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Manejo de Solos TropicaisManejo de Solos Tropicais

no Brasilno Brasil

Sonia Carmela Falci DechenSonia Carmela Falci DechenIsabellaIsabella ClericiClerici De MariaDe MariaOrlando Melo de CastroOrlando Melo de Castro

Sidney Rosa VieiraSidney Rosa Vieira

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Manejo do soloManejo do solo

Preparo do soloPráticas de cultivoCulturas

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Manejo, na rubrica EcologiaManejo, na rubrica Ecologia

É a gestão do ambiente e de seus recursos, de modo a que seu uso possa ser constante, sem redução num futuro indefinido (Houaiss, 2002)

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Manejo do soloManejo do solo

É compreendido como o meio para produção vegetal com qualidade ambiental

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Classificação dos solosClassificação dos solos

Surgiram termos diversos como

•Solos residuais de granito

•Solos de colúvio

•Terras calcárias

•Solos montanhosos

•Solos de cerrado

•Solos tropicais Lepsch (2002)

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Classificação dos solosClassificação dos solos

GGrruuppooss ddoo WWRRBB//FFAAOO CCllaassssiiffiiccaaççããoo bbrraassiilleeiirraa

FFeerrrraassoollss LLaattoossssoollooss

LLiixxiissoollss AArrggiissssoollooss

AAccrriissoollss AArrggiissssoollooss

NNiittiissoollss NNiittoossssoollooss

AAlliissoollss AAlliissssoollooss

PPlliinntthhoossoollss PPlliinnttoossssoollooss SSddffaassddffddff aassddff

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Lepsch, 2002

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ManejosManejos

•Perdas por erosão

•Da fertilidade do solo

•Da física do solo

• Das culturas e de seus resíduos

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Manejo das perdas por erosão

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Manejo das perdas por erosãoManejo das perdas por erosão

A erosão hídrica. A chuva.

Volume e velocidade da enxurrada

dependem

da intensidade,da duração e

da freqüência da chuva

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Manejo das perdas por erosãoManejo das perdas por erosão

textura

estrutura

permeabilidade

determinam

a velocidade infiltração da água no solo

o volume de enxurrada

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Manejo das perdas por erosãoManejo das perdas por erosão

A grande preocupação

como diminuir o impacto das

gotas de chuva

como controlar o escoamento

superficial

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ocorrem valores de até 150 mm/h

de intensidade máxima da chuva

em 15 minutos

No Estado de São Paulo

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Índice de erosividade médio anual (determinado pelo EI30), para

algumas localidades do Brasil

Localidade Região Fator R (MJ mm ha-1 h-1 ano-1)

Autor(es)

Caruaru, PE Nordeste 2.086 ALBUQUERQUE (1991) Pelotas, RS Sul 3.924 LAGO (1984) Piracicaba, SP Sudeste 5.719 PEREIRA (1983) Lages, SC Sul 5.790 BERTOL et al. (2002a) Pindorama, SP Sudeste 5.848 PROCHNOW (2003) Campos Novos, Sul 6.329 BERTOL (1994) Campinas, SP Sudeste 6.769 LOMBARDI NETO (1977) Novo Horizonte, SP Sudeste 7.044 ROQUE e CARVALHO Piraju, SP Sudeste 7.074 ROQUE et al. (2001) Teodoro Sampaio, SP Sudeste 7.172 COLODRO et al. (2002) Mococa, SP Sudeste 7.747 CARVALHO et al. (1989) Brasília, DF Centro 8.319 DEDECEK (1978) Goiânia, GO Centro 8.355 SILVA et al. (1997) Chapecó, SC Sul 10.005 BEUTLER (2000)

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Manejo das perdas por erosãoManejo das perdas por erosão

Nos EUA

• Erosividade média anual na maior parte do país é menor que 5.900 MJ mm ha-1 h-1 ano-1

• Apenas no extremo sudeste 8.500 MJ mm ha-1 h-1 ano-1

Wischmeier & Smith (1978)

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500055006000650070007500800085009000

Erosividade anual no Estado de São PauloVieira e Lombardi Neto (1995)

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Manejo das perdas por erosãoManejo das perdas por erosão

Os solos• Argissolos• Latossolos

Tolerância de perdas por erosão• Lombardi Neto e Bertoni (1975)• Weill et al. (1997)• Sparovek & De Maria (2003)

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Manejo das perdas por erosão:Manejo das perdas por erosão:soluções para o controle da erosãosoluções para o controle da erosão

• Plantio em nível• Rotação de culturas• Cobertura morta• Terraços• Murunduns• Preparo entre terraços• Escarificador• Plantio direto

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Manejo das perdas por erosão:Manejo das perdas por erosão:soluções para o controle da erosãosoluções para o controle da erosão

Em 1893•Franz Wilhelm Dafert

•Inserção de cordões de árvores em

meio aos cafezais, segundo a linha

de nível para conter:

o transporte de terra pela enxurradao assoreamento e obstrução dos rios.

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Manejo das perdas por erosão:Manejo das perdas por erosão:soluções para o controle da erosãosoluções para o controle da erosão

Em 1917• ESALQ• Disciplinas sobre o processo

erosivo

• Emprego curvas de nível(terraços):medida satisfatória para diminuir o efeito das enxurradas

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Manejo das perdas por erosão:Manejo das perdas por erosão:soluções para o controle da erosãosoluções para o controle da erosão

Em 1920• IAC comparava os efeitos das

curvas de nível, o enleiramento permanente e o coveamento para a retenção das águas pluviais nos cafezais.

• Observações sobre a cobertura com palha e o sombreamento em cafezal.

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Manejo das perdas por erosão:Manejo das perdas por erosão:soluções para o controle da erosãosoluções para o controle da erosão

Em 1930• Primeiras curvas de nível nas

propriedades agrícolas particulares.

• Culturas permanentes e anuais.• EE-IAC empregavam e difundiam

a tecnologia aos lavradores circunvizinhos.

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Manejo das perdas por erosão:Manejo das perdas por erosão:soluções para o controle da erosãosoluções para o controle da erosãoEm 1937• Boletins técnicos

• Referências às curvas de nível adotadas na Fazenda Santa Elisa destinadas a controlar a erosão nas culturas de café, cítrus, amendoim etc.

• Resultados satisfatórios.

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Manejo das perdas por erosão:Manejo das perdas por erosão:soluções para o controle da erosãosoluções para o controle da erosão

Conservação do solo = terraços

• Nas culturas anuais, o excesso de

preparo do solo, justamente nos

períodos mais chuvosos propiciou

o surgimento dos murunduns.

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Manejo das perdas por erosão:Manejo das perdas por erosão:soluções para o controle da erosãosoluções para o controle da erosãoOs terraços murundum• Grande movimentação de terra e

máquinas pesadas.• Custos elevados.• Entrave ao trânsito de máquinas.• Redução da produção na área

próxima ao terraço pela remoção do solo superficial ou por encharcamento.

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Manejo das perdas por erosão:Manejo das perdas por erosão:soluções para o controle da erosãosoluções para o controle da erosãoContribuição do murundum•Propiciou o retorno ao conceito original de que terraço é para controlar o excesso de enxurrada e o escoamento superficiale não para reduzir as perdas.

•Convenceu da importância do•manejo entre terraços para controlar a erosão;

•de adotar práticas para a redução da desagregação do solo e aumento da infiltração de água entre os terraços.

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Manejo das perdas por erosão:Manejo das perdas por erosão:soluções para o controle da erosãosoluções para o controle da erosãoO manejo entre terraços• Incentivado com a adoção de sistemas

conservacionistas de preparo.

• Difusão e aceitação do uso do escarificador.

• A transição do

preparo conservacionista para o

plantio direto

parece, hoje, uma evolução natural.

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Manejo das perdas por erosão:Manejo das perdas por erosão:soluções para o controle da erosãosoluções para o controle da erosãoO plantio direto controla a erosão

porque• mantém a superfície do solo coberta

com palha (cobertura morta).

• não mobiliza a superfície do solo.• reduz o impacto da chuva.

• reduz o selamento superficial.• aumenta a infiltração da água.

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Manejo das perdas por erosão:Manejo das perdas por erosão:soluções para o controle da erosãosoluções para o controle da erosão

No plantio direto

• As perdas de terra podem variar de 0,5 a 5,0 t/ha/ano.

• As perdas de terra são 75 % das dos sistemas convencionais.

• As perdas de água são 20 % das dos sistemas convencionais.

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53%

12%

12%

Castro et al. (1993)

Perdas de terra e de água em Latossolo Vermelho, combinando

tipos de preparo de solo e sistemas de culturas

Escarifi-

cador

Arado de

discos

Grade

pesada

Plantio

direto

Perdas de terra (t ha-1)

Milho 3,49 6,26 4,41 1,70

Soja/aveia (*) 3,43 7,74 9,03 1,09

Perdas de água (mm)

Milho 37,98 68,37 47,42 25,39

Soja/aveia (*) 39,69 92,97 109,47 13,07

(*) dois preparos/ano

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Manejo das perdas por erosão:Manejo das perdas por erosão:soluções para o controle da erosãosoluções para o controle da erosão

No plantio direto• As perdas de nutrientes e de

matéria orgânica são menores.–pois essas perdas são, em geral,

proporcionais às de terra e de água.

• Os valores variam em função do solo, das culturas, do relevo e do clima.

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Manejo das perdas por erosão:Manejo das perdas por erosão:soluções para o controle da erosãosoluções para o controle da erosão

32020,10,24Pastagem nativa

214237,14Pastagem trevo-trigo-soja conv.

211813,25Trigo/Milho plantio direto

63161023,15Trigo/Milho preparo conv.

422449,03Trigo/Soja plantio direto

3175511,81Trigo/Soja preparo mínimo

63991125,97Trigo/Soja preparo conv.

201.239100229,95Solo descoberto

%mm%t ha.ano

Perda de água

Perda de terraManejo em Laterítico Bruno

Avermelhado distrófico

Eltz et al. (1984)

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Manejo das perdas por erosão:Manejo das perdas por erosão:soluções para o controle da erosão

26,6

28,3

289,6

47,7

25,7

519,4

mm

Perdas de água

1,50,61,36Milho+feijão de porco

1,60,61,42Milho+mucuna

16,84,40,63Pousio/milho

2,80,51,20Tremoço/milho

1,50,40,85Aveia+ervilhaca/milho

30,1100220,14Solo descoberto

% de 1.723 mm%t ha-1

Perda de terraManejo das culturas

soluções para o controle da erosão

99 % de controleSeganfredo et al. (1997)

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Manejo da fertilidade do solo

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Manejo da fertilidade do soloManejo da fertilidade do solo

É a base para a sustentabilidade em qualquer sistema de produção agrícola.

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Manejo da fertilidade do soloManejo da fertilidade do solo

Perda de nutrientes pela erosão

• Erosão hídrica

• Erosão eólica

• Lixiviação e percolação

• Remoção de nutrientes pelas culturas

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Manejo da fertilidade do solo:Manejo da fertilidade do solo:perda de nutrientes pela erosãoperda de nutrientes pela erosãoNo início• As pesquisas visavam à

determinação do quanto se perdia em terra e água pela erosão.

Numa segunda fase• Visavam às perdas de nutrientes

pela erosão–seletividade da enxurrada– taxas de enriquecimento do sedimento

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Manejo da fertilidade do solo:Manejo da fertilidade do solo:perda de nutrientes pela erosãoperda de nutrientes pela erosãoImpacto ambiental, em termos de

qualidade do solo e da água:

• 939 mil t de sulfato de amônio.• 478 mil t de superfosfato simples.• 987 mil t de cloreto de potássio.• 2.191 mil t de calcário dolomítico.• US $ 447 milhões em fertilizantes e

corretivos.

Castro (1991)

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Manejo da fertilidade do solo:Manejo da fertilidade do solo:perda de nutrientes pela erosãoperda de nutrientes pela erosãoJá se sabe• A enxurrada tem ação selecionadora, pois

transporta principalmente e em maior proporção, o material mais fino do solo.

• A concentração de nutrientes no material erodido não é influenciada pelos tratamentos.

• As perdas de nutrientes são proporcionais às quantidade de terra arrastada e ao volume de enxurrada.

• As maiores perdas ocorrem no sedimento e não na enxurrada.

Grohmann et al. (1956) e Verdade et al. (1956)

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Manejo da fertilidade do solo:Manejo da fertilidade do solo:perda de nutrientes pela erosãoperda de nutrientes pela erosão

843011215647461099568138264406775119Enx. g/ha

1542916722320160429151556102mg dm-3

12303434211551415491752245023365g/ha

KPKPKPKPKPSed.

Solo sem cultivo

durante 9 anos

Aração + gradagem(9 anos)

Escarif.+ grad.-9

anos

Semeadura direta

durante 9 anos

Semeadura direta

durante 6 anos

Perdas

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Manejo da fertilidade do solo:Manejo da fertilidade do solo:perda de nutrientes pela erosãoperda de nutrientes pela erosão

Já se sabe• O tamanho das partículas carregadas

pela erosão cresce com o aumento da declividade e diminui com o aumento da cobertura do solo.

Razão a mais para a adoção do PD e providências para a diminuição do comprimento do declive.

Monke et al. (1976)

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Manejo da fertilidade do solo:Manejo da fertilidade do solo:perda de nutrientes pela erosãoperda de nutrientes pela erosãoPerdas anuais de nutrientes na enxurrada. Média de 5 anos.

0,36 b2,73 b0,84 b0,36 b30 % cob.

1,12 a7,99 a1,77 ab0,84 ab18% cob.

0,85 ab3,75 b1,09 b0,87 ab11% cob.

1,43 a7,17 a2,39 a1,02 aSolo descoberto

kg ha-1

MgCaKPTratamento

Tengberg et al. (1997)

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Manejo da fertilidade do solo:Manejo da fertilidade do solo:perda de nutrientes pela erosãoperda de nutrientes pela erosãoPerdas de nutrientes no sedimento. “Chuvas” 1989/90.

kg ha-1

0,39 b

0,95 ab

1,02 ab

1,60 a

K

1,17 b4,53 b0,27 b223 b30 % cob.

3,53 a13,11 a0,90 a567 a18% cob.

3,91 a14,10 a0,93 a657 a11% cob.

4,15 a16,65 a1,07 a749 aSolo desc.

MgCaPC org.Trat.

Tengberg et al. (1997)

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Manejo da fertilidade do solo:Manejo da fertilidade do solo:perda de nutrientes pela erosãoperda de nutrientes pela erosão

• As perdas de nutrientes no sedimento e na enxurrada confirmam a observação de que, enquanto a enxurrada contém totais significativos de nutrientes, o maior impacto vem dos nutrientes adsorvidos aos sedimentos.

• Perdas totais de N são, portanto, potencialmente grandes.

Tengberg et al. (1997)

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Manejo da fertilidade do solo:Manejo da fertilidade do solo:perda de nutrientes pela erosãoperda de nutrientes pela erosão

• Somente o decréscimo em C org. e o aumento na acidez do solo parecem estar claramente relacionados à erosão.

• Resultados idênticos foram encontrados em estudo em oxissoloem Serra Leone (Sessay e Stocking, 1995).

Tengberg et al. (1997)

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Manejo da fertilidade do solo:Manejo da fertilidade do solo:perda de nutrientes pela erosãoperda de nutrientes pela erosão

Taxa de enriquecimento do sedimento

Milho+feijão de porco

Milho+mucuna

Pousio/milho

Tremoço/milho

Aveia+ervilhaca/milho

Solo descoberto

Manejo das culturas

14,56,51,718,65,12,126,014,41,48,24,62,39,82,52,23,92,01,9

K trocávelP solúvelMOTaxa de enriquecimento

Seganfredo et al. (1997)

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Manejo da fertilidade do soloManejo da fertilidade do solo

Práticas que influenciam a fertilidade do solo:

• Pousio• Fertilizantes orgânicos ou minerais• Adubação verde• Cobertura morta• Queima• Manejo do solo• Conservação da água e do solo• Rotação de culturas• Integração com animais e florestas.

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Manejo da fertilidade do solo: Manejo da fertilidade do solo: plantio diretoplantio diretoNovo desafio• Manejo da fertilidade:

–Recomendações foram levados a efeito com base no sistema convencional.

–Pesquisas indicam diferenças entre a fertilidade do solo em sistema convencional e em plantio direto.

• Tem-se que definir:– a forma de amostragem, a disponibilidade de

nutrientes, as recomendações de adubação.

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Manejo da fertilidade do solo: Manejo da fertilidade do solo: plantio diretoplantio direto

Matéria orgânica

• Um componente fundamental da fertilidade do solo é seu teor de matéria orgânica, representando papel importante também em outros processos no solo.

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Mudanças no teor de matéria orgânica de um Latossolo Vermelho sob três sistemas de manejo do solo.

Prof. Matéria orgânica, g kg-1

m PD ESC CONV

0-0,05 35,1 a 28,6 b 27,8 b

0,05-0,10 30,0 a 27,2 b 26,7 b

0,10-0,20 25,7 a 24,8 a 23,4 b

0,20-0,30 21,8 a 21,1 a 22,6 aDe Maria et al. (1999)

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Perdas de terra, de água e de matéria orgânica por erosão

Perdas por hectareManejo do resíduo das

culturas Terra, t Água, m3 MO, kg

Taxa de erosão

da MO*

Latossolo Vermelho (latossolo roxo)

Milho, restos queim. 6,9 670 158 0,7

Milho, restos inc. 3,9 345 107 1,0

Milho, plantio direto 0 96 0 —

Soja, restos queim. 29,1 699 666 0,83

Soja, restos inc. 13,7 484 398 1,0

Soja, plantio direto 0 33 0 —

Argissolo (podzólico vermelho-amarelo)

Alg., restos queim. 21,8 880 780 2,1

* material arrastado/material original

Bertoni et al. (1972)

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Manejo da fertilidade do solo: Manejo da fertilidade do solo: matéria orgânicamatéria orgânica

Assertivas:

• Em condições naturais, os teores de MO variam com a vegetação e com aumidade do solo.

• Solos cultivados têm menor teor de MO: oxidação dos compostos orgânicos e pelo arraste da camada superficial pela erosão hídrica.

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Manejo da fertilidade do solo: Manejo da fertilidade do solo: matéria orgânicamatéria orgânica

•Em todos os sistemas houve redução do teor de matéria orgânica do Latossolo Vermelho (latossolo roxo).

•Maior para os solos sob cerrado e maior para aqueles sob mata.Tognon et al. (1997)

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Manejo da fertilidade do solo: Manejo da fertilidade do solo: matéria orgânicamatéria orgânica

• A quantidade de MO perdida por erosão está relacionada com as perdas de terra.

• Manejos de cultura que controlam as perdas de terra diminuem as perdas de matéria orgânica.

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Manejo da fertilidade do solo: Manejo da fertilidade do solo: matéria orgânicamatéria orgânica

• Rotação de culturas e a adubação verde trazem significativos aumentos de produção das culturas.

• O aumento no teor de MO no solo, quando existe, é muito pequeno.

• As leguminosas são mais eficientes em incorporar nitrogênio ao solo.

• As gramíneas aumentam o teor de MO do solo exigindo, porém, maior quantidade de adubo nitrogenado.

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Manejo dos parâmetros físicos do solo

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Manejo dos parâmetros físicos Manejo dos parâmetros físicos do solodo solo

A estrutura do solo controla processos físicos do solo

como

Infiltração, a retenção e o movimento da

água

a lixiviação e a erosão

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Manejo dos parâmetros físicos Manejo dos parâmetros físicos do solodo solo

A modificação da estrutura do solo se dá

• pela mobilização• desagregação• compactação

por máquinas e implementos.

da superfície

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Manejo dos parâmetros físicos Manejo dos parâmetros físicos do solo: cdo solo: compactaompactaçãção do soloo do solo

O manejo da estrutura do solo• Solucionar problemas de compactação

do solo que– afetam o desenvolvimento radicular– reduzam a infiltração de água– aumentem a erosão.

• Equipamentos– Subsoladores– Escarificadores

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Manejo dos parâmetros físicos Manejo dos parâmetros físicos do solo: cdo solo: compactaompactaçãção do soloo do solo

Identificação da compactação• Áreas com baixa germinação

• Estande irregular

• Baixo desenvolvimento das plantas

• Escoamento superficial

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Manejo dos parâmetros físicos Manejo dos parâmetros físicos do solo: cdo solo: compactaompactaçãção do soloo do solo

Caracterização da compactação

• Densidade

• Porosidade

• Infiltração de água

• Resistência à penetração

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Manejo dos parâmetros físicos Manejo dos parâmetros físicos do solo: cdo solo: compactaompactaçãção do soloo do solo

Caracterização da compactação• Avalia-se o grau de compactação

• Localização

• Profundidade de camadas compactadas

• Variações em função de solo

• Variações de manejo.

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Manejo dos parâmetros físicos Manejo dos parâmetros físicos do solo: densidade do solodo solo: densidade do solo

dm3 dm-3kg dm-3

Plantio convencional

Rotação de implementos

Escarificação inv. e verão

PD + escarif.no inverno

PD + escarif. cada 3 anos

PD calcário incorporado

PD calcário na superfície

Campo nativo

Sistemas de manejo

0,3370,2100,5381,25

0,3040,2440,5481,22

0,3200,2430,5631,18

0,3080,2540,5621,18

0,3310,1580,4891,38

0,3380,1590,4971,36

0,3280,1860,5141,31

0,3920,1010,4931,36

MicMacPtDs

Intensidade do preparo do soloDa Ross et al., 1997

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Densidade e Porosidades de um latossolo vermelho amarelo textura média sob vegetação natural de cerrado e cultura anual em sistema convencional de preparo.

Vieira, S.R., dados não publicados

Prof. Ds Pt Mac Mic

(cm) (Mg dm-3) (m3 m-3) (%) (%)

Cerrado

0-10 1,36 0,426 61 39

10-20 1,40 0,444 62 38

20-40 1,39 0,438 62 38

Algodão

0-10 1,77 0,375 34 66

10-20 1,60 0,343 38 62

20-40 1,52 0,389 37 63

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Densidade do solo, resistência à penetração e umidade do solo, em preparo convencional (PC) com grade pesada e plantio direto (PD), em um latossolo vermelho muito argiloso, com dois cultivos por ano, durante sete anos

Adaptado de De Maria et al. (1999)

Ds, Mg m-3 Rp, MPa Us, m3 m-3

Prof., mPC PD PC PD PC PD

0-0,10 1,08 a 1,20 a 0,55 b 1,95 a 0,295 b 0,355 a

0,10-0,20 1,21 a 1,24 a 2,09 a 2,52 a 0,361 a 0,368 a

0,20-0,30 1,16 b 1,23 a 1,86 a 1,90 a 0,371 b 0,396 a

0,30-0,40 1,12 a 1,17 a 1,43 a 1,38 a 0,367 a 0,383 a

Média 1,14 b 1,21 a 1,48 b 1,94 a 0,348 b 0,376 a

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Manejo dos parâmetros físicos Manejo dos parâmetros físicos do solo: cdo solo: compactaompactaçãção do soloo do solo

Conseqüência da compactação no crescimento radicular

• No PD, camadas adensadas não restringem o crescimento das raízes.

• Mas, recomenda-se o monitoramento desse atributo.

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Manejo dos parâmetros físicos Manejo dos parâmetros físicos do solo: cdo solo: compactaompactaçãção do soloo do solo

Propriedades físico-mecânicas• A RP foi máxima na camada de

0,075 m no tratamento sem preparo do solo.

• A RP foi máxima na camada de 0,175 m no tratamento com solo escarifcado.

Abreu et al. (2004)

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Manejo dos parâmetros físicos Manejo dos parâmetros físicos do solo: cdo solo: compactaompactaçãção do soloo do solo

Soja em PD• Mais Mac que os tratamentos

CM-crot e SP-desc, na prof. 0,02-0,05 m.

• Refletindo maior condutividadehidráulica do solo saturado e menor retenção de água no solo em situação de déficit hídrico.

Abreu et al. (2004)

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Manejo dos parâmetros físicos Manejo dos parâmetros físicos do solo: cdo solo: compactaompactaçãção do soloo do solo

Dentre as propriedades físico-mecânicas, a Resistência à penetração mostrou-se mais sensível em detectar a compactação do que a densidade do solo e as porosidades, especialmente para camadas de solo pouco espessas. Abreu et al. (2004)

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Manejo dos parâmetros físicos Manejo dos parâmetros físicos do solo: cdo solo: compactaompactaçãção do soloo do soloA eficácia da ruptura da camada compactada do

solo dependeu da propriedade hídrica ou mecânica do solo usada como indicadora.

Condutividade hidráulica do solo saturado: a escarificação biológica (CM-crot) foi mais eficaz em médio prazo, na ruptura de camada compactada e estabelecimento de poros condutores de água do que a escarificação mecânica (Esc-soja) do solo.

Resistência à penetração: se o interesse for a redução da resistência às raízes, o resultado é inverso.

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Manejo dos parâmetros físicos Manejo dos parâmetros físicos do solo: do solo: retenretençãção de o de ááguagua

• Há dificuldade em se definir limites críticos para retenção de água no solo, no estabelecimento de um índice de qualidade do solo para a função de produção vegetal.

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Classificação da estrutura do solo (Thomasson, 1978), para os tratamentos de manejo em quatro profundidades

Trat 1grade pesada/grade pesada

Trat 2escarificador/grade niveladora

Trat 3escarificador/escarificador

Trat 4escarificador/plantio direto

Trat 5plantio direto/plantio direto

0

0 .0 5

0 .1

0 .1 5

0 .2

0 .2 5

0 .3

0 .3 5

0 .4

0 0 .0 5 0 .1 0 .1 5 0 .2 0 .2 5 0 .3 0 .3 5 0 .4

Á gua disponíve l, m m -3

Cap

acid

ade

de

aera

ção,

m m

-3

m u ito b oa

regu lar

b oa

d eficien te

T R A T 1

T R A T 3T R A T 2

T R A T 5T R A T 4

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Curva de retenção de água para os tratamentos de manejo nas profundidades 0-10 cm e 10-20m

1

10

100

1000

10000

0.000 0.200 0.400 0.600 0.800

Umidade, m m-3

log

(Ten

são,

kPa

)

TRAT1TRAT2TRAT3TRAT4TRAT5

1

10

100

1000

10000

0.000 0.200 0.400 0.600 0.800

Umidade, m m-3

log

(Ten

são,

kPa

)

TRAT1TRAT2TRAT3TRAT4TRAT5

0-10 cm 10-20 cm

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Manejo dos parâmetros físicos Manejo dos parâmetros físicos do solo: permeabilidadedo solo: permeabilidade

Solo não cultivado de florestas• Permeabilidade depende dos agentes

de formação do solo (material de origem, clima, relevo etc.) e por sua estrutura.

Solo cultivado• O arranjamento das partículas se

alterará em função do manejo adotado.

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Manejo dos parâmetros físicos Manejo dos parâmetros físicos do solo: permeabilidadedo solo: permeabilidade

• Permeabilidade do solo se constitui em um dos mais fortes indicadores de sua qualidade física.

• Em argissolos de Pindorama, SP, foram encontrados valores de permeabilidade de 235,6 mm/h no horizonte A e de 167,2 mm/h no horizonte B, o que comprova as dificuldades de manejo apresentadas pelo solo.Vieira, S.R., dados não publicados

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Manejo dos parâmetros físicos Manejo dos parâmetros físicos do solo: permeabilidadedo solo: permeabilidade

0

100

200

300

400

500

600

700

Mata Perene Anual Pasto

Horizonte AHorizonte B

Uso do solo e permeabilidade de um Argissolo em Pindorama, SP

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Manejo dos parâmetros físicos Manejo dos parâmetros físicos do solo: agregaçãodo solo: agregação

Agregados do solo• “uma união natural ou grupo de

partículas nas quais as forças que mantêm os colóides juntos são muito mais fortes que entre os agregados adjacentes”.

Martin et al. (1955)

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Manejo dos parâmetros físicos Manejo dos parâmetros físicos do solo: agregaçãodo solo: agregação

Agregação• Aeração do solo• Desenvolvimento radicular• Suprimento de nutrientes• Resistência mecânica do solo à

penetração• Retenção e o armazenamento de

água

Kohnke (1968)

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Manejo dos parâmetros físicos Manejo dos parâmetros físicos do solo: agregaçãodo solo: agregação

Solos com agregados estáveisestão menos sujeitosà compactação e à erosão.

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Manejo dos parâmetros físicos Manejo dos parâmetros físicos do solo: agregaçãodo solo: agregação

Atributos do solo• Textura• Mineralogia das argilas• Matéria orgânica• Material inorgânico não cristalino• Composição de fluidos do meio poroso• Plantas e organismos do solo• Profundidade do perfil do solo

Kay & Angers (1999)

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Manejo dos parâmetros físicos Manejo dos parâmetros físicos do solo: agregaçãodo solo: agregação

Latossolo VermelhoPC com trigo/sojamenor agregação do que campo e mato nativo.

Pastagem de 4 anosdesmódio, siratro e setáriamelhor estrutura na profundidade de 0-10 cm (PC, PD e PR).

Plantio diretoagregados de tamanhos maiores, mas compactos e com predominância de microporos (compressão).

Carpenedo & Mielniczuk (1990)

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14 dPlantio convencional

20 dRotação de implementos

27 cdEscarificação no inverno e no verão

28 cdPD + escarificação no inverno

34 cdPD + escarificação a cada 3 anos

43 bcPD com calcário incorporado

57 abPD com calcário aplicado na superfície

75 ACampo nativo

% agregados9,52-4,76 mm

Sistemas de manejo

Manejo dos parâmetros físicos Manejo dos parâmetros físicos do solo: agregaçãodo solo: agregação

Da Ross et al. (1997)

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Manejo dos parâmetros físicos Manejo dos parâmetros físicos do solo: agregaçãodo solo: agregação

0,90***6,89***22,22***-55,17C e Al+Ca %

0,90***7,62***29,42***-82,69C e pH %

0,89***3,49***26,82***-50,57C e Ca %

0,86***-29,94***-46,94C %

0,75***-14,22***-30,03Al+Ca

0,52***-7,16***2,62Ca

0,33**-8,80**-17,15pH

0,62***-15,43***-15,40DMP

-0,51***--143,77***

221,71

Densidade aparente

rcba

CoeficientesVariáveis testadas

Roth et al., (1991)

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Manejo dos parâmetros físicos Manejo dos parâmetros físicos do solo: agregação em LVdo solo: agregação em LV

Fungos, ufcs

Matéria orgânica, g dm-3

Areia fina, g kg-1 solo

Textura argilosa

Potássio, mmolc dm-3

Ferro, mg dm-3

Bactérias, ufcs

Textura média

Dufranc et al. (2004)

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Manejo das culturas e de seus resíduos

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Manejo das culturas e de seus resManejo das culturas e de seus resííduosduosManejo das culturas e de seus Manejo das culturas e de seus resíduosresíduos

Rotação de culturas• Melhoria da qualidade do solo• Controle da erosão

Imprescindível•Sistema convencional de preparo•Plantio direto

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Manejo das culturas e de seus Manejo das culturas e de seus resíduosresíduos

Plantio direto• Rotação de culturas• Manejo da palha

Eficiência do PD• Controle da erosão• Aumento da umidade do solo• Redução da emergência de invasoras• Outros benefícios às plantas e ambiente

Boa coberturado solo

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Manejo das culturas e de seus Manejo das culturas e de seus resíduosresíduos

Benefícios do PD• 70% do solo esteja coberto na

semeadura.• Cobertura mantida até o fechamento

da cultura instalada.• Gramíneas são mais eficientes (relação

C/N).• Culturas do período outono-inverno, ou

“safrinha”.

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Manejo das culturas e de seus Manejo das culturas e de seus resíduosresíduos

Manejo da palha• Culturas que produzem grande volume

de massa de folhas e colmos, como o milho, podem deixar até 9 t/ha de restos vegetais.

• Colheitadeira automotriz? Distribuidor de palha garante distribuição uniforme.

• O que fazer depois da colheita? Triturar? Roçar? Deixar sobre o solo?

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Manejo das culturas e de seus Manejo das culturas e de seus resíduosresíduos

Manejo da palha• Não existe uma regra geral. É

uma decisão que depende de cada caso, considerando o tipo de solo, o volume de palha e o momento de plantio em relação à colheita anterior.

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Degradação e Recuperação de Solos Tropicais

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DegradaDegradaçãção e recuperao e recuperaçãção de o de solos tropicaissolos tropicais

562 milhões de hectares (38 %) da área agrícola do globo estão degradados.

Terra severamente degradada égeralmente não economicamente viável de ser reabilitada.

Banco Mundial (2004)

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DegradaDegradaçãção e recuperao e recuperaçãção de o de solos tropicaissolos tropicais

Degradação do solo• Redução da qualidade do solo e de

sua produtividade devido a causas naturais ou induzidas pelo homem, com perda de sustentabilidade e redução da capacidade do solo em produzir em um determinado sistema de uso.

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DegradaDegradaçãção e recuperao e recuperaçãção de o de solos tropicaissolos tropicais

Terras degradadas podem ser economicamente reabilitadas

• Cobertura do solo com matéria orgânica

• Adubação apropriada

• Rotação de culturas

• Boas práticas de irrigação

Banco Mundial (2004)

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DegradaDegradaçãção e recuperao e recuperaçãção de o de solos tropicaissolos tropicais

A agropecuária é considerada o principal fator de degradação do solo:

• Ocorre em grandes extensões• O impacto é difuso• O diagnóstico muitas vezes é difícil.O custo para sua recuperação não é alto.Maiores investimentos de recuperação são

necessários em degradações oriundas de obras de engenharia, áreas de empréstimo, taludes, áreas de mineração. Banco Mundial (2004)

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DegradaDegradaçãção e recuperao e recuperaçãção de o de solos tropicaissolos tropicais

Situações de recuperação de áreas agrícolas ou de pastagens:

• Degradação leve e/ou condições

normais.• Degradação intensa e/ou

condições especiais:–declive elevado.–clima tropical.–solo muito susceptível à erosão.

Banco Mundial (2004)

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DegradaDegradaçãção e recuperao e recuperaçãção de o de solos tropicaissolos tropicaisRecuperação de áreas agrícolas e/oude pastagens com degradação leve

Técnicas de manejo do solo• Práticas de conservação do solo.• Cultura e manejo compatíveis com a

capacidade de uso.• Correção do solo.• Adubação (mineral, orgânica, verde).

Banco Mundial (2004)

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DegradaDegradaçãção e recuperao e recuperaçãção de o de solos tropicaissolos tropicais

Recuperação de áreas agrícolas e/ou de pastagens com degradação intensa

• Revegetação com gramíneas,

leguminosas e essências florestais.

• Estabelecer sistemasagroflorestais, silvopastoris ouagrosilvopastoris.

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DegradaDegradaçãção e recuperao e recuperaçãção de o de solos tropicaissolos tropicaisRecuperação de áreas destinadas

a usos não-agrícolas• Utilizados modelos de sucessão

ecológica de revegetação.• Reconstrução da paisagem para

satisfazer as necessidades da dinâmica da água (drenagem e erosão).

• Criação de meio propício ao crescimento das plantas.

• Estabelecimento e manutenção da cobertura vegetal.

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DegradaDegradaçãção e recuperao e recuperaçãção de solos tropicais: po de solos tropicais: produção rodução de milho em solo não degradado e degradado, de milho em solo não degradado e degradado, submetido a tratamentos de recuperaçãosubmetido a tratamentos de recuperação

Não Degradado/Degradado

Solo degradado

Solo Não DegradadoTrata-

mentos

643.2235.006Média

591172.8961014.890Cal+AQ

771624.0211085.232AO+AQ

631172.901944.572AV+AQ

691493.7071115.351AQ

511002.4821004.839Test.

%%kg ha-1%kg ha-1

Dechen et al. (2002)

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O manejo dos solos tropicais de modo a que seu uso possa ser constante, sem redução num futuro indefinido, não pode prescindir do controle da erosão que, a nosso ver, é o fator que mais compromete a sustentabilidade da atividade agrícola.

É importante também a manutenção dos atributos físicos e do conteúdo de matéria orgânica do solo em condições que garantam a produção de alimentos.

O solo conservado, no mais amplo sentido da palavra, protegerá o ambiente, conservando também os mananciais e a água e garantindo melhor qualidade de vida.

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MuitMuit brigadabrigada

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reflo

restamento

outras

cultura pere

ne

cultura semi-perenecultura anual

pastagem

ÁREA ÁREA CULTIVADCULTIVAD

A NO ESPA NO ESP

plantio direto

cultura anual

PLANTIO DIRETO – 15%