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Yoga O maior milagre sôbre a Terra é o homen. O seu corpo, que consiste em ossos, carne e sangue, esconde segredos que êle, durante milênios, procurou deslindar, na busca de uma solução para o grande enigma, o profundo mistério da enorme esfinge. Muitos tentaram solver o mistério do homem, poucos vingaram fazer falar a esfinge. E pouquíssimo, dentre os que cavaram mais fundo, infatigavelmente, no próprio EU, conseguiram, afinal, compreender o maior segredo que existe: êles mesmos. Na Índia se têm estudado os segredos da alma humana desde tempos imemoriais, e muitos consagraram tôda a existência a êes objetivo a fim de descobrir: que é o homem ? - e qual o seu destino aqui na terra ? Divorciados da agitação do mundo, concentraram todos os pensamentos e desejos numa única pergunda: quem sou eu ? - O seu labor infatigável, a férrea persistência e ânsia com que se atiraram à procura da verdade, todos deram frutos, e eis que lhe iluminou o espírito e diante dêles se desvelou todo o segrêdo do SER. Compreenderam a VIDA. Foi-lhes possível enxegar as causas mais profundas e mais ocultas. E, aberto à sua frente, viram o caminho que se afasta do sofrimento e se eleva para a liberdade, a felicidade, a eterna beatitude... Conheceram que êsse estado está ao alcance de todo ser humano, e os que assim se viram esclarecidos, apiedados da Humanidade sofredora, principiaram a ensinar às gentes o caminho da redenção e da liberação. Vários caminhos conduzem ao tôpo. Muitos preferirão a via fácil e confortável, que serpenteia morroa cima, porque a sua constituição física não se presta para escalar precipícios. Outros tomarão por um atalho, subindo encostas mais íngremes. E, finalmente, há os que elegem o caminho mais curso, escalando as muralhas de rochas para atingir mais depressa a meta. Semelhantemente, pode o homem acercar-se da grande meta interior percorrendo sendos caminhos, de acôrdo com as suas habilidades espirituais e físicas. Os grandes mestres criaram vários sistemas, a fim de colocar o fim colimado ao alcance de todos. Tais sistemas encurtam o caminho, e os que os aplicam alcançam o alvo mais rápida e fácilmente. O nome coletivo desses sistemas é Yoga. Os grandes professores e mestres que chegaram às suas metas percorrendo o caminho do Yoga chaman-se Iogues. Os vários sistemas de Yoga diferem apenas no ponto de partida. A sua essência e finalidade são sempre as mesmas: o perfeito conhecimento desi próprio. Êsse objetivo, porém, só pode ser conciliado mediante uma autodisciplina incondicional. Daí que os vários sistemas de Yoga nos ensinem primeiro que tudo o autodomínio. Mas há sistemas de Yoga que começam disciplinando a mente; outros, pricipiam

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Yoga

O maior milagre sôbre a Terra é o homen. O seu corpo, que consiste em ossos,

carne e sangue, esconde segredos que êle, durante milênios, procurou deslindar,

na busca de uma solução para o grande enigma, o profundo mistério da enorme

esfinge. Muitos tentaram solver o mistério do homem, poucos vingaram fazer falar

a esfinge. E pouquíssimo, dentre os que cavaram mais fundo, infatigavelmente,

no próprio EU, conseguiram, afinal, compreender o maior segredo que existe: êles

mesmos.

Na Índia se têm estudado os segredos da alma humana desde tempos imemoriais,

e muitos consagraram tôda a existência a êes objetivo a fim de descobrir: que é o

homem ? - e qual o seu destino aqui na terra ?

Divorciados da agitação do mundo, concentraram todos os pensamentos e

desejos numa única pergunda: quem sou eu ? - O seu labor infatigável, a férrea

persistência e ânsia com que se atiraram à procura da verdade, todos deram frutos,

e eis que lhe iluminou o espírito e diante dêles se desvelou todo o segrêdo do SER.

Compreenderam a VIDA. Foi-lhes possível enxegar as causas mais profundas e

mais ocultas. E, aberto à sua frente, viram o caminho que se afasta do sofrimento e

se eleva para a liberdade, a felicidade, a eterna beatitude... Conheceram que êsse

estado está ao alcance de todo ser humano, e os que assim se viram esclarecidos,

apiedados da Humanidade sofredora, principiaram a ensinar às gentes o caminho

da redenção e da liberação.

Vários caminhos conduzem ao tôpo. Muitos preferirão a via fácil e confortável, que

serpenteia morroa cima, porque a sua constituição física não se presta para escalar

precipícios. Outros tomarão por um atalho, subindo encostas mais íngremes. E,

finalmente, há os que elegem o caminho mais curso, escalando as muralhas de

rochas para atingir mais depressa a meta.

Semelhantemente, pode o homem acercar-se da grande meta interior percorrendo

sendos caminhos, de acôrdo com as suas habilidades espirituais e físicas. Os

grandes mestres criaram vários sistemas, a fim de colocar o fim colimado ao

alcance de todos. Tais sistemas encurtam o caminho, e os que os aplicam alcançam

o alvo mais rápida e fácilmente.

O nome coletivo desses sistemas é Yoga.

Os grandes professores e mestres que chegaram às suas metas percorrendo o

caminho do Yoga chaman-se Iogues.

Os vários sistemas de Yoga diferem apenas no ponto de partida. A sua essência

e finalidade são sempre as mesmas: o perfeito conhecimento desi próprio. Êsse

objetivo, porém, só pode ser conciliado mediante uma autodisciplina incondicional.

Daí que os vários sistemas de Yoga nos ensinem primeiro que tudo o autodomínio.

Mas há sistemas de Yoga que começam disciplinando a mente; outros, pricipiam

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pelo controle dos sentimentos, e há ainda os que tomam o corpo como ponto de

partida; tudo segundo as tendências e habilidades naturais do aluno. Conforme os

diferentes caminhos seguidos, as diversas Yogas têm diversos nomes. Recomenda-

se, contudo, começar pela Yoga que ensina o controle do corpo. É o caminho da

saúde perfeita, que se denomina HATHA YOGA.

O nome Hatha Yoga relaciona-se à verdade sobre a qual se funda o sistema.

Avivam-nos o corpo correntes positivas e negativas, e quando essas correntes se

acham em completo equilíbrio, gozamos de perfeita saúde. Na antiga linguagem do

Oriente, designa-se a corrente positiva pela letra "HA", cujo significado equivale

a "SOL". A corrente negativa chama-se "THA", que significa "LUA". A palavra

YOGA tem duplo sentido. De um lado, designa a "ação de unir", ao passo que, de

outro, designa "jugo". Dessarte, "HATHA YOGA" significa o perfeito conhecimento

das duas energias, a energia positiva do Sol e a energia negativa da Lua, a sua

associação perfeita harmonia e completo equilíbrio, e a habilidade para controlá-las

de maneira absoluta, isto é, para submetê-las ao jugo do nosso "Eu".

Esse sistema é único em todo o mundo, visto que aperfeiçoa conscientemente o

corpo, compensa-lhe quaisquer defeitos físicos e empresta-lhe uma esplêndida

fôrça vital. Conduz-nos a Hatha Yoga de volta à natureza, familiariza-nos

com as forças curativas que possuem as ervas, árvores e raízes, ministra-nos

ensinamentos sobre o nosso próprio corpo e as forças que atuam dentro dêle,

e lava-nos à íntima harmonia entre corpo e alma. O corpo reageaos menores

impulsos da mente, e o estado da mente é poderosamente influenciado pelo estado

do corpo. Essa reciprocidade é utilizada pela Hatha Yoga, que torna sadios assim

o corpo e a mente. O caminho que se há de seguir é o de tornar conscientes o

nosso corpo e tôdas assuas atividades. Até o sistema nervoso simpático e todos os

órgãos cujo funcionamento independe, habitualmente, da consciência pode tornar-

se subserviente à vontade.

A incalculável vantagem ssio é que se pode evitar qualquer funcionamento

defeituoso e proteger o corpo de moléstias oriundas de causas funcionais.

Posso, por exemplo controlar a atividade do coração e evitar-lhes as palpitações

resultantes de algumestímulo externo como o mêdo, uma notícia má ou uma súbita

alegria. Posso, assim, protegê-lo com a dilatação, a degenerescência do músculo

cardíaco, ou outras moléstias. Ou, podemos controlar as secreções do sistema

glandular, posso governar as funções de quase todos os órgãos do corpo e, dessa

maneira, governar o meu estado físico. O Hatha Yogue que ascende ao mais alto

nível de habilidade tem completo e absoluto domínio sobre o corpo. Pode regular

a seu talante a atividade do coração, do aparelho digestivo e o funcionamento de

todos os outros órgãos do corpo. Inúmeros viajantes do Ocidente, que, depois de

grandes dificuldades, tiveram a boa fortuna de acertar com um verdadeiro Hatha

Yogue durante asua visita à Índia confirmaram o fato de que Yogues de 80 ou 90

anos dão a impressao de ter 30 ou 40, e de que - conforme os padrões ocidentais

- chegam a idades incrivelmente avançadas porque podem recarregar os seus

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corpos, à vontade, de novas energias vitais.

O simples prolongar da existência, todavia, não é o objetivo dos Yogues. Não

representa a Hatha Yoga um fim em si mesma, mas uma preparação para uma

Yoga espiritual mais elevada. É dificílimo desenvolver a consciência e orientar o

espírito para um nível mais alto de atividade num corpo doente. Por esse motivo,

deveríamo familiarizar-nos primeiro com as fôrças que atuam dentro de nós,

a fim de as podermos utilizar e dominar adequadamente mais tarde. Então já

não nos será o corpo obstáculo à ascensão a planos mentais e espirituais mais

elevados. Algumas pessoas contentam-se em adquirir poderes mágicos com cujo

auxílio podem levar a cabo certos atos comumente havidos por milagrosos. Os

que assim procedem empacam no meio do caminho e não progridem. A meta pela

qual devemos lutar só pode ser a libertação das cadeias do mundo material. Não

confundamos, portanto, o fim com os meios. O conhecimento do corpo e de suas

fôrças secretas é - por mais importante que seja - apenas um meio para chegar

a um fim. Daí que um verdadeiro Hatha Yogue nunca faça demonstrações de sua

ciência e habilidades penas para satisfazer uma curiosiadade ociosa. Quem o fizer

não será um autêntico Hatha Yogue. O verdadeito Hatha Yogue só se utiliza

das suas habilidades quando, por meio delas, pode auxiliar os outros.

Recentemente, a medicina ocidental voltou a atenção para a Hatha Yoga, e os que

lhe conhecem os segredos - os Yogues - Oferecem valioso cabedal de informações

aos objetivos e finalidades da Medicina.

Os prolegômenos da Hatha Yoga são tão interessantes e úteis que vale a pena

conhecê-los e dedicar-lhes atenção. Até os grandes mestres tiveram de iniciar

por eles o seu aprendizado, pois sem alfabeto não há leitura. O primeiro passo da

Hatha Yoga nos ensina a arte de sermos sadios.

Primeiro que tudo, precisamos familiarizar-nos com o nosso corpo, embora não

teoricamente, como nos estudos da Anatomia. A Anatomia ensina-nos o que existe

no corpo humando e onde se encontra. Mas o verdadeiro conhecimento do corpo é

coisa inteiramente diversa. Significa, na hipótese de eu saber, por exemplo, onde

está o coração, que possa também descer a êle com consciência; posso sentir-lhe a

forma, as aurículas, os ventrículos e válvulas - tudo de maneira tão clara e positiva

que eu talves expressasse melhor a situação se dissesse: "Eu sou o meu coração".

E devo ser capaz de fazer o mesmo com o estômago, os intestinos, o fígado, os

rins e cada uma das fibras do corpo. Quem jamais praticou quaisquer exercício

de Yoga poderá, quando muito conhecer, dessa forma, o palato e o interior da

bôca. Entretanto, quem quiser tornar-seum Hatha Yoga deverá exercitar-se por

tanta maneira que seja capaz de dirigir a consciência às menores partes do corpo.

Chegado a êsse ponto, o passo seguinte consistirá em dirigir a consciência, unida à

vontade, às menores fibras do corpo.

Voltanto ao exemplo anterior, já não me basta poder penetrar o coração. O coração

há de subordinar-se à vontade, de sorte que me seja possível fazer circular o

sangue mais devagar ou mais depressa, à minha discrição. Isto não é impossível !.

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Assim como qualquer pessoa pode aprender a mover a língua, os dedos ou muitas

outras partes do corpo ao seu bel-prazer, qualquer um pode aprender também,

através da prática sistemática, a controlar cada parte do corpo. Até entre as

pessoas comuns, há produndas diferenças no tocante à extensão da consciência

dos seus corpos. Também há diferenças nascidas da profissão.

Os dedos de um pianista são muito mais independentes e conscientes do que os de

uma pessoa que nunca tenha tocado piano. Por que ? - porque o pianista tornou

mais conscientes os seus através de constantes exercícios. Quem estuda a Hatha

Yoga também pratica constantemente, dia após dia, ano após ano, com paciência

e persistência. Mas exercita-se em levar a consciência cada uma das partes do

corpo. Valerá isso a pena ? Sim ! Pois os resultados são admiráveis. Descobre em

si mesmo fôrças secretas que, a pouco e pouco, aprende a dominar. Aprende que

há duas correntes vitais ativas em seu corpo e que o completo equilíbrio de ambas

significa saúde perfeita.

Simultâneamente com a expansão da consciência, compreende o dfiscípulo

que tudo o que vive no tempo e no espaço está vivo por trazer em si mesmo

polaridade e ritmo. Começa a desvendar os segredos da criação. No momento em

que o princípio criador emerge do absoluto e se divide em dois, nascem os pólos

negativos e positivo, isto é, a polaridade. Entre ambos se estabelece a conexão de

pulsações, nasce o ritmo e principiam, emtão, as manifestações da VIDA.

Até nos cristais vamos descobrir a presença de um pólo positivo e outro negativo,

e encontramo-los em todos os níveis de expressões de vida. A polaridade e o ritmo

dão vida ao universo inteiro. Os movimentos de corpos gigantescos no espaço

infinito, como os seus planetas e satélites - até as manchas solares, o pulsar os

corações dos sêres vivos, o nosso respirar e ser, tudo isso ocorre num ritmo que

nasce da polaridade. Alternam-se, rítmicas, correntes positivas e negativas em

completo equilíbrio.

Na mitilogia indiana, o ritmo que atua em todo o universo é simbolizado pela

imagem dançarina do deus Shiva. A dança é uma manifestação de ritmo.

A nossa Terra também tem dois pólos, e nós humanos, que nascemos do pó e ao

pó retornamos, trazemos igualmente a polaridade dentro de nós, a saber, um pólo

positivo e outro negativo. O positivo localiza-se na parte superior do crânio, no sítio

em que os cabelos formam um redemoinho e é facilmente encontrado na cabeça

de uma criança. O polo negativo encontra-se no cóccix. ou seja, a última vértebra.

Entre ambos circula uma corrente de freqüência extremamente alta e curtíssimo

comprimento de onda. Essa tensão é a VIDA!

O veículo da vida é a coluna vertebral

Querendo manifestar-se, expandiu-se a Vida até à vértebra mais alta da coluna

vertebral e converteu-a num crânio. Converteu o fino material de que êle se

compõe em condutor de corrente e deu-lhe habilidade para expressar inteligência

e sentimentos. Dessarte, veio a existir o cérebro. Através desse material a vida

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quir ver, ouvir, cheirar e sentir. Assim evolveram or órgãos dos sentidos: olhos,

ouvidos, nariz, bôca e nervos sensitivos. A fim de mover-se no espaço e poder agir

criou pés e mãos, para que essa criatura pudesse continuar a existir e proporcionar

um substituto em caso de deterioração, criou os vários órgãos de reprodução e

propagação. O sistema nervoso serve de transmitir a corrente vital.

Teoria e Prática do Yoga

Yoga é uma antiga filosofia de vida que se originou na Índia há mais de 5000 anos. Não obstante, ele figura ainda hoje em todo o mundo como o mais antigo e holístico sistema para colocar em forma o corpo e a mente. Literalmente, Yoga significa união, pois ele une e integra o corpo, a mente e nossas emoções para que sejamos capazes de agir de acordo com nossos pensamentos e com o que sentimos. O Yoga nos induz a um profundo relaxamento, tranqüilidade mental, concentração, clareza de pensamento e percepção interior juntamente com o fortalecimento do corpo físico e o desenvolvimento da flexibilidade. O Yoga promove também o bem-estar físico, emocional e mental do indivíduo.

Nesta fase trataremos de uma forma mais profunda das etapas básica do Yoga que estão dispostas baixo:

As Oito etapas do Yoga:

I – Restrições Ou Abstenções (YAMAS)

Não-Violência (ahinsa)

Não Mentir (satya)

Não Roubar (asteya)

Equilíbrio Sexual (brahamacharya)

Não Desejar o Desnecessário (aparigraha)

II – Deveres ou Observâncias (NIYAMAS)

Purificação (sauchan)

Contentamento (santososha)

Austeridade (tapas)

Auto-análise (svadhyaya)

A união absoluta com a suprema realidade (iswara-pranidhana)

III – Posturas ou Posições (ÁSANAS)

IV – Controle da Respiração Vital (PRANAYAMAS)

V – Introspecção dos Sentidos (PRATYAHARA)

VI – Concentração Absoluta (DHARANA)

VII – Meditação Pura (DHYANA)

VIII – Iluminação Superior ou Êxtase (SAMADHI)

YAMAS

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Nesta etapa vamos encontrar as características referentes aos conceitos morais e éticas, tais como: não ser violento (ahinsa), não ser mentiroso (satya), não roubar (asteya), praticar o equilíbrio sexual (brahamacharya) e não cobiçar (aparigraha). Todos estes preceitos também valem para o ato dos pensamentos. Ao nos aprofundarmos sobre cada tema, concluiremos que a extensão dos mesmos é muito mais ampla do que pode parecer, ultrapassando os simples domínios da compreensão humana e chegando aos planos mais sutis da matéria, ou ainda, indo sob determinados aspectos até atingir planos mais elevados, gerando a própria lei de ação e reação da antimatéria.

A NÃO VIOLÊNCIA (AHIMSA)

É um dos ensinamentos mais marcantes e uma das virtudes mais belas e profundas. Como perfeição, a não-violência absoluta só poderá ser atingida pelos iniciados e pelos iluminados, mas como forma de ação poderá ser realizada por todos e qualquer ser, em relação a todos os outros seres, não importando as condições pessoais, sociais, religiosas, morais ou culturais, pois a não-violência é superior a tudo isto e situa-se muito além da razão normal do ser humano, daí contida em um plano superior.

A não-violência pode ser vista ou considerada como uma linha reta da geometria e só pode ser realizada na prática, jamais na teoria. Por exemplo: todos os seres ou criaturas obtêm seu sustento através de algum meio de violência. Alguns destroem vegetais, outros destroem animais, porém em virtude dos animais possuírem formas de vida mais elevadas do que os vegetais, a destruição de um animal é uma violência muito maior do que a destruição de um vegetal.

Este é apenas um caso em relação à matéria, dentre as inúmeras formas de violências praticadas, que vão desde os atos comuns do cotidiano no lar, no trabalho, na escola, na rua, até as atitudes ou atos invisíveis representados pelo pensamento ou pelas vibrações de caráter negativo. Conseqüentemente, a prática da não violência é um dos principais requisitos para a solução dos maiores problemas que afligem a humanidade.

NÃO MENTIR (SATYA)

É o preceito situado além e acima do tempo e do espaço. A verdade sobre este ponto de vista, representa muito mais que a sinceridade comum e a realização da mesma não constituem sacrifício em momento algum, não existe realização maior que a da verdade e erro pior que a falsidade. Porém, quando a tradição dos conceitos naturais afirma que todas as virtudes não passam de características isoladas da verdade, ou que o discernimento está embasado na mesma, considera como verdade algo muito mais abrangente que a verdade comum.

O absoluto é a mais alta realidade e a fonte de todos os valores eternos e infinitos, tais como a retidão, a justiça absoluta, a beleza e a própria verdade. Desta forma, a verdade (satya) significa ser absoluto, representando a real natureza no conhecimento, na justiça e no conjunto das chamadas relações sociais.

A verdade encerra, em seu conteúdo, as chaves que abrem as portas para um progresso infinito das ciências, das artes, da moralidade e da justiça social. Sua contemplação pura muito nos afasta dos nossos limitados conceitos de vida e de comportamento, social, coletivo ou individualmente falando. A prática da verdade, por todos os caminhos que nos conduz, é indispensável à reintegração do homem a terra, e desta ao cosmos. Seus códigos de ética e suas leis abordam apenas reflexos da verdade, isto é, algumas expressões parciais, já que a mesma contém

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um aspecto amplo, profundo e absoluto. Se considerada como a virtude essencial, a verdade deverá conter em seu bojo são somente a honestidade e a sinceridade, mas também uma análise profunda e paciente de todo e qualquer fato, uma apreciação da natureza deste para poder chegar a uma expressão aproximada da realidade absoluta e única em que se resume o Universo em sua totalidade.

Em geral, dentro dos conceitos do yoga, sempre iremos encontra a não-violência extremamente ligada ao conceito de não mentir. São conceitos que andam junto e representam as mais altas virtudes humanas.

O NÃO ROUBAR (ASTEYA)

Este também deve ser encarado em toda a sua plenitude e não somente dentro de seu contexto específico. Exemplificando, não se pode considerar como ladrão apenas quem rouba um objeto material, pois aquele que procede de forma a abstrair do próximo o que não lhe é devida, seja numa transação comercial, ou em casos semelhantes, não deixa de ser considerado um ladrão.

Dentro desta visão, este conceito irá se ampliando e ganhando novas formas, que tanto podem ser aplicadas ao homem comum quanto àquele que ocupa um lugar de destaque na sociedade, concentrando amplas responsabilidades. Portanto, o conceito de não roubar segue uma escala diretamente ligada à retidão de todos os atos, estando intimamente relacionado aos conceitos da não violência e do não mentir. Esta tríade, enfim, constitui a base do progresso científico, moral e sócio-cultural de qualquer povo, de qualquer nação.

O EQUILÍBRIO SEXUAL (BRAHMACHARYA)

Neste conceito encerra-se uma grande parte do princípio da espiritualidade, desde que respeitadas e observadas as questões referentes ao não radicalismo, ao não sectarismo e ao verdadeiro equilíbrio sexual. Logo, primeiro virão o conhecimento perfeito e o discernimento destas ações e somente após as práticas mais profundas e desenvolvidas, as quais exigem quase uma perfeição real e divina do ser humano.

O NÃO COBIÇAR (APARIGRAHA)

É um dos preceitos que estão totalmente dentro dos domínios da vontade e do autocontrole. Haja vista que a vontade é, ao mesmo tempo, instrumento de ação e de reação, ela tanto pode ser acionada inconscientemente, em relação à cobiça e ao desejo que são formas aproximadas de se querer alguma coisa, como também pode ser acionada como instrumento de autocontrole, de forma consciente.

NIYAMAS

Nesta etapa prática, vamos encontrar as características e os preceitos que já estão alem da moral e da ética, envolvendo diretamente os aspectos mais íntimos e profundos da natureza humana. São também em número de cinco estas virtudes: a Purificação (sauchan), Contentamento (santososha), Austeridade (tapas), Auto-análise (svadhyaya) e a união absoluta com a suprema realidade (iswara-pranidhana).

preceitos ou virtudes extrapolam o conceito material da natureza humana indo situar-se nas profundezas do ser.

A PURIFICAÇÃO (SAUCHAN)

Implica, diretamente, tanto na pureza do corpo, como na pureza da mente e do espírito. No campo da ética, tanto em pureza moral, como em pureza conceitual,

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uma é sempre preliminar à outra e vice-versa. Todas as atitudes, as normas e as regras prescritas ou elaboradas em relação ao comportamento de modo geral, deverão sugerir as três citadas características da pureza, corpo, mente e espírito, caso contrário ficarão incompleta.

Iniciando pela matéria, temos a alimentação diária que passa despercebida por quase todos. Se levarmos em conta a espiritualidade de um homem comum, seja ele vegetariano, carnívoro, frutívoro ou de outra linha alimentar, a pureza da matéria que forma seu corpo é resultado direto daquilo que lhe serve de alimento no seu dia a dia. Levando isso a um campo ainda mais amplo, devem-se incluir também os aspectos de higiene e pureza corporal que são preliminares a pureza mental. Segundo o conceito de pureza (sauchan), higiene e alimentação não vêm seguidas às formas devocionais, mas são partes integrantes das mesmas, em todos os sentidos. Se se torna uma atitude ou uma ação destas independentemente da outra, perdem-se grande parte de suas essências. Por conseguinte, a pureza envolve tanto o aspecto externo como o aspecto interno, indo atingir os próprios domínios da mente. As atitudes e ações referentes à retidão, à franqueza, à inocência à ausência de pensamentos negativos caracterizam assim a pureza mental. O cultivo destas atitudes, de modo espontâneo, leva-nos à própria pureza espiritual e ao segundo conceito, denominado contentamento.

O CONTENTAMENTO (SANTOSHA)

Tem peculiaridades todas especiais. Há que considere a sua falta como um dos grandes males da humanidade , já que o ser humano dá mostras de nunca estar contente ou satisfeito como que possui, desejando sempre mais e mais. Isso vai criando em seu interior um desejo de posse e de apego que longe de elevá-lo a planos de vida mais dignos, ao contrário, vai condicionando-o à matéria grosseira.

A partir do momento em que o indivíduo passa a contentar-se com o que possui e com os resultados de suas ações, seja do trabalho ou da sua vida familiar e social, seu interior irá se acalmando, sua mente se tornará mais tranqüila e sua vida refletirá uma calma profunda. O espírito ficará em paz, tanto em relação ao mundo exterior como interior. Deve-se ter em mente que a verdadeira virtude do contentamento será expressa em seu próprio conceito.

AUSTERIDADE (TAPAS)

É uma das fases mais elevadas da evolução do ser humano, pois está representada pelo autodomínio e pelo desapego. Devemos, portanto, não apenas superar e vencer o que é nocivo à vida em todos os sentidos, como também ser independentes em relação às coisas boas. Um exemplo disso são as nossas afeições familiares, o nosso amor ao próprio lar e aos amigos, aos quais devemos e podemos manter sem nos apegarmos cegamente a eles. A austeridade sob este ponto de vista, ainda situa-se em um conceito primário, uma vez que atinge estágios muito amplos e abrangentes. Por isso não podemos, estar vinculados aos objetos particulares de nossos sentimentos comuns. Temos que superar essas barreiras, caminhando para frentes, em direção às coisas dos planos superiores, quando a austeridade poderá ser acionada em todos os instantes da vida.

A austeridade pura leva as normas e regras de retidão absoluta na maneira de viver; deve-se observa-la estritamente e delas jamais separar-se, o que poderá levar a pessoa a ser virtuosa ou não, embora a austeridade por si só já seja uma grande virtude.

A AUTO-ANÁLISE (SVADHAYA)

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Também se situa como todos os outros preceitos, tanto no campo físico como no mental e no espiritual. Haja vista que a análise da mente e do espírito é muito mais sutil que a análise da matéria, em sua representação física, o indivíduo deverá estar sempre atento em relação as suas atitudes, seja com respeito à sua alimentação e as suas bebidas, seja com relação aos que rodeiam ou mesmo a si próprios.

O ego, personalizado pelo orgulho, pela hipocrisia e intolerância, se não reconhecida de imediato pode ser facilmente confundido ou tomado por ato virtuoso. Assim sendo, auto-análise representa a atenção constante de tal modo que os deslizes sejam combatidos em todos os níveis sempre identificados. Isso implica uma série de outros preceitos, tais como: a paciência, a tolerância, a modéstia, a humildade, o auto-sacrifício e o próprio desprendimento. Quando o ser lança mão de suas atitudes de todos esses preceitos virtuosos, conservando uma atenção constante sobre seus atos, estará então realizando uma verdadeira forma de auto-análise

A UNIÃO ABSOLUTA COM A SUPREMA REALIDADE (ISWARA-PRANIDHANA)

Como já expressa o termo, envolve aspectos que transcendem a realidade comum da vida do ser, elevando a estágios mais espirituais. Sem dúvida que ao atingir esta etapa o ser humano já deverá ter passado por todas as outras fases anteriores, criando para isso a base e o alicerce necessários, sem os quais não poderá cultivar o máximo de sua devoção espiritual.

Ao fim destas dez virtudes ou preceitos iniciais do yoga, englobados nos dois conceitos de restrições (Yamas) e deveres (Niyamas) cabe tecer algumas considerações para melhor compreensão. Realmente são bem poucos os que compreendem a validade de tais preceitos aplicados a vida comum, mesmo porque eles dependem das circunstâncias e não é assim tão simples afirmar-se quando um deles deixa de ser uma virtude. Por exemplo, podemos citar que a firmeza muitas vezes passa por obstinação e a coragem por desrespeito, a não violência por covardia, e o auto domínio por violência consigo mesmo e assim por diante. Conseqüentemente os preceitos e as virtudes não podem de modo algum, transformar-se em simples formas de comportamento do mundo concreto, mas sim em procedimentos de características reais e verdadeiras. O ser humano muito freqüentemente tem que agir por si só, decidir-se sozinho sobre o que é justo, verdadeiro e válido nas circunstâncias diferentes, que vivencia.

Observação: Um sábio (rishi) as despedir-se de um discípulo adverte-o quanto a conduta que deverá assumir dali para frente: "caso lhe surjam dúvidas ou questionamentos com relação a sua conduta ou a alguma ação, deverá conduzir-se sozinho, assim como procedem aqueles que têm a capacidade de discernimento, pois são capazes e sinceros e não simples observadores de virtudes."

MANTRAS

A palavra mantra provém do sânscrito e tem muitas diferenças sutis de significado "instrumento da mente", "linguagem divina" e "linguagem da fisilogia espiritual humana" são apenas algumas de suas conotações. O mantra é um instrumento para curar os problemas que todos nós enfrentamos na vida. Como afirma o mestre místico sufi Vilayat Inayat Khan: "A prática do mantra literalmente amassa a carne do corpo com a repetição de sons. As células delicadas dos complexos feixes de nervos são submetidas a um martelar constante, um ataque à carne pelas vibrações do som divino".

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A prática do mantra pode ajudar você a se sentir mais calmo e energizado. Pode ajudá-lo a lidar com situações difíceis ou desagradáveis, propiciando uma idéia do que fazer ou ajudando-o a ter paciência e perspectiva para simplesmente deixar que as coisas aconteçam. Pode ajudá-lo a realizar seus desejos e transformar seus sonhos em realidade. O mantra é um método pessoal ativo e pacífico de enfrentar as situações que você deseja mudar. São fórmulas antigas de sons divinos registrados pelos antigos sábios da Índia e mantidos em confiança e segredos durante séculos, tanto na Índia como no Tibete.

Mas o mantra não é nenhuma panacéia. Não é o único nem o melhor meio de resolver todos os problemas humanos. Sua vida e seu karma – o efeito acumulado de todos os pensamentos e atos de muitas encarnações – são demasiadamente complexos para serem dominados inteiramente por algumas semanas de trabalho com fórmulas espirituais, por mais poderosas que elas possam ser. Mas a prática do mantra pode solucionar totalmente muitos dos problemas que enfrentamos e proporcionar alívio considerável a outros.

A VIDA E OS DESEJOS

A prática de mantras pode ajudar você a lidar com os problemas e necessidades materiais da vida. Todos nós queremos ou necessitamos de algo, ou desejamos realizar mudanças em nossa vida. Algumas pessoas querem encontrar um parceiro. Outras estão em busca de um novo trabalho ou carreira. Muitos de nós já tivemos problemas de saúde ou conhecemos alguém que tenha. Todos nós passamos por dificuldades financeiras em uma ou outra fase da vida. Temos desejos que podem ser tão simples como a compra de um carro novo ou tão complexo como aparar as arestas nas relações familiares.

Muitos de nós também queremos ajuda para lidar com emoções e conflitos interiores. Deparamo-nos com situações que provocam reações automáticas que gostaríamos de evitar. Ficamos frustrados, tristes, furiosos e enciumados. Às vezes, nossas reações podem ser mais problemáticas do que as situações que as provocaram. Algumas palavras ditas com raiva podem causar danos enormes a uma relação de amizade ou de amor. A depressão pode tornar-se tão profunda que afasta todos e tudo de nós. Os anseios e as obsessões nos isolam. A prática dos mantras pode ajudá-lo a obter clareza tanto com respeito ao propósito da sua vida quanto de si mesmo.

Às vezes, gostaríamos simplesmente de poder ajudar os outros, mas não sabemos exatamente como. Um membro da família ou colega de trabalho passando por alguma dificuldade, ou gostaríamos de poder dar uma contribuição para melhorar a comunidade ou o mundo em que vivemos – se apenas soubéssemos o que fazer. A prática de mantras pode ajudá-lo a encontrar o meio certo de promover mudanças efetivas.

O instrumental relativamente simples do mantra pode ajudá-lo a enfrentar todas as situações e desafios que você tem diante de si. Mesmo sendo de origem antiga, ele pode ser aplicado a praticamente todos os problemas atuais como bons resultados.

AS COMPLICAÇÕES DOS MANTRAS

Os estudiosos modernos e o sacerdotes védicos divergem quanto à época em que os mantras foram registrados por escrito. Alguns eruditos datam os primeiros registros por escrito das quatro escrituras védicas de 1000 a.C., embora a versão mais antiga existente do Rig Veda seja datada só no século XIV da nossa era. No

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entanto, em The Principal Upanishads, o respeitado sábio S. Radhakrishnan, citando The Religion of the Vedas de Bloomfield, afirma: "Os Vedas não apenas constituem o mais antigo monumento literário da Índia, mas também a mais antiga literatura dos povos indo-europeus, anterior à da Grécia ou de Israel." Os mais antigos hinos e mantras contidos no Rig Veda são tradicionalmente datados como sendo de 1500 a.C. e possivelmente até mesmo antes e 4000 a.C.

Os sacerdotes hindus afirmam categoricamente que os registros por escrito dos mantras são muito mais antigos do que acreditam as autoridades acadêmicas. A história popularmente aceita dos mantras, que até hoje é transmitida por uma tradição oral ensinada nos templos hinduístas, situa o primeiro escrito na época do Mahabharata, cerca de um milênio antes de Cristo. E os mantras sanscríticos já existiam pelo menos dois mil anos antes nos mitos, fábulas e lendas.

Os ensinamentos védicos eram originalmente reservados à classe dos sacerdotes, e seus rituais, assim como os próprios Vedas e os mantras contidos neles, foram transmitidos oralmente por milhares de anos. Depois de passados oralmente de geração em geração, os mantras foram pela primeira vez escritos em sânscritos sobre folhas de palmeiras, para que pudessem ser preservados. Os primeiros "bibliotecários" eram famílias que se dedicavam à preservação desses mantras por escrito. Catalogados por assunto, utilidade e efeito, os mantras eram meticulosamente guardados e protegidos da ação dos elementos. Quando as folhas de palmeiras ficavam quebradiças ou mofadas, os mantras eram recopiados em folhas novas enquanto ainda legíveis.

Com o aumento do número de mantras compilados nem mesmo famílias inteiras conseguiam dar conta da necessidade de recopiá-los para preservar a biblioteca. Para dar conta do crescente acúmulo de novos mantras, foram feitos resumos de algumas partes. Esses resumos condensavam estantes inteiras de informações em um punhado de folhas. Isso funcionava por muitos séculos até o acúmulo voltar a ficar excessivo. Então os conteúdos eram novamente sumarizados. Passavam-se outras tantas centenas de anos e o ciclo voltava a se repetir. Ao longo de todos os vários milênios de compilação dos sumários, certas partes eram consideradas tão importantes que nunca foram resumidas, mas mantidas intactas.

Esses ensinamentos hindus de inspiração e introvisão seguiram um percurso semelhante da transmissão oral para a transcrição em sânscrito. Os Upanishades são os resumos dos resumos dos resumos dos ensinamentos criados há muitos milhares de anos. Os upanishades contêm os Cantos da Floresta, ou Aranyakas, e os Brahmanas, que são fragmentos de obras maiores, extraviadas. Os quadro Vedas sobreviveram quase intactos e na íntegras: Rig Vedas, Artharva Veda, Yajur Veda e Sama Veda. Em certo sentido, os Vedas e os Upanishades são todos coletâneas de mantras sanscríticos reunidos com a intenção de transmitir idéias atemporais a respeito de uma ampla variedade de assuntos.

A quantidade de informações contidas até mesmo nesses sumários fragmentados é espantosa. Um sistema completo de medicina está contida no Artharva Veda – sistema que a medicina ocidental só recentemente começou a reconhecer como válido. No Rig Veda, questões espirituais de cosmologia e desenvolvimento pessoal são expostas em fórmulas e práticas místicas grandiosas. Entre o ano 1000 a.C. e o final do primeiro milênio da era cristã, sábios, eruditos e místicos, como Patañjali (200 a.C.), Shankaracharya (800 d.C.) e outros introduziram práticas ainda mais específicas para o desenvolvimento espiritual e a solução de problemas. É por esses instrumentos que o sânscrito recebeu o título de Deva Língua ou "linguagem dos

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deuses", indício de que até mesmo os mortais podem comungar com os deuses e tornar-se iguais a eles: poderosos e imortais. O primeiro requisito, entretanto, é aprender a "falar a língua" e, com isso, usar o poder que ela contém. O mantra é a linguagem pela qual invocamos os deuses e suas energias.

A DEVA LÍNGUA

Embora os mantras, os Vedas e os Upanishades sejam todos escritos em sânscrito, essa língua não é mais falada nas conversas corriqueiras. Como o sânscrito não é falado amplamente entre a população em geral de nenhum país, ele é tecnicamente classificado como uma língua "morta". No entanto, todas as práticas religiosas e tradições hinduístas são ensinadas, conduzidas e transmitidas em sânscrito. A maioria das práticas budistas que fazem uso da palavra expressa continua mantendo o grosso de seu conteúdo em sânscrito. Todos os Swamis e mestres indianos que vieram para o Ocidente praticam sistemas de desenvolvimento pessoal derivados de textos em sânscrito. De maneira que considerar o sânscrito uma língua morta é não levar em conta as práticas diárias de muitos milhões de pessoas.

Além disso, muitas línguas ocidentais, que os dicionários costumam classificar como indo-européias, tem raízes sanscríticas. O sânscrito merece realmente seu outro título, o de "Mãe das Línguas" (ou Língua Mãe), como os eruditos a denominam. Em sânscrito mata é "mãe" e pitra, "pai", palavras evidentemente próximas das latinas matere pater. As línguas românicas (espanhol, italiano, português, francês e romeno) são derivadas do latim, que por sua vez é derivado do sânscrito, que foi falado por muitos séculos antes do surgimento do latim.

ALGUMAS VERDADES FUNDAMENTAIS A SEREM LEMBRADAS

COM RESPEITO AOS MANTRAS

1. Os mantras são sons de base energética. As palavras usadas nas conversas derivam seu poder do significado que contêm. O mantra deriva seu poder do efeito energético produzido por seu som. Recitar um mantra produz uma determinada vibração física em forma de um som que, por sua vez, produz vários "efeitos energéticos" nos corpos físicos e sutil.

2. Os mantras são também sons provenientes dos chakras. Cada uma das cinqüenta letras do alfabeto sânscrito corresponde a uma das cinqüenta pétalas dos seis chakras, da base da coluna à fronte. O mantra sanscrítico transmite vibrações para as letras contidas nas palavras do mantra, que energizam a pétala e atraem a energia espiritual da atmosfera circundante para a pessoa que está recitando o mantra. Dessa maneira, o mantra afeta tanto o seu corpo físico quanto sua consciência espiritual. E a pessoa literalmente cresce, espiritual e fisicamente.

3. O mantra - combinado com a intenção – aumenta os benefícios físicos e espirituais. Quando combinamos a energia física do mantra, a vibração sonora, com a energia mental da intenção e da atenção, aumentamos, fortalecemos e direcionamos o efeito energético do mantra. A intenção, a razão de estarmos recitando o mantra, é transmitida pela vibração física, produzindo um efeito. Essa é a essência do mantra sanscrítico.

4. Os mantras só podem ser expresso em palavras de forma aproximada. Se queremos dizer a uma criança pequena que ela não deve tocar no forno, procuramos explicar a ela que o formo queima. Entretanto, palavras não bastam para passar a experiência. Somente o ato de tocar no forno e ser

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queimado define o verdadeiro significado das palavras "quente" e "queimar", quando relacionadas com "forno". Em essência, não existe nenhuma linguagem que traduza a experiência de ser queimado. O mesmo acontece com os mantras. A única verdadeira definição é a experiência que o mantra acaba produzindo na pessoa que o pratica. No entanto, da "vidência" original de um determinado mantra até as experiências partilhadas de maneira idêntica pelas pessoas que o usaram posteriormente, o mantra vai ganhar uma "definição baseada na experiência", ou seja, ela vai ficar conhecido pelos efeitos que produz.

5. O mantra energiza o prana. Prana é a energia essencial que pode ser transferida de uma pessoa para outra. Certos terapeutas operam através de uma transferência consciente de prana; um terapeuta de massagem habilidoso, por exemplo, pode muitas vezes transferir prana com efeitos benéficos. A autocura também é possível através da concentração de prana em órgãos específicos. Quando recitamos um determinado mantra visualizando um órgão interno banhando em luz, o poder do mantra pode concentra-se nesse órgão com efeito positivo. O ato de visualizar, nesse caso, funciona como intenção, foco e direcionamento da energia produzida pelo mantra.

6. Os mantras produzem energias comparáveis à do fogo. O fogo pode cozinhar sua comida ou incendiar uma floresta. É o mesmo fogo. Os mantras, também invocam energias poderosas e, por isso, devem ser tratados com respeito. Existem certar formular tão poderosas de mantras que têm de ser aprendidas e praticadas sob supervisão cuidadosa de um instrutor qualificado. Essas são mantidas como segredos bem guardados e não deixaram o Extremo Oriente. Os mantras que são amplamente usados no Ocidente são perfeitamente seguros para serem praticados diariamente, mesmo com intensidade.

OS MANTRAS E A TRANSFORMAÇÃO DA CONSCIÊNCIA

A consciência humana existe simultaneamente em muitos níveis. Na realidade, é uma complexidade de estados de consciência distribuídos pelos corpos físicos e etéricos. De fato, cada órgão do corpo tem uma consciência primitiva própria que lhe permite desempenhar certas funções específicas. Cada órgão é também parte de um sistema. Os sistemas cardiovascular, reprodutivo, digestivo e nervoso, todos incluem órgãos funcionando em estágios um pouco diferentes de um mesmo processo. Níveis semelhantes de funcionamento e estados de consciência existem também no corpo sutil.

Quando recitamos mantras, desencadeamos uma vibração poderosa que corresponde tanto a um nível específico de energia espiritual quanto a um estado de consciência de forma embrionária. Aos poucos, a vibração do mantra começa a superar todas as vibrações menores. Essas acabam sendo absorvidas pelo mantra. Depois de um tempo, cuja extensão varia de pessoa para pessoa, a grande onda vibratória do mantra silencia todas as outras vibrações no interior de determinados órgãos e sistemas. Finalmente, a pessoa estará em perfeita harmonia com a energia e o estado espiritual representados pelo mantra contido nele.

A prática de mantra sanscrítico aumenta a vitalidade e a capacidade de utilização de energia pelos chakras no nosso corpo etérico e pelos órgãos de nosso corpo físico. À medida que vamos nos aperfeiçoando como praticantes de mantras, novas experiências podem nos ser proporcionadas. Certas pessoas podem começar a ver auras – as faixas de luzes coloridas que envolvem cada um de nós como uma auréola. Outras podem perceber a entrada de uma energia misteriosa pelas mãos

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ou pelos pés. E que a intuição começa a ficar muito mais aguçada.

Assim como existe uma grande variedade de habilidade humanas, existem também uma grande diversidade de aplicações para essa nova energia disponível. Muitos de nós terão seus males físicos curados, condições de vida indesejadas alteradas e karmas negativos eliminados.

Durante toda a nossa vida, a energia vital do prana perpassa o nosso sistema bioespiritual. Os chakras rodopiam, recebendo e distribuindo energia, e os órgãos físicos desempenham suas funções como a energia disponível.

Exatamente como a prática de mantra purifica e energiza o corpo, a repetição dele tem um efeito similar no corpo sutil. Mesmo a recitação de uma mantra em voz extremamente suave afeta os chakras que correspondem aos centros nervosos do corpo físico. O simples fato de pensar num mantra – pronunciando-o mentalmente em silêncio pode estimular o processo de remoção de impurezas espirituais, energizando os chakras e queimando os karmas.

Abrandar problemas de artrite reumatóide

Om Sri Shanaishwaraya Om e saudações a Saturno, o planeta das lições.

Ajudar o homem a encontrar uma companheiraNarayani Patim Dehi Shrim Klim Parameshwari Ó, poder da verdade, por favor, permita-me atrair uma companheira que seja portadora da suprema energia feminina que manifesta a abundância e a criatividade.

Astanga Yoga MantraOm Vande Gurunam charanáravinde Sandarshita svatma sukhava bodhe Nih sreyase jangalikayamane Samsara halahala mohasantyai Abahu purushakaram Sankhachakrasi dharinam Sahastra sirasam svetam Pranamani patanjali Om Saúde os pés de lótus do mestre Que ensina o justo saber e mostra O caminho para o despertar da alma; Aquele que está além das comparações E que, como o médico da selva, Extrai da consciência o veneno da ignorância. Inclino-me frente ao sábio patanjali, Que tem forma humana na parte superior do corpo,

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Que segura uma espada, uma concha e um disco, E que está coroado por uma serpente de mil cabeças

Curar fibromialgia

Om Sri Shanaishwaraya Swaha (para o baço) Om Gum Ganapatayei Namaha (para remover os bloqueios energéticos) Om e saudações a Saturno, o planeta das lições. Om e Saudações àquele que remove obstáculos do qual Gum é o som Seminal.

Desenvolvimento espiritual

Om Nama Shivaya

Este mantra Siddha faz uso dos elementos universais que regem os chakras: a terra, a água, o fogo, o ar e o éter. As sílabas Na, Ma, Shi, Va e Ya ajudam cada chakra a utilizar melhor os elementos fundamentais que predominam nele. Aquele que é um Siddha é um ser perfeito. Este mantra o conduz eficazmente para sua maturidade espiritual. Este mantra é, portanto, parte da tradição do mundo do Aperfeiçoamento do Veículo Divino, que se refere ao corpo humano com todos os seus níveis brutos e sutis.

Esvaziar a mente

Hung Vajra Peh Pela força de vontade, pela palavra expressa, eu invoco a trovoada da minha mente.

Mantra Gayatri

Om Bhur bhuvassuvah Tat saviturvarenyam Bargo devasya dhimahi Dhiyo yo nah prachodayaat Om Contemplemos a luz que ilumina os planos mortal, astral e divino. Meditemos sobre o esplendor brilhante do Deus Sol. Que Ele ilumine nosso intelecto, nos guiando e inspirando para que possamos fazer a ação correta na hora certa.

Guru Puja (oferenda ou entrega ao Guru)

Om Guru Brahma guru vishnu Guru devo maheshvarah Gurudeva parama brahma Tasmae shri gurave namah

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Eu saúdo o amável guru que é Brahma, o criador O Guru é Vishnu, o mantenedor O Guru é Maheshvara (shiva), o destruidor, O Guru é a própria Consciência Suprema A este mestre divino, eu saúdo.

Harmonizar a relação

Hrim Shrim Klin Parameshwari Swaha Saudações ao Feminino Supremo. Que esse princípio da abundância que oculta a natureza da realidade suprema seja atraído para mim.

Invocação da paz

Sahanavavatu Saha nau bhunaktu Saha viryam Karavavahai Tejasvinavadhitamastu ma Vidvisavahai Om Shanti Shanti Shanti Que Ele nos proteja Que Ele nos faça apreciar (a realidade) Que nós tenhamos muita energia Que nosso estudo tenha muita luz Que nós jamais nos desentendamos Que haja paz, paz, paz

Lyengar Yoga Mantra

Om Om Om Yogena chittasya padena vacham Malam sharirasya cha vaidyakena Yo pakarotam pravaram muninam Patanjalim Pranja lira natosmi Abahu Purushakaram Shankhachakrasi Dharinam Sahastra Shirasam Svetam Pranamani Patanjalim Hari om Vamos nos curvar diante dos mais nobres dos sábios, Patanjali Que nos mostrou a yoga para a serenidade e santidade da mente A gramática para a clareza e pureza da fala e a medicina para saúde perfeita Inclino-me frente ao sábio patanjali, Que tem forma humana na parte superior do corpo,

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Que segura uma espada, uma concha e um disco, E que está coroado por uma serpente de mil cabeças

Mangala Mantra

Om Swasti praja bhyah pari pala yantam Nyá yena márgena mahi mahishaha Go brahma nebhyaha shubamastu nityam Loká samastá sukhino bhavantu Om Shanti Shanti Shanti Que a prosperidade seja glorificada, Que os governantes nos governem com justiça, Que todas as coisas sagradas sejam protegidas, Que todos os seres, de todos os lugares, sejam livres e felizes, e que eu possa, com meus pensamentos e minhas ações contribuir para este objetivo. que haja paz, paz, paz

Mantra Aham Prema

Aham Prema - Eu sou o Amor Divino.

Mantra ao sol para a cura dos olhos

Om Grinihi Suryaya Adityom - Om e saudações Àquele que brilha e cura os olhos.

Mantra bandagem para criar uma nova pele

Om Shanti Om - Om, Paz Dinâmica, Om.

Mantra da abundância

Om Shrim Maha Lakshmiyei Swaha

Om, como você deve lembrar, é o som seminal do sexto chakra, onde as energias masculina e feminina se encontram no centro situado na fronte. Com Omrepresenta uma conjunção de vontade e som, ele é comumente usado como um prefixo a todos os tipos de mantras. Dos milhões de mantras que surgiram no Extremo Orientre nos últimos cinco mil anos, mais do que 95% deles começam com Om.

Shrim é o som seminal que corresponde ao princípio da abundância, representado pela deusa Lakshmi no panteão hinduísta. Comumente ela é vista sentada ou de pé sobre uma flor de lótus, extraordinariamente bela, com uma corrente de moeda escorrendo da mão. Atrás da mesa, elefantes brincam, com as tronbas erguida. O elefante é um símbolo tradicional da boa sorte e as trombas erguidas indicam uma tendência para conservar a boa sorte e não deixá-la cair no chão.

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Maha significa "grande". Neste contexto, denota tanto quantidade como qualidade. Quando falamos aqui na qualidade da abundância, estamos nos referindo à sua harmonia com o dharma ou lei divina. Abundância de qualquer outra espécie é mais um fardo do que uma bênção. Imagine, por exemplo, quealguém lhe dê de presente uma grande quantidade de dinheiro. Você tem então recursos financeiros em abundância - mas se o dinheiro foi roubado você pode ser envolvido no crime. O prefixoMaha tem a intenção de eviktar esse tipo de dificuldade.

Lakshmi, repetimos, é o princípio da abundância. Essa deusa é uma força feminina tão poderosa que o uso contínuo de seu nome sanscrítico gera grande energia criativa. Porém, mais simplesmente, ela é a personificação da abundância. Ela leva erguida atocha da prosperifade em todas as suas formas e para todos os seres.

Swaha, neste contexto, significa "Eu Saudo". Também está relacionado com a manifestação da energia do chakra do plexo solar. Os mantras existem nas formas masculinas, femininas e neutra, Aqui, Swaha indica uma terminação feminina.

Este mantra pode ser usado para se obter abundância em quase todas as forma. Se puder, comprometa-se com um programa de quanrenta dias. É melhor reservar trinta minutos mais ou menos por dia para recitá-lo em silêncio. Das outras vezes, repita o mantra o mais freqüebntemente possível. Quando tiver um problema relacionado com a abundância, lembre-se de que a natureza genérica do mantra fará imediatamente q]com que os chakras comecem a processor novos níveis de energia. A kundalini começará a transmitir a energia relacionada ao princípio que você estiver invocando com o mantra. Você estará atraindo energia de seu entorno espiritual, mas terá também de focalizar seus esforços mentais para ter clareza do que deseja. Com diz o ditado, "Devemos tormar cuidado com o que pedimos, pois podemos consegui-lo".

Mantra da água

Oushadhim Jahnavi Toyam Vaidyo Narayana Harihi A água tocada pelo Espírito de Deus é o melhor remédio, porque Deus é o melhor médico.

Mantra da boa sorte

Om Sharavana Bhavaya Namaha Om e saudações ao filho de Shiva, que traz sucesso e que é o comandante do exército celestial.

Mantra de Avaloketeshwara, origem do juramento bodhisattva

Om Mani Padme Hum

Este é o célebre mantra que costuma ser traduzido como: "A jóia da consciência

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está no coração do lótus".

Avaloketeshwara é considerado um ser espiritual que alcançou um nível espiritual tão elevado que era como se tivesse escalado uma montanha mais alta chegando a um muro de pedras no seu topo. Uma vez ali, Avaloketeshwara pulou para cima do muro de pedras e estava prestes a saltar dele, quando então ele entraria definitivamente em outro nível de ser e deixaria para sempre a humanidade. Nesse instante, ele ouviu um forte gemido atrás de si. Virando-se, viu o inconsciente coletivo da humanidade começando a lamentar a perda de sua presença. Tomado de compaixãoo, ele decidiu adiar essa etapa final da iluminação, sua beatificação definitiva, em favor de todos os seres vivos. Essa decisão tornou-se o Juramento Bodhisattva, o juramento de servir a todas as formas de vida consciente. Muitos budistas sérios fazem hoje esse juramento. O grau de seriedade dos que fazem esse juramento varia, mas pensando bem, todos os grandes mestres espirituais da humanidade devem ter feito um juramento ou tomado uma decisão desse tipo, do contrário por que voltariam para nos ajudar ?

A disciplina espiritual que faz uso do célebre mantra Mani é empreendida para promover a idéia de desenvolvimento espiritual associado ao ato de servir à vida. Durante o Wesak, recite-o sabendo que está colocando seu ombro metafísico na mesma roda que os mestres e os Grandes estão constantemente empurrando - a roda da evolução espiritual da humanidade.

Mantra eficaz para transformar estados interiores

Shante Prashante Sarva - Upasha Mani SwahaShante Prashante Sarva KrodhaUpasha Mani Swaha As Duas primeiras palavras referem-se à palavra sanscrítica que significa paz, Shanti. Sarva refere-se à causa da condição que estamos tratando e que é para ser ofertada ou entregue. Upasha Mani significa sujeição do aspecto menor da mente à "mente informe" do universo. Swaha significa "Eu ofereço com saudações". Assim, o sentido superficial do mantra é: "Invocando a paz suprema, eu ofereço (entrego) a qualidade de _____________________ à sua fonte na mente superior e informe do universo. Saudações. A palavra sanscrítica que corresponde à raiva é krodha. O mantra para eliminar a raiva é, portanto: Shante Prashante Sarva KrodhaUpasha Mani Swaha.

Mantra para adquirir confiança e força interiorOm Eim Hrim Klim Chamundayei Vichei Namaha Om e saundações àquela que irradia poder e sabedoria.

Mantra Gayatri - Fórmula abreviada

Om Bhuh, Om Bhuvaha, Swaha Om Tat Savitur Varenyam

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Bhargo Devasya Dhimahi Dhiyo Yonaha Prachodayat Ó Luz Auto-resplandecente que deu origem a todas as lokas [esferas da consciência], que é digna de devoção e aparece através da órbita do Sol, ilumina o nosso intelecto.

Mantra Gayatri - Fórmula longa

Om Bhuh, Om Bhuvaha, Om Swaha Om Maha, Om Janaha, Om Tapaha, Om Satyam, Om Tat Savitur Varenyam Bhargo Devasya Dhimahi Dhiyo Yonaha Prachodayat Ó Luz Auto-resplandecente que deu origem a todas as lokas [esferas da consciência], que é digna de devoção e aparece através da órbita do Sol, ilumina o nosso intelecto.

Mantra em Louvor a Jesus, Revestido da Autoridade de Purusha Transcendental

Om Jesu Christaya Paramatmane Purusha Avataraya Namaha

Este mantra declara que Jesus é o verdadeiro mestre do mundo, espírito que preside todos os espíritos, e está revestido da autoridade divina.

Mantra Hebraico em Louvor a Deus

Baruch Atoh Adonai Elohenu Mehloch Aholum Bendito sejas tu, Ó senhor nosso Deus, Rei do universo.

Este importante mantra hecraico invoca o senhor todo-poderoso do universo. Se o recitar por um período prolongado de tempo, a pessoa pode sentir um acúmulo de energia positiva no plexo solar e no chakra da garganta. Usamos este cântico hebraico como invocação inicial de abertura da cerimônia.

Mantra Maha-Mrityunjaya

Om Trayumbakam Yajamahe Sughandhim Pushti Vardanam Urvar-ukamiva Bandhanan Mrityor Muksheeya Mamritat

Protegei-me, ó Senhor Shiva de três olhos. Concedei-me as bênçãos da saúde e da imortalidade e arrancai-me das garras da morte, assim como o pepino é arrancado do pepineiro.

Mantra para afastar fantasmas ou o medo de espíritos malígnos

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Om Apa-sarpantu Tae Bhuta Yei Bhuta Bhuvi Sam-stitaha Yei Bhuta Vigna Kartara Stei Gachantu Shiva Ajnaya Que os espíritos que estão assombrando esta área desapareçam e jamais retornem, por ordem de Shiva.

Mantra para alcançar sucesso nos estudos, na música e nos empreendimentos artísticos

Om Eim Saraswatiyei Swaha - Om e saudações ao princípio feminino Saraswati.

Em todos os empreendimentos criativos, este mantra invoca energia para que o projeto seja produtivo e bem-sucedido.

Mantra para os atletas aumentarem força e agilidade

Om Sri Hanumate Namaha - Saudações ao prana consciente.

Mantra para fortalecer o prana de qualquer pessoa

Om Hum Hunamate Vijayam Vitória ao prana em seu curso evolutivo, que fortalece a vontade através do chakra da garganta.

Mantra para compaixão

Sarva Mangala Mangalyei Shive Sarvartha Sadikei Sharanyei Tryambakei Gauri Narayani Namostute

Ó Grande Poder Feminino que é a energia propulsora de Shiva Narayana, cujo simples toque provoca êxtase tal que abre a visão da sabedoria e nos concede as bênçãos supremas.

Mangala significa "aquele cujo toque provoca êxtase". Shive, Tryambake e Gauri são todas formas femininas de seres que comumente se apresentam como masculinas. Narayani é uma representação feminina (neste caso, a irmã) de Narayana, senhor da chama tripla que pode manifestar tudo que quiser, inclusive universos inteiros.

Mantra para conquistar amigos e companheiros

Om Hraum Mitraya Namaha - Que a luz da amizade brilhe por todo o meu ser, atraindo para mim pessoas dignas.

Mantra para dissipar as forças negativas e obter proteção

Narasimha Ta Va Da So Hum -

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Narasinha é o princípio destruidor do que é aparentemente indestrutível. Ta é o som seminal (sem o "m") da parte da perna entre o joelho e o tornozelo. Va é o som seminal (sem o "m" do segundo chakra) do centro genital. Da é um som para direcionar a energia para o deus supremo. So Hum sintoniza a mente com o ser divino interior.

De acordo com a sabedoria védica, sempre que influências maléficas, reinam sobre a Terra uma encarnação do Divino vem salvar a humanidade. Narasimha fou uma dessas encarnarções. Parece que havia um governante perverso tão poderoso que era invencível na guerra. Dizia-se que "Ele era invencível tanto durante o dia quanto à noite. Que não podia ser derrotado nem por homens nem por bestas. Que era invencível tanto em espaços fechados quanto em abertos".

Vishnu, por misericórdia e compaixão, veio à Terra como Narasimha, um mistura de homem e leão. Narasimha aproximou-se da morada do tirano perverso e ficou à espera. Na hora do crepúsculo, entrou nela, encontrou o tirano e arrastou-o para a soleira da porta. Segurando-o firmemente, Narasimha começou a dizer: "É hora do crepúsculo, nem dia nem noite. Esta é a soleita da porta de sua casa, nem dentro nem fora. Não sou nem homem nem besta, mas uma mistura de ambos. Portanto, eu vou agora destruí-lo." E cortou o tirano perverso em pedaçõs.

Desde então, Narasimha é invocado por quem seja se libertar de situações maléficas.

Mantra para doenças nos olhos e nos pulmões

Om Ashwina Tejasa Chakshuhu Om Ashwina Bheshajam Madhu Bheshajam

Om e saudações aos devatas Ashwini que curam a visão e a conservam clara. Om e saudações aos devatas Ashwina. Sejam amáveis e abençoem-nos com o mel de seu bálsamo curativo.

Mantra para encontrar a cura de qualquer problema de saúde

Om Sri Dhanvantre Namaha - Saudações ao ser e poder do Médico Divino.

Mantra para obter clareza espiritual

Sat Chid Ekam Brahma

Eis os significados das várias palavras no seu contexto energético: Sat: verdade; Chid: aspecto espiritual da mente; Ekam: único, sem a existência de outro;Brahma: todo este cosmos com tudo o que ele contém.

Mantra para invocar Kalachakra, o Shiva Tibetano

Om Ha Ksa Ma La Va Ra Yam Swaha

Kalachakra é o espírito da Roda do Tempo, a última lição que Buda ensinou antes de morrer. Recitar este mantra é uma forma pessoal de acelerar o próprio

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desenvolvimento. Recitá-lo em favor do planeta ajudará a Terra na sua jornada espiritual.

Mantra para invocar Kwan Yin

Namo Kwan Shi Yin Pu Sa

Kwan Yin é a forma feminina chinesa de Avaloketeshwara. Entre os arquétipos budistas, Kwan Yin é uma fonte de grande compaixão. A consciência pode expandir-se, o conhecimento aumentar e os poderes espirituais manifestarem-se, mas sem compaixão eles são pouco mais que poeira ou palha. Jesus sugeriu isso quando disse que, sem amor, não temos nada. A idéia é a mesma aqui. O mantra Kwan Yin impregna o invólucro de consciência que circunda a Terra com uma compaixão dinâmica, que se manifesta com graça e misericórdia. Recitar o mantra Kwan Yin é contribuir para aumentar a existência de uma compaixão entre todos.

Mantra para invocar Saraswatti

Om Eim Saraswatyei Swaha

Saraswati, por cujo poder fala (Vach) o universo foi criado, confere todo tipo de conhecimento. Recite o mantra Saraswati com a intenção de elevar conscientemente o conhecimento entre os seres humanos a níveis cada vez mais elevados. Finalmente, quando soubermos o bastante, os hábitos nocivos de nossa espécie simplesmente se dissiparão.

Mantra para invocar Vajrapani, o Protetor do Dharma e Grande Iniciador

Hung Vajra Peh

De acordo com os ensinamentos do budismo tibetano, existe uma esfera de consciência em volta do nosso planeta. Dentro dessa esfera existem forças nocivas que às vezes são chamadas de "formas-pensamento". Esses blocos de energia negativas gerados pela raiva, pela violência, pelos acontecimentos terríveis (como guerras mundiais) e outros aspectos infames da consciência causam devastação todos os dias. Circulando como gotas de óleo dentro do oceano da consciência, essas partículas de sujeira tên de ser neutralizadas de alguma maneira. Os tibetanos usam o mantra de Vajrapani para remover essas partículas de sujeira da consciência. No seu aspecto protetor dos devotos e iniciador dos habilitados, o Vajrapani é representado erguendo um raio como trovão acima da cabeça, numa mão estendida. A face do protetor é uma visão horrenda. Mas, no mesmo instante em que o fragmento de energia negativa que ameaça o devoto é neutralizado, o semblante adquire um aspecto de terna compaixão, mostrando que Vajrapani está pronto para introduzir o devo nos mistérior espirituais mais elevados.

Durante o Wesak, recite este mantra enquanto visualiza, a camada de consciência que envolve a Terra sendo purificada das energias negativas.

Mantra para invocar Vajrasattwa, o Ser que Purifica e Proteje o Buscador Sincero

Om Vajra Sattwa Hung

Esta forma-pensamento tibetana de pensamento, de um branco intenso e azulado, é usada para criar clareza mental. Nas meditações tradicionais do budismo tibetano, uma pequena figura branca é visualizada sentada cerca de trinta centímetros acima da cabeça da pessoa. Quando o mantra é recitado,

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a figura emite um raio de luz branca que entra pelo topo de sua cabeça. Conseqüentemente, todos os padrões mentais e hábitos negativos são eliminados através da uda, dos chakras e do corpo etérico. O lixo é então absorvido pela Terra, que sabe como reciclá-lo e transformá-lo em energia aproveitável.

Para usar esse mantra em favor do planeta, recite-o enquanto visualiza a Terra livrando-se do lixo que a humanidade produziu para a energia transformadora da luz solar. A energia da luz solar limpa a aura da terra todos os dias. Com nossos esforços, estaremos acelerando e intensificando esse processo.

Mantra para remover obstáculos do caminho do nosso guia interior para nossa mente

Om Gum Gurubhyo Namaha - Om e saudações àquele que dissipa as trevas da ignorância e todos os seus obstáculos.

Mantra para obter clareza espiritual - mais extenso

Om Eim Hrim Shrim Klim Sauh Sat Chid Ekam Brahma

Om é um prefixo que faz parte de muitos mantras. Ele representa a energia do chakra Ajna, o da fronte, onde as energias masculinas e femininas se unem e a consciência se torna una e holística.

Eim é o som seminal do princípio feminino conhecido como Saraswati. Esse princípio governa tanto o conhecimento espiritual como as atividades de educação, ciência, artes, música e a disciplina espiritual.

Hrim é o som seminal de Mahamaya, ou o véu da criação. Diz-se que a meditação com a mente focalizada neste som seminal acaba revelando ao praticante o universo "como ele é" e não como o vemos comumente. Isso ocorre porque a realidade como a vemos não passa de uma "convenção" entre todos nós, que foi passada de geração em geração. Os bebês, se pudessem se expressar, falariam do universo de uma maneira bem diferente. Eles acabam assimilando o que a humanidade"convencionou" e vivendo neste mundo de acordo com essas convenções. Shrim é o som seminal do princiípio da abundância. Nela incluem-se alimentos, amigos, família, saúde e inúmeras outras coisas. E também, é claro, a prosperidade. Klim é o som seminal com muitos significados. Nesse contexto, está referindo-se ao princípio da atração. Nesse mantra, está atraindo o fruto dos outros princípios para acelerar o processo meditativo do mantra.

Sauh é um princípio espiritual que atua através de uma das pétalas da chakra Ajna. É também um som que ativa Shakti.

Mantra para obter orientação divina no caminho espiritual

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Om Asatoma Sad Gamaya Tamasoma Jyothir Gamaya Mrityorma Umritam Gamaya Om Shanti, Shanti, Shantihi Conduze-nos da irrealidade para a realidade das trevas para a luz da morte para a imortalidade Om Paz, Paz, Paz.

Este mantra é recitado no fum de muitas cerimônias religiosas derivadas da tradição védica. É possível ouvi-lo recitado exatamente da mesma maneira na Índia, em Trinidad ou nas Filipinas. É também a minha prece para todos nós.

Mantra para remoção dos obstáculos à prosperidade

Om Gum Ganapatayei Namaha - Om e saudações àquele que remove obstáculos do qual Gum é o som seminal.

Mantra para remover o medo da solidão e trazer companhia

Om Hraum Mitraya Namaha Que a luz da amizade brilhe por todo o meu ser, atraindo para mim pessoas dignas.

Mantra para transformar a energia do medo

Shante Prashante Sarva Bhaya Upasha Mani Swaha Invocando a paz suprema, ofereço [devolvo] a qualidade do medo à sua fonte na mente universal superior e informe. Saudanções.

Mantra para transformar a energia negativa em positiva

Om Sri Maha Lakshmiyei Swaha Om e saudações. Eu invoco o Grande Princípio Feminino da Grande Abundância.

Mantra para transformar o medo e a raiva

Om Sri Rama Jaya Rama, Jaya Jaya Rama Om a Rama e sua consorte [representada por Sri] vitória a Rama, Vitória, Vitória outra vez a Rama.

Mantra para ver o ser interior e o universo como um todo

Om Namo Narayanaya

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Om é o Nome de Narayana, a chama da verdade.

Narayana é a chama interior que arde eternamente no Hrit Padma, ou "Centro Sagrado", um chakra secreto de oito pétalas localizado dois dedos abaixo do chakra do coração. Ela se manifesta de acordo com a devoção da pessoa. Este único atributo proporciona tanto experiências maravilhosas e gratificantes como grande confusão aos verdadeiros buscadores.

De acordo com o Narayanaya Suktam, Narayana é Brahma, Vishnu e Shiva. É a luz que mora no centro sagrado e que se manifesta de acordo com a devoção de cada pessoa. Assim, quando Narayana se manifesta, é como o ideal escolhido da pessoa. Isso provoca confusão, uma vez que diferentes pessoas escolhem diferentes ideais. A visão do Amado Divido é uma experiência tão intensa que o dono da experiência a considera ser absoluta em vez de relativa. Uma pessoa pode ver Krishna e outras, Jesus. A confusão surge porque nem toda experiência divina desses seres é autêntica no sentido de uma aspiração verdadeira. Pode ocorrer às vezes de o centro sagrado manifestar-se em resposta à intensa devoção da pessoa.

Om Namo Narayanaya leva o praticante a esferas espirituais sublimes, onde as questões espirituais são respondidas e as grandes verdades reveladas. A visão espiritual do Amado Divino pode transformar pósitivamente a vida da pessoa. Os próprios sábio da antigüidade que habitam planos etéreos podem aparecer e dar instruções. Os desejos podem ser subitamente realizados. Esse mantra é tão maravilhso quanto misterioso.

Na Índia, é realizada uma cerimônia da verdade universal chama Puja Satya Narayana. Pessoas de diferentes castas e credos participam dessa cerimônia. Ela está acima e além de todas as diferenças e preferência sectárias. Por isso, é considerada universal.

Mantra sutil da própria respiração

Om Hum So Hum O mantra está estreitamente ligado à respiração. Esta escrito em alguns textos antigos que So Hum é o som sutil da própria respiração. Quando o sistema nervoso autônome torna-se consciente e deixa de fundionar automaticamente, o mantra passa a ser Hum So.

Na realidade, as palavras deste mantra não dizem nada. Ele tem que ver com energia, respiração e focalização da consciência. É um dos mantras mais simples porém eficaz para se alterar permanentemente o estado da consciência. Ele equilibra as energias masculinas e femininas e focaliza sua força conjunta.

Mantra Tattwan Asi

Tattwan Asi - Você é o que busca.

Diminuir ou acabar com barulho

Narasinha Ta Va Da So Hum Narasinha invoca a energia para destruir o que é aparentemente indestrutível.

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Ta, Va e Da Invocam as energias do corpo e direcionam a energia que o mantra cria para a realização do bem supremo. Hum é por si só um mantra; ele coloca a mente em sintonia como ser divino interior.

O extenso e poderoso mantra de cura Rama

Om. Ó Rama, tu que és tão compassivo, por favor, Envia tua energia de cura diretamente aqui para a Terra, Para a terra (dua vezes para enfatizar). Saudações.

Nityam shudham

Oh ser infinito. Que expressa o ser supremo e Permeia os mundos animados e inanimado, Eu saúdo o amável guru

Oferenda

Om Brahmarpanam brahma havir Brahmagnau brahmanáhutam Brahmaiva tena gantavyam Brahmakarma samádhiná Brahna é a oferenda, Brahma é o que é oferecido. Brahma é quem oferece. Somente Brahma é a meta de quem oferece Brahma é a ação que leva ao Samadhi.

Remoção de Obstáculos

Om e saudações àquele que remove obstáculos do qual Gum é o som seminal.

Om namah shivaya gurave

Om Namah shivaya gurave Sat chidananda murtaye Nisprapanchaya shantaya Niralambaya tejase Saudações ao eterno mestre Que existe dentro de nós como o ser puro Consciência pura, alegria pura Aquele que é paz, luminoso, sem forma Aquele que sempre nos apóia.

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Efeitos do karma Sanchita e Prarabdha

Om Sri Shanaishwaraya Swaha Om e saudações a Saturno, o planeta do aprendizado.

Obtenção de saúde e longevidade

Om Trayumbakam Yajamahe Sughandhim Pushti Vardanam Urvar-ukamiva Bandhanan Mrityor Muksheeya Mamritat Protejei-me, Senhor Shiva de três olhos. Concedei-me as bençãos da saúde e da imortalidade e arrancai-me das garras da morte, assim como o pepino e arrancado do penineiro.

Obter um cargo ou emprego

Om Sri Shanaishwaraya Swaha Om e saudações a Saturno, o planeta das lições.

Para intensificar sua energia feminina e seu poder concomitante - 01

Hrim Shrim Klin Parameshwari Swaha Saudações ao Feminino Supremo. Que esse princípio da abundância que oculta a natureza da realidade suprema seja atraído para mim.

Para intensificar sua energia feminina e seu poder concomitante - 02

Om Dum Durgayei Namaha Om e Saudações para aquela cuja aparição é bela ao buscador da verdade e horrenda para aqueles que injuriam os devotos da verdade.

Para intensificar sua energia feminina e seu poder concomitante - 03

Om Tare Tuttare Ture Swaha Om e Saudações. Que a Mãe de Todos me guarde, me proteja e satisfaça minhas necessidades.

Para intensificar sua energia feminina e seu poder

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concomitante - 04

Om Mata, Om Mata________________, Mata Jagadamba Om Mãe, Om Mãe. Saudações a [coloque a sua representante preferida do princípio feminino, por exemplo, Mãe Maria, Ísis, Afrodite, Saraswati] que é a mãe do mundo.

Para intensificar sua energia masculina e sua concomitante consciência focalizada - 01

Om Nama Shivaya Om e Saudações. Que os elementos deste universo se manifestem plenamente em mim.

Para intensificar sua energia masculina e sua concomitante consciência focalizada - 02

Om Namo Bhagavate Vasudevaya Om é o nome do Habitante que mora dentro de mim e que está sempre em comunhão com toda a criação. Seja amável e revele-me a sua verdade.

Para intensificar sua energia masculina e sua concomitante consciência focalizada - 03

Om Ram Ramaya Swaha Om e saudações para a perfeição do mundo físico que era Rama, cujos atributos existem também em mim. Tenha a bondade de se manifestar.

Quando um homem procura uma companheira

Om Shrim Shriyei Namaha Om e saudações para a abundência criativa que é a verdadeira forma deste universo

Quando uma pessoa está precisando de proteção

Om Dum Durgayei Namaha

Fortalecer a mulher que deseja encontrar um Companheiro

Sat Patim Dehi Parameshwara Por favor, conceda-me um companheiro de verdade que encarne os perfeitos atributos masculinos.

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Poder de cura generalizada do sol

Om Arkaya Namaha Om Hiranyagarbhaya Namaha Om e saudações Àquele que brilha e alivia as aflições. Om e saudações Àquele que brilha, cura e tem a cor do ouro.

Purnamadah

Om Purnamadah Purnamidam Purnaat Purnamudachyate Purnasya purnamadaya Puranamevavashishyate Om Shanti Shanti Shanti Isto é perfeito, aquilo é perfeito O que vem da perfeição é perfeito O que fica depois da perfeição é perfeito. Se o perfeito for retirado da perfeição Que haja paz, paz, paz

Resolução dos conflitos interiores

Om Gum Ganapatayei Namaha –

Om e Saudações àquele que remove obstáculos do qual Gum é o som Seminal.

Resolver os desentendimentos numa relação

Om Sharavana Bhavaya Hamaha Saudações ao filho de Shiva, que traz bom augúrio e que comanda o exército celestial.

Reverenciar o princípio masculino

Om Nama Shivaya Om e saudações. Que os elementos deste universo habitem em mim em plena manifestação

Tryambakam

Om Tryambakam Yajaamahe Sugandhim pushtivardanam Urvaaru kamiva bandhanaat Mrtyor mukshiya maamrtaat

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Peço ao Senhor Shiva, o que tem 3 olhos, Aquele que é o Senhor de todos os sentidos e qualidades que é o que sustenta todo o crescimento. Que ele nos liberte do ciclo de renascimento e morte.

Shiva, o Mantra Siddha, que Conduz ao Caminho do Ser Perfeito

Om Sana Shivaya

Jesus disse: "Sede perfeitos como o vosso Pai no Céu é Perfeito." As práticas do Extremo Oriente da tradição Siddha já levavam esse ditame a sério, muitos séculos antes de Jesus nascer. Siddha é um ser que alcançou a perfeição. Isso que dizer que cada chakra tornou-se perfeito no domínio do princípio energético básico que corresponde a ele. O elemento terra corresponde ao chakra da base da coluna; o elemento água corresponde ao segundo chakra; o fogo, ao terceiro, e assim por diante.

Quando Jesus andou sobre as águas, ele provou que dominava o princípio que rege o segundo chakra. Moisés fez o mesmo quando separou as águas para que os fiéis que deixavam o Egito pudessem passar. Quando Jesus acalmou a tempestade sobre o mar, ele demonstrou que dominava o princípio do quarto chakra. Também quando ele disse, "Céu e Terra poderão desaparecer, mas minhas palavras nunca morrerão", ele demonstrou ter pleno domínio do princípio que rege o quinto chakra.

Para os mestres Siddha da Índia, jesus seria um deles. Um de seus mantras mais importante é Om Nama Shivaya. Recite este mantra hindu com a idéia em mente que todos nós devemos nos tornar perfeitos, cada um à sua própria maneira.

Transformar o praticante numa pessoa de grande conhecimento espiritual

Eim Hrim Srim Klim Sauh Klim Hrim Eim Blum Strim Nilatari Saraswati Dram Drim Klim Blum Sah Eim Hrim Srim Klim Sauh Sauh Hrim Swaha

Este mantra Saraswati que por sua extensão parace um "trem de carga" é uma sucessão de mantras seminais e é, por isso, intraduzível em sua essência. A repetição fiel deste mantra, irá com o tempo, transformar o praticante numa pessoa de grande conhecimento espiritual.

Um mantra para crianças

Om Namo Bhagavate Vasudevaya

Esse é o grande mantra de doze sílabas que é amplamente praticado por muitas diferentes seitas hinduístas na Índia. Ele é conhecido como Mukti, ou mantra da libertação. Mesmo quesuas visões filosóficas da verdade ou da realização sejam totalmente divergentes, todos aqueles que usam este mantra reconhecem o poder de sua fórmula espiritual.

O uso constante deste mantra acabe libertando-nos do ciclo do renascimento.

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A vinda a este planeta com o propósito de saldar débitos kármicos torna-se desnecessária. Casa um de nós atravessa esse oceano de renascimento, ou samsara, oceano que é incessantemente agitado por causas e efeitos enumeráveis dos habitantes do universo. Esses, em conjunto, criam a totalidade do karma nos planos de existência que vivemos antes, durante e depois de nascermos em um determinado corpo. O significado da libertação do renascimento é a verdadeira liberdade de escolha. Mas este mantra pode ser aplicado a outro contexto, que tenha relação com seu significado. Paradoxalmente, ao mesmo tempo que pode libertar seu próprio espírito dos padrões repetitivos negativos do renascimento ou do comportamento nesta vida, ele também pode ajudá-lo a preparar o caminho para a vida de outro espírito, de uma criança.

Vasuveda é o aspecto divino que existe no interior de cada pesso. A palavra invoca a comunhão do espírito, o Habitante Interior da pessoa com a onipresença das três qualidades da existência: Sat (verdade ou existência); Chit (qualidade da mente espiritual); e Ananda (êxtase), que existem em toda a criação. Essa comunhão traz as qualidades sublimes da consciência para uma forma específica: um corpo específico, uma pessoa específica. Om é o prefixo. É o som seminal do sexto chakra ou chakra da fronte, onde as correntes de energia masculina e feminina se encontra. Om é o nome do estado de ser em que esse Habitante Interior (jiva, atman ou alma) está em comunhão com a substância divina que permeia tudo, o espírito de Deus. Namo significa aqui "nome" ou, mais especificamente, "nome de". Bhagavate é um indivíduo específico que agora está em processo de se tornar divino. Pode ser ou uma pessoa recém-nascida ou um ser já desenvolvido espiritualmente. A pessoa dispõe-se a trazer esse espírito para dentro de um corpo físico.

Vasudevaya é o "habitante interior". A substência divina, geradora e conhecedora de tudo, à parte mas não separada da substância divina que tudo permeia. Apesar de ser um pouco complicado. esse é o sentido absolutamente perfeito da energia do mantra. O Sânscrito é basicamente uma língua cuja essência tem mais que ver com energia do que com significado. Um significado superficial universalmente muito mais atribuído do mantra é: "Om e saudações ao Habitante Interior, substância de Deus".

Como você pode ver, o "habitante Interior" pode também referir-se a um bebê. Nas lendas espirituais em torno de Krishna, Vasudeva era o pai dele, o que fornece outro indício oculto do uso deste mantra para trazer esse espírito a um corpo físico como filho. Portante, se você deseja ter um filho e, especialmente, se deseja um filho por razãoes espirituais, como dar uma contribuição consciente a este mundo, empreenda a disciplina básica de quarenta dias com este mantra e concentre-se nas intenções espirituais que você tem para o seu filho. Fazendo isso, você estará ajudando a todos nós.

Um mantra sikh para o progresso espiritual

Ek Ong Kar Sat Nam Siri Wahe Guru

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Existe um Único Criador que criou esta criação. Verdade é o Seu Nome. Ele é tão grande que não podemos descrever Sua infinita sabedoria.

Um simples mantra Rama com grande poder de cura

Om Ram Ramaya NamahaRam tem duplo sentido e aplicação em Sânscrito. Primeiro, é o som seminal do chakra manipura ou plexo solar. Uma enorme quantidade de energia de cura jaz adormecida nesse chakra. O mantra pode ajudá-lo a ter acesso a essa energia. Este mantra começa a despertar e a ativar todo o chakra. Ele particularmente prepara o chakra para poder lidar com a entrada da energia kundalini que dá ao chakra o seu poder. A segunda aplicação envolve dividir a palavra Rama em duas sílabas Ra e Ma. Ratem relação com a corrente solar que desce pelo lado direito do nosso corpo e Ma tem relação com a corrente lunar que desce pelo lado esquerdo do corpo humano. Embora essas correntes se cruzem e se encontrem nos chakras, elas em geral estão relacionadas com os lados direito e esquerdo do corpo. Pela repetição de Rama... Rama... Rama... muitas e muitas vezes, você começa a equilibrar as duas correntes e sua atividade para que possam trabalhas com os níveis de energia mais elevados que acabarão subindo coluna acima. Esse simple mantra, Rama, é por si mesmo uma mantra com capacidade de curar. O simples mantra Om Ram Ramaya Namahacomeça a desobstruir as duas correntes com uma pequena ênfase.

MANTRAS TIBETANOS

Refúgio e Bodhitchita

SANGYE TCHO TANG TSO GUI TCHO NAM LA DJANGTCHUB BARDU DA NI KYAB SU TCHI DA GUI DJIN SO DJIPE SONAM KYI DRO LA PENTCHIR SANGYE DRUB PAR CHO (repetir 3 vezes).

No Buddha, no Dharma e na sublime sangha, eu tomo refúgio até o despertar Pelo merito produzido pela minha prática da generosidade e das demais virtudes(ética, paciência, perseverança, concentração e sabedoria), eu possa realizar o estado de Buddha pelo bem de todos os seres. SEMTCHEN TAMTCHE DEWA TANg DEWE GYU TANg DENPAR GYUR TCHIK DUNgAL TANg DUNgAL GUI GYU TANG DRELWAR GYUR TCHIK DUNgAL MEPE DEWA DAMPA TANg MINDRELWAR GYUR TCHIK NYERINg TCHADANg TANg DRALWE TANgNgOM TCHEMPO LA NEPAR GYUR TCHIK (Repetir 3 vezes).

Possam todos os seres possuir a felicidade e as causas da felicidade. Possam todos os seres ser separados do sofrimento e das causas do sofrimento. Possam todos os seres nunca mais perder a verdadeira felicidade desprovida de todo sofrimento. Possam todos os seres residir na grande equanimidade Desprovida de todo apego e aversão parciais.

Buddha Shakyamuni

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Tayatha Om Muni Muni Maha Munaye Soha

Prajnaparamita

Tayatha Om Gate Gate Paragate Parasamgate Bodhi Soha

Tara Branca dos Sete Olhos

Om Tare Tuttare Ture Mama Ayur Punye Gyana Pushim Kuruye Soha

Tare Verde

Om Tare Tuttare Ture Soha

Avalokitesvara ( Tchenrezig )

Om Mani Peme Hung

Maitreya

Om Maitreya Maitreya Maha Maitreya Arya Maitreya Soha

Buddha da Medicina

Tayatha Om Begandze Begandze Maha Begandze Begandze Begandze Rantza Samungate Soha

Manjushri

Om Ah Ra Pa Tsa Na Dhi Dhi Dhi Dhi..........

Maritze

Om Maritze Mam Soha

Vajrasattva

Om Bendza Satto Samaya Manupalaya Bendza Satto Tenopa Titha Dridho Me Bhawa Sutokayo Me Bhawa Supokayo Me Bhawa Anurakto Me Bhawa Sarwa Siddhi Me Pra yatsa Sarwa Karma su Tsa Me Tsittam Shriyam Kuru Hum Ha Ha Ha Ha Hoh Bhagawan Sarwa Tathagata Bendza Ma Me Muntsa Bendza Bhawa Maha Samaya Satto Ah Hung P'he

Mantra de Lama Tsong Khapa

Mikme Tse We Ter Tchen Tchenresig Drime Kien Pe Wang Po Djam Pel Yang Du Pung Malu Djom Dze Sang We Dang Gangchen Kepe Tsur Guie Tsong Khapa Losang Tagpe Shab La Sol Wa Déb

Mendzushri

Om Hrih Dhid Mame Dipam Sarasoti Mendzushri Mum Hrih Tradja Wardha Ni Hrih Dhih SoHa

Mantra da conexão com todos os Buddhas e Bodhisatvas e seus poderes

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Om Ah Guru Buddha Siddhi Hum

Distribuição do mérito

SONAM DIYI TAMTCHE ZIG PA NYI THOP NE NYEPE DRANAM PAM TCHE SHING KYE GA NATCHI BALONG DRUKPA YI SIPE TSOLE DROWA DRELWAR SHOK.Que pelo mérito desta prática, Tendo alcançado o estado de buda e Vencido os inimigos, as ações negativas, Sejam os sêres liberados dos oceanos das existências que agitam as ondas do nascimento, da doença, da velhice e da morte ! que essa prece se realize o mais rápido possível.

Tabela de Divindade - Mantras [Sílaba Semente] e Pronúncia Tibetana

Divindade Mantra [e sílaba semente] Pronúncia tibetana

Akshobhya Om Akshobhya Hum Om Akshobhya Hum

Amitabha Om Amideva Hrih Om Amidewa Hrih

Amitayus Om Amarani Jivantaye Svaha Om Amarani Dziwentaye Soha

Amoghasiddhi Om Amoghasiddhi Ah Om Amoghasiddhi Ah

Avalokiteshvara (mantra curto)

Om Mani Padme Hum [Hrih] Om Mani Peme Hum [Hrih]

Avalokiteshvara (mantra longo)

Namo Ratna Trayaya Namah Arya Gyana Sagara Vairochana Byuha Rajaya Tathagataya Arhate Samyaksam Buddhaya Namah Sarva Tathagatebhyah Arhatebhyah Samyaksam Buddhebhyah Namah Arya Avalokiteshvaraya Bodhisattvaya Mahasattvaya Mahakarunikaya Tadyatha Om Dhara Dhara Dhiri Dhiri Dhuru Dhuru Itti Vatte Chale Chale Prachalae Prachalae Kusume Kusumavare Ilae Mae Lae Chetae Jvalam Apanaya Svaha

Namo Ratna Trayaya Namo Arya Gyana Sagara Berotsana Buha Radzaya Tathagataya Arhate Samyaksam Buddhaya Namo Sarwa Tathagatabhye Arhatebye Samyaksam Buddhebye Namo Arya Awalokite Shoraya Bodhisattoya Mahasattoya Mahakarunikaya Tayatha Om Dara Dara Diri Diri Duru Duru Itte Wate Tsale Tsale Partsale Partsale Kusume Kusume Ware Ihlimili Tsitti Dzola Apanaye Soha

BhaishajyaguruTadyatha Om Bekaja Bekaja Maha Bekaja Bekaja Raja Samudgate Ya Svaha

Om Bhekazye Bhekazye Maha Bhekazye Bhekazye Radzaya Samungate Soha

Divindades Iradas On Hulu Hulu Hum Bhyo Hum Om Hulu Hulu Hum Bhyo Hum

Divindades PacíficasOm Bodhichitta Maha Sukha Jnana Dharatu Ah Om Bodhi Tsitta Maha Sukha Dzhana

Dharatu Ah

InterdependênciaOm Ye Dharma Hetu Tesham Tathagato Hyavadat Tesham Cha Yo Nirodha Evam Vadi Maha Shramanah Svaha

Om Ye Dharma Hetu Tesham Ka Yo Nirodha Ewam Wadi Maha Shramanah Soha

JambhalaOm Padma Krodha Arya Jambhala Hridaya Hum Phat Svaha

Om Pema Krodha Arya Dzambhala Hridaya Hum P'he Soha

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KalachakraOm Ah Hum Hoh Hamkshakmalavaraya Hum Phat Om Ah Hum Hoh

Hamkshahmalawaraya Hum P'he

MaitreyaOm Maitreya Maitreya Maha Maitreya Arya Maitreya Svaha

Om Maitreya Maitreya Maha Maitreya Arya Maitreya Soha

ManjushriOm Ah Ra Pa Cha Na [Dhi] / Om Vageshari Mum Om Ah Ra Pa Tsa Na [Dhi] / Om

Wageshari Mum

PadmasambhavaOm Ah Hum Vaja Guru Padma Siddhi Hum Om Ah Hum Bendza Guru Pema Siddhi

Hum

PrajnaparamitaTadyatha Om Gate Gate Paragate Parasamgate Bodhi Svaha

Tayatha Om Gate Gate Paragate Parasamgate Bodhi Soha

Ratnasambhava Om Ratnasambhava Tram Om Ratnasambhawa Tram

ShakyamuniOm Muni Muni Maha Munaye Svaha [Mum] Om Muni Muni Maha Munaye Soha

[Mum]

Tara BrancaOm Tare Tuttare Ture Mama Ayur Punye Gyana Pushim Kuruye Svaha [Tam]

Om Tare Tuttare Ture Mama Ayur Punye Gyana Pushim Kuruye Soha [Tam]

Tara Verde Om Tare Tuttare Ture Svaha [Tam] Om Tare Tuttare Ture Soha [Tam]

Tara Vermelha Om Tare Tam Svaha [Tam] Om Tare Tam Soha [Tam]

VacuidadeOm Svabhava Shuddho Sarva Dharma Svabhava Shuddho Ham

Om Sobhawa Shuddho Sarwa Dharma Sobhawa Shuddho Ham

Vairochana Om Vairochana Om Om Vairotsana Om

VajrakilayaOm Vajra Kili Kilaya Sarva Vighanan Vam Hum Phat (Ja Hum Ah)

Om Bendza Kili Kilaya Sarwa Biganen Bam Hum Ph'e (Dza Hum Ah)

Vajra KrodhikaliOm Vajra Krodhikali Vam Harinisa Hum Phat Om Bendza Krodhikali Bam Harinisa

Hum P'he

Vajrapani Om Vajrapani Hum Om Bendzapani Hum

Vajrasattva (mantra curto)

Om Vajra Sattva Hum Om Bendza Satto Hum

Vajrasattva (mantra longo)

Om Vajra Sattva Samayam Anupalaya Vajra Sattva Tvenopatishtha Dridho Me Bhava Sutoshnyo Me Bhava Suposhnyo Me Bhava Anurakto Me Bhava Sarva Siddhim Me Prayachcha Sarva Karmasu Cha Me Chittam Shriyam Kuru Hum Ha Ha Ha Ha Hoh Bhagavan Sarva Tathagata Vajra Ma Me Muncha Varibhava Maha Samaya Sattva Ah [Hum Phat]

Om Bendza Satto Samaya Manupalaya Bendza Satto Tenopa Titha Dridho Me Bhawa Sutokayo Me Bhawa Supokayo Me Bhawa Anurakto Me Bhawa Sarwa Siddhi Me Prayatsa Sarwa Karmasu Tsa Me Tsittam Shriyam Kuru Hum Ha Ha Ha Ha Hoh Bhagawan Sarwa Tathagata Bendza Ma Me Muntsa Bendza Bhawa Maha Samaya Satto Ah [Hum Ph'e]

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MANTRAS PARA ESTADOS ESPECÍFICOS

Modos de praticar

A prática de mantras é tradicionalmente realizada em uma das duas seguintes modalidades: a disciplina da quarenta dias ou a meta de um determinado número de repetições. Para obter melhores resultados na transformação de um padrão profundamente arraigado, o primeiro mantra deve ser recitado o mais freqüentemente possível por um período de quarenta dias consecutivos e o segundo por outro período de quarenta dias e o último por mais quarenta dias. A disciplina completa envolverá, portanto, um total de 120 dias.

Uma abordagem menos extensa, porém mais incrementada, também pode funcionar. Em vez de recitar cada mantra o máximo possível de vezes durante quarenta dias, recite-o durante vinte dias e passe para o seguinte. O programa total levará sessenta dias. Então para e veja o que acontece. Essa modalidade é chamada como "método 20+20+20".

Não inicie outra prática como essa por pelo menos duas semanas. Isso lhe proporcionará certo distanciamento para avaliar seu progresso. Tambémdurá um descando à sua mente e personalidade. Elas se esforçam arduamente. Dê-lhes agora uma pausa para descansar. Depois de duas demanas, se você vê algum progresso que o inspira e gostaria de prosseguir trabalhando com o mesmo ou outro estado, recomece a prática.

Uma abordagem bem leve

Se você é daquelas pessoas que preferem colocar o pé na água antes de mergulhar, outro modo de começar a experimentar mantras para mudar estados interiores negativos e crônicos e reservar um tempo duas vezes por dia para praticar. Use o método 20+20+20, mas em lugar de repetir o mantra o máximo de vezes possível, repita-o 108 vezes pela manhã e outras tantas à noite. Nos primeitos vinte dias, trabalhe com o primeiro mantra duas vezes por dia em vez de durante o dia todo enquanto realiza suas atividades corriqueiras. No segundo período de vinte dias, trabalhe com o mantra "bálsamo" ou "ungüento" da mesma maneira: 108 repetições duas vezes por dia. No terceiro período de vinte dias, faça o mesmo com o mantra Shanti. Essa disciplina de sessenta dias vai proporcionar-lhe uma boa prova dos mantras e de como eles funcionam. Os resultados variam de pessoa para pessoa.

Mantras pra estados interiores específicos

Estado interior Nome Mantra

Agitação Sam-Bhrama Shante Prashante Sarva Sam-Bhrama Upasha Mani Swaha

Arrogância Dambha Shante Prashante Sarva Dambha Upasha Mani Swaha

Avareza Lobha Shante Prashante Sarva Lobha Upasha Mani Swaha

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Aversão/Asco Ghrina Shante Prashante Sarva Ghrina Upasha Mani Swaha

Ciúme Irsha Shante Prashante Sarva Irsha Upasha Mani Swaha

Desânimo / Depressão Kheda Shante Prashante Sarva Kheda

Upasha Mani Swaha

Desconfiança / Suspeita Avish-Vasa Shante Prashante Sarva Avish-Vasa

Upasha Mani Swaha

Desejo obsessivo Kama Shante Prashante Sarva Kama Upasha Mani Swaha

Falsidade Kapata-Ta Shante Prashante Sarva Kapata-Ta Upasha Mani Swaha

Ignorância / Ilusão Moha Shante Prashante Sarva Moha Upasha Mani Swaha

Inconstância Pishu-Nata Shante Prashante Sarva Pishu-Nata Upasha Mani Swaha

Inveja Matsarya Shante Prashante Sarva Matsarya Upasha Mani Swaha

Mágoa Shoka Shante Prashante Sarva Shoka Upasha Mani Swaha

Medo Bhaya Shante Prashante Sarva Bhaya Upasha Mani Swaha Bhaya

Orgulho Mada Shante Prashante Sarva Mada Upasha Mani Swaha

Preguiça Shu-Shupti Shante Prashante Sarva Shu-Shupti Upasha Mani Swaha

Presunção Ahankara Shante Prashante Sarva Ahankara Upasha Mani Swaha

Raiva (em geral) Krodha Shante Prashante Sarva Krodha Upasha Mani Swaha

Raiva (entre duas pessoas) Mah-na Shante Prashante Sarva Mah-na

Upasha Mani Swaha

Tristeza Vishada Shante Prashante Sarva Vishada Upasha Mani Swaha

Vergonha Laja Shante Prashante Sarva Laja Upasha Mani Swaha

Nem estes mantras nem os programas de 60 e 120 dias devem jamais serem impostos a ninguém. Não se deve sem tentar persuadir alguém a praticá-los. Se você se sentir atraído a usar estas fórmulas de mantras, inicie a sua disciplina. Se você achar que alguém poderia ser beneficiado por esse método de mudança dos estados emocionais, recomende-o. Mas lembre-se de que estará atuando sobre o karma. Isso significa que nada deve ser forçado. Como dizem os orientais, "Não se pode arrancar a pele de uma cobra. Ela deve cair por si mesma".

O Mantra Gayatri: A Essência de Todos os Mantras

Entre todos os milhões de mantras compilados e guardados nos arquivos do

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Extremo Oriente, o mantra Gayatri é universalmente considerado a essência detodos os mantras. As palavras sanscríticas contêm todo o seu poder e potencial espiritual.

De acordo com a cosmologia védica, existem sete círculos de luz brilhante.Cada um desses círculos ou esferas é espiritualmente mais elevado e sublime do que o precedente. Numa semelhanta impressionante com as do Paraíso de Dante em a Divina Comédia, esses círculos luminosos são progressivamente alcançados pelo desenvolvimento espiritual humano até, finalmente fundir-se com Deus. Então só poderemos voltar à Terra se Deus quiser ou precisar que realizemos algum serviço, como parte do grande plano do universo.

As várias esferas de luz são as moradas dos santos e sábios, profetas e rishis, anjos e arcanjos, e dos Grandes Salvadores da humanidade que vêm de tempo em tempos. Apesar de existir mais de um meio de alcançar essas esferas, um meio comum a todos é o respeitável mantra Gayatri.

O mantra Gayatri é uma simples meditação focalizada na luz espiritual. Enquanto os outros mantras são ótimos para seus objetivos, esse é recitado especificamente para iluminar a mente e o intelecto. Para o verdadeiro poder espiritual, o acúmulo da suprema luz espiritual e a obtenção da iluminação, não existe nada que seja comparável ao mantra Gayatri. Praticado por hinduístas e budistas de diferentes tendências, ele é reconhecido comoo recurso supremo para se alcançar a iluminação.

De acordo com os ensinamentos védicos, cada uma das sete esferas tem uma única vibração, que é uma vibração condensada de toda a esfera. É um resumo da esfera na forma de uma única palavra. Quando entoamos a vibração dessa esfera, nós a trazemos para dentro de nós mesmos. Estabelece-se então um contato entre nós e a esfera. No início, esse contato é fraco e sutil. Mas com o tempo, com a prática espiritual constante, esse contato torna-se tão forte que a pessoa consegue manter a vibração dessas esferas mesmo enquanto estamos vivendo no corpo físico, durante as atividades corriqueiras. Em sânscrito, esse estado às vezes é chamado de sahaja samadhi, ou o "o estado natural de iluminação".

Várias escrituras religiosas do Extremo Oriente também fazem referências a essas sete esferas. Os Bodhisattvas budistas descreveram em detalhes essas esferas e as qualidades de sua luz: "a luz clara", "a primeira luz clara" e assim por diante. Os yogues hindus seguidores do Caminho Siddha (o Caminho dos Seres Perfeitos) também se referem cautelosamente a elas. Paramahansa Muktananda, mestre reconhecido mundialmente do Caminho Siddha, chegou a escrever sobre suas "jornadas" em sua autobiografia. Jesus disse, "Na casa de meu Pai existem muitas moradas". Por qualquer que seja a porta que entremos, o acesso às esferas de luz é parte do nosso destino espiritual na Terra, tanto individualmente quanto como espécie. Temos como testemunhas as palavras dos Grandes Mestres.

A Terra é a esfera mais baixa das sete esferas de luz. O som vibratório da esfera terrestre é Bhuh. Certos textos espirituais referem-se à esfera terrestre como Bhuh Loka. Deve-se notar que existem ainda outras sete esferas mais baixas e escuras ("assim na terra como no céu"). Naturalmente, muitos seres das esferas inferiores procuram chegar à primeiraesfera de luz, exatamente como nós estamos tentando alcanças as esferas superiores. Quando os seres das esferas inferiores conseguem chegar aqui na Terra, ocorre a destruição. As escrituras védicas explicam detalhadamente e interativamente entre os habitantes das esferas

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da luz e das trevas, mas em termos corriqueiros essa é a luta que está sendo travada entre o bem e o mal.

O mantra Gayatri usa o som para invocar a vibração de cada uma das sete esferas de luz do universo, especificamente para o plano da Terra. Além disso, pela repetição desse mantra, essas vibrações depura luz são invocadas diretamente para dentro de nós. A prática prolongada do mantra gayatri acaba acumulando tanta luz espiritual no corpo físico que ele resiste à decomposição, mesmo após a morte.

Quando o grande yogue Paramahansa Yogananda deixou esta vida em 1952, seu corpo foi colocado num ataúde aberto, onde ficou exposto à visitação pública durante as quatro semanas em que foi pranteado, sem apresentar nenhum sinal visível de decomposição. Finalmente, surgiu um pequeno sinal de decomposição em seu nariz e o ataúde foi lacrado. O fato foi registrado e relatado pela revista Time.

A organização de Yogananda, a Self-Realization Fellowship, ensina uma técnica específica para o desenvolvimento espiritual. O mantra Gayatri não é essa técnica. No entanto, Yogananda praticou o mantra Gayatri em sua juventude, como fazem todos os sacerdotes hindus. De fato, as primeitas edições do livro Autobiografia de um yogue mostram uma fotografia dele realizando uma cerimônia de fogo Gayatri para alguns discípulos, devotos e amigos reunidos. Essa foto foi retirada do livro há muito tempo, mas que por acaso tiver uma de suas primeiras edições, poderá encontrá-la.

O Mantra Gayatri: Fórmula Longa Om Bhuh, Om Bhuvaha, Om Swaha Om Maha, Om Janaha, Om Tapaha, Om Satyam, Om Tat Savitur Varenyam Bhargo Devasya Dhimahi Dhiyo Yonaha Prachodayat Ó Luz Auto-resplandecente que deu origem a todas as lokas [esferas da consciência], que é digna de devoção e aparece através da órbita do Sol, ilumina o nosso intelecto.

Lista dos planos espirituais representados (condensados) no mantra Mantras Gayatri

Mantra Representação

Om Bhuh (primeiro chrakra) Plano terreno

Om Bhuvaha (segundo Chakra) Plano atmosférico

Om Swaha (terceiro chakra) Região solar

Om Maha (quarto chakra) Primeira região espiritual além do Sol: vibração do coração

Om Janaha (quinto chakra) Segunda região espiritual além do Sol: poder da Palavra espiritual divina

Om Tapaha (sexto chakra)Terceira região espiritual além do Sol: esfera dos Progenitores: plano do conhecimento espiritual mais elevado ao ser que ainda se identifica com sua existência como indivíduo

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Om Satyam (sétimo chakra) Morada da Verdade suprema: dissolução no Supremo

Om Tat Savitur Varenyam O plano da Verdade que está além da compreensão humana

Bhargo Devasya Dhimahi Dhiyo Yonaha Prachodayat

Do lugar em que todos os celestiais de todas as esferas foram iluminados, iluminai amavelmente nosso intelecto

Existem diversos aspectos importantes a serem observados com respeito à estrutura deste mantra. Primeiro, notamos que a sílaba Om é usada como prefixo em todas as palavras místicas que representam as esferas. Há uma boa razão para isso. Enquanto estamos na Terra, trabalhamos com nosso atenção consciente focalizada através da vontade. Nossa vontade é expressa em nossas decisões e atitudes diárias. A sede bioespiritual da nossa vontade está localizada no chakra frontal, num ponto que fica no meio e alguns centímetros acima das sobrancelhas. Nas situações normais em que estamos despertos, nosso olhos estão muito próximos desse chakra da vontade. Quando fechamos os olhos para meditar, esse é o lugar que o nosso olhar deve focalizar. O som seminal desse centro espiritual é Om.

Se estamos empenhados numa disciplina espiritual com o propósito de trazer a essência espiritual das várias esferas da luz para o mundo físico. precisamos fazer isso com consciência e vontade. Isso é realizado pelo uso do Om como prefixo ao som de cada uma dessas esferas de luz. Isso também significa que nos relacionamos com todas as esferas através da autoconsciência e da atividade intencional.

Quando chegamos à frase que começa com Bhargo Devasya, estamos fazendo uma invocação espiritual que inclui todos os seres que foram iluminados e que praticaram este mantra específico. Estamos pedido às forças do universo que se manifestam conscientemente para que nos ajudem a alcançar a iluminação. Existem níveis de iluminação que são representados pelos planos individuais. Estamos agora pedindo ajuda para alcançar a meta suprema da espécie.

O Mantra Gayatri: Fórmula Abreviada Om Bhuh, Om Bhuvaha, Swaha Om Tat Savitur Varenyam Bhargo Devasya Dhimahi Dhiyo Yonaha Prachodayat Ó Luz Auto-resplandecente que deu origem a todas as lokas [esferas da consciência], que é digna de devoção e aparece através da órbita do Sol, ilumina o nosso intelecto.

Bijas - Mantras Sementes

Existem certos mantras, de uma única sílaba, que são extremamente potentes. Eles são conhecidos como mantras seminais, sem nenhuma conotação específica. Em sânscrito, são conhecidos como mantras bija e, na literatura védica, são abundantes os contos e lendas de seres que os praticaram e conquistaram elevados níveis de poder espiritual e material. No Rig Veda, por exemplo, o espírito da terra Kubera tornou-se o rei da prosperidade simplesmente por ter recitado alguns desses poderosos mantras seminais por um longo (sobrenaturalmente longo)

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período de tempo.

Diferentemente das palavras da fala corriqueira, os mantas bija são por si mesmos experiências de energia. Não são símbolos de outros objetos ou experiências do mundo. A palavra "cadeira" denota um objeto de quatro pernas, mas os mantras seminais não representam objetos e nem mesmo sentimentos. São como o perfume de uma flor ou o sabor de uma maça. Não existem palavras para definir essas experiências. As experiências é que definem as palavras.

Os principais mantras seminais (bijas)

Se você tem algum problema específico na sua vida, ou na meta material ou espiritual que deseja alcançar, escolha um som seminal que pareça representar a energia que você quer ter, mas que está lhe faltando. Trabalhe com esse mantra por um período de dez dias, repetindo-o o máximo de vezes possível. Além de repetí-lo o maior número de vezes possível, você deve também considerar a possibilidade de reservar de cinco a dez minutos duas vezes por dia para recitar o mantra de uma maneira concentrada como uma prática meditativa. Se você se der bem com a prática, continue por mais trinta dias. Então pare e espere para ver os resultados (se eles já não se revelaram durante a prática).

Shrim Este som seminal feminino corresponde à energia da abundância em todas as suas formas, de acordo com o que expressa a palavra sanscrítica Lakshmi, personificação de uma deusa. Abundância espiritual, saúde, paz interior, riqueza material, amizada, amor dos filhos e familiares: Lakshmi é a fonte de tudo isso e o mantra Shrim é um meio poderoso de conquistar qualquer uma dessas formas de riqueza. A repetição do mantra Shrim dá a você a capacidade para atrair e conservar a abundãncia. De acordo com a doutrina védica, se você pronunciar Shrim cem vezes, tera sua riqueza multiplicada em cem vezes. Se repetir Shrim mil vezes ou um milhão de vezes, o resultado será da magnitude correspondente.

Eim Este som seminal feminino rege os empreendimentos artísticos e científicos, a música e a aprendizagem. O nome dessa energia é Saraswati, um princípio feminino que num nível mais profundo rege o desenvolvimento e a manifestação do conhecimento espiritual. Ele é útil para se obter boa educação, memória e inteligência, talento musical e êxito dos empreendimentos espirituais. Muitos mestres do Himalaia adotaram Saraswati como parte de seus nomes espirituais.

Klim Este mantra seminal para a energia da atração não é nem masculino nem feminino. Costuma-se usá-lo em combinação com outros mantras para atrair um objeto desejado. Para atrair riqueza, por exemplo, o mantra da abundância pode ser combinado com o som seminal Klim para formar o mantra Om Shrim Klim Maha Lakshmiyei Namaha.

O Klim também pode ser usado como meditação. Encontre um lugar tranqüilo onde não seja perturbado e como sua prática meditativa acendendo uma vela ou uma vareta de incenso. Sente-se confortavelmente e direcione suavemente seus pensamentos para o objeto ou situação que você deseja atrair para sua vida. Ou vizualize-o como gostaria que isso ocorresse ou se manifestasse em sua vida. Enquanto faz isso, recite suavemente o mantra Klim. Recitando-o com essa intenção, você estará aumentando a energia de seu pensamento e atraindo mais

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energia para si mesmo.

Dum Este mantra seminal é para invocar a energia da proteção, que também é considerada uma energia feminina. Se o medo é um problema para você, esse mantra invocará a proteção e o ajudará a reduzir o medo.

Para começar, simplesmente recite o mantra seminal Dum muitas vezes e toda vez que sentir necessidade de proteção. Você poderá recitá-lo enquanto realiza suas atividades diárias. Se, por alguma razão, a repetição de Dum se tornar incômoda, pare por um tempo e recomece mais tarde. Quando estiver completamente à vontade com a repetição do mantra Dum, amplie-o para Om Dum Durgayei Namaha. Isso significa "Om e saudações àquela que é bela para o buscador da verdade e horrenda para aqueles que injuriam os devotos da verdade".

Krim Este é o som seminal feminino da deusa hindu Kali, a deusa da criação e da destruição. O poderoso mantra kundalini Om Krim Kalikayei Namaha, que significa "Om e saudações para a energia feminina primordial", produz um acúmulo de poder que pode começar perto da base da coluna ou na região genital. Se você usar esse mantra e descobrir que seu humor piora, pare imediatamente.

Lembre-se também do que comentamos sobre Klim, que o mantra Om Klim Kalikayei Namaha pode ser usado com efeito positivo. Como Klim é o som seminal correspondente à atração, ele também pode ser usado para atrair Kali ou qualquer um de seus princípios. De fato, alguns dos mantras apresentados incluem Klim como um de seus bijas ou mantras seminais.

Gum Este é um som seminal masculino que invoca Ganapathi, uma energia do deus benévolo com cabeça de elefante Ganesha, que remove obstáculos e traz sucesso aos empreendimentos. Para remover obstáculos, repita o mantra seminal Gum por alguns dias até ficar à vontade com ele. Então passe para o mantra Om Gum Ganapatayei Namaha, que significa "Om e saudações àquele que remove obstáculos do qual Gum é o som seminal".

Haum Este é o som seminal que corresponde à sede da consciência transcedental, uma energia masculina manifesta no deus hindu Shiva, que é a personificação da consciência.

Kshraum Este som seminal masculino é de Narasimha, uma das manifestações do deus Vishnu. Narasimha tem sido usado e invocado para livrar das situações negativas mais refratárias. Este som libera suas próprias energias reprimidas. Ao meditar sobre Kshraum, visualiza o poder oculto torrnando-se acessível a você. Kshraum é também um som seminal capaz de destruir poderes demoníacos aparentemente indestrutíveis.

Hrim Este mantra seminal para se ver através da ilusão da realidade cotidiana. De acordo com várias tradições, Hrim pode ser tanto masculino como feminino. Pode-se encontrar esse mantra seminal nas práticas védicas e budistas tibetanas como parte de mantras mais longos.

A simples recitação espiritual deste mantra seminal feita com devoção e

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intensidade fará com que o buscador espiritual obtenha clareza com respeito à realidade deste universo. Todas as ilusões serão desfeitas. O nome dessa energia feminina é Mahamaya, que é acessível através de um centro de energia situado logo abaixo do chakra do coração. Essa energia existe dentro de cada um de nós, mas não é parte da realidade. Os esotéricos referem-se a ela como chama tripla. Adeptos de práticas védicas clássicas costumam chamá-la de chama de Narayama, ou "aquele que deu origem a todo esse cosmos".

Essa chama pode manifestar coisas materiais, bem como proporcionar-lhe discernimento deste plano de existência. Seu combustível é a devoção. Também, está escrito nos textos espirituais antigos que essa chama pode colocar você em contato com os planos superiores habitados por seres mais elevados. Se você é um profundo devoto de um determinado mestre espiritual que viveu um dia, ou de uma determinada tradição, essa chama pode de fato manifestar uma semelhança com essa pessoas para você. Você pode usar o som seminal Hri ou Hrim como parte de outro mantra. Se você medita sobre o mantra Hrim Shrim Klim Parameshwari Swaha, a chama acabará revelando uma forma feminina, porque "Parameshwari" é o feminino Supremo. Mas se vizualiza, conforme ensinam os tibetanos, a sílaba Hri dentro dela e medita sobre o bodhisattva Manjushri, você acabará vendo uma figura masculina empunhando a espada do discernimento.

Mantras Bija para os chakras

Existem mantras bija de gênero neutro para ajudar a ativar cada um dos Chakras e prepará-lo para lidar com a energia que é processada e usada em seu respectivo centro. Por exemplo, o som seminal Ram corresponde ao chakra do plexo solar vai regularizar o funcionamento de todos os órgãos relacionados à digestão.

Lam É o som seminal do chakra Muladhara, localizado na base da coluna. Ele é regido pelo elemento terra e tem a qualidade do olfato. Quando um devoto medita sobre o som Lam, diz-se que surge uma fragrância mística como indício de progresso espiritual.

Vam É o som seminal do Chakra Swadhisthana, localizado no centro genital. Seu elemento é a água e sua qualidade é o paladar. Ao recitar o bija Vam. visualiza uma lua crescente sobre a água. A paciência começará a se manifestar, bem como um maior controle sobre o apetite e outros sentidos.

Ram É o som seminal do Chakra Manipura, localizado no plexo solar. É regido pelo elemento fogo e sua qualidade é a forma. Concentre-se no Ram e você verá um fogo "amigável" que é parte de você. Quando essa energia é equilibrada, desaparecem os distúrbio estomacais e problemas digestivos.

Yam É o som seminal do Chakra Anahata, situado no centro do coração. O elemento que o rege é o ar e sua qualidade predominante é o tato. Se você concentra-se no som Yam, o som seminal do elemento ar, você poderá ouvir música ou vozes de seres divinos. (como diz a Bíblia, se você encontrar espíritos, não deixe de testá-los.) A prática deste mantra bija pode ajudar a aliviar muitos os sintomas de asmas e de outras doenças pulmonares.

Hum

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É o som seminal do Chakra Vishuddha, situado na região da garganta. Seu elemento é o éter e sua qualidade o som. Quando você se concentra no Hum, os problemas da garganta são curados e fica fácil aprender outras línguas.

Om É o som seminal correspondente ao Chakra Ajna, localizado no centro da terceira visão. As energias masculina e feminina encontram-se no centro da terceira visão. Portanto, este som seminal contém o Princípio da Unidade. Este mantra seminal está relacionado a uma qualidade de inteligência cósmica. Pela prática do Om, elimina-se as preocupações e a mente fica serena.

Cada mantra seminal tem um poder único que você mesmo terá de descobrir. Os modos como eles podem funcionar e manifestar-se para você são muito diferentes dos modos como funcionam para outros praticantes; isso é de se esperar em função das muitas e profundas diferenças kármicas pessoais. Seja receptivo a quaisquer imagens ou resultados que o mantra lhe proporcionar. Quaisquer mudanças que ocorram em sua vida podem conter o germe para a solução do problema ou o motivo pelo qual você deciciu praticar o mantra.

Como trabalhar com as energias dos planetas

De posse das informações fornecidas pelo seu mapa astral, você pode começar a atuar sobre a sua vida com uma idéia clara de por onde começar. Os mantras sanscríticos abaixo, traduzidos grossos modo, significam "Saudações ao espírito que presite o planeta _______________________". De acordo com os Vedas, todas as coisas são dotadas de consciência intrínseca. Segundo eles, a consciência dos planetas e astros é completamente diferente da nossa como seres humanos.

Apresentamos a seguir uma lista de fórmulas abreviadas de mantras para os setes planetas e os nodos kármicos da Lua. Se você está tendo dificuldade em alguma área da vida, procure o mantra correspondente ao planeta que pareça mais adequado e coloque-o em prática. Se quiser realmente arregaçar as mangas, pratique o mantra por um período de quarenta dias consecutivos.

Às vezes pode parecer que existe mais de um planeta envolvido. Isso realmente pode ocorrer por haver um aspecto comum entre eles ou por haver dois planetas em posições não-relacionadas. Nesse caso, trabalhe com os mantras correspondente a ambos os planteas. Isso pode ser feito ou seqüencialmente (quarenta dias para um, seguidos de quarenta dias para outro) ou dedicando um período diário para cada um. Siga a estratégia que melhor que convier.

Fórmulas abreviadas de mantras aos planetas

Planeta / Satélite / Local Fórmula / Tradução

Sol Om Suryaya Namaha Om e saudações a Surya, espírito que preside o Sol.

Lua Om Chandraya Namaha Om e saudações a Chandra, espírito que preside a Lua.

Marte Om Angarakaya Namaha Om e saudações ao espírito que preside o planeta Marte.

Mercúrio Om Budhaya Namaha Om e saudações a Buddha, espírito que preside o planeta Mercúrio.

Júpiter Om Gurave Namaha Om e saudações a Guru, espírito que preside o planeta Júpiter.

Vênus Om Shukraya Namaha Om e saudações a Shukra, espírito que preside o planeta Vênus.

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Saturno

Om Shanaishcharaya NamahaA terminação da palavra sânscrita que designa o planeta saturno, "Shanti", muda de acordo com o uso de Namaha (terminação neutra) ou Swaha (terminação feminina). Portanto, o mantra que termina com "namaha" fica sendo "Om Sri Shanaishcharaya Namaha" e o mantra que termina com "swaha" fica sendo "Om Sri Shanaishwaraya Swaha." Om Shanaishwaraya Swaha"Om e saudações a Shanti, o espírito que preside o planeta Saturno". Quando a energia de ambos sobe para o plexo solar, como acontece aos 29 anos de idade, o acréscimo de "Sri" ao mantra facilita a sua atuação. A terminação passa então da "namaha" para "swaha".

Rahu Om Rahuve Namaha Om e saudações a Rahu, espírito que preside o Nodo Norte da Lua.

Ketu Om Ketuve Namaha Om e saudações a ketu, espírito que preside o Nodo Sul da Lua.

Os Planetas e o nosso corpo

A freqüência dos órgãos

Cada órgão do corpo físico tem uma freqüência vibratória própria. Essa vibração é seu estado natural. Se você imagina que o fígado de todos os seres humanos vibra, por exemplo, dentro de um padrão geral, bem delimitado de freqüência, em seu estado natural, você está certo. Mas agora surgem as complicações. Todos os atos têm conseqüências e repercusões, sejam eles conscientes ou inconscientes. É impossível para nós ver essas conseqüências, em geral porque os efeitos são simultaneamente de proporções subatômicas e macrocósmicas. E essas conseqüências têm efeitos biológicos sobre o corpo. A mudança pode não ser visível imediatamente e nem mesmo se manifestará na vida em que foi criada. Mas ela se manifestará mais cedo ou mais tarde caso a energia não seja transmutada.

Não devemos esquecer que:

Matéria e energia não podem ser nem criadas nem destruídas (embora possam ser reorganizadas).

Essa é a Primeira Lei da Termodinâmica da física moderna.

Todas as coisas retornam à sua fonte. Essa é uma afirmação da Lei do Karma.

Você colhe aquilo que planta. Esse provérbio bíblico afirma metaforicamente a Lei do Karma.

Mesmo conhecendo dezenas de frases semelhantes, podemos não acreditar que somos responsável pela atuação dessas forças e seus efeitos da nossa vida. Mas a prática do mantra às vezes pode nos ajudar a transmutar o karma desta e de muitas vidas passadas.

Se um determinado karma negativo se estende por várias vidas, pode ser difícil mudar a saúde de um órgão numa única vida pela prática de mantras. Nesse caso, a alma pode escolher tomar uma atitude drástica e apagar o passado de uma vez com um câncer ou outra doença catastrófica que acabe com todas as vibrações negativas numa única vida. Entretanto, certas pessoas se valem de seu próprio karma positivo para neutralizar o karma negativo da doença e, com isso, ocorre uma cura milagrosa.

Tipo astrológico

Cada parte do corpo é regida por um signo astrológico específico. Por exemplo, o coração e a coluna não regidos por Leão. Os braços e os pulmões são

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controlados por Gêmeos. As funções da reprodução e da eliminação são regidas por Escorpião. A tabela apresentada abaixo "Os planteas e o nosso corpo", servirá de referência para uma consulta rápida. (Se você desejar uma análise mais detalhada, saiba que os astrólogo Jeff Mayo escreveu vários livros abordando esse tema em profundidade.)

Cada signo astrológico tem um planeta que em geral rege e direciona a energia dele no nosso universo local. Por exemplo, Capricórnio: Saturno; Escorpião: Marte; Leão: O Sol. Os efeitos de uma grande variedade de eventos relacionados karmicamente serão diferentes para cada pessoa de cada signo. Além disso, somos todos influenciados por uma disposição de doze "casas" de influências, como são chamadas, que giram em torno do mapa de cada pessoa. A lista dos signos astrológicos e planetas apresentadas mais abaixo mostra essas correspondências.

Para toda pessoa que chega às idades de 29, 58 e 86 anos, o planeta Saturno retorna à posição exata que ocupava quanto ela nasceu e tem início um novo ciclo de aprendizagem. Muitos astrólogos referem-se a esse período como o Retorno/Regresso de Saturno. Freqüentemente chamado de "O planeta das lições", Saturno começa a apresentar novas categorias de lições a cada um de nós, quando ele retorna ao lugar em que se encontrava na hora que nascemos.

A abordagens astrológicas

Extiste um modo oriental e um modo ocidental de abordar a astrologia e ambos funcionam. O Primeiro tem como referência a Lua e o segundo, o Sol. Mas a posição dos planetas é a mesma em ambas as abordagens. Por isso, para o propósito de atual sobre seu karma planetário, não importa o sistema que você usar.

Os planetas e o nosso corpo

Qualquer astrólogo ou livro de astrologis lhe revelará que certas partes do corposão regidas por princípios planetários específicos. Por exemplo, os joelhos, o baço e o sistema ósseo estão sob forte influência do planeta Saturno. Em astrologia, considera-se que essas partes do corpo são "regidas" pelo princípio saturnino. Apresentamos abaixo uma lista dos diferentes órgãos, suas relações com os respectivos corpos cekestes e o mantra relacionado com o planeta ou com outro corpo celeste que tenha maior influência sobre a parte específica do corpo.

Lista dos diferentes órgãos, suas relações com os respectivos corpos celestes e mantras

Órgãos Planeta/Estrela/Astro Mantra

Coração, coluna, diafragma, timo, sangue e veias Sol Om Sri Suryaya

Namaha

Estômago (inclusive os processos gástricos), seios, sistemas linfáticos e de secreções, como o suor e a saliva, sistema nervoso simpático

Lua Om Sri Chandraya Namaha

Mãos, braços, pulmões, órgãos sensoriais, alguma influência na glândula tireóide Mercúrio Om Sri Budhaya

Namaha

Garganta, pescoço, rins, ligação secundária com os órgãos sexuais e pés, alguma influência na glândula tireóide

Vênus Om Sri Shukraya Namaha

Órgãos Sexuais, glândulas supra-renais, glóbulos vermelhos Marte Om Sri Angarakaya

Namaha

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Fígado, vesícula biliar, lobo posterior da pituitária (relacionado como crescimento), Coxas

Júpiter Om Sri Gurave Namaha

Baço, sistema ósseo, incluindo a cartilagem, pele, parte da perna que vai do joelho ao tornozelo, lobo anterior da glândula pituitária (relacionado com o tipo físico)

Saturno Om sri Shanaishwaraya Swaha

De acordo com a astrologia lunar do Oriente, o período regido por Marte na vida das pessoas dura sete anos. Nesse período, as coisas podem ficar difíceis sem nenhum motivo aparente. Os astrólogos védicos (não é muito fácil encontrá-los) conseguem localizar facilmente esses e outros períodos potencialmente problemáticos nas áreas dos relacionamentos, dos negócios e outras. Saber que aspectos planetários podem estar causando os problemas abre caminho para a solução deles.

PRECES TIBETANAS

Refúgio e Bodhitchita: toda prática de preces Tibetana começa pela tomada de refúgio e Bodhitchita e termina com o oferecimento do mérito, por mais simples que ela seja.Buddha Amitaba: Prece de aspiração para renascer na terra pura. Guru Rimpoche: Reza a Guru Rimpoche para afastar obstáculos. Guru Yoga: Distribuição do mérito, Reza para distribuição do mérito.

Buddha Amitaba

E MA HO, NGO TS’HAR SANG GYE NANG WA T’HA YE DANG YE SU JO WO T’HUK JE CHHEN PO DANG YÖN DU SEM PA T’HU CHHEN T’HOP NAM LA SANG GYE JANG SEM PAK ME KHOR GYI KOR DE KYI NGO TS’HAR PAK TU ME PA YI DE WA CHEN ZHE JA WAY ZHING KHAM DER DAK NI DI NE T’HSE PÖ GYUR MA T’HAK KYE WA ZHEN GYI BAR MA CHHÖ PA RU DU RU KYE NE NANG THAY SHAL T’HONG SHOK DE KE DAK GI MÖN LAM TAP PA DI CHHOK CHU SANG GYE JANG SEM T’HAM CHE KYI GEK ME DUP PAR JIN GYI LAP TU SÖL TAYAT’HA PENTSA DRIYA AWA BODHANAYE SOHA OM AMI DEWA HRI E MA HO! O maravilhoso Buddha de Luz Infinita; à sua direita o Senhor da Grande Compaixão (Tchenrezig) e à sua esquerda o Bodhisattva de Grande Poder (Vajrapani). Estão todos rodeados por incontáveis Buddha e Bodhisattvas. Há felicidade e alegria, miraculosas e incomensuráveis neste domínio de Buddha chamado Dewatchen; Imediatamente, quando eu deixar esta vida, Sem a interrupção de um outro renascimento, possa eu lá nascer e ver a Face de Luz Infinita (Amitabha). Tendo feito esta prece de aspiração, possa eu ser abençoado por todos os Buddhas e Bodhisattvas das dez direções,

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com uma realização sem obstáculos.

Guru Rimpoche

DUM SUM SANGUEI GURU RIMPOCHE NGEU DROUP KUN DAK DEWA TCHENPEU SHAP PARTCHE KUN SEL DU DUL TRAKPOTSEL SOLWA DEBSO TCHINKYILAB TU SEUL TCHI NANG SANGWAI PARTCHE SHIWA TANG SAMPA LUNKYI DROPAR TCHINKILOP. Precioso Guru, buda dos três tempos Mestre das realizações, grande felicidade Trakpotsel, que dissipa os obstáculos e submete os demônios Eu vos suplico De conceder-me as vossas bençãos Pacificar os obstáculos exteriores, interiores e secretos Abençoe-nos e que nosso votos se realizem espontanteamente.

Distribuição do mérito

SONAM DIYI TAMTCHE ZIG PA NYI THOP NE NYEPE DRANAM PAM TCHE SHING KYE GA NATCHI BALONG DRUKPA YI SIPE TSOLE DROWA DRELWAR SHOK. Que pelo mérito desta prática, Tendo alcançado o estado de buda e Vencido os inimigos, as ações negativas, Sejam os sêres liberados dos oceanos das existências que agitam as ondas do nascimento, da doença, da velhice e da morte !

Refúgio e Bodhitchita

SANGYE TCHO TANG TSO GUI TCHO NAM LA DJANGTCHUB BARDU DA NI KYAB SU TCHI DA GUI DJIN SO DJIPE SONAM KYI DRO LA PENTCHIR SANGYE DRUB PAR CHO (repetir 3 vezes) SEMTCHEN TAMTCHE DEWA TANg DEWE GYU TANg DENPAR GYUR TCHIK DUNgAL TANg DUNgAL GUI GYU TANG DRELWAR GYUR TCHIK DUNgAL MEPE DEWA DAMPA TANg MINDRELWAR GYUR TCHIK NYERINg TCHADANg TANg DRALWE TANgNgOM TCHEMPO LA NEPAR GYUR TCHIK (Repetir 3 vezes) No Buddha, no Dharma e na sublime sangha, eu tomo refúgio até o despertar Pelo merito produzido pela minha prática da generosidade e das outras virtudes, (ética, paciência, perseverança, concentração e sabedoria), eu possa realizar o estado de Buddha pelo bem de todos os seres. Possam todos os seres possuir a felicidade e as causas da felicidade. Possam todos os seres ser separados do sofrimento e das causas do sofrimento. Possam todos os seres nunca mais perder a verdadeira felicidade desprovida de todo sofrimento. Possam todos os seres residir na grande equanimidade Desprovida de todo apego e aversão parciais.

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Guru Yoga

MA NAM KATAM NYANPÊ SANTCHEN TANCHÊ LAMÁ RINPOCHÊ LA SEULÀ DÊNBSO MA NAM KATAM NYAMPÊ SANTCHEN TANCHÊ LAMÁ KUN KIAB TCHEU KYI KU LA SEULUÀ DEMSO MA NAM KATAM NYAMPÊ SANTCHEN TANCHÊ LAMÁ DETCHEN LONGTCHEU DZOG PE KU LA SEULUÀ DENBSO TUDJÊ TRULPÊ KU LA SEULUÀ DENBSO (Repetir 3 vezes) Como todos os seres que preenchem o espaço que foram nossas mais eu pelo ao Lama, Precioso Buda Como todos os seres que preenchem o espaço que foram nossas mais eu pelo ao Lama, onipresente corpo de vacuidade (Dharmakaya) Como todos os seres que preenchem o espaço que foram nossas mais eu pelo ao Lama, a grande felicidade do Corpo de Regozigo (sambogakaya) Como todos os seres que preenchem o espaço que foram nossas mais eu pelo ao Lama, a compaixão do Corpo de Emanação.

ENERGIAS

Dádivas do sol

Muitos astrólogos profissionais recorrem à analogia da construção de uma casa para descrever as influências dos signos do Sol, da Lua e do signo ascendente - os "três grandes" componentes de um mapa astral. Na construção de uma casa, a superestrutura, as vigas mestras, a rede elétrica, a calefação e o ar-condicionado correspondem todos ao signo do Sol. A aparência tanto interna quanto externa da casa, incluindo a fachada feita de madeira, tijolo, estuque ou outro acabamento, bem como a decoração dos ambientes internos, corresponde ao signo da Lua. A aparência externa da casa é a nossa personalidade e a decoração dos ambientes internos é o modo pelo qual construímos nossos relacioamentos na vida, tanto pessoais como profissionais. A razão para a casa ser construída corresponde ao signo ascendente: por que viemos para este planeta.

Tudo começa a partir do signo básico do Sol. É a posição do Sol nos diferentes signos que dá à nossa "usina elétrica" interna certas características. Como o Sol é a fonte de energia que dá origem a tudo, não é de surpreender o fato de existir um grande número de mantras que atue no sentido de produzir condições específicas que afetem nossa "usina elétrica". Considera-se que os mantras ao Sol indicados aqui produzam certos efeitos, seus "frutos". Quando você repete um mantra, uma certa parcela de poder dele se torna evidente. Isso é chamado siddhi do mantra, que é o poder do mantra.

Siddhi é um termo genérico para designar poder ou capacidade espiritual. De maneira que algum poder ou capacidade deve manifestar-se como resultado da repetição do mantra.

O número mínimo em geral indicado pelas escritura e referências universais para alcançar o siddhi do mantra é de 125.000 repetições. Portanto, para se colher o fruto desses mantras ao Sol, prescreve-se um mínimo de 125.000 repetições. No caso de mantras curtos com o Om Suryaya Namaha é bastante fácil repetí-lo, digamos que duas mil vezes por hora. Nessa proporção, são necessárias 62 horas

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e meia para completar as 125.000 repetições. Isso pode ser facilmente realizado em quarenta dias. As fórmulas abreviadas de mantras se prestam facilmente para a disciplina de quanrenta dias. Dirigindo o carro numa autopista ou viajando de metrô são ótimas oportunidade para se trabalhar com mantras e custa muito menos do que falar pelo telefone celular.

Mantras ao Sol e seus frutos

Mantra Resultados

Om mitraya Namaha Luz da Amizade Universal

Om Ravaye Namaha Luz de Brilho Refulgente

Om Suryaya Namaha Dissipador das Trevas ou da Ignorância

Om Bhanave Namaha Princípio da Claridade

Om Khagaya Namaha Luz que Tudo permeia

Om Pushne Namaha Luz do Fogo Místico

Om Hiranyagarbhaya Namaha Aquele que Tem a Cor do Ouro: do Ouro que Cura

Om Marichaye NamahaLuz: manifesta e sutil, como no alvorecer e no crepúsculo

Om Adityaya Namaha Luz do Sábio: um aspecto de Vishnu

Om Savitre Namaha Luz da Iluminação

Om Arkaya Namaha Luz que Dissipa as Aflições

Om Bhaskaraya Namaha Brilho: a luz da inteligência

KARMAS

A sabedoria védica descreve quatro tipos de karma:

O Karma Sanchita é a soma de todas as ações passadas acumuladas durante todas as vidas anteriores de uma pessoa. Esse tipo de karma prepara o terreno para a vida atual, como também, possivelmente, para as seguintes.

O Karma Prarabdha é a parte do karma Sanchita que resultou das ações passadas na vida atual. Este tipo de karma tem mais a ver com o nosso dia-a-dia. Apesar de não podermos alterar os eventos desta vida que criaram o karma Prarabdha, podemos pela prática dos mantras, alterar nossas condições interiores, tanto emocionais quanto físicas, e com isso alterar o efeito que o karma prarabdha tem sobre nós.

O Karma Agami é o resultado das ações praticadas na vida atual que afetará as encarnações futuras. Este tipo de karma pode ser considerado a plantação das sementes que mais tarde serão colhidas. A idéia budista do "meio de vida correto", a Regra de Ouro, ou os Dez Mandamentos, por exemplo, podem ser usados como diretrizes para a otimização do karma em nossa próxima vida.

O Karma Kriyamana é o resultado imediato de nossas ações atuais. Se, por exemplo, você agride alguém, essa pessoas pode muito bem reagir agredindo-o. O karma Kriyamana é o "karma instantâneo".

Karma acumulado

Carregamos o karma conosco como uma bagagem que armazenamos em várias

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partes do corpo. Por exemplo, o karma Sanchita - todas as nossas ações e decisões passadas - é guardado na alma. No momento em que nascemos, uma parte do total desse karma passa para o corpo físico e outra parte vai para o corpo etérico. O restante continua armazenado e não vai entrar em ação durante esta vida em particular. As partes do karma Sanchita, ou das vidas passadas, que foram liberadas se manifestarão através da rede de canais neurais (neurônios) que definem a atividade da nossa mente/cérebro e nossa personalidade, bem como o nosso corpo físico. O karma Sanchita também vai afetar a situação do nosso nascimento, dotando-nos de uma pré-disposição e de um ambiente que influenciarão nossos hábitos, preconceitos e o desenvolvimento de talentos e habilidades que usaremos nesta vida para transformar uma determinada parte do nosso karma.

Enquanto seguimos pela vida, as pessoas que encontramos ou as circunstâncias com as quais nos deparamos liberam e colocam em ação parcelas particulares do karma. Cada vez que isso acontece, temos a oportunidade de transformar uma parcela específica do nosso karma. Suponhamos, por exemplo, que algo de ruim aconteça - a perda de um emprego, o surgimento de uma doença grave ou a perda da pessoa amada: uma pessoa pode ficar deprimida ou desanimada, enquanto outra, diante desses mesmos problemas, pode permanecer otimista, ou ficar ainda mais determinada a vencer o obstáculo. Entretanto, cada uma delas estará atuando sobre seu próprio karma particular.

Como agir sobre o karma

A palavra "mantra" é derivada das palavras sânscritas manas, ou "mente", e trai, "proteger" ou "libertar-se de". O sentido literal da palavra mantra é, portanto,"libertar-se da mente". O mantra é um instrumento mental que pode nos livrar de nossos hábitos mentais condicionados e da sujeição a quaisquer circunstâncias de via pre-determinadas. A jornada partindo do mantra para a liberdade é gratificante e surpreendente; ela nos conduz através da imobilidade e estagnação dos pensamentos viciados para a essência fundamental e a unidade da consciência.

A Lei do Karma inclui também a noção de graça, pela qual o karma negativo pode ser perdoado pela autoridade divina ou mesmo tomado por outra pessoa para servir a algum propósito mais elevado. Um exemplo extremamente instigador disso ocorre no Novo Testamento, em que se afirma que Jesus tomou para si os pecados coletivos da humanidade.

Mas a idéia de tomar para si o karma de outros não se restringe de maneira alguma a personagens divinos ou figuras religiosas. Mestres espirituais altamente desenvolvidos assumiram de boa vontade fardos kármicos de outros. O grande sábio Paramahansa Yogananda visitou certa vez um lugar na Índia onde a elefantíase proliferava por toda parte. Quando começou a apresentar todos os sintomas dessa doença, Yogananda disse simplesmente que estava "cumprindo sua parte", e seus discípulos entenderam que, com isso, ele queria dizer que estava tomando para si uma parcela da doença para aliviar os sofrimentos dos contaminados.

A recitação de mantras atua diretamente sobre todos os tipos de karma, ajudando-nos a superar o que pode ter sido criado inadvertidamente ou sem saber nesta ou em alguma vida passada. Assim podemos curar vários males físicos, emocionais e espirituais que trouxemos para esta vida como parte da nossa herança kármica.

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Como alterar os efeitos do karma

Os karmas Sanchita, Kriyamana e Agami podem ser afetados positivamente na nossa vida atual pelas decisões conscientes. O karma Prarabdha, entretanto, é definido no momento em que nascemos. Esse karma será nosso durante toda a vida atual.

Embora não seja possível mudar a posição dos planetas na hora de seu nascimento, você pode influenciar seu karma Prarabdha. Você pode mudar o modo com que recebe as influências ou vibrações dos planetas "sob os quais nasceu". Para ilustrar essa questão, o mestre espiritual norte-americano Donald Walters - também conhecido durante anos como Swami Kriyananda - criou uma analogia maravilhosa. Pode estar "em nosso planetas", Walters disse, "que num determinado momento, nós rolemos por uma escada e quebremos uma perna. Mas isso não precisa acontecer. Podemos nos preparar espiritualmente para que, quando surgir esse momento, tudo o que acontece seja uma topada com o dedo do pé".

Essa é uma idéia poderosa. A influência dos astros sobre nós pode de fato ser modificada pelo estado no qual recebemos suas misteriosas vibrações. Mas como podemos operar essas mudanças interiores ? Como podemos mudar a nós mesmos para que, quando surja esse momento específico com suas propensões intrínsecas, apenas demos "uma topada com o dedo do pé" ?

Como mudar a paisagem interior

O trabalho que realizamos com os mantras é governado pelo karma Agami. Praticar um mantra é uma ação no presente que afetará nosso karma futuro. Quando recitamos um mantra, nossas condições interiores muda, de maneira que, quando as vibrações nos atingem, os efeitos são diferentes do que seriam se não tivéssemos mudado nossa paisagem interior. Além disso, o trabalho efetuado agora com o mantra torna-se parte do nosso karma Agami em um sentido positivo. Nossas ações anteriores baseadas no livre-arbítrio vêm agora em nosso auxílio. E como estamos afetando nosso bem atual para melhor, estamos também trabalhando com o karma Kriyamana.

A recitação de mantras afeta, portanto, cada um dos tipos de karma e nos ajuda a superar as condições desfavoráveis que possamos ter criado inadvertida ou inconscientemente nesta ou em alguma vida passada. Como exatamente isso pode ocorrer ?

Quando trabalhamos com as vibrações sonoras do mantra, essas vibrações mudam as condições interiores do nosso corpo físico e etérico. Quando um determinado mantra é praticado por um determinado período de tempo, o corpo físico, os chakras e todos os elementos do corpo etérico sintonizam-se de uma maneira um pouco diferente.

O karma pode ser comparado com as sementes que foram primeiro armazenadas e depois plantadas. Quando por fim as condições se tornam propícias, as sementes do karma brotam. O propósito de redução ou eliminação do karma corresponde, então, a destruir as sementes. Pela prática diligente de mantras sanscríticos, nós destruímos as sementes do karma negativo, criadas por atos e atitudes mentais do passado.

Considere, por exemplo, um mantra para eliminar a raiva. A eliminação da raiva

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pela prática do mantra implica a mudança da vibração nos lugares em que certos padrões estão armazenados nos corpos físicos e sutil. A raiva é armazenada em certos órgãos e partes do corpo. Embora a localização exata possa variar de pessoa para pessoa, ela é bem específica em cada um de nós. Quando uma condição exterior tem um efeito sobre o lugar ou lugares em que estão armazenados os padrões de energia da raiva, ficamos enfurecidos.

Os planetas podem ser considerados como "mecanismos" que disparam certas tendências interiores. Quando eles passam por certos signos astrológicos ou formam alinhamentos que encontram ressonância em nosso DNA astrológico, conforme se apresenta em nosso mapa astral, os padrões armazenados também começam a ressoar. Assim, podemos ficar com raiva diante de um fato que normalmente não produziria esse efeito. A personalidade concorda com a ativação interior dos padrões e nós reagimos com raiva diante de alguma situação. Embora seja verdade que tendemos a ser levados a sentir raiva pelos mesmos tipos de estímulos, é também verdade que o movimento dos planetas podem provocar o surgimento de novos padrões.

O uso do mantra com a intenção consciente de eliminar a raiva dará início a um processo no qual esses padrões se dissolvem e a energia armazenada é transformada, passando a ficar disponível para outros propósitos.

Em psicologia, há um ditado que diz: "descubra a sua raiva e você estará liberando uma grande quantidade de energia." Pela transformação da hostilidade, você pode se tornar mais capaz e produtivo. Os antigos ensinamentos espirituais estão inteiramente de acordo com essa idéia moderna.

A atividade astrológica também pode produzir efeitos positivos. A proposta inesperada de um ótimo emprego, o encontro da pessoa de nossos sonhos e ganhar na loteria são todos exemplos de karma positivo em ação. Então, a idéia de equilíbrio entra em cena. Nós queremos maximizar o karma positivo e minimizar o negativo e ter discernimento para distinguir um do outro. Ao assumir a prática de mantras para alcançar o equilíbrio kármico apropriado, é também importante que oremos para ter sabedoria.

PRANAYAMAS

CONTROLE DA RESPIRAÇÃO VITAL (PRANAYAMA)

Na etapa prática encontram-se os exercícios respiratórios (pranayamas), representados pelo controle da energia vital e sutil (prana), cuja prática afastará muitos obstáculos, como a preguiça, a fraqueza física e mental, o entorpecimento do corpo físico e até mesmo moléstias comuns. São muito úteis também a aquisição do domínio sobre os sentidos, os órgãos e as glândulas e, o que é mais importante, sobre os centros de energias sutis ou chakras, pelos quais a energia flui de um a outro veículo ou corpo do ser humano. Os exercícios respiratórios servem também para acalmar e tranqüilizar a mente.

Aqueles que praticarem de forma normal e constante os exercícios respiratórios obterão grande controle e poder, tanto sobre o corpo físico como sobre a mente. Um detalhe interessante é que as pessoas que sofrem dos nervos, têm insônia, são agitadas ou ansiosas, sentem-se angustiadas ou desassossegadas, em poucos dias alcançarão resultados curativos, através dos exercícios respiratórios adequados ao estado de cada um.

Como instrumento de prática superior, esses exercícios têm um finalidade muito

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mais profunda, que é a de trazer ampla tranqüilidade aos turbilhões da mente humana, dando a esta a base necessária para o seu aprimoramento, para seguir os caminhos da espiritualidade.

O termo pranayama pode ser subdividido em duas partes: prana e yama. Yama tem uma significação limitada, a de controle, de domínio – neste caso específico, de domínio do alento vital ou de energia de vida. Quanto ao termo prana, tem uma definição muito mais ampla e profunda. De certa forma, no Oriente, o prana é considerado como um princípio universal de energia cósmica ou força cósmica e, ao mesmo tempo, é também a manifestação desse mesmo princípio. O prana pode também ser considerado como o princípio da energia vital manifesto em tudo o que tem vida. Daí tudo pode conter prana, pois este é encontrado entre os minerais, entre as mais elementares formas vegetais e animais, estendendo-se ao ser humano, ou ainda às formas mais sutis que extrapolam o conceito da matéria, como é o caso do espírito.

Esse profundo principio ativo chamado prana coexiste em todos os planos e matérias da matéria e, na realidade, não é matéria, podendo, inclusive, chegar onde o ar comum jamais chegaria.

Exemplificando, afirma-se que o ser humano, que tem a capacidade ou propriedade de armazenamento em sua estrutura psicofísica uma maior quantidade de prana – seja de forma consciente ou não, freqüentemente emite através de vibrações essa profunda vitalidade energética, a qual é sentida e absorvida por todos os que entram em contrato com o mesmo, podendo ainda transmitir essa força, dando aos que o rodeiam saúde ampla, vitalidade profunda e equilíbrio mental e espiritual.

O Prana e os Aparelhos Respiratório e Circulatório

É conveniente discorrer, sob o aspecto fisiológico, sobre as funções dos aparelhos respiratórios e circulatórios, já que o ar comum, impregnado de prana, que o ser humano respira constantemente mantém o princípio de vida ativa em sua estrutura psicofísica através do trabalho realizado por esses dois aparelhos, que têm função complexa e harmoniosa no organismo.

O aparelho respiratório é composto pelos pulmões, brônquios e artérias e veias que o interligam diretamente com a traquéia e o coração. São os dois pulmões, que ocupam a câmara pleural do tórax, um de cada lado da linha intermediária, estando separados entre si pelo coração, pelos grandes vasos sangüíneos e também pelos tubos condutores de ar. Os pulmões são independentes e explanam-se em todos os sentidos menos em sua base, onde estão os brônquios, veias e artérias, têm aspecto esponjoso e sua formação tecitória tem a característica de ser elástica. A câmara pleural é uma espécie de envolocro semi-sutil, porém bem formado, com bases internas a que os pulmões e a parte interior do peito aderem perfeitamente. Ela segrega um composto semilíquido que permite a expansão dos pulmões, quando se respira normalmente.

O trajeto do ar desenvolve-se da seguinte forma: ao inspirar, o ar penetra no corpo pelo conduto interior das narinas, seguindo pela faringe, laringe, traquéia e tubos bronquiais. Nesse trajeto, o ar, através de um processo térmico orgânico, torna- se aquecido ao nível da temperatura interior do corpo, mormente quando entra em contato com a membrana mucosa carregada de sangue. Após sua passagem pela faringe e pela laringe, adentra na traquéia, que se divide em tubos bronquiais (chamados brônquios), os quais, por sua vez, se ramificam até formais os milhões de espaços infra-aéreos que formam a estrutura pulmonar.

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O processo de introdução do ar nos pulmões é realizado pelo diafragma, que pode ser definido como um músculo estriado de forma triangular e semi pontiagudo, amplo e delgado, que se prolonga através da parte frontal do tórax, separando dessa forma, a cavidade torácica da abdominal. O diafragma tem uma ação caracteristicamente psicomotora (ou automática), do tipo da ação realizada pelo coração, mesmo levando-se em conta que possa ser transformado em um músculo voluntário pelo simples esforço da vontade. Quando ele se dilata, amplia sensivelmente a capacidade do tórax e dos pulmões, e o ar se introduz, então, nesse espaço criado. Quando esta dilatação chega ao fim do seu processo normal, o tórax e os pulmões voltam ao tamanho normal expelindo o ar, o qual já contém as impurezas absorvidas.

Mas essa é apenas uma face do processo respiratório, já que ao mesmo tempo deve-se observar o que ocorre com a circulação sangüínea. O sangue para atingir todas as partes da estrutura física, é compelido pelo coração, por meio das chamas artérias e dos vasos capilares. Seu regresso ao coração, dá-se por meio dos mesmos vasos capilares e por outras veias e condutos, sendo em seguida enviado aos pulmões. O percurso de ida do sangue é caracterizado pela sua pureza integral, ou seja, ele está pleno em suas qualidades vitais. Na volta, ela adquire a qualidade de sangue venoso, ou sangue sujo, impuro, chegando aos pulmões após passar pela aurícula direita do coração. Quando atinge os pulmões, através de complexo processo bio-orgânico, o sangue distribui-se pelos milhões de minúsculas células de ar contidas nos pulmões. Assim, na inspiração, o oxigênio puro contido no ar põe-se em contato direto com o sangue impuro por meio de vasos capilares, cuja formação permite e realiza este processo. O sangue impuro através de um processo de combustão, libera gás carbônico originário da sua composição venosa, voltando a ser puro e oxigenado, sendo assim reconduzido ao coração, pela mesma aurícula direita, que o remete ao ventrículo esquerdo, de onde ele novamente distribuído através das mesmas artérias, repetindo-se o processo.

Fases da Respiração

Em Nossa respiração encontramos quatro fases: inspiração, retenção com as nos pulmões, e retenção sem o ar nos pulmões.

PURAKA Inspiração.

KUMBHAKA Retenção com o ar nos pulmões.

RECHAKA Expiração.

SUNYAKA Retenção sem o ar nos pulmões.

Estas são as quatro fases da respiração que no início deverão ser baseadas em nosso ritmo orgânico.

PURAKA

É o movimento do aparelho respiratório que permite a entrada de ar nos pulmões. É a fase de absorção do alento e como nas outras fases, deve ser feita lente e profundamente. É importante nessa fase que coloquemos a quantidade certa de ar nos pulmões e não uma quantidade acima da capacidade do mesmo.

KUMBHAKA

É a retenção do alento com os pulmões cheios de ar. É a fase ou tempo de retenção

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que se realiza com uma duração mais ou menos prolongada entre a inspiração e a expiração. O Kumbhaka tem na prática de yoga, muita importância, o objetivo imediato dos diversos tipos de pranayama com kumbhaka é o estímulo da respiração interna.

A prática regular assegura um bom dinamismo fisiológico, melhora o tono vital e permite resistir a todas as fadigas.

Durante a retenção, o coração acalma as suas pulsações que parecem estremecer ritmicamente todo o tórax, o eu consciente entra em relação direta com o centro respiratório acalmando assim o ritmo da respiração, estimula e restabelece o equilíbrio neurovegetativo, amplifica os movimentos peristálticos do intestino e favorece as secreções das glândulas digestivas. Se acompanha também de importantes modificações do metabolismo: decomposição parcial do açúcar para obter diretamente oxigênio, a fim de compensar a interrupção do aporte exterior.

É encontrado com o nome de antara kumbhaka kumbhaka interno, etc.

Não se deve ter pressa para começar a prática do kumbhaka. É necessário que seu início deva ser precedido de uma temporada de prática exclusiva de puraka ou rechaka. Durante a retenção a coluna deve estar completamente ereta, o baixo ventre deve estar ligeiramente inclinado, para as correntes prânicas possam correr livremente.

Quando se pratica pranayama com kumbhaka maior que 10 segundos, será indispensável o jalandhara bandha já que este é acompanhado de quase todo o kumbhaka. A expiração logo após, deverá ser lenta e profunda. Deve terminar-se por expulsar os últimos restos de ar mediante uma contração dos músculos abdominais. Todo o Kumbhaka prolongado é desaconselhável aos cardíacos, aos que sofrem de afecções pulmonares e aos hipertensos.

RECHAKA

O rechaka ou expirações é executado mediante relaxamento do diafragma e dos intercostais.

Nunca forçando ativamente a expulsão do ar, salvo em determinados exercícios. Também, salva em determinados exercícios, nos quais este extremo será indicado expressamente. A expiração tem que ser realizada pelo nariz, nunca pela boca. A expiração, é uma fase especial do exercício respiratório, é quando o yogin dirige a vontade o fluxo de prana em todo o organismo ou na região que escolhido. Por conseguinte esta expiração deve ser prolongada, controlada e completa. Isto implica que a retenção não deve ser prolongada por demais.

Durante a expiração, pode ocorrer contração da parede abdominal o que é muito normal. Durante todo o rechaka, a exalação tem que ser uniforme, isto é, a força da corrente de ar deve ser mantida no mesmo grau durante toda expiração. O fato de expirar não deve ser diminuído nem aumentado, em nenhum momento, em rapidez. Salvo em determinados exercícios a expiração deve ser tão completa que nem um centímetro cúbico deve ser tirado os pulmões.

SUNYAKA

Também chamado bahya (kumbhaka externo) é a suspensão com os pulmões vazios. Esta como qualquer fase da respiração, deve ser dominada gradativamente.

Pranayama purificador (ou preparatório)

Este exercício respiratório é indicado para qualquer ocasião ou circunstância. Além

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de purificar todo o organismo, revitalizando as células e embelezando a pele, serve também para equilibrar o sistema nervoso, agindo diretamente sobre o complexo de glândulas endócrinas. Por outro lado, pela sua ação de limpeza, elimina o cansaço e a insônia, da mesma forma que a fadiga e a agitação nervosa. Sob outro aspecto, ativa também os chakras ou centros de energia sutis contidos em nosso corpo, em número de sete fundamentais ou principais: coronário, hipófise, laríngeo, cardíaco, solar, sacro e básico. Serve ainda como preparatório à abertura das práticas comuns.

Forma de realizá-lo corretamente.

Em pé, com o corpo ereto, mas relaxado, as pernas semi-abertas. Os braços soltos ao longo do corpo.

Inspira profunda e suavemente pelas narinas, enquanto ergue os braços, dobrando-os de modo que as mãos cheguem até o pescoço; os cotovelos vãos, então, se aproximando até se unirem. Ao chegar nessa posição, reter o ar nos pulmões, mas sem forçar. Quando os cotovelos estiverem totalmente unidos, soltar o ar pela boca de forma vigorosa e espontânea, liberando amplamente os braços, fazendo-os voltar ao lugar de origem, ao longo do corpo e bem soltos.

Repetir um mínimo de quinze a vinte vezes, três vezes por semana, para obter resultados e efeitos razoáveis, ou então o número de vezes que achar agradável. Não há contra-indicações com relação a essa prática.

Os horários ideais para a sua realização são o período da manhã ou da noite, embora não haja inconvenientes em praticá-lo em outros horários, apesar de os efeitos serem menos profundos.

Pranayama concentrador (ou para a concentração)

Este exercício respiratório é indicado como um dos básicos para o treino de técnicas iniciais de concentração. Sua ação elimina a dispersão da mente, tornando-a mais saudável e equilibrada. No aspecto físico, torna o corpo esbelto e dá-lhe beleza na postura, já que se tem que adotar uma pose de perfeição durante suas práticas.

Sua prática constante abre a percepção interior.

Da mesma forma que o exercício respiratório anterior, ativa os chakras ou centros de energias sutis do corpo, notadamente os mais elevados, que se localizam na cabeça: coronário e hipófise.

Forma de realizá-lo corretamente:

Em pé ou então sentado. Caso seja na postura sentada, adotar uma postura agradável e fácil de ser realizada, sempre com a coluna ereta, mas o corpo solto e flexível, a cabeça na verticalidade da coluna.

Inspirar profundamente pelas narinas, e ao mesmo tempo, pressionar o queixo com firmeza contra a garganta, retendo a respiração de forma energética enquanto for possível e agradável e não causar incômodos ao praticante. Concentrar-se no chakra ou centro de energia situado entre as sobrancelhas (hipófise). Ao expirar, fazê-lo de forma lenta e tranqüila, mantendo a posição. A pressão do queixo contra a garganta leve, em sânscrito, o nome de jalandhahara bandha e, na estrutura física, serve para fortalecer a estrutura do pescoço (evitando disfunções na tireóide e outros males locais), atuando diretamente sobre as glândulas lá localizadas como a tireóide e paratireóides. O tempo de duração de sua prática deverá ser aumentado gradativamente.

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Pranayama vitalizados (ou para equilibrar a saúde)

Este exercício respiratório pode ser realizado por qualquer pessoa e mais especificamente por aquelas que estejam com a saúde desgastada, seja por motivos físicos ou mentais. Sua finalidade básica, como o seu próprio nome indica, é vitalizar ou então restabelecer a saúde e o organismo. Não tem contra-indicações.

Forma de realizá-lo corretamente:

Em pé, o corpo ereto voltado para o nascente do Sol. A cabeça na verticalidade da coluna, as pernas semi-abertas e os braços soltos ao longo do corpo.

Inspirar (puraka) longa, tranqüila e profundamente com a atenção voltada para o percurso do ar dentro do corpo, o que exige muita sensibilidade. A seguir, reter, também com suavidade, o ar inspirado (Kumbhaka). Essa retenção jamais deverá ser forçada, mas sim ser feita de forma tranqüila e natural, não devendo nunca o praticante exceder os seus limites. Expirar (rechaka) da mesma maneira, lenta egradualmente, mas com controle e equilíbrio. Após essas três etapas, manter os pulmões vazios (sunihaka).

A prática deverá ser durante o dia e, preferencialmente, à luz do sol, respeitando os horário que vão de 11:00 horas e após às 15:00 horas.

Na medida do possível, e com o desenvolver das práticas, o tempo de duração de cada etapa deverá ser o mais prolongado possível, devendo-se iniciar com um período curto e prolongar o mesmo de acordo com a necessidade de cada um. Este exercício também pode ser realizado na posição sentada. Para obter-se resultado favorável, o mesmo deverá ser repetido um mínimo de vinte a trinta vezes.

Pranayana nádi sodhana (ou exercício respiratório perfeito)

Forma de realizá-lo corretamente:

Em pé, o corpo ereto, a cabeça na verticalidade da coluna de maneira natural. Os braços soltos ao longo do corpo e as pernas semi-abertas.

A respiração não tem fase de retenção é alternada, ora uma narina, ora outra, já que a finalidade aqui, é nivelar, e equilibrar as correntes prânicas que passam pelas duas narinas e também purificar a grande rede de canais (nádis) existentes no corpo humano, deixando-a livre e desimpedida para realizar a harmonização interior.

Para as práticas, devem-se utilizar os dedos da mão direita desta maneira: o dedo indicador acima das sobrancelhas e o anelar, delicadamente acima do nariz, entreabertos normalmente, sendo que o dedo médio não deve tocar a testa. Os dedos polegar e mínimo servirão para bloquear e alternar a saída do ar pelos canais das narinas esquerda e direita, respectivamente.

a) Inspirar lenta e profundamente, com ambas as narinas, concentrando-se apenas nesse fato.

b) Expirar da mesma forma, mas só pela narina esquerda, bloqueando a narina direita com o dedo polegar.

c) Voltar a expirar lentamente a profundamente, por ambas as narinas.

d) Expirar da mesma forma, mas desta vez pela narina direita, bloqueando a narina esquerda com o dedo mínimo.

e) Repetir o exercício, no mínimo trinta vezes para cada narina.

f) Repousar por alguns instantes e reiniciar a prática, começando pelo

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bloqueio da narina esquerda.

Este exercício pode ser realizado a qualquer hora do dia e não tem contra-indicações. Seus resultados serão sentidos de imediato, sempre benéficos e profundos. Pode, também, ser realizado na posição sentada.

Pranayamas (respiração consciente)

01) Respiração Abdominal – Ardha Prana Kriya Pranayama.02) Respiração Completa – Prana Kriya Pranayama.03) Respiração Completa com retenção de ar – Prana Kriya Kumbhaka

Pranayama.04) Respiração Quadrada – Samavritti Pranayama.05) Respiração Rítmica sem Retenção – Visama Vritti Pranayama.06) Respiração Rítmica com Retenção – Visama Vritti Kumbhaka.07) Respiração com Inspiração Escalonada – Viloma Pranayama I.08) Respiração com Expiração Escalonada – Vilona Pranayama II.09) Respiração com Inspiração Escalonada e com Mula Bandha – Viloma

Pranayama I / Mula Bandha.10) Respiração com Expiração Escalonada e com Mula Bandha – Viloma

Pranayama II / Mula Bandha Pranayamas Alternados

11) Respiração Solar – Surya Bhedana Pranayama.12) Respiração Solar com Retenção – Surya Bhedana Kumbhaka.13) Respiração Alternada sem Retenção e sem Ritmo – Nadi Sodhana

Pranayama I.14) Respiração Alternada sem Retenção e com Ritmo – Nadi Sodhana

Pranayama II15)16) Respiração Alternada com Ritmo e com Retenção – Sukha Purvaka

Pranayama II.17) Respiração com Expiração Alternada e com Retenção – Anuloma

Pranayama.18) Respiração com Inspiração Alternada e com Retenção – Pratiloma

Pranayama.

Respiratórios Ruidosos19) Respiração Glótica sem Chave de Queixo – Ujjayi Pranayama I.20) Respiração Glótica com Chave de Queixo – Ujjayi Pranayama II.21) Respiração Dental – Sitkari Pranayama.22) Respiração Lingual – Sitali Pranayama.23) Respiração do Sopro Único – Kapalabhati Pranayama.24) Respiração de Sopro Rápido – Bhastrika Pranayama.25) Respiração de Sopro Há.26) Respiração Purificadora.27) Respiração Neurovitalizadora.28) Respiração com Inspiração Lenta e Expiração Única Brusca.29) Respiração com Inspiração Lenta e Expiração Brusca Escalonada.30) Respiração com Inspiração Brusca Única e Expiração Lenta.31) Respiração com Inspiração Brusca Escalonada e Expiração Lenta.

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O poder do signo astrológico

Os alinhamentos planetários nos mapas astrais individuais podem apresentar problemas e ensinamentos específicos para cada um de nós. A maioria dos astrólogos interpreta os aspectos "fáceis" e "difíceis" dos planetas presentes num mapa astral em função de sua relação com outros planetas. Normalmente, eles não conhecem nenhum meio para aliviar as dificuldades impostas pelos alinhamentos. Mas, pela prática do mantra sanscrítico apropriado para cada planeta, é possível mudar o karma planetário. Eis uma lista dos signos astrológicos com os planetas e corpos kármicos que os regem, bem como do mantra associado a cada corpo celeste, inclusive Rahu e Ketu, os nodos kármicos da Lua.

Lista dos signos astrológicos com os planetas e corpos kármicos que os regem e mantra associado

Signo Planeta /

Satélite Mantra

Áries Marte Om Sri Angarakaya Namaha

Touro Vênus Om Sri Shukraya Namaha

Gêmeos Mercúrio Om Sri Budhaya Namaha

Câncer Lua Om Sri Chandraya Namaha

Leão Sol Om Sri Suryaya Namaha

Virgem Mercúrio Om Sri Budhaya Namaha

Libra Vênus Om sri Shukraya Namaha

Escorpião Marte / Plutão Om sri Angarakaya Namaha

Sagitário Júpiter Om sri Gurave Namaha

Capricórnio Saturno Om sri Shanaishwaraya Namaha

Aquário Urano / Saturno Om sri Shanaishwaraya Namaha

Peixes Júpiter / Netuno Om sri Gurave Namaha

Cabeça do Dragão Nodo Norte da Lua Om sri Rahuve Namaha

Cauda do Dragão Nodo Sul da Lua Om sri Ketuve Namaha

No Princípio Era o Verbo

Nas tradições religiosas e espirituais de todo o mundo, os estados espirituais são comparados à luz. O objetivo espiritual de todas elas é a "iluminação". Na forma corriqueira de nos referirmos ao desenvolvimento espiritual, buscamos a "luz que ilumina o nosso caminho", para que possamos percorrê-lo com segurança. Durante séculos, artistas de diferentes tradições fizeram uso da luz para pintar os grandes mestres espirituais. Como um claro indício do poder espiritual, a luz circunda os apóstolo do Arco da Aliança e forma auréolas ao redor dos santos, de

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Cristo e de Buda. Nos primeiros versículos do Gênese lemos, "E Deus disse: Faça-se a luz e a luz foi feita". Porém, se achamos que a expressão máxima do poder espiritual é a luz, estamos enganados. O espírito é criado e animado não pela luz, mas pelo som.

Se examinarmos mais atentamente o Gênese, veremos antes a afirmação "Deus disse..." A luz da criação divina foi introduzida pelo som. O verbo divino, de acordo com o Gênese, é que deu origem à luz espiritual que todos nós aspiramos.

O Evangelho segundo São João, do Novo Testamento, que foi escrito milhares de anos depois do Gênese, começa com o versículo, "No princípio era o Verbo..." O princípio não era a luz, mas o som na forma do verbo divino. Nem o Antigo nem o Novo Testamento contêm qualquer versículo dizendo algo como "E Deus fez a luz brilhar". Em vez disso, Deus cria o fenômeno expressando-o verbalmente. O instrumento primordial da criação é o som.

Na sabedoria do antigo Oriente, encontramos o mesmo ensinamento. Todo o universo é criado quando Deus decide manifestar a realidade pelo poder do verbo divino. Em certos textos orientais, esse poder é mencionado como Saraswati - a Palavra.

O livro de sir John Woodroffe, The Garland of Letters, inclui uma tradução de uma escritura sagrada chamada Satha patha Brahmana, escrita há milhares de anos. O sexto volume dessa escritura começa assim:

No princípio era Deus com o poder da palavra. Deus disse, "Que eu possa ser muitos... que eu possa ser propagado". E por sua vontade expressa através de uma fala sutil, ele uniu-se a essa fala e fecundou-se. Prajapathi e Saraswati foram então criados. E Prajapathi é o nome do progenitor de todos os seres.

Essa afirmação parece espantosamente semelhante ao conceito de criação expresso no Gênese e no texto inicial do Evangelho segundo São João.

Uma visão geral da cosmologia védica

A religião védica, transmitida durante milênios pela tradição oral anterior ao advento da escrita, apresenta uma visão concisa de como surgiu o cosmo. A criação começou com [o] Ser, um estado tão sublime e diferente de tudo que podemos conceber e que só pode ser expresso em metáforas, alegorias e imagens. Uma das representações mais comuns desse estado de Ser é a divindade hindu Narayana, que flutua num mar trevoso. Do plexo solar do Narayana adormercido nasce uma outra entidade chamada Brahma.

Enquanto Narayana dorme e Brahma é gerado, o universo é concebido como uma idéia divina. Não-manifesto, esse universo é vago e informe. Mass esse Ser passou a ser Mente, que é Brahma. Entretanto, essa mente de brahma não é estática, porém dinâmica. Logo, ela experimenta o Desejo, que rapidamente é sucedido pela Vontade. O Desejo e a Vontade levam Brahma a invocar esse poder - Saraswati, é Expressão Divina da manifestação. Saraswati é descrito como um princípio feminino. É "a Palavra" conforme entendida na tradição védica. Quando Brahma invoca seu poder, quando ele invoca Saraswati, o universo passa a existir com todas as forças que o animarão pelos bilhões de anos que virão.

O processo de criação é, então, descrito através das imagens de uma breve narrativa:

Primeiro, Deus como Ser...

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Do Ser surge a Mente...

Da Mente surge o Desejo...

Do Desejo surge a Vontade...

Da Vontade surge a Palavra...

Da Palavra surge todo o resto.

A mesma idéia é expressa em outros texto orientais. No budismo chinês, Kuan Yin é o termo usado para referir-se à "voz divina" que dá origem à forma ilusória do universo surgida dos sete elementos. Os Vedas referem-se à divina corrente sonora Shabda Brahma, que permeia tudo e é uma chave para a criação.

As referências, nos textos sagrados, ao poder do som não se restringem aos mitos da criação. No livro do Êxodo do Antigo Testamento, consta que o som das trombetas derruba as muralhas de Jericó. No Oriente, o som das trombetas é um símbolo de grande poder espiritual associado com a introvisão e a consciência elevada. Considera-se que o som da trombeta é "ouvido" ou percebido pela terceira visão - ponto localizado entre as sobrancelhas - que pode ter contato direto com o Divino.

Essa idéia antiga continua presente em textos e mestres mais recentes. O mestre e místico Sufi Hazrat Inayat Khan escreveu: "O som divino é a causa de toda manifestação. Quem conhece o mistério do som conhece o mistério de todo universo." Na primeira metade do século XX, H.P. Blavatsky, fundadora da Sociedade Teosófica, escreveu em A Doutrina Secreta: "O som é um tremendo poder oculto. Ele tem uma força tão estupenda que a eletricidade gerada por um milhão de Niágaras jamais poderia neutralizar nem a menor potencialidade, quando dirigida pelo conhecimento apropriado."

Essa última afirmação conduz à idéia de que o enorme poder do som que criou o universo também é acessível para a humanidade. Dispersas por várias tradições religiosas, encontramos referências ao poder divino das palavras. A palavra latina cantare, raiz da palavra inglesa "cantor" (solista), é comumente traduzida por "cantar". Entretanto, alguns lingüístas acreditam que seu significado original tenha sido "criar por meio de mágica". Os índios Huichol do México usam a palavra espanhola cantor como designação de xamã - um indício evidente do poder que eles atribuem à voz. Uma outra palavra latina, carmen, costuma ser traduzida como "poema", mas o seu significado original era "formula mágica".

Visões de místicos e cientistas

Alguns cientistas também reconheceram o poder do som e das ondas sonoras que, às vezes, são organizadas eexpressas em forma de música. O astrônomo do século XVI Johannes Kepler escreveu: "Deus era o maestro da sinfonia cósmica, fazendo com que os planetas abandonassem suas órbitas inteiramente circulares e adotassem conscientemente órbitas elípticas complexas para criarem uma música ainda mais bela." Kepler considerava as órbitas dos planetas como vibrações, a Música das Esferas.

Cerca de dois mil anos antes, o metamático e filósofo grego Pitágoras observou: "As sete esferas emitiram cada uma uma vogal para a Terra, as quais juntas fornaram-se a criação de tudo o que existe no planeta." Essa afirmação poderia provir quase diretamente um texto da tradição mística judaica conhecida como Cabala, segundo a qual o poder das vogais é considerado divino. E os antigos rishis (sábios) da Índia chegaram à mesma conclusão, afirmando que

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a pronúncia das vogais corresponde à vibração de cada um dos cincos planetas internos.

O - Vênus

A - Júpiter

E - Saturno

I - Marte

U - Mercúrio

Ravi Shankar, o mestre contemporâneo de música clássica indiana, refere-se ao som do poder de Deus como Nada Brahma, o som divino que ressoa através do universo e do "corpo humano sutil" que existe em todos nós. Shankar diz: "Nossa tradição nos ensina que o som é Deus. A música é uma disciplina espiritual que eleva o ser interior à paz e bem-aventurança divinas. Somos orientados para o esforço de realizar a meta fundamental de conhecer a essência eterna e imutável do universo. Nossa música revela a essência do universo que ela reflete. Através da música, pode-se chegar a Deus." Em outra citação, ele diz: "Músicos sacros como Baiju Bavare, Swami Haridas ou Mian Tan sen operam milagres ao executar certos Ragas [composições clássicas indianas]. Dizem que alguns conseguem acender fogueiras ou lampiões a querosene quando cantam uma raga, ou fazer chover, dissolver pedras, desbrochar flores e atrair animais ferozes para um círculo calmo e tranqüilo ao redor de sua cantoria."

Em Nada Brahma: The World Is Sound, de Joachim-Ernst Berendt, os astrônomos Jeff lightman e Robert M. Sickels descrevem sons incríveis em seus experimentos com radioastronomia: "A extremidade da galáxia torna-se uma cacofonia de sons sibilantges produzidas por alterações rápidas nos níveis de energia molecular atômica... O gigantesco planeta Júpiter produz seus próprios ruídos peculiares: imensos suspiros rápidos iguais ao forte rugido de uma onda distante, movida por eletricidade jupiteriana de tempestades tão intensas que merecem o nome de deus que o planeta herdou. O Sol também produz ruídos, assobios e estalos na quietude e rugidos de intensidade alarmante quando cospe no espaço fragmentos gigantescos de matéria."

Rudolf Kippenhahn, diretor do Instituto de Pesquisas Astrofísicas Max Planck, de Munique, também escreveu sobre os sons produzidos pelos planetas e corpos celestes: "Ouvimos o tiquetaquear heteródino dos pulsares... vibrações de energia intensa de agrupamentos estelares esféricos, com seqüência que se repetem. No espaço, existem tiquetaques, batidas de tambor, zumbidos e estalos."

Os grandes ritmos do cosmos são também revelados pela física moderna. Em The Silent Pulse, George Leonard escreve sobre a vastidão do espaço que compõe o que chamamos de matéria. "Podemos ver a estrutura perfeitamente cristalina da fibra muscular, tremulando como um trigal ao vento, pulsando muitos trilhões de vezes por segundo... Quando nos aproximamos do núcleo, ele começa a se dissolver. Ele tambem não passa de um campo de oscilação [que] com a nossa aproximação desfaz-se em puro ritmo... Do que é feito o corpo ? De vacuidade e ritmo. No coração do mundo, não existe solidariedade, apenas dança."

O poder do som, o poder da música, o poder das vogais e o poder da palavra são as grandes forças criadoras do universo: como seus tutelares, os seres humanos têm um tremendo poder espiritual. Por séculos, as escrituras e os mestres do misticismo oriental vêm ensinando mantras como meio de dominar esse poder.

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Os Chakras

Chakras são centros psíquicos que não podem ser descritos sob um ponto de vista

materialista ou fisiológico. Assim como um quadro não pode ser descrito por linhas

retas e curvas, e pontos de luz e sombras – mesmo assim isto estaria relacionado

à estrutura básica da pintura – simularmente os chakras não podem ser descritos

em termos de psicologia, fisiologia ou qualquer outra ciência física. São centros de

atividade da força vital sutil chamada sukshma prana (prana sutil). Eles estão inter-

relacionados com os sistemas nervosos e autônomos e, conseqüentemente, todo o

corpo está relacionado com eles.

Chakra é uma palavra sânscrita que significa círculo e movimento. Por tanto no

corpo apresentar forma circular e estar em constante movimento, os centros

desses movimentos são chamados chakras. Esse termo também é utilizado para

roda. Os chakras podem ser imaginados como rodas da mente quevive na floresta

dos desejos. E os próprios desejos são eles mesmos, grandes forças motivadoras.

Cada chakra é um estágio no pátio de recreio dos desejos. As nossas vidas inteiras

passam nessa floresta, e pensamos e compreendemos as situações de vida do

ponto de vista dos chakras, no qual nos sentimos mais confortáveis.

Na apresentação dos chakras estamos necessariamente discutindo sobre os

aspectos sutis destes centros. Os nervos são meros veículos, mas a mensagem é

sutil, não destituída de consciência e autoconsciência. A conexão entre o denso e o

sutil no organismo humano ocorre através dos condutores intermediários que são

ligados aos órgãos do sentido e aos órgãos da ação. Através do Yoga treinamos

ambos os tipos de órgãos para adotar uma disciplina eajudar o corpo a se tornar

verdadeiramente ativo. O Yoga faz o praticante o melhor amigo do seu próprio

corpo, órgão do sentido e da ação, e cria uma coordenação entre o lado esquerdo e

direito do corpo, que normalmente não são coordenados, e sim alternados.

Um dos hemisférios no cérebro humano é visual, o outro, verbal. O visual trabalha

com imagens visuais dos chakras. Simultaneamente, o hemisfério verbal está

ligado aos sons e sons-sementes. A utilização das faculdades de audição e da visão,

juntas, é uma forma de Tantra. Aquele que domina esta prática descobrir-se-á em

estado meditativo, nem inerte e nem inativo. Poderá receber inspiração das formas

das cores.

Chakra Muladhara Chakra Svadhisthana Chakra Manipura Chakra Anahata Chakra Vishuddha Chakra Ajna Chakra Sahasrara Chakra Soma

NOME DO CHAKRA: SAHASRARA - SÉTIMO CHAKRA

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SIGNIFICADO DO NOME DO CHAKRA: “De mil pétalas”. Também chamado Chakra Shunya (vazio, vácuo) e chakra Niralambapuri (moradia sem apoio).

LOCALIZAÇÃO: Topo craniano, plexo cerebral. O Chakra Soma esta incluído.

COR BIJA (SEMENTE): Dourada

SOM DO BIJA-SHAM

SOM DA PÉTALA BIJA: Todos os puros do AH ao KSHA, incluindo todas as vogais e consoantes da língua sânscrita. São escritas de maneira sistemática nas pétalas.

VAYU (AR):

LOKA (PLANO): Satyam Loka, o plano da verdade e da realidade.

PLANETA REGENTE: Ketu.

FORMA YANTRA: Círculo como a lua cheia. Em algumas escrituras o yantra é mencionado como purna chandra (lua cheia), em outras, como nirakara (sem forma). Acima da esfera está um guarda-chuva de mil pétalas de lótus, arrumadas nas cores do arco-íris.

SOM BIJA:SHAM Visarga (determinado som da respiração em pronuncia sânscrita).

VEÍCULO DO BIJA: Bindu

DEIDADE: O Guru interior.

Shakti: Chaitanya. Algumas escrituras indicam Paramatma; outras , Mahashakti.

Planos Englobados No Chakra Sahasrara: Os planos abaixo são realizados pelo yogi que atingiu a consciência do sétimo chakra:

- O plano da irradiação (Tejas Loka). Tejas é luz, fogo ou visão em sua essência mais refinada. O yogi torna-se iluminado como o sol. Sua aura de luz é continuamente radiante.

- O plano das vibrações primordiais (Om Kara). AUM (ou OM) é o primeiro som, infinitamente contínuo. Aqui a sua freqüência tornar-se manisfesta dentro do yogi.

- O plano gasoso (Vayu Loka). O yogi obtém a supremacia sobre o prana, que fica tão sutil (Sukshma) que se diz que todo o prana dentro do corpo fica do tamanho do polegar (angushtha matra); se colocar um pedaço de vidro abaixo do nariz do yogi, não haverá vapores depositados.

- O plano do intelecto positivo (Subuddhi Loka). Todos os julgamentos de valor ou percepções dualistas devem ser equilibrados, ou poderá surgir na mente o intelecto negativo (durbuddhi), o negativo do divino.

- O plano da felicidade (Sukha Loka) surge quando se estabelece equilíbrio no corpo, psique e mente.

- O plano da indolência (Tamas Loka) pode ocorrer quando o yogi atinge um estado de felicidade, somente ao parar toda a ação: quando entra em estado de samadhi, o corpo físico fica totalmente inativo.

EFEITOS DA MEDITAÇÃO: Obtém-se a imortalidade no Chakra Sahasrara. Antes de atingir este chakra o yogi é incapaz de chegar à consciência inconciênte chamada asama-prajnata-samadhi. Neste estado não há atividade de mente, nem qualquer conhecimento, nada a ser conhecido: conhecimento, conhecedor e conhecido, tudo fica unificado e liberado.

O samadhi é o êxtase puro da inatividade total. Até o sexto chakra o yogi pode

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entrar em um transe no qual a atividade ou forma permanece ainda dentro da consciência. No Chakra Sahasrara o prana move-se para cima e atinge o ponto mais elevado. A mente se estabelece no puro vácuo do Mandala Shunya, o espaço entre os dois hemisférios. Neste ponto todos os sentimentos, emoções e desejos, que são atividades da mente, são dissolvidos em sua causa primária. Atinge-se a união. O yogi é sat-chit-ananda, verdade-ser-felicidade. Ele é o seu próprio ser real e, enquanto permanece no seu corpo físico, retém a consciência não-dual, apreciando o papel de lilá sem ter problemas com o prazer e a dor, honrarias e humilhações.

Quando a Kundalini sobe até o Chakra Sahasrara, dissolve-se a ilusão do “ser individual”. O yogue torna-se realizado, uno com os princípios cósmicos que governam todo o universo dentro do corpo. Obtém todos os siddhis (poderes) até o Chakra Soma, onde encontra Kamadhenu, a vaca realizadora dos desejos dentro dele. É um siddha, mas transcendeu o desejo de manifestar estes desejos.

Segundo os shatras, Sahasrara é o local da alma auto luminescente, ou chitta, a essência do ser. Aqui chitta é como uma tela onde se vê o reflexo do Ser cósmico, e através da qual se reflete o divino. Na presença do ser cósmico é possível para qualquer pessoa sentir o divino, e até realizar a divindade dentro de si.

NOME DO CHAKRA: AJNA - SEXTO CHAKRA

SIGNIFICADO DO NOME DO CHAKRA:"Autoridade, comando. Poder ilimitado"

LOCALIZAÇÃO: Plexo da medula; plexo pienal; ponto entre as sobrancelhas.

COR BIJA (SEMENTE): Dourada.

SOM DO BIJA-

SOM DA PÉTALA BIJA: Hang, Kshang.

FORMA DO TATTVA:

SENTIDO PREDOMINANTE:

ÓRGÃO DO SENTIDO:

ÓRGÃO MOTOR:

VAYU (AR):

ASPECTOS:

TATTVA (ELEMENTO):: Maha Tattva, no qual todos os outos tattvas estão presentes em sua essência pura rarefeita (tanmatra). Segundo a filosofia Samkya, Mahat, ou Maha Tattva, consiste de três gunas e inclui manas, buddhi, ahankara e chitta; ; e de Maha Tattva provêm os cinco mahabhutas (os cinco elementos densos, isto é, akasha, ar, fogo, água e terra ). Contudo, segundo o Tantra, a causa dos manas, buddi, ahamkara e chitta.

COR DO TATTVA: Azulado-luminescente-transparente ou branco-cânfora.

LOKA (PLANO): Tapas Loka, o plano da austeridade ou penitência (tapasia).

PLANETA REGENTE: Saturno

FORMA YANTRA: Círculo branco com duas pétalas luminosas. Estas pétalas são a representação da glândula pineal. Vemos no centro do círculo um lingam.

SOM BIJA: AUM

VEÍCULO DO BIJA: Nada, também conhecido como Ardhamatra.

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DEIDADE: Ardhanarishvara, o Shiva – Shakti, meio-homem, meio-mulher, símbolo da polaridade básica. O lado direito é masculino; o esquerdo é feminino. Ardhnarishvara permanece em um lingam chamado Lingam Itara. O lingam é branco-brilhante, como a cor da luz.

A metade masculina de Ardhanarishvara possui pele azul-cânfora. Ele segura um tridente em sua mão direita, representando os três aspectos da consciência – cognição, coração e afeição.

P lado feminino de Ardhanarishvara é rosa. Ela usa um sari vermelho e, enrolados no pescoço e nos braços, vemos ornamenrtos dourados e brilhantes. Ela segura um lótus rosa, símbolo da pureza. Toda a dualidade cessa. Ardhanarishvara torna-se a entidade total, auto – emanente e nobre.

Shiva tem todo o comando sobre todos os aspectos do Ser neste plano de liberação, ou moska. O terceiro olho de Shiva é chamado de sva-netra, o órgão da clarividência. Tornado-se Shva-Sada, o eterno, Shiva não separa de Shakti como uma eternidade masculina em separado. Shiva Devata é o doador do conhecimento. Este conhecimento traz a respiração (prana) e a mente sob o controle de Ardhanarishvara.

SHAKTI: Hakini. Shakti Hakini possui quatro barcos e seis cabeças. Sua pele é rosa pálido, e suas jóias são de ouro e pedras preciosas que brilham. Usando um sari vermelho, ela está sentada sobre um lótus rosa com o pé esquerdo levantado. Concede o conhecimento da verdade incondicional e o esclarecimento da não-dualidade.

Em suas mão ela carrega os seguintes objetos:

- O tambor damaru de Shiva, que mantém um som grave constante que conduz o aspirante em seu caminho.

- Um crânio, símbolo do afastamento.

- Um mala para japa como instrumento centralizador.

- A última das mãos faz um mudra de transmissão de destemor.

EFEITOS DA MEDITAÇÃO: Aquele que medita neste chakra erradica todos os pecados ou impurezas e atravessa a sétima porta, além do chakra Ajna. A aura desta pessoa manifesta-se de forma tal que permite que todos os que vêm a sua presença se tornem calmos e sensíveis às freqüências sonoras refinadas AUM; o ritmo AUM é gerado pelo próprio corpo da pessoa. Ela agora é tattvatita – além dos tattvas. Todos os desejos são basicamente o papel do tattva e, quando estabelecida no local entre as sobrancelhas, ela vai além de todos os tipos de desejo que motivam a vida e impelem ao movimento em várias direções. A pessoa torna-se unidirecionada, um trikaladarsh, conhecedor do passado, presente e futuro. Ida e Pingala são limitadores do tempo. Até o quinto chakra o yogue é também limitado pelo tempo, mas como Ida e Pingala terminam ali, ele se move até o Sushumna, que é kalatita, além do tempo. O perigo de recair termina. Não há reverso espiritual, pois enquanto estiver no corpo físico ele estará em constante estado de consciência não-dual. Pode entrar em qualquer corpo à sua vontade. É capaz de compreender o significado interior do conhecimento cósmico e de gerar escrituras.

O indivíduo que evolui através do Chakra Ajna revela o divino interior e reflete a divindade interior dos outros. No quarto chakra ele evolui através de ananda

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(beatitude), e no quinto chakra através de chit (consciência cósnica). No Chakra Ajna ele se torna sat (verdade). Não há observado nem observador. Atinge a realização “Isso eu sou; Eu sou isso”, e personifica sat-chit-ananda, ou "ser-consciência-felicidade".

A realização no quinto chakra é SOHAM (“Isso eu sou”; do as, “Isso”; aham, “Eu sou”). No sexto chakra estas sílabas ficam invertidas, HAMSA. Quando o yogue medita no atman, ou o Ser em bindu ( o “ponto” que representa o infinito na sílaba AUM), este torna-se conhecido como HAMSA, que também é a palavra sânscrita para cisne, a ave que pode voar para locais desconhecidos das pessoas comuns. Aquele que habita esta consciência é chamado Paramhamsa.

CARACTERÍSTICAS COMPORTAMENTAIS NO CHAKRA AJNA: O corpo da glândula pineal aparece no terceiro ventrículo envolvido pelo líquido cerebroespinhal. Este líquido aquoso claro flui do Chakra Soma (o Chakra da Lua), que se situa acima do Ajna. Ele se move nos espaços vazios (ventrículos) no cérebro e desce pela coluna vertebral até a base da espinha dorsal. A pineal ajuda a regular este fluxo de modo equilibrado. A própria glândula responda com muita sensibilidade à luz. Quando um indivíduo entra no Chakra Ajna, haverá luz em torno da sua cabeça e na sua aura.

O yogi mantém a respiração e a mente sob controle neste estado, por isso sustenta um estado contínuo de samadhi (não-dualidade realizada) durante todas as ações. Tudo o que deseja se realiza pela capacidade de induzir as visões do passado, presente e futuro.

Ida (corrente lunar), Pingala (corrente solar) e SShuma (corrente neutra central) se encontram no Chakra Ajna. Estes três “rios” se reúnem no Triveni, o local principal da consciência.

O sexto chakra engloba o plano da consciência (Viveka), o da neutralidade (Sarasvati), o solar (Yamuna), o lunar (Ganga), o da austeridade (Tapas), o da violência (Himsa), o terreno (Prithví), o líquido (Jala) e o da devoção espiritual (Bhakti).

O terceiro olho é a consciência. Os dois olhos físicos vêem o passado e o presente, enquanto o terceiro revela a visão do futuro. Toda a experiência e as idéias servem somente para esclarecer a percepção no Chakra Ajna. O plano da neutralidade (Sarasvatí) aparece como um equilíbrio entre as energias solar e linar dentro do corpo. Negativo e positivo, os componentes da dualidade ficam equilibrados em Sarasvati , deixando um estado de neutralidade e música pura. As energias nervossas solar (Yamuna) e lunar (Ganga) se entrelaçam em todos os chakras e se encontram em Sarasvati , tornando-se unas no Ajna. É o sentido da unidade com as leis cósmicas que aparece no plano da austeridade. A pessoa compreende que é um espírito imortal em um corpo temporal. O plano líquido lunar refrigera qualquer calor excessivo gerado pelos poderes ampliados e purifica a consciência. Bakti Loka, o plano da devoção espiritual, mantém o equilíbrio apropriado no interior do yogi.

No Chakra Ajna o próprio yogue se torna uma manifestação divina. Personifica todos os elementos em suas formas ou essências mais puras. Todas as alterações externas e internas não constituem um problema. A mente atinge um estado de esclarecimento cósmico não-diferenciado. Termina a dualidade.

NOME DO CHAKRA: VISHUDDHA - QUINTO CHAKRA

SIGNIFICADO DO NOME DO CHAKRA:"Puro"

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LOCALIZAÇÃO: Plexo da carótida; garganta.

COR BIJA (SEMENTE): Dourada.

SOM DO BIJA-

SOM DA PÉTALA BIJA: Ang, Ãng, Ing, Ing, Ung, Ung, Ring ,Ring, Lring, Lring, Eng, Aing, Ong, Aung, Ang, Ahang.

FORMA DO TATTVA: Crescente.

SENTIDO PREDOMINANTE: Audição.

ÓRGÃO DO SENTIDO: Ouvidos.

ÓRGÃO MOTOR: Boca (cordas vocais).

VAYU (AR): Udana Vayu, que habita a região do cérebro correspondente à garganta. A tendência deste vayu é transportar o ar para a cabeça, auxiliando na produção do som.

ASPECTOS: Conhecimento; o plano humano.

TATTVA (ELEMENTO): Akasha; som

COR DO TATTVA: Púrpura-acizentado.

LOKA (PLANO): Jana Loka (plano humano).

PLANETA REGENTE: Júpiter.

FORMA YANTRA: O crescente. O yantra do chakra Vishuda é um crescente prateado dentro de um círculo, brilhante como a lua cheia, rodeado por dezesseis pétalas. O crescente prateado é o símbolo lunar do nada, o som cósmico puro. O quinto chakra é o local do som no corpo, localizado na garganta. O crescente é o símbolo da pureza, e a purificação é o aspecto vital do Chakra Vishuddha.

A lua em qualquer aspecto engloba a energia psíquica, a clarividência e a comunicação sem palavras; as pessoas do quinto chakra compreendem as mensagens não-verbais, pois toda a energia foi refinada. A lua também representa a presença do mecanismo resfriador na garganta. Aqui todos os líquidos e alimentos são colocados em temperatura adaptada ao corpo.

O CÍRCULO COM DEZESSEIS PÉTALAS: As dezesseis pétalas do lótus são de cor cinza-lavanda ou púrpura-esfumada. Dezesseis completa o ciclo onde um oitavoascende e o outro desce em torno do círculo. Aqui o aumento do número de pétalas em cada chakra chega ao fim. A energia flui para o quinto chakra das dezesseis dimensões. A expansão do conhecimento dá ao aspirante uma visão akasha. Akasha é de naturza da antimatéria. No quinto chakra todos os elementos dos chakras inferiores- terra, água,fogo e ar- estão refinados até a sua essência mais pura e dissolvem-se em akasha. O chakra Vishuddha é o cume da stupa, ou templo, dentro do corpo.

SOM BIJA: HANG. A cor deste bija é dourada (também descrita como sendo branco radiante com quatro braços). O som Hang é produzido formando-se uma oval com os lábios e empurrando-se o ar para fora da garganta. A concentração fica localizada na curva encovada do pescoço inferior. Quando devidanebte produzido, faz vibrar o cérebro, levando o líquido cérebro espinhal a fluir mais para a garganta, afetando-a por trazer qualidades suaves e melodiosas para a voz. As palavras faladas vêm do quinto chakra, verbalizando as emoções do coração. A voz das pessoas do quinto chakra penetra no coração do ouvinte. Este som puro afeta o

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ouvinte, alterando os espaços de sua mente e de seu ser.

VEÍCULO DO BIJA: O elefante Gaja, senhor supremo dos animais herbívoros. Sua cor é cinza - esfumado , a cor das nuvens. A confiança, o conhecimento da natureza e do ambiente e a conscientização do som surgem no Chakra Vishuddha, como ilustrado pelas grandes orelhas e pelo andar gracioso do elefante. O mais primitivo dos mamíferos sobreviventes, o elefante carrega todo o conhecimento passado da terra, ervas e palntas. Este animal tornou-se professor da paciência , momória, autoconfiança e da alegrai da sincronidade com a natureza.

O tronco único representa o som. Os sete troncos do elefante dp primeiro chakra, Airavata, caíram. Todo o remanescente é o som puro que traz a liberação.

DEIDADE: Shiva Panchavaktra. Panchavaktra posui pele azul – canforado e cinco cabeças, representando o espectro do olfato, paladar, visão, tato e audição, bem como a união dos cinco elementos em suas formas mais puras. Começando com a direita, as faces de Shiva simbolizam os seguintes aspectos:

- Aghora. Permanece de olhos arregalados em suaira e reside nos solos da cremação. Sua face é redonda; sua natureza é akasha.

- Ishana. Aparece no shivalingam. Possui face arredondada e sua natureza é água.

- Mahadeva. Sua face é centarl, sendo de forma oval. Sua direção é o Leste. Sua natureza é terra.

- Shiva Sada. O “Shiva eterno” possui a face quadrada e pode se expandir em todas as direções. Sua natureza é ar.

- Rudra. Senhor do sul, aparece com face triangular. Sua natureza é fogo.

Panchavaktra possui quatro barcos. Com um gesto em uma das suas mãos diretas, ele confere o destemor. Com a outra mão direita, que está pousada sobre o joelho, ele segura a mala (rosário) para japa. Uma das mãos esquerdas sustenta o tambor damaru que ecoa continuamente, manifestando o som AUM. A outra mão segura o tridente, o bastão de Shiva.

Panchavaktra pode ser visualizado no quinto chakra como o Grande Mestre, ou Mestre Guru. Todos os elementos se dissolveram na união, e o plano humano é entendido em sua totalidade. O homem compreende suas limitações em cada elemento. Esta compreensão do conhecimento eterno é apreendida quando todos os desejos movem-se para o sexto chakra. A centralização pelo equilíbrio de todos os elementos corporais traz um estado de não dualidade bem-aventurado. Através da meditação em Panchavaktra o indivíduo se eleva e se purifica de todos os carmas; morre-se para o passado e nasce-se novamente para a realização da unidade.

SHAKTI: Shakini. Uma personificação da pureza, Shakti Shakini possui a pele rosa – pálido e usa um sari azul – celste, com a parte superior verde. Senta-se sobre um lótus rosa à esquerda de seu Senhor Shiva de cinco cabeças. Shakti Shakini é a doadora de todos os altos conheciemnetos e siddhis (poderes). Seus quatro braços seguram os seguintes objetos:

- Um crânio, símbolo do afastamento do mundo ilusório das percepções sensoriais.

- Um ankusha, uma guia de elefante usada para contolar Gaja. O elefante do intelecto pode ser excessivamente independente, conduzindo sua própria intoxicação de conhecimento.

- As escrituras, representando o conhecimento da arte do correto viver sem

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complexos.

- Um mala, que age como um poderoso instrumento centralizador, pois as contas são tocadas pelos dedos uma por uma. Quando elas são sementes ou feitas de madeira, absorvem e retêm a energia do indivíduo. Quando de cristal, pedras ou materiais preciosos são altamente carregadas da sua própria energia eletromagnética. As pontas dos dedos estão diretamente relacionadas com a consciência. O trabalho com o mala remove o nervosismo e as distrações, e acalma o diálogo interior.

A memória, o juízo correto, a intuição e a improvisação estão todos relacionados a Shakti Shakini. O quinto chakra é o centro dos sonhos no corpo. A maioria dos ensinamentos de Shakti Shakini é revelada aos seus aspirantes através dos sonhos.

EFEITOS DA MEDITAÇÃO: A meditação no espaço vazio na área da garganta produz calma, serenidade e pureza, voz melodiosa, comando da fala e dos mantras, capacidade para escrever poesia, interpretação das escrituras e compreensão da mensagem escondida nos sonhos. Também torna a pessoa mais jovem, radiante (ojas) e um bom professor das ciências espirituais (brahma - vidya).

CARACTERÍSTICAS COMPORTAMENTAIS NO CHAKRA VISHUDDHA: Aquele que atinge o chakra Vishuddha torna-se mestre de todo o seu ser. Aqui todos os elementos (tattvas) dissolvem-se no akasha puro e autoluminoso. Permanecem somente os tanmantras – as freqüências sutis destes elementos.

Cinco órgãos motores foram empregados na criação de todos os carmas: mãos, pés, boca, órgãos sexuais e ânus. Além disso, existem cinco koskas (revestimentos) da consciência: a densa, a que se move, a sensorial, a intelectual e a do sentimento. Cinco é o número do equilíbrio, o um com dois de cada lado. O planeta regente do chakra Vishuddha é Júpiter, que em sânscrito é chamado Guru, aquele que distribui conhecimento.

A terra se dissolve na água e permanece no segundo chakra como a essência do odor. A água evapora no terceiro chakra ígneo e permanece como essência do paladar. A forma do fogo entra no quarto chakra e permanece lá como essência da forma e a visão. O ar do quarto chakra entra em akasha e torna-se o som puro. Akasha personifica a essência de todos os cinco elementos – não tem cor, cheiro, paladar, tato ou forma – é livre dos elementos densos.

O chakra Vishuddha governa entre as idades de vinte e oito anos e trinta e cinco anos. As pessoas motivadas pelo quinto chakra dormem de quatro a seis horas por noite, alternando os lados.

A natureza atraente do mundo, dos sentidos e da mente não é mais um probelma. A racionalização suprema suplanta os elementos e as emoções do coração. O indivíduo buscará somente o conhecimento verdadeiro, além das limitações do tempo, das condições culturais e da hereditariedade. O principal problema encontrado no quinto chakra é o intelecto negativo, que pode ocorrer através da ignorância no uso insensato do conhecimento.

O chakra Vishuddha engloba os cinco planos de jnana (esclarecimento), e distribui felicidade, prana (força vital do corpo), que afeta o equilíbrio de todos os elementos, apana (ar que limpa o corpo) e vyana (ar que regula o fluxo do sangue). Jana loka (plano humano) torna-se vital, pois aqui o indivíduo recebe comunicação da sabedoria divina com dezesseis reinos dimensionais da experimentação, proporcionando o nascimento real do homem.

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Aquele que entra no plano do chakra Vishuddha segue o conhecimento, caminho que conduz ao verdadeiro renascimento do homem no estado divino. Todos os elementos são transmutados na sua essência refinada, em sua manifestação mais pura. Quando isto ocorre, o ser se estabelece na consciência pura. Torna-se chitta, livre de grilhões do mundo e senhor do seu ser total. O chakra Vishuddha personifica chit, a consciência cósmica.

NOME DO CHAKRA: ANAHATA - QUARTO CHAKRA

SIGNIFICADO DO NOME DO CHAKRA:"Intocado"

LOCALIZAÇÃO: Plexo cardíaco; o coração.

COR BIJA (SEMENTE): Dourada.

SOM DO BIJA-

SOM DA PÉTALA BIJA: YAM.

FORMA DO TATTVA: Hexagrama

SENTIDO PREDOMINANTE: Tato

ÓRGÃO DO SENTIDO:Pele

ÓRGÃO MOTOR: Mãos.

VAYU (AR): Prana Vayu. Habitando a região do tórax, é o ar que respiramos.

ASPECTOS Atingir o equilíbrio entre os três chakras acima do cardíaco e os três abaixo.:

TATTVA (ELEMENTO): Ar (sem forma, sem cheiro ou gosto).

COR DO TATTVA: Sem cor.

LOKA (PLANO): (plano do equilíbrio).

PLANETA REGENTE: Vênus (lunar feminino).

FORMA YANTRA: O hexagrama. O hexagrama verde-acinzentado do Chakra Anahata é circundado por doze pétalas escarlates. A estrela de seis pontas simboliza o elemento ar. Ar é prana, a respiração vital. Auxilia o funcionamento dos pulmões e do coração, fornecendo oxigênio fresco e força vital, isto é, a energia prânica. O ar é responsável pelo movimento, e o quarto chakra possui movimento em todas as direções. Este yantra é composto de dois triângulos sobrepostos. Um voltado para cima, simboliza Shiva, o princípio masculino. O outro triangulo, voltado para baixo, simboliza Shakti, o princípio feminino. Atinge-se o equilíbrio quando estas duas forças estão unidas em harmonias. O CÍRCULO COM DOZE PÉTALAS: O lótus de doze pétalas se abre partindo do circulo, sendo de cor vermelha. Elas representem à expansão da energia nas doze direções, e o seu fluxo, nas doze fontes. A compreensão da pessoa do quarto chakra não é linear (como no primeiro chakra), nem circular (como no segundo) ou triangular (como no terceiro). O quarto chakra se expande em todas as direções e dimensões, como uma estrela de seis pontas. O chakra cardíaco é local do equilíbrio dentro do corpo, movendo-se em direção a um fluxo energético uniforme, tanto nas direções ascendentes, como nas descendentes. O CÍRCULO COM OITO PÉTALAS: Dentro do Chakra Anahata está lótus de oito pétalas, no centro do qual repousa o coração espiritual, ou etérico. Este coração, conhecido Ananda Kanda, está voltado para direito, embora o coração físico volte-se para a esquerda. É neste coração espiritual que se medita sobre a divindade amada, ou sobre a luz. Estas oito pétalas estão

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ligadas às diferentes emoções, e quando a energia flui através delas, experimenta-se o desejo.

SOM BIJA: YANG. Quando o som Yang é formado, a língua repousa no ar, dentro da boca. Neste momento a concentração deverá estar centralizada no coração. Quando este som é apropriadamente produzido, o coração é vibrado, e qualquer bloqueio na região cardíaca, retirado; com o coração aberto, um fluxo livre de energia torna-se liberto para mover-se de maneira ascendente. O bija proporciona controle sobre o prana e a respiração.

VEÍCULO DO BIJA: Gamo (antílope). O gamo ou o antílope negro é o símbolo do próprio coração. O antílope salta com alegria e sempre é aprisionado pelas miragens dos reflexos. Muito atento sensível e cheio de inspiração, o gamo representa a natureza das pessoas do quarto chakra são inocentes e puros, e também magnéticos. Diz-se que o gamo morre por um som puro. O amor pelos sons interiores, anahata nada, é o amor das pessoas do quarto chakra.

DEIDADE: Ishana Rudra Shiva. Senhor do Nordeste. Ishana Shiva é inteiramente separado do mundo. De pele azul – canforado, representa a natureza das pessoas do quarto chakra, que é a felicidade perpétua. Usa uma pele de tigre, simbolizando o tigre da mente que habita a floresta dos desejos.

A natureza de Ishana é pacífica e beneficente. Segura um tridente em sua mão dierita e um tambor damaru na esquerda. A Ganga (Ganges) sagrada, fluindo, é uma corrente refrescante e purificadora de autoconhecimento: o conhecimento de “Eu sou Isso” (Aham Brahmasmi, “Eu sou Brahman”). As cobras enroladas em seu corpo são as paixões, que ele domou. É para sempre jovem, pois o envelhecimento, aspecto do terceiro chakra, foi ultrapassado.

Não há mais qualquer motivo para ligações com os prazeres, honras ou humilhações mundanas. Os desejos não são mais problemas, pois a energia do quarto chakra está equilibrada nas seis direções. A pessoa com o esclarecimento do quarto chakra vive em harmonia com os mundos exterior e interior.

SHIVA NO LINGAM: O quarto chakra contém um lingam no qual Rudra Shiva aparece como Sadashiva (sada, “eterno”; shiva “benfeitor”). É Shabda Brahma, o Logos eterno. Como tal, ele é Omkara, a combinação dos três gunas, sattva, rajas e tamas, que são representados pelos sons A, U e M, respectivamente, combinados para formar a sílaba sagrada AUM, ou OM. Segura um tridente, simbolizando os três gunas. Sua pele é azul-canforado, e usa uma pele de tigre dourada. O tambor damaru, que ele segura na mão, mantém o ritmo cardíaco.

Este shivalingam é o segundo lingam no corpo, conhecido como Lingam Bana (flecha), sendo o primeiro Lingam Svayambhu do primeiro chakra, em torno do qual está enroscada a serpente Kundalini. O lingam cardíaco pode ser o guia, a cada passo avisando ou inspirando o aspirante ao longo do caminho do movimento ascendente da energia pelo tempo que mantiver o batimento cardíaco sob observação. Aumento ou diminuição no ritmo serve como aviso de que existe erro na prática.

Este lingam irradia luz dourada, sendo formado de uma massa de tecidos no centro nervoso do Chakra Anhata. Brilha como uma jóia no centro do charamala (“guirlanda de chakras”, isto é, a espinha dorsal), com três chakras acima e três abaixo. Os sufis e misticos de outras tradições instruem seus discípulos a visualizarem uma luz clara no coração, quando começam a praticar a subida da força Kundalini e a entrar em estados elevados de consciência. É aqui que é

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produzido o anahata nada, ou shabda brahma, o som cósmico intocado.

SHAKTI: Kakini. As quatro cabeças de Shakti Kakini representam o aumento de energia no plano do quarto chakra. Sua pele é rosada. Seu sari é azul-celeste, e está sentada sobre um lótus rosa. Shakti kakini inspira a música, poesia e arte. A energia no quarto chakra é autogeradora e auto-emanadora.

Em suas quatro mãos, Shakti Kakini segura os instrumentos necessários para obter-se equilíbrio:

- A espada fornece o meio de cortar os obstáculos que bloqueiam o fluxo ascendente da energia.

- O escudo protege o aspirante das condições mundanas exteriores.

- O crânio indica o afastamento de uma falsa identificação com o corpo.

- O tridente simboliza o equilíbrio das três forças de preservação, criação e destruição.

Shakti Kakini penetra todo o quarto chakra. Como o ar, ela penetra todos os lugares e fornece energia para todo o corpo através das freqüências emocionais de bhakti (devoção). No quarto chakra, bhakti é personificada como Shakti Kundalini, que se torna um complemento e ajuda Shakti Kakini na direção do movimento ascendente da energia.

Shakti Kakini tem o humor alegre enaltecido, sendo meditada como “voltada para a lua”, a Shakti de quatro cabeças decoradas com ornamentos. Estas são igualmente equilibradas, com a energia fluindo para os quatro aspectos do ser, isto é, o ser físico, o racional, o sensual e o emocional.

Shakti Kakini é responsável pala criação da poesia e das belas artes baseadas em um nível refinado e visionário. A arte mundana e a música, inspiradas no segundo chakra, são incapazes de levar a mente humana para os reinos elevados da consciência e pelo contrário, servirão somente para distração. Contrastando a arte inspirada pelo quarto chakra, Shakti Kakini é sincronizada com o ritmo do coração e, desta forma, com o ritmo do cosmos. A arte aqui centrada existe além do passado, presente e futuro. O esclarecimento do quarto chakra capacita o aspirante a transcender a falsa consciência do tempo das pessoas dos chakras inferiores.

SHAKTI KUNDALINI: è no chakra cardíaco que Shakti Kundali aparece, pela primeira vez, como uma bela deusa. Senta-se na postura de lótus dentro de um triangulo. Este está apontado para cima, revelando a tendência de Shakti, de mover-se de modo ascendente, levando o aspirante para os planos mais elevados de existência.

Vestida com um sari branco, Shakti Kundali é serena e centrada em si mesma. É a mãe virgem, sinônimo de shakti, devoção espiritual abnegada. Não personificada como uma força serpentina destruidora, como é no primeiro chakra, Shakti Kundali torna-se agora uma deusa, podendo haver comunicação com ela, a energia que ascende. Não está mais enrolada em torno do lingam, mas sentada de maneira independente em uma postura do yoga.

Sentada na postura do lótus, Shakti Kundali personifica anahata nada, o som cósmico, que está presente em toda a parte, sendo conhecido como “baralho branco”. Este som começa no coração como AUM, a semente de todos os sons. O coração e a respiração desempenham papéis vitais no Chakra Anahata, porque o coração é o local de sensação mais importante do corpo, e quando se consegue o

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controle sobre o próprio padrão respiratório, o ritmo cardíaco fica simultaneamente regularizado. A pessoa atinge a consciência do quarto chakra consegue o equilíbrio sutil do corpo e da psique. O plano de santidade dentro deste chakra traz a percepção da graça divina em toda a existência.

EFEITOS DA MEDITAÇÃO: Evoluindo através do quarto chakra, domina-se a linguagem, a poesia e todos os empreendimentos verbais, bem como os indriyas, ou desejos e funções físicas. A pessoa torna-se senhor de si mesmo, ganhando sabedoria e força interior. As energias masculina e feminina ficam equilibradas, e a resolução das duas, interagindo fora do corpo, cessa como problema, pois todas as relações tornam-se puras. Os sentidos são controlados, e a pessoa flui livremente, sem os obstáculos de uma barreira externa. Aquele que está centralizado no quarto chakra evoluiu além das limitações circunstanciais e ambientais para tornar-se independente e auto-emanente. Sua vida passa a ser uma fonte de inspitação para os outros, pois descobrem paz e calma em sua presença. A visão divina evolui com o puro som no chakra Anahata, trazendo equilíbrio de ação e alegria. Obtém-se poder sobre vayu, o elemento ar. E pelo fato de o ar não ter forma, a pessoa do quarto chakra pode ficar invisível, viajar pelo espaço e entrar em corpos de outras pessoas.

CARACTERÍSTICAS COMPORTAMENTAIS DO CHAKRA ANAHATA: Dos vinte e um aos vinte e oito anos vibra-se no Chakra Anahata. A pessoa fica consciente do seu carma, das suas ações de vida. Bhakti, ou fé, é a força motivadora, pois se luta para conseguir o equilíbrio em todos os níveis. Esta pessoa dorme de quatro a seis horas por noite, do lado esquerdo.

O gamo do Chakra Anahata corre velozmente, mudando com freqüência de direção, em caminho angular. De modo similar, a pessoa que está amando pode ter qualidades e tendências do gamo, tais como os olhos sonhadores, andar sem rumo certo e voar. Quando sob controle, todas as perturbações emocionais cessam.

O Chakra Anahata engloba sudharma (religião correta ou adequada), boas tendências e os planos de santidade, equilíbrio e fragrância. Pode-se experimentar a expiação no Chakra Anahata, quando decretados carmas negativos. A clareza de consciência é a iluminação do puro que desenvolveu boas tendências e santificou sua vida para Jana Loka, o plano humano.

NOME DO CHAKRA: MANIPURA - TERCEIRO CHAKRA

SIGNIFICADO DO NOME DO CHAKRA:" Cidade das Gemas"

LOCALIZAÇÃO: Plexo Solar; Plexo Epigástrico; Umbigo.

COR BIJA (SEMENTE): Dourada.

SOM DO BIJA-RAM (RANG)

SOM DA PÉTALA BIJA: Dang, Dhang, Rlang(palatais), Tang, Thang, Dang,Dhang(dentais),Nang,Pang,Phang (labiais).

FORMA DO TATTVA: Triângulo.

SENTIDO PREDOMINANTE: Visão.

ÓRGÃO DO SENTIDO: Olhos.

ÓRGÃO MOTOR: Pés e pernas.

VAYU (AR): Saman Vayu ,o vayu que habita o abdômen superior, na área do umbigo, ajudando o sistema digestivo. Transporta o sangue e química produzida

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no plexo solar através da assimilação. Com a ajuda de Saman Vayu, a rasa, ou essência, do alimento é produzida, assimilada e transportada para o corpo todo.

ASPECTOS: Visão, forma, ego, cor.

TATTVA (ELEMENTO): Fogo.

COR DO TATTVA:

LOKA (PLANO): (plano celestial).

PLANETA REGENTE: Sol (solar masculino).

FORMA YANTRA: Triângulo invertido. O triângulo vermelho, com a ponta voltada para baixo, está localizado em um círculo cercado de dez pétalas. O triangulo é a forma do elemento fogo. Este chakra é também chamado de plexo solar, sendo dominado pelo elemento fogo, que auxilia a digestão e a absorção do alimento para fornecer ao corpo inteiro a energia vital necessária à sobrevivência. O triangulo é a forma geométrica rígida mais simples: necessita somente de três lados, mas é inteiro em si mesmo. A visualização desempenha um grande papel na vida das pessoas do terceiro chakra. O fogo domina sua consciência, e seu calor pode ser sentido à distância. O triangulo invertido sugere o movimento descendente da energia.

O CÍRCULO COM DEZ PÉTALAS: As pétalas representam dez terminações nervosas importantes, dez fontes de energia, que flui em dez dimensões: seu padrão agora nem é circular, nem quadrangular. Seu movimento não é circular, como no segundo chakra. A cor das pétalas é azul da parte mais luminosa do fogo. As dez pétalas também representam os dez pranas, ou respirações vitais, como Rudras (formas primitivas de Shiva). Cada pétala apresenta um aspecto de Rudra Braddha (Shiva Velho).

SOM BIJA: RANG. O principal ponto de concentração durante a produção deste som é o umbigo. Quando repetido de maneira apropriada, o som Rang aumenta o poder digestivo e os de assimilação e absorção. O som também traz longevidade, objetivo principal de pessoas motivadas pelo terceiro chakra.

O bija RANG é sempre baseado em um triangulo. O triangulo voltado para baixo no Chakra Manipura possui três potões, e é de cor vermelho-carmim. A natureza do fogo é de mover-se para cima, e quando devidamente entoado, o fogo do Chakra Manipura assim se moverá.

VEÍCULO DO BIJA: O carneiro. O transportador do som bija RANG, é o carneiro, veículo de Agni, o deus do fogo. O carneiro representa a natureza da pessoa do terceiro chakra: é forte e ordena com a cabeça. O plexo solar é o terceiro chakra, o local do fogo dentro do corpo. As pessoas do terceiro chakra são dominadas pelo intelecto e pelo fogo, que é de natureza solar. Vivem em grupo e movem-se em direção ao objetivo desejado, sem pensar nas conseqüências – como um carneiro. Caminha com ar de orgulho, como se bebesse vaidade. Preocupa-se com a aparência e com o fato de andar na moda.

DEIDADE: Rudra Braddha (Shiva Velho): Senhor do Sul, Rudra Braddha representa o poder de destruição. Tudo o que existe a ele retorna. Possui a pele azul-cânfora e barba prateada. Senta-se sobre uma pele de tigre dourada esticada, coberta de cinzas. O tigre representa manas, a mente.

As pessoas do terceiro chakra mantêm o controle sobre a ira. A fisionomia deste chakra é a de uma pessoa velha, desinteressada. Identificação, reconhecimento,

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imortalidade, longevidade e poder são as motivações de uma pessoa do terceiro chakra. A lealdade abnegada aos amigos e a família cessa, pois a pessoa age somente para si.

SHAKTI: Lakini. No terceiro chakra, Shakti Lakini possui três cabeças. O alcance da visão aqui engloba três planos – físico, astral, celestial. Shakti Lakini está armada, tanto com a independência, como com o fogo. Segundo o Shat-chakra-nirupan, ela possui compleição escura, e cor de seu sari é amarela.

Em uma de suas quatro maõs, Shakti Lakini segura o raio, ou vajra (vara de condão), indicando a energia elétrica do fogo, bem como o calor físico que emana de dentro do corpo. Em sua segunda mão, ela segura a flecha disparada do arco de Kama, o Senhor do Sexo, no segundo chakra. Esta flecha se move para um objetivo, fornecendo o ímpeto para o movimento ascendente da energia. Sua terceira mão segura o fogo. Na quarta, Shakti Lakini forma o mudra (gesto de mão) da intrepidez concedida.

EFEITOS DA MEDITAÇÃO: A meditação neste chakra trará a compreensão da fisiologia, do funcionamento interno do corpo e do papel das glândulas de secreção interna em relação às emoções humanas. A concentração no umbigo, centro da gravidade do corpo impede a indigestão, constipação e todos os problemas da região intestinal. Consegue-se uma vida longa e saudável. Perde-se o egoísmo, atingindo-se o poder de criar e destruir o mundo. A fluidez vinda pelo segundo chakra assume a forma de praticabilidade. As fantasias assumem o caráter prático, desenvolvendo-se o poder de comandar e organizar. Atinge-se o controle da fala, podendo-se expressar as idéias de maneira muito eficaz.

CARACTERÍSTICAS COMPORTAMENTAIS NO CHAKRA MANIPURA: Entre as idades de quatorze e vinte um anos, a pessoa é governada pelo Chakra Manipura. A energia motivadora deste chakra impele-a desenvolver o ego, sua identidade no mundo. Uma pessoa dominada pelo terceiro chakra lutará pelo poder pessoal e pelo reconhecimento, mesmo em detrimento da família e dos amigos. Esta pessoa dormirá entre seis e oito horas por noite, de costas.

O plano do Chakra Manipura engloba carma, caridade, compensação pelos erros, boa companhia, má companhia, serviço abnegado, tristeza, o plano do dharma e o plano celestial.

Dharma é a lei atemporal da natureza que une tudo o que existe. Permanecendo-se verdadeiro com sua natureza, as relações com o outro serão mais estáveis e claras. O equilíbrio do Chakra Maipura é o serviço abnegado, isto é, servir sem esperar recompensa. A prática da caridade esclarecerá o caminho da ação, ou carma. Cada pessoa deve estar consciente de suas ações para atingir o equilíbrio em sua vida. Uma vez obtido, entrará no plano celestial da iluminação.

NOME DO CHAKRA: SVADHISTHANA - SEGUNDO CHAKRA

SIGNIFICADO DO NOME DO CHAKRA: "Lugar-Morada do Ser"

LOCALIZAÇÃO: Plexo hipogástrico; genitais.

COR BIJA (SEMENTE): Dourada.

SOM DO BIJA-VAM (VANG)

SOM DA PÉTALA BIJA: Bang, Bhang, Mang, Yang, Rang, Lang.

FORMA DO TATTVA: Círculo.

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SENTIDO PREDOMINANTE: Paladar.

ÓRGÃO DO SENTIDO: Língua.

ÓRGÃO MOTOR: Genitais.

VAYU (AR): Apana Vayu (ver a descrição no primeiro chakra).

ASPECTOS: Procriação, família, fantasia. O elemento terra do Chakra Muladhara dissolve-se no elemento água do Chakra Svadhisthana. A fantasia penetra à medida que a pessoa começa a inter-relação com a família e os amigos. A inspiração para criar começa no segundo chakra.

TATTVA (ELEMENTO): Água.

COR DO TATTVA: Azul-Claro.

LOKA (PLANO): Bhuvar Loka, Naga Loka, o plano astral.

PLANETA REGENTE: Mercúrio (lunar, feminino).

FORMA YANTRA: O Círculo com o Crescente. A forma crescente da lua é o yantra deste chakra, de cor azul-clara. A forma do elemento água é circular. O segundo chakra é dominado pelo elemento água – a essência da vida.

Três quartos da terra são cobertos de água. As marés são governadas pela lua. Três quartos do peso corporal de uma pessoa são água. A lua afeta as pessoas sob a forma das marés emocionais. As mulheres possuem um ciclo mensal sincronizado com o ciclo da lua. O Chakra Svadhisthana é o centro da procriação, diretamente relacionado com a lua.

A relação vital entre a água e a lua é mostrada no yantra crescente dentro de um círculo branco do chakra da água. A lua desempenha um papel importante na vida das pessoas do “segundo chakra”, que atravessam muitas flutuações emocionais durante a mudança das fases da lua.

O CÍRCULO COM SEIS PÉTALAS: Fora do círculo branco estão seis pétalas vermelhas de lótus (mistura de escarlate e carmim), a cor do óxido de mercúrio. As seis pétalas representam as seis terminações nervosas importantes do segundo chakra. Assim como as quatro pétalas no primeiro chakra representam o fluxo de energia das quatro fontes e pelas quatro dimensões, as seis pétalas do segundo chakra mostram a energia que flui das seis dimensões. No segundo chakra, o esclarecimento linear do primeiro torna-se circular, com mais movimento e fluxo. O círculo branco simboliza a água, o elemento do Chakra Svadhisthana.

SOM BIJA: A concentração deve estar centrada no segundo chakra quando o bija VANG for repetido. Os sons da água ampliam o poder deste bija. Quando produzido de maneira apropriada, este som rompe qualquer bloqueio nas regiões inferiores do corpo, permitindo um fluxo energético sem obstruções.

VEÍCULO DO BIJA: Crocodilo (sânscrito, Makara). Movendo-se de modo serpentino, o crocodilo retrata a natureza sensual das pessoas do segundo chakra. O crocodilo captura a sua vítima através de vários truques. Aprecia flutuar, mergulhar fundo na água e tem um forte poder sexual. A gordura do crocodilo já foi utilizada no homem para aumentar a virilidade.

Os hábitos de caçar, realizar truques e fantasiar do crocodilo são qualidades de pessoas do segundo chakra. O ditado “chorar lágrimas de crocodilo” também é conhecido na Índia, referindo-se a falsa manifestação de emoção.

DEIDADE: Vishnu, o senhor da preservação. Vishnu representa o poder da

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preservação da raça humana; por isso está no segundo chakra, o local da procriação. Ele senta-se sobre um lótus cor-de-rosa. Sua pele é azul - lavanda, e ele usa dhoti amarelo-dourado. Uma estola de seda verde cobre seus quatro braços. Vishnu personifica os princípios da vida correta. Sua natureza é lilá, ou representação. Assume formas diferentes à sua vontade e representa papéis diferentes. É o herói do drama cósmico.

Os quatro braços de Vishnu sustentam quatro instrumentos essenciais para a diversão correta da vida: A concha contém o som das ondas do oceano. A concha de Vishnu representa o som puro que traz a liberação para os seres humanos. O chakra é o anel de luz que rodopia no dedo indicador da Vishnu. Este chakra é o símbolo do dharma. O Chakra Dharma gira em torno de seu próprio eixo; destrói os obstáculos, a desarmonia e o desequilíbrio. A roda, forma do chakra, representa o tempo. Permanecendo verdadeira em sua revolução, a roda do chakra cria o ciclo do tempo; se não estiver em conformidade com o ritmo cósmico, deve terminar.

A clava é feita de metal, um elemento terra, sendo instrumento de manutenção do controle sobre a terra. A alça traz o controle às mãos de Vishnu. A segurança terrena sob a forma de fortuna monetária é o primeiro requisito para os desejos sensuais e a vida sexual possam ser realizados.

A quarta mão de Vishnu traz um lótus cor-de-rosa claro. O lótus cresce no lodo e permanece luminoso, radiante e elegante. O lótus é puro – inafetado pelo ambiente. A flor abre-se com o primeiro raio de luz do sol e, com o último, fecha suas pétalas. Delicado e de perfume suave, o lótus é calmente para todos os sentidos.

SHAKTI: RAKINI. Shakti Rakini tem duas cabeças. Sua pele é rosa claro ( embora, segundo o Shat- chakra- nirupal, seja cor de um lótus azul). Usa usa um sari vermelho e jóias no pescoço e nos quatro braços. A primeira inspiração de arte e música vem de Shakti Rakini. Em suas quatro mãos encontramos os seguintes instrumentos:

Uma flecha: Atirada do arco de Kama (o senhor do amor erótico), esta flecha representa a natureza da pessoa do segundo chakra quando atira sua flecha para o objetivo desejado. Indica a impetuosidade do movimento ascendente deste chakra. A flecha de Shakti Rakini é a flecha dos sentimentos e emoções que trazem o prazer e a dor, à medida que desperta a dualidade.

Um crânio: o crânio simboliza a natureza do romântico que leva a cabeça em sua mão, com as emoções governando seu comportamento.

Um damaru (tambor): O tambor simboliza o poder do ritmo e do batimento do segundo chakra.

Um purusha (machado): O machado foi a primeira arma inventada pela humanidade. Com esta arma Shakti Rakini corta todos os obstáculos no segundo chakra.

As duas cabeças de Shakti Rakini representam a energia dividida no segundo chakra: o esforço das pessoas deste chakra é voltado para conseguirem equilíbrio entre o mundo sem e o mundo com. Neste chakra inicia-se a expansão da personalidade.

No primeiro chakra a motivação básica era alcançar a segurança monetária; a atenção era linear e seguindo em uma única direção. No segundo, a atenção era linear e seguindo em uma única direção. No segundo, a atenção é dividida entre os

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desejos e fantasias de natureza sensual.

EFEITOS DA MEDITAÇÃO: A centralização neste chakra permite que a mente reflita o mundo, como a lua reflete o sol. Adquire-se a capacidade de usar a energia criativa e sustentadora para elevar-se às artes refinadas e às relações puras, tornando-se livre da luxúria, ira, ganância, insegurança e ciúme.

Quando visualiza-se o Senhor Vishnu há uma sensação de paz contínua como um lago. A elevação do primeiro para o segundo chakra traz um esclarecimento lunar, refletindo a divina graça da criação e da preservação. Vishnu vê todos os mundos e preserva a criação do Senhor Brahma. Ele é benéfico com a tranqüilidade da natureza pura.

CARACTERÍSTICAS COMPORTAMENTAIS NO CHAKRA SVADHISTHANA: Normalmente uma pessoa entre as idades de oito e quatorze anos age com a motivação do segundo chakra. Dormirá entre oito e dez por noite em posição fetal. Em termos de elementos, a terra é dissolvida em água. Em vez de permanecer sozinho e na defensiva, como no primeiro chakra, a criança começa a se chegar para a família e amigos para um contato físico. A imaginação aumenta. Satisfeita a necessidade de alimento e proteção, a pessoa está livre para visualizar o ambiente ou circunstância que deseja. A sensualidade entra nas relações como um novo esclarecimento da evolução do corpo físico.

O desejo de sensações físicas e fantasias mentais podem tornar-se um problema para a pessoa neste nível. A gravidez conduz a água para baixo e, assim, o segundo chakra pode ter um efeito de redemoinho, puxando para baixo na psique, levando o desassossego e confusão. Corpo e mente possuem limitações naturais, que devem ser respeitadas e compreendidas para haver saúde e equilíbrio. Comer, dormir e praticar sexo devem ser metódicos para corpo e mentem manterem-se harmoniosos e em paz.

Uma pessoa do segundo chakra com freqüência gosta de ser príncipe, senhor ou herói. A troca de papéis mantém a auto-estima elevada e nobre. Todas as culturas produzem histórias várias e poemas que enaltecem estes heróis, destruidores do mal.

O chakra svadhisthana engloba o plano astral e os outros do entretenimento, fantasia, insignificância, ciúme, misericórdia, inveja e alegria. O plano astral é o espaço entre o céu e a terra. Aqui a terra se torna uma jóia, e os céus ficam ao alcance. A fantasia pode ser utilizada para favorecer as profissões e as belas artes. A insignificância é um estado de vazio e falta de propósito. Quando um mundo é visto com a mente negativa, nada excita, nada agrada, tudo fica perdido. A inveja e o ciúme surgem de um desejo de possuir o lugar ou as qualidades do outro. Isto resulta em um estado destruidor de ansiedade inquieta. O plano da alegria traz uma sensação de satisfação profunda. Ela penetra a consciência inteira da pessoa que evoluiu além dos aspectos do segundo chakra.

NOME DO CHAKRA: MULADHARA - PRIMEIRO CHAKRA

SIGNIFICADO DO NOME DO CHAKRA: "Fundação"

LOCALIZAÇÃO: Plexo pélvico: Região entre o ânus e os genitais: base da espinha dorsal: As três primeitas vértebras.

COR BIJA (SEMENTE): Dourada.

SOM DO BIJA-LAM (LANG)

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SOM DA PÉTALA BIJA: Vang, Shang, Kshang, Sang.

FORMA DO TATTVA: Quadrado.

SENTIDO PREDOMINANTE: Olfato.

ÓRGÃO DO SENTIDO: Nariz

ÓRGÃO MOTOR: Ânus.

VAYU (AR): Apana Vayu, o ar que expele o Sêmen do órgão masculino; urina de ambos os sexos; e o que empurra a criança para fora do útero durante o nascimento.

ASPECTOS: Alimento e abrigo.

TATTVA (ELEMENTO): Terra.

COR DO TATTVA: Amarela.

LOKA (PLANO): Bhu Loka (plano físico).

PLANETA REGENTE: Marte (solar Masculino).

FORMA YANTRA: Quadrado de cromo amarelo com quatro pétalas rubro-escarlares. O quadrado possui grande significado em relação ao conhecimento ligado à terra, pois representa a própria terra, as quatro dimensões e as quatro direções. A forma do elemento terra é linear, eosquatro pontos formam os quatro pilares ou ângulos do que é conhecido como terra quadrangular. Quatro permite a conclusão, e terra personifica os elementos e condições para a conclusão em todos os níveis. Este yantra é o centro do som bija, liberando, portanto, o som em oito direções. A terra é o mais denso de todos os elementos, sendo uma mistura dos outros quatro: água, fogo, ar e akasha.

O CÍRCULO COM QUATRO PÉTALAS: O lótus de quatro pétalas representa os gânglios formados nas quatro terminações nervosas importantes. A cor das pétalas é rubro-escarlate misturado com uma pequena quantidade de carmesim.

O TRIÂNGULO: O local da força vital. Kundalini Shakti, é representado na forma de uma serpente enroscada, de um lingam ou de um triângulo. A serpente enroscada três vezes e meia em torno do Lingam (autonascido). Com a boca aberta voltada para cima, ela está ligada ao caminho de Sushumma, o canal nervoso central que corre ao longo da espinha dorsal. A Kundalino Shakti não despertada permanece enroscada, abrigada em torno do lingam com a ponta da cauda na boca. Em virtude de a boca estar voltado para baixo, o fluxo energético é descendente. Assim que é iniciado o trabalho com o primeiro chakra, esta energia adormecida levanta sua cabeça e flui livremente pelo canal de Sushumma.

O triângulo apontado para baixo é o yantra do lingam e da Kundalini. Indica o movimento descendente e os três nervos principais: Ida, Pingala e Sushumma. A união destes nervos no Chakra Muladhara forma uns triângulos invertidos, que também faz com que a energia desça. A cor da linhagem é cinza esfumado, mas algumas vezes apresenta a cor de uma folha nova.

SOM BIJA: Este som é produzindo colocando-se os lábios em uma forma quadrada e empurrando-se a língua achatada contra o palato. O som bija faz o palato, o cérebro e o topo do crânio vibrarem.

Quando devidamente produzido, o bija LANG excita os nadis no primeiro chakra e cria um fecho que bloqueia o movimento descendente da energia. O movimento ascendente se inicia quando ao final do som LANG – isto é, ANG – vibra no topo da

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cabeça. A repetição do som retira as inseguranças associadas ao primeiro chakra, e fornece ao aspirante segurança financeira, esclarecimento e força interior. Diz-se que o bija LANG possui quatro braços. Sua vibração ajuda a criar uma passagem dentro do Nadi Brahma, para facilitar o fluxo de energia.

VEÍCULO DO BIJA: O elefante Airavata, Indra, o deus do firmamento, monta em seu elefante Airavata. A pele do animal é cinza claro, a cor das nuvens. Os setes troncos de Airavata formam um arco-íris de sete cores. Há sete aspectos de cada pessoa que devem ser reconhecidos e envolvidos em harmonia com as leis naturais. Os sete aspectos são:

Sentido Órgão do sentidoSom OrelhasTato PeleVisão Olhos

Paladar LínguaOlfato Nariz

Defecação ÂnusSexo Genitais

De modo similar, sete dhatus (constituintes) formam o corpo físico: 1. Raja – Barro, terra. 2. Rasos – Líquidos 3. Rakta – Sangue 4. Mansa – Carne, fibras nervosas, tecidos. 5. Medha – Gordura 6. Asthi – Osso 7. Majjan – Medula óssea

Os sete tipos de desejos (segurança, procriação, longevidade, participação, conhecimento, auto-realização e união) são vistos nos troncos e nas sete cores. Também estão associados aos sete chakras, às sete notas e uma oitiva e aos sete planetas principais.

O elefante representa a natureza da busca de alimento para o corpo, a mente e o coração, que dura à vida inteira. Aquele que ativa o primeiro chakra anda com firmeza, o passo firme do elefante. Lutará para ampliar o seu controle com o peso máximo que consegue suportar. Fará o seu trabalho com humildade, como o trabalhador braçal que executa todas as ordens que lhe são dadas. Aquele que obtém o controle sobre seus indrias – órgãos dos sentidos motores – torna-se Indra.

DEIDADE: Bala Brahma (Brahama Criança). Brahama, o senhor da criação, governa o Norte, e é a deidade que preside o primeiro chakra. É retratado como uma criança radiante com quatro cabeça e quatro braços. Sua pele é da cor da aveia. Usa um dhoti (tradicional veste indiana usada enrolada na parte inferior do corpo) amarelo e uma estola verde. Com quatro braços e quatro cabeças, Brahma vê nas quatro direções ao mesmo tempo. Cada cabeça representa um dos quatro aspectos da consciência humana,

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reconhecido como:

1. O Ser Físico: Relação corporal com o alimento, exercício, sono e sexo. O ser físico manifesta-se através da terra, da matéria e da mãe.

2. O Ser Racional: O intelecto ou a lógica condicional dos processos de raciocínio do indivíduo.

3. O Ser Emocional: Os humores e sentimentos que alteram continuamente a pessoa. A lealdade eo romance são influenciados pelo ser emocional.

4. O Ser Intuitivo: A voz interiore da mente consciente da pessoa.

Em seus quatro braços Brahma sustenta:

- Na mão esquerda superior, uma flor de lótus, símbolo da pureza.

- Na segunda mão esquerda, as escrituras sagradas contendo o conhecimento de toda criação. Brahma pode comunicar o conhecimento sagrado quando devidamente invocado.

- Na primeira mão, direita, um vaso contendo néctar. É amrita, o precioso líquido da potência vital.

- A quarta mão está levantada no mudra que concede o destemor.

Brahma aparece durante as horas de lusco-fusco de crepúsculo e do amanhecer. Através de sua visualização, invocamos calma e paz para a mente. Todos os medos e inseguranças são resolvidos através do Senhor Brahma, o criador sempre atento.

SHAKTI: Dakini. A energia de Shakini Dakini combina com as forças do criados, preservador e destruidor, simbolizados pelo tridente levado em um das suas mãos esquerdas.

Na outra mão ele segura um crânio que significa o afastamento do medo da morte – o bloqueio psicológico básico de primeiro chakra.

Sua mão direita superior sustenta uma espada, com a qual ela retira o medo, destói a ignorância eauxilia o ser a superar as dificuldades.

Na outra mão direita ela segura um escudo que confere o poder de proteção contra os problemas.

Shakti Dakini possui pelo cor de rosa e usa um sari amarelo-pêssego ou escarlate. Em alguns textos ela e apresentada como uma deusa de aparência irada e destemida, mas para a meditação as imagens dos deuses e deusas devem ser visualizadas como humor agradável. Os olhos de Shakti Dakini possuem cor vermelha brilhante.

GOVERNANTE: Ganesha. O deus com cabeça de elefante, Ganesha, senhor de todos os princípios, é invocado para conferir proteção em todos os empreendimentos. A figura de Ganesha é muito atraente, embora difícil de ser aceita pela mente racional como uma deidade importante. A tarefa de

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Ganesha envolve sua aceitação enquanto removedor de obstáculos; isto subjuga a mente racional, ou o hemisfério esquerdo – que é de natureza analítica e crítica – e libera o direito, que é emocional e necessário para a aventura espiritual. Sua visualização auxilia a interrupção do diálogo interno. Aquele que é levado pela aparência externa não consegue adminirar a bela interior de Ganesha, mas aquele que penetra a realidade física pode ver nele a união do amor e da sabedoria.

A pele de Ganesha é coral, Usa um dhoti amarelo-limão. Uma estola de seda verde está drapejada sobre os seus ombros. Seus quatro braços são utilizados na ação de destruir os obstáculos. Ganesha é filho de Shiva e Parvati. Carrega o swastika (em sânscrito, svastika), o antigo símbolo hindu para a união das quatro direções, a energia ascendente do Senhor Vishnu, e a irradiação solar.

Em seus quatro braços Ganesha leva:

- Um ladu, fragrância doce simbolizando sattva, o estado mais refinado de consciência pura. O ladu traz também saúde e prosperidade para o dono da casa.

- Uma flor de lótus, simbolizando as qualidades da ação abnegada eda natureza imaculada.

- Uma machadinha simbolizando o controle dos "desejos do elefante" e do corte das limitações do desejos. A machadinha corta a falsa identificação do Ser da pessoa com o seu corpo físico.

- A quarta mão de Ganesha está levantada em um mudra que concede o destemor.

EFEITOS DA MEDITAÇÃO: O Chakra Muladhara representa a manifestação da consciência individual naforma humana, isto é, o nascimento físico. A meditação na ponta do nariz induz ao início do esclarecimento, liberdade de doenças, iluminação, inspiração, vitalidade, vigor, resistência, segurança e compreensão da pureza interior, e brandura na voz e na melodia interior.

CARACTERÍSTICAS COMPORTAMENTAIS NO CHAKRA MULADHARA: Se um indivíduo com os maxilares e os punhos inrijecidos recusa-se a viver de acordo com as leis naturais que governam seu corpo, criará uma karma ou obstáculo no mundo. Seus órgãos dos sentidos motores servirão somente para trazer confusão e dor em troca de gratificação temporária. Quando um indivíduo começa a agir em harmonia com estas leis naturais, não mais desperdiçará energia ou poluirá seu esclarecimento sensorial com excesso de indulgência. Agirá sabiamente e com moderação, explorando seu corpo e mente como veículos da liberação dos reinos inferiores.

Normalmente a criança de um a sete anos age com as motivações do "primeiro chakra". A terra é vista como uma nova experiência. A criança deve se assegurar e estabelecer as leis do seu mundo, aprendendo a regularizar os padrões de comer, beber e dormir, bem como o comportamento apropriado necessário para a segurança de sua identidade mundana. A criança será autocentrada e altamente ligada na sua própria sobrevivência física.

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O principal problema da criança, ou do adulto, agindo com a motivação do primeiro chakra, é comportamento violento baseado na insegurança. Um indivíduo com medo pode lutar cega e insensivelmente, como um animal acuado, devido a sensação de perda da segurança básica. Um indivíduo dominado pelo chakra Muladhara geralmente dorme de dez a doze horas por noite, sobre o estômago. Este chakra inclui os planos da origem, ilusão, ira, avidez, desilusão, avareza e sensualidade. Estes aspectos do primeiro chakra são fundamentais à existência humana. O desejo de mais experiência e mais informação age como força motivadora, um ímpeto básico para o desenvolvimento individual.

O Chakra Muladrara é o local da Kundalini enroscada, da Shakti vital, ou força energética. Este chakra da base é a raiz de todo o crescimento e esclarecimento da divindade do homem.

NOME DO CHAKRA: SOMA

SIGNIFICADO DO NOME DO CHAKRA:"Néctar; a lua"

LOCALIZAÇÃO: Um dos menores chakras dentro do sétimo, Soma está localizado acima do “terceiro olho” no centro da testa.

COR BIJA (SEMENTE):

SOM DO BIJA-

SOM DA PÉTALA BIJA:

FORMA DO TATTVA:

SENTIDO PREDOMINANTE:

ÓRGÃO DO SENTIDO:

ÓRGÃO MOTOR:

VAYU (AR):

ASPECTOS:

TATTVA (ELEMENTO):

COR DO TATTVA:

LOKA (PLANO):

PLANETA REGENTE: Rahu.

FORMA YANTRA: Um crescente prateado em um lótus branco-azulado. O chakra Soma é também conhecido como chakra Amrita; tanto soma como amrita significam “néctar”. É um chakra com um lótus de doze pétalas (algumas escrituras falam em dezesseis), no centro do qual está a lua crescente, a fonte do néctar.

Este néctar vem para a lua através de Kamadhenu, a vaca realizadora dos desejos. Ele vaza constantemente no nirjhara gupha, o espaço vazio entre os dois hemisférios.

Três nadis, Ambika, Lambika, Talika, junto com o Kamadhenu, são as quatro fontes do néctar. Em seu curso natural ele desce, e quando atinge o Chakra Manipura é queimado pela energia solar do plexo solar. Através da prática do khechari mudra, yogues conseguem bloquear a descida do fluxo do néctar enquanto desfrutam os sons sutis do nada pela meditação no lótus de oito pétalas do chakra Hameshvara ( outro chakra menor dentro do sétimo). Aqui os três Nadis Vama, Iyeshtha e Raudri formam o Triangulo Á – Ka – Thã, bem conhecido dos yogues. Dentro

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desse triângulo estão sentados Kameshvara em união eterna, cobertos por pétalas branco-azuladas de lótus.

Triângulo Á – Ka – Thã. Esta forma cotém uma combinação de três energias. Brahmi é a energia do criador Brahma; Vaishnavi, do preservador Vishnu e Maheshvari, do transformador Maheshvara, senhor dos senhores, o próprio Shiva. Estes três shaktis fluem através dos três Nadis Vama, Iyeshtha e Raudri, que formam o triangulo Á – Ka – Thã. O mesmo triângulo formado pelos mesmos nadis existe no Chakra Muladhara, onde Shiva está sob a forma de Lingam Svayamohu, e Shakti sob a serpente enroscada em torno do lingam. Os Nadis Vama, Iyeshtha e Raudri correspondem a Brahma; Vaishnavi Maheshvari, respectivamente. Estas energias formam os três aspectos da consciência: o conhecimento, o sentimento e a ação, dos quais emanam a verdade, beleza e bondade. A realização da verdade (satyam), beleza (sundaram) e bondade (shivam) em todas as formas de expressão é o mais alto objetivo da vida, e a incorporação dele no comportamento, o mais elevado estado de realização.

SOM BIJA:

VEÍCULO DO BIJA:

DEIDADE: Kameshvra e Kameshvara é o próprio Senhor Shiva. É o senhor do princípio do desejo (kama, “desejo”; ishvara, “senhor”). É aquele que está sentado em cima do famoso triângulo Á – Ka – Thã e com quem os Devi estão ansiosos para se encontrar ( Adya, Kundalini, Kula, Tripua e Kameshvari). Kameshvari está sentada no Muladhara como uma energia adormecida. Através da estreita passagem do Nadi Brahma, ele corre para se encontrar com seu senhor Kameshvara, utilizando qualquer um dos cinco movimentos. Girando as pétalas dos lótus dos chakras, ela atinge o mais alto deles para encontrá-lo. Descreve-se Kameshvara como a mais bela forma masculina. Está sentado como um yogue, mas em um abraço eterno com a bela-amada Sundari Tripura, que é Kameshvari, o mais beleo aspecto feminino nos três mundos (tri, “três”; pura, “planos, mundos”; sundari, “bela”). Kameshvara é também chamado de Urdhvareta ( urdhva, “para cima”; reta, “corrente, fluxo”), pela sua capacidade de retirar a essência do líquido seminal ascendente através do Sushuma; é o senhor do conhecimento do movimento ascendente da energia. O Vamachara (“mão esquerda”) Tantra fornece uma descrição completa deste processo de movimento ascendente e afirma ser este o local para onde deve ser trazida a semente: aqui a semente física masculina (bindu) use-se à feminina, e a união interior e exterior torna-se tantra (consciência expandida) por ser uma combinação de bhoga e yoga, isto é, diversão e afastamento. Kameshvara concede o poder do movimento ascendente e a retenção da semente; portanto, a meditação em Kameshavara apazigua o ego, e o yogi, sentado no Chakra Soma, desfruta bragmananda (felicidade de Brahman). Kameshvari está, então, em paz e união com o seu bem-amado. Não é mais a serpente furiosa que respira fogo, como acontece quando subitamente desperta seu sono.

EFEITOS DA MEDITAÇÃO: Aquele que medita neste chakra e interrompe o fluxo descendente deste amrita, ou néctar – pelo mudra Khechari ( khe, “éter”; chari, “movimento”) – torna-se imortal no corpo físico. É capaz de interromper o processo de envelhecimento e permanecre jovem para sempre, cheio de vitalidade resistência. Obtém vitória sobre a doença, decadência e morte, e defruta da felicidade eterna através da união de Shiva e Shakti – o último objetivo do Kundalini Yoga. O mudra Khechari aumenta o fluxo ascendente da energia, e o

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yogui é capaz de permanecer no Mandala Gagana, ou Mandala Shunya, “o vácuo”, isto é, o espaço vazio entre os dois hemisférios, conhecido como décimo portal do corpo. Está localizado no Sahasrara, o sétimo chakra. O Chakra Soma está acima do Ajna e abaixo do Kameshvari, alinhado no meio da testa, sendo o local do soma (a lua), amrita (néctar) e kamadhenu. A cor de Kamadhenu é branca, sua face é a do corvo, a testa é ahamkara (ego) e os olhos são humanos, de natureza brâmica. Possui os chifres de uma vaca, pescoço de cavalo, cauda de pavão e asas de um cisne branco (hamsa).

CANAIS

Os Nádis

Os nadis estão ligados aos Chakras. O canal central Sushumna, desempenha papel vital nas práticas do Yoga e tântricas. Os Chakras são centros de intercâmbio entre a energia física e a psicológica dentro da dimensão física, e prana é a força que une o físico e com o mental, e o mental com o espiritual. Na verdade o físico, mental e o espiritual são a mesma coisa e trabalham juntos em todos os níveis. Alguns Nádis maiores como nervos, veias e artérias físicas são conhecidos pela ciência médica atual. Porém, como nem todos os Nádis assumem forma física, nem são visíveis como caracteres, é impossível localizá-los, observá-los ou traçar seu caminho através dos meios menos sutis. Osnádis sutis não de dois tipos:

Nadis Pranavha... Condutores da força prânica.

Nadis Manova... Condutores da força mental.

Os Nadis Pranavha e Nadis Manova correm, em geral, juntos. Embora contestem descrição, estão de alguma forma ligada aos nervos sensoriais do sistema nervoso autônomo. Os nervos e nadis yogas do sistema nervoso autônomo trabalham juntos, da mesma forma que a psique trabalha com a fisiologia.

Certos estudos de anatomia contradizem a descrição do Sushumna fornecida pelas escrituras tântricas, sustentando que o canal central contém somente líquido cerebroespinhal, sem qualquer menção à presença de fibras nervosas. Neurologicamente é impossível para a coluna vertebral possuir abertura no topo da cabeça para a entrada e saída do fluxo de prana. Portanto, é difícil fornecer anatomia precisa dos chakras. Na acupuntura existe um meridiano chamado Meridiano Governante dos vasos, que apresenta alguma correspondência com o sushumna. Nele, o fluxo energético começa na ponta do cóccix, ascende pela espinha dorsal, atinge um ponto no alto da cabeça e, então se curva, descendo ao longo da linha do meridiano até um ponto logo abaixo do umbigo. Os meridianos da acupuntura podem ser comparados aos nadis pranavha.

Segundo o tratado tântrico Shiva Samhita, existem quatorze nadis principais. Desde, Ida, Píngala e Sushumna. São considerados os mais importantes. Todos os nádisestão subordinados ao Sushumna. O prana viaja através do Sushumna, partindo do plexo pélvico para o Brahma Randhra ("a caverna de Brahman" – espaço vazio entre os dois hemisfério cerebrais), situado no interior do eixo cérebro espinhal. O Chakra Muladhara é o ponto de encontro destes três nadis principais, sendo conhecido como Yukta Triveni (yukta, "combinado"; tri, "três"; veni, "correntes").

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Os primeiros dez nadis ligados aos dez "portais", ou aberturas do corpo:

01. Sushumna ou Brahma Randhra (fontanela)

02. Ida (narina esquerda)

03. Píngala (narina direita)

04. Gandhari (olho esquerdo)

05. Hastaiihava (olho direito)

06. Yashasvini (orelha esquerda)

07. Pusha (orelha direita)

08. Alambusha (boca)

09. Kuhu (genitais)

10. Shankhini (ânus)

Localização dos Dez Pranas Conforme os Upanishads e Outras Fontes

Fonte/Nome do prana

Ioga Chudamani Upanishad

Shri Jabala Darshana Upanishad

Shat-Chakra-Nirupana

PandukapunchakaSatyananda

Prana Coração

Em movimento constante entre a boca e o nariz, no centro do umbigo e no coração.

No CoraçãoNa região entre a laringe e o alto do

diafragma

Apana Muladhara

Ativo no intestino grosso, nos órgãos genitais, coxas e estômago; Também no umbigo e nas nádegas

No ânusNa região abaixo do

umbigo

VyanaAbrange todo o

corpo

Ativo desde a região entre as orelhas e os olhos até os calcanhares; emerge na faringe no lugar do prana

Abrange todo o corpo

Abrange todo o corpo

Samana UmbigoAbrange todas as partes do corpo

No UmbigoNa região entre o

coração e o umbigo

Udana FaringeMembros superiores e inferiores

Na gargantaNas partes do corpo

acima da Faringe

Naga 0Compreende a pele e os ossos

0 0

Kurma 0 Na pele e nos ossos 0 0

Krkara 0 Na pele e nos ossos 0 0

Devadatta Na pele e nos ossos 0 0

DhanamjayaAbrange todo o

corpoNa pele e nos ossos 0 0

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Funções dos Dez Pranas Conforme os Upanishads e Outras Fontes

Fonte/Nome do prana

Ioga Chudamani Upanishad

Shri Jabala Darshana Upanishad

Shat-Chakra-Nirupana

PandukapunchakaSatyananda

Prana 0Inspiração e expiração de

ar; tosseRespiração

Ligado com os órgãos respiratórios, os órgãos da fala juntamente com

os músculos e nervos que ativam estes órgãos; a força com a qual o ar é

inspirado

Apana 0Excreção das fezes e urina

Funções excretoras

Fornece energia para o intestino grosso, rins ânus e órgãos genitais; Primariamente estava

relacionado com a expulsão do prana através

do reto.

Vyana 0Atividades de decomposição

Está presente em todo o

corpo, afetando a divisão e a

difusão; impede a desintegração; e mantém o corpo como um todo

Controla todos os movimentos do corpo e

coordena outras energias vitais; harmoniza e

ativa todos os membros, músculos ligamentos,

nervos e juntas; é responsável também pela postura ereta do corpo.

Samana 0

Mantém as partes do corpo íntegras

Controla o processo de digestão e

assimilação.

Ativa e controla o sistema digestivo; fígado,

intestinos, pâncreas e estômago, assim como as secreções que eles

produzem; também ativa o coração e todo o sistema

circulatório.

Udana 0

Controla a atividade motora

ascendente

Sobe o vayu

Controla os olhos, nariz, ouvidos e todos os

outros órgãos do sentido, inclusive o cérebro. Sem

ele, seria impossível pensar e ter percepção do

mundo exterior.

Naga salivar Soluçar 0 •Espirrar •Bocejar

KurmaAbrir os olhos

Piscar 0 •Arranhar, coçar •Arrotar

Krkara Espirrar Sentir fome 0 •Soluçar •Sentir fome

Devadatta Bocejar Sentir sono 0

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Dhanamjaya

Abrange todo o corpo;

nunca sai do corpo

Fitar atentamente

0

Sushumna

O Sushumna está situado no centro do corpo e passa através da meru danda (coluna vertebral)

O Sushumna se origina no Chakra Muladhara, percorre o corpo, transpassa o talu (palatu na base do crânio), e se une ao Sahasrara (plexo do mil nádis no topo do crânio), conhecido como ("Lótus das Mil Pétalas"). Este nádi se divide em dois ramos; o anterior e o posterior.

O anterior vai para o Chakra Ajna, situado no ponto entre as sobrancelhas e se une ao Brahma Randhara. O posterior passa por trás do crânio e se une ao Brahmara Gupha ("caverna da abelha") e Andhara Kupa ("poço cego", ou décimo portal). Externamente é a "moleira" que está aberta no nascimento. Em um recém-nascido, pode-se observar a pulsação neste ponto durante as primeiras semanas de vida; após o sexto mês, ela começa a endurecer. Depois deste tempo será aberta somente através de práticas especiais de Laya Yoga, Srava Yoga, Kriya Yoga ou Nada Yoga. Nos shastas (escrituras antigas), lê-se que quem dixa o corpo pelo décimo portal atravessa o "caminho sem retorno" (Isto é a liberação do ciclo da morte e do renascimento). Existem yogis que seguem disciplinas que preparam este portal, de modo que sua última respiração carregue a alma para a liberação. O verdadeiro aspirante, desejoso da liberação, trabalhará o ramo posterior do Sushumna.

Outro aspecto especial do Sushumna é não ser limitado pelo tempo. Quando o yogi em meditação se coloca no ponto médio entre as sobrancelhas, no Chakra Ajna(terceiro Olho), e transcende o prana na região de Brahma Randhra, ele fica além do tempo. Torna-se um trikaladarshi (conhecedor do passado, presente e futuro). No Chakra Ajna, ele vai além da dimensão do tempo e a morte não o alcança. As funções do corpo físico param, e o processo de envelhecimento se interrompe no momento anterior à morte todos os seres humanos respiram a inalação do Sushumna, quando ambas as narinas trabalham simultaneamente. Diz-se que a morte – com exceção da acidental – não acontece quando predomina Ida ou Píngala. Isto é, quando somente opera a narina direita, ou se a respiração está sendo feita predominantemente pela esquerda.

Os Nádis Sarasvati e Brahama são outras denominações de Sushumna. Não são identificações apropriadas, pois o Sushumna é um canal onde existem outros nádis sukhma (sutis), e Sarasvati é um nádi complementar de Sushumna que flui fora dele no lado esquerdo. Este nádi é responsável pelo sonho, alucinações e visões. Chitra em sânscrito, significa pintura ou desenho. É automaticamente ativo nos pintores, artistas visionários e poetas. O final do Nadi Chitra é chamado Brahma dvara ("a porta de Brahman"), e o Devi Kundalini ascende porta até a abóboda final – O Chakra Manasa, Lalana ou Soma – o local do encontro de Kameshavara e Kameshvari (Shiva e Shakti), logo acima do ponto reside Kamadhenu (a vaca que satisfaz os desejos).

Como mencionado anteriormente, o Chakra Muladhara é o ponto de encontro dos

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três principais nádis, sendo chamado de Yukta Triveni (Yukta, "envolvimento"; triveni "encontro das três correntes"). Do Muladhara eles se movem alternadamente através do chakra até atingirem o Ajna, onde novamente se reúnem formando um nó frouxo com o Sushumna. Aqui o encontro das três correntes é chamado Mukta Triveni (mukta, "liberado"), Como o sexto chakra (ajna) está além dos elementos, o yogi que atinge este nível por seu poder, via Sushumna, está liberto da escravidão. Uma vez estabelecido, o yogi mantém um estado de kevali kumbhaka (capacidade de reduzir o fluxo da respiração). Além do nó no Chakra Ajna, Ida e Píngala terminam nas narinas esquerda e direita, respectivamente, e assim Chitra e Vajra agem como correntes lunares e solares, e o Nadi Brahma, como o ígneo Sushumna tamasika. Os nádis Vajra e Chitra são as correntes solar e lunar interiores do sushumna. Um yogi estabelecido neste chakra torna-se um tattvatita (além dos elementos), mas ainda sujeito as alterações de humor criadas pela predominância de um ou outro guna (atributo, qualidade); ainda não é gunatita (além dos atributos). Quando guanatita atinge o nirvkalpa samadhi (também chado de nirbijha, ou samadhi "sem semente") um estado especial de meditação profunda e duradoura.

No espaço fora do meru danda (coluna vertebral), à esquerda e a direita, estão os Nadis Ida e Píngala. A substância do Nadu Sushumna, que está no meio, é composta de canais triplos. Os gunas. Os Nadis Vajra e Chitra começam em um ponto da largura de dois dedos acima do Sushumna.

Ida

Ida é o canal esquerdo. Transportador das correntes lunares, Ida tem natureza feminina, sendo celeiro da produção de vida, a energia materna. Ida é nutrição e purificação, por isso é chamado de Ganga (Ganges). Algumas vezes é representado como olho esquerdo. No Svara Yoga representa a respiração "esquerda". Esquerda é descrita no Tantra, como de natureza magnética, feminina, visual e emocional. Na prática do Pranayama (respiração do yoga), com exceção do surya bhedana pranayama, a puraka (inalação) começa pela narina esquerda. Isto excita o Nadi Ida, pois este nadi se origina no testículo esquerdo e termina na narina esquerda. A respiração específica pela narina esquerda excitará o Nadi Ida, e seus produtos químicos nutridores purificação a química o corpo, benefício facilmente obtido pela meditação. A Shiva Svaradaya e a Jnana Svarodaya recomendam que todas as atividades importantes, em especial as que proporcionam estabilidade para a vida, são mais bem desempenhadas quando Ida está operando.

No sistema do Svara Yoga, os praticantes observam o hábito de manter a narina esquerda aberta durante o dia para equilibra a energia solar recebida durante este período. O Nadi Ida é de natureza sattvika, e mantê-lo em operação durante o dia (que é dominado pela energia rajasika) faz aumentar sattva, criando um equilíbrio para si próprio; tornando-nos mais relaxados e mais alerta mentalmente. O Nadi Ida é responsável pela restauração energética do cérebro. Está situado no lado esquerdo da meru danda e tem sido confundo com a cadeia de gânglios nervosos conectadas às fibras nervosas chamadas de cordão simpático. Existe similaridade, talvez porque o sistema simpático controle e influencie a respiração, estando esta ligada as narinas; como existe correlação entre o chakra e as glândulas endócrinas, a definição exata ainda não foi documentada na Medicina ocidental. Ida não é nervo, nem cordão nervoso; é um nadi manovhi. Em várias culturas diferentes, especialmente na Índia, a lua (em sânscrito, chandra) está relacionada à psique. No Purusha Sukta lê-se que: "Chandrama Manaso jatah", isto é, "A lua nasceu dos

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manas de Virat Purusha {Ser Supremo}".

A "respiração lunar" (narina esquerda) é chamada de Ida no Svara Yoga. Os yogis identificam Ida como sendo um nadi pranavahini, e o consideram um dos mais importantes nadis manovahi. O prana, com o auxílio de Ida, é capaz de fluir para dentro e para fora da narina esquerda. Durante o ciclo crescente da lua (da lua nova para a cheia), Ida domina por nove dias, nos quinze do nascer ao pôr-do-sol. Ainda não foi possível a localização deste nadi através de modernos aparelhos técnicos, mas o aspecto pranavahi de Ida pode ser claramente sentido nos efeitos do svara sadhana (seguidores da Ciência da Respiração), e pela prática do pranayama.

Pingala

Pingala é um canal direito. Transportador de correntes solares, Pingala é de natureza masculina, e um depósito de energia destrutiva. É conhecido como Yamuna. À sua maneira, Pingala é também purificado, mas limpa como fogo. Pingala algumas vezes é representado como olho direito. No Svara Yoga, Pingala representa a respiração pelo lado direito, isto é, a respiração que flui pela narina direita. O lado direito é de natureza elétrica, masculina, verbal e racional. O Nadi Pingala torna o corpo físico mais dinâmico e eficiente, sendo ele quem fornece mais vitalidade e mais poder masculino. Realiza-se o surya bhedana pranayama (respiração para aumentar o poder sol/direita) para ampliar o vigor, a resistência e a energia solar. O surya bhedana pranayama é exceção no reino da respiração do Yoga: neste pranayama a respiração começa pela narina direita, excitando o Nadi Pingala. No svara yoga admite-se claramente que o Nadi Pingala torna um homem "puramente homen", assim como Ida torna a mulher "puramente mulher". A predominância da narina direita é recomendada para atividades físicas, trabalhos temporátios, discussões, debates e, naturalmente, duelos.

A prática do yoga, de deixar a narina direita aberta à noite, quando a energia solar é menos forte, mantém o equilíbrio do organismo saudável. Deixar o Nadi Ida ativo durante o dia e o Pingala durante a noite, aumenta a vitalidade e a longevidade. Pingala é de natureza rajasika (energética), e mantê-lo ativo durante as horas noturnas de indolência aumenta a saúde holística do organismo.

O sol, dizem os yogis, está relacionado com os olhos de Virata Purusha. Segundo o Prusha Sukta: "Chakshore suryo ajayatah", isto é: "O sol vem pelos olhos", significando que o sol nasce dos olhos de Virata Purusha. Os olhos são o veículo do sol. Os olhos discriminam. Eles – e o sol estão relacionados ao intelecto e ao cérebro racional. A noite é tempo de fantasia. Os grandes pensadores utilizam a noite para contemplar. Diz-se que "quando é noite para as pessoas do mundo, é dia para os yogis". Pingala como Ida, é um Nadi Manovahi. Pingala é mais ativo durante o ciclo decrescente da lua (da cheia para nova) e opera nove dias em quinze, do nascer ao pôr-do-sol. Atinge-se o controle total dos Nadis Ida e Pingala através da prática, regular dos pranayamas e com muita (disciplina).