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1 XV Congresso USP de Iniciação Científica em Contabilidade Moving Accounting Forward Tendências de uso das metodologias aplicadas nas produções científicas em Contabilidade no período de 2013 a 2016 AUREA LOPES DA SILVA PAES Universidade do Estado do Rio de Janeiro ROBERTA LILIAN STEINBACH ORRU VIEGAS Universidade do Estado do Rio de Janeiro ANDRÉA PAULA OSÓRIO DUQUE Universidade do Estado do Rio de Janeiro FRANCISCO JOSÉ DOS SANTOS ALVES Universidade do Estado do Rio de Janeiro Resumo O presente estudo tem como objetivo investigar as tendências de uso das metodologias aplicadas na produção científica na área da contabilidade no quadriênio de 2013 a 2016 na base Spell. O trabalho, de caráter quali-quanti, apresenta-se quanto aos seus objetivos como descritivo. Quanto ao procedimento técnico foi realizado um estudo bibliométrico com 193 artigos através do filtro "título do documento" e a inserção da palavra "contabilidade". A base de dados Spell foi definida por ter maior acessibilidade, confiabilidade e facilidade de pesquisa. Estudos bibliométricos recentes, que estudam o uso da metodologia na produção científica na área contábil, expressam significativa preocupação com a falta de enquadramento da dimensão metodológica. Esta pesquisa possibilita a comparação dos seus achados com o que foi identificado nos inúmeros trabalhos analisados. A partir das informações coletadas foi identificado que o gênero masculino predominou em todos os artigos do período analisado e que em 2014 houve mais publicações com a participação de 2 autores, seguido de 4 autores, no ano de 2013. Apesar das publicações contábeis terem sofrido uma diminuição no período analisado, houve uma maior concentração da metodologia quantitativa em todo o quadriênio. Outro destaque: 34,72% dos artigos analisados não apresentaram a identificação da metodologia adotada. Apesar disso, a maioria dos artigos sem definição dos procedimentos metodológicos foi encontrada nas revistas com classificação capes A2 em 2014 e 2015. Futuras pesquisas podem avançar o conhecimento sobre a temática pesquisada. No caso deste estudo, novas pesquisas devem ser desenvolvidas buscando-se, entre outros objetivos: vinculação produtiva por universidade; sociometria produtiva; correlação com bases internacionais de produção cientifica. Palavras chave: contabilidade, metodologia, bibliometria, estudos bibliométricos, mapeamento.

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Tendências de uso das metodologias aplicadas nas produções científicas em

Contabilidade no período de 2013 a 2016

AUREA LOPES DA SILVA PAES Universidade do Estado do Rio de Janeiro

ROBERTA LILIAN STEINBACH ORRU VIEGAS Universidade do Estado do Rio de Janeiro

ANDRÉA PAULA OSÓRIO DUQUE Universidade do Estado do Rio de Janeiro

FRANCISCO JOSÉ DOS SANTOS ALVES Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Resumo

O presente estudo tem como objetivo investigar as tendências de uso das metodologias aplicadas na produção científica na área da contabilidade no quadriênio de 2013 a 2016 na base Spell. O trabalho, de caráter quali-quanti, apresenta-se quanto aos seus objetivos como descritivo. Quanto ao procedimento técnico foi realizado um estudo bibliométrico com 193 artigos através do filtro "título do documento" e a inserção da palavra "contabilidade". A base de dados Spell foi definida por ter maior acessibilidade, confiabilidade e facilidade de pesquisa. Estudos bibliométricos recentes, que estudam o uso da metodologia na produção científica na área contábil, expressam significativa preocupação com a falta de enquadramento da dimensão metodológica. Esta pesquisa possibilita a comparação dos seus achados com o que foi identificado nos inúmeros trabalhos analisados. A partir das informações coletadas foi identificado que o gênero masculino predominou em todos os artigos do período analisado e que em 2014 houve mais publicações com a participação de 2 autores, seguido de 4 autores, no ano de 2013. Apesar das publicações contábeis terem sofrido uma diminuição no período analisado, houve uma maior concentração da metodologia quantitativa em todo o quadriênio. Outro destaque: 34,72% dos artigos analisados não apresentaram a identificação da metodologia adotada. Apesar disso, a maioria dos artigos sem definição dos procedimentos metodológicos foi encontrada nas revistas com classificação capes A2 em 2014 e 2015. Futuras pesquisas podem avançar o conhecimento sobre a temática pesquisada. No caso deste estudo, novas pesquisas devem ser desenvolvidas buscando-se, entre outros objetivos: vinculação produtiva por universidade; sociometria produtiva; correlação com bases internacionais de produção cientifica. Palavras chave: contabilidade, metodologia, bibliometria, estudos bibliométricos, mapeamento.  

 

 

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1. Introdução

A contabilidade primitiva está inserida na história evolutiva do ser humano, desde quando ao iniciar a criação de animais para seu sustento, precisou criar formas para contar e/ou desfazer dessa riqueza, registrando os ganhos e as perdas, em determinados períodos. Duque, Quintal e Alves (2013, p. 128) esclarecem que na evolução do “contexto da aquisição do conhecimento, surgiram os primeiros rudimentos da Contabilidade como referência ‘ao que tenho’, ‘ao que preciso adquirir’, ‘ao que me sobra e posso trocar’, ‘ao que devo armazenar para o futuro’”.

A evolução do conhecimento e os conceitos primitivos de bens e riquezas, por exemplo, foram objetos de pesquisas científicas, sugerindo que publicações sobre pesquisas acadêmicas, no atual estágio da ciência investigativa, são altamente produtivas para a disseminação do conhecimento científico pelo mundo (Tahai & Rigbsy, 1998). Silva, Menezes e Pinheiro (2003) esclarecem, ainda, que os resultados das pesquisas só ganham importância e passam a existir após sua publicação e devida divulgação nos canais formais de comunidade cientifica.

Neste cenário, a metodologia da pesquisa tem como função auxiliar o pesquisador a refletir e obter um novo olhar sobre o mundo, olhar este mais “curioso, indagador e criativo” (Silva & Menezes, 2006, p. 9) e garantir, segundo Sampaio (2013), “maior caráter científico aos textos produzidos, visando amplitude na acessibilidade e compreensão destes”.

Buscar uma tendência é buscar a evolução de alguma coisa em um determinado sentido. Lyrio, Dellagnelo e Lunkes (2013, p. 91) entendem que conhecendo-se as tendências das pesquisas numa determinada área, mais pesquisas poderão ser realizadas, refletindo abordagens mais maduras e, consequentemente, mais aceitas pelas comunidades científicas.

Neste sentido, com o intento de contribuir para a geração de conhecimento, o presente estudo busca responder o seguinte problema de pesquisa: quais as tendências de uso das metodologias aplicadas na produção científica, na área de contabilidade, no quadriênio de 2013 a 2016, da base Sientific Periodicals Eletronic Library - SPELL?

Este estudo tem por objetivo investigar as tendências de uso das metodologias aplicadas na produção científica na área da contabilidade no quadriênio de 2013 a 2016 da base Sientific Periodicals Eletronic Library - SPELL.

Conhecer o perfil metodológico das pesquisas em contabilidade, capacita e instrumentaliza o pesquisador, conduzindo futuras investigações e trazendo mais conhecimento ao mundo científico. A relevância desta pesquisa se deve ao fato de que as publicações bibliométricas que estudam o uso da metodologia na produção científica na área contábil expressam significativa preocupação com a falta de enquadramento da dimensão metodológica.

Este artigo está organizado em seis seções, iniciando com esta breve introdução. Em seguida a revisão de literatura e a metodologia, que inclui a classificação e o enquadramento, a definição do fragmento e o plano de coleta de dados, e os procedimentos de análise e tratamento dos dados. Em sequência, a quarta seção que inclui a análise e os resultados, que são apresentados de forma descritiva. Conclui-se com uma discussão dos resultados obtidos, apontando limitações e sugestões para pesquisa futura, finalizando com as referências.

2. Revisão da literatura

O referencial teórico transita em cinco vertentes: inicialmente no conceito de metodologia e sua divisão dentro da produção de artigos científicos. Em sequência, será abordado o ponto de vista de autores sobre as tendências das metodologias ao longo dos anos e seu comportamento. Em seguida, as tendências das metodologias aplicadas na produção

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científica; após, as tendências das metodologias científicas dentro da Contabilidade e, pôr fim, a caracterização da bibliometria. 2.1 Estudos anteriores de metodologia aplicada na produção científica

Um método pode ser identificado como “[...] o caminho para se chegar a um fim, ou seja, uma sequência de procedimentos logicamente ordenados para atingir um objetivo específico”, de acordo com Carlin e Martins (2006, p. 66-67)

A metodologia de pesquisa pode ser classificada de várias formas, de acordo com os seus pontos de vista e autores: 1) pela ótica dos objetivos: exploratória, descritiva e explicativa; 2) pela ótica dos procedimentos técnicos: bibliográfica, documental, experimental, ex-post facto, estudo de corte, levantamento, estudo de campo, estudo de caso, pesquisa-ação e pesquisa participante (Gil, 2002).

Sob o ponto de vista da abordagem do problema, foco do nosso trabalho, Silva e Menezes (2006, p. 20) dividem a pesquisa em Quantitativa e Qualitativa. Para os autores, a pesquisa quantitativa “considera que tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir em números opiniões e informações para classificá-las e analisá-las. Requer o uso de recursos e de técnicas estatísticas.”

Lyrio, Dellagnelo e Lunkes (2013, p. 97) esclarecem que a pesquisa quantitativa:

[...] normalmente se atém a identificar relações entre variáveis, utilizando-se de instrumentos de coleta dados homogêneos, métodos estatísticos para análise dos resultados verificando relações de causa-efeito, e busca reforçar ou refutar determinada teoria por meio da comparação dos resultados alcançados com os pressupostos da teoria que o embasa.

Já a pesquisa qualitativa “considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números [...] é descritiva” (Silva & Menezes, 2006, p. 20).

Para Chueke e Lima (2012, p. 65), a pesquisa qualitativa “entende que a realidade é subjetiva e múltipla, que ela é construída de modo diferente por cada pessoa”, ficando o pesquisador como o sujeito que tem a missão de dar vozes aos objetos pesquisados.

As principais diferenças entre as duas pesquisas, qualitativa e quantitativa, podem ser encontradas na Figura 1.

PARADIGMA POSITIVISTA PARADIGMA FENOMENOLÓGICOTende a produzir dados quantitativos Tende a produzir dados qualitativos

Usa amostras grandes Usa amostras pequenasInterassa-se por testes de hipóteses Interassa-se pela geração de teorias

Dados altamente específicos Os dados são plenos de significados subjetivosLocalização artificial Localização naturalConfiabilidade alta Confiabilidade baixa

Validade baixa Validade altaGeneraliza amostras para população Generaliza de um cenário para o outro

Fonte: Collis & Hussey (2005, p. 61, apud Corrêa, Diehl, Souza & Macagnan, 2011)

Figura 1 Características das pesquisas quantitativas e qualitativas

Lyrio, Dellagnelo e Lunkes (2013, p. 95) afirmam que “existem ainda pesquisas que adotam simultaneamente essas duas abordagens, nesse caso são denominadas pesquisas quali-quantitativas”.

Theóphilo e Iudícubus (2005, p. 170 e 171) esclarecem que a evolução da produção científica só poderá ser processada e entendida se pesquisadores buscarem estratégias de pesquisa e abordagens metodológicas que contribuam para um maior conhecimento de todos os fenômenos estudados.

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Sakata (2002, p. 18) afirma que "a ciência é dinâmica e, portanto, novos métodos podem ser desenvolvidos ou aprimorados." E que "[...] o conhecimento do método é de extrema importância para uma boa condução de um processo de pesquisa bem como a avaliação".

Muitas pesquisas são publicadas a todo momento, tentando identificar o enquadramento metodológico das produções científicas brasileiras (Wink, Lopes & Theóphilo, 2013, p. 266). Para os autores "[...] congressos, encontros, seminários, dissertações, teses e periódicos" são analisados e enquadrados de forma a verificar seus "[...] aspectos epistemológicos, teóricos, metodológicos e técnicos que são defendidos".

Em uma pesquisa recente na área de estratégias nas organizações, Marcon e Bandeira-de-Mello (2016, p.136) mapearam a produção científica brasileira entre os anos de 2003 e 2011, conforme Tabela 1, demonstrando a evolução das metodologias adotadas nos artigos pesquisados. Os autores encontraram, em todos os anos analisados, a predominância dos métodos qualitativos. No período de oito anos não ocorreram alterações significativas.

Tabela 1 - A produção científica brasileira entre os anos 2003 e 2011

Ano Qualitativa Quantitativa Quali-Quanti

2003 46,03% 23,02% 7,94%

2004 52,38% 33,33% 1,59%

2005 48,86% 22,83% 10,05%

2006 46,55% 23,28% 11,21%

2007 49,79% 27,47% 7,30%

2008 42,02% 33,61% 10,92%

2009 47,64% 29,53% 7,09%

2010 40,94% 25,20% 11,81%

2011 48,31% 28,09% 8,61% Fonte: Marcon & Bandeira-de-Mello (2016, p. 136) - adaptado

A produção científica em Contabilidade acompanhou as mesmas características verificadas por Marcon e Bandeira-de-Melo (2016, p. 136). Para Lopes (2002 apud Espejo, Cruz, Lourenço, Antonovz & Almeida, 2009, p. 97) "o surgimento de pesquisadores na área contábil configurou-se como um processo de resposta às demandas da profissão [...]" cujos estudos vêm crescendo nos últimos anos. Theóphilo e Iudícibus (2005, p. 147) destacam vários estudos nacionais e internacionais produzidos através da bibliometria. 2.2 Tendências das Metodologias Científicas da Contabilidade

Pode-se analisar a produção científica em Contabilidade através das inúmeras pesquisas que são realizadas no país, conforme Tabela 2.

Utilizando a base de dados Google Acadêmico, buscou-se estudos bibliométricos publicados a partir de 2010 nas principais revistas da área Contábil, com o objetivo de identificar as tendências metodógicas mais relevantes nas produções cientificas nacionais.

Tabela 2 - Contribuições de estudos bibliométricos na contabilidade Nº AUTORES CONTRIBUIÇÕES

1 Souza, Silva, Araújo e Silva (2012)

Análise das publicação na revista do mestrado em Ciências Contábeis da UERJ ref. aos anos 2003 a 2011

2 Ribeiro (2014) Perfil da produção científica na revista Universo Contábil ref. aos anos 2005 a 2012

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3 Oliveira e Ribeiro (2015) Estudo bibliométrico na revista RBC ref. aos anos 2007 a 2011

4 Oliveira e Aragão (2011) Pesquisa em Contabilidade de custos em revistas on-line Brasileiras ref. aos anos 2000 a 2010

5 Lyrio, Dellagnelo e Lunkes (2013)

Perfil metodológico da produção científica em orçamento público na base Scielo Brasil ref. aos anos 2001 a 2010

6 Fabre e Bonfante (2017) Estudo bibliométrico da produção científica sobre contabilidade pública nos periódicos capes ref. aos anos de 2007 a 2016

7 Silva et al. (2017) Mapeamento da produção da contabilidade sócioambiental em periódicos da base spell ref. aos anos 2006 a 2015

8 Barros, Madeira e Portugal (2014)

Análise da produção científica em controladoria nos periódicos da base atena ref. aos anos 2002 a 2013

9 Silva e Pires (2013) Análise da produção científica Brasileira da Contabilidade em gestão social e ambiental em periódicos ligados a pós-graduação stricto sensu ref. aos últimos 20 anos

10 Melo, Barbosa, Araújo e Leal (2014)

Mapeamento das produções científicas de contabilidade e custos ambientais em periódicos e eventos nacionais ref. aos anos 2007 a 2011

11 Domênico, Cordeiro e Cunha (2012)

Análise metodológica da produção científica de Contabilidade ambiental em periódicos internacionais ref. aos anos de 2000 a 2010

12 Moraes Jr, Vasconcelos e Monte (2014)

Perfil dos trabalhos da área da educação e pesquisa do congresso USP de controladoria e iniciação científica ref. aos anos 2004 a 2010

13 Dias e Cajaiba (2017) Perfil bibliográfico da produção científica nacional de controladoria ref. aos anos 2012 a 2016

14 Melo, Silva, Falk e Nascimento (2013)

Estudo bibliométrico de controladoria em periódicos avaliados pela CAPES ref. aos anos 1996 a 2012

15 Santos (2015) Análise bibliométrica dos artigos publicados no congresso Brasileiro de custos com a temática custos aplicados ao setor público ref. aos anos 2011 a 2014

16 Vailatti, Rosa e Vicente (2017)

Análise da contribuição teórica e metodológica das publicações internacionais ref. aos anos 2006 a 2015

17 Pontes et al. (2017) Análise da produção acadêmica nacional em contabilidade em teses e dissertações ref. aos anos 2007 a 2016

Fonte: Dados da pesquisa, 2018.

Observa-se que estes estudos abrangeram o período 1993 a 2016, envolvendo produções acadêmicas em teses e dissertações, em congressos nacionais de custos e controladoria, em publicações internacionais, além do mapeamento em bases de dados como Scielo e Atena, entre outras contribuições.

A Tabela 3 traz o resultado estatístico desta produção científica em Contabilidade e apresenta um resumo das abordagens metodológicas encontradas nestes artigos no período 1993 a 2016.

Tabela 3 Tendências metodológicas das pesquisas em Contabilidade

Nº CONTRIBUIÇÃO

PESQUISA QUALI

PESQUISA QUANTI

PESQUISA QUALI‐QUANTI 

   OUTROS 

  NÃO INFORMADO 

QT % QT % QT % QT % QT %

1 79 68,70% 36 31,30% * * * * * *

2 113 46% 132 54% * * * * * *

3 30 22,60% 103 77,40% * * * * * *

4 17 28,80% 13 22% 29 49,20% * * * *

5 5 38% 8 62% * * * * * *

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6 78 64,40% 36 29,80% * * * * 7 5,80%

7 54 61,36% 16 18,18% 8 9,09% * * 10 11,36%

8 13 21% 9 15% * * 40 64% *** ***

9 8 10% 4 5% 3 3,75% * * 65 81,25%

10 22 38,60% 10 17,54% 11 19,30% 1 1,75% 13 22,81%

11 5 14,30% 30 85,70% * * * * * *

12 32 39,50% 42 51,85% 7 8,65% * * * *

13 11 27% 18 44% 12 29% * * * *

14 11 31,40% 11 31,40% 5 14,30% * * 8 22,90%

15 25 22,70% 35 31,80% 27 24,50% * * 23 21,00%

16 16 76% 4 19% 1 5% * * * *

17 184 27,79% 215 32,48% 104 15,71% * * 159 24,02%

Fonte: Dados da pesquisa, 2018.

Em pesquisas cujas abordagens metodológicas quantitativas superaram as qualitativas, destacam-se: Domênico, Cordeiro e Cunha (2012) que identificaram 85,70% num estudo sobre a metodologia da produção científica da Contabilidade ambiental em periódicos internacionais nos anos de 2000 a 2010 e Oliveira e Ribeiro (2015, p. 90) que identificaram 77,40% num estudo bibliométrico na revista RBC nos anos 2007 a 2011.

Em pesquisas cujas abordagens metodológicas qualitativas foram superiores, destacam-se: Souza, Silva, Araújo e Silva (2012) com 68,70% num estudo sobre as publicações na revista do mestrado em Ciências Contábeis da UERJ nos anos de 2003 a 2011 e Fabre e Bonfante (2017) com 64,40% num estudo bibliométrico da produção científica sobre contabilidade pública nos periódicos capes nos anos de 2007 a 2016.

Fonte: Dados da pesquisa, 2018.

Figura 2 Pesquisas qualitativas x pesquisas quantitativas

A Figura 2 demonstra as alternâncias entre as pesquisas que utilizam os métodos quantitativos e qualitativos ao longo do período analisado, inclusive em estudos realizados no mesmo período de tempo, como os dois que focaram no período de 2000 a 2010, os dois de 2007 a 2011 e os dois de 2007 a 2016. As duas pesquisas realizadas no período de 2006 a 2015 apresentaram predominância do método qualitativo.

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Importante ressaltar que muitas pesquisas identificaram a falta de clareza e/ou omissão da informação “metodologia aplicada”, preocupando alguns pesquisadores. Em outras pesquisas foram encontrados “outros” tipos de metodologia aplicada, além da quantitativa, qualitativa e da quali-quanti. 2.3 Abordagem bibliométrica

Buscar ferramentas que avaliem objetivamente uma produção científica é o foco de todos os pesquisadores. A bibliometria tem por objetivo principal pesquisar, estudar e aferir as ações de produção e a divulgação científica (Ferreira, 2010)

Para Guedes e Borschiver (2005, p. 15) a bibliometria é definida como:

Uma ferramenta estatística que permite mapear e gerar diferentes indicadores de tratamento e gestão da informação e do conhecimento, especialmente em sistemas de informação e de comunicação científicos e tecnológicos, e da produtividade, necessários ao planejamento, avaliação e gestão da ciência e da tecnologia, de uma determinada comunidade científica ou país.

De acordo com Vasconcelos a bibliometria contribui (2014, p. 212) “na exploração

acerca da forma como o conhecimento flui entre os pares no universo acadêmico-científico, seu processo de produção e disseminação”.

A técnica possui base empírica e inclui uma análise de campo gerada a partir de recortes bem definidos (Vasconcelos, 2014, p. 212). A autora ainda sugere, para uma boa aferição de toda a produtividade, a utilização de técnicas de estatísticas com vistas a observar “os aspectos mais relevantes acerca do comportamento da literatura”.

Como exemplos: [...] linha do pensamento mais disseminada e seguida; contribuições mais referenciadas em trabalhos; abordagens mais visitadas; releituras realizadas; percursos ou trajetória das pesquisas; citações de maior frequência; grau de dispersão na literatura de determinada área; intensidade da exploração de conceitos; questões e recortes mais visitados; visualização da identidade dos pesquisadores no que se refere a diferentes parâmetros, a exemplo de suas motivações e justificativas, carreira, dentre outros aspectos; referencial teórico predominante; núcleo de periódicos de maior produtividade (core list); direção de interesse dos pesquisadores; nível e frequência de colaboração entre os autores; regularidade de termos e expressões, dentre outros. (Vasconcelos, 2014, p. 213)

Os pesquisadores da área de ciências contábeis vêm realizado estudos bibliométricos para “medir sua evolução, avaliando a ciência e os fluxos de informação”, conforme afirma Barbosa, Echternacht, Ferreira e Lucena, (2008, p. 8). Em seu trabalho, os autores observaram uma elevação na qualidade das pesquisas desenvolvidas na área contábil em função da representatividade de autores mestres e doutores, apesar de identificarem uma redução da freqüência de publicações por ano nos períodos estudados.

Souza, Silva, Araújo e Silva (2012, p. 72-73) esclarecem que diversas pesquisas brasileiras se dedicam a estudar a evolução da contabilidade através da análise das divulgações de achados que são divulgados nas mais variadas revistas científicas, revelando padrões, pesquisadores, produtividade, evolução do conhecimento e canais de comunicação “o que serve de orientação para os pesquisadores compreenderem o mundo científico e suas peculiaridades”. Ainda, segundo eles, dada a importância dos estudos bibliométricos, pesquisas em outras amostras de estudo, como dissertações e teses, são primordiais para se verificar como anda o desenvolvimento da contabilidade no país.

Pode-se citar Pontes et al. (2017) que, mediante a realização de um estudo bibliométrico sobre a produção acadêmica nacional em cursos de pós graduação stricto sensu na área da contabilidade puderam observar um aumento nas publicações em 2010, período de início do processo de convergência aos padrões internacionais contábeis. Tal fato estimulou os estudos internacionais trazendo mudanças no cenário da pesquisa contábil.

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Na próxima seção serão apresentados os procedimentos metodológicos que contemplam esta pesquisa. 3 METODOLOGIA

Nesta seção serão apresentados os procedimentos de metodologia utilizados para a realização desta pesquisa que se encontra estruturada da seguinte forma: classificação e enquadramento da pesquisa; definição do fragmento e plano de coleta dos dados; tratamento e análise dos dados.

3.1 Classificação e enquadramento

De acordo com a abordagem do problema, esta pesquisa pode ser classificada como quali-quantitativa. Pesquisa qualitativa porque “[...] a realidade é subjetiva e múltipla e [...] é construída de modo diferente por cada pessoa" (Chueke & Lima, 2012, p. 65) e quantitativa porque “considera que tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir em números opiniões e informações para classificá-las e analisá-las” (Silva & Menezes, 2006, p. 20)

O enquadramento metodológico, sob a ótica dos seus objetivos, pode ser considerado como descritivo, pois “[...] têm como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno [...] (Gil, 2002, p. 42).

3.2 Definição do fragmento e plano de coleta de dados

Quanto aos procedimentos utilizados no levantamento de dados, foi realizado um mapeamento documental dos artigos publicados na base de dados SPELL abrangendo o quadriênio 2013 a 2016.

A base de dados foi definida por maior acessibilidade, confiabilidade e facilidade de pesquisa.

Através do filtro "título do documento" e a inserção da palavra "contabilidade" foram levantados, inicialmente, um total de 194 artigos. Em função de um deles não estar disponível para download, este trabalho utilizou 193 artigos.

Do total dos artigos analisados, 55 foram encontrados em 2013, 52 em 2014, 42 em 2015 e 44 em 2016, o que demonstra uma leve queda nas publicações ao longo dos anos. 3.3 Procedimentos de análise e tratamento dos dados

Para facilitar a análise dos dados, desenvolveu-se um banco de dados no software Microsoft Office Excel 2003, composto por uma Planilha Geral (PG) que seguiu a ordem alfabética dos sobrenomes dos autores com publicações na base SPELL no período de 2013 a 2016. Cada artigo foi identificado por um número de 01 a 193, seguido do título do artigo; autor (es); sexo do (s) autor (es); número (quantidade) de autor (es); sigla ou nome da revista ou congresso onde o artigo foi publicado/apresentado; classificação da revista pela capes; ano de publicação do artigo; natureza da pesquisa entre qualitativa, quantitativa, quali-quanti e não identificado; instrumento de coleta de dados utilizado; e análise de dados utilizado.

Todos os 193 artigos foram tabulados e trabalhados através do auxílio dos softwares Tagul e Alceste para o tratamento e análise de dados.

A partir destes dados foram geradas as figuras, tabelas e gráficos, cuja análise é discutida na próxima seção. 4 ANÁLISES E RESULTADOS

Após o tratamento inicial, os dados coletados e classificados no banco de dados (PG), foram trabalhados por meio de uma análise estatística, onde se buscou alcançar o objetivo pretendido para este estudo, que é investigar as tendências do uso das metodologias aplicadas na produção científica na área da contabilidade no quadriênio de 2013 a 2016 na base Spell.

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Com relação ao gênero dos autores, foi identificado que, em todos os anos pesquisados, houve uma predominância do sexo masculino, conforme figura 3.

Fonte: elaborado pelos autores, 2018

Figura 3 Gênero dos autores pesquisados Do universo de 553 autores foi observado que 338 eram do sexo masculino e 215 do sexo feminino, ou seja, 61% dos autores são homens e 39% mulheres. O maior número de mulheres que tiveram artigos publicados foi observado no ano de 2013, com 66 autoras de um total de 163 autores. Esses resultados confirmam os achados de Souza, Silva, Araújo e Silva (2012), de Moraes Jr, Vasconcelos e Monte (2014), de Dias e Cajaiba (2017), Silva e Pires (2013) e Santos (2015), que também identificaram predominância do sexo masculino como autores com mais artigos publicados.

Foi analisado o número de autores por publicação, identificado na Figura 4.

Fonte: elaborado pelos autores, 2018.

Figura 4 Número de autores por publicação

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A presente pesquisa constatou que, dentre os 193 artigos analisados, 62 possuem dois autores, 52 quatro autores e 51 três autores. Esses artigos somam, juntos, 85,50% do total das publicações, demonstrando a preferência dos autores em realizar pesquisas em conjunto. Esse resultado condiz com os dados obtidos na pesquisa de Silva et al. (2017), que revelou maior frequência de artigos com dois, três e quatro autores.

Já a Tabela 4 demonstra as publicações analisadas e classificadas por periódicos. Foram destacadas as revistas de alto conceito e suas respectivas publicações anuais. Tabela 4 Número de publicações por periódicos

PERIÓDICO 2013 2014 2015 2016 TOTAL

Advances in Scientific and Applied Accounting – ASAA 1 3 2 1 7

Brazilian Business Review – BBR 2 0 1 0 3

Contabilidade, Gestão e Governança – UNB 1 0 0 2 3

Portal de periód da UEM/PR - Enfoque: Reflexão Contábil 4 1 1 0 6 Revista Brasileira de Gestão e Negócios 0 0 0 1 1

Revista Contabilidade & Finanças – USP 2 3 3 2 10

Revista Contabilidade Vista e Revista 1 2 2 0 5

Revista Contemporânea de Contabilidade – RCC 2 2 3 5 12

Revista da Administração Pública – RAP 0 1 1 0 2

Revista de Administr, Contabilidade e Economia – RACE 4 3 0 3 10

Revista de Administr e Contabilidade da Unisinos – BASE 2 1 0 0 3

Revista de Administração Mackenzie – RAM 1 0 0 0 1

Revista de Contabilidade do Mestrado em Ciências Contábeis da UERJ (online)

1 1 1 2 5

Revista de Contabilidade e Organizações – RCO 2 2 1 1 6

Revista de Educação e Pesquisa em Contab – REPEC 5 6 3 7 21

Revista de Gestão Social e Ambiental – RGSA 0 1 0 0 1

Revista Organizações em contexto – ROC 0 0 0 1 1

Revista Pensar Contábil 3 3 3 0 9

Revista Universo Contábil – RUC 3 7 4 2 16

Sociedade, Contabilidade e Gestão, Rio de Janeiro 0 0 0 1 1

Outras Revistas 21 16 18 15 70

TOTAL 55 52 43 43 193

Fonte: elaborado pelos autores, 2018. Observa-se que do total dos artigos pesquisados, 21 foram publicados na Revista de

Educação e Pesquisa em Contabilidade – REPEC, o que corresponde a 10,88% do total. Em seguida vem a Revista Universo Contábil – RUC com 8,29% de publicações e a Revista Contemporânea de Contabilidade – RCC com 6,22%.

A Figura 5 mostra a metodologia aplicada nos artigos analisados. Observa-se que 32,64% seguem a metodologia quantitativa e 23,83% a metodologia qualitativa, corroborando os achados de Oliveira e Ribeiro (2015, p. 90), que mapearam a RBC nos anos de 2007 a 2011, de Domênico, Cordeiro e Cunha (2012, p. 283), em seus achados sobre a produção da contabilidade ambiental em periódicos internacionais nos anos de 2000 a 2010 e de Moraes Jr, Vasconcelos e Monte (2014) que estudaram o perfil dos trabalhos da área da educação e pesquisa do congresso USP de controladoria e iniciação científica naos anos 2004 a 2010.

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2013 2014 2015 2016

QUANTI 17 18 15 13

QUALI‐QUANTI 4 5 3 5

QUALI 12 14 10 10

NÃO IDENTIF. 22 15 14 16

22

15 1416

12

14

1010

4

5

3

5

1718

1513

QUANTI

QUALI‐QUANTI

QUALI

NÃO IDENTIF.

Fonte: elaborado pelos autores, 2018.

Figura 5 Natureza de pesquisa x produção por ano

Ressalta-se que 34,72% dos artigos analisados nesta pesquisa não apresentavam claramente a descrição da metodologia aplicada para o desenvolvimento do trabalho, ocasionando dificuldades para análise e amplitude da pesquisa, o que não condiz com as bases teóricas pesquisadas.

Silva e Menezes (2006, p. 9) esclarecem que a metodologia da pesquisa deve ajudar o pesquisador a obter novos olhares sobre o mundo e Lyrio, Dellagnelo e Lunkes (2013, p. 91) apontam que, ao se conhecer as tendências das abordagens metodológicas, teremos pesquisas mais aceitas pelas comunidades científicas.

Ainda de acordo com os objetivos propostos, foi elaborada a Figura 6, com a identificação dos principais instrumentos de coleta de dados utilizados nas pesquisas qualitativas.

Fonte: elaborado pelos autores, 2018

Figura 6 Instrumento de coleta de dados na análise Qualitativa

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A figura demonstra que, do ano de 2013 até o ano de 2016, os instrumentos de coleta de dados aplicados nas abordagens qualitativas de maior destaque fez uso da análise documental, seguido do questionário e das entrevistas associadas a estratégias exploratória, descritiva e/ou investigativa. Apesar do questionário ser um instrumento de coleta de dados quantitativo, ele é classificado como qualitativo nos artigos analisados neste trabalho.

A Figura 7 identifica os instrumentos de coleta de dados utilizados nas pesquisas quali-quanti.

Fonte: elaborado pelos autores, 2018

Figura 7 Instrumentos de coleta de dados na análise quali-quanti

Observa-se que, do ano de 2013 até o ano de 2016, os instrumentos de coleta de dados utilizados nas abordagens quali-quanti faz uso da análise documental com a utilização de estratégia descritiva. Em 2016 se insere, também, a estratégia epistemológica, seguida da observação com aplicação de questionários e o Survey.

Já a Figura 8 demonstra os principais instrumentos de coleta de dados utilizados nas pesquisas quantitativas.

Fonte: elaborado pelos autores, 2018

Figura 8 Instrumentos de coleta de dados na análise Quantitativa

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A pesquisa demonstra que, do ano de 2013 até o ano de 2016, os instrumentos de coleta de dados aplicados nas abordagens quantitativas de maior destaque faz uso da análise documental com estratégia descritiva e ou exploratória, seguida do questionário e da bibliometria.

Levando-se em consideração o que Theóphilo e Iudícubus (2005) afirmam em sua pesquisa, sobre a geração do conhecimento embasado no uso de estratégias metodológicas, pode-se observar que muitos agentes de pesquisa não se aprofundam na descrição dos métodos utilizados, visto que grande parte dos artigos analisados não expressam claramente esta informação, ou seja, muitos artigos não identificam sua abordagem, coleta ou análise de forma transparente.

Com relação a natureza da pesquisa, e de acordo com a classificação CAPES das revistas, foi criado a Figura 9, que identifica a predominância das pesquisas de natureza quantitativa nas revistas A2 no ano de 2013 e um equilíbrio no ano de 2016, com uma participação de 7,77%, seguida da B2 com 6,74% e B1 com 5,70%. Para as pesquisas de natureza quantitativa, encontram-se mais publicações nas revistas B1 com 9,84% de participação, B2 com 9,33% e A1 com 7,25%.

Fonte: elaborado pelos autores, 2018.

Figura 9 Classificação Capes x natureza da pesquisa Há um destaque para os artigos cujas naturezas não foram identificadas pelos agentes

em seus trabalhos, que correspondem a 10,89% nas revistas A2, 10,36% nas revistas B2 e 8,29% nas revistas B1. Tal fato contradiz o informado por Sakata (2002, p. 18), que afirma que "[...] o conhecimento do método é de extrema importância para uma boa condução de um processo de pesquisa [...]”

A Figura 10 mostra a formação de uma nuvem de palavras-chave com o objetivo de evidenciar as palavras mais utilizadas pelos autores. As palavras-chaves elencadas foram retiradas dos títulos dos artigos observados nesta coleta de dados, tabuladas e contadas, após a exclusão dos pronomes e preposições.

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Fonte: elaborado pelos autores, 2018.

Figura 10 Nuvem de Palavras-Chaves identificadas nos títulos das pesquisas de contabilidade

Na nuvem acima podem ser visualizadas as palavras que mais se repetem como

“contabilidade”, “gerencial”, “análise”, “Brasil”, “internacionais” e “estudo”. É possível verifcar, de forma menos destacada, outras palavras abordadas nos títulos dos artigos como “graduação”, “ensino”, “pesquisa”, “revista” e “peródico”.

A Figura 11 mostra a correlação das classes de palavras-chaves identificadas nos títulos das pesquisas em contabilidade Classe 1.

Fonte: elaborado pelos autores, 2018.

Figura 11 Correlação das classes de Palavras-Chaves identificadas nos títulos das pesquisas de contabilidade Classe 1

Levando em consideração as palavras com maior frequência nos títulos dos trabalhos analisados, pode-se observar a correlação entre as palavras classe 1 como: “análise”, “contribuição”, “produção”, “acadêmica”, “bibliometria”, “administração”, “desempenho”, entre outras.

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A aferição das palavras-chaves tem como intuito não só identificar quais são as palavras que mais se repetem, como também apontar caminhos que devem ser observados e que podem servir de apontamentos de tendências em áreas correlatas.

Na Figura 12 pode-se observar das classes de palavras-chaves identificadas nos títulos das pesquisas em contabilidade Classe 2.

 

Fonte: elaborado pelos autores, 2018.

Figura 12 Correlação das classes de Palavras-Chaves identificadas nos títulos das pesquisas de contabilidade Classe 2

Levando em consideração as palavras com maior frequência nos títulos dos trabalhos analisados, pode-se observar a correlação entre as palavras classe 2 como: “normas”, “internacionais”, “convergência”, “contextos”, “estudo”, “setor”, “public”, entre outras.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir desta pesquisa foi possível explorar a produção científica contábil na base SPELL no período de 2013 a 2016. O estudo baseou-se num estudo bibliométrico das tendências do uso das metodologias adotadas em 193 artigos analisados. No trabalho bibliométrico buscou-se analisar: (I) o gênero por autores; (II) a quantidade de autores por publicação; (III) as publicações por periódicos; (IV) os instrumentos de coleta de dados nas análises qualitativas, quantitativas e quali-quanti; (V) a classificação CAPES x natureza da pesquisa; (VI) a frequência das palavras no título dos artigos e a correlação entre as mesmas.

O objetivo principal deste trabalho foi o de analisar as tendências do uso das metodologias aplicadas na produção científica na área de contabilidade no quadriênio de 2013 a 2016 na base Spell e os achados demonstram uma maior concentração da metodologia quantitativa nas revistas A2, B1 e B3 em 2013; nas revistas B1, B2 e B3 em 2014; nas revistas B2, B4 e B5 em 2015; e nas revistas B2 e B3 em 2016. A maior concentração da metodologia qualitativa se deu no ano de 2013 nas revistas B2 e no ano de 2014 nas revistas A2. A figura 8 identifica que em 2013 houve um ápice de produções científicas classificadas em revistas B2; e A2 nos anos de 2014 e 2015.

Os achados também demonstram que o gênero masculino predominou em todos os artigos do período analisado e que em 2014 houve mais publicações com a participação de 2 autores seguido de 4 autores no ano de 2013.

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E que as publicações contábeis sofreram uma diminuição no período analisado, claramente demonstrado na tabela 4. A revista que mais publicou foi a Revista de Educação e Pesquisa em Contabilidade – REPEC, com 21 publicações, seguida da Revista Universo Contábil – RUC com 16 publicações.

Outro dado relevante que merece destaque é que 34,72% dos artigos analisados não apresentavam a identificação da metodologia adotada ou da estratégia/procedimento de coleta de dados aplicados, ocasionando dificuldades para análise e amplitude da pesquisa. Tal procedimento não condiz com as bases teóricas pesquisadas, principalmente quando se busca tendências das abordagens metodológicas, corroborando os achados de Fabre e Bonfante (2017), Silva et al. (2017), Silva e Pires (2013), Melo, Barbosa, Araújo e Leal (2014), Melo, Silva, Falk e Nascimento (2013) e Pontes et al. (2017) que destacaram o mesmo problema e preocupação em suas pesquisas. Apesar disso, a maioria dos artigos sem definição dos procedimentos metodológicos foi encontrado nas revistas com classificação capes A2 em 2014 e 2015.

Este estudo apresenta limitações visto que foram utilizadas apenas uma base sem aprofundamentos sociométricos; sem correlação entre os principais autores evidenciando as redes de coautoria e sem vinculação produtiva por universidade, e que devem ser consideradas em pesquisas posteriores.

Futuras pesquisas podem avançar o conhecimento sobre a temática pesquisada. No caso deste estudo, novas pesquisas devem ser desenvolvidas buscando-se, entre outros objetivos: (i) vinculação produtiva por universidade; (ii) sociometria produtiva; (iii) correlação com bases internacionais de produção cientifica.  

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