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Ribeirão Preto SP Agosto - 2014 Ano 7 - Nº 74 R$ 16,90 ENTREVISTA: Antonio Eduardo Tonielo Filho, presidente do CEISE Br Apesar das instabilidades do setor, organizadores esperam que Fenasucro movimente R$ 2,2 bi em negócios, mesmo faturamento de 2013 CADERNO TERRA & CIA: Cinturão Verde agrega tecnologia e consegue alta produtividade OTIMISMO Feira do Prêmio Andef é da CanaMix: revista foi reconhecida com especial de sustentabilidade Em alta: levedura usada na fermentação da cana garante bons resultados na pecuária Energias: setor de petróleo e gás usa simuladores para treinamento dos trabalhadores

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1REVISTA CANAMIX | AGOSTO | 2014

Ribeirão Preto SPAgosto - 2014Ano 7 - Nº 74

R$ 16,90

ENTREVISTA: Antonio Eduardo Tonielo Filho, presidente do CEISE Br

Apesar das instabilidades do setor, organizadores esperam queFenasucro movimente R$ 2,2 bi em negócios, mesmo faturamento de 2013

CADERNO TERRA & CIA: Cinturão Verde agrega tecnologia e consegue alta produtividade

OTIMISMOOTIMISMOFeira do

Prêmio Andef é da CanaMix: revista foi reconhecida com especial de sustentabilidade

Em alta: levedura usada na fermentação da cana garante bons resultados na pecuária

Energias: setor de petróleo e gás usa simuladores para

treinamento dos trabalhadores

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Este ano de 2014 reserva mais uma prova de fogo para Fenasucro. A feira, que se tornou a maior do mundo em tecnologia voltada para o setor sucroenergético, aproveitando a pu-jança da economia canavieira, tem, de alguns anos para cá, o imenso desafio de se man-

ter atraente mesmo em meio a um cenário delicado que afeta a cidade onde é realizada. Ser-tãozinho, que era vista no Brasil como o lugar dos empregos, do crescimento farto em setores como imóveis, comércio varejista e serviços, em função da onda de trabalhadores que chega-vam atraídos pelas novas oportunidades de colocação no mercado, hoje é palco de severas instabilidades.

Levantamentos recentes do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, apontam que a cidade vem perdendo postos de trabalho, justamente em um momento em que as indústrias metalúrgicas deveriam estar absorvendo mão de obra. Só no último mês de junho, Sertãozinho perdeu 364 vagas. Com isso, ficou classificada em 655º lu-gar, de um total de 670 municípios paulistas pesquisados. Uma realidade inacreditável até pou-co tempo atrás. No período de janeiro a junho de 2014, foram fechadas mais de mil vagas na in-dústria sertanezina e mais de duas mil em toda a cidade, um sinal de que a crise que envolve o setor sucroenergético não prejudica o andamento apenas dos negócios diretos da cana-de-açú-car, mas se espalha como por tentáculos, provocando uma reação em cadeia.

Em recentes entrevistas, o secretário da Indústria e Comércio de Sertãozinho, Carlos Li-boni, tem explicado os principais motivos da estagnação. Segundo ele, sem novos projetos em andamento para a construção de usinas, não há encomendas para as metalúrgicas, que, num passado distante, montaram uma estrutura grande, porque acreditavam na continuidade dos in-vestimentos. Agora, sem necessidade de tantos trabalhadores, o jeito é demitir.

Uma conjunção de fatores foi a responsável, de acordo com especialistas, para que o se-tor sucroenergético enfrentasse a atual situação, classificada como a pior dos últimos 30 anos. Endividamento de alguns dos principais grupos de empresários, aliado ao aumento dos custos de produção e preços que não acabam sendo recompensadores, nem para o açúcar no mer-cado internacional nem para o etanol no mercado interno, por causa da política adotada para a gasolina, estão entre os principais. Reverter esse quadro, portanto, demanda tempo, já que exi-ge uma nova conjunção de fatores. O setor entendeu que o fortalecimento de medidas para re-duzir custos deve ser constante, como programas de pesquisas e inovação tecnológica, visan-do sempre ao aumento de produtividade, além de abrir todos os canais possíveis de conversa com as lideranças políticas.

Mas é preciso mais, como, por exemplo, fazer produtos antes considerados alternativos, como a bioeletricidade, virarem carros-chefes, para que o rendimen-to compense as dificuldades do açúcar e do etanol. Que esta Fena-sucro seja, diante disso, a força que sucroenergia precisava para transformar dilemas em respostas seguras às adversidades, um oá-sis que emerge na terra dura.

Expediente

Diretor: Plínio CésarGerente de Comunicação: Luciana ZunfrilliGerente Administrativo: Paulo Cézar

RedaçãoEditor Chefe: Igor SavenhagoReportagem: Felipe Teruel e Leonardo Ruiz.Colaboração: Alexandre Andrade Lima, Conrado Carvalho, Evaldo Fabian, José Eduardo Sismeiro, Luiz Albino Barbosa e Lygia Sereghetti.Foto da capa: Divulgação/FenasucroEditor Gráfico: Thiago GalloArte: Daniel Esteves

Publicidade: Alexandre Richards (16) 98828 4185 [email protected] Fernando Masson (16) 98271 1119 [email protected] Flavio Chioda (16) 98147 2323 [email protected] Nilson Ferreira (16) 98109 0713 [email protected] Plínio César (16) 98242 1177 [email protected]

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Carta ao leitor

Igor Savenhago, [email protected]

Uma Fenasucro contra os dilemas

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Público se movimenta pela feira em 2013, quando foram gerados R$ 2,2 bi em negócios, mesmo valor esperado para este ano

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Guia de Compras SA

PG ÁREA ADMINISTRATIVA AGÊNCIA DE PUBLICIDADE89 LABCOM TOTAL ................................. (16) 3512 9735 BANCOS - INSTITUIÇÃO FINANCEIRA14 SICOOB .............................................. (16) 3456 7407 CENTRO UNIVERSITÁRIO23 MOURA LACERDA ...............................0800 707 1010 CONSULTORIA - ESTRATÉGIA ORGANIZACIONAL85 ARAUJORTC ....................................... (16) 3237 0208105 DATAGRO ........................................... (11) 4133 3944 CONSULTORIA - GESTÃO AMBIENTAL85 ARAUJORTC ....................................... (16) 3237 0208 CURSOS E TREINAMENTOS85 ARAUJORTC ....................................... (16) 3237 0208 EMPÓRIO GOURMET91 TOTAL WINE ....................................... (16) 3904 8111 ENTIDADES E ASSOCIAÇÕES14 SICOOB .............................................. (16) 3456 7407 ESPAÇO PARA EVENTOS91 TOTAL WINE ....................................... (16) 3904 8111 EVENTOS25 PREF. MUNICIPAL DE DOURADOS ...... (67) 3411 7626 FEIRAS, SIMPÓSIOS E EVENTOS93 MULTIPLUS ........................................ (16) 2132 893625 PREF. MUNICIPAL DE DOURADOS ...... (67) 3411 7626 SISTEMAS - CONTRA INCÊNDIO85 ARAUJORTC ....................................... (16) 3237 020869 ARGUS ............................................... (19) 3826 6670 TRANSPORTE - FRETAMENTOS31 GUEPARDO TRANSPORTADORA ........ (16) 3524 0939 TRANSPORTE E LOGÍSTICA - AÇÚCAR E ETANOL31 GUEPARDO TRANSPORTADORA ........ (16) 3524 0939 UNIFORMES95 UNIBRINS ........................................... (16) 3633 7626 VINHOS NACIONAIS E IMPORTADOS91 TOTAL WINE ....................................... (16) 3904 8111

PG ÁREA AGRÍCOLA ACOPLAMENTOS71 SENIOR FLEXONICS ..............................11-4136-4514 AUTOMAÇÃO - EQUIPAMENTOS101 CAMUNK AUTO PEÇAS ......................... 16 3626-3396 CARROCERIAS - REBOQUE E SEMI-REBOQUE CANAVIEIRO43 RIBERMAN ......................................... (16) 4009 5399 COLHEDORAS DE CANA34 CIVEMASA .......................................... (16) 3382 8222 COLHEDORAS DE CANA - PEÇAS E SERVIÇOS35 AGRICORTE ........................................ (16) 3363 437343 RIBERMAN ......................................... (16) 4009 5399 CORREIAS9 GOODYEAR ........................................ (11) 3281 420043 RIBERMAN ......................................... (16) 4009 5399 DEFENSIVOS AGRÍCOLAS2 BAYER CROPSCIENCE ........................ (16) 2132 54057 DOW AGROSCIENCES .........................0800 772 2492 EPI - EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL85 ARAUJORTC ....................................... (16) 3237 0208 DISCOS DO CORTE DE BASE35 AGRICORTE ........................................ (16) 3363 4373 EQUIPAMENTOS HIDRÁULICOS101 CAMUNK AUTO PEÇAS ....................... (16) 3626 3396 FACAS E FACÕES35 AGRICORTE ........................................ (16) 3363 4373 FERTILIZANTES2 BAYER CROPSCIENCE ........................ (16) 2132 540517 YARA .................................................. (51) 3230 1300 FUNGICIDAS116 BASF DO BRASIL ................................ (11) 3043 22732 BAYER CROPSCIENCE ........................ (16) 2132 54057 DOW AGROSCIENCES .........................0800 772 2492 HERBICIDAS116 BASF DO BRASIL ................................ (11) 3043 22732 BAYER CROPSCIENCE ........................ (16) 2132 54057 DOW AGROSCIENCES .........................0800 772 2492 IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS45 AGRIMEC AGRO ................................. (55) 3222 771034 CIVEMASA .......................................... (16) 3382 822225 DRIA ................................................... (16) 3946 4300 IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS - PEÇAS E SERVIÇOS35 AGRICORTE ........................................ (16) 3363 437345 AGRIMEC AGRO ................................. (55) 3222 771034 CIVEMASA .......................................... (16) 3382 822243 RIBERMAN ......................................... (16) 4009 5399

ENZIMAS E LEVEDURAS65 BETABIO 45 ........................................ (11) 3848 2900 EPI - EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL85 ARAUJORTC ....................................... (16) 3237 0208 FERMENTAÇÃO57 QUÍMICA REAL ................................... (31) 3057 2000 FILTROS INDUSTRIAIS53 VLC .................................................... (19) 3812 9119 GASES INDUSTRIAIS E EQUIPAMENTOS63 GASIL ................................................. (81) 3471 8543 INVERSORES DE FREQUÊNCIA115 SEW ................................................... (11) 2489 9200 JUNTAS DE EXPANSÃO71 SENIOR FLEXONICS ..............................11-4136-4514 MANUTENÇÃO INDUSTRIAL - ACESSÓRIOS81 INTACTA ROLAMENTOS ..................... (11) 3085 8003 MANUTENÇÃO INDUSTRIAL - EQUIPAMENTOS61 VETTOR ................................................11-3284-693755 WEG-CESTARI ....................................(16) 3244-1000 MANUTENÇÃO PREDITIVA E PREVENTIVA81 INTACTA ROLAMENTOS ..................... (11) 3085 8003 MEDIDORES, TRANSMISSORES DE VAZÃO E NÍVEL37 DWYLER ............................................. (11) 2682 6633 MOENDAS - ACIONAMENTOS19 ZANINI RENK ...................................... (16) 3518 9000 MOTORES ELÉTRICOS39 PTI ..................................................... (11) 5613 1000115 SEW ................................................... (11) 2489 920061 VETTOR ................................................11-3284-6937 MOTORREDUTORES39 PTI ..................................................... (11) 5613 1000115 SEW ................................................... (11) 2489 920055 WEG-CESTARI ....................................(16) 3244-1000 MULTIPLICADORES39 PTI ..................................................... (11) 5613 100019 ZANINI RENK ...................................... (16) 3518 9000 PAINÉIS DE COMANDO - CONTROLE29 SINDUSTRIAL ..................................... (14) 3366 5200 PENEIRAS ROTATIVAS53 VLC .................................................... (19) 3812 9119 PERFIS73 JATINOX ............................................. (11) 2172 0405 POLIAS61 VETTOR ................................................11-3284-6937 POLÍMEROS43 RIBERMAN ......................................... (16) 4009 5399 PRODUTOS E SISTEMAS CONTRA INCÊNCIO85 ARAUJORTC ....................................... (16) 3237 020869 ARGUS ............................................... (19) 3826 6670 QUÍMICA - PRODUTOS E DERIVADOS57 QUÍMICA REAL ................................... (31) 3057 2000 REDUTORES39 PTI ..................................................... (11) 5613 100019 ZANINI RENK ...................................... (16) 3518 9000115 SEW ................................................... (11) 2489 920061 VETTOR ................................................11-3284-693755 WEG-CESTARI ....................................(16) 3244-1000 REDUTORES PLANETÁRIOS39 PTI ..................................................... (11) 5613 100019 ZANINI RENK ...................................... (16) 3518 9000115 SEW ................................................... (11) 2489 9200 REPOTENCIAMENTO - SERVIÇOS81 INTACTA ROLAMENTOS ..................... (11) 3085 800319 ZANINI RENK ...................................... (16) 3518 9000 ROLAMENTOS81 INTACTA ROLAMENTOS ..................... (11) 3085 8003 SISTEMAS CONTRA INCÊNDIO85 ARAUJORTC ....................................... (16) 3237 020869 ARGUS ............................................... (19) 3826 6670 TELAS61 VETTOR ................................................11-3284-6937 TORRES DE RESFRIAMENTO DE ÁGUA61 VETTOR ................................................11-3284-6937 TUBULAÇÕES77 CARBINOX .......................................... (11) 4795 900075 HCI ..................................................... (11) 2413 808073 JATINOX ............................................. (11) 2172 040571 SENIOR FLEXONICS ............................ (11) 4136 4514 USINA DE BIOGÁS DE RESÍDUOS67 SEBIGÁS .......................................... (11) 94226 6162 VENTILADORES E EXAUSTORES61 VETTOR ................................................11-3284-6937 VERGALHÕES77 CARBINOX .......................................... (11) 4795 900073 JATINOX ............................................. (11) 2172 0405

INSETICIDAS116 BASF DO BRASIL ................................ (11) 3043 22732 BAYER CROPSCIENCE ........................ (16) 2132 54057 DOW AGROSCIENCES .........................0800 772 2492 MATURADORES E REGULADORES DE CRESCIMENTO116 BASF DO BRASIL ................................ (11) 3043 22732 BAYER CROPSCIENCE ........................ (16) 2132 5405 PLANTADORAS DE CANA34 CIVEMASA .......................................... (16) 3382 822243 RIBERMAN ......................................... (16) 4009 539913 TRACAN ............................................. (16) 3456 5400 PNEUS9 GOODYEAR ........................................ (11) 3281 4200 TRANSBORDOS34 CIVEMASA .......................................... (16) 3382 8222 TUBULAÇÕES73 JATINOX ............................................. (11) 2172 040571 SENIOR FLEXONICS ..............................11-4136-4514 USINA DE BIOGÁS DE RESÍDUOS67 SEBIGÁS .......................................... (11) 94226 6162 VEÍCULOS E UTILITÁRIOS - PEÇAS E SERVIÇOS101 CAMUNK AUTO PEÇAS ......................... 16 3626-3396

PG ÁREA INDUSTRIAL ACOPLAMENTOS71 SENIOR FLEXONICS ..............................11-4136-451419 ZANINI RENK ...................................... (16) 3518 900055 WEG-CESTARI ....................................(16) 3244-1000 ANTIBIÓTICOS65 BETABIO 45 ........................................ (11) 3848 290057 QUÍMICA REAL ................................... (31) 3057 2000 ANTIBIÓTICOS NATURAIS65 BETABIO 45 ........................................ (11) 3848 290057 QUÍMICA REAL ................................... (31) 3057 2000 ANTIESPUMANTES57 QUÍMICA REAL ................................... (31) 3057 2000 AUTOMAÇÃO - CONSULTORIA / PROJETOS29 SINDUSTRIAL ..................................... (14) 3366 5200 AUTOMAÇÃO - EQUIPAMENTOS29 SINDUSTRIAL ..................................... (14) 3366 5200 BIOTECNOLOGIA APLICADA65 BETABIO 45 ........................................ (11) 3848 2900 BOMBAS CENTRÍFUGAS59 EQUIPE ............................................... (19) 3426 460053 VLC .................................................... (19) 3812 9119 BOMBAS DOSADORAS53 VLC .................................................... (19) 3812 9119 BOMBAS ESPECIAIS59 EQUIPE ............................................... (19) 3426 4600 CABOS DE AÇO85 ARAUJORTC ....................................... (16) 3237 0208 CANECAS PARA ELEVADOR DE AÇÚCAR43 RIBERMAN ......................................... (16) 4009 5399 CENTRÍFUGAS DE AÇÚCAR – ACESSÓRIOS53 VLC .................................................... (19) 3812 9119 CHAPAS - AÇO CARBONO77 CARBINOX .......................................... (11) 4795 9000 CHAPAS - AÇO INOX77 CARBINOX .......................................... (11) 4795 900073 JATINOX ............................................. (11) 2172 0405 CLARIFICANTES63 GASIL ................................................. (81) 3471 85434 PROSUGAR ........................................ (81) 3267 4759 CONEXÕES77 CARBINOX .......................................... (11) 4795 900075 HCI ..................................................... (11) 2413 808073 JATINOX ............................................. (11) 2172 0405 CONVERSORES DE ENERGIA115 SEW ................................................... (11) 2489 9200 CORREIAS9 GOODYEAR ........................................ (11) 3281 420061 VETTOR .............................................. (11) 3284 6937 CORREIAS TRANSPORTADORAS9 GOODYEAR ........................................ (11) 3281 4200 DESCOLORANTES4 PROSUGAR ........................................ (81) 3267 4759 DISPERSANTES57 QUÍMICA REAL ................................... (31) 3057 2000 EMPILHADEIRAS20 EMPIZA .............................................. (19) 3571 3000 ENERGIA - EQUIPAMENTOS PARA GERAÇÃO E COGERAÇÃO19 ZANINI RENK ...................................... (16) 3518 9000

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Sumário10

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Portal CanaMix- Microrregião de Ribeirão Preto, SP, perde espaço no cultivo de cana- CTC inicia operação da Planta de Demonstração de Etanol 2G- Guarani orientou agricultores na Feira de Agronegócios Coopercitrus- Grupo Aralco apresenta nova proposta a fornecedores de cana- Tonon Bioenergia leva RH ao campo e realiza Feira de Benefícios

Marketing Canavieiro- CTC e Benson Hill firmam parceria para aumentar rendimento dos canaviais- Agricultura de precisão da New Holland recebe Prêmio REI- Na Fenasucro, PTI apresenta sistema de monitoramento VIBMAXI- MWM International apoia iniciativas e antecipa testes com biodiesel- Yara adquire participação majoritária da Galvani- VAULT registra crescimento de 30% no primeiro semestre de 2014

Hortaliças- Mecanização e resultados

Opinião- Seguro Rural: uma questão de quebra de paradigmas- O sucesso da substituição do grão de milho pelo milheto

Eventos- Rumos para o agronegócio

Marketing Rural- Novidades, tendências e destaques

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Entrevista- Antonio Eduardo Tonielo Filho, presidente do CEISE Br

Espaço Datagro- Colômbia registra maior moagem de cana em 2014

Gestão de Negócios- Financiamento de fornecedores de cana: como reduzir riscos e melhorar o relacionamento

Caderno Energias - Petróleo & Gás: capacitação doméstica

Espaço TI - Software para fornecedores

Capa- Fenasucro: sem crise

Imprensa- CanaMix vence Prêmio Andef

Nordeste em Foco - Adversidades e oportunidades de negócios no Nordeste

Informes Publicitários- Soluções inovadoras que garantem redução de custos e maior produtividade às usinas serão apresentadas na Fenasucro pela Quimatic Tapmatic- Prêmio INOVA

Gestão Industrial- Leveduras em alta

Tecnologia Industrial - Reaproveitar é tendência

Gestão de Pessoas - Salário não é tudo Eventos - Sucroeste: debate ampliado- I Fórum do Agronegócio: Expansão x Crise - INSECTSHOW: Sphenophorus roubou a cena - Ethanol and Sugar Summit: projeções para a safra- Fementec: inovação e integração

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REVISTA CANAMIX | AGOSTO | 201410 REVISTA CANAMIX | AGOSTO | 201410

Entrevista – Antonio Eduardo Tonielo Filho, presidente do CEISE Br

Igor Savenhago

O presidente do Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergéti-co e Biocombustíveis (CEISE Br),

realizador da maior feira de tecnologia ca-navieira do planeta, a Fenasucro, que será realizada no Centro de Eventos Zanini, em Sertãozinho, SP, de 26 a 29 de agosto, não perde o otimismo quando o assunto é a re-cuperação dos negócios envolvendo a ca-na-de-açúcar. Antonio Eduardo Tonielo Fi-lho acredita, inclusive, que a feira deste ano será em um momento oportuno, pois medidas para garantir produtividade e re-dução nos custos de produção e transfor-

“É na crise que enxergamos e encaramos a necessidade de investimentos”

mar o cenário de crise que afeta o setor precisam ser discutidas.

Outro fator favorável é a proximidade das eleições de outubro, oportunidade em que os empresários podem se aproximar dos candidatos. E estes, por sua vez, cos-tumam vir ao encontro das reivindicações. Deles, independente de quem seja eleito, Tonielo Filho espera providências urgentes para reaver a competitividade do etanol e abrir novos canais para estimular a produ-ção de bioeletricidade a partir da queima de resíduos, como o bagaço da cana.

Nesta entrevista exclusiva à Cana-Mix, o presidente do CEISE Br falou mais das expectativas para a Fenasucro 2014,

do diálogo com a esfera governamental e com os candidatos à Presidência da Repú-blica e das posturas a serem adotadas pelo setor sucroenergético de olho na retomada do crescimento.

CanaMix: A Fenasucro deste ano é realizada em meio a uma situação deli-cada do setor sucroenergético, que tem provocado bastantes demissões inclusi-ve na cidade onde é realizada, Sertãozi-nho. Mesmo assim, a expectativa é po-sitiva, com previsão de negócios nos mesmos valores do ano passado. Que fa-tores levam a essa expectativa?

Antonio Eduardo Tonielo Filho: O

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11REVISTA CANAMIX | AGOSTO | 2014 11REVISTA CANAMIX | AGOSTO | 2014

setor realmente vem passando por um momento delicado, mas ele não para. Os investimentos em inovações visan-do ao aumento de produtividade e eficiên-cia são uma busca constante das empre-sas do setor. A Fenasucro, além de ser a maior vitrine de tecnologias avançadas do mundo, viabiliza contatos de fornecedores com visitantes e compradores em poten-cial, de mais de 40 diferentes países. A fei-ra também recebe nesta edição, para re-forçar seu propósito de geração de novos negócios, caravanas de diversas regiões do país, produtoras de cana-de-açúcar e/ou ligadas ao setor sucroenergético, crian-do um ambiente de interesses e transa-ções ainda mais reais, através da presença de representantes com poder de compra, de decisão.

CanaMix: Até que ponto a Fenasu-

cro deste ano pode ajudar no processo de retomada do setor? Qual será a im-portância dela?

Tonielo Filho: A Fenasucro é o maior evento do mundo voltado ao setor sucroenergético, expondo tecnologias e inovações de todas as áreas da agroindús-tria da cana, desde o plantio até o desti-no final dos produtos e subprodutos. Ela acontece em um momento oportuno, pois precisamos discutir melhorias sobre pro-dução e produtividade e alternativas para desbancar o atual cenário desfavorável do setor. É na crise que enxergamos e encara-mos a necessidade de investimentos, para que, então, o mercado volte a ser um atra-tivo e as empresas retornem ao plano da competitividade.

CanaMix: Fala-se muito que, en-

tre os produtos do setor, a bioeletricida-de estará em destaque. Como avalia este cenário? A energia elétrica gerada pelo setor é um dos caminhos possíveis para a recuperação?

Tonielo Filho: O governo tem en-

xergado melhor a bioeletricidade, pelo que realmente representa: energia limpa e re-novável, gerada a partir da biomassa de subprodutos da cana-de-açúcar – baga-ço e palha –, para produção do etanol. Tal perspectiva inspira à determinação efeti-va do papel do etanol e da própria biomas-sa na matriz energética do país. Contudo, isso tem que deixar de ser uma ideia e se tornar realidade. A indústria de base do se-tor sucroenergético, principalmente as em-presas de Sertãozinho, principal polo for-necedor às usinas, está focada na geração de energia. Muitas indústrias estão inves-tindo em tecnologias para aumentar a pro-dução e a produtividade das usinas, asso-ciadas à eficiência energética e a um baixo custo. Esta inclinação manifesta-se como um dos caminhos rumo à retomada do setor.

CanaMix: O que falta para que a

bioeletricidade também seja um dos car-ros-chefes do setor, como o açúcar e o etanol?

Tonielo Filho: Para ser atrativa, ge-rar resultados positivos, a bioeletricidade necessita ser inserida na matriz energética brasileira, de ser blindada por uma política setorial de longo prazo, com participação em leilões específicos e regionais.

CanaMix: Que outras saídas você

enxerga para que o setor volte a crescer?Tonielo Filho: A indústria de base

depende da recuperação de investimentos das usinas e destilarias. O setor sucroe-nergético amarga os efeitos da indefinição de um marco regulatório e, consequente-mente, da falta de condições de planeja-mento a médio e longo prazos. A retoma-da do setor urge uma melhor remuneração ao etanol, visando ao aumento da atrativi-dade para investimentos. Demanda con-dições de planejamento no longo prazo, sem que haja interferências governamen-tais que prejudiquem a compensação dos

““A Fenasucro é o maior evento

do mundo voltado ao setor

sucroenergético, expondo tecnologias

e inovações de todas as áreas

da agroindústria da cana, desde o

plantio até o destino final dos produtos

e subprodutos

bens produzidos pela cadeia. A normaliza-ção do ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços] a 12% nos de-mais estados, além de São Paulo, e a cria-ção de condições para que os preços pra-ticados remunerem o investidor, também são medidas que precisam ser conside-radas. São fundamentais, ainda, investi-mentos em pesquisas para a melhoria da

produtividade da cana-de-açúcar e em ino-vações em equipamentos de processa-mento – maior eficiência a um menor cus-to –, sem se esquecer da estocagem e do transporte e logística dos produtos bruto e final, elementos responsáveis por 30% do custo de produção.

CanaMix: Na Fenasucro do ano

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de transporte e logística também influen-ciou muito nesses custos. De 2013 para cá, por exemplo, as despesas com o frete aumentaram, em média, 8,6%, passando de US$ 53,7 por tonelada para US$ 58,31. Não podemos deixar de acrescentar os fa-tores climáticos, que influenciaram na que-da de produtividade.

CanaMix: Por que o setor tem en-

Entrevista – Antonio Eduardo Tonielo Filho, presidente do CEISE Br

projeções para o futuro do setor? A recu-peração deve ser a curto, médio ou lon-go prazo?

Tonielo Filho: Acredito que, no mé-dio prazo, algumas medidas de incentivo ao setor serão tomadas, como flexibiliza-ção de crédito e disponibilização de recur-sos financeiros, gerando possibilidades de novos investimentos e, consequentemen-te, criando condições para a retomada do crescimento de toda a cadeia produtiva su-croenergética. Porém, a principal expecta-tiva é a criação de condições para plane-jamento de longo prazo e que os preços dos produtos correlatos – energia – não sofram intervenções de políticas de gover-no. A retomada também encontrará fôlego na valorização da energia cogerada a par-tir do bagaço da cana, como fonte limpa e mais barata em relação às de origem hídri-ca e eólica.

CanaMix: Nesse processo de reto-

mada, o que depende do governo e o que depende do setor? Qual o papel de cada um?

Tonielo Filho: O governo precisa aplicar ações de incentivo, de valorização do etanol e da bioeletricidade já citadas. Em contrapartida, o setor precisa inves-tir em melhorias, em tecnologias e inova-ções dos processos da cadeia, que visem ao aumento de produtividade e eficiência a um menor custo, sem se esquecer das certificações de qualidade que garantem a competitividade de mercado.

CanaMix: Houve uma época em

que o preço do etanol na bomba era R$ 1,00/R$ 1,10 e, mesmo assim, as usinas não iam mal. Agora, na nossa região, gira em torno de R$ 1,80. Por que, mes-mo com esse preço, o combustível não consegue reimpulsionar o setor?

Tonielo Filho: Os custos de produ-ção aumentaram muito nos últimos anos, começando pela mecanização. A questão

passado, o setor organizou um ato no Te-atro Municipal de Sertãozinho para co-brar medidas do Governo Federal. Você acredita que houve resultados? Como está o diálogo com o governo hoje? Du-rante a Fenasucro deste ano, deve haver novas reivindicações?

Tonielo Filho: A partir do ato, foi criada a Frente Parlamentar pela Valoriza-ção do Setor Sucroenergético, sob a co-ordenação do deputado federal Arnaldo Jardim, com apoio do também deputado federal Newton Lima, presidente da Fren-te Parlamentar em Defesa da Indústria Na-cional. Com isso, houve uma maior apro-ximação com o Governo Federal. Nesta Fenasucro, acredito que as reivindicações serão feitas de maneira diferente, mais di-retas, com possíveis visitas dos candida-tos à Presidência.

CanaMix: Como está sendo o diálo-go do setor com os presidenciáveis?

Tonielo Filho: O setor sempre foi pauta dos candidatos à Presidência. Nes-sas eleições, porém, o cenário é ainda mais delicado. A cadeia sucroenergética necessita de medidas urgentes, que preci-sarão ser tomadas por quem quer que seja eleito.

CanaMix: Um dos assuntos na co-

letiva de apresentação da Fenasucro foi que o setor deve começar um proces-so mais intenso de recuperação após as eleições. O que faz o setor crer nisso?

Tonielo Filho: A inviabilidade da prá-tica de preço atual da gasolina, com sub-sídio de 17,7% pelo governo, por conta da diferença cambial e como estratégia para segurar a inflação. E uma crise sinalizada no setor de energia. São fatores que incli-nam iniciativas a favor o etanol como úni-ca saída, além da valorização da biomassa como energia limpa e renovável.

CanaMix: Diante disso, quais suas

““Muitas indústrias estão investindo em

tecnologias para aumentar a produção e a produtividade das

usinas, associadas à eficiência

energética e a um baixo custo. Esta

inclinação manifesta-se como um dos

caminhos rumo à retomada do setor

contrado dificuldades para baixar os cus-tos de produção?

Tonielo Filho: Porque não há políticas públicas de incentivo. Para reduzir os custos de produção e aumentar a rentabilidade, as empresas precisam investir em tecnologias, inovações que gerem maior eficiência e pro-dutividade, mas tudo isso custa muito caro e a grande maioria está alavancada, endivida-da, sem qualquer condição de fazê-lo.

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Colômbia registra maior moagem de cana em 2014

*Plínio Nastari

A moagem de cana na Colômbia, décimo maior produtor de açúcar do mundo, totalizou 7,74 milhões

de toneladas entre os meses de janeiro e abril de 2014, um aumento de 32,22% sobre igual período do ano passado e alta de 8,3% em relação ao mesmo in-tervalo de 2012. As condições climáticas voltaram ao normal, o que deve permi-tir recuperação da produção colombiana. Em 2011, fortes chuvas atingiram as re-giões canavieiras, danificando os cana-

viais, mas, no final do ano 2012 e início de 2013, uma forte seca atingiu as regi-ões produtoras, causando efeitos negati-vos na safra.

Nessa temporada, além da maior concentração de sacarose na cana, há sinais de aumento da produtividade agrí-cola, saindo de 95 toneladas para apro-ximadamente 110 toneladas por hectare. A previsão é de que a Colômbia produza 2,3 milhões de toneladas de açúcar em 2014, contra 2,13 milhões de toneladas em 2013.

A produção de açúcar cresceu

32,52% no acumulado de janeiro a abril, para 740.604 toneladas. Diante do au-mento da oferta, as exportações atingi-ram 222.103 toneladas nos quatro pri-meiros meses do ano, contra 112.265 toneladas no mesmo intervalo de 2013, aumento de 97,84%. Pelo mesmo moti-vo, as importações caíram 62,26%, al-cançando somente 50.525 toneladas.

Apesar do saldo positivo, existem preocupações sobre a entrada do açúcar boliviano no país. Com preço e qualida-de inferiores ao do açúcar colombiano, a Bolívia, nos últimos dois anos, expor-tou quase 300 mil toneladas de açúcar, o que representa 45% das exportações de açúcar da Colômbia. Como resposta, a Associação de Produtores de Açúcar da Colômbia (Asocaña) resolveu enviar um pedido ao governo colombiano para que tome medidas de “salvaguardas” contra as importações.

Essas medidas de salvaguardas são reguladas pela Organização Mundial do Comércio (OMC) e têm como objetivo proteger indústrias específicas contra au-mentos súbitos e imprevistos de importa-ções que ameacem esses setores.

Já a produção de etanol atingiu 131,487 milhões de litros, aumento de 8,11% sobre igual período de 2013. Nes-te ritmo, a produção de etanol será mais do que o suficiente para atender à mistu-ra obrigatória de 8% na gasolina, o que pode levar a Colômbia a exportar o exce-dente para os EUA.

*Presidente da Datagro

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Gestão de Negócios

Luiz Albino Barbosa, coordenador do Centro PwC de Inteligência em Agronegócio, mestre em Agroenergia pela Esalq-USP/Embrapa/FGV e bacharel em Relações Internacionais pela FAAP

Conrado Carvalho, analista do Centro PwC de Inteligência em Agronegócio e bacharel em Engenharia Agronômica pela Esalq-USP

Financiamento de fornecedores de cana:como reduzir riscos e melhorar o relacionamento

De acordo com a Confederação Na-cional da Agricultura (CNA), a ofer-ta de crédito para a agricultura segui-

rá estável neste ano de 2014, considerando os R$ 136 bilhões em crédito incluídos no Plano Safra 2013/14 para a agricultura em-presarial. Nos últimos dez anos, o volume de crédito contratado pelo agronegócio au-

mentou 342%, levando-se em considera-ção a evolução do Plano Safra 2002/03 ao 2012/13.

De julho a novembro de 2013, os fi-nanciamentos para a agricultura empresa-rial atingiram mais de R$ 72 bilhões, um aumento de 55% em relação ao mesmo pe-ríodo do ano anterior. Destacaram-se, nesse

cenário, os programas Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural), PSI-BK (Programa de Sustentação de Inves-timentos) e PCA (Programa de Construção e Ampliação de Armazéns).

No caso do setor sucroenergético, são diversas as instituições financeiras, pú-blicas e privadas, que oferecem opções de

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Gestão de Negócios

linhas de crédito agrícola a usinas e fornece-dores de cana. Atualmente, muitas usinas fi-nanciam os seus fornecedores de cana em operações como preparo de solo, plantio e trato cultural, entre outras atividades. Muitas vezes, isso pode ser um risco desnecessá-rio tomado pela usina, cujo retorno pode não valer a pena em tempos de incertezas.

Por outro lado, o que tem se obser-vado, em alguns casos, é a opção pela parceria das usinas com as instituições fi-nanceiras para liberação de crédito a seus fornecedores. A usina indica os fornecedo-res de cana para o banco e pode ou não en-trar como avalista da operação.

No caso da usina ser avalista, a análi-se de risco realizada pelo banco é feita ape-nas sobre a usina e, se esta não oferecer ris-co à operação, o recurso é logo liberado. Após receber a cana do fornecedor, a usina faz o pagamento, descontando o valor do fi-

nanciamento e direcionando-o direto para o banco, conforme o esquema na página 24.

As principais vantagens destesistema para as usinas são:

1. Mitigação de riscos financeiros e regulatórios;

2. Redução de conflitos com os fornecedores;

3. Melhoria do relacionamento com os fornecedores (fidelização);

4. Diferencial perante usinas concor-rentes de área;

5. Melhoria na qualidade e rendimento da matéria-prima, já que seus for-necedores terão mais recursos para investir na melhoria da qualidade e do rendimento da produção.

Já para os fornecedores, o crédito ru-ral possibilita agilidade e segurança na aqui-

sição de insumos e máquinas, que permiti-rão a produção e a garantia de compra da produção por parte de sua usina parceira.

É claro que, para que este projeto seja possível, é necessário um amplo tra-balho de relacionamento com os fornecedo-res e o banco. Além disso, é preciso anali-sar qual é a melhor instituição financeira para servir como parceira do projeto. Na maioria dos casos, o projeto deve ser personalizado, atendendo aos anseios da usina e seus for-necedores e respeitando as singularidades da região e da cultura da empresa, construí-da durante anos ao lado dos seus parceiros.

O crédito agrícola é fundamental para garantir a sustentabilidade econômi-ca do agronegócio. Os juros ainda são bai-xos, quando comparados a outras atividades econômicas, e o foco nesta e nas próximas safras deve estar voltado para a redução de custos, incluindo custos financeiros.

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Petróleo & Gás

Capacitação domésticaInvestimento tecnológico em treinamentos que eram feitos no exterior permite economia de R$ 18 milhões e viabiliza expansão da Petrobras

Raquel Med [email protected]

A exploração dos recursos do pré--sal até o ano de 2020 terá seu bra-ço operacional organizado através

de treinamentos providos por simulado-res, viabilizados pelo sistema Firjan/Senai--RJ, em ação conjunta com a Petrobras. O implemento já representou uma economia de, pelo menos, US$ 18 milhões em oito anos. O resultado é fruto da otimização, desburocratização e barateamento do trei-namento de pessoal, que era enviado ao exterior para aprender mais sobre proces-sos offshore e até contornar emergências que podem ocorrer no do dia a dia.

Antes realizada em Aberdeen, na Escócia, a capacitação é disponibilizada

agora no Rio de Janeiro mesmo, no bair-ro de Benfica, onde foi implantado o Cen-tro de Tecnologia do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), com equipamentos físicos e virtuais para auto-mação e simulação, tanto industrial como mecânica, aplicada às operações de pe-tróleo e gás.

A transferência de conhecimento gerou dispensa de investimento per capita de US$ 12 mil por ano e empregou robus-tez e independência às tecnologias utiliza-das pelo setor. Pelos simuladores, já pas-saram mais de quatro mil empregados da Petrobras, desde 2006. O centro de trei-namento operacional offshore, compos-to pelo Simulador de Lastro, o de Plan-ta de Processamento Primário e o Centro de Treinamento em Atmosferas Explosi-

vas, configura-se como o maior da Amé-rica Latina.

As conquistas partem do Progra-ma de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp), que já atendeu 13,2 mil empresas em todo o país, sendo 11,7 mil delas micro e pe-quenas, segundo a Petrobras. Para o di-retor de Exploração e Produção da estatal, José Formigli, é importante que se forme mão de obra qualificada, que consiga tri-pular todas as sondas, plataformas e em-barcações da empresa, sejam próprias ou fretadas. “Os simuladores são importan-tes nos quesitos de segurança e confia-bilidade das operações e se caracterizam como mais um capítulo na história de su-cesso da relação entre Petrobras e o siste-ma Firjan/Senai”.

Agên

cia

Petro

bras

Simulador de plataformas da Petrobras: antes, o treinamento dos operadores era feito no exterior, em Aberdeen, na Escócia

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Opinião

Petróleo e a transferência de conhecimentos para o Brasil

Agên

cia

Petro

bras*Ziney Dias Marques

Estamos em um momento em que o segmento de petróleo e gás tem sido a principal âncora da economia bra-

sileira, gerando empregos de maior valor agregado e ampliando mercado para as empresas. Com a descoberta do pré-sal, fi-cou evidente e contingencial a necessidade de um esforço nacional em busca das me-lhores práticas gerenciais e tecnológicas para que se enfrentem os pesados desafios inerentes ao desenvolvimento das novas ja-zidas. Essa constatação repercute pratica-mente em toda a cadeia produtiva.

O compromisso do Governo Federal, de se comprar o máximo possível do Brasil (conteúdo local), obrigou a todos os atores a repensar rapidamente e investir em novos conhecimentos, inclusive buscando parce-rias com empresas estrangeiras, no esta-do da arte ou com conhecimento dos quais não dispomos no Brasil. Diversas medidas foram tomadas, tendo a Petrobras como coordenadora da mais importante iniciativa para o setor de que se tem notícia: o Pro-grama de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás (Prominp).

Como desdobramento desse progra-ma, foi criado outro, o Prointer (Programa de Internacionalização das Pequenas Em-presas), coordenado pelo Sebrae-RJ, para auxiliar diretamente as pequenas empre-sas a se incluírem competitivamente nes-se desafio.

Os encontros de negócios com em-presas estrangeiras sempre focaram trazer para o Brasil projetos de sucesso desenvol-vidos nos países contatados. As parcerias firmadas continham, em seus escopos, a

vinda para cá de especialistas para que a transferência de conhecimentos ocorres-se. Essa medida trouxe a redução de cus-tos em diversos aspectos (práticas, equi-pamentos, treinamentos e pesquisas), uma vez que o que era importado passaria a ser realizado no Brasil. Como exemplos de transferência de conhecimentos e eco-nomia de divisas, os Simulares de Lastro, Processo e Áreas Classificadas (Atmosfe-ras Explosivas) contribuíram de forma rele-vante com essa premissa.

Somente em relação ao Simulador de Lastro e Emergências, o envio de opera-dores para treinamentos no exterior girava (custo per capita) em torno de US$ 12 mil e tinha que ser feito. Não há outra manei-ra de se desestabilizar uma plataforma para treinamentos, promovendo “não conformi-dades” no seu posicionamento. Hoje, esse trabalho é realizado pelo sistema Firjan/Se-nai, no bairro de Benfica, no Rio de Janeiro, e, somente para os cerca de quatro mil tra-balhadores já capacitados aqui, estimamos que a economia de divisas seja superior a R$ 18 milhões.

A parceria com a Escócia é exemplo

de sucesso, em que ambas as partes fo-ram atendidas e o Brasil passou a dispor de simuladores considerados os mais moder-nos do mundo. Foram construídos aqui e a transferência de conhecimentos fez parte do acordo. Naturalmente, a Petrobras teve no sistema Firjan o parceiro ideal e que, atualmente, conta com diversos simulares, dos quais podemos destacar os que se en-contram nos centros de tecnologias (CTSs) de soldagem e de automação e simulação.

Esse modelo tem dado tão certo que a Petrobras e o sistema Firjan/Senai adota-ram o uso de simulares também para ou-tras disciplinas, em função do pré-sal e, para tal, está sendo construído um prédio dedicado a abrigar, no CTS de automação e simulação, além dos três atuais, mais 11 novos simuladores. Todos esses treina-mentos, quando realizados no Brasil, irão permitir a ampliação da economia de di-visas até então obtidas com os primeiros simuladores.

*Engenheiro, foi gerente de relacionamento da área de

Petróleo e Gás do Senai

Descoberta do pré-sal motivou acordos internacionais para capacitação de funcionários que trabalham nas plataformas brasileiras

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Software para fornecedoresEspaço TI

GATUA oferece o iCampo, programa que pode ser replicado aos produtores de cana e facilita o contato entre usinas e seus parceiros

Coordenação do GATUA

O GATUA inova mais uma vez, ofe-recendo o acesso a um sistema ERP completo, fornecido de forma

subsidiada, a todas as usinas associadas, para que elas possam dotar, de controles informatizados e de ferramentas de ges-tão de propriedades rurais, seus fornece-dores de cana e parceiros agrícolas, po-dendo, com isso, fidelizá-los e também implantar um novo padrão de relaciona-mento em relação à matéria-prima.

O software se chama GATUA – iCampo. A ideia é disseminar, de forma prática e economicamente viável, o aces-so às ferramentas de TI para todos os produtores rurais, permitindo a eles o total controle de suas propriedades através de um sistema totalmente WEB – que pode ser acessado de qualquer lugar do mun-do, bastando um link internet.

As usinas compram a licença com-pleta do GATUA – iCampo por um valor já bastante subsidiado (existem dois pre-ços: um para usinas associadas contri-buintes e outro para usinas associadas

não contribuintes), mas poderão repassá--lo a todos os seus fornecedores de cana gratuitamente. Uma equipe da usina rece-berá treinamento técnico e operacional, já incluso no valor de licença, e poderá se tornar replicadora, para instalação, con-figuração e treinamento dos produtores que estiverem interessados em utilizar o software.

O sistema é totalmente modular, e o produtor utiliza o(s) módulo(s) que qui-ser, ativando-o(s) a qualquer momento. O GATUA manterá uma hot line para supor-te a todas as usinas, em caso de dúvi-das operacionais ou problemas técnicos. O único custo que o produtor assume é um valor mensal por propriedade rural, a

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ATUA

Carlos Barros, o Bill: “O grande anseio do gestor é conseguir obter o feedback de quem já utiliza o que está sendo prospectado”

Participantes da primeira reunião do Grupo de Controladoria do setor sucroenergético: criação foi inspirada no GATUA

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título de manutenção legal e tecnológica do produto, para garantir a sua evolução no tempo.

A usina, por sua vez, poderá solici-tar que seja desenvolvida a interface en-tre o GATUA – iCampo e o seu ERP cor-porativo, eliminando a burocracia hoje existente no contato entre ela e o produ-tor, fortalecendo a parceria e fidelizando o fornecedor de matéria-prima. A solici-tação dará origem a um pequeno projeto, com escopo combinado e custo também subsidiado, sempre privilegiando as usi-nas associadas contribuintes.

É o GATUA aumentando seu por-tfólio de serviços e potencializando ainda mais o uso dos recursos da Tecnologia da Informação para o setor sucroenergé-tico brasileiro. As usinas que quiserem conhecer o GATUA – iCampo podem so-licitar uma demonstração pelo e-mail [email protected] ou pelos telefo-nes (16) 3329-4281 e (16) 98145.0445.

Benefícios do GATUA – O GATUA – Grupo das Áreas de Tecnologia das Usi-nas de Açúcar, Etanol e Energia – chegou a dez anos de vida com um vasto históri-co de trabalhos em prol de todas as suas associadas. O uso de recursos de TI pe-las usinas constitui uma grande oportuni-dade de melhorar os resultados de todos

os seus departamentos, processos e con-troles internos.

Nesse sentido, o grupo possui uma gama de iniciativas com grandes benefí-cios às usinas, como as suas reuniões bimestrais, nas quais são apresentadas soluções que emergem como inovado-ras. Realiza, também, uma vez por ano, o Congresso GATUA, sempre acompanha-do da FeiGATUA, feira de tecnologia na qual as empresas do mercado fornecedor aproveitam para apresentar seus produ-tos e serviços. Neste ano de 2014, esses eventos serão realizados nos dias 25, 26 e 27 de novembro, em Ribeirão Preto, SP.

O GATUA já é constituído por 286 usinas. Está presente em 225 municípios de 20 estados brasileiros, congregando em torno de 600 profissionais de TI.

Novos rumos – Com a profissiona-lização do GATUA, foi implantado oficial-mente, em outubro de 2013, o Programa “SGQ – Selo GATUA de Qualidade”, que nasceu como instrumento de mediação entre a demanda (necessidades constan-tes das usinas) e a oferta (inúmeras solu-ções trazidas pelos fornecedores de TI). “O grande anseio de todo gestor ou toma-dor de decisão, quando do atendimento a uma necessidade em sua usina, é con-seguir obter o feedback de quem já utiliza o que está sendo prospectado. Lembra-mos que toda usina é, por natureza, isola-da, fixada invariavelmente na zona rural e carente de referências próximas”, afirma Carlos Barros, o Bill, coordenador nacio-nal do GATUA.

O GATUA não é e nem será uma entidade certificadora. Esse programa faz, com metodologia e critérios científi-cos amplamente elaborados, a coleta do sentimento (feeling) de quem já é clien-te de um produto ou serviço e o transfor-ma em uma nota equivalente a um selo – bronze, prata ou ouro. Depois disso, re-torna ao fornecedor desse produto ou ser-viço um relatório minucioso com todos os desconfortos e pontos de melhorias de-

Selo do iCampo, software lançado pelo GATUA que permite aproximar as usinas de seus fornecedores de cana

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tectados junto aos seus próprios clientes.A “entrega” desse relatório, junto à

nota e os respectivos selos, não é o final do nosso trabalho, mas sim o começo. Ao relatar esses pontos de desconforto, o GATUA se coloca à disposição para aju-dar na reversão de todos eles. Em outras palavras, passa a “monitorar” o compor-tamento do fornecedor a partir de então.

Referência – O trabalho do GATUA se tornou referência para a formação de outros grupos, tendo em vista os benefí-cios alcançados nessas experiências. Re-centemente, houve a reunião inaugural do Grupo de Controladoria das empresas de agronegócio, para a qual o GATUA foi o modelo maior.

Com o advento do Grupo de Usuá-rios de Tecnologia da Informação (GRU-TI Brasil), sob o qual o GATUA se situa como a vertical para o setor sucroener-gético, dois novos grupos já estão sen-do geridos, ainda na fase de contatos ini-ciais para as suas formações: o Grupo das Áreas de Tecnologia das Transporta-doras (GATRANS) e o Grupo das Áreas de Tecnologia das Indústrias Calçadistas (GATIC). Os dois têm como modelo o tra-balho do GATUA.

Para saber mais detalhes sobre es-sas iniciativas, visitem a página do GATUA na internet (www.gatua.com.br) ou a do GRUTI Brasil (www.grutibrasil.com.br).

Desde o último dia 1º de junho, foi ativado o site www.congresso.ga-tua.com.br, pelo qual as usinas interessadas podem fazer suas re-servas de participação no 10º Congresso Anual do GATUA, que será

realizado nos dias 25, 26 e 27 de novembro, em Ribeirão Preto, SP. Segundo a organização do congresso, a cargo do GATUA e do GRUTI

Brasil – Grupo de Usuários de TI –, metade dos espaços disponíveis em sua grade de atividades (Feira de Tecnologia, palestras, rodadas de negócios e sala para Meeting Table) já foi reservada por empresas que atuam no mer-cado brasileiro e mundial de TI.

No congresso deste ano, o GATUA trará uma inovação importante: além de apresentar como está o seu Programa “SGQ – Selo GATUA de Qualidade”, após um ano de seu lançamento oficial, será também possível a visita ao con-gresso de empresas de outros segmentos da economia nacional, não só usi-nas de açúcar, pois o GATUA quer mostrar sua experiência vitoriosa no traba-lho de criar um espaço para aproximação de profissionais de TI, na troca de informações e no compartilhamento de conhecimento e experiências.

O GRUTI Brasil está trabalhando para o surgimento de novos grupos, em outros setores da economia brasileira. O 10º Congresso Anual será uma oportunidade para que esses setores conheçam o trabalho do GATUA em prol das usinas associadas. Na página www.gatua.com.br, poderá ser en-contrado o convite oficial do congresso.

SERVIÇO:10º Congresso Anual GATUA 2014Centro de Convenções TAIWANRibeirão Preto, SPDias 25, 26 e 27 de novembro de 2014Informações e inscrições no site www.congresso.gatua.com.br

Espaço TI

GATUA abre inscrições para seu 10º Congresso Anual

Selo GATUA de Qualidade, categoria Ouro: classificação é dada a partir de uma nota baseada na opinião dos clientes

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Capa

Sem criseOrganizadores da Fenasucro acreditam que instabilidades do setor não irão atrapalhar volume de negócios, previsto

para R$ 2,2 bi, mesmo faturamento do ano passado

Igor Savenhago

É com a infraestrutura revitalizada que a 22ª edição da Feira Interna-cional de Tecnologia Sucroener-

gética (Fenasucro) deverá receber cer-ca de 33 mil visitantes e gerar negócios da ordem de R$ 2,2 bilhões, mesmo va-lor de 2013. Apesar do momento delica-do vivido pelo setor da cana-de-açúcar, os organizadores apostam no poten-

cial de negócios da feira, que deve rece-ber grandes compradores. Pelo menos, tudo vem sendo programado para isso. O pré-credenciamento online apresenta-va, já durante a coletiva de apresentação do evento, no dia 31 de julho, aumento de 200% na comparação com o mes-mo período do ano passado. Do mon-tante, 64% possuem cargos de lideran-ça nas empresas que representam e 20% têm poder de compra que ultrapassa R$

1 milhão. “Estamos com boas expectati-vas quando à intenção de compras e, por isso, esperamos manter os negócios em R$ 2,2 bilhões”, diz Gabriel Godoy, dire-tor da Fenasucro.

A movimentação deverá ser impul-sionada por visitantes de cidades próxi-mas, além de estrangeiros, que virão de pelo menos 28 países, e caravanas, de São Paulo e outros estados, que levarão à feira mais de 1.500 pessoas de 40 usi-

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nas. Eles conhecerão as novidades em tecnologia expostas por 550 empresas nacionais e internacionais. Serão mais de mil marcas em destaque, numa área de 75 mil metros quadrados, mais que o do-bro em relação ao ano passado, quando foi de 35 mil metros quadrados.

Como em 2013, a Fenasucro será dividida em setores, para facilitar a locali-zação dos produtos pelos visitantes. São quatro áreas: Agrocana, que apresenta equipamentos e insumos voltados para preparo de solo, tratos culturais, plantio e colheita; Forind, que agrega fornece-

dores industriais; Indústria, que oferece o que há de mais moderno em tecnolo-gia em máquinas, implementos e ser-viços para a produção de derivados da cana; e Transporte e Logística, com novi-dades em aviação, transporte rodoviário, programas de computador e suprimentos para facilitar o deslocamento de produ-tos do setor. Para a atual edição, essa úl-tima divisão ganhou subsetores inéditos, como Armazenamento, Equipamentos de Proteção Individual e Automação.

Outra novidade fica por conta dos programas Premium Club e VIP, que de-vem receber 1.500 compradores e têm como meta, segundo Godoy, impulsio-nar os negócios, atendendo, “de forma diferenciada”, visitantes com alto poder aquisitivo. “É uma forma de estreitar re-lacionamentos e trazer um público re-almente especializado para a feira”. Os participantes desses programas terão, à disposição, credencial especial, entrada exclusiva, estacionamento para um dia de evento, acesso privilegiado à abertu-ra da feira, internet e áreas de descan-so com acesso a serviços de alimentos e bebidas.

Para Antonio Eduardo Tonielo Fi-lho, presidente do Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis (CEISE Br), entidade

Área da feira em 2013 era de 35 mil metros; agora, em 2014, subiu

para 75 mil metros quadrados, com novidades na infraestrutura

Coletiva de apresentação da feira, no dia 31 de julho, divulgou números preliminares de credenciamento: otimismo com a presença de grandes compradores

Máquinas expostas na edição de 2013, quando os negóciosmovimentaram R$ 2,2 bilhões: organizadores esperam repetir desempenho

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que realiza a Fenasucro em parceria com a Reed Exhibitions Alcantara Machado, que responde pela organização, apesar

do cenário de crise, a Fenasucro será re-alizada em bom momento, já que a ne-cessidade de aumento de eficiência nas

Dourados organiza missão

A Fenasucro não motiva ape-nas a oferta de novas tec-nologias, mas serve como

vitrine também para eventos. A Pre-feitura de Dourados, MS, por exem-plo, vai organizar uma missão para lançar, em Sertãozinho, a 4ª Fei-ra Agrometal do Mato Grosso do Sul, que será realizada de 22 a 24 de outubro, no Pavilhão de Even-tos Dom Teodardo Leitz. A carava-na parte de Dourados no dia 26, às 8h, com retorno previsto para o dia 28, ao meio-dia. No dia 27, a Agro-metal será divulgada num almoço com empresários e representan-tes de entidades do estado de São Paulo e de Dourados.

Durante os três dias em que permanecerão na Fenasucro, técni-cos sul-mato-grossenses percorre-rão os corredores do evento para falar sobre a Agrometal, tida como uma das melhores feiras industriais e de serviços da região Centro-Oes-te do país, que, para este ano, será ampliada para atender aos seg-mentos de alimentos, construção civil, petróleo e gás e papel e celu-lose. A Prefeitura também preten-de convidar empresários paulistas a montar estandes na Agrometal.

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33 mil visitantes, entre brasileiros e de 28 países, são esperados para o maior evento sucroenergético do mundo, em Sertãozinho, SP

Feira apresenta tecnologia de última geração para operações agrícolas, industriais e de transporte e logística para a cana-de-açúcar

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26 de agosto8h às 13h: 3ª Conferência Datagro CEISE Br 8h às 14h: Reunião Gerhai8h às 13h: 2ª Congresso de Automação e Inovação Tecnológica Sucroenergética 201412h30: Abertura Oficial 13h às 20h: Exposição e Visitação 20h: Fechamento

27 de agosto8h às 13h: 2ª Congresso de Automação e Inovação Tecnológica Sucroenergética 20148h às 13h: Seminário Agroindustrial STAB 13h às 20h: Exposição e Visitação 20h: Fechamento

28 de agosto8h às 13h: Seminário Agroindustrial STAB

8h às 13h: Seminário GEGIS

13h30 às 19h30: 1º Encontro Cana

Substantivo Feminino

13h às 20h: Exposição e Visitação

20h: Fechamento

29 de agosto 8h às 13h: Encontro de Produtores Canaoeste/Orplana

8h às 13h: 2º Seminário de Transporte

e Logística ESALQ Log

13h às 20h: Exposição e Visitação

20h: Fechamento

Cronograma

unidades produtoras precisa ser discuti-da. Um dos assuntos em evidência, se-gundo ele, será a geração de energia elé-trica a partir de resíduos, como o bagaço da cana.

Estrutura – As maiores novidades irão aparecer na infraestrutura da feira. A praça de alimentação, por exemplo, ga-nhou sete novas marcas e contará com layout reformulado e wi-fi gratuito. O sis-tema hídrico também teve melhorias, como a capacidade dobrada de armaze-namento de água. No estacionamento, foram criados acessos específicos para expositores e visitantes.

Diferente de anos anteriores, quan-do a Conferência Datagro CEISE Br, um dos principais eventos paralelos à feira, era realizada no Teatro Municipal de Ser-tãozinho, os debates e discussões fo-ram todos concentrados num único lu-gar, construído exclusivamente para esta finalidade. O Espaço de Conferências Fe-nasucro será palco de reuniões em que serão discutidos assuntos de interesse

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Máquinas e implementos são expostos em galpões e áreas externas, onde profissionais do setor interagem e trocam experiências

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Com informações da assessoria de imprensa

Um dos eventos que vem se tornando tradicionais durante a Fenasucro é a Rodada Internacional de Negócios APLA/Apex-Brasil, que deverá reu-nir 50 empresas brasileiras e 20 compradores estrangeiros. A expecta-

tiva é que o volume de negócios ultrapasse a marca do ano passado, quando as vendas chegaram a US$ 1,6 milhão, além de terem sido levantadas oportu-nidades de investimentos na faixa de US$ 375 milhões.

“A rodada de negócios tem como principais metas estabelecer relação de médio e longo prazo com convidados internacionais e suas empresas, além de buscar desenvolver um trabalho de inteligência comercial, levantando com esses países dados e informações sobre os mercados onde eles estão loca-lizados”, explica Flavio Castelar, diretor executivo do APLA (Arranjo Produtivo Local do Álcool).

Nas reuniões, são ofertadas soluções completas para produção e processamento de cana-de-açúcar, como máquinas e outros equipamen-tos agrícolas e industriais. Em 2013, as rodadas reuniram representan-tes de dez países, que resultaram em 463 contatos comerciais nos quatro dias de feira.

Rodada APLA/Apex espera movimentar mais de US$ 1,6 mi

No ano passado, rodada APLA/Apex reuniu dez países e volume de negócios chegou a R$ 1,6 milhão

Flavio Castelar, diretor executivo do APLA, diz que rodadas de negócios visam desenvolver

trabalho de inteligência comercial

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do setor sucroenergético. Além dos con-vidados da Datagro CEISE Br, o local irá abrigar, de acordo com a assessoria de imprensa da feira, a Reunião do Gerhai, o Seminário Agroindustrial STAB, o Se-minário do GEGIS, o 2º Congresso de Automação e Inovação Tecnológica Su-croenergética, o Encontro Canaoeste/Or-plana, aa Rodadas de Negócios APLA/Apex e FIESP/Sebrae e o Seminário de Transporte e Logística ESALQ Log. Para isso, dispõe de área VIP, banheiros e es-trutura para coffee break. Os eventos no Espaço das Conferências serão todos os dias, das 8h às 13h.

Outros espaços também prometem chamar a atenção do público, como o Or-quídeas, que receberá convidados da fei-ra e indicados por parceiros, o Estande das Novidades, onde poderão ser encon-tradas informações e imagens dos lan-çamentos das empresas expositoras, e o Museu da Cana, que contará um pou-co da história da cana-de-açúcar na re-gião de Ribeirão Preto, por meio de uma ação do Instituto Cultural Engenho Cen-tral, localizado na Fazenda Vassoural, en-tre Pontal e Sertãozinho.

Dezesseis micro e pequenas em-presas terão uma área exclusiva para ex-por seus produtos e serviços. A partici-pação delas é garantida por uma parceria entre o Sebrae-SP e os organizadores da Fenasucro. A iniciativa, que existe desde a primeira edição da feira, tem custo bai-xo para as empresas – já que parte dos custos é subsidiada pelo Sebrae – e visa favorecer a integração delas com gran-des fornecedores e compradores.

SERVIÇOFenasucro – Feira Internacional

de Tecnologia SucroenergéticaRealização: 26 a 29 de agosto de 2014Horário: das 13h às 20hLocal: Centro de Eventos ZaniniMarginal João Olézio Marques,

3.563, Sertãozinho, SP

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Imprensa

CanaMix vence Prêmio AndefReportagens especiais sobre sustentabilidade, do repórter Leonardo Ruiz, publicadas em novembro e dezembro, foram campeãs na categoria revista

Igor Savenhago

Duas reportagens especiais so-bre sustentabilidade no setor su-croenergético deram à CanaMix

o Prêmio Andef, conhecido como “Os-car da Agricultura”, na categoria revis-ta. O troféu foi entregue ao repórter Leo-nardo Ruiz, autor das matérias, no último dia 21 de julho, na sede do Esporte Clu-be Sírio, em São Paulo, SP, em cerimô-nia apresentada pela jornalista Fabiana

Scaranzi e que contou com cerca de 500 convidados.

As reportagens, que venceram ou-tras de revistas de peso no cenário nacio-nal, como Globo Rural e Dinheiro Rural, foram publicadas nas edições de novem-bro e dezembro de 2013 na CanaMix. Elas foram capas das respectivas edições. A primeira, “Os caminhos da sustentabilida-de”, apresentou as práticas consideradas necessárias para que as áreas agrícola e industrial das usinas sejam sinônimos de

responsabilidade ambiental. Empresários, gerentes e outros funcionários das com-panhias foram ouvidos, além de associa-ções e entidades, para que traçassem as rotas da sustentabilidade no século XXI e o preço que é necessário para por elas para que o setor consolide alguns merca-dos e abra novos.

A segunda reportagem da série, “A sustentabilidade na prática”, abordou as medidas adotadas, efetivamente, para que os caminhos apontados na matéria

Momento do anúncio do prêmio conquistado pela Revista Canamix, na sede do Esporte Clube Sírio, na capital paulistaDi

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anterior sejam cumpridos e quais serão os próximos passos, as dificuldades a serem enfrentadas para sua implantação e as perspectivas para os próximos anos.

Para Ruiz, a sensação de vencer o prêmio, o primeiro da carreira – deta-lhe, ele ainda é estudante do quarto ano de Jornalismo –, foi indescritível. “Fiquei

muito feliz, em especial por ser a profis-são que amo e por não atuar por tanto tempo na área. Esse prêmio é a prova de que novos repórteres podem fazer jorna-lismo sério e de qualidade”.

Falar sobre sustentabilidade em duas reportagens especiais foi, para o repórter, uma experiência que represen-tou grande aprendizado. “Sustentabilida-de não significa, unicamente, evitar des-

perdícios ou prejuízos. Tem a ver com a iniciativa de ‘responder’ aos questiona-mentos dos consumidores em qualquer parte do planeta, de forma firme e con-victa, atendendo e superando as expec-tativas. Em minha opinião, poder chamar a atenção da sociedade para esse tema foi um dos aspectos mais positivos do trabalho”.

Para o diretor da CanaMix, Plínio

O repórter Leonardo Ruiz com o troféu, ao lado do ministro da Agricultura, Neri Geller (esq.), a secretária de

Estado da Agricultura de SP, Mônika Bergamaschi, e Laercio Giampani,

presidente do Conselho Diretor da Andef

Telão mostra os concorrentes: CanaMix venceu seis adversários, entre eles as Revistas Globo Rural e Dinheiro Rural

Prêmio Andef é considerado o “Oscar da Agricultura” e valoriza jornalistas que despertam para o ensino e a informação atualizada

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JornalismoRevistaLeonardo Ruiz, Revista CanaMix/SPEspecial “Os caminhos da sustentabilidade” e “A sustentabili-dade na prática”JornalAnna Carolina Papp Silva, O Estado de S. Paulo/SPMatéria: Robôs e drones chegam ao campoTelevisãoWendel Rodrigues, TV Correio/PB (Afiliada da Rede Record)Matéria: Ouro VerdeFotografiaRicardo Rafael da Silva, O Popular/GOAções de CooperativasNatália Canevazzi, Coopercitrus Revista Agropecuária/SPMatéria: Maracujá e seringueira – implantação em cafezais de baixa produção

ProfissionaisClodoaldo Dutra Flaitt, ArystaLifeScienceEduardo Constantino, DuPontEric Pasqualli Nunes, SyngentaGustavo Martins, Dow AgroSciencesJeverson de Oliveira, FMCJorge Luiz Fernandes Parras, MonsantoNilson Liasch Júnior, BasfRodrigo Begale, Bayer CropScience

Campo LimpoCEARPA – Nova Mutum/MTFAFRAM – Ituverava/SPARAGO – Goianésia/GOARANAV – Naviraí/MS

DistribuidoresBoas Práticas AgrícolasAgro Amazônia/MT: Projeto Vida SaudávelResponsabilidade SocialAgrológica/MT: Horta Espaço Prima JovemResponsabilidade AmbientalAlvorada/MT: Reflorestando e Preservando Área Degradada

CooperativismoBoas Práticas AgrícolasCOOPERCITRUS/SP: Uso Correto e Seguro dos Defensivos AgrícolasResponsabilidade SocialCOOXUPÉ/MG: Escola ConscienteResponsabilidade AmbientalCOPLANA/SP: Córrego Vivo e Reflorestando as Nascentes

EnsinoCEFET/RJ: Agroprata

Produtor RuralJonas Marques, produtor de café conillon e pimenta do reino em São Mateus/ES.

Vencedores doPrêmio Andef 2014

César, a conquista representa reconhe-cimento ao trabalho feito pela equipe da revista, o que a coloca, cada vez mais, como uma das mais importantes do país nos segmentos agrícola e canavieiro. “Ganhar um prêmio da importância do Andef é, sem dúvida, um estímulo para que o Grupo AgroBrasil, do qual faz parte a CanaMix, continue trilhando um cami-nho de sucesso, oferecendo informação de qualidade para agricultores, empresá-

rios e todas as outras pessoas que se in-teressam pelo agronegócio”.

O Prêmio – Esta foi a 17ª edição do prêmio, promovido pela Associa-ção Nacional de Defesa Vegetal (Andef) e que teve como tema “Educando para um novo tempo”. A proposta, segundo a associação, é valorizar constantemen-te profissionais envolvidos nas cadeias produtivas do agronegócio e que ajudem, com suas reportagens, a despertar para o

ensino e a informação atualizada, permi-tindo ao agricultor entender e trocar con-ceitos de boas práticas no campo.

“Nosso objetivo é promover a sus-tentabilidade do agronegócio brasileiro, mas seria impossível sem colaborarmos com o educador do campo. Ele faz a co-nexão com outro importante personagem que é o produtor rural, responsável pelo nosso alimento”, explica Fábio Kagi, ge-rente de educação da Andef.

Imprensa

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Atrevida, nome da máquina desenvolvida pelo Grupo nordestino EQM e lançada na Norcana, em 2013: a inovação reduz os custos com o corte da cana de R$ 25 para R$ 2 por tonelada

Nordeste em Foco

Adversidades e oportunidades de negócios no Nordeste

*Alexandre Andrade Lima

A safra nordestina 2014/15 deve produzir algo em torno de 52 mi-lhões de toneladas de cana. Uma

redução de, aproximadamente, 5% em relação à safra anterior. Mesmo assim, diante das adversidades, em função da grave crise que assola o setor sucroe-nergético nacional como um todo, além dos efeitos da maior seca dos últimos 50 anos no Nordeste, há um mercado regional que demanda, e muito, produ-tos, equipamentos e máquinas para to-car a atual produção. Dentro desse con-texto, pelo terceiro ano consecutivo, no intuito de baixar os custos de produção da cana nordestina, volta a ser realiza-da no Recife, PE, uma experiência ímpar de negócios direcionada exclusivamente ao segmento canavieiro. Desde 2012, a

tor dos produtores nordestinos de cana, a Norcana.

O evento, que tem sido realizado sempre no mês de setembro, já passou a compor o calendário agrícola das prin-cipais feiras de negócios regional. A evo-lução do evento está incorporada ao prin-cipal objetivo da Norcana: contribuir para baixar os custos de produção do agricul-tor – condição ideal para estimular os ca-navieiros a continuar investindo na cul-tura da cana, mesmo diante de uma das maiores crises do segmento sucroener-gético nacional. Neste sentido, a Norca-na negocia com as fábricas de insumos, fertilizantes, utensílios, ferramentas, má-quinas e outros produtos do gênero, esti-mulando, assim, a respectiva comerciali-zação a preços mais competitivos do que o praticado geralmente no mercado.

A Norcana acaba contribuindo para estimular o produtor a movimentar e man-

Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP) promove a úni-ca feira regional de negócios para o se-

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Alexandre Andrade Lima, falando na abertura da Norcana, em 2013, em que antecipou as palestras que seriam realizadas na feira

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ter ativo o setor canavieiro regional, pois, mesmo diante da crise atual, é preciso to-car as plantações e, para isso, há um mer-cado operante de produtos, equipamen-tos e máquinas específicas. A estratégia tem sido exitosa. Nas edições anteriores da feira, além de enfrentar questões re-ferentes à novidade do evento, havia um problema ainda maior: a descapitalização dos agricultores em função do auge da maior seca dos últimos 50 anos no Nor-deste. Mas, ainda assim, os agricultores dos principais estados produtores da re-gião compareceram. Neste ano, a Norca-na será realizada nos dias 17, 18 e 19 de setembro, no Recife, na AFCP.

Contudo, devido aos efeitos negati-vos da seca na mobilidade financeira do plantador de cana, além dos altos cus-tos de produção e da falta de uma po-lítica pública a respeito, é bem verdade que há um cenário atual bastante pessi-mista no setor. Todavia, a realização da terceira edição da Norcana está em sin-tonia com melhores perspectivas por vir em um curto prazo de tempo. Está para chegar ao mercado da cana do Nordes-te um crédito de R$ 170 milhões para os produtores independentes e mais R$ 400 milhões para os produtores de etanol, re-lativos à nova subvenção do Governo Fe-

deral. Além desse fator, a Câmara dos Deputados aprovou a elevação do etanol anidro de 25% para 27,5% na composi-ção da gasolina, faltando agora a avalia-ção do Senado.

Tudo isso ocorre em um período que, tão breve, entre outubro e novem-bro, chegará ao fim a colheita da cana do Centro-Sul do Brasil, por conta da ante-cipação da safra. É quando, justamen-te, começa a safra nordestina. Além dis-so, a 3ª edição da Norcana será realizada numa época que antecede a eleição pre-sidencial. Ou seja, a feira exclusiva dos produtores de cana acontece em um pe-ríodo que suscita no setor sucroenergé-tico uma maior cobrança e, simultane-amente, esperança no implemento de uma nova política nacional voltada para o combustível renovável e limpo (etanol).

Diante de todo exposto, é pertinen-te ressaltar que a Norcana manterá o for-mato das suas edições anteriores. Por-tanto, haverá um salão de estandes com as indústrias e representantes comerciais dos principais produtos, equipamentos e máquinas voltadas ao setor canavieiro. Neste ambiente, é oportunizado ao agri-cultor um local atrativo de negócios e di-álogos para eles, mas também entre os parceiros, industriais, órgãos de classe e

autoridades do setor privado e público li-gados ao setor sucroenergético regional. Também será mantido um ciclo de pales-tras técnicas e especializadas correspon-dentes ao interesse da classe. Com isso, promovem-se também tecnologias e o intercâmbio de informações sobre ações e manejo nos canaviais.

Entre as tecnologias a serem ex-postas na 3ª Norcana, será exibida uma máquina capaz de fazer o corte da cana em áreas com declive. O equipamento foi desenvolvido pela Usina Olho D’água e produzido pela Centracana – empresa paulista fabricante de máquinas do ramo. O equipamento vem sendo utilizado nos canaviais da unidade industrial. A rele-vância desse maquinário é indispensável para reduzir os custos do produtor regio-nal de cana, porque 61% dos canaviais do Nordeste estão em terrenos com re-levo acidentado. A abertura da Norcana, em 17 de setembro, ficará sob o coman-do do agrônomo e professor da Univer-sidade de São Paulo Marcos Fava Ne-ves. O docente falará sobre os desafios e oportunidades do setor sucroenergéti-co nordestino.

*Presidente da União Nordestina dos

Produtores de Cana (Unida) e da AFCP

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Informe Publicitário

Soluções inovadoras que garantem redução de custos e maior produtividade às usinas serão

apresentadas na Fenasucro pela Quimatic Tapmatic

Empresa lança oficialmente no evento o Protetivo Agro, apresentao novo desengraxante Quimatic ED Solv e expõe as vantagens da

linha Plasteel, que ajuda usinas a economizar até 80% ao substituira compra de novos equipamentos pela recuperação e manutenção

Ao investir na manutenção de suas máquinas e equipamen-tos – e deixar a compra de no-

vos modelos para quando for realmen-te necessário –, as usinas e demais companhias do setor sucroenergético podem alcançar uma economia de até 80% ao mesmo tempo em que man-têm sua produtividade em alta.

Apresentar aos profissionais da área estas e outras vantagens é o grande objetivo da Quimatic Tapma-tic durante a Fenasucro 2014, maior evento mundial do setor sucroenergé-tico, que acontecerá entre os dias 26 e 29 de agosto, em Sertãozinho, SP.

Repleto de atrações, o estande da Quimatic Tapmatic na feira conta-rá com três grandes destaques: o lan-çamento oficial do Protetivo Agro, anticorrosivo desenvolvido especial-mente para o setor agrícola; a apre-sentação do desengraxante Quimatic ED Solv, com nova fórmula ainda mais eficaz e com odor mais suave; e a ex-posição da linha Plasteel de revesti-mentos epóxi bicomponentes voltados para recuperar e proteger equipamen-tos e máquinas sujeitos a corrosão e abrasão.

Maior fabricante de especialida-

des químicas do país, a Quimatic Ta-pmatic vem obtendo crescimento mé-dio de 20% ao ano na prestação de serviços para usinas de todas as regi-ões brasileiras. “Temos o compromis-so de abastecer o setor sucroenergéti-co com soluções inovadoras, capazes de garantir redução de custos e maior praticidade e produtividade”, enfatiza Walter Strebinger, diretor da Quimatic Tapmatic.

Este é o caso da linha Plaste-el, que, além de proteger máquinas e equipamentos de forma preventiva, também é utilizada para recuperar ma-quinários já danificados pela corrosão e abrasão presentes no processo de moagem, garantindo uma nova e re-sistente superfície que irá necessitar de manutenção somente a cada duas safras.

Ao recuperar e proteger as má-quinas e equipamentos com Plaste-el, ao invés de sucatear, forma muitas vezes desnecessária e prematura, as usinas conquistam uma economia de até 80% em relação à compra de mo-delos novos.

Para esclarecer os diferenciais de seu portfólio, a Quimatic Tapmatic contará com uma equipe de profissio-

nais altamente qualificada na Fenasu-cro 2014. O estande da empresa será o de número BG14.

Destaques na exposição:

Lançamento oficial do Proteti-vo Agro - A Fenasucro é o palco para o lançamento oficial do Protetivo Agro. Desenvolvido especialmente para o se-tor agrícola, o produto difere de ou-tros protetivos existentes no mercado por formar uma película cerosa anties-

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tática mais seca, o que ajuda a repe-lir de maneira mais eficiente a poeira e a garantir proteção contra a corrosão por longos períodos, mesmo quando os equipamentos e máquinas são ar-mazenados em ambientes abertos, su-jeitos a altas temperaturas ou chuvas fortes. Como resultado, tratores, ara-dos, colheitadeiras, ferramentas e ou-tros implementos conquistam uma vida útil maior e estão sempre prontos para uso. Ecologicamente correto, o lança-mento não contém substâncias tóxi-cas ou metais pesados em sua formu-lação, evitando assim contaminação da colheita e do solo. Para mais infor-mações sobre o Protetivo Agro, aces-se: www.quimatic.com.br/produtos/protetivos-lubrificantes/protetivo-agro/

Novo desengraxante Quimatic ED Solv - A empresa também expõe du-rante o evento o desengraxante Quima-tic ED Solv, que em 2014 ganhou uma nova fórmula ainda mais eficiente. O produto agora age 10% mais rápido e tem odor mais suave. Além disso, con-tinua com atrativos que fizeram da ver-são anterior um grande sucesso, como

o uso de aditivo ED – Extremo Desengra-xe – e uma formulação ecologicamente correta, à base de água, biodegradável, atóxica e não inflamável. Indicada para situações de difícil desengraxe e limpe-za, a novidade é ideal para uso em má-quinas, tanques, carenagens, estruturas de ferro ou aço e muito mais. Para mais informações sobre Quimatic ED Solv, acesse: http://www.quimatic.com.br/produtos/desengraxantes-industriais/quimatic-ed-solv/

Linha Plasteel – As usinas po-dem economizar até 80% ao substi-tuir a compra de equipamentos novos pela recuperação e manutenção com os revestimentos epóxi bicomponentes da linha Plasteel. A Quimatic Tapmatic destaca no evento Plasteel Diamanta-do, um revestimento reforçado com mi-croesferas inertes especiais de altíssi-ma dureza, que confere à superfície em que for aplicado dureza e resistência à abrasão semelhante a do diamante; e Plasteel Cerâmico Pintável Azul, que promove principalmente proteção con-tra o ataque químico e corrosão. O seu acabamento liso e vitrificado melho-ra o fluxo e aumenta o rendimento me-cânico em bombas e tubulações. Isen-

tos de compostos orgânicos voláteis, os produtos são ecologicamente corre-tos, fáceis de aplicar e estão disponí-veis em revendas de todo o país. Para mais informações sobre a linha Plas-teel, acesse: http://www.quimatic.com.br/produtos/revestimentos-epoxi/

Sobre a Quimatic Tapmatic do Brasil – Há mais de 30 anos no mer-cado, a Quimatic Tapmatic é a maior fabricante de especialidades químicas do País. A companhia 100% nacional possui certificação ISO 9001 e é liga-da à Tapmatic Corporation, dos Esta-dos Unidos, e Tapmatic International Corporation, da Suíça. Líder mundial na fabricação de Fluidos de Corte e com qualidade reconhecida no Brasil e exterior, a Quimatic Tapmatic ofere-ce produtos de elevado desempenho, atua com total responsabilidade so-cioambiental e recebeu recentemente o selo da Fundação Abrinq de empre-sa amiga da criança.

QUIMATIC TAPMATICTel: (11) 3312-9999E-mail: [email protected]: www.quimatic.com.br

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Informe Publicitário

Prêmio INOVA

O CTC - Centro de Tecnologia Ca-navieira – investe, desde 1969, em pesquisa e desenvolvimento

de tecnologias que visam ampliar a capa-cidade produtiva do setor sucroenergéti-co. Comprometido em desenvolver solu-ções para todos os elos dessa cadeia, é na produtividade agrícola que o CTC dis-pende grandes esforços para desenvol-

ver variedades de cana-de-açúcar uti-lizando o que há de mais moderno em ferramentas de seleção destes materiais.

Com a intenção de destacar as uni-dades produtoras que adotam as varieda-des mais modernas, acreditando no futu-ro promissor deste setor, o CTC criou em 2012 o Prêmio INOVA. Para a criação des-te prêmio o CTC analisou o mercado su-

croenergético, buscando usinas com perfil inovador, que investem em novas tecnolo-gias, melhoramento genético, sustentabi-lidade e que possuem foco na qualidade e no aumento constante de produtividade.

O INOVA premia a unidade produto-ra com menor Índice de Atualização Va-rietal (IAV) em cada uma das seis regi-ões produtoras do estado de São Paulo

Histórico do Índice de atualização Varietal na região Centro-Sul nos últimos 23 anos

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e, também, nos principais estados da re-gião Centro-Sul. Esse índice representa a média da idade do plantel de cada usina, de modo que, quanto menor for o valor do IAV, mais modernas serão as varieda-des adotadas pela unidade produtora ou região estudada.

O IAV é obtido pela somatória das diferenças entre o ano atual e o ano do cruzamento das variedades, ponderado pela porcentagem de utilização dessas variedades, subtraindo 20 anos. Optou--se por extrair vinte anos, do valor obtido pela somatória, em função desse ser o número de anos que, em média, uma va-riedade percorre entre o seu ano de cru-zamento e sua participação máxima no censo varietal.

Assim, esse índice é calculado a partir da seguinte fórmula:

IAV = Somai [(ano atual – ano de cruzamento da variedadei) x % da área cultivada da variedadei] – 20, onde i varia de 1 até o número de variedades cultivadas no plantel

O histórico do IAV para a região Centro-Sul, apresentado na figura da pá-gina anterior, mostra que após 11 anos consecutivos de aumento desse índice, no ano de 2013 houve uma pequena re-dução, o que indica que os produtores começaram a se preocupar com a subs-tituição de suas variedades visando obter maiores ganhos em produtividade.

A partir da análise dos resultados históricos de IAV entre os produtores, foi possível chegar a uma classificação que permite identificar em níveis a situação do plantel varietal de usinas ou regiões de acordo com a adoção de tecnologia:

Utilizando essa classificação como base, para realizar a construção do Prê-mio INOVA, foram definidos os seguintes critérios:

1. Ter enviado o censo de varieda-des para o CTC referente à safra que esta sendo avaliada.

2. Possuir área cultivada superior a 10 mil hectares (informada por meio do censo).

3. Ter o menor Índice de Atualiza-ção Varietal (IAV) na região.

4. Ter IAV inferior a cinco anos, li-mite para o nível satisfatório na classificação desse índice.

Assim, considerando os critérios adotados, as usinas selecionadas para receberem o Prêmio INOVA referente ao ano de 2013 foram:

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IAV Nível

Menor que 5 anos Satisfatório

Entre 5 e 7 anos Intermediário

Maior que 7 anos Não recomendado

Região Unidade Produtora I.A.V.

SP - Araçatuba Raízen - Destivale 3,31

SP - Assis Raízen - Ipaussu 3,61

SP - Piracicaba Santa Maria 1,70

SP - Ribeirão Preto Pedra - Da Pedra 3,43

SP - São Carlos Santa Fé 3,58

SP - São José do Rio Preto Guarani - Olímpia 4,51

GO Jalles Machado - Otávio Lage 3,12

MG e ES Coruripe - Iturama 3,71

PR Santa Terezinha 1 - Iguatemi 3,84

No último ano, nenhuma unida-de dos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul alcançou um IAV menor que cinco anos e, seguindo os critérios adotados para a entrega desse prêmio, não foi possível contemplar nenhuma unidade desses estados.

Na maioria das regiões, as uni-dades ganhadoras do prêmio foram as mesmas nos dois anos analisados, mos-trando a preocupação em estar sempre inovando com o uso de variedades cada vez mais modernas, produtivas e ajusta-

das aos seus ambientes de produção. A Raízen Ipaussu e a Santa Fé passaram a figurar o quadro a partir desta safra. O destaque dessa seleção fica por con-ta da unidade Santa Maria, que apresen-tou o menor IAV tanto em 2012 como em 2013.

O CTC parabeniza a todos os ga-nhadores desta edição do Prêmio INO-VA, reforçando a importância do uso de material genético produtivo para a manu-tenção da segurança sucroenergética do país.

É na produtividade agrícola que o CTC dispende grandes esforços para desenvolver variedades de cana-de-açúcar

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Gestão Industrial

Leveduras em alta

Wolfgang Pistori

No início do ano, o Ministério de Agricultura anunciou a instituição do Plano Mais Pecuária, um pro-

grama de incentivo à pecuária bovina. O objetivo é aumentar a produção e a quali-dade da carne e do leite brasileiros e que os resultados efetivos apareçam em uma década de trabalho. A maioria das metas ainda parece distante, mas uma delas já é colocada em prática há algum tempo: a utilização de levedura de cana-de-açúcar na alimentação de animais.

A levedura de cana (Saccha-

Fungo utilizado na produção de etanol serve como aditivo alimentar para ruminantes, mas precisa de qualificação profissional e dose certa para ser eficaz

romyces cerevisiae) é um produto to-talmente natural, obtido no processo de fermentação para a produção de etanol. Se dosada na quantidade exata, melhora significativamente os índices zootécnicos dos animais, por se tratar de uma ótima fonte de proteína. Apresenta, também, entre suas principais características, um bom balanceamento de aminoácidos – em que os níveis de lisina e metionina se sobressaem em relação a outras fontes proteicas – e se destaca pelas vitaminas de complexo B, principalmente Tiamina, Riboflavina, Niacina e Ácido Pantotênico, e por uma quantidade razoável de ergos-

terol, o que a torna excelente fonte de vi-tamina D.

Para entender melhor a eficiência da levedura como aditivo na alimenta-ção de ruminantes, é preciso voltar aos anos 1970, quando o Programa Nacio-nal do Álcool (Proálcool) foi implanta-do pelo governo e estimulou a produção em larga escala. Não à toa, o Brasil se tornou o principal produtor de cana-de--açúcar e, consequentemente, de etanol no mundo.

Nos 20 anos seguintes, a levedu-ra foi colocada como boa fonte de proteí-nas, mas seus altos preços inviabilizaram

O confinamento da Usina Estiva, em Novo Horizonte, SP, foi criado para integrar produção da cana-de-açúcar com a pecuária

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a popularização. A tendência de investimentos em produção sustentável, porém, principalmente na Europa, fez com que as pesquisas avançassem. A levedura usada atualmente no pro-cessamento da cana reforça o sistema imunológico, prevenin-do doenças, e tem alta capacidade de melhorar o desempenho dos animais.

Alimento eficaz – A produção de leveduras a partir do processo de obtenção do etanol no Brasil ultrapassa a casa de 60 mil toneladas por ano, sendo que 45% disso são exportados para, aproximadamente, 50 países.

Produtores comemoram a obtenção de alimento mais efi-caz. Esperam obter os resultados prometidos pelo Plano Mais Pecuária e aumentar a produção atual de leite e de carne em 40% até 2024.

Segundo a pesquisadora Lúcia de Fátima Araújo, da Uni-versidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), a utilização de aditivos é uma tendência mundial. “A produção desse tipo de proteína é independente de efeitos climáticos e alterações ambientais. Entretanto, tais processos requerem investimentos substanciais de capital e devem ser operados com a máxima eficiência”.

Segundo o Ministério da Agricultura, a população brasilei-ra, composta por cerca de 201 milhões de habitantes, consome cerca de 7,6 milhões de toneladas de carne bovina por ano, mé-dia de 37,9 quilos por habitante. A ideia é que, em 2023, o con-sumo interno anual atinja 50 quilos por habitante, um aumento de 35%. E a utilização de aditivos, como a levedura, é essencial para que haja crescimento no setor, afinal, é com alimentação o principal custo dos produtores de carne e leite do país.

“As leveduras, em quantidades apropriadas e com uma ração de qualidade, promovem o estimulo das bactérias celulo-líticas, aumentam a população microbiana do rúmen, aumentam a utilização de lactato, aumentam a utilização de amônia, equi-libram o pH, acentuam o ganho de peso e a produção de leite na média em 5%, além de aumentar a digestão de fibras”, enu-mera Lúcia.

A recomendação do Instituto de Zootecnia do Estado de São Paulo é que a levedura seja acrescentada em pequenas por-ções, de 1% a 4% da ração. O custo inicial é elevado, mas, em longo prazo, a economia pode ser vista como investimento em biossegurança, pois este aditivo diminui os riscos de proble-mas com aflatoxina e com bactérias patogênicas, melhorando as condições intestinais do animal.

Outro fator importante é que, apesar da produção ser sa-zonal, concentrada entre os meses de maio e novembro, algu-mas usinas passaram a garantir o fornecimento de leveduras durante os 12 meses do ano. Um exemplo dessa união com a pecuária é o da Usina Estiva, em Novo Horizonte, SP, que tra-

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balha de forma a aproveitar praticamente todo o material orgânico utilizado no pro-cesso de produção de etanol para a ali-mentação dos animais.

O braço da empresa, o Confinamen-to Estiva, “foi criado com a diretriz princi-pal de integrar os sistemas de produção de cana-de-açúcar e pecuária, ambas já exercidas pelo grupo. A alimentação do gado utiliza todos os subprodutos da usi-na. Cerca de 50% da dieta são compostos pelo bagaço cru, bagaço hidrolisado, me-laço e levedura líquidos”, informa a usina.

Há também o processo contrário. O aproveitamento de resíduos do confi-namento na cultura de cana-de-açúcar. O esterco retirado dos currais, com capaci-

dade para 11 mil animais, é utilizado, de-pois de um processo de melhoramento, como fertilizante para as lavouras.

Aperfeiçoamento – Apesar de ser um dos maiores produtores e exportado-res de carne do mundo, o Brasil, de for-ma geral, ainda apresenta baixo nível tec-nológico em sua produção. Junto a um investimento maciço em tecnologia, uma das promessas do governo é a capacita-ção de técnicos e produtores.

Diversas ações neste sentido já são aplicadas em faculdades públicas que oferecem cursos de zootecnia. A am-pliação do programa permitirá que, nos próximos dez anos, cinco mil técnicos sejam treinados (500 ao ano) e que pelo

menos 200 mil produtores e trabalhado-res recebam cursos (20 mil por ano).

A Rehagro, por exemplo, é uma es-cola especializada em cursos técnicos de pós-graduação em agropecuária. Um de-les é o de Nutrição de Bovinos Leiteiros, no qual o aluno é qualificado para alimen-tar desde criações pequenas, familiares, até grandes rebanhos.

O engenheiro agrônomo Otávio Romanini, que também é pecuarista em Nova Alvorada, RS, acha o aperfeiçoa-mento fundamental. “Tive uma nova vi-são da minha propriedade a partir do cur-so. Fazendo a nutrição correta, aumentei a produtividade e o ganho financeiro da fazenda. A média do rebanho passou de 28 litros para 35 litros de leite por dia para cada vaca durante o curso”.

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Gado alimentado com levedura tem melhores condições intestinais, segundo o Instituto de Zootecnia do Estado de São Paulo

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Usina Estiva trabalha de forma a aproveitar praticamente todo o material orgânico utilizado no processo de produção de etanol

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Tecnologia Industrial

Reaproveitar é tendênciaDezenas de opção são oferecidas para melhorar o desempenho da produção

nas usinas e reutilizar o máximo de material utilizado no processo

Wolfgang Pistori

Imagine se reutilizássemos a maior parte da água que dispensamos para tomar banho, lavar o carro ou a rou-

pa. Provavelmente, o problema de escas-sez do recurso que o país enfrenta, prin-cipalmente o estado de São Paulo, seria bem menor. Sabemos, no entanto, que a conscientização da população é um tra-balho de formiguinha. Exceto em alguns setores, em que os resultados começa-ram a aparecer já há alguns anos. As usi-nas de derivados da cana-de-açúcar são

um exemplo. A modernização dos lava-dores (ou sopradores) de fuligem e o consequente reaproveitamento da água utilizada na lavagem de gases da caldeira é parte indispensável no trabalho de uni-dades produtoras.

Há cerca de uma década, o setor sucroenergético decidiu investir na reuti-lização e o resultado é, não só, o da eco-nomia de água, mas o de aumento na produção. O material sólido também é reciclado como adubo nos canaviais. “É rico em nutrientes”, afirma Elton Magri, gerente de marketing da VLC, especiali-

zada no tratamento de água utilizada em caldeiras de usinas, que, com 65 instala-ções, trata por hora 38 milhões de litros, segundo dados da própria empresa.

Para que a água possa ser reapro-veitada, é preciso que o material sólido, a fuligem e o depósito formados na super-fície externa da zona de convecção das caldeiras sejam removidos. Um traba-lho que cabe aos sopradores de fuligem, hoje populares no mercado. Além de me-lhorar o desempenho das caldeiras, eles se tornaram sinônimos de sustentabilida-de. Mas o engenheiro mecânico Renon

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Sistema de fuligem da empresa VLC, aplicada em usinas de açúcar e etanol, que faz o reaproveitamento da água proveniente da lavagem de gases

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Steinbach Carvalho, do Instituto Federal Catarinense, alerta para a importância da manutenção desses equipamentos. “É requerida devido, principalmente, ao des-gaste por erosão e corrosão dos tubos de parede de caldeira”.

Os sopradores são tubos providos de orifícios, inseridos transversalmen-te aos tubos das serpentinas, em diver-sos locais da caldeira. São ligados, exter-namente à caldeira, ao sistema de vapor. Durante a operação da caldeira, há depo-sição de fuligem nos tubos, o que dificul-ta a transferência de calor. De tempos em tempos, então, é injetado vapor através deste sistema com a finalidade de remo-ver a fuligem. Para melhorar a operação, os sopradores geralmente têm movi-mento de rotação, atuando, assim, em maior área. Mais de 80 peças compõem o complexo sistema de um soprador de

ar. De parafusos a rolamentos, passando por anéis de segurança.

A história desse processo de “so-prar” as fuligens na caldeira é antiga. Nos anos 1970, pesquisadores perceberam que a fuligem, ao aderir às tubagens, di-ficultava a transmissão do calor, baixando o rendimento da caldeira em até 10%. Os sopradores surgiram, então, com a fun-ção de retirar a fuligem resultante dos pro-dutos da combustão e que se acumulava na caldeira. Eles injetavam vapor retirado da própria caldeira. Ao passar por agulhe-tas, o vapor se expandia e alcançava ve-locidades elevadas, arrastando a fuligem depositada nos tubos. A operação de “so-pragem à caldeira” era executada manual-mente pelos fogueiros uma vez por turno, atuando num sistema de válvula rotativa manuseada através de um volante aciona-do por corrente de transmissão.

Os tipos de sopradores mais usa-dos são os rotativos fixos e os retrá-teis. Os sopradores rotativos fixos, pelo fato de ter uma lança constantemente em contato com os gases de combus-tão, são especificados para fornos quei-mando combustíveis sem ou com baixo teor de vanádio. Para fornos queimando combustíveis com alto teor de vanádio, limita-se seu uso a regiões de baixa tem-peratura dos gases de combustão. Para seções de convecção com larguras mui-to grandes, não se recomenda o uso des-se tipo de soprador.

Já o soprador rotativo retrátil não tem restrições. Neste tipo, após o ciclo de sopragem, a lança é retraída para fora da seção de convecção. O único percal-ço neste tipo de equipamento é o pre-ço, que costuma ser bem superior ao do rotativo.

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ROTATIVOS FIXOS:Utilizados em zonas de caldeiras onde a temperatura do gás permite a instala-ção da lança de limpeza na posição fixa. Estas aplicações são geralmente ca-racterizadas por baixas temperaturas e também por depósitos quebradiços ou pó, que podem ser limpos com bocais menores.

Empresa: HEROM

Sopradores: RFHE-PLUS

Aplicado nos setores sucroenergético, petroquímico, têxtil, alimentício, siderúr-gico, entre outros. Operado automatica-mente por motor elétrico.

RFHE-S

Aplicado nos setores sucroenergético, petroquímico, têxtil, alimentício, siderúr-gico, entre outros. Pode ser operado ma-nualmente por corrente ou automatica-mente por motor elétrico.

Utilizado para a limpeza de fuligem de fei-xes tubulares e economizadores.

Empresa: PROCESS

Sopradores:RFPE-PS

É um tipo de equipamento onde há um mecanismo eletromecânico que faz um acionamento de vários componentes para que ocorra a realização de sopra-gem de vapor na tubulação da caldeira, fazendo a eliminação das incrustações nos tubos.

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A grande vantagem deste modelo, rota-tivo retrátil, é não manter a lança expos-ta aos gases de combustão, sendo isen-ta do choque térmico, pois é refrigerada pelo próprio vapor de sopragem.

ROTATIVOS RETRÁTEIS:Estes tipos de sopradores são projetados para realizar a limpeza das superfícies de troca térmica das caldeiras que utilizam combustível que produzem cinzas. Por-

RFHM-S

Aplicado nos setores sucroenergético, petroquímico, têxtil, alimentício, siderúr-gico, entre outros. Pode ser operado ma-nualmente por corrente. É instalado tanto na posição horizontal como vertical.

Empresa: PROMOEN

Sopradores:RFPE

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Tecnologia Industrial

Com a evolução tecnológica, os sopradores se apresentam em vários modelos e valores. Conheça alguns dos disponíveis no mercado:

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tanto, são aplicados nas caldeiras aqua-tubulares dos segmentos sucroener-gético, petroquímico, têxtil, alimentício, siderúrgicos, celulose e papel, entre ou-tros que utilizam combustíveis como ba-gaço de cana, óleo, carvão, casca de madeira, biomassa e licor negro.

Empresa: HEROM

Sopradores:RRHE-L

Segundo a empresa, os diferenciais des-te modelo estão na robustez e eficiência de limpeza, que proporciona maior dispo-nibilidade e baixo custo de manutenção.

RRHE-LR

Segundo a empresa, o diferencial deste modelo é a resistência. Ele suporta con-dições de trabalho mais severas devido à incrustação das caldeiras de recupera-ção química das fábricas de papel e ce-lulose com a queima do licor negro. Isso significa que ele poderá ser acionado mais vezes que um soprador destinado a usinas de açúcar e etanol, que funciona normalmente uma vez por turno.

VRHE-TC

Este modelo, utilizado para a limpeza do pré-aquecedor, desloca-se nos dois sen-tidos, avanço e retorno, permanecendo na posição inicial após concluído este ci-clo de operação.

Empresa: PROMOEN

Sopradores: SRRP-P2

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Normalmente, sopradores retráteis Pro-moen são utilizados em regiões de tem-peraturas elevadas para cursos de sopra-gem acima de 5500 mm.

Empresa: PROCESS

Sopradores:RRPE-PM

RRPE-PLO funcionamento dos sopradores de fu-ligem retráteis da Process, atração da dupla cremalheira, é realizado através

da lança de so-pragem que vai promover a lim-peza da caldei-ra ou forno. Seu deslocamento é feito nos dois sentidos, avan-ço e retorno, permanecendo na posição ini-cial depois de

concluído o ciclo de operação.

PARA REAPROVEITARO MATERIAL:

Empresa: VLC

Sistema de Fuligem:

Aplicada em usinas de açúcar e álcool, o Sistema de Tratamento de Fuligem obje-tiva o aproveitamento da água provenien-te da lavagem de gases de caldeiras para reúso no processo. Além da água, a fu-ligem, representada pelas cinzas do ba-gacilho de cana queimado na caldeira, é separada da água por processos de se-paração sólido/líquido através de penei-ramento, sedimentação e filtração, em equipamentos que fazem parte do sis-tema de Tratamento da Fuligem. Esse material sólido retirado da água é envia-do para a lavoura, pois é um ótimo ferti-lizante. A empresa garante que o resulta-do é uma água de qualidade para o reúso e uma torta com baixo teor de umidade.

Tecnologia Industrial

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Gestão de Pessoas

Salário não é tudoLeonardo Ruiz

Antes de começar a ler essa maté-ria, pare e reflita: há quanto tem-po você trabalha na empresa atu-

al? Se a resposta foi mais de cinco anos, o que o levou a permanecer por esse pe-ríodo? Salário, benefícios, expectativa de crescimento, ambiente ou apenas co-modidade? A pergunta é pertinente, pois hoje é muito difícil manter um funcionário motivado, o que faz com que a mudança constante de empregos vire rotina na vida de muitas pessoas.

O trabalho deixou de ser apenas um vetor da sobrevivência. Agora, tam-bém é visto como uma válvula de escape e como uma possibilidade de realização, pelo qual se pode fazer algo que gosta ou que se tem talento. “O sentido do traba-

Com as dificuldades para manter os trabalhadores motivados na empresa, programas de estímulos são essenciais para um bom quadro de funcionários

lho mudou para o ser humano e, conse-quentemente, a relação deste para com a empregadora e seus representantes – lí-deres e gestores”. A afirmação é da con-sultora organizacional e atual presidente do GERHAI (Grupo de Estudos em Recur-sos Humanos na Agroindústria), Beatriz Rossi Resende de Oliveira.

Segundo ela, motivação vem de dentro e não de fora. As pessoas apre-sentam ou não o perfil de pessoas auto-motivadas ao longo da vida. Dessa for-ma, nem todas dão conta de manter o entusiasmo, ferramenta essencial para buscar crescer, evoluir, passar pelos per-calços sem se abalar demais e ir atrás do que se quer, sem esperar que alguém faça por elas.

Podemos afirmar que, antigamen-te, os funcionários esperavam que as empresas conduzissem suas vidas pro-

fissionais, sem tomar para si essa res-ponsabilidade. Esse quadro mudou. São as próprias pessoas as responsáveis por seus crescimentos e escolhas. Elas bus-cam um trabalho e querem ser reconhe-cidas. Com esse novo cenário, as empre-sas viram a necessidade da criação de boas políticas e práticas para retenção das pessoas que são importantes para o negócio, já que, se elas não se sentirem felizes, realizadas e valorizadas, irão par-tir em busca de novos caminhos.

“As empresas precisam dar estí-mulos para que seu quadro esteja capaci-tado, entrosado, comprometido, engaja-do e feliz. Esse é o aspecto da motivação que cabe às organizações. E grande par-te disso está na mão dos líderes e ges-tores. Eles representam a organização para o colaborador e este precisa admi-rar quem está acima dele, para admirar a

Trabalho é visto agora como válvula de escape e possibilidade de realização, pelo qual se pode fazer algo que gosta ou que se tem talento

Beatriz Resende: “O sentido do trabalho mudou e, consequentemente, a relação para com a empregadora e seus representantes também”

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empresa em que trabalha. Isso é funda-mental”, aponta Bia. “Agora, como uma empresa quer ter os melhores se não for-nece a contrapartida?”.

Para ela, a empresa deve pensar em ter políticas atraentes de reconheci-mento de competências diferenciadas, incentivos às inovações e contribuições para o negócio, oportunidades de car-reira e crescimento através do convívio com culturas positivas, com pessoas com mesmo propósito e, principalmente, com líderes e dirigentes que sejam mo-delos de atuação e conduta, inspiradores para outras pessoas e para mudanças.

Programas – Com isso em mente, diversas empresas do setor sucroenergé-tico já colocaram em práticas seus pla-nos a fim de não perder os funcionários essenciais para seu negócio. Para Car-los Amaral, gerente de recursos huma-nos da Renuka do Brasil, que conta com duas unidades produtoras, ambas no es-tado de São Paulo, as pessoas valorizam mais a empresa que oferece, além de um bom salário, um plano de benefícios (as-sistências médica e odontológica, auxílio farmácia, etc.), oportunidades de desen-volvimento educacional e profissional e ambiente agradável de trabalho. “Assim, procuramos criar programas de desen-volvimento e retenção, em todos os ní-veis de liderança, do líder ao diretor, bem

como campanhas de comunicação e trei-namentos voltados para temas que aju-dem a manter um ambiente participati-vo e aberto a mudanças e melhorias. Um dos temas centrais que trabalhamos for-temente é o colaborador como ‘dono do negócio’ ou com atitude de proprietário, além da importância de mantermos uma relação de confiança em todos os níveis”.

Ideias como essas são partilhadas, também, pela Santa Adélia, que pos-sui três usinas localizadas nas cidades paulistas de Jaboticabal, Pereira Barre-to e Sud Mennucci. Segundo Aline Pano-bianco Chizolini, supervisora de desen-volvimento e comunicação da empresa, a retenção de funcionários está cada vez difícil, devido a um mercado cada vez mais competitivo. “Como podemos ver em várias pesquisas, salário é um fator importante, mas não primordial. Desa-fio, reconhecimento e engajamento são triviais. Aliados a salários e benefícios adequados às práticas de mercado, es-ses fatores são os que mais estimulam os trabalhadores atualmente”.

Gestão de Pessoas

Na Renuka do Brasil, foram criadas campanhas e treinamentos voltados para temas que ajudem a manter um ambiente participativo e aberto

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Para Carlos Amaral, as pessoas valorizam a empresa que oferece, além do salário, benefícios, ambiente e desenvolvimento educacional e profissional

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Programas de desenvolvimento e retenção são uma das soluções para acabar com o problema de mudança de empresas por parte dos funcionários

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Segundo ela, a empresa precisa ter uma definição estratégica clara para for-mar uma equipe harmoniosa, engajada e de alto desempenho, com foco em resul-tados. “Assim, o discurso sai do papel e começa a se tornar uma prática de ges-tores de Recursos Humanos na reten-ção de talentos, na melhoria do clima, na apresentação de desafios, plano de car-reira e reconhecimento”.

devemos limitar a uma geração. O fato é que o mercado está mais aquecido e, se o clima organizacional não está bom ou as relações são afetadas, isso contribui para saída das pessoas, independente da idade”.

Outro fator importante citado pela supervisora que influencia na mudança de emprego são as relações humanas. Quando o candidato tem vínculos mais

fortes na cidade onde trabalha, como fa-mília e projetos pessoais, a aderência à empresa é mais fácil.

Para Beatriz, do GERHAI, a perda tem sido no geral. “Por mais que a ge-ração Y seja a mais estudada e usada como justificativa para tudo, não é so-mente ela que luta por estar em organi-zações que venham ao encontro de va-lores pessoais e profissionais que todos buscam. Esse é o complemento perfei-to: pessoas realizadas e respeitadas em seus valores e feitos e empresas com melhores resultados através desse enga-jamento coletivo”.

Ela reforça, ainda, que as expecta-tivas de realização, felicidade e valoriza-ção são de todos. Devem ser trabalhados da mesma forma, independente da idade. “O que sabemos é que as pessoas têm comportamentos, perfis e estilos diferen-tes. Aqui, sim, cabe ao gestor, apoiado pelo RH, entender isso e saber lidar para que a equipe esteja afinada e os resul-tados sejam satisfatórios, mesmo com pessoas e suas diferenças. A habilidade do líder também está em ter sabedoria de lidar com essas diferenças e tirar o me-lhor proveito delas”.

Perfis – Mas será que a troca de empresas se dá, de forma mais frequen-te, por um público específico? Segun-do Aline, existem grandes estudos que apontam que as pessoas que compõem a geração Y (de 20 a 30 anos) estão mais pré-dispostas a mudanças, princi-palmente quando fatores como engaja-mento, desafio e aderência aos valores não são identificados. “Mas não diria que

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Aline Chizolini: “Como podemos ver em várias pesquisas, salário é fator

importante, mas não primordial”

Cada pessoa tem comportamentos, perfis e estilos diversos, devendo, então, ser trabalhada de forma diferente

Gestão de Pessoas

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Eventos

Debate ampliado4ª Sucroeste irá reunir as principais empresas e usinas do Centro-Oeste

para troca de informações, experiências e contatos comerciais

Com informações daassessoria de imprensa

Com a proposta de reunir empre-sas, fabricantes de produtos e fornecedores de equipamentos e

serviços para usinas de açúcar e etanol, a 4ª Mostra Sucroenergética do Centro--Oeste (Sucroeste) será realizada de 28 a 31 de outubro, das 14h às 21h, no Cen-tro de Convenções de Goiânia, GO. O ob-jetivo é, também, servir de espaço para integração de profissionais e empresá-rios de usinas, contatos comerciais e networking. O evento será realizado pa-

ralelamente à 9ª edição da Feira de For-necedores e Atualização Tecnológica da Indústria de Alimentação (Ffatia).

Realizada pela Reed Multiplus - marca associada à Reed Exhibitions Al-cantara Machado –, em parceria com o Centro Nacional das Indústrias do Se-tor Sucroenergético (CEISE Br) e com o apoio dos Sindicatos das Indústrias de Fabricação de Etanol e Açúcar no Esta-do de Goiás (Sifaeg/Sifaçúcar), a Sucro-este será promovida num importante mo-mento do segmento sucroenergético no Centro-Oeste brasileiro, já que o estado de Goiás conquistou, recentemente, a

segunda posição no ranking nacional de produção de cana-de-açúcar e de etanol, atrás apenas de São Paulo.

A estimativa do Sifaeg/Sifaçúcar é que sejam moídas 60.502,464 tonela-das de cana no estado goiano na safra 2014/2015. Desse total, devem ser pro-duzidos 1.278,132 metros cúbicos de etanol anidro e 2.559,7 metros cúbicos de etanol hidratado. Dados do segmen-to revelam que a região central do Bra-

Evento marcou a apresentação da Ffatia, que será realizada paralelamente à Sucroeste: expectativa é receber 180 expositores

Ffatia deve receber 25 mil visitantes: feira é a maior da indústria de alimentação em Goiás e a terceira do país

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sil possui uma área plantada de mais de 1,379 milhão de hectares com cana-de--açúcar – o que representa 16% da área brasileira –, produz 95 milhões de tone-ladas da matéria-prima, além de mix de produção de 5,22 bilhões de litros para etanol (22% da produção do país) e 3,98 bilhões de toneladas de açúcar, o que equivale a 10% da capacidade brasileira.

Ffatia – Maior vitrine de negócios para a indústria da alimentação do Cen-tro-Oeste, a Ffatia chega à 9ª edição em 2014, com a estimativa de participação de 180 expositores, numa área de seis mil metros quadrados, e da presença de mais de 25 mil visitantes. Promovida a cada dois anos, apresentará aos visitan-tes, principalmente empresários do se-tor de alimentos, o que existe de mais moderno em equipamentos e tecnolo-gias disponíveis no mundo para proces-sos industriais, automação e controle de processos, movimentação e logística, embalagens, insumos e serviços. Para facilitar a visitação, os setores serão si-nalizados por totens.

Consolidada como a maior feira do setor do estado de Goiás e a tercei-ra maior na indústria da alimentação do país, a Ffatia impacta toda a região, ge-

rando 1.200 empregos diretos e outros 3.500 indiretos, o que corresponde à mo-vimentação na rede hoteleira, indústria e rede de serviços local.

Lideranças envolvidasA Ffatia é realizada pelas principais associações para o desenvolvimento da economia na indústria da alimentação:

- Sistema FIEG (Federação das Indústrias do Estado de Goiás)- SIAEG (Sindicato das Indústrias de Alimentação no Estado de Goiás)- SINDILEITE (Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados)- SINDCARNE (Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados no Estado de Goiás)- Sindicato das Indústrias de Alimentação de Anápolis - SIFAEG (Sindicato da Indústria de Fabricação de Etanol do Estado de Goiás)- SIFAÇÚCAR (Sindicato da Indústria de Fabricação de Açúcar do Estado de Goiás)- SINCAFÉ (Sindicato das Indústrias de Torrefação e Moagem de Café do Estado de Goiás)

Serviço: 9ª Ffatia (Feira de Fornecedores e Atualização Tecnológica da Indústria de Alimentação)Datas: 28 a 31 de outubro de 2014Horário: 14h às 21hLocal: Centro de Convenções de Goiânia, GO

Eventos, que serão de 28 a 31 de outubro, no Centro de Convençõesde Goiânia, reúnem profissionais para troca de contatos e experiências

Eventos

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Eventos

como parceiro e principal incentivador, tendo em vista que uma parte do Produ-to Interno Bruto (PIB) do estado está con-centrada na cana-de-açúcar, responsá-vel por movimentar cerca de 150 milhões por ano, perdendo apenas para a pecuá-ria como fonte de receita.

Mesmo com a atual tensão que ronda as usinas, trabalhadores e acio-nistas, as perspectivas para os goianos são boas. Se comparada a das demais regiões, a safra deste ano sofrerá peque-nas perdas. De acordo com Rocha, Goi-

Expansão x CriseO presidente do Sindicato da Indústria de Açúcar de Goiás analisa situação

da cana-de-açúcar em seu estado, durante fórum em Ribeirão Preto, SP

Marcela Servano

“A crise de 2008 pode ter sido uma marolinha para alguns setores da economia brasilei-

ra, mas, para a área sucroalcooleira, foi um desastre, afetando um campo que ti-nha cerca de 25% de crescimento anu-al”. Esta foi a frase dita pelo presidente do Sindicato da Indústria de Fabricação de Açúcar do Estado de Goiás (Sifaeg), André Rocha, em entrevista à CanaMix, para resumir a situação do setor sucroe-

nergético brasileiro. A análise foi feita du-rante o I Fórum Brasileiro de Economia e Finanças no Agronegócio, que discutiu “As ameaças ao mercado sucroenergéti-co” nos dias 13 e 14 de agosto, em Ri-beirão Preto, SP.

O presidente da Sifaeg destacou, porém, que, apesar do setor viver sob intensas instabilidades, Goiás tem con-tado com o apoio do Governo Estadual para superá-las e, por isso, não tem sen-tido tanto os efeitos. Segundo ele, o po-der público precisa estar atento, atuando

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Fórum, realizado no Centro de Convenções em Ribeirão Preto, SP, reuniu profissionais para debater o setor sucroenergético

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ás produziu 66 milhões de toneladas de cana em 2013. Para este ano, a previsão é que ultrapasse novamente os 60 mi-lhões, mas em número menor que o an-terior. Apesar disso, o cenário é conside-rado satisfatório pelo Sifaeg, já que, em outras regiões do país, a redução deve chegar a 14%.

Os fatores que reforçam as pers-pectivas favoráveis são o clima e o con-sumo de etanol no estado. “Enquanto os estados do Sudeste sofreram com a es-tiagem, o Centro-Oeste não teve este pro-blema, fato que ajudou na colheita e au-mentou a produtividade em relação aos demais. Além disso, nosso estado é o segundo maior consumidor de etanol do Brasil, perdendo apenas para São Paulo”, disse Rocha.

Desde o final dos anos 90, Goi-ás experimentou forte expansão no setor

sucroenergético, passando de 11 usinas para 36. Nos próximos anos, outras três, já em obras, deverão ser inauguradas e

já existe projeto para construção de mais uma. Segundo o presidente do sindicato, trata-se de um diferencial, considerando

Empresários, representantes de usinas e associações, advogados, economistas e jornalistas participaram do evento

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Eventos

que nenhuma outra unidade da federação tem tantas unidades novas e equipadas com tecnologias avançadas, como as que entrarão em funcionamento.

Rocha evita fazer mais previsões para o ano que vem, em função de 2014 ser ano eleitoral. “O humor do empresá-rio muda de acordo com as eleições”. Ele acredita, no entanto, que houve avanços no diálogo com o Governo Federal, que prometer adotar medidas em prol do se-tor, principalmente em relação à conces-são de crédito.

Fórum – O crescimento do setor sucroenergético na região Centro-Oeste não se restringe a Goiás. Dados da Fede-ração de Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul (Famasul), por exemplo, apontam que, nos últimos oito anos, o setor sucroenergético evoluiu 185% nes-te estado, enquanto a média do país foi de 50%.

Para Rocha, para que haja uma re-tomada dos negócios envolvendo a ca-na-de-açúcar, fóruns, encontros e ou-tros eventos do gênero são fundamentais para que sejam apontadas soluções e compartilhadas experiências que agre-guem valor às práticas do setor.

Um exemplo foi o I Fórum Brasilei-ro de Economia e Finanças no Agrone-

gócio, em Ribeirão Preto, SP, que con-tou com a participação de empresários, representantes de usinas e associações, advogados, economistas e jornalistas. O objetivo foi debater, nos dias 13 e 14 de agosto, no Centro de Convenções, as instabilidades atravessadas nas usinas.

No primeiro dia, foram discutidos os temas: Políticas e estrutura organi-zacional do setor com enfoque macro econômico; Eleições 2014 – perfil dos candidatos em relação ao setor agroin-dustrial; Disponibilidade de crédito x cre-

dibilidade do setor; e Reestruturação de empresas x recuperação judicial”. Além de André Rocha, o jornalista Luis Nassif, o empresário Maurilio Biagi (Maubisa) e o especialista em agronegócio Ricar-do Aragones (Banco Brasil Plural) foram debatedores.

O segundo dia foi focado nas po-líticas financeiras que os produtores de cana-de-açúcar podem implantar. Os as-suntos foram: Alternativas para reestrutu-ração financeira – uma visão abrangente para a cadeia produtiva sucroenergética; Financiamentos especiais para implanta-ção de termelétricas e etanol 2G”; e Li-nhas de crédito para o produtor rural. Os convidados foram o advogado Antônio Aires (Demarest Advogados), o consultor José Américo Rubiano (FINBIO) e o dire-tor de negócios Vinicius Grassi Pongitor (Sicoob/Cocred).

A consultora financeira Fernanda Lima aprovou a iniciativa de organizar um fórum para debater o setor. Segundo ela, propostas como essas podem modificar a forma como se trabalha na área, levan-do a uma maior profissionalização.

O próximo encontro será nos dias 13 e 14 de agosto de 2015, em Ribeirão Preto, com tema ainda não definido.

André Rocha, presidente do Sifaeg, diz que, apesar dos desastres provocados pela crise de 2008, Goiás não está sentindo tanto os efeitos

Consultores e outros especialistas em cana-de-açúcar apontaram rumos e perspectivas para superar instabilidades do setor sucroenergético

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Eventos

Sphenophorus roubou a cenaMais de 650 pessoas

participaram do INSECTSHOW, em

Ribeirão Preto, preocupadas com as

pragas que assolam os canaviais brasileiros

Com informações daassessoria de imprensa

Uma década difundindo informa-ções sobre tecnologias de com-bate e manejo de pragas na ca-

na-de-açúcar. Para marcar a importante data na história do INSECTSHOW (Semi-nário sobre Controle de Pragas da Cana), a programação da décima edição do evento abordou, nos dias 23 e 24 de ju-lho, no Centro de Convenções de Ribei-rão Preto, SP, os principais problemas relacionados a pragas e doenças que atingem os canaviais do país.

Promovido pelo Grupo IDEA, o se-minário reuniu mais de 650 pessoas, en-tre produtores de cana, profissionais de usinas, pesquisadores, consultores e executivos de empresas de defensivos. Para o engenheiro agrônomo Dib Nu-nes, presidente do grupo, é fundamental a adoção de tecnologias e a atualização de conhecimentos frente a um problema que impacta diretamente a rentabilidade das empresas do setor, que são as pra-gas. “Sempre há espaço para melhoria do combate e do manejo.”

Os palestrantes focaram vários te-mas importantes para a cultura canaviei-ra, como a identificação de novas espé-cies de cigarrinha-das-raízes, combate à

broca, à mosca do estábulo e aos nama-tóides, controle biológico e inovações no manejo. Mas a grande estrela do semi-nário foi o Sphenophorus Levis, um bi-cho microscópico que tem trazido dor de cabeça cada vez maior aos produto-res de cana-de-açúcar do Centro-Sul do país, principalmente no estado de São Paulo.

“Não por acaso, nesta edição do seminário, as maiores preocupações dos pesquisadores e produtores se voltaram para o Sphenophorus Levis, uma nova e resistente praga que cresceu assustado-ramente depois que a cana passou a ser colhida sem a queima prévia”, explicou

Nunes. De acordo com ele, a praga dis-seminou-se para praticamente todas as regiões produtoras do Centro-Sul em me-nos de seis anos, desde a constatação da primeira grande infestação na região de Piracicaba, SP. “A falta de cuidados com as mudas e a movimentação das máquinas na colheita disseminaram esta praga com extrema rapidez. Se o produ-tor não tomar providências de imediato para controlar a praga, o canavial se aca-ba já no ano seguinte”.

‘Mal do século’ – Para o consultor Newton Macedo, o Sphenophorus pode ser considerado o “mal do século” para a cana. Na fase larval, a praga aloja-se

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Participantes do INSECTSHOW assistiram a palestras sobre as principais pragas e doenças que atingem os canaviais do país

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na base dos colmos, impedindo o desen-volvimento da cultura e se multiplicando com extrema facilidade. Ela coloca cen-tenas de ovos na região das raízes, que eclodem durante todo o ano, sendo ne-cessário o uso de inseticidas nas soquei-ras, cujo controle raramente atinge 70%.

Segundo Paulo Roberto Artioli, di-retor da Tecnocana e produtor na região de Lençóis Paulista, essa praga já che-gou a estar presente em 80% dos cana-viais da região. “Estou horrorizado com ela, pois o Sphenophorus vem crescen-do cada vez mais. Já vi canaviais em que tive que reformar no terceiro corte. Isso é um grande prejuízo”. Artioli recomenda controle mecânico na reforma, rotação de cultura e controle químico no plantio e na cana soca. “Temos, ainda, que lem-brar do preparo do solo. O sucesso está intimamente ligado a esse fator”.

Maior grupo sucroenergético do país, a Raízen também tem enfrentado grandes problemas com o inimigo. Se-gundo Rodrigo Vinchi, gerente agríco-la corporativo da companhia, R$ 40 mi-lhões por safra são gastos para que a Raízen consiga conviver com o complexo de pragas encontradas nos canaviais do grupo. Dois terços desse montante são gastos no combate do Sphenophorus.

As áreas do grupo infestadas com a praga saíram de 56 mil hecta-res em 2005/06 para 195 mil hectares em 2014/15. As unidades que mais so-frem estão situadas no centro do estado de São Paulo. “Não podemos bobear, se-não perdemos para a praga”. A empresa tem feito experimentos para aprimorar o entendimento sobre o Sphenophorus, vi-sando conhecer melhor a flutuação das populações da praga. Em São Paulo, so-

Dib Nunes, presidente do IDEA, grupo que promove o evento: “Sempre há espaço para melhoria do combate e do manejo.”

mente a Usina Junqueira e as unidades da região de Araçatuba estão livres do bicho.

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Eventos

Sendo assim, o recorde de ATR da sa-fra de 2010/11 continua sem ser supera-do pelo setor. “O principal motivo para o menor nível de ATR, apesar do volume de cana moído, é o avanço do processo de mecanização, que aumenta o nível de im-purezas vegetais. A produção de açúcar tem caído desde 2012”, disse Nastari.

O Índice Relativo de Precipitações, calculado da Datagro, ficou abaixo da média desde agosto do ano passado. Em dezembro de 2013, o índice (que é o des-vio entre a média ponderada para cada microrregião e a média ponderada de 30 anos de precipitações) foi de -28,6. Não bastasse isso, o clima deste ano tem sido muito seco, o que está afetando não só a cana-de-açúcar, mas, por exemplo, café e oferta de energia.

O presidente da Datagro comentou,

Projeções para a safraDurante 3º Ethanol and Sugar Summit, a consultoria Datagro divulgou

as principais perspectivas de mercado para o período 2014/15

Com informações daassessoria de imprensa

Plínio Nastari, presidente da Da-tagro, apresentou, no 3º Ethanol and Sugar Summit – Brazil Day,

realizado no dia 18 de julho em Lon-dres, na Inglaterra, as condições da sa-fra 2013/14 e as estimativas para a de 2014/15. Mostrou que o setor tem pas-sado por um terreno acidentado, ten-do chegado a uma moagem recorde de cana na safra 2010/11, de 620 milhões de toneladas. Já a safra de 2013/14 atin-giu 652,2 milhões de toneladas. No en-tanto, a quantidade de açúcares totais recuperáveis (ATR) foi de 86,4 e 86,2 milhões de toneladas respectivamente.

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Plínio Nastari, presidente da Datagro, fez duras críticas à política adotada pelo governo brasileiro para os combustíveis

O objetivo principal do evento é apresentar informações atualizadas sobre os mercados de açúcar e etanol no Brasil e sua posição no mercado global

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ainda, que as políticas públicas têm afe-tado negativamente a indústria de açúcar e etanol brasileira. Para ele, o subsídio di-reto à gasolina e a política econômica di-fícil de justificar estão entre os entraves. “O governo estimula o consumo de um combustível fóssil quando o Brasil pode-ria continuar a tendência de aumento de consumo de etanol na frota de transporte, além de estar prejudicando a Petrobras e o setor sucroenergético”.

Outro fator relevante, que afetou a competitividade do etanol brasileiro, foi a eliminação da Contribuição de Inter-venção no Domínio Econômico (CIDE), que ocorre desde 2008, sobre o pre-ço da gasolina. Por fim, Nastari afirmou que a política do Banco Central em evitar a valorização do real, para que não haja ainda mais pressão na inflação, tam-bém reduz a competitividade do setor

sucroenergético. O subsídio à gasolina refletido na

defasagem entre o preço internacional e o doméstico desse combustível, que chegou em julho de 2014 a 17,99%, tem sido a maior responsável pela crise da indústria de cana-de-açúcar do Brasil. Essa política também gerou uma maior dependência de importações de gasolina, o que não faz sentido, para Nastari, por-que o país teria condições em ser autos-suficiente em energia.

No encontro, Luis Roberto Pogetti, presidente do Conselho da Copersucar, e Alexandre Figliolino, diretor do Banco Itaú BBA, também criticaram duramente a eli-minação da dívida e os subsídios à ga-solina. Pogetti declarou que o governo tem obrigação de reconhecer a importân-cia do etanol, não só como combustível substituto da gasolina, mas como redu-

tor de emissões de gases do efeito estu-fa. “É necessário recompensar o produ-tor por isso, o que justifica a defesa do setor para o retorno da CIDE ao preço da gasolina”.

Já o diretor do Itaú acredita que o Brasil nunca precisou tanto do etanol e, no entanto, o produto nunca foi tão pre-judicado por políticas públicas. “En-quanto a produção de etanol tem caído, o consumo de combustíveis continua a crescer rapidamente. Apenas em 2014 esse crescimento foi de 11,1%. Infeliz-mente, o percentual de participação das fontes renováveis na matriz energética, que chegou a 45,9% em 2008, tem caí-do e recuou para 41% em 2013. O etanol é o líder dos renováveis no Brasil”, dis-se Figliolino.

A frota de veículos flex continua crescendo. Hoje, 63,1% dos veículos

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no país têm a tecnologia e a estimativa da Datagro é que essa participação che-gue a 85,4% em 2020. Segundo Nastari, quando a defasagem do preço da gaso-lina for corrigida, é necessário observar um aumento da demanda por etanol hi-dratado. Para 2014/15, a consultoria pre-vê uma safra mais alcooleira, diferente do período anterior.

A cogeração de energia nas usinas

tem se mostrado, cada vez mais, uma fonte interessante de renda, o que aju-da a explicar o aumento das impurezas vegetais. “Com a correção do preço da gasolina e um ajuste do câmbio, a equi-valência de preços dará mais importân-cia para a definição do mix entre etanol e açúcar nas usinas”, concluiu o presiden-te da Datagro.

Embaixador – O objetivo principal

do 3º Ethanol and Sugar Summit – Bra-zil Day é apresentar informações atuali-zadas sobre os mercados de açúcar e etanol no Brasil e sua posição no mer-cado global, além de discutir políticas públicas no país e no mundo que afe-tam o setor.

O evento foi aberto pelo Embaixa-dor Marcos Pinta Gama, representan-te permanente do Brasil para Organiza-ções Internacionais. De acordo com ele, a experiência brasileira de diversificar a produção em açúcar, etanol e cogera-ção de energia é um exemplo importan-te para outros países. Além de ser o pro-dutor e exportador líder de açúcar, o setor sucroenergético brasileiro se destaca por um biocombústivel avançado, quando se considera a diminuição de emissões de gases do efeito estufa.

O Diretor Executivo da ISO - Orga-nização Internacional do Açúcar –, José Orive, um dos apoiadores do encon-tro, também falou na abertura do evento. Lembrou que o Brasil é a maior potência agrícola do mundo, além de figurar, sem dúvida, como líder no mercado de açúcar e etanol. “O que o Brasil faz neste merca-do exige que o resto do mundo observe para tomar posições”. A ISO agradeceu ao Ministério das Relações Exteriores e à Datagro pela organização, afirmando que a consultoria é a líder de mercado agríco-la no mundo.

Eventos

Durante o evento, a Datagro divulgou ao público que, para 2014/15, a safra deverá mais alcooleira, diferente do período anterior

Participantes 3º Ethanol and Sugar Summit – Brazil Day confraternizam e trocam informações sobre o setor sucroenergético

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Eventos

Inovação e integraçãoEssas são as chaves para espantar a crise econômica que afeta o setor sucroenergético, segundo análise feita na Reunião Anual da Fermentec

Com informações daassessoria de imprensa

Na abertura da 35ª edição da Reu-nião Anual da Fermentec, realizada nos dias 16 e 17 de julho no Cen-

tro de Convenções de Ribeirão Preto, SP, o presidente da empresa, Henrique Amo-rim, afirmou que só sobreviverão no setor sucroenergético aqueles que se adaptarem às exigências tecnológicas e de mercado, a partir de um intercâmbio entre diversas áre-as. Segundo ele, além de pesquisa e trans-ferência de tecnologia, a Fermentec conta agora com a engenharia de processos, que fecha o elo da integração completa.

Entre os palestrantes convidados, Guilherme Nastari, da consultoria Datagro, mostrou como a produção de cana no Bra-sil avançou de 60 milhões de toneladas no

bilhão de toneladas em 2020, a inovação, atrelada a estímulos governamentais, serão determinantes para o crescimento do se-tor. “Historicamente, temos capacidade de renovação e de criar novos produtos. Por isso, existe uma grande oportunidade de aumento de eficiência neste setor tão estra-tégico para o país”.

Já Carlos Araújo, da consultoria Ma-ckensie Agrobusiness, explicou que a redu-ção dos custos deve ser feita por ambien-te de produção. Ele citou o exemplo de uma usina em que 61% do custo de um saco de açúcar vêm da área agrícola. “A partir deste diagnóstico, é preciso avaliar onde é possí-vel racionalizar os custos, como a adoção do plantio direto e a aplicação mais eficien-te de insumos”. O consultor apresentou os três pilares para otimizar os custos: plane-jamento, fermentação com alto teor alcoóli-co e implantação de usinas flex para garan-

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Público ouviu atento às discussões sobre a necessidade de inovação para aumentar produtividade no setor sucroenergético

começo da década de 70 para mais de 600 milhões de toneladas nos dias atuais. Com a expectativa de que a demanda alcance 1

Evento apresentou os resultados de pesquisas para a realização de medições mais precisas e os desafios para a indústria diante da cana crua

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tir alternativas de matéria-prima.Ainda com foco no setor agrícola,

para o pesquisador da Universidade Fede-ral de São Carlos (UFSCar) Hermann Hoff-mann, as recentes mudanças, como o ad-vento da colheita mecanizada, trouxeram novos desafios no combate às pragas e do-enças. Há casos em que a infestação por pragas consome R$ 200 por cada hectare,

o que representa um grande prejuízo. Por isso, os estudos sobre novas variedades e cruzamentos de cana são frequentes. “Es-tamos analisando mais de vinte variedades diferentes para garantir aumento da produ-tividade e maior ganho de ATR”.

Encerrando as palestras sobre a par-te agrícola, o agrônomo José Tadeu Cole-ti reforçou que o sistema de plantio pode interferir na qualidade final da matéria-pri-ma, mas a colheita é a maior definidora de maior ou menor grau de impurezas. “Tudo acontece e fica evidenciado na colheita, como traçados mal dimensionados, fluxo viário de carreadores, mobilidade canaviei-ra e conciliação de ambientes”. No planeja-mento, de acordo com ele, devem ser usa-dos métodos de engenharia civil, para que seja feito um trabalho sistematizado e com o controle de tráfego adequado.

Novidades em pesquisa – Além dos convidados, profissionais da Fermentec apresentaram resultados de pesquisas para a realização de medições mais precisas e falaram sobre os desafios para a indústria diante da cana crua, como maior nível de impurezas e interferência na qualidade do açúcar.

Na área de produção de energia e etanol, os destaques foram para os ensaios sobre a fermentação do milho com o caldo

de cana e o grande potencial que o Brasil tem para gerar biogás a partir da biomassa.

Mesmo com tantos avanços alcan-çados desde a década de 70, o diretor ope-racional da Fermentec, Henrique Amorim Neto, alertou que a diferença de RTC [Re-cuperado Total Corrigido, indicador que mede e eficiência de uma usina] entre as unidades clientes chega a 15%, o que equi-vale a R$ 39 milhões de prejuízo por safra na comparação entre usinas que proces-sam dois milhões de toneladas de cana. Por isso, o setor ainda tem muito a inves-tir e melhorar.

Henrique Amorim e Henrique Amorim Neto, respectivamente presidente e diretor operacional da Fermentec, durante 35ª edição do encontro

Henrique Amorim Neto alertou, durante discurso, para as diferenças de eficiências entre usinas, que representam prejuízos

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Da redação

A área plantada com cana-de-açúcar na safra 2013/14 na re-gião de Ribeirão Preto, apesar de ter tido leve crescimento,

não acompanhou o aumento do estado de São Paulo, perdendo espaço em relação ao total cultivado.

Segundo recente boletim divulgado pelo Centro de Pesqui-sa em Economia Regional da Fundação para Pesquisa e Desen-volvimento da Administração, Contabilidade e Economia da USP (Ceper/Fundace), a microrregião de Ribeirão Preto foi responsá-vel por 321.358 hectares, contra 319.606 da safra anterior, incre-mento de apenas 0,55%. Enquanto isso, em todo o estado, a alta foi de 4,25%, passando de 5.533.176 hectares para 5.768.186. A elaboração do relatório foi feita com base em dados fornecidos

pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) Desde a safra 2009/2010, quando foram cultivados

319.889 hectares, a microrregião de Ribeirão Preto não obser-va crescimento. Um dos motivos apontados pelos autores do es-tudo é que a crise do setor sucroenergético tem interferido dire-tamente no plantio.

Fazem parte dessa região os municípios de Barrinha, Bro-dowski, Cravinhos, Dumont, Guatapará, Jardinópolis, Luís Antô-nio, Pontal, Pradópolis, Ribeirão Preto, Santa Rita do Passa Qua-tro, Santa Rosa de Viterbo, São Simão, Serra Azul, Serrana e Sertãozinho.

Confira outros destaques do mês no Portal CanaMix.

CTC inicia operação da Planta de Demonstração de Etanol 2G

Em construção desde agos-to de 2013, a Planta de De-

monstração de Etanol de Segun-da Geração do CTC – Centro de Tecnologia Canavieira – já en-trou em operação. “Nesta fase, ela está sendo comissionada e nos próximos meses começam os testes de produção do eta-nol celulósico”, explica Robson Freitas, diretor de Etanol de Se-gunda Geração do CTC.

A planta tem por objeti-vo demonstrar a investidores, acionistas e clientes o potencial da tecnologia que pode representar um aumento da produ-ção de etanol de até 50%, sem aumentar a área plantada de cana-de-açúcar.

O processo do CTC conta com quatro etapas (pré-tra-tamento, hidrólise enzimática, fermentação e destilação). Se-gundo Freitas, o grande diferencial é que apenas o projeto do CTC garante uma integração completa com o parque indus-trial já existente atualmente nas usinas, o que reduz o investi-mento. “Dessa forma, quem já faz etanol de primeira geração poderá escolher entre aumentar sua produção de etanol, fazer mais açúcar ou ainda produzir energia elétrica, dependendo da demanda do setor”.

Instalada na Usina São Manoel, localizada no município de mesmo nome, no interior paulista, a planta possui uma ca-pacidade de processamento de 100 toneladas por dia de bio-massa e recebeu investimentos da ordem de R$ 80 milhões. A expectativa é testar todos os processos para que a tecnolo-gia se torne comercial em 2016/2017. “O importante é a ca-pacidade de entregar mais etanol a um custo igual ou inferior ao atual”, conclui Freitas.

Guarani orientou agricultores na Feira de Agronegócios Coopercitrus

Para auxiliar o produtor agrícola no aumento da produtivi-dade, diminuição dos custos e implantação de novas tec-

nologias, a Guarani participou pela primeira vez da FEACOOP – Feira de Agronegócios da Coopercitrus –, realizada nos dias 5, 6 e 7 de agosto, em Bebedouro (SP).

A companhia montou estande onde os profissionais do programa Guarani em Campo orientaram os agricultores

e distribuíram a cartilha de bolso da Guarani, com informações so-bre pragas e doenças, manejo va-rietal, ambientes de produção, épo-ca e resultados esperados.

Microrregião de Ribeirão Preto, SP, perde espaço no cultivo de cana

Cartilha com orientações sobre pragas e doenças, manejo varietal, ambientes de produção, época e resultados esperados foi distribuída aos agricultores

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Robson Freitas, executivo do CTC, afirma que os testes de produção do etanol celulósico começam nos próximos meses

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Sugestões através do e-mail [email protected]

Para saber mais, acesse: www.canamix.com.br | twitter: @canamix

Segundo José Olavo Bueno Vendramini, gerente de De-senvolvimento de Tecnologia Agrícola da Guarani, o objetivo foi atender tanto os fornecedores da empresa quanto outros produtores de cana-de-açúcar. “Nossa equipe esteve à dispo-sição para esclarecer dúvidas desde o plantio até a colheita, com intuito de contribuir com o desenvolvimento dos produ-tores de cana”.

Grupo Aralco apresenta nova proposta a fornecedores de cana

O Grupo Aralco realizará, no próximo dia 29 de agosto, o úl-timo de três encontros programados com fornecedores

de cana para oferecer sete mil hectares de terra a parceiros e a novos interessados em expandir seus negócios e abrir no-vas linhas de crescimento no setor, além de apresentar a nova proposta de arrendamento.

Nos dias 15 e 22 de agosto, a proposta também foi apresentada. Nos eventos, são explanadas todas as argu-mentações referentes às formulações contratuais, objeti-vos de crescimento e expansão empresarial dentro do setor sucroenergético.

Os participantes recebem todas as informações relati-vas à realidade atual da empresa, perspectivas de contrato, de logística do plantio, colheita e fornecimento da cana. São apresentados, ainda, os objetivos e resultados esperados com as parcerias. O convite é aberto a todos os fornecedores de cana que têm interesse em conhecer a nova proposta.

O encontro do próximo dia 29 será no Resort Tie-tê, na Rodovia Elyezer Montenegro Magalhães, km 58, 8 – Araçatuba/SP.

Tonon Bioenergia leva RH ao campo e realiza Feira de Benefícios

“É muito bom saber que a empresa se preocupa com a gente. Eu aproveito essa oportunidade para tirar todas

as dúvidas que tenho”. É com essas palavras que Luís Henri-que dos Santos, líder da fábrica de açúcar da Unidade Paraíso (UPA), descreve o Programa RH no Campo promovido, men-salmente, pela Tonon Bioenergia.

Durante a visita realizada pelos profissionais que fa-zem parte da iniciativa, os colaboradores esclarecem ques-tões relacionadas a pagamentos e benefícios fornecidos pela empresa. Para complementar, um técnico dá dicas de como trabalhar com segurança, enquanto uma nutricionista anota sugestões de refeições para o restaurante.

De acordo com Carmen Norberto, supervisora de recur-sos humanos da Tonon, em virtude da distância do local de trabalho, ou por falta de tempo, o colaborador nem sempre consegue ir ao RH para tirar dúvidas, o que mostra a impor-tância do programa. “Faz parte das responsabilidades do RH ampliar as possibilidades de comunicação para manter um clima em que os colaboradores se sintam parte integrante e importante da empresa, seja através do senso de pertenci-mento ou de justiça”.

Sempre em agosto, a Tonon também promove sua Feira de Benefícios, que leva aos seus mais de cinco mil colabora-dores informações sobre os planos de saúde e odontológico oferecidos pela companhia. Os participantes aproveitam para fazer exames médicos, como pressão arterial e diabetes, sem custo, e concorrem a prêmios.

Programa RH no Campo, da Tonon Bioenergia, leva informação aos colaboradores dos três turnos de trabalho

Encontros do Grupo Aralco fornecem informações a parceiros e a novos interessados em expandir seus negócios

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Marketing Canavieiro

O CTC – Centro de Tecnologia Canavieira – e a companhia americana de biotec-nologia agrícola Benson Hill Biosystems

anunciaram, em julho, a criação de uma par-ceria para desenvolver e comercializar traits de cana-de-açúcar – características para aumen-tar a produtividade dos canaviais brasileiros.

A parceria vai envolver a “tradução” da tecnologia da Benson Hill, que está alocada na plataforma modelo da companhia, chama-da Setaria viridis, para as variedades de cana--de-açúcar comerciais do CTC, gerando, dessa forma, produtos ainda mais adaptados às de-mandas do setor.

“O aumento de produtividade das cultu-ras, melhorando a fotossíntese das variedades, tem o potencial de alterar significativamente o mercado sucroenergético brasileiro”, comenta William Burnquist, diretor de Melhoramento do CTC. “O foco e a capacidade de descoberta e desenvolvimento de traits (características) de fotossíntese da Benson Hill os tor-na o parceiro ideal nesta categoria. Estamos muito satisfeitos por trabalhar juntos e olhar para frente incorporando essas tec-nologias promissoras em nosso pipeline”.

A cana-de-açúcar é cultivada em mais de nove milhões de hectares no Brasil, com um ciclo de cultivo de cinco anos, pro-duzindo mais de 400 toneladas de biomassa por hectare. Ape-

CTC considera que melhorar a produtividade significa potencial significativo para alterar o mercado sucroenergético brasileiro

CTC e Benson Hill firmam parceria para aumentar rendimento dos canaviais

sar de sua importância econômica para o setor de bioenergia e para a produção mundial de açúcar, aumentar o rendimento da cultura ainda é um desafio. Uma das mais modernas tecnolo-gias apontadas pelo mercado é a aplicação da biotecnologia, solução já adotada com sucesso em diversas outras culturas.

“O CTC tem um histórico de fornecer aos produtores va-riedades de maior rendimento, e essa relação nos oferece um canal ideal para o maior mercado de cana no mundo”, disse

Matthew Crisp, presidente e CEO da Benson Hill Biosystems. “Esta organização tem a vi-são de aptidão, compromisso e zelo para ino-vações de alavancagem a partir de pequenas empresas como a Benson Hill, para agregar va-lor e aumentar a sustentabilidade do negócio de seus clientes. Estamos ansiosos para uma par-ceria produtiva e de longo prazo”.

Contato: http://www.ctcanavieira.com.br

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O CTC, um dos mais renomados centros de tecnologia canavieira do mundo, fechou a parceria pensando em gerar produtos mais adaptados às demandas do setor

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O Precision Land Management (PLM) – sistema de agricul-tura de precisão da New Holland – foi o vencedor do Prê-mio REI (Reconhecimento à Excelência e Inovação), re-

alizado pela Automotive Business, na categoria “Tecnologia da informação e software”. A premiação é resultado dos votos de cerca de 40 mil leitores da revista e da newsletter Automotive Business, além dos participantes do V Fórum da Indústria Auto-mobilística e do II Fórum de RH (eventos realizados em abril e maio deste ano em São Paulo).

A quarta edição do prêmio, que visa destacar o desempe-nho e as realizações de profissionais e empresas da indústria automobilística, contou com um total de 70 concorrentes em 14 categorias. A premiação teve duas fases de votação: na primei-ra, 23 jurados avaliaram os 275 casos e escolherem cinco fina-listas para cada categoria; na segunda fase, os finalistas rece-beram os votos do público.

Para Samir Fagundes, responsável por agricultura de preci-são da New Holland, “o prêmio é um reconhecimento da dedicação da marca nas ferramentas em agricultura de precisão e também uma resposta que estamos seguindo na direção dos agricultores: buscando soluções integradas com equipamentos que atendam as suas necessidades para os diferentes tipos de máquinas”.

Agricultura de precisão da New Holland recebe Prêmio REI

Sistema de agricultura de precisão da New Holland aplicado em colheitadeira: tecnologia venceu prêmio de excelência e inovação

O PLM, sistema desenvolvido pela New Holland para oti-mizar o tempo de trabalho dos agricultores em janelas curtas e períodos críticos, é uma tecnologia que pode ser usada além do cultivo de grãos, colaborando em praticamente todos os seto-res da agricultura. Dentro das opções de ferramentas de PLM da marca, estão os sinais de correção RTK, RTX e GPS, o Pilo-to Elétrico EZ-Steer, o Piloto Automático IntelliSteer e os Moni-tores IntelliView.

Por meio do PLM, os agricultores obtêm a redução no ín-dice de falhas ou sobreposições na aplicação de insumos, eco-nomia de combustível, maior velocidade de trabalho, menor quantidade de manobras e aplicação do produto baseada na ne-cessidade do solo.

“O sistema PLM de Agricultura de Precisão da New Holland pode ser implantando em todos os ciclos, do plantio à colheita. O agricultor que investe nessa tecnologia apresenta, por exemplo, uma redução de até 15% no consumo de combus-tível”, explica Fagundes, ressaltando que a marca também ofe-rece treinamentos sobre PLM para toda a rede de concessioná-rios e trabalha na formação dos operadores com treinamentos específicos para cada produto.

Contato: www.newholland.com.br

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Marketing Canavieiro

A Power Transmission Industries do Brasil (PTI), empresa líder no mercado brasileiro de acionamentos mecânicos, representante das marcas PTI, WDS, Transmotécnica e

PTI Service, participará da Fenasucro 2014 (Feira Internacional de Tecnologia Sucroenergética).

Durante a 22ª edição da feira, que é considerada o maior evento mundial em tecnologia e intercâmbio comercial para usi-nas e profissionais do setor sucroenergético, a PTI destacará, em seu estande, soluções que integram o VIBMAXI, um siste-ma padronizado de controle e monitoramento de nível de óleo, vibração e temperatura, que monitora e indica a performance da máquina ou equipamento e alerta sobre possíveis anomalias na operação. Segundo Sérgio Manfrim, gerente geral de vendas da PTI, por meio das soluções VIBMAXI, os usuários podem identi-ficar defeitos como desbalanceamento, desalinhamento, folgas mecânicas, defeitos em rolamentos, defeitos de engrenagens, excesso de carga, falta de óleo, entre outros.

As soluções VIBMAXI fazem parte do portfólio de serviços da PTI Service Solutions, divisão da PTI que oferece aos clientes completa estrutura de serviços, como revitalizações, reformas, repotenciamentos, consultoria, treinamentos, inspeção, diag-nósticos e análises, com o objetivo de manter os equipamentos e máquinas funcionando com eficiência por meio de programas de manutenção preventiva e preditiva.

Entre as soluções VIBMAXI oferecidas pela PTI Service,

estão VIBMAXI Prata, Ouro e Diamante. O VIBMAXI Prata é uma caixa de ligação que permite mo-

nitorar, de maneira simples, com coletor de dados, máquinas e pontos de difícil acesso e/ou de acesso que coloque em risco a integridade física do técnico ou coletor de vibração.

O VIBMAXI Ouro possui as mesmas características do Prata, possuindo ainda conversores de sinais com saídas de 4 a 20Ma, que possibilitam ao PLC (do inglês, Power Line Com-munication) do sistema monitorar o equipamento 24 horas por dia e enviar sinais para um PLC do cliente, caso este possua in-tegração. Oferece possibilidades de ajustes de alarmes, confor-me disponibilidade do PLC e mantém os recursos de coleta ma-nual quando necessário.

A versão Diamante monitora a máquina 24 horas por dia, online. Nela, o PLC oferece várias possibilidades de alarme, alerta ao operador, sinais luminosos ou sonoros, tomada de de-cisão até com parada de equipamento (preservando, assim, o equipamento de falhas danosas), e inclui um PLC com sinal de saída por celular que aciona a central de atendimento do cliente ou da PTI Service, para programação imediata do técnico.

Além do VIBMAXI, a PTI apresentará, em seu estande na Fenasucro, outros equipamentos de seu portfólio, como os re-dutores WBX, protetores Flexguard, acoplamentos MAX Dyna-mic e WPFlex.

Contato: www.pticorp.com.br

Na Fenasucro, PTI apresenta sistema de monitoramento VIBMAXI

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Sistema permite identificar defeitos como desbalanceamento, desalinhamento, folgas mecânicas, defeitos em rolamentos, excesso de carga e falta de óleo

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Marketing Canavieiro

A MWM International, fabricante independente de motores diesel líder no Mercosul, apoia o desenvolvimento de no-vas tecnologias voltadas à utilização de combustíveis al-

ternativos e realiza testes com diferentes misturas de biodiesel em sua extensa linha de produtos.

O biodiesel, também chamado de combustível biodegra-dável e limpo, advém de fontes renováveis, como óleos vege-tais e gorduras animais, e reduz a emissão de poluentes, prin-cipalmente o CO2, e material particulado na atmosfera. Devido a estes fatores, o combustível é largamente pesquisado e testado pela indústria On e Off Road como um todo.

Atualmente, o diesel utilizado é o B5, com adição de 5% de biodiesel ao diesel convencional. Medidas provisórias assi-nadas este ano determinam que a mistura do combustível reno-vável passe de 5% para 7% entre o segundo semestre de 2014 e o primeiro de 2015.

A MWM International apoia iniciativas voltadas às pes-quisas destinadas ao aprimoramento dos componentes do mo-tor para a utilização do biodiesel, mas defende a necessidade de precisos testes e passos de homologação, para que ocorra o melhor aproveitamento do combustível e consequentemente melhor desempenho do motor.

Além do apoio às pesquisas, a companhia realiza impor-tantes testes com o biodiesel, que vão desde 5% a 100% do combustível alternativo em sua linha de propulsores para aplica-ções veiculares e destinadas ao segmento fora de estrada, e ob-tém expressivos resultados em funcionamento e desempenho.

Os testes ocorrem com a parceria de empresas e institui-ções oficiais interessadas na utilização do combustível. Os pro-

MWM International apoia iniciativas e antecipa testes com biodieselpulsores da companhia já passaram por mais de 900 mil km e mais de 18 mil horas de testes na empresa.

Para Cristian Malevic, gerente de Divisão de Engenharia da MWM International, o desenvolvimento de novas tecnolo-gias que permitam a utilização combustíveis alternativos, como o biodiesel, é a tendência para os produtores de motores, siste-mistas e montadoras no Brasil e no mundo. “Apoiamos os pro-gramas oficiais desenvolvidos pela Associação Nacional do Pe-tróleo (ANP) e desenvolvemos tecnologia para que as diversas linhas de produto da companhia possam, em um futuro próxi-mo, utilizar de forma parcial ou totalmente combustíveis alterna-tivos como o biodiesel.”

A premissa da MWM International é criar, desenvolver, testar, validar e entregar propulsores com qualidade e tecnolo-gia embarcada. “Temos a certeza que oferecer o melhor em de-sempenho com o foco em sustentabilidade é o nosso objetivo, e estamos trabalhando fortemente no aprimoramento de cada projeto”, conclui Cristian.

Contato: www.mwm.com.br

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Na engenharia da MWM International, são pensados os motores a diesel que fazem da empresa líder no mercado independente no Mercosul

Linha de montagem da MWM International, que apoia iniciativas voltadas ao aprimoramento dos componentes do motor para utilização de biodiesel

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95REVISTA CANAMIX | AGOSTO | 2014

A VAULT, empresa especializada em barreiras físicas de alta segurança (equipamentos blindados, Bollards e projetos es-peciais) e sistemas integrados de segurança (controle de

acesso, CFTV e alarmes), obteve crescimento de 30% no primei-ro semestre de 2014, o dobro do registrado no mesmo período do ano anterior.

O incremento foi apoiado por uma série de estratégias comer-ciais, que incluem inovações em processos, tecnologias, parcerias para incremento de portfólio, treinamentos internos, ações para oti-mizar o relacionamento com o cliente e uma série de reestrutura-ções internas, visando aumentar ainda mais a qualidade e agilidade em diversas áreas, especialmente de produtos e comercial.

Uma das principais conquistas do período foi o crescimen-to da carteira de clientes, através do mix de produtos, e o aumento do ticket médio de compras. Nas “key accounts”, a tática foi o foco no relacionamento personalizado e cada vez mais próximo com as principais contas. A expansão na América Latina também ganhou força neste ano. Para isso, a empresa contratou um profissional es-

pecializado, além de uma con-sultoria para avaliar o merca-do. O foco, no momento, é o México, onde a VAULT já está com vários negócios em andamento e que devem se concretizar ainda em 2014.

Segundo o diretor executivo, Gustavo Rizzo, a empresa pre-tende dar continuidade a este incremento, tendo perspectiva de fe-char este ano com crescimento em torno de 50%. “Teremos mais novidades pela frente que irão impulsionar ainda mais nossos negócios”.

Contato: www.vaultbr.com

VAULT registra crescimento de 30% no primeiro semestre de 2014

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AULTO diretor executivo,

Gustavo Rizzo, tem a perspectiva de fechar o

ano com crescimento ainda maior que o registrado

no primeiro semestre

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Marketing Canavieiro

A Yara International ASA assinou um acordo no valor de US$ 318 milhões para adquirir 60% de participação da Galvani Indústria, Comércio e Serviços S/A (“Galvani”).

A Galvani é uma empresa de fertilizantes fosfatados, de capital fechado e controlada pelo empresário brasileiro Rodol-fo Galvani Jr.. Atua na mineração de rocha fosfática e produção de fertilizantes fosfatados (Superfosfato Simples – SSP), aten-dendo principalmente aos mercados das regiões Sudeste, Cen-tro-Oeste e Nordeste do Brasil. A Galvani tem planos de expan-são que incluem dois novos projetos (greenfield) de mineração de rocha fosfática no Brasil.

“A aquisição representa mais um passo significativo na concretização de nossa estratégia de crescimento na América Latina, fortalecendo nossa posição no Brasil e mostrando nosso compromisso com o desenvolvimento e investimento na agri-cultura brasileira”, disse Joergen Ole Haslestad, presidente e chief executive officer (CEO) da Yara International.

“Além de contribuir com mais produção de fosfatados para a crescente demanda da agricultura brasileira, a combi-nação do espírito empreendedor e inovador da Galvani com as fortalezas globais da Yara viabilizará soluções mais adequadas de nutrição de plantas ao mercado brasileiro. Iremos contribuir para o desenvolvimento de uma agricultura ainda mais rentá-vel e sustentável, ajudando a reduzir a dependência de fertili-zantes importados no Brasil”, afirmou Lair Hanzen, presiden-te da Yara Brasil.

Segundo Rodolfo Galvani Jr., presidente do Conselho de Administração da Galvani, “este acordo com a Yara tem um sig-nificado que transcende uma joint venture tradicional. A empre-

sa passa a contar com o parceiro ideal para a implantação mais rápida e eficiente dos seus projetos”.

As receitas totais da Galvani registraram, em 2013, US$ 352 milhões, com um Ebitda de US$ 48 milhões. A companhia possui capacidade de produção de SSP de cerca de 1 milhão de toneladas por ano por meio dos complexos industriais de Paulí-nia (SP) e Luís Eduardo Magalhães (BA). As duas unidades utili-zam rocha fosfática originária das minas de Lagamar (MG), An-gico dos Dias (BA) e Irecê (BA). Para cobrir a demanda futura de rocha fosfática, os principais projetos em desenvolvimento que a Galvani possui são:

• Salitre/MG (greenfield): cerca de 1,2 milhão de tonela-

das de rocha fosfática por ano.• Angico/BA (brownfield): cerca de 150 mil toneladas

adicionais de rocha fosfática por ano.• Santa Quitéria/CE (greenfield): cerca de 800 mil tone-

ladas de rocha fosfática por ano. Além da rocha fosfática, os projetos em desenvolvimento

incluem novas capacidades para produção de fertilizantes fos-fatados. Estes projetos deverão ser concluídos de três a cinco anos após o fechamento do negócio.

A transação está sujeita à aprovação das autoridades bra-sileiras anticoncorrenciais (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e outras habituais. A conclusão do negócio está prevista para o quarto trimestre deste ano.

Contato: www.yara.com / www.galvani.ind.br

Yara adquire participação majoritária da Galvani

Lair Hanzen, presidente da Yara Brasil (esq.) e Rodolfo Galvani Jr., presidente do Conselho de Administração da Galvani.

Pelo acordo, no valor de US$ 318 milhões, Yara adquire 60% de participação da Galvani Indústria, Comércio e Serviços S/A

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Mecanização e resultados

Seguro Rural: uma questão de quebra de paradigmas

O sucesso da substituição do grão de milho pelo milheto

Rumos para o agronegócio

Marketing Rural

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REVISTA CANAMIX | AGOSTO | 201498

Hortaliças

Mecanização e resultadosProdutores agregam tecnologia e conseguem alta produtividade no

Cinturão Verde Paulista, uma das regiões agrícolas mais conhecidas do país

Com informações deassessoria de imprensa

Conhecida como Cinturão Ver-de Paulista, a principal região de plantio de verduras e legumes do

país é composta por 39 municípios e di-vidida em duas grandes áreas (leste e oeste), tendo a capital do estado como o centro. Atualmente, possui cerca de qua-tro mil propriedades e responde por 20% da produção nacional de verduras. São números que impressionam e que che-garam a este patamar graças à mecani-zação pela qual a região passou nos últi-mos anos, o que alavancou a produção.

Segundo Jorge Hirano, diretor da Hiramaq, concessionária Yanmar Agrite-ch em Mogi das Cruzes, a venda de tra-tores na região é muito boa. E a de im-plementos mais que dobrou nos últimos cinco anos. “A procura por implementos tem sido muito grande. O agricultor está procurando novas tecnologias para suprir a falta de mão de obra e, com isso, tem conseguido um rendimento maior no seu negócio”.

Nelson Watanabe, gerente do De-partamento de Vendas da Agritech, fabri-cante dos tratores e implementos Yan-mar Agritech, afirma que existe, dentro da fábrica, uma busca constante por me-lhorias na produção de tratores e imple-mentos com o objetivo de proporcionar ao agricultor maior produtividade. “Hoje, a tecnologia é um grande aliado do pe-queno produtor. A mão de obra está cada vez mais escassa no campo. Por isso, usufruir das máquinas para suprir esta

demanda é essencial e tem, como con-sequência, a redução dos custos e au-mento da produtividade”.

A afirmação é confirmada com a última edição do Levantamento Censitá-rio das Unidades de Produção Agropecu-ária do Estado de São Paulo – LUPA, de 2007-2008, que comprova: as áreas de

plantio do Cinturão Verde têm encolhido, mas a produção aumentou nos últimos 12 anos.

Exemplos de boa produtividade são os irmãos Getúlio e Celso Haruo Kimoto, de Salesópolis. Eles trabalham com qua-se todos os tipos de folhosas, têm 15% da produção cultivada em hidroponia, 20

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Cinturão Verde Paulista, principal região de plantio de verduras e legumes do país, é composta por 39 municípios

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99REVISTA CANAMIX | AGOSTO | 2014

hectares plantados, 23 funcionários, área de processamento e escoamento da pro-dução, tratores, implementos e entregam mais de 300 caixas de hortaliças por dia, direto para redes de supermercados do Vale do Paraíba. “O produtor precisa ter tecnologia e manejo”, afirma Celso.

Com seis tratores e implementos, mais de 14 hectares e dez funcionários, o agricultor Edson Senchin Yamamo-to, de Biritiba-Mirim, também é exemplo. Não possui apenas tecnologia, mas téc-nica e gestão. O resultado é uma produ-ção de três mil pés de hortaliças por dia, em média.

Com a mão de obra escassa no campo, tecnologia se tornou grande aliada do agricultor na busca por melhores índices de produtividade

Venda de tratores e implementos subiu nos últimos anos, o que ajudou a alavancar a região, que responde por 20% da produção nacional de verduras

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Opinião

*José Eduardo Sismeiro

O modelo de seguro rural existente hoje no Brasil é ineficiente, ou seja, não atende às necessidades dos produto-

res rurais. Se, por um lado, a cobertura é ina-dequada para os estados com tradição no uso da subvenção, por outro desperta pouco ou nenhum interesse nos produtores da Re-gião Centro-Oeste, onde o risco não está nas lavouras, mas fora delas, na variação dos preços em Chicago, no frete, no dólar, etc.

Além disso, sabemos que o merca-do de seguros está longe de ser competiti-vo. Uma única seguradora tem 70% do mer-cado de seguro rural. E, mesmo que nós, da Aprosoja Brasil [Associação Brasileira dos Produtores de Soja], reconheçamos seu pa-pel estratégico como parceira e prestadora de um serviço de alta relevância para os pro-dutores, a regra do mercado é fria e clara: quanto maior a competição, melhor a qua-lidade do serviço e melhor o preço ao con-sumidor. Se aumentar o número de segura-doras competindo, a tendência é que caia o valor por apólice, tendo, assim, um impacto positivo para a cadeia e, principalmente, para o produtor rural.

Mas, independentemente do núme-ro de seguradoras, o ponto principal nesta questão diz respeito ao repasse da subven-ção do Governo Federal. Até a safra passa-da, o recurso ia direto para as seguradoras de acordo com a sua participação no mer-cado, sendo que o produtor apenas escolhia a apólice de sua preferência a ser submetida ao Ministério da Agricultura para captação do recurso. E foi sem avisar que, em abril deste ano, o Tribunal de Contas da União (TCU) publicou o acórdão de nº 453, dando prazo para o que o Ministério da Agricultura (MAPA) cumprisse o que diz a lei e repas-sasse de outra forma, sem este direciona-mento da subvenção às seguradoras.

Embora todos concordem com a me-dida do TCU – bem, quase todos –, ficamos diante de uma situação que exige uma que-bra de paradigma. O Ministério da Agricul-tura (MAPA), na figura do Ministro Neri Gel-

Seguro Rural: uma questão de quebra de paradigmasler, de forma acertada decidiu que a melhor forma será repassar o seguro ao produtor. Mas como garantir que os recursos da sub-venção, que são ano após ano contingencia-dos e repassados com atrasos torturantes, estejam disponíveis em um prazo dois me-ses aos produtores? E mais, como criar um critério de repasse por produtor sem um sis-tema informatizado do Governo, evitando a burocracia e atrasos?

Sempre estivemos preocupados com o volume de recursos, mas, neste momen-to, é preciso construir uma proposta exequí-vel que permita o repasse da subvenção pelo MAPA sem prejudicar a próxima safra. Nós, da Aprosoja Brasil, não abrimos mão de que este recurso vá direto para o produtor. Se for feita qualquer operação com vinculação a uma operação de crédito, continuaremos com denúncias de produtores sobre ven-da casada e não teremos competição entre seguradoras.

Algumas propostas para solucionar a questão têm sido apresentadas, como um mecanismo simples de crédito ao pro-dutor como acontece no Bolsa Família, por exemplo, ou mesmo a realização de leilões, como ocorrem nas operações de apoio a comercialização e garantias de preços mí-nimos, operadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Isso seria, sem dúvida, uma medida emergencial, já que o mundo perfeito seria um sistema informati-zado, o qual, nós sabemos, não existe e leva tempo para criar.

É claro que não podemos nos esque-cer da obrigatoriedade que querem nos em-purrar e da falta de recursos para subven-ção, problemas até mais importantes. Existe um princípio básico de que aquilo que é bom não precisa ser obrigatório. O seguro nos Estados Unidos não é obrigatório e a adesão é de mais de 90% da área plantada. Por que tornar obrigatório se não tem dinheiro sufi-ciente para subvenção? Este ano, por exem-plo, ainda será preciso aprovar um orça-mento suplementar de R$ 300 milhões para a subvenção, ou não roda o seguro.

Também não abriremos mão de que

o produtor possa escolher fazer ou não fa-zer o seguro e, se assim ele resolver fazer, que possa escolher a seguradora que me-lhor atenda às suas necessidades. Em uma segunda etapa, ainda teremos que criar um seguro que realmente dê tranquilidade para o produtor, ou seja, que garanta renda. Hoje, o que temos não contempla nem mesmo o valor total da cédula rural e o valor financiado não cobre os reais custos de uma lavoura.

Enfim, precisamos que o Governo Fe-deral entenda que o produtor não precisa de ajuda e, sim, que ele crie mecanismos que não atrapalhem, mas garantam competitivi-dade aos produtores brasileiros frente aos de outras nações. Se ele fizer isso, com toda certeza iremos trazer mais riquezas para o nosso país e contribuir ainda mais para uma nação com menos desigualdade social.

A grande conclusão na questão do seguro é que o mecanismo precisa mudar, o volume de recurso não pode ser contingen-ciado e não pode faltar. Hoje, os R$ 700 mi-lhões já não estão atendendo, ainda que seja um volume bem maior que de anos anterio-res. Existem várias experiências bem suce-didas em outros países. Por que não as usa-mos como ponto de partida para reestruturar o seguro rural no Brasil? É preciso quebrar paradigmas, como está sendo feito com o repasse da subvenção.

*Presidente da Aprosoja Paraná e ovice-presidente da Aprosoja Brasil

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101REVISTA CANAMIX | AGOSTO | 2014

*Lygia Sereghetti

O milheto (Pennesetum americanum (L.)) é uma forrageira anual de ve-rão que vem ocupando espaço na ali-

mentação de gado de corte, seja em pastejo ou sob a forma de grãos como fonte alter-nativa de energia, constituindo um importan-te cereal.

No Brasil, a região Centro-Oeste é uma das principais consumidoras deste grão, uma vez que suas características agronômi-cas e nutritivas o qualificam como possível substituto energético na alimentação animal.

O aumento da degradabilidade do ami-do do rúmen tem se mostrado útil, não só por melhorar a capacidade fermentativa, au-mentando a síntese de proteína microbiana

O sucesso da substituição do grão de milho pelo milheto

e produção de AGV [ácidos graxos voláteis, principal fonte de energia para os ruminan-tes], mas também por promover economia no metabolismo energético e proteico do hospedeiro.

Estudos foram realizados em um con-finamento experimental do Setor de Pecuá-ria do Centro Tecnológico Comigo em Rio Verde, GO, onde grupos genéticos mesti-ços europeu-zebu (MEZ) e mestiços zebu--zebu (MZZ) foram alimentados com dietas à base de milho e milheto, sendo nas respec-tivas concentrações: 0% de milheto e 100% de milho; 33% de milheto e 66% de milho; 66% de milheto e 33% de milho e, finalmen-te, 100% de milheto e 0% de milho.

A análise dos parâmetros realizados constatou que não ocorreram diferenças es-

tatísticas entre os tratamentos para as variá-veis estudadas. Os resultados mostram que o milheto pode ser utilizado até 100% em substituição ao grão de milho, pois não ocor-rem alterações no desempenho de animais MEZ e MZZ.

Além deste estudo, foi realizado outro no Departamento de Zootecnia Ruminantes, da ESALQ/USP, onde se pôde concluir que o amido de ambos os grãos têm comporta-mento similar em relação à susceptibilidade enzimática ruminal.

Sendo assim, o grão de milheto é um bom substituto, total ou parcial, do grão de milho, em dietas de vacas produzindo 25 kg/dia de leite, sem alterar a produção de leite e consumo dos animais.

*Consultora em agronegócio

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REVISTA CANAMIX | AGOSTO | 2014102

Eventos

Rumos para o agronegócioEncontro em Piracicaba, SP, define que representantes do agronegócio

apresentarão plano para o setor aos candidatos à Presidência

Com informações daassessoria de imprensa

Representantes do agronegócio de-finiram que o setor apresente um plano aos candidatos à Presidên-

cia. O documento com as propostas de gestão seria entregue após consulta a todas as entidades de classe ligadas ao campo. A informação foi divulgada pelo ex-ministro da Agricultura Roberto Rodri-

gues, durante o seminário “A Importân-cia do Agronegócio na Economia”, rea-lizado em 5 de julho na Cooperativa dos Plantadores de Cana (Coplacana), em Pi-racicaba, SP.

“O plano foi pedido pelos candi-datos e devemos encaminhá-lo reunin-do propostas formadas em conjunto”, afirmou Rodrigues, que proferiu a pales-tra principal do encontro. Presidente do conselho deliberativo da União da Indús-

tria de Cana-de Açúcar (Unica) e coorde-nador do Centro de Agronegócio da Fun-dação Getúlio Vargas (FGV), Rodrigues destacou o crescimento das exportações do país entre 2003 e 2013, um salto de U$ 30 bilhões para U$ 100 bilhões. “En-quanto o mundo inteiro encolheu, o agro-negócio do Brasil cresceu”, disse. Para ele, em 40 anos os países emergentes vão dominar os mercados consumidor e produtor de alimentos no mundo.

Roberto Rodrigues anunciou ao público que plano para o agronegócio foi pedido pelos candidatos à Presidência da República

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103REVISTA CANAMIX | AGOSTO | 2014

Além de Rodrigues, participaram do evento como debatedores o presiden-te da Associação Brasileira do Agronegó-cio (Abag), Luiz Carlos Corrêa Carvalho; José Coral, presidente da Associação dos Fornecedores de Cana de Piracica-ba (Afocapi); Arnaldo Bortoletto, presi-dente da Coplacana; Tarcísio Mascarim, secretário de desenvolvimento econômi-co de Piracicaba; José Vicente Caixeta Fi-lho, diretor do campus da Universidade de São Paulo (USP) em Piracicaba; An-gelo Frias Neto, presidente da Associa-ção Comercial e Industrial de Piracicaba (Acipi); Hermas Amaral Germek, diretor da Fatec, Pedro Mizutani, representan-te da Raízen, e Ricardo Caiuby de Faria, da Sucral. As considerações finais foram feitas pelo deputado federal Mendes Tha-me (PSDB).

Segundo José Otávio Menten, co-ordenador do curso de engenharia agro-nômica da Escola Superior de Agricul-tura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP) e um dos organizadores do seminário, a inten-ção foi reunir representantes de toda a cadeia para discutir os principais desa-fios do setor. “Enquanto o crescimen-to previsto para a economia no Brasil em 2014 é inferior a 2%, o agro deverá continuar crescendo. Em 2013, a agri-cultura cresceu 7%, sendo o setor que mais contribuiu para que o PIB brasilei-ro atingisse 2,3%. Em 2014, deve ser, novamente, o principal setor de nossa economia, talvez um pouco abaixo do crescimento de 2013”.

Para ele, os grandes desafios in-cluem infraestrutura logística (transporte multimodal e capacidade de armazena-mento), legislação/direito à propriedade, fortalecimento das cooperativas e asso-ciações de produtores, diversificação e agregação de valor da produção, cus-to elevado da mão de obra e legislação trabalhista, ocorrência/manejo de pragas e licença ambiental para construção de infraestrutura.

O presidente da Abag, Luiz Carlos Corrêa Carvalho, falou sobre a relação entre os preços do petróleo e dos alimentos

Reforçar a necessidade de o agronegócio ser valorizado como protago-nista do crescimento econômico brasileiro. Esse foi o tom predominan-te no 13º Congresso da Abag – Associação Brasileira do Agronegócio

–, realizado no dia 4 de agosto, em São Paulo, SP. O evento contou com a pre-sença de várias autoridades federais e estaduais, além das principais lideran-ças do setor.

No discurso de abertura, o presidente da Abag, Luiz Carlos Corrêa Car-valho, falou sobre a necessidade de se fazer alterações na prioridade dada pelo governo ao agronegócio nos últimos anos. Segundo ele, a partir de 2007, co-meçou a haver uma forte relação entre os preços do petróleo e dos alimentos. “O impacto em um gera, em cadeia, impactos significativos nos demais, for-çando mudanças essenciais no Brasil, um país que tem no agronegócio as ba-ses de seu desenvolvimento e que deverá ter neste setor uma plataforma de importância geopolítica global”. Para tanto, ele afirmou ser necessário que seja dada a prioridade que o setor necessita e merece.

Participaram do evento o ministro da Agricultura, Neri Geller, o governa-dor de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o candidato à Presidência da Repúbli-ca Aécio Neves (PSDB). O economista Samuel Pessoa e o jornalista Rodrigo Mesquita palestraram durante o congresso.

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Congresso da Abag debateu protagonismo do setor

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REVISTA CANAMIX | AGOSTO | 2014104 REVISTA CANAMIX | AGOSTO | 2014104

Marketing Rural

A AGCO, fabricante e distribuidora mundial de equipa-mentos agrícolas, reuniu a imprensa na Sociedade Hípica Paulista, em São Paulo, SP, para divulgar in-

vestimentos, discutir o cenário atual do mercado e a im-portância do Brasil na estratégia de crescimento global do grupo. “O ano de 2013 foi recorde para a AGCO na Améri-ca do Sul”, afirmou Martin Richenhagen, presidente, CEO e presidente do Conselho da AGCO. “Este ano, o mercado está mais volátil no país. Apesar disso, a AGCO continua tendo um desempenho satisfatório. Os fundamentos da in-dústria global permanecem inalterados e a AGCO continua realizando investimentos significativos, com foco no au-mento da produtividade de suas fábricas, além de ofere-cer soluções de alta tecnologia que ajudam os produtores a melhorar sua eficiência e produtividade.”

A AGCO pretende expandir a capacidade de pro-dução atual da GSI (equipamentos para armazenagem e produção de proteína animal), investindo R$ 18 milhões em uma nova fábrica, em Passo Fundo, RS. A nova plan-ta deve ser inaugurada no fim deste ano. “O Brasil apre-senta uma grande escassez na infraestrutura de armaze-nagem para grãos”, explica André Carioba, vice-presidente sênior e gerente geral da AGCO para a América do Sul. “As colheitas recordes de 2013 e 2014 e o aumento con-tínuo da produção de grãos mostraram que o desenvolvi-mento da infraestrutura necessária para armazenagem de grãos se tornou fundamental. O negócio de armazenagem de grãos da AGCO, através da GSI, ajudará a atender essa demanda no futuro.” O governo brasileiro anunciou linhas

AGCO contribui para o aumento dacapacidade de armazenagem de grãos

de crédito especiais para aumentar a capacidade de arma-zenagem de grãos. Este programa deve ajudar os produ-tores agrícolas a investir em unidades de armazenagem de grãos profissionais.

A AGCO também investiu R$ 3 milhões em um novo Centro de Distribuição de Peças. A instalação foi inaugu-rada em junho, em Ernestina, RS, e atenderá a região sul e países vizinhos como a Argentina, Paraguai e Uruguai. Uma grande variedade de peças será estocada para me-lhorar significativamente o tempo de resposta das enco-mendas, com reflexo positivo na produtividade dos clien-tes. Em 2013, a AGCO já havia investido R$ 3 milhões em um novo Centro de Distribuição de Peças em Anápo-lis, GO, para o Centro-Oeste e Norte do Brasil. “Investir em nossa infraestrutura de pós-venda nos permite ficar mais próximos desses mercados e fornecer melhores serviços aos nossos parceiros de distribuição locais e clientes,” ex-plica Carioba.

A AGCO fabrica equipamentos agrícolas em seis fá-bricas no Brasil e uma na Argentina para atender ao merca-do da América do Sul. As colheitadeiras são produzidas em Santa Rosa, RS, os equipamentos de cana-de-açúcar em Ribeirão Preto, SP, e os tratores em fábricas de Mogi das Cruzes, SP, e Canoas, RS. Os implementos da AGCO são fa-bricados em Ibirubá, RS, e a GSI possui sua fábrica em Ma-rau, RS. Os produtos são exportados para outros mercados da América do Sul, mas também para mercados distantes, como a África (com foco em uma joint venture na Argélia).

Contato: www.agco.com.br

Martin Richenhagen, presidente da empresa:“AGCO continua realizando investimentos significativos,com foco no aumento da produtividade de suas fábricas”

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AGCO reuniu a imprensa na Sociedade Hípica, em São Paulo,para discutir o mercado e anunciar investimentos

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REVISTA CANAMIX | AGOSTO | 2014106 REVISTA CANAMIX | AGOSTO | 2014106

Marketing Rural

Em cerimônia oficial no último dia 10 de junho de 2014, a Alltech do Brasil celebrou o marco inicial da construção da Planta de Algas, em São Pedro do

Ivaí, PR. Este novo empreendimento gerará 200 empregos, entre diretos e indiretos, além de receber R$ 140 milhões em investimentos, aumentando a capacidade de produção em 58%, na comparação com a atual. No momento, o Bra-sil lidera as vendas de produtos à base de algas e, no fi-nal de 2015, a empresa começa a produzir e exportar so-luções com tecnologia exclusiva voltada à nutrição animal, de maneira natural.

As algas são divididas em autotróficas e heterotrófi-cas. As primeiras necessitam do sol para fazer fotossínte-se e, então, produzir energia. As segundas utilizam o oxi-gênio do ambiente para o desenvolvimento e reprodução, sem a necessidade de luz. A Alltech utiliza algas heterotró-ficas em sua produção, pois podem ser facilmente cultiva-das em ambiente controlado, sem contato com o meio ex-terno, evitando o risco de contaminação.

Celebração – Guilherme Minozzo, vice-presiden-te da Alltech para América Latina, abriu a celebração que

marca o início da construção da planta de algas em São Pedro do Ivaí, comentando sobre a Alltech e seus objeti-vos para o futuro no Brasil. “Nossa empresa está focada em dietas especiais para nutrição animal e vegetal e segue as tendências do mercado, trabalhando a questão susten-tável e a produção natural”.

Com grande investimento em pesquisa, a Alltech busca promover a aplicação dos estudos rapidamente, a fim de oferecer ao mercado as inovações tecnológicas. “A experiência em algas na primeira fábrica da empresa foi um sucesso e, por isso, o investimento veio para o Brasil”, contou Mark Lyons, vice-presidente para Assuntos Cor-porativos, na segunda apresentação do evento. “Busca-mos criar tendências, gerar necessidades e surpreender os clientes”, complementou Minozzo.

“O Brasil é, hoje, o segundo maior mercado da All-tech. Por que não ser o primeiro?”, questionou Lyons, so-bre o futuro e as oportunidades do país. “As pessoas bus-cam algo diferente e as algas são as peças-chaves para conquistar novos mercados. O futuro da nutrição está em alimentos funcionais e nós estamos buscando fazer a diferença”.

A celebração teve a presença de autoridades do go-verno, como a Prefeita de São Pedro do Ivaí, Maria Regina Della Rosa, e o secretário de Indústria e Comércio, Horário Monteschio, como representante oficial do governador do Estado. Ambos ressaltaram a importância da Alltech, prin-cipalmente no que diz respeito ao mercado interno.

Contato: www.alltech.com / www.alltechcropscien-ce.com.br

Fábrica em São Pedro do Ivaí, PR, que terá capacidade de produção aumentada em 58% na comparação com a atual

Alltech do Brasil celebra ampliação da fábrica, no Paraná

Mark Lyons durante sua apresentação, em que falou sobre o sucesso da primeira experiência em algas na empresa

Guilherme Minozzo falou sobre o futuro da Alltech, com foco em dietas especiais para nutrição animal e vegetal

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107REVISTA CANAMIX | AGOSTO | 2014 107REVISTA CANAMIX | AGOSTO | 2014

Entre os dias 4 e 8 de agosto, a Bayer CropScien-ce, empresa global com suas principais ativida-des concentradas nas áreas de saúde, agricultura

e materiais de alta tecnologia, se reuniu com sua Rede de Distribuição para debater estratégias de mercado e fortalecer ainda mais a relação comercial com os par-ceiros. A convenção anual é realizada na Costa do Sau-ípe, BA, com cerca de 400 representantes de cooperati-vas e distribuidores de todo o país.

Na pauta, a apresentação de cases de profissiona-lização da rede, processo que a Bayer tem apoiado par alavancar ainda mais os negócios e incentivar o proces-so de expansão. A programação contou com palestras focadas em mercado, marketing e agricultura.

De acordo com o diretor de Acesso ao Mercado

Convenção, na Costa do Sauípe, BA, recebeu cerca de 400 pessoas e teve apresentação de cases de profissionalização da rede

Bayer CropScience reuniu distribuidores e cooperativas em convenção

da Bayer CropScience, Ivan Moreno, a empresa tem se aproximado do distribuidor e das cooperativas e ajuda-do a fomentar uma transformação rumo à excelência operacional. “Nós desenvolvemos programas de par-ceria para que tanto os distribuidores como as coope-rativas que trabalham conosco tivessem ferramentas à disposição para aprimorar suas fortalezas, expandindo, assim, sua relevância nos mercados que atuam”.

Para isso, a empresa colocou à disposição o tra-balho de consultores que ajudaram na identificação de problemas e soluções. “Nossa proposta é de uma par-ceria de longo prazo e que beneficie a todos os elos da cadeia, especialmente o cliente final”, afirmou o executivo.

Contato: http://www.bayercropscience.com.br

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REVISTA CANAMIX | AGOSTO | 2014108 REVISTA CANAMIX | AGOSTO | 2014108

Marketing Rural

Com cerca de 70 mil habitantes e Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 1,28 bilhão, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o muni-

cípio de Castro, PR, passa por um processo de industriali-zação a partir da instalação da nova planta da Cargill. Esta é a primeira unidade da companhia no país com o concei-to de biorrefinaria, que integra instalações, equipamentos e processos de conversão de biomassa na produção de derivados refinados, com empresas instaladas ao seu re-dor. Foram investidos mais de R$ 500 milhões em todo o complexo.

Com a nova planta, construída num complexo in-dustrial que vai abrigar, até 2020, outras quatro empresas, Castro já registra um aquecimento na economia – até en-

A biorrefinaria da Cargill, inaugurada em Castro, PR, recebeu investimentos de R$ 500 milhões: complexo irá abrigar outras quatro empresas

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Biorrefinaria da Cargill muda perfil econômico de Castro, PR

tão baseada na exploração mineral e agropecuária –, no-tada, num primeiro momento, no comércio e na área de serviços.

O prefeito, Reinaldo Cardoso, afirma que o desen-volvimento industrial e a expectativa de crescimento já es-tão gerando aumento nos investimentos do município. Se-rão construídas mil unidades habitacionais por meio do programa Minha Casa Minha Vida, do Governo Federal, cuja aplicação deve chegar a R$ 60 milhões. “Se a isso somarmos o investimento da Compagás [Companhia Pa-ranaense de Gás], na ordem de R$ 80 milhões, são R$ 140 milhões que estão relacionados à implantação da Cargill”.

Contato: www.cargill.com.br

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Marketing Rural

Atendendo a demanda dos produtores rurais que buscam o armazenamento a granel em área exter-na, a Dow AgroSciences, em parceria com o ne-

gócio de Industrial and Consumer Packaging da Dow Quí-mica, desenvolveu um sistema que armazena e conserva grãos ou sementes através de bolsas plásticas brancas hermeticamente fechadas.

O SiloSafra – sistema para armazenagem de grãos - oferece proteção integral contra a ação de insetos, micror-ganismos e variações climáticas, como umidade excessi-va do ar e incidência solar.

Entre os benefícios, também estão a flexibilidade, uma vez que o produtor pode escolher o momento mais adequado de comercialização dos grãos; a praticidade, já

Dow AgroSciences desenvolve sistema exclusivo para armazenagem de grãos

O SiloSafra oferece proteção integral contra a ação de insetos, microrganismos e variações climáticas, como umidade excessiva do ar e incidência solar

que necessita de pouco espaço e também é uma alternati-va complementar para o silo metálico; e a economia, uma vez que o investimento é baixo quando comparado a ou-tras opções de armazenamento.

O SiloSafra tem capacidade média de 200 toneladas (o que equivale a aproximadamente 3.300 sacas de 60kg) e extensão de 2,7m de diâmetro x 60m de comprimento. É feito com resinas DOWLEXTM da Dow, que oferecem du-reza, resistência à perfuração e um melhor desempenho.

A comercialização do sistema para armazenagem de grãos da Dow AgroSciences será direcionada, neste mo-mento, aos estados do Mato Grosso, Goiás, Bahia e, pos-teriormente, para todo o Brasil.

Contato: http://www.dowagro.com/br

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REVISTA CANAMIX | AGOSTO | 2014112 REVISTA CANAMIX | AGOSTO | 2014112

Marketing Rural

A corrosão em máquinas e equipamentos agrícolas, principalmente durante os períodos de armazena-mento e entressafra, costuma trazer grandes prejuí-

zos para os agricultores. Para acabar de vez com este pro-blema, a Quimatic Tapmatic acaba de lançar o Protetivo Agro, um anticorrosivo desenvolvido especialmente para o setor agrícola.

A novidade diferencia-se por formar uma película ce-rosa antiestática mais seca do que outros protetivos ofere-cidos no mercado, o que ajuda a repelir de maneira mais eficiente a poeira e garante a proteção contra a corrosão por longos períodos, mesmo quando os equipamentos, máquinas e ferramentas são armazenados em ambien-

O Protetivo Agro foi desenvolvido especialmente para o setor agrícola e se diferencia por formar película cerosa antiestática mais seca

Quimatic Tapmatic lança protetivo anticorrosivo para setor agrícola

tes abertos, sujeitos a altas temperaturas ou chuvas for-tes. Como resultado, tratores, arados, colheitadeiras, fer-ramentas e outros implementos conquistam uma vida útil maior e estão sempre prontos para uso.

Ecologicamente correto, o lançamento da Quimatic Tapmatic não contém substâncias tóxicas ou metais pesa-dos em sua formulação, evitando assim contaminação da colheita e do solo. O produto é fácil de aplicar, seca rapi-damente e tem alta adesão a qualquer substrato metálico.

Com aditivos anticorrosivos de alta eficiência em sua fórmula, Protetivo Agro é classificado como protetivo Tipo A pela Norma API 686 do American Petroleum Institute. A classificação refere-se ao fato do produto não ser removi-

do com a chuva e resistir às intempéries em ambien-tes descobertos (externos, ao ar livre).

A excelente propriedade anticorrosiva de Prote-tivo Agro também foi comprovada pelo teste de resis-tência à corrosão em câmara de névoa salina. Nesta avaliação, o produto apresentou resistência superior a 100 horas ao agente corrosivo, índice considerado bastante elevado.

“Os diferenciais exclusivos tornam Protetivo Agro a melhor solução para preservar equipamen-tos agrícolas de todos os tipos e portes por muito mais tempo”, enfatiza Marcos Pacheco, engenheiro químico da Quimatic Tapmatic. “O produto protege o patrimônio e, ao mesmo tempo, colabora com o au-mento de produtividade do agricultor.”

Com o lançamento de Protetivo Agro, a Quima-tic Tapmatic comprova mais uma vez o empenho em oferecer soluções inovadoras projetadas para aten-der necessidades específicas dos clientes. A novi-dade está disponível em embalagens de cinco e 20 litros.

Contato: www.quimatic.com.br/produtos/protetivos-lubrificantes/protetivo-agro/

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A TIMAC Agro, empresa multinacional pertencente ao grupo francês Roullier, que se dedica ao desenvol-vimento, produção e comercialização de tecnolo-

gias inovadoras para nutrição vegetal e animal, está inte-grando na sua lista de produtos de fertilizantes sólidos o K-UP. Considerado pela empresa um produto revolucioná-rio, possui duas moléculas incorporadas – ACP COMPLEX e AZAL 5 –, tecnologias exclusivas e patenteadas da TI-MAC Agro, que fazem o K-UP agir de forma mais inteligen-te nas situações em que a adubação potássica apresenta severas limitações para a agricultura.

K-UP é revolucionário porque tem na sua compo-sição características especiais. A primeira é em relação à salinização. O K-UP é inteligente na redução em 89% da salinidade, contribuindo diretamente para a diminui-ção do choque salino, o que favorece o desenvolvimen-to das plantas. O segundo ponto está focado no comba-te aos efeitos da lixiviação. O K-UP aumenta a proteção do potássio em 68% quanto à lavagem, em comparação com outros fertilizantes. Assim, o potássio do K-UP é liberado, de forma progressiva, conforme a necessidade da planta.

O terceiro aspecto está relacionado ao atendimen-

O K-UP age de forma inteligente nas situações em que a adubação potássica apresenta limitações para a agricultura

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TIMAC Agro lança o potássio mais inteligente e produtivo do mercado

Evento de divulgação do K-UP, que reduz em 89% a salinidade, contribuindo diretamente para a diminuição do choque salino

to da necessidade nutricional da planta. O processo de ab-sorção de K-UP é inteligente, pois disponibiliza potássio na quantidade e no momento exato em que a planta precisa. Essa capacidade promove o aumento na taxa de absorção de potássio e de outros nutrientes, resultando no aumen-to da produtividade.

Contato: http://site.timacagro.com.br/

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REVISTA CANAMIX | AGOSTO | 2014114 REVISTA CANAMIX | AGOSTO | 2014114

Marketing Rural

Tradecorp já comprava algas da OGT e agora

contará com acesso preferencial à matéria-prima de alta qualidade

A Tradecorp, empresa especializada em fisiologia ve-getal e nutrição das culturas, comprou a empresa irlandesa Oilean Glas Teo (OGT), especializada na

colheita e processamento de algas marinhas, que agora passa a fazer parte da área de agrobusiness do GRUPO SAPEC.

Esta compra permite que ambas as empresas re-forcem suas posições no mercado. A Tradecorp já usa-va as algas da OGT como fonte de matéria-prima para a fabricação de bioestimu-lantes – moléculas que ajudam as plantas a se desenvolver e a resistir a estresses, principalmen-te climáticos –, por meio de uma parceria que co-meçou em 2011. Agora, com acesso preferencial à matéria-prima de alta

Nicolas Lindemann, diretor executivo da Tradecorp: integração abre um novo mercado de gramados e campos esportivos

Tradecorp compra irlandesa e reforça mercado de bioestimulantes

qualidade, pretende expandir e adaptar sua gama de pro-dutos para atender às necessidades locais. “A integração da OGT à Tradecorp garante o fornecimento de matérias--primas para bioestimulantes e abre um novo mercado de gramados, campos esportivos e áreas verdes em todo o mundo”, afirma Nicolas Lindemann, diretor executivo da Tradecorp.

Só em 2013, a Tradecorp utilizou 300 mil litros de algas para produzir bioestimulantes e a expectativa é que o volume cresça, já que, além da entrada no setor de gra-mados e campos esportivos, pretende desenvolver a área de alimentação animal, pois as algas poderão ser usadas como substrato verde para este fim.

A OGT, por sua vez, terá, agora, a estrutura e o co-nhecimento de um grupo internacional bem estabelecido. Com isso, poderá continuar a desenvolver os seus merca-dos existentes e também ampliar sua gama de produtos. Para Declan Gallagher, diretor-geral da OGT Ltd, “um dos principais benefícios da integração da OGT é ser apresen-tada a uma estrutura comercial mundial que nos permiti-rá vender a nossa gama de produtos a nível internacional e nos beneficiarmos do vasto know-how técnico da Tra-decorp em termos dos mercados agrícolas em todos os continentes”.

Contato: www.tradecorp.com.br

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115REVISTA CANAMIX | AGOSTO | 2014

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