Xilogravura

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Nome: Eduardo Dias Nº: 06 Prof.ª: Juliana Brasil Disciplina: Artes Xilogravura Xilogravura é a técnica de gravura na qual se utiliza madeira como matriz e possibilita a reprodução da imagem gravada sobre papel ou outro suporte adequado. É um processo muito parecido com um carimbo. É uma técnica em que se entalha na madeira, com ajuda de instrumento cortante, a figura ou forma (matriz) que se pretende imprimir. Após este procedimento, usa-se um rolo de borracha embebida em tinta, tocando só as partes elevadas do entalhe. O final do processo é a impressão em alto relevo em papel ou pano especial, que fica impregnado com a tinta, revelando a figura. Entre as suas variações do suporte pode-se gravar em linóleo (linoleogravura) ou qualquer outra superfície plana. Além de variações dentro da técnica, como a xilogravura de topo. História A xilogravura é de provável origem chinesa, sendo conhecida desde o século VI. No ocidente, ela já se afirma durante a Idade Média. No século XVIII duas inovações revolucionaram a xilogravura, a chegada à Europa das gravuras japonesas coloridas, que tiveram grande influência sobre as artes do século XIX, e a técnica da gravura de topo criada por Thomas Bewick. No final do século XVIII Thomas Bewick teve a idéia de usar uma madeira mais dura como matriz e marcar os desenhos com o buril, instrumento usado para gravura em metal e que dava uma maior definição ao traço. Dessa maneira Bewick diminuiu os custos de produção de livros ilustrados e abriu caminho para a produção em massa de imagens pictóricas. Mas com a invenção de processos de impressão a partir da fotografia, a xilogravura passou a ser considerada uma técnica

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Page 1: Xilogravura

Nome: Eduardo Dias Nº: 06

Prof.ª: Juliana Brasil Disciplina: Artes

Xilogravura

Xilogravura é a técnica de gravura na qual se utiliza madeira como matriz e possibilita a reprodução da imagem gravada sobre papel ou outro suporte adequado. É um processo muito parecido com um carimbo.

É uma técnica em que se entalha na madeira, com ajuda de instrumento cortante, a figura ou forma (matriz) que se pretende imprimir. Após este procedimento, usa-se um rolo de borracha embebida em tinta, tocando só as partes elevadas do entalhe. O final do processo é a impressão em alto relevo em papel ou pano especial, que fica impregnado com a tinta, revelando a figura. Entre as suas variações do suporte pode-se gravar em linóleo (linoleogravura) ou qualquer outra superfície plana. Além de variações dentro da técnica, como a xilogravura de topo.

História

A xilogravura é de provável origem chinesa, sendo conhecida desde o século

VI. No ocidente, ela já se afirma durante a Idade Média. No século XVIII duas

inovações revolucionaram a xilogravura, a chegada à Europa das gravuras

japonesas coloridas, que tiveram grande influência sobre as artes do século

XIX, e a técnica da gravura de topo criada por Thomas Bewick.

No final do século XVIII Thomas Bewick teve a idéia de usar uma madeira mais

dura como matriz e marcar os desenhos com o buril, instrumento usado

para gravura em metal e que dava uma maior definição ao traço. Dessa

maneira Bewick diminuiu os custos de produção de livros ilustrados e abriu

caminho para a produção em massa de imagens pictóricas. Mas com a

invenção de processos de impressão a partir da fotografia, a xilogravura

passou a ser considerada uma técnica antiquada. Atualmente ela é mais

utilizada nas artes plásticas e no artesanato.

Xilogravura Popular Brasileira

A xilogravura popular é uma permanência do traço medieval da cultura

portuguesa transplantada para o Brasil e que se desenvolveu na literatura de

cordel. Quase todos os xilografos populares brasileiros, principalmente no

Nordeste do país, provêm do cordel. Entre os mais importantes presentes no

acervo da Galeria Brasiliana estão Abraão Batista, José Costa Leite, J.

Borges, Amaro Francisco, José Lourenço e Gilvan Samico.

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Gilvan José de Meira Lins Samico

Gilvan José de Meira Lins Samico (Recife, 15 de junho de 1928) é

um pintor, desenhista e gravurista brasileiro. Atualmente, reside e trabalha na

cidade de Olinda, em Pernambuco.

Samico iniciou-se na pintura como autodidata, influenciado

pelo expressionismo de artistas como Oswaldo Goeldi e Lívio Abramo, mas

atualmente é conhecido por suas meticulosas xilogravuras, inspiradas na

temática e estilo da gravura popular do nordeste do Brasil.

Em 1948, começa a frequentar a Sociedade de Arte Moderna do Recife. Em

1952, funda, juntamente com outros artistas, o Ateliê Coletivo da Sociedade,

idealizado por Abelardo da Hora. Em1957, estuda xilogravura com Lívio

Abramo, na Escola de Artesanato do Museu de Arte Moderna de São Paulo.

No ano seguinte, estuda gravura com Goeldi, na Escola Nacional de Belas

Artes, na cidade do Rio de Janeiro. Em 1968, recebeu o prêmio viagem ao

exterior no 17º Salão Nacional de Arte Moderna do MAM-RJ e permanece por

dois anos na Europa. Em 1965, fixa residência em Olinda. Leciona xilogravura

na Universidade Federal da Paraíba. 1

Em 1971, convidado por Ariano Suassuna, passa a integrar o Movimento

Armorial, voltado à cultura popular. Sua produção é particularmente pela

recuperação do romanceiro popular e pela literatura de cordel. Suas gravuras

são povoadas por personagens da Bíblia, de lendas e por animais fantásticos,

com reduzido uso da cor e de texturas. 1

Os quarenta anos de gravura do artista foram comemorados em 1997 com

importante exposição no Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro.

Samico tem obras no MoMA de Nova Iorque e participou duas vezes de Bienal

de Veneza tendo sido premiado em uma delas.