0,41 1,18 34,41 12,936 3,36 15 2,67 0,431 0,767 26,08 1,65 0,369 2,09 0,208 36,21 1171,8
Sb-58 36,87 1 0,7 1,90 33,53 11,617 3,39 20 1,43 0,542 0,760 29,63 1,56 0,412 1,85 0,273 45,62 2019,9
Sb-59 31,73 1 1,85 5,83 31,54 12,205 3,35 19 1,43 0,599 0,720 8,64 1,58 0,401 1,96 0,213 47,65 125,6
Sb-60 22,12 1 0,21 0,95 24,09 7,107 3,59 15 2,67 0,678 0,639 5,75 1,44 0,479 2,48 0,438 42,12 1191,8
Sb-61 28,35 1 0,57 2,01 27,95 8,554 4,15 23 2,00 0,811 0,765 27,55 1,48 0,456 2,70 0,387 54,43 3970,0
Sb-62 23,50 1 1,29 5,49 22,93 8,427 3,39 13 1,75 0,553 0,720 12,97 1,33 0,562 2,75 0,331 33,34 1784,7
Sb-63 19,45 2 0,39 2,00 21,02 7,304 3,02 15 2,00 0,771 0,785 50,24 1,34 0,553 3,82 0,365 35,56 1089,6
Sb-64 30,71 1 2,08 6,77 32,33 11,38 3,07 23 2,00 0,749 0,739 14,05 1,65 0,369 2,11 0,237 55,95 707,1
Sb-65 22,73 1 0,16 0,70 22,04 6,168 5,03 21 4,50 0,924 0,948 8,53 1,30 0,588 2,38 0,598 34,82 1785,7
Sb-66 25,65 2 1,18 4,60 23,02 8,117 3,47 13 1,75 0,507 0,693 14,56 1,28 0,608 2,01 0,389 34,41 2537,3
Sb-67 23,11 1 0,38 1,64 20,70 7,687 3,67 15 2,00 0,649 0,511 6,14 1,21 0,678 2,41 0,391 51,35 1430,8
Sb-68 34,52 2 0,8 2,32 39,23 14,583 2,86 15 2,00 0,434 0,697 20,20 1,88 0,282 1,92 0,162 39,17 543,7
Sb-69 28,73 3 1,64 5,71 23,15 6,615 4,94 21 1,83 0,731 0,876 27,16 1,22 0,674 1,97 0,657 44,98 6334,4
Sb-70 35,82 3 0,91 2,54 31,18 9,653 3,99 31 3,75 0,865 0,843 8,43 1,47 0,463 1,44 0,384 63,14 503,2
Sb-71 25,25 3 3,53 13,98 26,95 10,197 2,99 16 1,33 0,634 0,903 18,05 1,51 0,437 1,96 0,243 32,02 1283,5
Sb-72 48,78 2 0,46 0,94 36,06 13,059 4,68 31 3,20 0,636 0,722 21,66 1,46 0,471 1,20 0,286 76,07 1019,1
Sb-73 19,44 2 1,65 8,49 23,09 6,49 3,22 17 4,50 0,875 0,827 9,92 1,48 0,458 3,39 0,462 38,43 2149,0
Sb-74 36,72 2 0,65 1,77 28,80 8,187 4,61 37 1,58 1,008 0,728 31,32 1,34 0,556 1,61 0,548 89,68 5535,3
Sb-75 25,82 2 1,78 6,89 25,97 9,365 2,98 21 1,57 0,813 0,716 10,02 1,44 0,481 1,94 0,294 52,65 1016,3
Sb-76 26,81 2 1,31 4,89 31,15 9,065 2,34 13 1,75 0,485 0,673 19,52 1,70 0,347 2,17 0,326 35,27 2759,1
Sb-77 24,03 1 0,32 1,33 23,74 8,591 2,97 11 1,50 0,458 0,537 5,37 1,37 0,536 2,12 0,326 36,84 794,9
Sb-78 59,27 3 2,12 3,58 37,46 13,285 5,17 41 3,50 0,692 0,761 27,41 1,37 0,531 1,15 0,336 95,63 1139,8
Sb-79 42,79 1 1,62 3,79 33,84 12,825 4,05 25 1,86 0,584 0,807 21,78 1,46 0,470 1,62 0,260 56,56 791,5
Sb-80 22,47 2 0,75 3,34 21,64 7,343 3,35 13 1,40 0,578 0,675 19,59 1,29 0,604 2,61 0,417 35,17 4648,4
108
Continuação...Sb-81 62,19 3 4,25 6,83 41,96 14,161 5,56 48 3,57 0,772 0,839 36,08 1,50 0,444 0,89 0,310 105,56 1294,3
Sb-82 57,08 3 3,91 6,85 49,09 17,764 4 29 1,67 0,508 0,696 39,67 1,83 0,298 1,16 0,181 73,50 816,3
Sb-83 24,78 2 1,17 4,72 24,51 6,568 3,86 13 1,40 0,525 0,675 10,13 1,39 0,519 2,01 0,575 35,17 2907,2
Sb-84 32,51 1 1,25 3,85 28,99 10,409 3,62 19 2,50 0,584 0,917 32,08 1,43 0,486 2,33 0,300 39,59 2330,4
Sb-85 41,40 1 0,53 1,28 36,74 12,869 4,29 25 1,44 0,604 0,817 23,70 1,61 0,386 1,59 0,250 56,01 951,1
Sb-86 27,55 3 1,08 3,92 24,21 7,551 4,64 21 2,20 0,762 0,853 5,97 1,30 0,591 1,70 0,483 45,87 727,7
Sb-87 41,15 1 7,44 18,08 29,17 7,823 5,61 22 2,00 0,535 0,774 20,13 1,28 0,608 1,31 0,672 53,91 3568,4
Sb-88 19,96 1 3,39 16,98 20,89 6,928 4,09 17 2,25 0,852 0,858 12,87 1,32 0,575 2,41 0,416 37,38 2555,2
Sb-89 21,61 2 2,15 9,95 22,49 7,574 3,44 17 1,50 0,787 0,797 4,78 1,36 0,537 2,03 0,377 39,53 575,9
Sb-90 23,81 1 0,65 2,73 23,17 6,696 3,3 17 1,50 0,714 0,698 21,64 1,34 0,557 2,61 0,531 43,99 6094,0
Sb-91 31,69 2 1,64 5,18 26,65 9,106 4,48 23 1,71 0,726 0,770 17,72 1,33 0,561 1,63 0,382 54,14 2133,8
Sb-92 19,17 2 0,58 3,03 22,74 6,463 3,48 14 1,60 0,730 0,761 8,37 1,46 0,466 2,73 0,459 36,43 2053,4
Sb-93 25,98 2 0,7 2,69 24,21 8,25 3,64 15 2,67 0,577 0,743 19,32 1,34 0,557 2,45 0,382 37,15 3030,0
Sb-94 19,65 1 0,34 1,73 21,33 6,971 2,85 15 1,17 0,763 0,623 15,57 1,36 0,543 3,51 0,404 37,70 4334,6
Sb-95 38,95 2 0,7 1,80 28,82 9,773 4,62 26 2,00 0,668 0,650 14,30 1,30 0,590 1,30 0,408 72,69 1673,4
Sb-96 20,00 1 1,21 6,05 20,52 5,468 4,06 15 1,33 0,750 0,901 1,80 1,29 0,597 2,09 0,669 32,07 248,9
Sb-97 21,18 1 2,15 10,15 24,38 7,595 3,79 19 4,00 0,897 0,840 14,28 1,49 0,448 2,54 0,367 33,75 2317,1
Sb-98 53,29 2 3,7 6,94 39,78 15,37 4,27 39 2,22 0,732 0,812 25,18 1,54 0,423 0,97 0,226 86,57 602,2
Sb-99 23,31 1 2,3 9,87 20,34 5,586 4,32 17 1,80 0,729 0,675 11,47 1,19 0,708 2,13 0,747 45,26 4858,1
Sb-100 24,44 1 0,32 1,31 27,27 8,491 3,55 14 1,40 0,573 0,862 28,44 1,56 0,413 2,79 0,339 28,98 3747,2
Sb-101 26,60 1 2,8 10,53 26,29 8,684 3,46 17 1,00 0,639 0,743 29,72 1,44 0,484 2,53 0,353 37,15 4434,2
Sb-102 32,57 1 3,84 11,79 26,23 7,787 4,53 24 1,63 0,737 0,813 13,83 1,30 0,595 1,43 0,537 56,20 2223,6
Sb-103 29,98 1 1,19 3,97 23,82 6,903 4,68 21 1,83 0,700 0,759 13,67 1,23 0,664 1,97 0,629 50,19 3107,4
Sb-104 24,45 2 0,51 2,09 24,26 8,455 3,69 16 1,60 0,654 0,797 17,52 1,38 0,522 2,26 0,342 35,15 2417,5
Sb-105 19,74 1 2,07 10,49 20,12 6,391 3,64 16 1,80 0,811 0,867 6,94 1,28 0,613 2,44 0,483 37,07 1438,6
Sb-106 31,87 1 1,21 3,80 32,54 11,89 3,14 23 1,33 0,722 0,692 24,22 1,63 0,378 2,07 0,225 59,08 1635,7
Sb-107 28,93 2 0,72 2,49 26,62 8,091 3,72 21 1,83 0,726 0,774 13,93 1,40 0,513 1,90 0,442 49,44 2119,6
Sb-108 29,83 2 0,58 1,94 28,49 9,966 4,05 23 1,71 0,771 0,739 17,01 1,47 0,462 1,93 0,300 55,94 1625,7
Sb-109 58,89 2 6,82 11,58 47,29 16,892 4,07 44 1,77 0,747 0,818 16,36 1,74 0,331 0,79 0,206 99,03 120,9
Sb-110 29,51 1 0,45 1,52 27,96 10,863 3,13 19 3,33 0,644 0,769 22,31 1,45 0,474 1,57 0,250 45,17 1787,5
Sb-111 35,24 1 0,35 0,99 29,38 9,2 4,44 18 1,29 0,511 0,766 16,86 1,40 0,513 1,73 0,416 40,76 1859,2
Sb-112 25,11 1 3,06 12,19 27,51 9,131 3,52 16 1,60 0,637 0,884 15,91 1,55 0,417 1,92 0,301 32,50 1568,9
Sb-113 35,60 2 1,2 3,37 33,01 12,289 3,39 20 3,67 0,562 0,835 20,05 1,56 0,411 1,67 0,236 46,60 909,2
Sb-114 31,01 2 1,1 3,55 32,21 9,095 3,61 23 1,71 0,742 0,768 18,44 1,63 0,376 2,01 0,375 54,24 2171,4
Sb-115 24,72 3 0,83 3,36 24,70 8,908 3,07 11 2,00 0,445 0,623 18,06 1,40 0,509 2,00 0,312 32,32 2984,6
Sb-116 25,12 3 1,84 7,32 22,41 7,509 3,64 13 1,75 0,517 0,586 16,41 1,26 0,629 2,34 0,446 39,77 4225,9
Sb-117 79,36 1 3,53 4,45 61,12 17,481 5,9 49 3,29 0,617 0,773 15,46 1,93 0,267 0,70 0,260 103,48 -5,5
Sb-118 22,01 1 0,48 2,18 21,31 8,039 3,56 11 3,00 0,500 0,733 13,92 1,28 0,609 2,31 0,341 28,18 2340,0
Sb-119 20,75 1 0,39 1,88 22,41 7,473 3,18 14 2,33 0,675 0,694 6,24 1,39 0,519 1,98 0,372 34,39 1151,6
Sb-120 27,41 3 1,24 4,52 23,53 8,035 3,86 19 1,43 0,693 0,741 18,51 1,27 0,622 2,21 0,425 46,56 3132,3
109
Continuação...Sb-121 19,56 1 0,27 1,38 20,58 8,097 2,98 17 1,80 0,869 0,716 9,31 1,31 0,580 2,78 0,298 43,07 1362,9
Sb-122 29,67 2 1,21 4,08 27,93 10,997 3,43 19 2,00 0,640 0,838 19,28 1,45 0,478 1,79 0,245 42,26 1231,9
Sb-123 36,77 2 0,47 1,28 30,13 11,016 3,79 25 1,63 0,680 0,677 24,38 1,40 0,509 1,40 0,303 65,17 2226,6
Sb-124 25,11 2 1,45 5,77 23,88 6,428 4,04 17 4,50 0,677 0,914 10,96 1,34 0,553 1,66 0,608 35,71 2414,2
Sb-125 23,07 1 0,24 1,04 25,11 8,143 3,42 17 2,25 0,737 0,869 28,68 1,47 0,460 2,69 0,348 37,02 4166,7
Sb-126 24,97 1 2,42 9,69 22,75 7,763 4 18 1,75 0,721 0,883 11,49 1,28 0,607 1,81 0,414 28,45 1617,2
Sb-127 27,23 3 2,1 7,71 31,56 11,768 2,72 15 2,67 0,551 0,858 25,75 1,71 0,344 2,24 0,197 33,22 1406,3
Sb-128 39,54 1 4,91 12,42 30,23 9,038 5,8 22 3,00 0,556 0,802 11,23 1,36 0,544 1,10 0,484 52,44 1183,9
Sb-129 26,38 2 1,13 4,28 23,42 6,904 5,01 18 2,50 0,682 0,690 20,01 1,29 0,605 2,21 0,553 49,36 5354,1
Sb-130 35,74 1 1,26 3,53 29,88 7,971 5,05 27 2,00 0,755 0,866 39,85 1,41 0,503 1,89 0,562 49,48 6329,9
Sb-131 47,25 2 4,82 10,20 36,03 12,698 4,78 35 2,00 0,741 0,745 14,89 1,48 0,458 1,02 0,293 83,45 660,4
Sb-132 28,60 2 0,53 1,85 23,54 8,204 3,97 15 1,60 0,525 0,858 13,73 1,24 0,649 1,76 0,425 33,22 1777,2
Sb-133 34,52 2 3,22 9,33 29,15 10,925 3,58 31 3,75 0,898 0,791 20,56 1,40 0,511 1,37 0,289 66,30 1528,4
Sb-134 22,98 1 2,19 9,53 26,05 6,501 3,8 17 1,29 0,740 0,906 6,34 1,53 0,426 1,81 0,544 35,93 1206,3
Sb-135 20,43 1 0,39 1,91 23,55 8,741 2,69 13 2,33 0,636 0,662 33,12 1,47 0,463 3,21 0,267 35,76 5604,1
Sb-136 23,26 3 0,65 2,79 25,89 9,66 3 16 1,60 0,688 0,906 46,22 1,51 0,436 3,11 0,249 31,93 4525,3
Sb-137 25,52 1 1,4 5,49 24,34 7,72 4 13 1,75 0,509 0,655 10,48 1,36 0,541 2,12 0,428 36,09 2064,6
Sb-138 41,44 2 0,41 0,99 42,90 16,487 3,23 21 1,38 0,507 0,777 27,97 1,88 0,283 1,33 0,152 49,29 554,4
Sb-139 32,92 1 1,22 3,71 27,52 9,568 3,81 21 1,83 0,638 0,697 15,34 1,35 0,546 1,42 0,360 53,80 1803,1
Sb-140 36,95 1 3,72 10,07 27,62 9,916 4,33 21 1,67 0,568 0,776 9,31 1,28 0,609 1,16 0,376 44,86 730,4
Sb-141 27,58 1 3 10,88 24,66 6,971 4,11 17 1,80 0,616 0,844 11,82 1,32 0,570 1,80 0,567 37,83 2291,0
Sb-142 30,14 3 1,71 5,67 27,22 7,619 4,06 29 1,75 0,962 0,854 5,98 1,40 0,511 1,32 0,519 58,34 775,9
Sb-143 26,68 3 0,58 2,17 28,23 10,874 2,71 14 1,75 0,525 0,868 44,25 1,54 0,421 2,36 0,226 28,83 3403,1
Sb-144 41,37 2 2,91 7,03 39,31 13,036 3,64 29 3,00 0,701 0,880 22,88 1,72 0,337 1,19 0,243 61,14 860,0
Sb-145 29,15 2 2,71 9,30 26,58 9,813 3,41 19 3,00 0,652 0,724 22,46 1,39 0,519 1,68 0,303 42,66 2529,3
Sb-146 29,09 4 1,28 4,40 31,23 9,557 4,24 21 4,50 0,722 0,835 40,90 1,63 0,375 2,20 0,319 38,16 4464,8
Sb-147 25,78 1 2,5 9,70 26,01 6,096 4,33 17 2,25 0,659 0,889 5,34 1,44 0,479 1,43 0,694 36,41 1214,6
Sb-148 62,83 1 2,22 3,53 38,26 14,006 5,04 48 2,40 0,764 0,763 15,25 1,36 0,539 0,85 0,320 109,14 409,5
Sb-149 30,09 2 0,72 2,39 29,38 10,331 3,7 15 1,33 0,498 0,863 36,26 1,51 0,438 1,88 0,282 33,07 3105,2
Sb-150 26,94 3 0,89 3,30 27,29 10,193 3,34 15 1,60 0,557 0,704 33,08 1,48 0,455 2,54 0,259 38,84 3643,7
Sb-151 44,69 3 1,25 2,80 34,19 11,805 4,44 31 3,20 0,694 0,768 14,58 1,44 0,481 1,20 0,321 72,39 723,4
Sb-152 42,91 3 1,36 3,17 29,72 8,751 5,94 35 3,00 0,816 0,676 34,48 1,28 0,611 1,63 0,560 90,37 5729,7
Sb-153 41,40 3 1,71 4,13 31,09 11,12 5,64 25 2,75 0,604 0,807 12,92 1,36 0,539 1,12 0,335 47,84 733,9
Sb-154 42,80 3 1,9 4,44 34,14 12,392 3,94 25 2,17 0,584 0,724 8,69 1,47 0,462 0,92 0,279 61,64 321,4
Sb-155 27,58 1 2,74 9,93 23,45 7,835 4,19 23 1,71 0,834 0,836 23,41 1,26 0,631 1,98 0,449 50,81 3851,2
Sb-156 32,71 2 1,16 3,55 30,88 10,887 4,57 13 1,75 0,397 0,732 18,31 1,52 0,431 1,53 0,276 32,89 1469,2
Sb-157 24,22 1 1,56 6,44 20,15 6,529 4,27 17 3,50 0,702 0,738 31,00 1,15 0,750 2,51 0,568 32,68 9032,7
Sb-158 52,50 1 7,48 14,25 41,58 15,42 4,24 37 3,17 0,705 0,725 17,41 1,62 0,382 0,79 0,221 89,97 419,4
Sb-159 32,84 3 2,95 8,98 30,11 9,819 3,69 28 3,75 0,853 0,853 8,53 1,48 0,455 1,36 0,341 62,57 527,2
Sb-160 32,42 2 1,21 3,73 27,90 8,977 3,93 20 1,11 0,617 0,774 38,69 1,38 0,524 2,06 0,402 44,95 5284,5
110
Continuação....
Sb-161 25,34 1 0,23 0,91 22,01 7,967 3,62 20 3,33 0,789 0,749 11,98 1,23 0,657 2,15 0,399 46,16 1890,8
Sb-162 30,71 2 0,37 1,20 27,94 10,545 3,48 26 2,33 0,847 0,729 8,02 1,42 0,495 1,34 0,276 66,02 529,2
Sb-163 29,73 3 1,11 3,73 25,34 9,297 4,06 25 1,63 0,841 0,806 4,84 1,31 0,582 1,24 0,344 56,58 304,2
Sb-164 19,70 2 1 5,08 20,41 6,111 3,69 13 1,25 0,660 0,817 13,08 1,30 0,595 2,45 0,527 21,54 3714,5
Sb-165 25,36 2 0,72 2,84 25,73 8,987 3,14 13 3,50 0,513 0,724 5,80 1,44 0,481 1,55 0,314 33,18 550,5
Sb-166 24,66 1 0,32 1,30 24,15 9,24 2,95 18 1,67 0,730 0,723 10,85 1,37 0,531 2,15 0,289 47,46 1246,9
Sb-167 24,22 2 1,25 5,16 23,09 6,674 4,03 13 1,75 0,537 0,667 23,99 1,32 0,571 2,18 0,544 35,57 7362,2
Sb-168 25,12 2 2,19 8,72 22,58 7,472 4,66 18 2,00 0,716 0,784 17,24 1,27 0,619 1,74 0,450 44,50 3360,5
Sb-169 54,55 2 1,17 2,14 40,15 13,674 4,37 38 1,46 0,697 0,709 13,47 1,53 0,425 0,80 0,292 91,70 466,2
Sb-170 43,85 3 3,05 6,96 39,06 14,138 3,82 29 4,33 0,661 0,709 13,48 1,66 0,361 0,99 0,219 62,71 400,6
Sb-171 32,08 2 0,42 1,31 28,54 10,105 4,03 28 5,00 0,873 0,895 11,63 1,42 0,495 1,34 0,314 60,42 773,1
Sb-172 20,88 2 1,57 7,52 21,93 8,524 2,86 13 3,50 0,622 0,848 5,93 1,35 0,546 1,86 0,287 29,34 533,4
Sb-173 19,27 2 0,41 2,13 23,66 8,943 2,13 10 2,50 0,519 0,852 15,34 1,52 0,433 2,39 0,241 20,87 1700,6
Sb-174 28,49 2 0,79 2,77 29,38 10,24 3,35 19 4,00 0,667 0,796 9,55 1,55 0,415 1,44 0,272 35,18 664,4
Sb-175 23,27 1 0,74 3,18 23,87 8,4 3,29 11 2,00 0,473 0,752 6,02 1,40 0,513 1,65 0,330 27,58 703,8
Sb-176 52,88 3 2,08 3,93 35,49 12,16 4,62 37 1,90 0,700 0,725 4,35 1,38 0,528 0,69 0,358 89,99 25,8
Sb-177 24,07 2 1,74 7,23 26,00 9,781 3,06 11 3,00 0,457 0,671 5,37 1,49 0,448 1,64 0,252 30,32 396,2
Sb-178 43,71 2 1,44 3,29 37,91 11,006 4,66 28 2,80 0,641 0,822 11,50 1,62 0,382 1,11 0,361 60,06 585,8
Sb-179 25,92 2 0,57 2,20 35,44 15,573 2,59 17 1,50 0,656 0,884 29,18 1,96 0,259 2,40 0,107 36,55 550,7
Sb-180 19,96 1 0,22 1,10 22,57 8,057 2,71 12 2,50 0,601 0,754 5,28 1,42 0,492 2,23 0,307 22,94 598,3
Sb-181 33,93 1 6,3 18,57 32,85 9,464 4,53 26 1,30 0,766 0,811 5,67 1,59 0,395 1,02 0,379 56,35 391,5
Sb-182 30,40 1 0,45 1,48 28,42 10,878 3,48 19 1,67 0,625 0,990 40,59 1,45 0,473 2,21 0,257 37,58 2564,9
Sb-183 25,13 1 1,58 6,29 24,08 8,497 3,96 17 2,25 0,677 0,784 7,06 1,35 0,545 1,44 0,348 40,04 826,6
Sb-184 28,93 2 1,19 4,11 32,76 10,888 4,29 15 2,00 0,518 0,819 6,55 1,72 0,339 1,30 0,244 25,81 254,8
Sb-185 24,72 2 1,52 6,15 21,99 5,658 4,88 21 1,83 0,850 0,918 5,51 1,25 0,643 1,39 0,772 43,51 1494,2
Sb-186 27,57 1 3,22 11,68 27,27 10,738 2,82 16 2,25 0,580 0,730 8,75 1,46 0,466 1,36 0,239 42,42 590,7
Sb-187 23,35 1 0,67 2,87 26,31 11,144 2,73 9 2,50 0,385 0,801 9,61 1,54 0,424 1,93 0,188 21,87 466,3
Sb-188 19,83 2 2,24 11,30 24,23 7,722 3,7 13 1,75 0,656 0,970 3,88 1,53 0,425 1,74 0,333 26,65 310,8
Sb-189 22,92 1 5,16 22,52 25,71 8,093 3,35 21 3,67 0,916 0,843 3,37 1,51 0,436 1,44 0,350 46,30 260,7
Sb-190 24,23 3 1,98 8,17 24,76 9,425 3,13 15 1,75 0,619 0,703 4,92 1,42 0,497 1,60 0,273 34,01 368,0
Sb-191 52,02 3 0,65 1,25 40,22 13,061 4,37 30 3,00 0,577 0,771 30,83 1,57 0,404 1,27 0,305 67,65 1464,8
Sb-192 45,52 1 0,67 1,47 42,75 17,449 3,45 29 1,88 0,637 0,831 9,14 1,79 0,313 0,93 0,150 63,79 -108,7
Sb-193 33,58 2 2,05 6,11 31,89 11,292 3,53 21 5,00 0,625 0,827 8,27 1,55 0,415 1,14 0,263 42,70 344,3
Sb-194 31,62 1 1,4 4,43 30,45 11,267 3,7 23 4,00 0,727 0,795 7,15 1,53 0,429 1,13 0,249 52,81 299,0
Sb-195 51,31 1 5,17 10,08 33,74 12,414 4,76 35 2,38 0,682 0,810 4,86 1,33 0,566 0,66 0,333 82,38 19,3
111
Tabela 21 – Quadro do zoneamento das sub-bacias hidrográficas da bacia do rio Pajeú com suas respectivas áreas de várzeas e
Dados Topográficos.
Cotmax Cotmin Amplitude Variação Decliv. Max.decliv. Min. Hmed.
Sb-1 -37,2224 -7,3376 32,58 2 0,9 2,76 810 640 170 331 14,8 2,12 72
Sb-2 -37,2846 -7,3516 41,74 3 2,89 6,92 880 650 230 182 14,7 1,18 76
Sb-3 -37,3973 -7,3684 24,07 1 0,93 3,86 840 740 100 110 2,7 0,82 80
Sb-4 -37,4626 -7,3964 29,22 2 1,17 4,00 860 720 140 237 8,8 1,71 79
Sb-5 -37,3321 -7,4003 31,27 1 0,89 2,85 880 630 250 285 20,0 1,80 73
Sb-6 -37,0813 -7,4239 20,88 1 1,51 7,23 720 610 110 199 6,6 1,21 64
Sb-7 -37,1176 -7,4008 39,40 2 3,93 9,97 770 600 170 107 8,7 0,64 69
Sb-8 -37,4129 -7,4188 42,47 1 1,86 4,38 840 620 220 124 11,9 0,77 73
Sb-9 -37,3041 -7,4438 29,75 1 2,84 9,55 730 590 140 256 11,0 1,51 66
Sb-10 -37,3312 -7,4781 22,65 1 3,9 17,22 710 590 120 125 6,2 0,74 64
Sb-11 -37,0601 -7,4852 47,95 3 3,6 7,51 730 600 130 81 5,5 0,48 65
Sb-12 -37,5108 -7,4789 20,95 2 0,82 3,91 840 600 240 309 20,4 1,86 74
Sb-13 -37,4195 -7,4755 71,38 2 6,64 9,30 820 580 240 145 14,2 0,84 68
Sb-14 -37,5455 -7,5138 27,06 1 1,42 5,25 790 570 220 228 16,6 1,30 69
Sb-15 -37,6208 -7,5469 20,40 2 0,73 3,58 820 590 230 367 21,6 2,17 70
Sb-16 -37,3646 -7,5318 31,44 1 3,72 11,83 710 570 140 121 7,7 0,69 63
Sb-17 -37,5668 -7,5652 23,45 2 1,78 7,59 700 560 140 264 11,5 1,48 64
Sb-18 -37,2728 -7,5825 20,92 2 2,39 11,43 600 560 40 72 -2,1 0,40 58
Sb-19 -37,6858 -7,5995 35,01 2 1,86 5,31 910 580 330 181 20,1 1,05 74
Sb-20 -37,5893 -7,5984 28,63 2 2,1 7,33 770 550 220 296 19,2 1,63 64
Sb-21 -37,4045 -7,5957 22,71 2 2,23 9,82 650 550 100 200 6,4 1,10 58
Sb-22 -37,3435 -7,6163 19,49 2 4,87 24,99 670 550 120 257 9,5 1,41 59
Sb-23 -37,4848 -7,6000 32,85 2 3,93 11,96 680 550 130 138 7,7 0,76 61
Sb-24 -37,4372 -7,5803 41,34 3 2,74 6,63 680 550 130 77 5,8 0,42 60
Sb-25 -37,2590 -7,6302 35,52 2 2,51 7,07 640 570 70 92 1,5 0,53 60
Sb-26 -37,3106 -7,6577 20,36 2 0,98 4,81 640 570 70 100 1,6 0,57 61
Sb-27 -37,8357 -7,6685 25,05 1 0,69 2,75 800 550 250 483 27,1 2,66 69
Sb-28 -37,6454 -7,6672 38,19 2 1,34 3,51 910 520 390 283 28,8 1,47 67
Sb-29 -37,2597 -7,6895 25,22 2 1,69 6,70 650 590 60 170 0,2 1,00 62
Sb-30 -38,7495 -7,6770 36,95 3 0,72 1,95 740 530 210 144 13,0 0,77 62
Sb-31 -37,4989 -7,6940 30,05 2 1,67 5,56 640 530 110 189 7,5 1,00 57
Sb-32 -37,5883 -7,6836 27,29 3 1,52 5,57 640 530 110 162 6,9 0,86 57
Sb-33 -37,3991 -7,6915 42,45 3 2,6 6,12 670 540 130 184 9,1 1,00 60
Sb-34 -37,1783 -7,7135 26,65 1 0,65 2,44 640 600 40 48 -2,2 0,29 63
Sb-35 -37,4434 -7,7268 39,91 3 1,31 3,28 610 530 80 65 2,4 0,34 59
Sb-36 -38,8118 -7,7176 36,07 2 0,86 2,38 630 510 120 78 5,6 0,40 57
Sb-37 -38,6232 -7,7512 20,71 2 0,98 4,73 890 580 310 843 41,5 4,89 72
Sb-38 -37,9073 -7,7388 20,62 1 0,84 4,07 790 530 260 466 27,7 2,47 66
Sb-39 -37,6593 -7,7433 24,70 3 2,89 11,70 630 500 130 302 12,2 1,51 55
Sb-40 -37,8077 -7,7256 60,50 2 4,38 7,24 920 490 430 238 28,4 1,17 71
Dados Topográficos nas Sub-baciasLongitude Latitude
Sub-
bacias
(ordem)
Áreas das
Sub-bacias
(Km²)
Número
de
Várzeas
Áreas
das
Várzeas
Representação
das Várzeas nas
Sub-bacias (%)
112
Continuação...
Sb-41 -38,4303 -7,7706 19,61 1 1,18 6,02 810 520 290 699 37,0 3,64 63
Sb-42 -37,8462 -7,7663 21,48 2 0,95 4,42 690 510 180 338 17,7 1,72 58
Sb-43 -37,8793 -7,7838 25,38 1 0,4 1,58 700 510 190 242 15,7 1,23 60
Sb-44 -38,0500 -7,7787 25,52 1 0,87 3,41 1160 570 590 1217 76,5 6,93 89
Sb-45 -38,3588 -7,7870 27,90 1 2,01 7,20 830 480 350 728 43,6 3,50 60
Sb-46 -38,4942 -7,7973 55,71 3 2,2 3,95 1000 510 490 482 43,6 2,46 71
Sb-47 -37,5957 -7,8136 21,61 1 1,12 5,18 840 540 300 497 31,6 2,68 71
Sb-48 -37,9347 -7,8150 36,42 3 1,33 3,65 840 480 360 317 29,3 1,52 65
Sb-49 -38,7346 -7,7855 73,57 2 2,33 3,17 640 480 160 72 7,5 0,35 58
Sb-50 -38,7891 -7,7827 64,97 4 1,72 2,65 610 480 130 46 4,9 0,22 55
Sb-51 -37,5024 -7,8135 37,52 2 4,68 12,47 650 540 110 99 5,3 0,54 60
Sb-52 -37,5500 -7,7985 52,90 3 3,58 6,77 830 530 300 101 14,3 0,53 67
Sb-53 -37,7369 -7,8174 21,49 2 0,63 2,93 760 500 260 295 22,4 1,47 61
Sb-54 -37,7937 -7,8515 19,84 2 0,81 4,08 650 480 170 234 14,3 1,12 55
Sb-55 -38,8180 -7,8394 24,45 2 2,01 8,22 570 480 90 145 5,3 0,70 52
Sb-56 -37,6810 -7,8540 26,25 1 0,32 1,22 840 540 300 229 21,5 1,24 69
Sb-57 -37,6394 -7,8325 34,79 1 0,41 1,18 860 520 340 203 22,3 1,06 73
Sb-58 -38,6495 -7,8309 36,87 1 0,7 1,90 870 480 390 289 29,4 1,39 68
Sb-59 -37,4977 -7,8608 31,73 1 1,85 5,83 680 560 120 81 5,2 0,45 62
Sb-60 -38,8942 -7,8543 22,12 1 0,21 0,95 590 500 90 178 5,6 0,89 55
Sb-61 -37,3149 -7,8797 28,35 1 0,57 2,01 950 590 360 492 35,2 2,90 76
Sb-62 -37,4145 -7,8958 23,50 1 1,29 5,49 750 570 180 253 14,6 1,44 65
Sb-63 -38,0545 -7,8806 19,45 2 0,39 2,00 1100 460 640 1200 81,3 5,52 74
Sb-64 -37,5375 -7,8986 30,71 1 2,08 6,77 760 570 190 147 11,7 0,84 65
Sb-65 -38,8561 -7,9187 22,73 1 0,16 0,70 580 490 90 237 6,6 1,16 54
Sb-66 -38,3816 -7,9044 25,65 2 1,18 4,60 650 440 210 319 20,5 1,40 52
Sb-67 -38,8104 -7,9173 23,11 1 0,38 1,64 600 480 120 203 9,4 0,97 56
Sb-68 -37,7180 -7,9042 34,52 2 0,8 2,32 820 530 290 136 16,3 0,72 66
Sb-69 -38,1185 -7,9294 28,73 3 1,64 5,71 750 440 310 708 40,2 3,12 57
Sb-70 -37,9135 -7,9151 35,82 3 0,91 2,54 570 470 100 107 5,5 0,50 52
Sb-71 -38,4125 -7,9064 25,25 3 3,53 13,98 640 440 200 192 15,3 0,85 50
Sb-72 -38,6167 -7,9123 48,78 2 0,46 0,94 740 440 300 176 19,6 0,77 59
Sb-73 -37,4897 -7,9465 19,44 2 1,65 8,49 700 580 120 285 9,6 1,65 66
Sb-74 -38,0171 -7,9417 36,72 2 0,65 1,77 880 450 430 642 47,0 2,89 59
Sb-75 -38,4937 -7,9533 25,82 2 1,78 6,89 580 440 140 160 10,3 0,70 50
Sb-76 -37,9503 -7,9337 26,81 2 1,31 4,89 770 480 290 353 26,7 1,69 58
Sb-77 -38,5549 -7,9508 24,03 1 0,32 1,33 560 460 100 135 6,3 0,62 51
Sb-78 -37,7280 -7,9535 59,27 3 2,12 3,58 900 540 360 204 23,0 1,10 68
Sb-79 -37,5337 -7,9463 42,79 1 1,62 3,79 850 580 270 164 16,5 0,95 69
Sb-80 -38,1157 -7,9705 22,47 2 0,75 3,34 730 440 290 538 33,5 2,37 59
113
Continuação...
Sb-81 -38,3333 -7,9405 62,19 3 4,25 6,83 850 420 430 214 27,4 0,90 56
Sb-82 -38,2338 -7,9230 57,08 3 3,91 6,85 990 420 570 181 29,7 0,76 67
Sb-83 -38,3789 -7,9847 24,78 2 1,17 4,72 570 420 150 348 16,4 1,46 50
Sb-84 -37,7463 -7,9915 32,51 1 1,25 3,85 900 550 350 323 28,3 1,78 76
Sb-85 -37,8304 -7,9772 41,40 1 0,53 1,28 800 510 290 175 18,6 0,89 66
Sb-86 -38,1581 -8,0036 27,55 3 1,08 3,92 500 430 70 123 3,6 0,53 47
Sb-87 -38,2391 -7,9931 41,15 1 7,44 18,08 680 420 260 425 27,9 1,78 54
Sb-88 -38,5881 -8,0271 19,96 1 3,39 16,98 570 420 150 313 15,6 1,31 48
Sb-89 -38,4184 -8,0099 21,61 2 2,15 9,95 470 410 60 105 2,5 0,43 44
Sb-90 -37,9364 -8,0139 23,81 1 0,65 2,73 820 510 310 691 38,7 3,53 62
Sb-91 -38,4578 -8,0294 31,69 2 1,64 5,18 640 410 230 277 20,8 1,14 52
Sb-92 -38,7582 -8,0320 19,17 2 0,58 3,03 580 470 110 263 9,7 1,24 52
Sb-93 -37,9143 -8,0442 25,98 2 0,7 2,69 790 530 260 382 25,1 2,02 64
Sb-94 -37,8117 -8,0533 19,65 1 0,34 1,73 810 560 250 514 27,8 2,88 69
Sb-95 -38,6102 -8,0619 38,95 2 0,7 1,80 630 410 220 230 18,3 0,94 51
Sb-96 -38,4863 -8,0946 20,00 1 1,21 6,05 420 400 20 67 -3,7 0,27 42
Sb-97 -38,8305 -8,1002 21,18 1 2,15 10,15 630 460 170 295 16,3 1,36 54
Sb-98 -38,3647 -8,1010 53,29 2 3,7 6,94 710 400 310 131 17,6 0,52 52
Sb-99 -38,6602 -8,1060 23,31 1 2,3 9,87 590 420 170 545 22,9 2,29 50
Sb-100 -37,9164 -8,0979 24,44 1 0,32 1,31 830 500 330 458 33,0 2,29 68
Sb-101 -38,1024 -8,1117 26,60 1 2,8 10,53 870 470 400 530 40,6 2,49 67
Sb-102 -38,6286 -8,1392 32,57 1 3,84 11,79 580 410 170 280 16,6 1,15 47
Sb-103 -38,8887 -8,1379 29,98 1 1,19 3,97 670 490 180 378 19,0 1,85 59
Sb-104 -38,2136 -8,1238 24,45 2 0,51 2,09 660 440 220 308 20,8 1,35 55
Sb-105 -38,1849 -8,1521 19,74 1 2,07 10,49 520 440 80 196 5,6 0,86 48
Sb-106 -37,8800 -8,1199 31,87 1 1,21 3,80 840 490 350 248 25,3 1,21 66
Sb-107 -38,7835 -8,1518 28,93 2 0,72 2,49 630 450 180 275 16,7 1,24 55
Sb-108 -38,1241 -8,1660 29,83 2 0,58 1,94 690 460 230 232 18,5 1,07 58
Sb-109 -38,6049 -8,1685 58,89 2 6,82 11,58 580 380 200 70 9,6 0,27 47
Sb-110 -38,4839 -8,1823 29,51 1 0,45 1,52 670 380 290 246 23,2 0,93 46
Sb-111 -37,8126 -8,1689 35,24 1 0,35 0,99 740 520 220 260 18,3 1,35 61
Sb-112 -38,3214 -8,1897 25,11 1 3,06 12,19 590 410 180 216 15,2 0,89 48
Sb-113 -38,1590 -8,1919 35,60 2 1,2 3,37 680 440 240 159 15,9 0,70 59
Sb-114 -38,0761 -8,1851 31,01 2 1,1 3,55 730 490 240 290 21,0 1,42 62
Sb-115 -38,4376 -8,1961 24,72 3 0,83 3,36 670 380 290 365 28,3 1,39 50
Sb-116 -38,6919 -8,2097 25,12 3 1,84 7,32 740 460 280 497 31,2 2,28 59
Sb-117 -38,7522 -8,1987 79,36 1 3,53 4,45 660 460 200 65 8,8 0,30 55
Sb-118 -38,3024 -8,2321 22,01 1 0,48 2,18 600 410 190 294 18,5 1,21 51
Sb-119 -38,5047 -8,2264 20,75 1 0,39 1,88 460 370 90 161 7,1 0,60 41
Sb-120 -37,8244 -8,2256 27,41 3 1,24 4,52 740 490 250 387 25,0 1,90 61
114
Continuação...
Sb-121 -37,8029 -8,2473 19,56 1 0,27 1,38 620 490 130 198 10,0 0,97 54
Sb-122 -38,0417 -8,2233 29,67 2 1,21 4,08 670 440 230 190 16,9 0,84 53
Sb-123 -38,6317 -8,2588 36,77 2 0,47 1,28 740 380 360 297 29,2 1,13 52
Sb-124 -38,4742 -8,2680 25,11 2 1,45 5,77 490 370 120 290 12,9 1,07 42
Sb-125 -37,9131 -8,2790 23,07 1 0,24 1,04 810 480 330 498 34,6 2,39 62
Sb-126 -38,3020 -8,2958 24,97 1 2,42 9,69 540 410 130 216 11,5 0,88 45
Sb-127 -38,1398 -8,2677 27,23 3 2,1 7,71 760 460 300 217 21,6 1,00 61
Sb-128 -38,3974 -8,2858 39,54 1 4,91 12,42 530 390 140 171 11,2 0,67 44
Sb-129 -38,7016 -8,2962 26,38 2 1,13 4,28 730 440 290 608 35,6 2,68 58
Sb-130 -38,7471 -8,2911 35,74 1 1,26 3,53 910 450 460 724 52,1 3,26 67
Sb-131 -38,6271 -8,2975 47,25 2 4,82 10,20 580 380 200 124 12,8 0,47 48
Sb-132 -37,9643 -8,3138 28,60 2 0,53 1,85 600 440 160 238 14,1 1,05 50
Sb-133 -38,3621 -8,3257 34,52 2 3,22 9,33 650 390 260 218 20,2 0,85 47
Sb-134 -38,4243 -8,3335 22,98 1 2,19 9,53 450 380 70 166 4,9 0,63 42
Sb-135 -38,7632 -8,3427 20,43 1 0,39 1,91 940 440 500 654 52,2 2,88 66
Sb-136 -38,8049 -8,3293 23,26 3 0,65 2,79 940 430 510 547 48,3 2,35 72
Sb-137 -37,8183 -8,3592 25,52 1 1,4 5,49 620 460 160 268 14,8 1,23 54
Sb-138 -38,1511 -8,3389 41,44 2 0,41 0,99 770 410 360 132 19,3 0,54 55
Sb-139 -38,3840 -8,3656 32,92 1 1,22 3,71 600 380 220 240 19,0 0,91 47
Sb-140 -38,5916 -8,3739 36,95 1 3,72 10,07 490 370 120 122 8,4 0,45 43
Sb-141 -37,8727 -8,3695 27,58 1 3 10,88 590 450 140 288 13,6 1,30 50
Sb-142 -38,4460 -8,3767 30,14 3 1,71 5,67 430 360 70 121 4,5 0,43 40
Sb-143 -38,8610 -8,3606 26,68 3 0,58 2,17 910 400 510 431 43,2 1,73 63
Sb-144 -38,0163 -8,3679 41,37 2 2,91 7,03 670 410 260 153 16,8 0,63 49
Sb-145 -38,3433 -8,3830 29,15 2 2,71 9,30 690 380 310 322 27,7 1,22 49
Sb-146 -38,8183 -8,3856 29,09 4 1,28 4,40 900 410 490 536 47,0 2,20 64
Sb-147 -38,5162 -8,3958 25,78 1 2,5 9,70 400 340 60 161 4,3 0,55 37
Sb-148 -38,2610 -8,3803 62,83 1 2,22 3,53 610 410 200 102 11,4 0,42 53
Sb-149 -38,8851 -8,3865 30,09 2 0,72 2,39 830 410 420 394 36,7 1,61 57
Sb-150 -38,7013 -8,3857 26,94 3 0,89 3,30 880 410 470 452 42,1 1,85 69
Sb-151 -37,8332 -8,4030 44,69 3 1,25 2,80 640 450 190 136 12,3 0,61 54
Sb-152 -38,7497 -8,4014 42,91 3 1,36 3,17 930 420 510 666 53,5 2,80 70
Sb-153 -38,1430 -8,4128 41,40 3 1,71 4,13 560 400 160 129 10,8 0,52 46
Sb-154 -38,5824 -8,4237 42,80 3 1,9 4,44 460 340 120 78 6,9 0,27 39
Sb-155 -37,9268 -8,4179 27,58 1 2,74 9,93 710 430 280 456 30,2 1,96 55
Sb-156 -38,3159 -8,4244 32,71 2 1,16 3,55 640 390 250 211 19,4 0,82 50
Sb-157 -38,8116 -8,4308 24,22 1 1,56 6,44 820 400 420 985 58,2 3,94 61
Sb-158 -38,4322 -8,4292 52,50 1 7,48 14,25 590 350 240 101 13,3 0,35 42
Sb-159 -37,9824 -8,4501 32,84 3 2,95 8,98 510 410 100 104 6,0 0,43 45
Sb-160 -38,7625 -8,4504 32,42 2 1,21 3,73 920 420 500 620 51,0 2,61 67
115
Continuação...
Sb-161 -37,8248 -8,4552 25,34 1 0,23 0,91 630 470 160 252 14,2 1,18 55
Sb-162 -38,4213 -8,4662 30,71 2 0,37 1,20 460 350 110 99 7,1 0,35 41
Sb-163 -38,5646 -8,4689 29,73 3 1,11 3,73 390 330 60 69 2,9 0,23 37
Sb-164 -38,0053 -8,4840 19,70 2 1 5,08 570 410 160 428 19,5 1,76 48
Sb-165 -38,6189 -8,4697 25,36 2 0,72 2,84 440 360 80 99 4,9 0,36 39
Sb-166 -38,7146 -8,4972 24,66 1 0,32 1,30 510 360 150 176 12,3 0,63 53
Sb-167 -38,7790 -8,4936 24,22 2 1,25 5,16 720 360 360 808 48,5 2,91 53
Sb-168 -38,8204 -8,5047 25,12 2 2,19 8,72 580 360 220 394 24,6 1,42 44
Sb-169 -38,4094 -8,4980 54,55 2 1,17 2,14 550 360 190 102 11,3 0,37 44
Sb-170 -38,2177 -8,4801 43,85 3 3,05 6,96 550 360 190 95 10,9 0,34 43
Sb-171 -38,3204 -8,5087 32,08 2 0,42 1,31 500 370 130 127 9,2 0,47 43
Sb-172 -38,8450 -8,5308 20,88 2 1,57 7,52 430 360 70 96 4,0 0,35 39
Sb-173 -38,3621 -8,5157 19,27 2 0,41 2,13 550 370 180 225 16,0 0,83 46
Sb-174 -38,2586 -8,5099 28,49 2 0,79 2,77 480 360 120 114 8,2 0,41 41
Sb-175 -38,7442 -8,5272 23,27 1 0,74 3,18 430 350 80 113 5,4 0,40 38
Sb-176 -38,5723 -8,5212 52,88 3 2,08 3,93 380 320 60 41 2,3 0,13 36
Sb-177 -38,2848 -8,5353 24,07 2 1,74 7,23 440 360 80 84 4,5 0,30 40
Sb-178 -38,0202 -8,5346 43,71 2 1,44 3,29 570 430 140 116 8,8 0,50 48
Sb-179 -37,8543 -8,5281 25,92 2 0,57 2,20 810 480 330 136 18,1 0,65 62
Sb-180 -38,0914 -8,5589 19,96 1 0,22 1,10 480 410 70 108 3,6 0,44 45
Sb-181 -38,5228 -8,5596 33,93 1 6,3 18,57 390 320 70 78 4,0 0,25 35
Sb-182 -37,8940 -8,5621 30,40 1 0,45 1,48 900 490 410 346 33,2 1,70 67
Sb-183 -38,7129 -8,5910 25,13 1 1,58 6,29 420 330 90 125 6,7 0,41 36
Sb-184 -38,3945 -8,5700 28,93 2 1,19 4,11 420 340 80 67 4,2 0,23 38
Sb-185 -38,6285 -8,5871 24,72 2 1,52 6,15 380 320 60 187 4,9 0,60 34
Sb-186 -38,4544 -8,5776 27,57 1 3,22 11,68 450 330 120 104 8,1 0,34 38
Sb-187 -38,1472 -8,5836 23,35 1 0,67 2,87 500 380 120 97 7,4 0,37 45
Sb-188 -38,6646 -8,6086 19,83 2 2,24 11,30 360 320 40 67 1,0 0,21 35
Sb-189 -38,5756 -8,6114 22,92 1 5,16 22,52 350 310 40 61 1,1 0,19 33
Sb-190 -38,2541 -8,6160 24,23 3 1,98 8,17 420 350 70 79 3,7 0,28 39
Sb-191 -37,9870 -8,6142 52,02 3 0,65 1,25 880 480 400 234 27,0 1,13 66
Sb-192 -38,1943 -8,6142 45,52 1 0,67 1,47 470 360 110 36 4,2 0,13 42
Sb-193 -38,3254 -8,6499 33,58 2 2,05 6,11 440 340 100 78 5,8 0,27 38
Sb-194 -38,5224 -8,6670 31,62 1 1,4 4,43 410 320 90 71 5,1 0,23 36
Sb-195 -38,7171 -8,7001 51,31 1 5,17 10,08 370 310 60 39 2,3 0,12 34
115
6 – CONCLUSÕES
Os estudos e métodos aplicados neste trabalho, integrando dados de
sensores orbitais e técnicas de sensoriamento remoto com procedimentos de
análises morfométricas e morfológicas, para extração de variáveis físicas sobre a
rede de drenagem e a morfologia das pequenas bacias hidrográficas num
ambiente de semiárido, mostraram-se satisfatórios.
A classificação das pequenas bacias hidrográficas da bacia do rio Pajeú,
em sub-bacias de terceira ordem atendeu a boa parte dos objetivos propostos.
Primeiro, por apresentarem área e número de canais suficientes para sustentarem
áreas úmidas e, por extensão, ambientes de várzeas; segundo, por constituírem a
melhor forma de representar a influência da rede de drenagem em uma pequena
bacia, em função da topografia e da declividade, favorecendo a dinâmica da
paisagem, principalmente no ambiente de semiárido nos períodos de secas.
A delimitação automática da rede de drenagem, obtida a partir da
modelagem de dados do SRTM, teve boa acurácia e apresentou precisão em
relação às cartas planialtimetricas do IBGE, permitindo extrair informações e
dados necessários para a identificação e caracterização física das sub-bacias
num ambiente de semiárido. Das 467 sub-bacias de terceira ordem delimitadas,
195 selecionadas apresentaram similaridades na formação de áreas de várzeas.
A análise das variáveis morfométricas e físicas para as sub-bacias permitiu
estabelecer a classificação para o relevo, a declividade, a drenagem, o grau de
dissecação e o tipo de escoamento superficial em cada área. A classificação
adotada para os resultados obtidos foram compatíveis com a literatura
empregada, permitindo indicar, inclusive, as áreas mais úmidas, mais secas e de
maior suscetibilidade a enchentes.
A modelagem dos dados gerados em ambiente de SIG foi um importante
instrumento para o zoneamento das sub-bacias, principalmente na identificação
das similaridades e estratificação dos resultados. Informações sobre a área, o
perímetro, o comprimento dos canais, a densidade dos rios e da drenagem, a
rugosidade, a forma, o relevo e a declividade foram importantes resultados para o
116
conhecimento da disponibilidade e da capacidade da rede de drenagem na
manutenção dos ambientes de várzeas em cada sub-bacia, proporcionando
informações que podem viabilizar um melhor aproveitamento para o uso e
ocupação do solo.
Na caracterização física das sub-bacias da bacia do Pajeú, 99% das áreas
foram classificadas com densidade de drenagem moderada e escoamento
superficial moderado a rápido, onde há 94% de regularidade dos canais,
independentemente de serem perenes ou intermitentes. Esses resultados
indicaram a importância da rede de drenagem na compreensão do relevo, grau de
meandrização dos canais e dissecação na área.
Das 195 sub-bacias, 95% apresentaram-se com dissecação de baixa a
moderada, em função de um relevo plano a ondulado, 70% de suas áreas e 88%
delas apresentaram forma alongada a muito alongada, com baixa capacidade de
gerar canal perene. Esses resultados indicou que essas variáveis são importantes
na compreensão dos processos que estão relacionadas com a área, a largura e o
comprimento das pequenas bacias na formação dos ambientes de várzeas. Em
84% sub-bacias, a rugosidade foi classificada como média a forte, implicando na
distribuição dos ambientes de várzeas ao longo dos trechos mais planos e
próximos aos canais de maior extensão e declividade. Foram identificadas 352
áreas.
As informações sobre a cobertura e uso do solo nas sub-bacias, foram um
importante indicador do potencial das áreas de várzeas no semiárido. Nessas
áreas 67% das terras apresentaram-se com uso regular do solo para o
desenvolvimento da produção. Esse resultado demonstra o quanto o clima
semiárido influencia na bacia do Pajeú, principalmente no período de verão,
quando a disponibilidade de água tornar-se crítica, restando apenas as áreas de
várzeas. Não só para a cobertura das paisagens, mas, sobretudo, para as
atividades agrícolas.
117
7 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AB‟SABER, A. N. Base para os estudos dos ecossistemas da Amazônia
brasileira. Estudos Avançados, vol. 16, n. 45, p.5-26, 2002.
AB'SABER, A. N. Organização natural das paisagens inter e subtropicais
brasileiras. Geomorfologia. nº. 41, p.1-14, 1973.
AGOSTINHO, A. A.; HAHN, N.S.; GOMES, L.C; BINI, L.M. A planície de
inundação do alto Rio Paraná: aspectos físicos, biológicos e socioeconômicos.
Maringá: Editora da Universidade Estadual de Maringá, p. 229-248, 1997.
ALCÂNTARA, E. H.; AMORIM, A. de J. Análise morfométrica de uma bacia
hidrográfica costeira: um estudo e caso. Caminhos da geografia. v. 14, n. 7, p 70-
77, 2005. Disponível em: Acesso em: 12 de outubro de 2010.
ALFONSI, R. R.; PINTO, H. S.; ZULLO JÚNIOR, J.; CORAL, G.; ASSAD, E.D.;
EVANGELISTA, B. A.; LOPES, T. S. S.; MARRA, E.; BEZERRA, H. S.; HISSA. R.
H.; FIGUEIREDO, A. F.; SILVA, G. G.; SUCHAROV, E. C.; ALVES, J.;
MARTORANO, L. G.; BOUHID ANDRÉ, R. G.; BASTOS ANDRADE, W. E.
Zoneamento Climático da Cultura do Café (Coffea arabica) no Estado do Rio de
Janeiro. Campinas: IAC: UNICAMP; Planaltina: Embrapa Cerrados; Niterói:
Pesagro-Rio; Rio de Janeiro: SIMERJ: Embrapa Solos, 2003. Disponível em:
ttp://www.cpa.unicamp.br/cafe/RJ_menu.html. Acesso em: nov. 2009.
ALVES, D. S.; MOREIRA, J. C.; MELLO, E. K.; SOARES, J. V.; FERNANDEZ, O.;
ALMEIDA, S. A.; ORTIZ, J. O. Mapeamento do uso da terra em Rondônia
utilizando técnicas de segmentação e classificação de imagens Landsat-TM. In:
VIII SIMPÓSIO BRASILEIRO DE SENSORIAMENTO REMOTO, 8, 1996,
Salvador. Anais... Salvador: INPE, p.71-79, 1996.
ALVES, J. M. P; CASTRO, P.T.A. Influência de feições geológicas na morfologia
da bacia do rio do Tanque (MG) baseada no estudo de parâmetros morfométricos
e análises de padrões de lineamentos. Revista Brasileira de Geociências, p. 117-
1245, jun. 2003.
ANA – Agência Nacional de Águas. Informações sobre as precipitações no
Nordeste. Brasil, 2008. Disponível em: http://www.hidroweb.ana.gov.br.
ANA - Agência Nacional de Águas. Legislação básica: Lei 9.433 de 08/01/1997.
Brasília, DF: Plano Nacional de Recursos Hídricos, 104p, 2001. Disponível em:
http://www.hidroweb.ana.gov.br.
ANDERSON, J. R. et al. „Sistema de classificação do uso da terra e do
revestimento do solo para utilização com dados e sensores remotos‟, IBGE, Rio
de Janeiro, 91p, 2006
118
ANDRADE, G. O. e LINS, R. C. Introdução à morfoclimatologia do Nordeste do
Brasil. Arquivos, Recife: Instituto de Ciências da Terra, n.3, p.17-28, 1965.
ANDRADE, G. O. e LINS, R. C. O "Brejo" da Serra das Varas (Arcoverde).
Cadernos. Recife: Faculdade de Filosofia, Departamento de Geografia UFPE,
n.14, Série VI-8, p. 1-19, 1966.
ANDRADE, G. O. Alguns aspectos do quadro natural do Nordeste. Recife:
SUDENE, Estudos Regionais, n.2, p.1-15, 1977.
ANDRADE, l. A. Manejo e conservação dos recursos naturais renováveis.
Paraíba. Universidade Federal da Paraíba, ABEAS - v.23, n.1,p.101-104, 2008.
ANDRADE, M. C. Análise do semiárido nordestino e visão da seca. In: ARAÚJO,
T. B.; et al. (Org.). O GTDN – da proposta à realidade: ensaios sobre a questão
regional. Recife: UFPE, p.114-124, 1994.
ANDRADE, N. S. O.; Araújo, L. S.; NUMATA, I. VALÉRIO FILHO, M. Estudo da
dinâmica da cobertura vegetal e uso de terra na região de Ji-Paraná/RO. Anais IX
Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto, Santos/SP – Brasil. INPE. 89-98p,
1998.
ANDRADES FILHO, C.O.; FONSECA, L.M.G. Lineamentos estruturais em
imagem Landsat TM e dados SRTM, In Anais XIV Simpósio Brasileiro de
Sensoriamento Remoto, Natal, Brasil, INPE, p. 3151-3158, 2009.
ANTONELI, V. THOMAZ, E. L. Caracterização do meio físico da bacia do Arroio
Boa Vista, Guamiranga. Revista Caminhos da Geografia, v.8, n.21, p46-58, 2007.
ANTUNES, A. F.B., CENTENO, J. A.S. Aplicação de dados sensores remotos alta
resolução em zonas urbanas. In: BLASCHKE, T. e KUX, H. Sensoriamento
remoto e SIG avançados: novos sistemas sensores, métodos inovadores. 2ª ed.
São Paulo: Oficina de Textos, p.189-197, 2007.
ARAUJO FILHO, J. A. A. Manipulação da vegetação lenhosa da Caatinga com
fins pastoris. In: Simpósio sobre caatinga e sua exploração racional (SCER),
1984. Feira de Santana. Anais. Brasília: EMBRAPA – DDT 1986.
ARAÚJO, T. B. O setor público e o Nordeste. In: O GTDN – da proposta à
realidade: ensaios sobre a questão regional. Recife: UFPE, 1994. p. 138-151.
BAND, L.E. Topographic partition of watershed with digital elevation models.
Water Resource Research, Washington, v.22, n.1, p.15-24, 1986.
BARBOSA, C. F. Sensoriamento remoto da dinâmica da circulação da água do
sistema planície de Curuai/Rio Amazonas. São José dos Campos . Tese de
Doutorado. INPE, 2007.
119
BARBOSA, H. A.; HUETI, A. R.; BAETHGEN, W. E. A. 20 – year study of NDVI
variability over the Northeast Region of Brazil. Journal of Arid Environments, v. 67,
p. 288-307, 2006.
BARRELA, W et al. As relações entre as matas ciliares, os rios e os peixes. In:
RODRIGUES, R.R.;LEITÃO FILHO, H.F. (Ed.) Matas ciliares: conservação e
recuperação. São Paulo: Fapesp, p. 12 p 187-207, 2000
BASTIAANSSEN, W. G. M., SEBAL - based sensible and latent heat fluxes in the
irrigated Gediz Basin, Turkey, Journal of Hydrology, v. 229, p. 87-100, 2000.
BASTIAANSSEN, W. G. M.; MENENTI, M.; FEDDES, R. A.; HOLTSLAG, A. A. M.
A remote sensing surface energy balance algorithm for land (SEBAL) 1.
Formulation. Journal of Hydrology, v. 212-213, p. 198-212, 1998.
BATISTA, G. T.; TARGA, M. S.; FIDALGO, E. C. C. Banco de dados ambientais
da Bacia do Rio Una, Bacia do Rio Paraíba do Sul. DSPACE.
(http://www.agro.unitau.br:8080/ dspace/handle/2315/51), Repositório Eletrônico
Ciências Agrárias, Coleção Ciências Ambientais. 16p., 2005.
BELDRING, S. Multi-criteria validation of a precipitation-runoff model. Journal of
Hydrology. v. 257, p.189-211, 2002.
BELTRAME, A. V. Uma aplicação do sensoriamento remoto no planejamento
físico das bacias hidrográficas. Agropecuária Catarinense, Florianópolis, v. 4, n. 1,
p. 37-41, 1994.
BENJAMIN, J. R., CORNELL, C. A. 1970. I Probability statistics and decision for
civil engineers. In: Bommer, J.J., Abrahamson, N.A., 2006, Why do modern
probabilistic seismic-hazard analyses often lead to increased hazard estimates?
Disponível em: www.Journal of Hydrology. Acesso em 12 de junho de 2010.
BERRY, P. A. M.; GARLICK, J. D.; SMITH, R. G. Near-global validation of the
SRTM DEM using satellite radar altimetry. Remote Sensing of Environment, New
York, v.106, n.1, p.17-27, 2007.
BERTALANFFY, L. V. Teoria geral dos sistemas. Petrópolis: Editora Vozes, 1977.
BERTONI, J.; LOMBARDI NETO, F. Conservação do solo. São Paulo: Icone,
1990.
BERTRAND, C. Uma geografia transversal e de travessias. O meio ambiente
através da temporalidade. UNESP: Presidente Prudente, 2007.
BITENCOURT, M. D. Sensoriamento remoto e geoprocessamento. São Paulo:
USP, 2007.
120
BITTENCOURT, M. M.; AMADIO, S. A. Proposta para identificação rápida dos
períodos hidrológicos em áreas de várzea do rio Solimões-Amazonas nas
proximidades de Manaus. Acta Amazônica, v.37, n.2, p.303-308, 2007.
BOTELHO, R. G. M; SILVA, A. S. Bacia hidrográfica e qualidade ambiental. In:
VITTE, A. C.; GUERRA, A. J. T. (org). Reflexões sobre a geografia física no
Brasil. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, p.153-192, 2004.
BRAGA, J. C. Modelo hidrológico de parâmetros distribuídos para obtenção do
hidrograma de escoamento superficial. Viçosa, MG: UFV, 2000. Tese (Engenharia
Agrícola) - Universidade Federal de Viçosa, 2000.
BRANDÃO, V. S., PRUSKI, F. F., SILVA, D. D. Infiltração da água no solo.
Viçosa: UFV, 98 p, 2002.
BRASIL SUDENE – DPG –PRN – HME. Dados pluviométricos mensais do
Nordeste, 363p, 1990.
BRASIL. Conselho Nacional de Meio Ambiente. Resolução CONAMA nº 303.
Dispõe sobre parâmetros, definições e limites de Áreas de Preservação
Permanente. Brasília: 2002. Diário Oficial da União, 20 de março de 2002.
BRASIL. Lei nº 4.771. Institui o novo Código Florestal. Brasília: 1965. Diário Oficial
da União, 15 de dezembro 1965.
BRASIL. Lei Nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997. Institui a Política Nacional de
Recursos Hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos
Hídricos, regulamenta o inciso XIX do art. 21 da Constituição Federal, e altera o
art. 1º da Lei nº 8.001, de 13 de março de 1990, que modificou a Lei nº 7.990, de
28 de dezembro de 1989. Brasília: Diário Oficial da República Federativa do
Brasil, 8 de janeiro de 1997.
BRASIL. MINISTÉRIO DA AGRICULTURA. Programa nacional de microbacias
hidrográficas. Brasília DF, Coordenação Nacional do PNMH, Ministério da
Agricultura, 60p, 1987.
BRASIL. Projeto Radambrasil. Folha SC-24 Pernambuco. Mapa de Vegetação.
Ministério de Minas de Energia. Secretaria Geral. Rio de Janeiro. 1981.
BRASIL: Ministério do Meio Ambiente. Programa de ação nacional de combate a
desertificação e mitigação dos efeitos da seca: PAN – Brasil. Brasília: Ministério
do Meio Ambiente, 213 p, 2005.
BRASIL: Perspectivas do meio ambiente no Brasil, IBAMA. Brasília: IBAMA, 2002.
BRITES, R. S.; SOARES, V. P.; RIBEIRO, C. A. A. S. Comparação de
desempenho entre três índices de exatidão aplicados a classificação de imagens
orbitais. Anais Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto. Salvador, 1996.
121
BRITO NEVES, B. B. et al. A tafrogênese estateriana nos blocos
paleoproterozóicos da América do Sul e processos subsequentes. Geonomos,
Belo Horizonte, v. 3, n. 2, p.1-21. 1995.
CALIJURI, M. C.; BUBEL, A. P. M. Conceituação de microbacias. In: LIMA, W. P.;
ZAKIA, M. J. B. (Orgs.) As florestas plantadas e a água. Implementando o
conceito da microbacia hidrográfica como unidade de planejamento. São Carlos:
Ed. RiMA, 226p, 2006.
CÂMARA, G.; SOUZA, R. C. M.; FREITAS, U. M.; GARRIDO, J. SPRING:
Integrating remote sensing and GIS by objectoriented data modeling. Computers e
Graphics, v.20, n. 3, p. 395-403, 1996.
CÂMARA, G. S., CARVALHO, E. J. Análise de dados espaciais. Brasília:
Embrapa, 255 p, 2001.
CAMARGO, A. P.; SENTELHAS, P. C. Avaliação do desempenho de diferentes
métodos de estimativas de evapotranspiração potencial no Estado de São Paulo,
Brasil. Revista Brasileira de Agrometeorologia, v. 05, n. 01, p. 89-97, 1997.
CAMARGO, A.P. Agrometeorologia. Espírito Santo do Pinhal: Faculdade de
Agronomia e Zootecnia “Manoel Carlos Gonçalves”, 1972.
CARDOSO, C. A.; DIAS, H. C. T.; SOARES, C. P. B.; MARTINS, S. V.
Caracterização morfométrica da bacia hidrográfica do rio Debossan, Nova
Friburgo, RJ. Revista Árvore, v.30, n.2, p.241-248, 2006.
CARRIJO, M. G. G. Análise da vulnerabilidade ambiental: o caso do Parque
Estadual das Nascentes do Rio Taquari – MS. Dissertação. Programa de Pós-
Graduação em Tecnologias Ambientais. UFMS. 97p, 2005.
CARVALHO, F. M. V.; FERREIRA, L. G.; LOBO, F. C.; DINIZ-FILHO J. A. F.;
BINI, L. M. Padroes de autocorrelacao espacial de indices de vegetacao no Bioma
Cerrado. R. Arvore, v.32, n.2, p.279-290, 2008.
CARVALHO, R. F. A degradação dos Brejos. Anais do 10. Encontro Nacional de
Estudos sobre Meio Ambiente. Recife : FUNDAJ, p. 106-111, 1988.
CARVALHO, T.M. Métodos de sensoriamento remoto aplicados a geomorfologia.
Revista Geográfica Acadêmica. 1:44-54, 2007.
CARVALHO, W. A.; FRANÇA, G. V. e CURI, P. R. Aplicação de análise
multivariada na discriminação de unidades de solo mediante parâmetros
morfométricos de bacias hidrográficas, em Botucatu-SP. Revista Brasileira de
Ciência do Solo. Campinas-SP, Vol, 14, p. 195-203, 1990.
122
CASSOL, R. Zoneamento ambiental elaborado com variáveis otimizadas
estatisticamente, geradas por técnicas cartográficas. 1996. 292 f. Tese
(Doutorado em Geografia) Universidade de São Paulo, São Paulo, 1996.
CASTRO, J. F. M. Análise comparativa entre informações morfométricas obtidas
por métodos convencionais e por métodos digitais. Geografia. Rio Claro: UNESP,
Vol. 20. p. 115-133, 1995.
CHORLEY, R. J.; KENNEDY, B. A. (org.) Physical geography: a system approach.
London: Methuen e Co. Ltd, 1971.
CHORLEY, R.J. The nodal position and anomalous character of slope studies in
geomorphological research. Geography Journal, n. 130 - 70-73, 1964.
SCHUMM, S.A. e MOSLEY, M.P. (ed.) Slope morphology. Colorado: Benchmark
Papers in Geology: Dowden Hutchinson e Ross, Inc., 273 p, 1973.
CHRISTOFOLETT, A. Análise morfométrica de bacias hidrográficas. Notícia
Geomorfológica. v.18, n. 9, p. 35-64, 1969.
CHRISTOFOLETT, A. Geomorfologia. São Paulo: Editora Edgard Blücher /
EDUSP, 150 p, 1980.
CHRISTOFOLETTI, A. A Teoria dos sistemas. Boletim de Geografia Teorética,
Rio Claro, v.1, n.2, p.43-60, 1971.
CHRISTOFOLETTI, A. Modelagem dos sistemas ambientais. São Paulo: Editora
Edgar Blucher Ltda, 2002.
COE, M. T.; COSTA, M. H.; BOTTA, A.; BIRKETT, C. Long-term simulations of
discharge and floods in the Amazon Basin. Journal of Geophysical Research
,v.107, D20, 2002.
COE, M. T.; COSTA, M. H.; HOWARD, E. A. Simulating the surface waters of the
Amazon River basin: impacts of new river geomorphic and flow parameterizations.
Journal of Hydrol Process. 22, 2542–2553, 2008.
COGO, N.P. et al. Perdas de solo e água por erosão hídrica influenciadas por
métodos de preparo, classes de declive e níveis de fertilidade do solo. Revista
Brasileira de Ciência do Solo, v.27, p.743-753, 2003.
COLLARES, E.G. Avaliação de alterações em redes de drenagem de sub-bacias
como subsídio ao zoneamento geoambiental de bacias hidrográficas: aplicação
na bacia hidrográfica do Rio Capivari-SP. 2000. 211p. Tese (Doutorado em
Geotecnia) – Universidade de São Paulo, São Carlos, 2000.
COSTA, A F. Introdução à ecologia das águas doces. Recife: Universidade
Federal Rural de Pernambuco, 297p, 1991.
123
COSTA, T. C. C.; GUIMARÃES, S.P. Delineamento e parametrização ambiental
de sub-bacias hidrográficas para o Estado do Rio de Janeiro. Boletim de Pesquisa
n. 84, Rio de Janeiro: Embrapa Solos, 37p, 2005.
COSTA, T. C. C.; SANTOS, P. R. A.; GUIMARÃES, S.P. Extração de variáveis
topográficas do modelo digital de elevação SRTM para o Estado do Rio de
Janeiro. Documento n. 76, Rio de Janeiro: Embrapa Solos, 26p, 2005.
COSTA, T. T. C et al. Vulnerabilidade ambiental em sub-bacias hidrográficas no
estado do Rio de Janeiro por meio da integração temática da perda do solo
(USLE), variáveis morfométricas e o uso/cobertura. In: Simpósio de
sensoriamento remoto, 13, 2007. Florianópolis. Anais..., Florianópolis, p, 2493-
2500, 2007.
COUTINHO, A. M. Segmentação e classificação de imagens Landsat – TM para o
mapeamento dos usos da terra na região de Campinas. São Paulo, 139p, 1997.
COUTINHO, S. F. S. Degradação dos recursos naturais nas áreas de "Brejo" do
Estado de Pernambuco. Olinda: Centro de Estudos Geográficos, a.1, n.1, p. 10-
14, maio, 1988.
CPRM – Serviço Geológico do Brasil. Mapas hidro-geológicos. Disponível em:
<http://www.cprm.gov.br/>. Acesso em março de 2010.
CREPANI, E. MEDEIROS, J. S. de. Imagens fotográficas derivadas de MNT do
projeto SRTM para fotointerpretação na Geologia, Geomorfologia e pedologia.
São José dos Campos: INPE, 2004.
CUNHA, C. M. L. da e MENDES, I. A. Proposta de análise integrada dos
elementos físicos da paisagem: uma abordagem geomorfológica. Rio Claro:
Estudos Geográficos, jan-jun. 3(1): p.111-120, 2005. Disponível em:
www.rc.unesp.br/igce/grad/geografia/revista.htm Acesso em: 07/10/2009.
CUNHA, S. e GUERRA, A. Geomorfologia – exercícios, técnicas e aplicações.
Editora Bertrand Brasil, S.A, 1996.
CUNHA, S. B. Bacias hidrográficas. In: CUNHA, S. B., GUERRA, A. J. T. (Org.)
Geomorfologia do Brasil. Rio de Janeiro: Ed. Bertrand do Brasil, 1998.
CUNHA, S. B. Geomorfologia fluvial. In: GUERRA, A. J. T.; CUNHA, S. B.
Geomorfologia: uma atualização de bases e conceitos. Rio de Janeiro: Bertrand
Brasil, p.211-252, 2007.
DIAS, L.S.O.; ROCHA, G.A.; BARROS, E.U.A.; MAIA, P.H.P. Utilização do radar
interferométrico para delimitação automática de bacias hidrográficas. Bahia
Análise e Dados, Salvador, v. 4, n.2, p.265-271, 2004.
124
EMBRAPA – CENTRO NACIONAL DE PESQUISA DE SOLO. Manual de método
e análise de solo. Rio de Janeiro: EMBRAPA-CNPS, 212p., 1997.
EMBRAPA - Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Sistema Brasileiro de
classificação de solos. Rio de Janeiro, 306p, 2006.
EMBRAPA. Brasil em relevo. Centro Nacional de Pesquisa de Solos Disponível
em: http://www.relevobr.cnpm.embrapa.br/download/pb/pb.htm. Acesso em:
11.03.2009.
EMBRAPA. Serviço Nacional de Levantamento e Conservação de Solos (Rio de
Janeiro, RJ). Manual de métodos de análise de solo. Rio de Janeiro, 1979.
EPIPHANIO, J. C. N.; FORMAGGIO, A. R. e FILHO, M. V. Imagens RBV/Landsat-
3 em estudos quantitativos da rede de drenagem, II Simpósio Brasileiro de
Sensoriamento Remoto, Brasília – INPE, Vol. I, p. 285-292, 1982.
ESRI. ENVIRONMENTAL SYSTEMS RESEARCH INSTITUTE, ArcGIS
Professional GIS for the desktop, version 9.3, Software, 2008.
ESRI. ENVIRONMENTAL SYSTEMS RESEARCH INSTITUTE, ERDAS 9.1,
version 9.3. Software. 2008.
FAIRFIELD, J.; LEYMARIE, P. Drainage networks from grid digital elevation
models. Water Resources Research, Washington, v.27, n.5, p.709-717, 1991.
FALORNI, G.; TELES, V.; VIVONI, E.R.; BRAS, R.L.; AMARATUNGA, K.S.
Analysis and characterization of the vertical accuracy of digital elevation models
from the Shuttle Radar Topography Mission. Journal of Geophysical Research,
Washington, v.110, n.2, p.1-20, 2005.
FAUSTINO, J. Planificación y gestión de manejo de cuencas. Turrialba: CATIE,
90p, 1996.
FERRAZ, R. P. D. FIDALGO, E. C. C.; PRADO, R. B.; GONÇALVEZ, A. O.;
DANTAS, M. E.; MANSUR, K. L.; MARQUES, A.; TAVARES, J. C; MANZATTO,
H. R.; MANZATTO, C. V. Diagnóstico do meio físico da bacia hidrográfica do Rio
do Imbé (RJ): aplicação de metodologia integrada como subsídio ao manejo de
microbacias. Rio de Janeiro: Embrapa Solos, 92 p. (Boletim de Pesquisa e
Desenvolvimento, n. 29), 2003.
FLORENZANO, T. G. Geotecnologias na geografia física aplicada: difusão e
acesso. Revista do Departamento de Geografia. n. 17. São Paulo: USP, p. 24-29,
2005
FLORENZANO, T. G. Imagens de satélite para estudos ambientais. São Paulo:
Oficina de textos, 97p, 2002.
125
FONSECA, B. M.; MOURA, A. C. M.; CARVALHO, G. A.; DINIZ, V. A difusão de
novas tecnologias de mensuração e dados do relevo como apoio ao ensino da
representação topográfica, In Anais XIII Simpósio Brasileiro de Sensoriamento
Remoto, Florianópolis, Brasil, INPE, p.1473-1479, 2007.
FONSECA, E. O.; CASSOL. E. A. Enxurrada, infiltração de água e perdas por
erosão em um latossolo vermelho, em sistemas de manejo do solo. In: XIV
Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água, 2002, Cuiabá.
Anais..., Cuiabá-MT: SBCS, 2002.
FONSECA, L. M. G. Processamento digital de imagens. São José dos Campos.
104p, 2000.
FORSBERG, B. R. Exchanges of sediment between the flood plain and channel of
the Amazon River in Brazil. Geological Society of America Bulletin. 110 (4): 450-
467, 1993.
FREDRICK, K. C.; BECKER, M. W.; MATOTT, L. S.; DAW, A.; BANDILLA, K.;
FLEWELLING, D. M. Development of a numerical groundwater flow model using
SRTM elevations. Hydrogeology Journal, Heidelberg, v.15, n.1, p.171-181, 2007.
FREEMAN, E. R. Strategic management: a stakeholder approach. Boston:
Pitman, 1984.
FURRIER, M. Caracterização geomorfológica e do meio físico da Folha João
Pessoa – 1:100.000. Tese Doutorado. Pós-Graduação em Geografia Física,
Departamento de Geografia, Universidade de São Paulo, 213p, 2007.
GANDOLFI, S. Conceitos, tendências e ações para a recuperação de florestas
ciliares - In Matas ciliares conservação e recuperação. Edusp – FAPESP, 2000.
GARCEZ, L. N.; ALVAREZ, G. A. Hidrologia. São Paulo. Edgard Blucher Ltda,
291p, 1988.
GERSTENECKER, C.; LÄUFER, G.L.; STEINECK, D.; TIEDE, C.; WROBEL, B.
Validation of digital elevation models around Merapi Volcano, Java, Indonesia.
Natural Hazards and Earth System Sciences, Perugia, v.5, n.6, p.863-876, 2005.
GOLDENFUM, J.A.; TUCCI, C.E.M. Hidrologia de águas superficiais. Brasília, DF:
ABEAS; Viçosa, MG: UFV, Departamento de Engenharia Agrícola, 128p, 1996.
GOMES, B. M., MATTOS, A. Avaliação de variáveis físicas e geomorfológicas na
resposta das vazões mínimas. Irriga, Botucatu, v.4, n.1, p.25-40, 1999.
GOULART, R. D. Diagnóstico da suscetibilidade à erosão dos solos da bacia
hidrográfica do Bonfim – Correa, Petrópolis – RJ, 129 p, 1999.
126
GRANT, G. Introduction to watershed analysis: the retrospective. In: the
Watershed/Landscape Analysis Workshop. Andrews Experimental Forest Station,
43p, 1994.
GUERRA, A.T.; GUERRA, A.J.T. Novo dicionário geológico-geomorfológico. Rio
de Janeiro: Bertrand Brasil, 652p, 2003.
GUERRA, A. J. T. e CUNHA, S. B. Geomorfologia: uma atualização de bases e
conceitos. 2. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 472 p, 1995.
HACK, J. T. and YOUNG, R. S. Intrenched meanders of the North Fork of the
Shenandoah River, Virginia: U.S. Geology, 354-A, 10 p, 1959.
HACK, J. T. Interpretation of erosional topography in humid temperate regions.
American Journal of Science, v. 258A, p. 80-97, 1960.
HACK, J. T. Stream-profile analysis and stream-gradient index. Journal of
Research of the United States Geological Survey, v. 1, n. 4, p. 421-429, 1973.
HESS, L. L.; MELACK, J. M.; NOVO, E. M. L. M.; BARBOSA, C. C.; GASTIL, M.
Dual-season mapping of wetland inundation and vegetation. Remote Sensing of
Environment, v. 87, p. 404-428, 2003.
HORTON, R. E. Erosional development of streams and their drainage basin:
Hydrophysical approach to quantitative morphology. Geology Society America
Bulletin, v.3, n.56, p. 275-370, 1945.
HOTT, M. C.; FURTADO, A. L. S.; RIBEIRO, C. A. A. S. Determinação automática
de parâmetros morfométricos de bacias hidrográficas no município de Campinas –
SP. IN: Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto, 13. 2007. Florianópolis.
Anais... São José dos Campos: INPE, p.3381-3388, 2005.
HOUGHTON, R.A. The worldwide extent of land-use change. Bioscience. v.44,
p.305-315, 1994.
HUANG, C., GASCUEL-ODOUX, C., CROS-CAYOT, S. Hillslope topographic and
hydrologic effects on overland flow and erosion. Catena. v.46, p.177-188, 2001.
HUETE, A. R., DIDAN, K., MIURA, T., RODRIGUEZ, E. P., GAO, X., e
FERREIRA, L. G. Overview of the radiometric and biophysical performance of the
MODIS vegetation indices. Remote Sensing of Environment, v.83, p.195−213,
2002.
HUGGETT, Richard. Systems analysis in geography; contemporary problems in
geography. Oxford, Clarendon Press, 1980.
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Manual técnico do uso da
terra. 2ª ed. Rio de janeiro: IBGE, 2006.
127
IBGE. Atlas de saneamento básico segundo bacia hidrográfica – uso múltiplo da
água – Paraíba do Sul. Rio de Janeiro, p. 113, 2000.
INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Imagem LANDSAT 5. Sensor
TM. Canais 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7. São José dos Campos: Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais. Imagem de Satélite. Órbita 215 Ponto 65. De 06 de outubro
de 2010. Disponível em http://www.dgi.inpe.br/CDSR/. Acesso em: 14 de janeiro
de 2010.
INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Imagem LANDSAT 5. Sensor
TM. Canais 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7. São José dos Campos: Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais. Imagem de Satélite. Órbita 215 Ponto 65. De 10 de outubro
de 2010. Disponível em http://www.dgi.inpe.br/CDSR/. Acesso em: 14 de janeiro
de 2010.
IVANCKO, C. M.; FILHO, A. P.; NOGUEIRA, F. P.; DONZELI, P. L. e CHIARINI, J.
V. Distribuição espacial das várzeas no estado de São Paulo. Boletim Técnico 2,
Instituto Agronômico, 1985.
JACOMINE, P. T., CAVALCANTI, A.C.; BURGOS, N.; PESSOA, S.C.P. e
SILVEIRA, C.O.. Levantamento exploratório reconhecimento de solos do Estado
de Pernambuco. Divisão de Pesquisa Pedológica, vol. 1. Recife, PE, (Boletim
Técnico 26, Pedologia 14), 1973.
JARVIS, A.; RUBIANO, J.; NELSOM, A.; FARROW, A.; MULLIGAN, M. Practical
use of SRTM data in the tropics - comparisons with digital elevation models
generated from cartographic data. International Center for Tropical Agriculture,
Palmira, n. 198, p.1-32, 2004.
JENSEN, J.R. Introductory digital image processing: a remote sensing
perspective. 2 ed. Prentice Hall series in geographic information science, 316p,
1996.
JENSEN, J.R. Remote sensing of the environment: an earth resource perspective.
London: printice-hall, 544 p, 2006.
JENSEN, J.R. Remote sensing of water. In: Jensen, J.R. (ed). Remote sensing of
the environment: an earth resource perspective. Prentice-Hall Inc., Upper Saddle
River: Prentice Hall, p. 379-406, 2000.
JENSON, S. K.; DOMINGUE, J. O. Extracting topographic structure from digital
elevation data for geographic information system analysis. Photogrammetric
Engineering and Remote Sensing, Bethesda, v.54, n. 11, p.1.593-1.600, 1988.
JORDAN, G.; SCHOTT, B. Application of wavelet analysis to the study of spatial
pattern of morphotectonic lineaments in digital terrain models. Remote Sensing of
Environment, New York, v.94, n.1. p.31-38, 2005.
128
JUNK, W.J. General aspects of floodplain ecology with special reference to
Amazonian floodplains. in: The Central Amazon Floodplain: ecology of a pulsing
system. Junk, W.J. (ed.). Springer-Verlag. Ecological studies 126:3-20, 1989.
KÄÄB, A. Combination of SRTM and repeat ASTER data for deriving alpine glacier
flow velocities in the Bhutan Himalaya. Remote Sensing of Environment, New
York, v.94, n.4, p. 463- 474, 2005.
KAMPHORST, E. C.; JETTEN, V.; GUÉRIF, J.; PITKÄNEN, J.; IVERSEN, B. V.;
DOUGLAS, J. T.; PAZ, A. Predicting depressional storage from soil surface
roughness. Soil Science Society of America Journal, v.64, p.1749-1758, 2000.
KENNEDY, R. E.; COHEN, W. B.; SCHROEDER, T. A. Trajectory-based change
detection for automated characterization of forest disturbance dynamics. Remote
Sensing of Environment, v. 110, n. 3, pp. 370-386, 2007.
KIRKBY, M. Modelisation des interactions entre caractéristiques superficielles des
sols et érosion hydrique. Catena. v. 46, p.89-102, 2001.
KOCAK, G.; BUYUKSALIH, G.; ORUC, M. Accuracy assessment of interferometric
digital elevation models derived from the Shuttle Radar Topography Mission X-
and C-band data in a test area with rolling topography and moderate forest cover.
Optical Engineering, Bellingham, v.44, n.3, p.7-14, 2005.
KURTZ, F. C.; ROCHA, J. S. M.; KURTZ, S. M. J. M. de; ROBAINA, A. D.;
GARCIA, S. M.; SANTOS, A. H. O.;DILL, P. R. J.; ATAIDES, P. R. V.; MARTINS,
F. B. Zoneamento ambiental dos banhados da estação ecológica do Taim, RS.
Ciência Rural, Santa Maria, v. 33, n. 1, p. 77-83, 2005.
KUX, H.; BANON, G. J. F.; DUTRA, L. V.; CHIANG, L. C. Geological and
geomorphological studies in the Roraima state (Brazil) by SIR-B (Shuttle Imaging
Radar) data: preliminary results using filtering techniques. In: LATIM AMERICAN
SYMPOSIUM ON REMOTE SENSING, 1989, San Carlos de Bariloche.
Procedings, v. II. p. 553-558, 1989.
LACERDA, F. FERREIRA, M. A. F. SOUZA, W. M. Temperaturas do ar médias
anuais. In: Atlas de bacias hidrográficas de Pernambuco. Recife: Secretaria de
Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente do Estado de Pernambuco, p.16-17, 2006.
LANA, C. E. ALVES, J. M. P.; CASTRO, P.T. A. Análise morfométrica da bacia do
Rio do Tanque, MG-BRASIL. REM. Ouro Preto-MG, Vol 54, p. 121-126, 2001.
LANDIS, J.; KOCH, G. G. The measurements of observer agreement for
categorical data. Biometrics, v. 33, n. 3, p. 159-179, 1977.
LANDSAT 5 TM. 2010. Órbita 215, Pontos 066 e 066, sul. Imagem de satélite.
Canais 1, 2, 3, 4, 5, 7. Disponível em http://www.inpe.br/. Acessado em 14 janeiro
de 2011.
129
LANDSAT 5 TM. 2010. Órbita 216, Pontos 065 e 066, sul. Imagem de satélite.
Canais 1, 2, 3, 4, 5, 7. Disponível em http://www.inpe.br/. Acessado em 14 janeiro
de 2011.
LANE, S N; RICHARDS, K. S; CHANDLER, J. H. Landform monitoring, modelling,
and analysis. Chichester; New York: J. Wiley e Sons, 454 p. (British
Geomorphological Research Group symposia series, 1998.
LANNA, A. E. L. Gerenciamento de bacia hidrográfica: aspectos conceituais e
metodológicos. Brasília: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis, 1995.
LILLESAND, T. M. e KIEFER, R. W. Remote sensing and image interpretation.
John Wiley e Sons Inc. New York – USA. 3 ed. 750p, 2004.
LIMA, P. R. A. LEOPOLDO, P.R. Retenção de água de chuva por mata ciliar na
Região Central do Estado de São Paulo. Revista Energia na Agricultura. v.14, n.3,
p.25-33.1999.
LIMA, W.P. Função hidrológica da mata ciliar. Simpósio sobre Mata Ciliar.
Campinas. Anais... Campinas. Fundação Cargill: p. 25-42, 1994.
LINDENER, E.A.; GOMIG, K. KOBIYAMA, M. Sensoriamento remoto aplicado à
caracterização morfométrica e a classificação do uso do solo na bacia do rio do
Peixe/SC. In: SIMPÓSIO DE SENSORIAMENTO REMOTO, 13, 2007,
Florianópolis. Anais..., Florianópolis, p.3405-12, 2007.
LOPES, M. R. S. Avaliação das taxas de recuo diferencial do divisor Doce-São
Francisco na borda leste do Quadrilátero Ferrífero: aplicação de isótopos
cosmogênicos. Rio de Janeiro. Departamento de Geografia: resumos, 2008.
LUCHIARI, KAWAKUBO e MORATO. Aplicações do sensoriamento remoto na
geografia. In: VENTURI, L. A. B. (Org.). Praticando geografia: técnicas de campo
e laboratório. São Paulo: Oficina de textos, p.33-54, 2005.
LUEDELING, E.; SIEBERT, S.; BUERKERT, A. Filling the voids in the SRTM
elevation model - A TIN-based delta surface approach. ISPRS Journal of
Photogrammetry e Remote Sensing, New York, v.62, n.4, p.283-294, 2007.
MACHADO, M.L. Caracterização de agroecossistemas cafeeeiros da zona da
mata de Minas Gerais, usando sensoriamento remoto e sistemas de informações
geográficas. Dissertação de Mestrado: Universidade Federal de Lavras MG, 137
p, 2002.
MACHADO, R.E. Simulação de escoamento e produção de sedimento em uma
microbacia hidrográfica utilizando técnicas de modelagem e geoprocessamento.
2002. 152p. Tese (Doutorado em Agronomia) – Escola Superior de Agricultura
“Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2002.
130
MARCELLINI, S. S. Diretrizes para utilização de tecnologia de Sistemas de
informação Geográfica (SIG) na exploração de informações hidrológicas –
exemplos de aplicação. Tese (doutorado) – EP/USP. São Paulo, Brasil , 228
páginas, 2002.
MARK, D.M. Automatic detection of drainage networks from digital elevation
models. Cartographica, Toronto, v.21, n.3, p.168-178, 1984.
MARKHAM, B. L.; BARKER, L. L. Thematic mapper bandpass solar
exoatmospherical irradiances. International Journal of Remote Sensing, v.8, n.3,
p.517-523, 1987.
MARTINS Jr., P.P., ROSA, S.A.G. Metodologia para o enquadramento científico
de cursos d‟água no contexto do gerenciamento de bacias hidrográficas.
Produção das Informações Básicas. Belo Horizonte: Fundação CETEC. Doc. NT-
MDBV. 01/92, 1992.
MARTINS, F. B. Zoneamento ambiental dos banhados da estação ecológica do
Taim. RS. Ciência Rural, Santa Maria, v. 33, n. 1, p. 77-83, jan. 2003.
MARTINS, F.B. et al. Zoneamento ambiental da sub – bacia hidrográfica do Arroio
Cadena, Santa Maria (RS). Estudo de caso. Cerne, Lavras, v.11, n.3, p.315-322,
jul./set. 2005.
MATA-LIMA, H.; VARGAS, H.; CARVALHO, J.; GONÇALVES, G.; CAETANO, H.;
MARQUES, A.; RAMINHOS, C. Comportamento hidrológico de bacias
hidrográficas: integração de métodos e aplicação a um estudo de caso. REM:
Revista Escola de Minas, Ouro Preto, 60(3): 525-536, jul. set. 2007.
MATOS, F. D. A.; Amaral, I. L.; Filho, D. A. L. Imagens CBERS-2 na identificação
e caracterização da cobertura florestal em uma planície aluvial no baixo rio
Amazonas. Anais XII Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto. Goiânia,
Brasil, 16-21 abril, INPE, p. 1011-1017, 2005.
MELO, M. L. Áreas de Exceção da Paraíba e Sertões Pernambuco. Recife:
SUDENE/PSU-SRE. 321 p. (série Estudos Regionais, 19), 1988.
MENDES, C.A.B.; CIRILO, J.A. Geoprocessamento em recursos hídricos:
princípios, integração e aplicação. Porto Alegre: ABRH, 536 p, 2001.
MENESES, P. R.; MADEIRA NETTO J. S. Sensoriamento Remoto: Reflectância
de Alvos Naturais. Brasília, DF. UNB; Planaltina: Embrapa Cerrados. 2001.
MENESES, P.R. Fundamentos da radiometria ópitica spectral. In MENESES,
P.R.; MADEIRA NETO, J.S. Sensoriamento Remoto: reflectância dos alvos
naturais. Brasília: UNB; Planaltina: Embrapa Cerrados, Cap.1, 262p, 2001.
131
MERKEL, W.H.; KAUSHIKA, R.M.; GORMAN, E. NRCS GeoHydro-A GIS
interface for hydrologic modeling. Computers e Geosciences, Oxford, v.34, n.8,
p.918-930, 2008.
MILANO, M. S. Unidades de conservação: conceitos básicos e princípios gerais
de planejamento, manejo administração. Curitiba: [s.n.], 63 p, 1993.
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Diretrizes para a política de conservação e
desenvolvimento sustentável da Mata Atlântica. Brasília – DF, 26p, 1998.
MONTENEGRO, A. A. A., MONTENEGRO S. M. G. L. e MACKAY, R.
Regularização hídrica em aluviões – Estudo de caso no semiárido do Nordeste do
Brasil. 9ª Conferência Internacional sobre Sistemas de Captação de Água de
Chuva. Petrolina- PE, 1999.
MONTGOMERY, D.R, DIETRICH, W.E. 1989. Source areas, drainage density,
and channel initiation. Journal of the American Water Resources Association.
V.25,n.8, p.1907-1918. New York, 1989.
MOREIRA, M. A. Fundamentos do sensoriamento remoto e metodologias de
aplicação. 3ª ed. Viçosa: UFV, 2007.
MOTA, S. Preservação e conservação de recursos hídricos. Rio de Janeiro:
ABES, 200p, 1995.
NETTO, C. Bacia hidrográfica e qualidade ambiental. In: VITTE, A. C.; GUERRA,
A. J. T. (Org.). Reflexões sobre a geografia física no Brasil. 2a ed. Rio de Janeiro:
Bertrand Brasil, 153- 192 p, 2007.
NIMER, E. Clima In: Geografia do Brasil – Região Sudeste – Rio de Janeiro,
SERGRAF/IBGE, v.3, p 51- 89, 1977.
NOVO, E. M. L. M. Sensoriamento remoto: princípios e aplicações. São Paulo:
Blucher, 363p. 2008.
NOVO, E .M. L. M.; FERREIRA, L. G.; BARBOSA, C.; CARVALHO, C.; SANO, E.
E.; Shimabukuro, Y.; Huete, A.; Potter, C.; Roberts, D.A.; Hess, L.L.; Melack, J.J.;
Yoshioka, H.; Klooster, S.; Kumar, V.; Myneni, R.; Ratana, P.; Didan, K. E Miura,
T. Técnicas avançadas de sensoriamento remoto aplicadas ao estudo de
mudanças climáticas e ao funcionamento dos ecossistemas amazônicos. Acta
Amazonica, v.35, p.259-272, 2005.
O´CALLAGHAN, J.F.; MARK, D. M. The extraction of drainage networks from
digital elevation data. Computer Vision, Graphics, and Image Processing, San
Diego, v.28, n. 3, p.323-344, 1984.
132
PARANHOS FILHO, A. C. Análise geo-ambiental multitemporal: O estudo de caso
da região de Coxim e Bacia do Taquarizinho. Tese de doutorado. Curso de Pós-
Graduação em Geologia – UFPR, 213 p, 2000.
PARANHOS FILHO; A. C.; FIORI, A.P.; DISPERATI, L.; LUCCHESI, C.; CIALI, A.
e LASTORIA, G. “Avaliação multitemporal das perdas dos solos na bacia do rio
taquarizinho através de SIG”. Boletim Paranaense de Geociências, n.52, p.49-59.
2003
PINHEIRO, E. S. Comparação entre dados altimétricos Shuttle Radar Topography
Mission, cartas topográficas e GPS: Numa área com relevo escarpado. Revista
Brasileira de Cartografia, Rio de Janeiro, v.58, n.1. p.1-9, 2006.
PISSARA, T. C. T.; POLITANO, W.; FERRAUDO, A. S. Avaliação de
características morfométricas na relação solo-superfície da bacia hidrográfica do
córrego Rico, Jaboticabal (SP). Revista Brasileira de Ciências do Solo, Viçosa,
n.28, p.297-305, 2004.
PONZONI, F. J.; REZENDE, A. C. Influências da resolução espacial de imagens
orbitais na identificação de elementos da paisagem em Altamira-PA. Revista
Árvore, 26(4): p. 403-410, 2002.
PRUSKI, F.F., RODRIGUES, L.N., SILVA, D.D. Modelo hidrológico para
estimativa do escoamento superficial em áreas agrícolas. Revista Brasileira de
Engenharia Agrícola e Ambiental, v.5, n.2, p.301-307, 2003.
RABUS, B.; EINEDER, M.; ROTH, A.; BAMLER, R. The shuttle radar topography
mission: a new class of digital elevation models acquired by spaceborne radar.
ISPRS Journal of Photogrammetry e Remote Sensing, New York, v.57, n.4, p.241-
262, 2003.
REBOUÇAS, A. C., BRAGA, B., TUNDISI, J. G. Águas doces no Brasil: capital
ecológico, uso e conservação. São Paulo- SP. Escrituras Editora, 703p, 1999.
RENNÓ, C. D.; NOBRE, A. D.; CUARTAS, L. A.; SOARES, J. V.; HODNETT, M.
G.; TOMASELLA, J.; WATERLOO, M. J. HAND, A. New terrain descriptor using
SRTM-DEM: Mapping terra-firme rainforest environments in Amazonia. Remote
Sensing of Environment, New York, v.112, n.9, p.3469-3481, 2008.
RIBEIRO, C. A. A. S.; SOARES, V. P.; SANTOS, R. M.; SOARES, C. P. B.
Estruturação topológica de grandes bases de dados de bacias hidrográficas.
Revista Árvore, v.32, n.4, p.687-696, 2008.
RIBEIRO, C. A. A. S.; SOARES, V. P.; OLIVEIRA, A. M. S.; GLERIANI, J. M. O
desafio da delimitação de áreas de preservação permanente. Revista Árvore. v.
29 n.2. Viçosa. 2005.
133
RIBEIRO, C. A. D. et al. Banco de dados temporal de imagens NDVI do sensor
MODIS para o Espírito Santo. In: Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto
(SBSR), 13, 2007, Florianópolis. Anais... São José dos Campos: INPE, 2007.
Artigos, p. 6075-6081, 2007. Disponível em: http://marte.dpi.inpe.br/rep-
/ltid.inpe.br/ sbsr/2007. Acesso em: 33 ago. 2010.
RICHTER, M.; CRUZ, C. B. M.; MENEZES, P. M. L.; VALENTIM, L. C.;
MEDEIROS, D. R. O uso de produtos de sensoriamento remoto como suporte ao
planejamento e gestão do Parque Navional de Itatiaia. In: Congresso Brasileiro de
Cartografia. Belo Horizonte, 162p, 2003.
RICHTER, M. Análise espacial e caracterização cartográfica de áreas de proteção
ambiental - o caso de Itatiaia. Tese de Mestrado, IGEO/UFRJ, 46 – 52 p., 2004.
RIFEEL, S. B. Curva hipsométrica no mapeamento de paleosuperfícies:
abordagem quantitativa. Curitiba. UFPR: Dissertação de Mestrado, 88p, 2006.
ROCHA, J. S. M. Manual de projetos ambientais. Brasília: MMA, 446 p, 1997.
ROCHA, J. S. M.; KURTZ, S. M. J. M. Manejo integrado de bacias hidrográficas.
4. ed. Santa Maria: UFSM, 302 p, 2001.
RODAL, M. J. N.; MARTINS, F. R.; SAMPAIO, E. V. S. B. Levantamento
quantitativo das plantas lenhosas em trechos de vegetação de caatinga em
Pernambuco. Revista Caatinga, Mossoró, v. 21, n. 3, p. 192-205, 2008.
RODRIGUEZ, E.; MORRIS, C. S.; BELZ, J. E. A global assessment of the SRTM
performance. Photogrammetric Engineering and Remote Sensing, Bethesda, v.72,
n.3. p. 249-260, 2006.
ROSA, G. M.; PETRY, M. T.; CARLESSO, R. Disponibilidade, eficiência e
racionalidade na utilização de recursos hídricos. Revista Ciência e Ambiente,
n.21, p.103-118, 2000.
ROSA, R. O Uso de SIG‟S para o zoneamento: uma abordagem metodológica.
214 f. Tese (Doutorado em Geografia Física) – Faculdade de Filosofia, Letras e
Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1995.
ROSS J.L.S. Relevo brasileiro: planaltos, planícies e depressões. In: Carlos, A. F.
A. (org). Novos Caminhos da Geografia. São Paulo, Ed.Contexto. p. 41-63,1999.
ROSS, J. L. S. Análise empírica da fragilidade dos ambientes naturais e
antropizados. São Paulo Revista do Departamento de Geografia - FFLCH-USP,
n.9, p. 63-74, 1999.
ROSS, J. L. S. O registro cartográfico dos fatos geomorfológicos e a questão da
taxonomia do relevo. São Paulo. Revista do Departamento de Geografia - FFLCH-
USP, n.6, 17-30p. 1994.
134
ROSS, J. L. S. e PRETE, M. E. D. Recursos hídricos e bacias hidrográficas:
âncoras do planejamento e gestão ambiental. São Paulo. Revista do
Departamento de Geografia - FFLFCH – USP, n. 12, p. 89-121, 1998.
RUSZKICZAY-RUDIGER, Z. Tectonic and climatic forcing in Quaternary
landscape evolution in the central Pannonian Basin: A quantitative
geomorphological geochronological and structural analysis. 2007.
SAMPAIO, E.V.S.B. et al. (eds.): Vegetação e flora da caatinga - contribuição ao
Workshop Avaliação e Identificação de Ações Prioritárias para a Conservação,
Utilização Sustentável e Repartição dos Benefícios da Biodiversidade do Bioma
Caatinga, em Petrolina, 5/2000. Recife: Associação Plantas do Nordeste - APNE;
Centro Nordestino de Informações sobre Plantas - CNIP, 2002.
SANTANA, D.P. Manejo integrado de bacias hidrográficas. Sete Lagoas: Embrapa
Milho e Sorgo, 63p, 2003.
SANTOS A.R. Caracterização morfológica, hidrológica e ambiental da bacia
hidrográfica do rio Turvo Sujo, Viçosa, MG. 2001. 141 f. Tese (Doutorado em
Engenharia Agrícola) – Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG, 2001.
SANTOS, E. J.. ; MORAIS, F. ; GALVÃO, M. J. T. G. Programa de Águas
Subterrâneas para a Região Nordeste : Mapa geológico do alto vale do Rio
Moxotó. Recife : CPRM, 1 mapa, color. , 114cm x 91cm . Escala 1:100.000, 1999.
SANTOS, J. C. Extração de atributos de forma e seleção de atributos usando
algoritmos genéticos para classificação de regiões. 2007. 99 f. Dissertação
(Computação aplicada) – INPE, São José dos Campos, 2007. Disponível em:
<http://www.inpe.br/biblioteca
SANTOS, J. R.; KRUG, T.; ARAUJO, L. S.; MEIRA FILHO, L. G.; ALMEIDA, C. A.
Dados multitemporais TM/Landsat aplicados ao estudo da dinâmica de
exploração madeireira na Amazônia In: X Simpósio Brasileiro de Sensoriamento
Remoto. Foz do Iguaçu, PR, 21-26 abr, 2001. Anais... São José dos Campos:
INPE, p. 1751-1755, 2001.
SANTOS, P. R. A.; GABOARDI, C.; OLIVEIRA, L. C. Avaliação da precisão
vertical dos modelos SRTM para a Amazônia. Revista Brasileira de Cartografia,
Rio de Janeiro, v.58, n.1, p. 101-107, 2006.
SANTOS, P.R.A.; GABOARDI, C.; OLIVEIRA, L.C. Avaliação da precisão vertical
dos modelos SRTM para a Amazônia. Revista Brasileira de Cartografia, Rio de
Janeiro, v.58, n.1, p. 101-107, 2006.
SANTOS, P. R. A.; GABOARDI, C.; OLIVEIRA, L. C. Avaliação da precisão
vertical dos modelos SRTM para a Amazônia. Goiânia. Anais... São José dos
Campos: INPE, p. 4473-4480, 2005.
135
SARTORATO, G. B. Análise estatística de lineamento extraídos de imagem
Landsat-Tm da porção norte do Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais, 1998.
SCHUMM, S. A. Evolution of drainage systems and slopes in bedlands at Perth
Amboy, New Jersey. Bull. Geol. Soc. Am., 67:597-646, 1956.
SCS, 1973. A method for estimating volume and rate of runoff in small
watersheds. Technical Paper: SCS-TP-149. Revisado em Abril de 1973.
SECTMA- Secretaria de Ciências, Tecnologia e Meio Ambiente Plano Estadual de
Recursos Hídricos. Bacias hidrográficas de Pernambuco. Recife-PE, 1998.
SENA, P. S. Diálogos na fronteira socioambiental. Lorena, SP. Stiliano, 1999.
SENARATH, S. U. S., OGDEN, F. L., DOWNER, C. W., SHARIF, H. O. On the
calibration and verification of two-dimensional, distributed, Hortonian, continuous
watershed models. Water Resources Research. v.36, n.6, p.1495-1510, 2000.
SILVA, A. M.; HERPIN, U. Caracterização morfométrica de sete bacias
hidrográficas de mesoescala no estado de São Paulo. Caminhos da Geografia.
Uberlância:UFU, v. 17, n. 3, p. 20-30, fev. 2006.
SILVA, A. B., BRITES, R. S., SOUZA, A. R. Caracterização do meio físico da
microbacia Quatro Bocas, em Agelim, PE, sua quantificação por sistema de
informação geográfica. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 34, n. 1,
p.109-117. 1999.
SILVA, B. B.; LOPES, G. M.; AZEVEDO, P. V. Balanço de radiação em áreas
irrigadas utilizando imagens Landsat 5 – TM. Revista de Meteorologia, v. 20, p.
243-252, 2005.
SILVEIRA, A. L. L. Ciclo hidrológico e bacia hidrográfica. Ciência e Aplicação.
EDUFRS/ABRH, p.35 – 51, 2003.
SILVEIRA, A.L.; LOUZADA, J.A.; BELTRAME, L.F. Infiltração e armazenamento
no solo. In: TUCCI, C.E.M. Hidrologia: ciência e aplicação. 2. ed. Porto Alegre: Ed.
Universidade: ABRH, EDUSP, p.335-372, 2003.
SMITH, B.; SANDWELL, D. Accuracy and resolution of shuttle radar topography
mission data. Geophysical Research Letters, Washington, v.30, n.9, p.1-4, 2003.
SOIL CONSERVATION SERVICE. National engineering handbook. s.l.. n.p.
(Section 4: Hydrology), 1972.
SRTM para a Amazônia. 12., 2005, Goiânia. Anais...São José dos Campos: INPE,
2005.
STRAHLER AN. Quantitative analysis of watershed geomorphology. Trans Am
Geophys Union n.38, p.913–920, 1957
136
STRAHLER, A. N. Dimensional analysis applied to fluvial eroded landforms.
Geological Society of America Bulletin, v.69, p.279-300, 1958.
STRAHLER, A. N. Quantitative analysis of watershed geomorphology.
transactions of the American Geophysical Union. Vol. 8, n.6, p. 913-920, 1957.
STRAHLER, A. N. Quantitative geomorphology of drainage basins and channel
networks. Section 4-2. In: Vente Chow (ed.). Handbook of applied hydrology. New
York, McGraw-Hill. p. 4-55, 1964.
STRAHLER, A.N. Dimensional analysis applied to fluvially eroded landforms.
Geological Society of America Bulletin, v. 69, p.279-300, 1958.
STRAHLER, A.N. Hypsometric (area-altitude) analysis and erosional topography.
Geological Society of America Bulletin, v. 63, p. 1117-1142, 1952.
SUASSUNA, J. Contribuição ao estudo hidrológico do semiárido nordestino.
Fundação Joaquim Nabuco, Editora Massangana, 98 p, 2000.
SUDENE. Dados pluviométricos mensais do Nordeste – PE, 1990.
SULFOFT. Guia do ENVI em português. 07/2007. Disponível em: <http:// www.
sulsoft.com.br>. Acesso em: 5 abr. 2009.
SUN, G.; RANSON, K.J .; KHAIRUK, V. I.; KOVACS, K. Validation of surface
height from shuttle radar topography mission using shuttle laser altimeter. Remote
Sensing of Environment, New York, v.88, n.4, p.401-411, 2003.
SZILAGYI, J., PARLANGE, M.B. A geomorphology-based semi-distributed
watershed model. Advances in: Water Resources, v.23, p.177-187, 1999.
TARBOTON, D.G.; BRAS, R.L.; RODRIGUEZ-ITURBE, I. On the extraction of
channel networks from digital elevation data. Hydrological Processes, Chichester,
v.5, n.1, p.81-100, 1991.
TEIXEIRA, C.V. Uso do sensoriamento remoto para delimitação e identificação de
áreas inundáveis (várzea) na bacia amazônica. Brasília: Instituto de Geociências,
Universidade de Brasília, 84 p, 2008.
THOMPSON, J. A., BELL, J. C., BUTLER, C. A. Digital elevation model resolution:
effects on terrain attibute calculation and quantitative soil-landscape modeling.
Geoderma. v.100, p.67-89, 2001.
TONELLO, K. C.; DIAS, H. C. T.; SOUZA, A. L.; ALVARES, C. A.; RIBEIRO, S.;
LEITE, F. P. Morfometria da bacia hidrográfica da Cachoeira das Pombas,
Guanhães – MG. Revista Árvore, v.30, n.5, p.849-857, 2006.
137
TONELLO, K.C. Análise hidroambiental da bacia hidrográfica da cachoeira das
Pombas, Guanhães, MG. 2005. 69p. Tese (Doutorado em Ciências Florestal) –
Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2005.
TORRES, T.G.; PARANHOS FILHO, A.C.; RONDON, M.A.C.; LASTORIA, G.;
SOUZA, A. Comparação do divisor de bacia obtido de diferentes modos: o caso
de estudo da bacia do córrego Guariroba - MS. Revista de Estudos Ambientais,
Blumenau, v.7, n.1. p. 39-56, 2005.
TRICART, J. Ecodinâmica. IBGE, Rio de Janeiro, 204p, 1977,
TUCCI, C. E. M. Regionalização de vazões. In: TUCCI, C. E. M., ed. Hidrologia:
ciência e aplicação. 2ed. Porto Alegre: EDUFRGS: ABRH p. 573-611, 2003.
TUCCI, C.E.M. Escoamento superficial. In: TUCCI, C. E. M. Hidrologia: ciência e
aplicação. Porto Alegre: ABRH-EDUSP, 943p, 2000.
TUCCI, C.E.M. Modelos hidrológicos. 1.ed. Porto Alegre: Ed.
Universidade/UFRGS/ABRH, 669p., 1998.
TUCCI, C.E.M., BELTRAME, L.F.S. Evaporação e evapotranspiração. In: TUCCI,
C.E.M. Hidrologia: ciência e aplicação. 2.ed. Porto Alegre: Ed. Universidade:
ABRH, EDUSP, p.253-287, 2000.
TUCKER, G. E.; Catani, F.; Rinaldo, A. Brás, R. L., Statistical analysis of drainage
density from digital terrain data. Geomorphology, v.36, p.187-202, 2001.
TURCOTTE, R.; FORTIN, J.P.; ROUSSEAU, A.N.; MASSICOTTE, S.;
VILLENEUVE, J.P. Determination of the drainage structure of a watershed using a
digital elevation model and a digital river and lake network. Journal of Hydrology,
Amsterdam, v.240, n.3, p.225- 242, 2001.
UNITED SATATES DEPARTMENT OF AGRICULTURE - USDA, Soil Taxonomy,
A basic system of soil classification for making and interpreting soil surveys.
United States Department of Agriculture. Natural Resources Conservation Service,
Agriculture Handbook, 1973.
VALERIANO, M. M. e MORAES, J. F. L. Extração de rede de drenagem e
divisores por processamento digital de dados topográficos. In: SIMPÓSIO
BRASILEIRO DE SENSORIAMENTO REMOTO, 10., Foz do Iguaçu, 8p, 2001.
VALERIANO, M. M. Mapeamento da declividade em microbacias com sistemas
de informação geográfica. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental,
v.7, n.2, p.303-310, 2003.
138
VALERIANO, M. M.; MORAES, J. F. L. Extração de rede de drenagem e divisores
por processamento digital de dados topográficos. Simpósio Brasileiro de
Sensoriamento Remoto, 10, Foz do Iguaçu, 2001. Anais... São José dos Campos.
INPE, p.517-524, 2001.
VALERIANO, M. M. Dados topográficos. In: FLORENZANO, T. G. (Org.).
Geomorfologia, conceitos e tecnologias atuais. São Paulo: Oficina de Textos,
p.72-104, 2008.
VALERIANO, M. M. Delimitação automática de bacias hidrográficas utilizando
dados SRTM. Revista de Engenharia Agrícola. Jaboticabal, v.30, p.46-57, 2010.
VALERIANO, M. M.; ABDON, M. M. Aplicação de dados SRTM a estudos do
Pantanal. Revista Brasileira de Cartografia, Rio de Janeiro, v.59, n.1, p.63-71,
2007.
VASCONCELOS, C. H.; NOVO, E. M. L. M.; Mapeamento do uso e cobertura da
terra a partir da segmentação e classificação de imagens–fração solo, sombra e
vegetação derivadas do modelo linear de mistura aplicado a dados do sensor
TM/Landsat-5, na região do reservatório de Tucuruí – PA. Acta Amazônica, v.34,
n.3, p.487-493, 2004.
VENTURI, L. A. B. Praticando geografia: técnicas de campo e laboratório. São
Paulo: Oficina de textos, p.33-54, 2005.
VERDIN, K.L.; VERDIN, J.P. A topological system for delineation and codification
of the Earth‟s river basins. Journal of Hydrology, Amsterdam, v.218, n.1, p.1-12,
1999.
VILLELA, S.M.; MATTOS, A. Hidrologia aplicada. São Paulo. Editora McGraw-Hill,
245p, 1975.
VOGT, J. V.; COLOMBO, R.; BERTOLO, F. Deriving drainage networks and
catchment boundaries: a new methodology combining digital elevation data and
environmental characteristics. Geomorphology, Amsterdam, v.53, n.3, p.281-298,
2003.
WALCOTT, R. C.; SUMMERFIELD, M. A. Scale dependence of hypsometric
integrals: an analysis of southeast African basins. Geomorphology, p.174-186,
2007.
WALKER, J. P.; WILLGOOSE, G. R. On the effect of DEM accuracy on hydrology
and geomorphology models. Water Resource Research, Washington, v.357, n.7,
p.2.259-2.268, 1999.
WERTHEIN, J. A água como prioridade. UNESCO Brasil. Disponível em:
<http://www.unesco.org.br>. Acesso em: novembro, 2009.
139
WHITEHEAD, P. G., ROBINSOM, M. Experimental basin studies – an
international and historic perspective of forest impacts. Journal of Hydrology, v.
145, p.217-230,1993.
WILKS, D.S. Interannual variability and extreme-value characteristics of several
stochastic daily precipitation models. Agricultural and Forest Meteorology. v.93,
p.153-169, 1999.
WILSON, M. D.; ATKINSON, P. M. The use of remotely sensed land cover to
derive floodplain friction coefficients for flood inundation modeling. Hydrology.
Process, n.21, p.3576–3586, 2007.
WILSON, M.; BATES, P.; ALSDORF, D.; FORSBERG, B.; HORRIT, M. ;
MELACK, J.; FRAPPART, F. ; FAMIGLIETTI, J. Modeling large-scale inundation of
Amazonian seasonally flooded wetlands. Geophysical Research Letters, n.34, 6p.,
2007.
WITTMANN, F.; JUNK, W. J.; PIEDADE, M. T. F. The várzea forests in Amazonia:
flooding and the highly dynamic geomorphology interact with natural forest
succession. Forest Ecology and Management, n.196, p.199–212, 2004.
WOLDENBERG, M. J. Models in geomorphology. Londres: George Allen EUnwin,
1985.
YOELI, P. Analytical hill shading (A cartographic experiment). Surveying and
Mapping, vol.25. nº 4, pp. 573-579, 1965.
YOUNG, M.D.B., GOWING, J.W., WYSEURE, G.C.L., HATIBU, N. Parched-
Thirst: development and validation of a process-based model of rainwater
harvesting. Agricultural Water Management, v. 55, p.121-140, 2002.
ZAPE - Zoneamento Agroecológico do Estado de Pernambuco/ SILVA, F. B. R. et
al. Recife: Embrapa Solos – UEP, Recife; Governo do Estado de Pernambuco
(Secretaria de Produção Rural e Reforma Agrária), 2001. CD-ROM. (Embrapa
Solos. Documentos; n. 35). ZAPE Digital: escala 1:100.000.