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Escol@ conectadaos multiletramentos e as TICs
Roxane Rojo (org.)
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zida ou transmitida por qualquer forma e/ou quaisquer meios (eletrônico ou
mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema
ou banco de dados sem permissão por escrito da Parábola Editorial Ltda.
ISBN: 978-85-7934-069-7
© do texto: Roxane Rojo, 2013.
© da edição: Parábola Editorial, São Paulo, setembro de 2013.
CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA FONTESINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ
E73
Escol@ conect@d@ : os multiletramentos e as TICs / Adolfo Tanzi Neto ... [et. al]. ; organização Roxane Rojo. - 1. ed. - São Paulo :Parábola, 2013.
23 cm (Estratégias de ensino ; 40)
Inclui bibliografia ISBN 978-85-7934-069-7
1. Letramento. 2. Alfabetização. 3. Educação - Aspectos so-ciais. 4. Tecnologia educacional. 5. Internet na educação. 6. Educa-ção - Multimídia interativa. I. Rojo, Roxane Helena R. (Roxane HelenaRodrigues). II. Tanzi Neto, Adolfo. III. Série.
13-02172 CDD: 372.4 CDU: 372.4
CAPA E PROJETO GRÁFICO: Andréia Custódio
IMAGENS DA CAPA: 123RF®
REVISÃO: Karina Mota
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55SUMÁRIO
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SUMÁRIO
Apresentação
Roxane Rojo
C� 1. Gêneros discursivos do
Círculo de Bakhn e mulletramentos
Roxane Rojo
C� 2. Diferentes formas de ser mulher na hipermídia
Mariana Basta de Lima & Paula Baracat De Grande
C� 3. Novos e híbridos letramentos em contexto
de periferia
Junot de Oliveira Maia
C� 4. Fanfics, Google Docs…
a produção textual colaborava
Eliane Fernandes Azzari & Melina Aparecida Custódio
C� 5. Jogo de interface textual:
prácas de letramento em MUD
Dáfnie Paulino da Silva
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C� 6. Vidding na cultura otaku
Eduardo de Moura Almeida
Capítulo 7. Mulletramentos em ambientes educacionais
Adolfo Tanzi Neto, Jordana Thadei,Liliane Pereira da Silva-Costa, Marly Aparecida Fernandes,Rosângela Rodrigues Borges e Rosineide de Melo
Capítulo 8. MOOCs: alternava ao capitalismo
rápido ou seu subproduto?
Davi Faria De Con
Capítulo 9. Portais de editoras de livros didácos:
análise à luz dos mulletramentos
Fabiana Panhosi Marsaro
Capítulo 10. Interavidade e tecnologia
Eliane Fernandes Azzari & Jezreel Gabriel Lopes
Referências bibliográficas
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193
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7APRESENTAÇÃO
APRESENTAÇÃO
Roxane ROJO (�.)
A integração de semioses, o hipertexto, a garantia de um espaço para a au-
toria e para a interação, a circulação de discursos polifônicos num mesmo
ciberespaço, com a distância de um clique, desenham novas práticas de le-
tramento na hipermídia. Tais mudanças nos letramentos digitais, ou novos
letramentos, não são simplesmente consequência de avanços tecnológicos.
Elas estão relacionadas a uma nova mentalidade, que pode ou não ser exer-
cida por meio de novas tecnologias digitais.
É preciso que a instituição escolar prepare a população para um funciona-
mento da sociedade cada vez mais digital e também para buscar no cibe-
respaço um lugar para se encontrar, de maneira crítica, com diferenças e
identidades múltiplas.
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Se os textos da contemporaneidade mudaram, as competências/capacida-des de leitura e produção de textos exigidas para participar de práticas de
letramento atuais não podem ser as mesmas. Hoje, é preciso tratar da hi-pertextualidade e das relações entre diversas linguagens que compõem umtexto, o que salienta a relevância de compreender os textos da hipermídia.
Não bastasse o fato de as TICs permitirem que os sujeitos da periferia en-
trem em contato com práticas de texto antes restritas aos grupos de poder,
elas ainda possibilitam e potencializam a divulgação desses textos por meio
de uma rede complexa, marcada por fluidez e mobilidade, que funciona pa-
ralelamente às mídias de massa.
Vivemos a era das linguagens líquidas, a era do networking , ou relaciona-
mento. Nesta era, competências variadas são exigidas para realizar o que
Santaella (2007: 78) chama de “criações conjugadas”. Falamos em mover oletramento para os multiletramentos. Em deixar de lado o olhar inocente e
enxergar o aluno em sala de aula como o nativo digital que é: um construtor-
-colaborador das criações conjugadas na era das linguagens líquidas.
Em certos artefatos digitais, observamos um uso bem desenvolvido de algu-mas habilidades que a escola deveria, hoje, tomar por função desenvolver,
tais como: letramentos da cultura participativa/colaborativa, letramentoscríticos, letramentos múltiplos e multiculturais ou multiletramentos.
Para o trabalho com jovens, devemos definir “cultura” não como “erudi-
ção”, nem como antítese das dimensões “populares” e “massivas”, mas como
“mesclas conflituosas” resultantes de processos dialógicos de “negociações”
(materiais e simbólicos) e de “interesses diversificados” (individuais e cole-tivos) entre classes sociais, segmentos populacionais e estilos de vida.
Esses jovens, a partir das suas próprias necessidades e objetivos, desenvol-vem novas maneiras de criar, distribuir e negociar significados (Lankshear,
2007; Lankshear e Knobel, 2010), nas quais se confundem os papéis de lei-
tor, espectador e, de maneira híbrida, constroem produções como os AMVs,resultado de ressignificação e re-enquadramento de referências e objetos
culturais diversos em gêneros multissemióticos.
Os autores desta coletânea — estudantes especiais, mestrandos, doutorandos
e pós-doutorandos — colaboraram durante o curso de uma disciplina (LP114
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— Estudos do Letramento) que teve lugar no Programa de Pós-Graduação em
Linguística Aplicada do IEL/UNICAMP, no segundo semestre de 2011. Para
os trabalhos colaborativos finais de disciplina, foi oferecido a eles um rol de
possibilidades de enquadre do trabalho escolar com os multiletramentos:
• multiletramentos nos impressos (jornal, revista, charges, tiras,
HQs, publicidade etc.);
• hipermídia baseada em escrita (mini e hipercontos, poemas vi-
suais ou digitais, blogs, wiki, fanfics, ferramentas de escrita colabo-
rativa etc.);
• hipermídia baseada em áudio ( podcasts, rádio(blog )s, ( fan)clips etc.);
• hipermídia baseada em design (animações, games, arte digital etc.) ;
• hipermídia baseada em fotos ( photoshoping , fotologs, animações, fo-
tonovelas digitais etc.);
• hipermídia baseada em vídeo ( videologs, remixes e mashups, ( fan)clips
etc.);
• redes sociais (Orkut, Facebook, Google+, Twitter, Tumblr etc.);
• ambientes educacionais (AVA, portais etc.).
Os trabalhos aqui publicados recobrem quase todos esses campos dos multi-
letramentos, pensados em termos das principais ferramentas tecnológicas em
jogo. O mais interessante é que, sintomaticamente, os já quase tradicionais gê-
neros multiletrados impressos (jornal, revista, charges, tiras, HQs, publicidade
etc.) não despertaram tanto interesse do grupo de alunos, em sua maioria jovens.
Logo, encontram-se ausentes deste livro, embora muito presentes nas escolas.Essa era outra característica solicitada para os trabalhos: que eles, de al-
guma forma, refletissem sobre o impacto que as culturas da juventude e as
novas tecnologias trazem para o ensino de línguas em contexto escolar. As
citações que usei como epígrafe refletem essa solicitação.
Como o conjunto dos trabalhos selecionados para compor esta obra reflete
tais preocupações, enfocando gêneros que circulam e são produzidos em am-
biente digital, sugerindo-os como possíveis integrantes de um currículo des-
tinado a jovens conectados, resolvi também denominá-la Escol@ conect@d@
— multiletramentos e as TICs, o que, talvez, vá ao encontro das expectativas e
APRESENTAÇÃO
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questionamentos de professores da educação básica que se perguntam o que
fazer daqui por diante nas escolas de um mundo tecnológico e conectado.
Os capítulos foram organizados de acordo com essa dinâmica em que todoscolaboramos. Abre o livro um texto meu, resultado das discussões do ano de2010, mas que foi consideravelmente melhorado ao longo desse curso, que
busca responder à questão de como enfocar teoricamente, de meu ponto devista, os multiletramentos e o que García Canclini (2008[1997]) chama de
“gêneros impuros”, ou seja, multissemióticos e híbridos. Nele, exponho e de-senvolvo — com base na análise de um clipe musical promocional — a abor-
dagem teórica que foi adotada no curso e que, por isso mesmo, está presente,de uma ou de outra maneira, na maioria dos capítulos: uma abordagem defundo bakhtiniano, mas que busca apoio nos conhecimentos específicos em
jogo em cada prática multiletrada e nas semioses que as compõem, ao con-trário de abordagens que buscam projetar, ilegitimamente, teorias elabora-das para o linguístico em outros campos e modos de significação.
Resultou que os três capítulos subsequentes vão tratar de práticas de mul-
tiletramentos que tomam a escrita hipertextual digital como espinha dorsalde blogs, fanfics, ferramentas colaborativas de escrita, como o Google Docs, e de
games, como o MUD.
O capítulo seguinte, voltado ao vidding e, em especial, aos animês, dá de certamaneira continuidade a minha explanação dos multiletramentos baseadosem edição de vídeo e áudio.
Esses primeiros seis capítulos abordam sempre, de uma ou de outra maneira
— uns, mais diretamente, propondo projetos ou protótipos de ensino; ou-tros, de maneira mais indireta, discutindo impactos e possibilidades desses“gêneros impuros” nas práticas escolares de multiletramentos — as preocu-pações que os professores da educação básica têm hoje a esse respeito.
Já os últimos quatro capítulos voltam-se, decididamente, para os espaços eartefatos digitais que têm dado base e/ou oferecido recursos às práticas deensino dos docentes de educação básica voltados para os novos letramen-
tos digitais. São tematizados os AVA (ambientes virtuais de aprendizagem)e suas diferentes possibilidades e propiciações. Um AVA em especial, o
MOOC, merece análise separada, pelo seu novo — ou nem tão novo — ethos,no capítulo 8. Discutem-se também, no nono capítulo, os portais digitais
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destinados aos professores, em especial os de editoras de livros didáticos1.
Finalmente, no último capítulo, os autores relatam e analisam uma expe-
riência de uso em sala de aula de ensino médio de livros didáticos digitaisinterativos para tablets, destinados ao ensino de línguas (português como
língua materna e inglês como língua estrangeira), tema tão em voga em um
momento em que se pretende distribuir tablets ao alunado e ao professorado,
mas em que não se sabe exatamente nem o que neles colocar nem qual o
impacto que isso terá em sala de aula.
Dos temas que pretendíamos abordar, ficaram ausentes desta vez —
pelo menos parcialmente —, além dos já citados “gêneros impuros” dosimpressos, a hipermídia baseada principalmente em edição de áudio2
e em tratamento de imagens (fotos), assim como o uso educacional das re-
des sociais. Mas, como este mundo dá muitas voltas e, atualmente, voltas
cada vez mais rápidas e conectadas, provavelmente encontraremos esses
temas nas muitas “voltas que o mundo dá”.
Para encerrar esta apresentação, quero agradecer muitíssimo aos colabora-
dores deste volume as muitas discussões que tivemos ocasião e prazer deter, a futura atenção dos leitores (espero que também prazerosa) e a meu
editor, Marcos Marcionilo, sempre disponível e inovador.
Desejo-lhes uma boa e agradável leitura.
Campinas, julho de 2013.
ROXANE ROJO (org.)
1 Ficamos devendo um olhar mais atento aos repositórios públicos de objetos digitais.2 Mas essa veio comentada, ainda que indiretamente, nos capítulos sobre edição de vídeo e remi-xes de animação.
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Vivemos a era das linguagens líquidas. Por issotemos insistido em passar do letramento para osmultiletramentos e em enxergar o aluno em sala
de aula como o nativo digital que é: um construtor--colaborador de criações conjugadas na era das lin-
guagens líquidas. É preciso que a escola se apresse apreparar os estudantes para um funcionamento da sociedade cadavez mais digital e também para buscar no ciberespaço um lugarpara se encontrar, de maneira crítica, com diferenças e identidades múltiplas.
Se os textos da contemporaneidade mudaram, as competências/ca-pacidades de leitura e produção de textos exigidas para participar depráticas de letramento atuais não podem ser as mesmas. Hoje, é preci-
so tratar da hipertextualidade e das relações entre diversas linguagensque compõem um texto, o que salienta a relevância de compreender ostextos da hipermídia.
Não bastasse o fato de as TICs permitirem que os sujeitos da periferiaentrem em contato com práticas de texto antes restritas aos grupos de po-der, elas ainda possibilitam e potencializam a divulgação de sua produçãopor meio de uma rede complexa, marcada por uidez e mobilidade, que
funciona paralelamente às mídias de massa.
É preciso dar-se conta de que, defnitivamente, há algumas habilidades que aescola tem de tomar por função desenvolver: letramentos da cultura participa-tiva/colaborativa, letramentos críticos, letramentos múltiplos e multiculturais,
ou multiletramentos, resultado de ressignifcação e de re-enqua-dramento de referências e objetos culturais diversos em gênerosmultissemióticos.