XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da...
Transcript of XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da...
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo de Solos TropicaisManejo de Solos Tropicais
no Brasilno Brasil
Sonia Carmela Falci DechenSonia Carmela Falci DechenIsabellaIsabella ClericiClerici De MariaDe MariaOrlando Melo de CastroOrlando Melo de Castro
Sidney Rosa VieiraSidney Rosa Vieira
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo do soloManejo do solo
Preparo do soloPráticas de cultivoCulturas
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo, na rubrica EcologiaManejo, na rubrica Ecologia
É a gestão do ambiente e de seus recursos, de modo a que seu uso possa ser constante, sem redução num futuro indefinido (Houaiss, 2002)
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo do soloManejo do solo
É compreendido como o meio para produção vegetal com qualidade ambiental
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Classificação dos solosClassificação dos solos
Surgiram termos diversos como
•Solos residuais de granito
•Solos de colúvio
•Terras calcárias
•Solos montanhosos
•Solos de cerrado
•Solos tropicais Lepsch (2002)
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Classificação dos solosClassificação dos solos
GGrruuppooss ddoo WWRRBB//FFAAOO CCllaassssiiffiiccaaççããoo bbrraassiilleeiirraa
FFeerrrraassoollss LLaattoossssoollooss
LLiixxiissoollss AArrggiissssoollooss
AAccrriissoollss AArrggiissssoollooss
NNiittiissoollss NNiittoossssoollooss
AAlliissoollss AAlliissssoollooss
PPlliinntthhoossoollss PPlliinnttoossssoollooss SSddffaassddffddff aassddff
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Lepsch, 2002
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
ManejosManejos
•Perdas por erosão
•Da fertilidade do solo
•Da física do solo
• Das culturas e de seus resíduos
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo das perdas por erosão
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo das perdas por erosãoManejo das perdas por erosão
A erosão hídrica. A chuva.
Volume e velocidade da enxurrada
dependem
da intensidade,da duração e
da freqüência da chuva
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo das perdas por erosãoManejo das perdas por erosão
textura
estrutura
permeabilidade
determinam
a velocidade infiltração da água no solo
o volume de enxurrada
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo das perdas por erosãoManejo das perdas por erosão
A grande preocupação
como diminuir o impacto das
gotas de chuva
como controlar o escoamento
superficial
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
ocorrem valores de até 150 mm/h
de intensidade máxima da chuva
em 15 minutos
No Estado de São Paulo
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Índice de erosividade médio anual (determinado pelo EI30), para
algumas localidades do Brasil
Localidade Região Fator R (MJ mm ha-1 h-1 ano-1)
Autor(es)
Caruaru, PE Nordeste 2.086 ALBUQUERQUE (1991) Pelotas, RS Sul 3.924 LAGO (1984) Piracicaba, SP Sudeste 5.719 PEREIRA (1983) Lages, SC Sul 5.790 BERTOL et al. (2002a) Pindorama, SP Sudeste 5.848 PROCHNOW (2003) Campos Novos, Sul 6.329 BERTOL (1994) Campinas, SP Sudeste 6.769 LOMBARDI NETO (1977) Novo Horizonte, SP Sudeste 7.044 ROQUE e CARVALHO Piraju, SP Sudeste 7.074 ROQUE et al. (2001) Teodoro Sampaio, SP Sudeste 7.172 COLODRO et al. (2002) Mococa, SP Sudeste 7.747 CARVALHO et al. (1989) Brasília, DF Centro 8.319 DEDECEK (1978) Goiânia, GO Centro 8.355 SILVA et al. (1997) Chapecó, SC Sul 10.005 BEUTLER (2000)
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo das perdas por erosãoManejo das perdas por erosão
Nos EUA
• Erosividade média anual na maior parte do país é menor que 5.900 MJ mm ha-1 h-1 ano-1
• Apenas no extremo sudeste 8.500 MJ mm ha-1 h-1 ano-1
Wischmeier & Smith (1978)
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
500055006000650070007500800085009000
Erosividade anual no Estado de São PauloVieira e Lombardi Neto (1995)
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo das perdas por erosãoManejo das perdas por erosão
Os solos• Argissolos• Latossolos
Tolerância de perdas por erosão• Lombardi Neto e Bertoni (1975)• Weill et al. (1997)• Sparovek & De Maria (2003)
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo das perdas por erosão:Manejo das perdas por erosão:soluções para o controle da erosãosoluções para o controle da erosão
• Plantio em nível• Rotação de culturas• Cobertura morta• Terraços• Murunduns• Preparo entre terraços• Escarificador• Plantio direto
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo das perdas por erosão:Manejo das perdas por erosão:soluções para o controle da erosãosoluções para o controle da erosão
Em 1893•Franz Wilhelm Dafert
•Inserção de cordões de árvores em
meio aos cafezais, segundo a linha
de nível para conter:
o transporte de terra pela enxurradao assoreamento e obstrução dos rios.
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo das perdas por erosão:Manejo das perdas por erosão:soluções para o controle da erosãosoluções para o controle da erosão
Em 1917• ESALQ• Disciplinas sobre o processo
erosivo
• Emprego curvas de nível(terraços):medida satisfatória para diminuir o efeito das enxurradas
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo das perdas por erosão:Manejo das perdas por erosão:soluções para o controle da erosãosoluções para o controle da erosão
Em 1920• IAC comparava os efeitos das
curvas de nível, o enleiramento permanente e o coveamento para a retenção das águas pluviais nos cafezais.
• Observações sobre a cobertura com palha e o sombreamento em cafezal.
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo das perdas por erosão:Manejo das perdas por erosão:soluções para o controle da erosãosoluções para o controle da erosão
Em 1930• Primeiras curvas de nível nas
propriedades agrícolas particulares.
• Culturas permanentes e anuais.• EE-IAC empregavam e difundiam
a tecnologia aos lavradores circunvizinhos.
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo das perdas por erosão:Manejo das perdas por erosão:soluções para o controle da erosãosoluções para o controle da erosãoEm 1937• Boletins técnicos
• Referências às curvas de nível adotadas na Fazenda Santa Elisa destinadas a controlar a erosão nas culturas de café, cítrus, amendoim etc.
• Resultados satisfatórios.
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo das perdas por erosão:Manejo das perdas por erosão:soluções para o controle da erosãosoluções para o controle da erosão
Conservação do solo = terraços
• Nas culturas anuais, o excesso de
preparo do solo, justamente nos
períodos mais chuvosos propiciou
o surgimento dos murunduns.
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo das perdas por erosão:Manejo das perdas por erosão:soluções para o controle da erosãosoluções para o controle da erosãoOs terraços murundum• Grande movimentação de terra e
máquinas pesadas.• Custos elevados.• Entrave ao trânsito de máquinas.• Redução da produção na área
próxima ao terraço pela remoção do solo superficial ou por encharcamento.
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo das perdas por erosão:Manejo das perdas por erosão:soluções para o controle da erosãosoluções para o controle da erosãoContribuição do murundum•Propiciou o retorno ao conceito original de que terraço é para controlar o excesso de enxurrada e o escoamento superficiale não para reduzir as perdas.
•Convenceu da importância do•manejo entre terraços para controlar a erosão;
•de adotar práticas para a redução da desagregação do solo e aumento da infiltração de água entre os terraços.
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo das perdas por erosão:Manejo das perdas por erosão:soluções para o controle da erosãosoluções para o controle da erosãoO manejo entre terraços• Incentivado com a adoção de sistemas
conservacionistas de preparo.
• Difusão e aceitação do uso do escarificador.
• A transição do
preparo conservacionista para o
plantio direto
parece, hoje, uma evolução natural.
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo das perdas por erosão:Manejo das perdas por erosão:soluções para o controle da erosãosoluções para o controle da erosãoO plantio direto controla a erosão
porque• mantém a superfície do solo coberta
com palha (cobertura morta).
• não mobiliza a superfície do solo.• reduz o impacto da chuva.
• reduz o selamento superficial.• aumenta a infiltração da água.
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo das perdas por erosão:Manejo das perdas por erosão:soluções para o controle da erosãosoluções para o controle da erosão
No plantio direto
• As perdas de terra podem variar de 0,5 a 5,0 t/ha/ano.
• As perdas de terra são 75 % das dos sistemas convencionais.
• As perdas de água são 20 % das dos sistemas convencionais.
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
53%
12%
12%
Castro et al. (1993)
Perdas de terra e de água em Latossolo Vermelho, combinando
tipos de preparo de solo e sistemas de culturas
Escarifi-
cador
Arado de
discos
Grade
pesada
Plantio
direto
Perdas de terra (t ha-1)
Milho 3,49 6,26 4,41 1,70
Soja/aveia (*) 3,43 7,74 9,03 1,09
Perdas de água (mm)
Milho 37,98 68,37 47,42 25,39
Soja/aveia (*) 39,69 92,97 109,47 13,07
(*) dois preparos/ano
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo das perdas por erosão:Manejo das perdas por erosão:soluções para o controle da erosãosoluções para o controle da erosão
No plantio direto• As perdas de nutrientes e de
matéria orgânica são menores.–pois essas perdas são, em geral,
proporcionais às de terra e de água.
• Os valores variam em função do solo, das culturas, do relevo e do clima.
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo das perdas por erosão:Manejo das perdas por erosão:soluções para o controle da erosãosoluções para o controle da erosão
32020,10,24Pastagem nativa
214237,14Pastagem trevo-trigo-soja conv.
211813,25Trigo/Milho plantio direto
63161023,15Trigo/Milho preparo conv.
422449,03Trigo/Soja plantio direto
3175511,81Trigo/Soja preparo mínimo
63991125,97Trigo/Soja preparo conv.
201.239100229,95Solo descoberto
%mm%t ha.ano
Perda de água
Perda de terraManejo em Laterítico Bruno
Avermelhado distrófico
Eltz et al. (1984)
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo das perdas por erosão:Manejo das perdas por erosão:soluções para o controle da erosão
26,6
28,3
289,6
47,7
25,7
519,4
mm
Perdas de água
1,50,61,36Milho+feijão de porco
1,60,61,42Milho+mucuna
16,84,40,63Pousio/milho
2,80,51,20Tremoço/milho
1,50,40,85Aveia+ervilhaca/milho
30,1100220,14Solo descoberto
% de 1.723 mm%t ha-1
Perda de terraManejo das culturas
soluções para o controle da erosão
99 % de controleSeganfredo et al. (1997)
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo da fertilidade do solo
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo da fertilidade do soloManejo da fertilidade do solo
É a base para a sustentabilidade em qualquer sistema de produção agrícola.
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo da fertilidade do soloManejo da fertilidade do solo
Perda de nutrientes pela erosão
• Erosão hídrica
• Erosão eólica
• Lixiviação e percolação
• Remoção de nutrientes pelas culturas
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo da fertilidade do solo:Manejo da fertilidade do solo:perda de nutrientes pela erosãoperda de nutrientes pela erosãoNo início• As pesquisas visavam à
determinação do quanto se perdia em terra e água pela erosão.
Numa segunda fase• Visavam às perdas de nutrientes
pela erosão–seletividade da enxurrada– taxas de enriquecimento do sedimento
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo da fertilidade do solo:Manejo da fertilidade do solo:perda de nutrientes pela erosãoperda de nutrientes pela erosãoImpacto ambiental, em termos de
qualidade do solo e da água:
• 939 mil t de sulfato de amônio.• 478 mil t de superfosfato simples.• 987 mil t de cloreto de potássio.• 2.191 mil t de calcário dolomítico.• US $ 447 milhões em fertilizantes e
corretivos.
Castro (1991)
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo da fertilidade do solo:Manejo da fertilidade do solo:perda de nutrientes pela erosãoperda de nutrientes pela erosãoJá se sabe• A enxurrada tem ação selecionadora, pois
transporta principalmente e em maior proporção, o material mais fino do solo.
• A concentração de nutrientes no material erodido não é influenciada pelos tratamentos.
• As perdas de nutrientes são proporcionais às quantidade de terra arrastada e ao volume de enxurrada.
• As maiores perdas ocorrem no sedimento e não na enxurrada.
Grohmann et al. (1956) e Verdade et al. (1956)
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo da fertilidade do solo:Manejo da fertilidade do solo:perda de nutrientes pela erosãoperda de nutrientes pela erosão
843011215647461099568138264406775119Enx. g/ha
1542916722320160429151556102mg dm-3
12303434211551415491752245023365g/ha
KPKPKPKPKPSed.
Solo sem cultivo
durante 9 anos
Aração + gradagem(9 anos)
Escarif.+ grad.-9
anos
Semeadura direta
durante 9 anos
Semeadura direta
durante 6 anos
Perdas
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo da fertilidade do solo:Manejo da fertilidade do solo:perda de nutrientes pela erosãoperda de nutrientes pela erosão
Já se sabe• O tamanho das partículas carregadas
pela erosão cresce com o aumento da declividade e diminui com o aumento da cobertura do solo.
Razão a mais para a adoção do PD e providências para a diminuição do comprimento do declive.
Monke et al. (1976)
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo da fertilidade do solo:Manejo da fertilidade do solo:perda de nutrientes pela erosãoperda de nutrientes pela erosãoPerdas anuais de nutrientes na enxurrada. Média de 5 anos.
0,36 b2,73 b0,84 b0,36 b30 % cob.
1,12 a7,99 a1,77 ab0,84 ab18% cob.
0,85 ab3,75 b1,09 b0,87 ab11% cob.
1,43 a7,17 a2,39 a1,02 aSolo descoberto
kg ha-1
MgCaKPTratamento
Tengberg et al. (1997)
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo da fertilidade do solo:Manejo da fertilidade do solo:perda de nutrientes pela erosãoperda de nutrientes pela erosãoPerdas de nutrientes no sedimento. “Chuvas” 1989/90.
kg ha-1
0,39 b
0,95 ab
1,02 ab
1,60 a
K
1,17 b4,53 b0,27 b223 b30 % cob.
3,53 a13,11 a0,90 a567 a18% cob.
3,91 a14,10 a0,93 a657 a11% cob.
4,15 a16,65 a1,07 a749 aSolo desc.
MgCaPC org.Trat.
Tengberg et al. (1997)
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo da fertilidade do solo:Manejo da fertilidade do solo:perda de nutrientes pela erosãoperda de nutrientes pela erosão
• As perdas de nutrientes no sedimento e na enxurrada confirmam a observação de que, enquanto a enxurrada contém totais significativos de nutrientes, o maior impacto vem dos nutrientes adsorvidos aos sedimentos.
• Perdas totais de N são, portanto, potencialmente grandes.
Tengberg et al. (1997)
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo da fertilidade do solo:Manejo da fertilidade do solo:perda de nutrientes pela erosãoperda de nutrientes pela erosão
• Somente o decréscimo em C org. e o aumento na acidez do solo parecem estar claramente relacionados à erosão.
• Resultados idênticos foram encontrados em estudo em oxissoloem Serra Leone (Sessay e Stocking, 1995).
Tengberg et al. (1997)
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo da fertilidade do solo:Manejo da fertilidade do solo:perda de nutrientes pela erosãoperda de nutrientes pela erosão
Taxa de enriquecimento do sedimento
Milho+feijão de porco
Milho+mucuna
Pousio/milho
Tremoço/milho
Aveia+ervilhaca/milho
Solo descoberto
Manejo das culturas
14,56,51,718,65,12,126,014,41,48,24,62,39,82,52,23,92,01,9
K trocávelP solúvelMOTaxa de enriquecimento
Seganfredo et al. (1997)
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo da fertilidade do soloManejo da fertilidade do solo
Práticas que influenciam a fertilidade do solo:
• Pousio• Fertilizantes orgânicos ou minerais• Adubação verde• Cobertura morta• Queima• Manejo do solo• Conservação da água e do solo• Rotação de culturas• Integração com animais e florestas.
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo da fertilidade do solo: Manejo da fertilidade do solo: plantio diretoplantio diretoNovo desafio• Manejo da fertilidade:
–Recomendações foram levados a efeito com base no sistema convencional.
–Pesquisas indicam diferenças entre a fertilidade do solo em sistema convencional e em plantio direto.
• Tem-se que definir:– a forma de amostragem, a disponibilidade de
nutrientes, as recomendações de adubação.
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo da fertilidade do solo: Manejo da fertilidade do solo: plantio diretoplantio direto
Matéria orgânica
• Um componente fundamental da fertilidade do solo é seu teor de matéria orgânica, representando papel importante também em outros processos no solo.
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Mudanças no teor de matéria orgânica de um Latossolo Vermelho sob três sistemas de manejo do solo.
Prof. Matéria orgânica, g kg-1
m PD ESC CONV
0-0,05 35,1 a 28,6 b 27,8 b
0,05-0,10 30,0 a 27,2 b 26,7 b
0,10-0,20 25,7 a 24,8 a 23,4 b
0,20-0,30 21,8 a 21,1 a 22,6 aDe Maria et al. (1999)
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Perdas de terra, de água e de matéria orgânica por erosão
Perdas por hectareManejo do resíduo das
culturas Terra, t Água, m3 MO, kg
Taxa de erosão
da MO*
Latossolo Vermelho (latossolo roxo)
Milho, restos queim. 6,9 670 158 0,7
Milho, restos inc. 3,9 345 107 1,0
Milho, plantio direto 0 96 0 —
Soja, restos queim. 29,1 699 666 0,83
Soja, restos inc. 13,7 484 398 1,0
Soja, plantio direto 0 33 0 —
Argissolo (podzólico vermelho-amarelo)
Alg., restos queim. 21,8 880 780 2,1
* material arrastado/material original
Bertoni et al. (1972)
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo da fertilidade do solo: Manejo da fertilidade do solo: matéria orgânicamatéria orgânica
Assertivas:
• Em condições naturais, os teores de MO variam com a vegetação e com aumidade do solo.
• Solos cultivados têm menor teor de MO: oxidação dos compostos orgânicos e pelo arraste da camada superficial pela erosão hídrica.
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo da fertilidade do solo: Manejo da fertilidade do solo: matéria orgânicamatéria orgânica
•Em todos os sistemas houve redução do teor de matéria orgânica do Latossolo Vermelho (latossolo roxo).
•Maior para os solos sob cerrado e maior para aqueles sob mata.Tognon et al. (1997)
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo da fertilidade do solo: Manejo da fertilidade do solo: matéria orgânicamatéria orgânica
• A quantidade de MO perdida por erosão está relacionada com as perdas de terra.
• Manejos de cultura que controlam as perdas de terra diminuem as perdas de matéria orgânica.
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo da fertilidade do solo: Manejo da fertilidade do solo: matéria orgânicamatéria orgânica
• Rotação de culturas e a adubação verde trazem significativos aumentos de produção das culturas.
• O aumento no teor de MO no solo, quando existe, é muito pequeno.
• As leguminosas são mais eficientes em incorporar nitrogênio ao solo.
• As gramíneas aumentam o teor de MO do solo exigindo, porém, maior quantidade de adubo nitrogenado.
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo dos parâmetros físicos do solo
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo dos parâmetros físicos Manejo dos parâmetros físicos do solodo solo
A estrutura do solo controla processos físicos do solo
como
Infiltração, a retenção e o movimento da
água
a lixiviação e a erosão
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo dos parâmetros físicos Manejo dos parâmetros físicos do solodo solo
A modificação da estrutura do solo se dá
• pela mobilização• desagregação• compactação
por máquinas e implementos.
da superfície
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo dos parâmetros físicos Manejo dos parâmetros físicos do solo: cdo solo: compactaompactaçãção do soloo do solo
O manejo da estrutura do solo• Solucionar problemas de compactação
do solo que– afetam o desenvolvimento radicular– reduzam a infiltração de água– aumentem a erosão.
• Equipamentos– Subsoladores– Escarificadores
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo dos parâmetros físicos Manejo dos parâmetros físicos do solo: cdo solo: compactaompactaçãção do soloo do solo
Identificação da compactação• Áreas com baixa germinação
• Estande irregular
• Baixo desenvolvimento das plantas
• Escoamento superficial
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo dos parâmetros físicos Manejo dos parâmetros físicos do solo: cdo solo: compactaompactaçãção do soloo do solo
Caracterização da compactação
• Densidade
• Porosidade
• Infiltração de água
• Resistência à penetração
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo dos parâmetros físicos Manejo dos parâmetros físicos do solo: cdo solo: compactaompactaçãção do soloo do solo
Caracterização da compactação• Avalia-se o grau de compactação
• Localização
• Profundidade de camadas compactadas
• Variações em função de solo
• Variações de manejo.
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo dos parâmetros físicos Manejo dos parâmetros físicos do solo: densidade do solodo solo: densidade do solo
dm3 dm-3kg dm-3
Plantio convencional
Rotação de implementos
Escarificação inv. e verão
PD + escarif.no inverno
PD + escarif. cada 3 anos
PD calcário incorporado
PD calcário na superfície
Campo nativo
Sistemas de manejo
0,3370,2100,5381,25
0,3040,2440,5481,22
0,3200,2430,5631,18
0,3080,2540,5621,18
0,3310,1580,4891,38
0,3380,1590,4971,36
0,3280,1860,5141,31
0,3920,1010,4931,36
MicMacPtDs
Intensidade do preparo do soloDa Ross et al., 1997
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Densidade e Porosidades de um latossolo vermelho amarelo textura média sob vegetação natural de cerrado e cultura anual em sistema convencional de preparo.
Vieira, S.R., dados não publicados
Prof. Ds Pt Mac Mic
(cm) (Mg dm-3) (m3 m-3) (%) (%)
Cerrado
0-10 1,36 0,426 61 39
10-20 1,40 0,444 62 38
20-40 1,39 0,438 62 38
Algodão
0-10 1,77 0,375 34 66
10-20 1,60 0,343 38 62
20-40 1,52 0,389 37 63
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Densidade do solo, resistência à penetração e umidade do solo, em preparo convencional (PC) com grade pesada e plantio direto (PD), em um latossolo vermelho muito argiloso, com dois cultivos por ano, durante sete anos
Adaptado de De Maria et al. (1999)
Ds, Mg m-3 Rp, MPa Us, m3 m-3
Prof., mPC PD PC PD PC PD
0-0,10 1,08 a 1,20 a 0,55 b 1,95 a 0,295 b 0,355 a
0,10-0,20 1,21 a 1,24 a 2,09 a 2,52 a 0,361 a 0,368 a
0,20-0,30 1,16 b 1,23 a 1,86 a 1,90 a 0,371 b 0,396 a
0,30-0,40 1,12 a 1,17 a 1,43 a 1,38 a 0,367 a 0,383 a
Média 1,14 b 1,21 a 1,48 b 1,94 a 0,348 b 0,376 a
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo dos parâmetros físicos Manejo dos parâmetros físicos do solo: cdo solo: compactaompactaçãção do soloo do solo
Conseqüência da compactação no crescimento radicular
• No PD, camadas adensadas não restringem o crescimento das raízes.
• Mas, recomenda-se o monitoramento desse atributo.
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo dos parâmetros físicos Manejo dos parâmetros físicos do solo: cdo solo: compactaompactaçãção do soloo do solo
Propriedades físico-mecânicas• A RP foi máxima na camada de
0,075 m no tratamento sem preparo do solo.
• A RP foi máxima na camada de 0,175 m no tratamento com solo escarifcado.
Abreu et al. (2004)
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo dos parâmetros físicos Manejo dos parâmetros físicos do solo: cdo solo: compactaompactaçãção do soloo do solo
Soja em PD• Mais Mac que os tratamentos
CM-crot e SP-desc, na prof. 0,02-0,05 m.
• Refletindo maior condutividadehidráulica do solo saturado e menor retenção de água no solo em situação de déficit hídrico.
Abreu et al. (2004)
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo dos parâmetros físicos Manejo dos parâmetros físicos do solo: cdo solo: compactaompactaçãção do soloo do solo
Dentre as propriedades físico-mecânicas, a Resistência à penetração mostrou-se mais sensível em detectar a compactação do que a densidade do solo e as porosidades, especialmente para camadas de solo pouco espessas. Abreu et al. (2004)
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo dos parâmetros físicos Manejo dos parâmetros físicos do solo: cdo solo: compactaompactaçãção do soloo do soloA eficácia da ruptura da camada compactada do
solo dependeu da propriedade hídrica ou mecânica do solo usada como indicadora.
Condutividade hidráulica do solo saturado: a escarificação biológica (CM-crot) foi mais eficaz em médio prazo, na ruptura de camada compactada e estabelecimento de poros condutores de água do que a escarificação mecânica (Esc-soja) do solo.
Resistência à penetração: se o interesse for a redução da resistência às raízes, o resultado é inverso.
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo dos parâmetros físicos Manejo dos parâmetros físicos do solo: do solo: retenretençãção de o de ááguagua
• Há dificuldade em se definir limites críticos para retenção de água no solo, no estabelecimento de um índice de qualidade do solo para a função de produção vegetal.
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Classificação da estrutura do solo (Thomasson, 1978), para os tratamentos de manejo em quatro profundidades
Trat 1grade pesada/grade pesada
Trat 2escarificador/grade niveladora
Trat 3escarificador/escarificador
Trat 4escarificador/plantio direto
Trat 5plantio direto/plantio direto
0
0 .0 5
0 .1
0 .1 5
0 .2
0 .2 5
0 .3
0 .3 5
0 .4
0 0 .0 5 0 .1 0 .1 5 0 .2 0 .2 5 0 .3 0 .3 5 0 .4
Á gua disponíve l, m m -3
Cap
acid
ade
de
aera
ção,
m m
-3
m u ito b oa
regu lar
b oa
d eficien te
T R A T 1
T R A T 3T R A T 2
T R A T 5T R A T 4
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Curva de retenção de água para os tratamentos de manejo nas profundidades 0-10 cm e 10-20m
1
10
100
1000
10000
0.000 0.200 0.400 0.600 0.800
Umidade, m m-3
log
(Ten
são,
kPa
)
TRAT1TRAT2TRAT3TRAT4TRAT5
1
10
100
1000
10000
0.000 0.200 0.400 0.600 0.800
Umidade, m m-3
log
(Ten
são,
kPa
)
TRAT1TRAT2TRAT3TRAT4TRAT5
0-10 cm 10-20 cm
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo dos parâmetros físicos Manejo dos parâmetros físicos do solo: permeabilidadedo solo: permeabilidade
Solo não cultivado de florestas• Permeabilidade depende dos agentes
de formação do solo (material de origem, clima, relevo etc.) e por sua estrutura.
Solo cultivado• O arranjamento das partículas se
alterará em função do manejo adotado.
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo dos parâmetros físicos Manejo dos parâmetros físicos do solo: permeabilidadedo solo: permeabilidade
• Permeabilidade do solo se constitui em um dos mais fortes indicadores de sua qualidade física.
• Em argissolos de Pindorama, SP, foram encontrados valores de permeabilidade de 235,6 mm/h no horizonte A e de 167,2 mm/h no horizonte B, o que comprova as dificuldades de manejo apresentadas pelo solo.Vieira, S.R., dados não publicados
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo dos parâmetros físicos Manejo dos parâmetros físicos do solo: permeabilidadedo solo: permeabilidade
0
100
200
300
400
500
600
700
Mata Perene Anual Pasto
Horizonte AHorizonte B
Uso do solo e permeabilidade de um Argissolo em Pindorama, SP
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo dos parâmetros físicos Manejo dos parâmetros físicos do solo: agregaçãodo solo: agregação
Agregados do solo• “uma união natural ou grupo de
partículas nas quais as forças que mantêm os colóides juntos são muito mais fortes que entre os agregados adjacentes”.
Martin et al. (1955)
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo dos parâmetros físicos Manejo dos parâmetros físicos do solo: agregaçãodo solo: agregação
Agregação• Aeração do solo• Desenvolvimento radicular• Suprimento de nutrientes• Resistência mecânica do solo à
penetração• Retenção e o armazenamento de
água
Kohnke (1968)
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo dos parâmetros físicos Manejo dos parâmetros físicos do solo: agregaçãodo solo: agregação
Solos com agregados estáveisestão menos sujeitosà compactação e à erosão.
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo dos parâmetros físicos Manejo dos parâmetros físicos do solo: agregaçãodo solo: agregação
Atributos do solo• Textura• Mineralogia das argilas• Matéria orgânica• Material inorgânico não cristalino• Composição de fluidos do meio poroso• Plantas e organismos do solo• Profundidade do perfil do solo
Kay & Angers (1999)
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo dos parâmetros físicos Manejo dos parâmetros físicos do solo: agregaçãodo solo: agregação
Latossolo VermelhoPC com trigo/sojamenor agregação do que campo e mato nativo.
Pastagem de 4 anosdesmódio, siratro e setáriamelhor estrutura na profundidade de 0-10 cm (PC, PD e PR).
Plantio diretoagregados de tamanhos maiores, mas compactos e com predominância de microporos (compressão).
Carpenedo & Mielniczuk (1990)
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
14 dPlantio convencional
20 dRotação de implementos
27 cdEscarificação no inverno e no verão
28 cdPD + escarificação no inverno
34 cdPD + escarificação a cada 3 anos
43 bcPD com calcário incorporado
57 abPD com calcário aplicado na superfície
75 ACampo nativo
% agregados9,52-4,76 mm
Sistemas de manejo
Manejo dos parâmetros físicos Manejo dos parâmetros físicos do solo: agregaçãodo solo: agregação
Da Ross et al. (1997)
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo dos parâmetros físicos Manejo dos parâmetros físicos do solo: agregaçãodo solo: agregação
0,90***6,89***22,22***-55,17C e Al+Ca %
0,90***7,62***29,42***-82,69C e pH %
0,89***3,49***26,82***-50,57C e Ca %
0,86***-29,94***-46,94C %
0,75***-14,22***-30,03Al+Ca
0,52***-7,16***2,62Ca
0,33**-8,80**-17,15pH
0,62***-15,43***-15,40DMP
-0,51***--143,77***
221,71
Densidade aparente
rcba
CoeficientesVariáveis testadas
Roth et al., (1991)
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo dos parâmetros físicos Manejo dos parâmetros físicos do solo: agregação em LVdo solo: agregação em LV
Fungos, ufcs
Matéria orgânica, g dm-3
Areia fina, g kg-1 solo
Textura argilosa
Potássio, mmolc dm-3
Ferro, mg dm-3
Bactérias, ufcs
Textura média
Dufranc et al. (2004)
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo das culturas e de seus resíduos
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo das culturas e de seus resManejo das culturas e de seus resííduosduosManejo das culturas e de seus Manejo das culturas e de seus resíduosresíduos
Rotação de culturas• Melhoria da qualidade do solo• Controle da erosão
Imprescindível•Sistema convencional de preparo•Plantio direto
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo das culturas e de seus Manejo das culturas e de seus resíduosresíduos
Plantio direto• Rotação de culturas• Manejo da palha
Eficiência do PD• Controle da erosão• Aumento da umidade do solo• Redução da emergência de invasoras• Outros benefícios às plantas e ambiente
Boa coberturado solo
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo das culturas e de seus Manejo das culturas e de seus resíduosresíduos
Benefícios do PD• 70% do solo esteja coberto na
semeadura.• Cobertura mantida até o fechamento
da cultura instalada.• Gramíneas são mais eficientes (relação
C/N).• Culturas do período outono-inverno, ou
“safrinha”.
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo das culturas e de seus Manejo das culturas e de seus resíduosresíduos
Manejo da palha• Culturas que produzem grande volume
de massa de folhas e colmos, como o milho, podem deixar até 9 t/ha de restos vegetais.
• Colheitadeira automotriz? Distribuidor de palha garante distribuição uniforme.
• O que fazer depois da colheita? Triturar? Roçar? Deixar sobre o solo?
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Manejo das culturas e de seus Manejo das culturas e de seus resíduosresíduos
Manejo da palha• Não existe uma regra geral. É
uma decisão que depende de cada caso, considerando o tipo de solo, o volume de palha e o momento de plantio em relação à colheita anterior.
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
Degradação e Recuperação de Solos Tropicais
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
DegradaDegradaçãção e recuperao e recuperaçãção de o de solos tropicaissolos tropicais
562 milhões de hectares (38 %) da área agrícola do globo estão degradados.
Terra severamente degradada égeralmente não economicamente viável de ser reabilitada.
Banco Mundial (2004)
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
DegradaDegradaçãção e recuperao e recuperaçãção de o de solos tropicaissolos tropicais
Degradação do solo• Redução da qualidade do solo e de
sua produtividade devido a causas naturais ou induzidas pelo homem, com perda de sustentabilidade e redução da capacidade do solo em produzir em um determinado sistema de uso.
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
DegradaDegradaçãção e recuperao e recuperaçãção de o de solos tropicaissolos tropicais
Terras degradadas podem ser economicamente reabilitadas
• Cobertura do solo com matéria orgânica
• Adubação apropriada
• Rotação de culturas
• Boas práticas de irrigação
Banco Mundial (2004)
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
DegradaDegradaçãção e recuperao e recuperaçãção de o de solos tropicaissolos tropicais
A agropecuária é considerada o principal fator de degradação do solo:
• Ocorre em grandes extensões• O impacto é difuso• O diagnóstico muitas vezes é difícil.O custo para sua recuperação não é alto.Maiores investimentos de recuperação são
necessários em degradações oriundas de obras de engenharia, áreas de empréstimo, taludes, áreas de mineração. Banco Mundial (2004)
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
DegradaDegradaçãção e recuperao e recuperaçãção de o de solos tropicaissolos tropicais
Situações de recuperação de áreas agrícolas ou de pastagens:
• Degradação leve e/ou condições
normais.• Degradação intensa e/ou
condições especiais:–declive elevado.–clima tropical.–solo muito susceptível à erosão.
Banco Mundial (2004)
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
DegradaDegradaçãção e recuperao e recuperaçãção de o de solos tropicaissolos tropicaisRecuperação de áreas agrícolas e/oude pastagens com degradação leve
Técnicas de manejo do solo• Práticas de conservação do solo.• Cultura e manejo compatíveis com a
capacidade de uso.• Correção do solo.• Adubação (mineral, orgânica, verde).
Banco Mundial (2004)
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
DegradaDegradaçãção e recuperao e recuperaçãção de o de solos tropicaissolos tropicais
Recuperação de áreas agrícolas e/ou de pastagens com degradação intensa
• Revegetação com gramíneas,
leguminosas e essências florestais.
• Estabelecer sistemasagroflorestais, silvopastoris ouagrosilvopastoris.
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
DegradaDegradaçãção e recuperao e recuperaçãção de o de solos tropicaissolos tropicaisRecuperação de áreas destinadas
a usos não-agrícolas• Utilizados modelos de sucessão
ecológica de revegetação.• Reconstrução da paisagem para
satisfazer as necessidades da dinâmica da água (drenagem e erosão).
• Criação de meio propício ao crescimento das plantas.
• Estabelecimento e manutenção da cobertura vegetal.
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
DegradaDegradaçãção e recuperao e recuperaçãção de solos tropicais: po de solos tropicais: produção rodução de milho em solo não degradado e degradado, de milho em solo não degradado e degradado, submetido a tratamentos de recuperaçãosubmetido a tratamentos de recuperação
Não Degradado/Degradado
Solo degradado
Solo Não DegradadoTrata-
mentos
643.2235.006Média
591172.8961014.890Cal+AQ
771624.0211085.232AO+AQ
631172.901944.572AV+AQ
691493.7071115.351AQ
511002.4821004.839Test.
%%kg ha-1%kg ha-1
Dechen et al. (2002)
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
O manejo dos solos tropicais de modo a que seu uso possa ser constante, sem redução num futuro indefinido, não pode prescindir do controle da erosão que, a nosso ver, é o fator que mais compromete a sustentabilidade da atividade agrícola.
É importante também a manutenção dos atributos físicos e do conteúdo de matéria orgânica do solo em condições que garantam a produção de alimentos.
O solo conservado, no mais amplo sentido da palavra, protegerá o ambiente, conservando também os mananciais e a água e garantindo melhor qualidade de vida.
XV Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água25-30 de julho de 2004, Santa Maria, RS
MuitMuit brigadabrigada