Zine #2 Locomotiva Cultural

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Segundo Zine do Locomotiva Cultural de Itajubá Esse zine digulga e agrega um material diversificado de artistas mineiros poesias: Bruno Nobru, Crys Marques, Fernando Amarante, Gildes Bezerra, Guilherme Paiffer Polodan, Igor Alves - Grupo Larvas Poesia, Lucas Torres Stoffel, Marina Miranda, Renan Moreno, Ronaldo - Pé de Porco, Vinícius Guimarães de Almeida ilustrações: Ana Paula Mohallem

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O Locomotiva Cultural é um núcleo de produ-ção independente sem fins lucrativos voltado para o desenvolvimento da cena artística sul-mineira. Sediado em Itajubá - MG, polo pouco reconhecido pela produção artística autoral do estado, este espaço de atividades coletivas visa criar um maior diálogo entre todos os níveis da cadeia produtiva local (artistas, público, casas de espetáculos), bem como buscar parcerias com os setores públi-co e privado. Além disso, o coletivo agrega profissionais de diversas áreas afins como jornalistas, designers, fotógrafos e técnicos especialistas.

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Zine

A idéia do zine é agregar e divulgar um material diversificado de artistas mineiros.

Todas as poesias deste zine já foram expostas no varal da arte.

Para participar do varal, preencha o formulário na seção do varal da arte no site do locomotiva

locomotivacultural.com.br

Varal da arte

Exposição de trabalhos artisticos como poemas, fotografias, pinturas e desenhos de artistas independentes.

Essa exibição estará presente na maioria dos eventos do Locomotiva Cultural

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Renan MorenoItajubá - MG

A vida é assim, poesia e terror

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e um dia poderáo que jamais podeonde jamais esteve

Lucas Torres Stoffel Itajubá - MG

deviritajubense.wordpress.com

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Chaves

A meu ver existem cinco tipos de pessoas:Aquelas que andam com as chaves no bolso, Aquelas que andam com as chaves na mão,Aquelas que retiram as chaves do bolso perto da porta,Aquelas que retiram as chaves do bolso em frente à porta,E aquelas que não possuem chaves e nem casa.

Vinícius Guimarães de AlmeidaItajubá - MG

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Assim a morte

Sobreviveu

Por toda a história

Fernando Amarante Itajubá - MG

fernandoamarante.wordpress.com 07

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Crys MarquesPoços de Caldas-MG

ossingulares.blogspot.com

Qui è tutto

Quietude.Que tudo aqui é tristezaE a destreza da alegria,Não cabe neste dia;Não se serve nesta mesa.

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NOITE – I

O que importa da noiteÉ que toda loucura

É passível de explicação

NOITE - II

Na solidão do meu lamentoO vento úmido da noiteLambe a fria lembrança

Das noites sem juízoDe um tempo em que fui rapaz

Ronaldo – Pé de PorcoItajubá-MG 09

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Diário IX

...e de repenteas asas pesam,o voo se estancamas não há quedaporque percebemosque voamos apenascom o pensamento.E sempre estivemosEnraizadosNa realidadeComo as raízesDas laranjeirasQue perfumam o ar,Com flores brancas,E abrigam as avesQue sabem voar.

Gildes BezerraItajubá-MG 11

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DÁDIVA

os pesadelos estão voltandopreciso aprender a compreender meus limites

e francamente me superar

é duro viver em um mundo incompreensívele passivamente tornar-se vitima

ainda pior é oprimir para não ser oprimido

seguir o único caminho das responsabilidadesque sobrevoam a dádiva da matéria viva

enquanto ainda existe tanta lagrima no olhar

Guilherme Paiffer PelodanSão João Del Rey - MG12

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Num meio verdeantecapim mata e montese eleva amarelantea solidão exuberante

dum ipê

brilhando ainda um outroroxo, dentro do olhode quem vê

Atrás um sol um céuem pratadesafiando o verdumeda mata

um caule apontaseus dedos secossem folhaspara a alvoradapara a madrugada

Pra cimamais nada

Mais nada pra dizer

quando você olhapra cascata epedra e águaolham pra você

Mais nada

quando o vento soviacai na tarde uma chuvinhae a andorinha canta e voapra viver

Mais nada pra dizer

Quando a alma de minasfalatoda palavra encolhe

e se cala

Igor Alves – Grupo Larvas PoesiaSão João Del Rey - MG

de são joão pra caxambú

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Trilha

Ah, vida de quatro faces

Que me deixa ilhada

Com a esperança em uma mão

E o espanto na outra

O tempo não passa de uma corda bamba.

E com os pés cansados de tentar o equilíbrio

O Universo vai se fechando ao inverso de uma trilha

Trilha pintada com flores e pedras, raiares e tempestades.

Os olhos que se unem expressam uma divindade maior

De reconhecer em si, o próprio.

Sem uma palavra ser dita,

O mundo se revelava.

Marina MirandaItajubá - MG16

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tudo o que é visívelhá de se expandirpara além de si

até penetrarno invisível

Bruno NobruPouso Alegre-MG

www.brunonobru.net

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poesias

Bruno NobruCrys Marques

Fernando AmaranteGildes Bezerra

Guilherme Paiffer PolodanIgor Alves - Grupo Larvas Poesia

Lucas Torres StoffelMarina MirandaRenan Moreno

Ronaldo - Pé de PorcoVinícius Guimarães de Almeida

ilustrações

Ana Paula Mohallem

19www.locomotivacultural.com.br

apoio

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