X-Oliveira-Brasil-1 IMPLEMENTAÇÃO DE PROGRAMA BÁSICO … · um forte instrumento na Gestão...

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X-Oliveira-Brasil-1 Roberta Caiado de Castro Oliveira Técnica em Mineração. Graduada em Tecnologia em Gestão Ambiental no Centro Federal de Educação Tecnológica de Goiás. Gerente Administrativo da Tecnobombas Bombas Motores e Serviços Ltda. Tainá Cicatelli Oliveira Graduada em Tecnologia em Gestão Ambiental no Centro Federal de Educação Tecnológica de Goiás. Gerente do Controle de Qualidade do Pastifício Santa Clara (Ricco Sabor). Sandra Maria Santos de Vasconcelos Bioquímica graduada pela Universidade Federal de Goiás-UFG. Mestre em Microbiologia Ambiental pela UFG. Técnica de nível superior da Agência Ambiental de Goiás. Profª de Microbiologia Ambiental e de Tratamento de Efluentes nos cursos Técnico e Tecnológico de Saneamento Ambiental, do Departamento de Meio Ambiente do Centro Federal de Educação Tecnológica de Goiás-CEFET-GO. Rosana Garrote Marques Bioquímica graduada pela Universidade Federal de Goiás-UFG. Mestre em Microbiologia Ambiental pela UFG. Profª de Microbiologia Ambiental e de Controle de Qualidade de alimento nos cursos Tecnológico e Técnico de Saneamento Ambiental no Departamento de Meio Ambiente, e do curso Tecnológico de Química Industrial do Departamento de Química do Centro Federal de Educação Tecnológica de Goiás- CEFET-GO Oyana Rodrigues dos Santos Graduada em Geografia pela Universidade Federal de Goiás, UFG. Mestre em Geografia pela UFG. Professora de Ecopolítica no Departamento de Geografia do Curso de Geografia na UCG. Professora de Ecossistemas do Cerrado no curso Técnico de Saneamento Ambiental do Departamento de Meio Ambiente do Centro Federal de Educação Tecnológica de Goiás-CEFET- GO. Endereço: Rua 21 nº 371 ap. 502. Setor Central. Goiânia Go, Brasil. CEP: 74030 -070 Telefone: (62) 3223 7756 E-mail: [email protected] e [email protected] RESUMO O Programa Básico de Educação Ambiental para a Empresa tem o objetivo de buscar a consciência crítica de todos os indivíduos envolvidos na comunidade afim de se obter um entendimento sobre o sistema de organização do ambiente. Um sistema adaptado à realidade local, familiarizando alguns pontos fundamentais da Educação Ambiental (presente em todos os momentos do desenvolvimento do trabalho) para a solução dos problemas concretos do meio contando com a participação ativa e responsável de cada indivíduo e da coletividade trazendo satisfação e bem estar ao ambiente de trabalho. Para iniciarmos a aplicação deste, nos baseamos no Programa 5 “S” e implementamos em paralelo outros programas e atividades para assegurar a eficácia e qualidade do sistema apresentado e incorporado na empresa. Palavra-chave: Educação ambiental para empresas, programa 5 “S”, programa 3 “R”, meio ambiente e gestão ambiental. IMPLEMENTAÇÃO DE PROGRAMA BÁSICO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA EMPRESAS

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X-Oliveira-Brasil-1

Roberta Caiado de Castro Oliveira Técnica em Mineração. Graduada em Tecnologia em Gestão Ambiental no Centro Federal de Educação Tecnológica de Goiás. Gerente Administrativo da Tecnobombas Bombas Motores e Serviços Ltda. Tainá Cicatelli Oliveira Graduada em Tecnologia em Gestão Ambiental no Centro Federal de Educação Tecnológica de Goiás. Gerente do Controle de Qualidade do Pastifício Santa Clara (Ricco Sabor). Sandra Maria Santos de Vasconcelos Bioquímica graduada pela Universidade Federal de Goiás-UFG. Mestre em Microbiologia Ambiental pela UFG. Técnica de nível superior da Agência Ambiental de Goiás. Profª de Microbiologia Ambiental e de Tratamento de Efluentes nos cursos Técnico e Tecnológico de Saneamento Ambiental, do Departamento de Meio Ambiente do Centro Federal de Educação Tecnológica de Goiás-CEFET-GO. Rosana Garrote Marques Bioquímica graduada pela Universidade Federal de Goiás-UFG. Mestre em Microbiologia Ambiental pela UFG. Profª de Microbiologia Ambiental e de Controle de Qualidade de alimento nos cursos Tecnológico e Técnico de Saneamento Ambiental no Departamento de Meio Ambiente, e do curso Tecnológico de Química Industrial do Departamento de Química do Centro Federal de Educação Tecnológica de Goiás- CEFET-GO Oyana Rodrigues dos Santos Graduada em Geografia pela Universidade Federal de Goiás, UFG. Mestre em Geografia pela UFG. Professora de Ecopolítica no Departamento de Geografia do Curso de Geografia na UCG. Professora de Ecossistemas do Cerrado no curso Técnico de Saneamento Ambiental do Departamento de Meio Ambiente do Centro Federal de Educação Tecnológica de Goiás-CEFET-GO. Endereço: Rua 21 nº 371 ap. 502. Setor Central. Goiânia Go, Brasil. CEP: 74030 -070 Telefone: (62) 3223 7756 E-mail: [email protected] e [email protected] RESUMO O Programa Básico de Educação Ambiental para a Empresa tem o objetivo de buscar a consciência crítica de todos os indivíduos envolvidos na comunidade afim de se obter um entendimento sobre o sistema de organização do ambiente. Um sistema adaptado à realidade local, familiarizando alguns pontos fundamentais da Educação Ambiental (presente em todos os momentos do desenvolvimento do trabalho) para a solução dos problemas concretos do meio contando com a participação ativa e responsável de cada indivíduo e da coletividade trazendo satisfação e bem estar ao ambiente de trabalho. Para iniciarmos a aplicação deste, nos baseamos no Programa 5 “S” e implementamos em paralelo outros programas e atividades para assegurar a eficácia e qualidade do sistema apresentado e incorporado na empresa. Palavra-chave: Educação ambiental para empresas, programa 5 “S”, programa 3 “R”, meio ambiente e gestão ambiental.

IMPLEMENTAÇÃO DE PROGRAMA BÁSICO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA EMPRESAS

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INTRODUÇÃO Dentre os seres vivos que habitam a Terra, o ser humano é o único que além de fazer parte do ambiente natural, participa também de um outro ambiente especial e diferenciado, o ambiente cultural ou artificial, que é produto da interferência, da criatividade e do desenvolvimento cultural e tecnológico do homem (UERJ, 2005). Isso traz à tona uma das grandes contradições dessa relação, enquanto o homem busca constantemente sobrepujar a natureza, ele parece se esquecer que é parte dela. É como pergunta Coelho (1992): “será que o homem conseguirá um dia tornar-se totalmente independente do meio natural, ou será que antes disso já terá destruído a natureza e a si próprio?”. De acordo com Born (2000) a degradação das condições ambientais e sociais que afetam a qualidade de vida, e o aumento da sensibilidade de indivíduos e de grupos da sociedade, são alguns dos elementos que têm colocado em evidência a crescente necessidade da Gestão Ambiental e/ou Educação Ambiental como parte do processo para a consecução de sociedades sustentáveis. De fato, as práticas de controle e qualidade ambiental são recentes e ainda não foram totalmente incorporadas pelas empresas, seja pelo alto custo ou pela falta de conscientização. Mas neste cenário, entra em discussão a revisão de conceitos que se fazem necessários para que o indivíduo compreenda sua posição no ambiente e sua importância em estar comprometido com a qualidade ambiental do seu meio, seja sua cidade, seu bairro, sua casa e seu trabalho, atuando nas causas e não somente nas conseqüências dos problemas existentes. Neste contexto, a formação de uma consciência crítica em relação a este processo é fundamental para a busca de soluções que não sejam somente mitigadoras, mas sim com caráter preventivo e educativo. Então, para que a Gestão Ambiental seja bem sucedida é necessário que ocorra mudança nas atitudes, nos padrões de comportamento e na própria cultura das empresas. Pois, ao motivar e capacitar as pessoas para a adoção de ações preventivas, a Educação Ambiental tem se mostrado um forte instrumento na Gestão Ambiental, permitindo que os indivíduos envolvidos no processo conheçam, compreendam e participem das atividades relacionadas a ela. E para que a Educação Ambiental se transforme em um eficiente instrumento da Gestão é necessário que as atividades propostas estejam ligadas à realidade da empresa e potencializem os aspectos positivos desta realidade. Em suma, considerando o homem em suas diversas formas de organização na sociedade e que o ambiente é formado por uma totalidade que envolve elementos físicos, químicos e biológicos; orgânicos e inorgânicos e, sabendo que entre estes elementos se encontra uma estreita dependência e influência recíproca (UERJ, 2005), o Programa Básico de Educação Ambiental para a Empresa possui a intenção de adequar a instituição à sua realidade, na solução de problemas, descobrindo seus sintomas e causas reais e assim, desenvolvendo senso crítico e habilidade para a redução e ou eliminação destes fazendo do Programa um processo permanente com perspectivas de continuidade permitindo às empresas alcançar bons resultados, incentivando os colaboradores a agir de forma preventiva, identificando, controlando e minimizando os impactos ambientais da sua atividade. O Programa 5 “S” As atividades de 5 “S” foram aplicadas inicialmente no Japão logo após a 2ª Guerra Mundial, para combater a sujeira e desorganização das fábricas. Foi formalmente lançado no Brasil em 1991 através da Fundação Christiano Ottoni (Lapa, 2005). No início de sua aplicação apenas os três primeiros "S" eram abordados, tendo sido incorporados depois o quarto e o quinto. Atualmente, outros quatros conceitos já foram acrescidos, tendo-os, portanto, conhecimento da existência de nove “S” (Senso de Utilização, Ordem, Limpeza, Higiene, Autodisciplina, Firmeza, Dedicação, Relato com Ênfase e Ação Simultânea), embora o nome do método permaneça o mesmo o programa trabalhará apenas com os cinco primeiros “S” (Lapa, 2005).

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Com sua eficiência comprovada, o programa 5 “S” passou por adaptações proposta por vários autores e o que aqui propomos foi elaborado a partir do Programa 5 “S” com adaptação de Reginaldo Lapa1 e do Programa D’Olho na Qualidade realizado pelo SEBRAE. É um processo estruturado para mobilizar a organização para o uso responsável dos recursos nos aspectos físicos (equipamentos, máquinas e células de trabalho), procedimentos e atitudes. O Programa 5 “S” é calcado em uma filosofia profunda de práticas simples, que promove o crescimento contínuo das pessoas, num aperfeiçoamento constante da rotina do trabalho diário e, conseqüentemente, a melhoria da qualidade de vida. Visa a melhoria do ambiente de trabalho, no sentido físico, lógico e mental. Sua base é educativa e prepara as pessoas para a observação crítica da sua realidade e atuação nos desperdícios, na desorganização, sujeira, nos fatores que acarretam doenças e conflitos e em outras anomalias do ambiente. O Programa constitui a base para a implementação de um sistema de gestão bem estruturado. Em qualquer organização humana, o 5 “S” prepara o ambiente para mudanças profundas, por ser de simples compreensão, fácil aplicação e gerar resultados visíveis e imediatos. Para render todos os seus frutos o Programa 5 “S” deve-se tornar um hábito a se integrar ao dia a dia dos funcionários. O termo 5 “S” é derivado de cinco palavras japonesas, todas iniciadas com a letra S. Na interpretação dos ideogramas que representam essas palavras, do japonês para o inglês, conseguiu-se encontrar palavras que iniciavam com a letra S e que tinham um significado aproximado do original em japonês. Porém, o mesmo não ocorreu com a tradução para o português. A melhor forma encontrada para expressar a abrangência e profundidade do significado desses ideogramas foi acrescentar o termo "Senso de" antes de cada palavra em português que mais se aproximava do significado original. Assim, o termo original 5 “S” ficou mantido, mesmo na língua portuguesa. (Lapa, 2005). Quadro 01 – Apresentação dos ideogramas que representam as cinco palavras japonesas no Programa 5 “S”. JAPONÊS INGLÊS PORTUGUÊS

Utilização

Arrumação

Organização 1º S Seiri Sorting Senso de

Seleção

Ordenação

Sistematização 2º S Seiton Systematyzing Senso de

Classificação

Limpeza 3º S Seisou Sweeping Senso de

Zelo

Asseio

Higiene

Saúde 4º S Seiketsu Sanitizing Senso de

Integridade

Autodisciplina

Educação 5º S Shitsuke Self-disciplining Senso de

Compromisso

1 Engenheiro de Minas, MBA em Gestão, pós graduando em Engenharia de Segurança - USP, atualmente é sócio - proprietário da CTG- Consultoria e Treinamento em Gestão.

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a) Seri – Senso de Utilização Ter senso de utilização é identificar materiais, equipamentos, ferramentas, utensílios, informações e dados necessários e desnecessários, descartando ou dando a devida destinação àquilo considerado desnecessário ao exercício das atividades (SEBRAE, 2005). Observe que "guardar" constitui instinto natural das pessoas. Portanto, o Senso de Utilização pressupõe que além de identificar os excessos e/ou desperdícios, estejamos também preocupados em identificar "o porquê do excesso" de modo que medidas preventivas possam ser adotadas para evitar que o acúmulo destes excessos volte a ocorrer (SEBRAE, 2005). Na terminologia da qualidade, denominamos esta ação de "bloqueio das causas". Observe que este conceito pode ser aplicado em casa na cozinha, na despensa, na geladeira, no quarto das crianças; na escola, no lazer e outros. Basta verificar aquele espaço da casa onde colocamos tudo que não serve, os brinquedos quebrados que não usamos mais, a roupa velha que guardamos, as revistas e jornais que jamais serão lidos novamente, dentre outros exemplos que você já deve estar imaginando (SEBRAE, 2005). No sentido mais amplo, o Senso de Utilização abrange ainda outras dimensões. Nesta outra dimensão, ter Senso de Utilização é preservar consigo apenas os sentimentos valiosos como amor, amizade, sinceridade, companheirismo, compreensão, descartando aqueles sentimentos negativos e criando atitudes positivas para fortalecer e ampliar a convivência, apenas com sentimentos valiosos (SEBRAE, 2005). O objetivo principal deste senso é deixar no local de trabalho os materiais que serão utilizados no momento, na quantidade certa, liberando espaço e proporcionando comodidade para o trabalho. Para selecionar os materiais necessários à atividade nós podemos realizar alguns procedimentos; verificar a utilidade de cada coisa, analisar tudo que está no local de trabalho, separar o que é necessário do que não é, adequar os estoques às necessidades e, manter o estritamente necessário, reduzindo os acidentes e o tempo de procura. Quadro 02 – Aplicação do Senso de Utilização.

COMO FAZER Usados constantemente

Usados ocasionalmente Objetos e dados necessários

Usados raramente, mas necessários

Potencialmente úteis e valiosos Objetos e dados desnecessários Sem uso potencial b) Seiton – Senso de Ordenação Ter Senso de Ordenação é definir local apropriado e critérios para estocar, guardar ou dispor materiais, equipamentos, ferramentas, utensílios, informações e dados de modo a facilitar o seu uso e manuseio, facilitar a procura, localização e guarda de qualquer item. Popularmente significa "cada coisa no seu devido lugar" (SEBRAE, 2005). Na definição dos locais apropriados, adota-se como critério a facilidade para estocagem, identificação, manuseio, reposição, retorno ao local de origem após uso, consumo dos itens mais velhos primeiro, dentre outros (SEBRAE, 2005). Da mesma forma que o Senso de Utilização, este senso se aplica no dia-a-dia. Não é incomum a cena de correria pela manhã à procura da agenda, dos documentos, dos cadernos, das chaves do carro, dos documentos do carro. E na hora de declarar o imposto de renda? É aquela luta para encontrar os documentos, os recibos, a declaração do ano anterior. E as idas e vindas ao mercado? Cada hora falta alguma coisa para comprar. Estas e outras cenas são evitáveis com aplicação do Senso de Ordenação (SEBRAE, 2005). Na dimensão mais ampla, ter Senso de Ordenação é distribuir adequadamente o seu tempo dedicado ao trabalho, ao lazer, à família, aos amigos. É ainda não misturar suas preferências profissionais com as pessoais, ter postura coerente, serenidade nas suas decisões, valorizar e elogiar os atos bons, incentivar as pessoas e não somente criticá-las (SEBRAE, 2005). O objetivo principal deste senso é organizar de maneira mais funcional o local de trabalho, e para isso alguns procedimentos devem ser realizados; reorganizar o local de trabalho, padronizar

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nomes, guardar objetos semelhantes no mesmo lugar, usar etiquetas e cores vivas para identificação e estabelecer o lugar de cada coisa. Quadro 03 – Aplicação do Senso de Ordenação.

COMO FAZER

Usado constantemente Tem que estar sempre às mãos

Usado ocasionalmente Arquivado e fácil acesso

Usado raramente Arquivo morto

c) Seisou – Senso de Limpeza Ter Senso de Limpeza é eliminar a sujeira ou objetos estranhos para manter limpo o ambiente (parede, teto, piso, armários, gaveta, estante) bem como manter dados e informações atualizados para garantir a correta tomada de decisões (SEBRAE, 2005). O mais importante neste conceito não é o ato de limpar, mas o ato de “não sujar”. Isto significa que além de limpar é preciso identificar a fonte de sujeira e as respectivas causas, de modo a podermos evitar que isto ocorra. Isto consiste em “bloqueio de causas” (SEBRAE, 2005). No conceito amplo, ter Senso de Limpeza é procurar ser honesto ao se expressar, ser transparente, sem segundas intenções com os amigos, com a família, com os subordinados, colegas e vizinhos (SEBRAE, 2005). O objetivo principal deste senso é manter o local de trabalho limpo e organizado; limpar deve ser uma tarefa presente na rotina de trabalho; mais importante que limpar deve ser não sujar! Para tanto alguns procedimentos podem ser adquiridos tais quais, educar para não sujar; descobrir e eliminar as fontes de sujeira; manter limpo mesas, armários, gavetas, equipamentos, ferramentas, mobiliários e verificar o estado de uso enquanto se faz a limpeza. Todos devem se comprometer com a limpeza de cada um; ambiente limpo melhora a conservação dos patrimônios e aumenta a auto-estima no trabalho. Quadro 04 – Aplicação do Senso de Limpeza.

COMO FAZER

Diga não a todo tipo de poluição

Sonora Ruídos, gritos

Visual Bagunça , sujeira

Ambiental Intrigas, fofocas, discussões

d) Seiketsu – Senso de Higiene Ter Senso de Higiene significa criar condições favoráveis à saúde física e mental, garantir ambiente não agressivo e livre de agentes poluentes, manter boas condições sanitárias nas áreas comuns (lavatórios, banheiros, cozinha, restaurante e outros), zelar pela higiene pessoal e cuidar para que as informações e comunicados sejam claros, de fácil leitura e compreensão. Significa ainda ter comportamento ético, promover um ambiente saudável nas relações interpessoais, sejam sociais, familiares ou profissionais, cultivando um clima de respeito mútuo nas diversas relações (SEBRAE, 2005). Este senso tem como objetivo buscar condições favoráveis de saúde no trabalho, em casa e pessoalmente; diminui o absenteísmo, melhora a produtividade e a qualidade de vida. Para que isso aconteça alguns procedimentos podem ser adquiridos; manter limpos e higienizados locais de uso comum, observar as práticas de segurança no trabalho, pensar e agir positivamente, valorizar a aparência pessoal e da empresa e, evitar todas as formas de poluição.

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Quadro 05 – Aplicação do Senso de Higiene. COMO FAZER

Com a prática dos Sensos de:

Utilização

Limpeza

Ordenação

Estamos ganhando saúde

e) Shitsuke – Senso de Autodisciplina Ter Senso de Autodisciplina é desenvolver o hábito de observar e seguir normas, regras, procedimentos, atender especificações, sejam elas escritas ou informais; este hábito é o resultado do exercício da força mental, moral e física que poderia ainda ser traduzido como desenvolver o "querer de fato”, "ter vontade de" e "se predispor a". Não se trata pura e simplesmente de uma obediência cega, submissa, "atitude de cordeiro" como pode parecer (SEBRAE, 2005). É importante que seu desenvolvimento seja resultante do exercício da disciplina inteligente que é a demonstração de respeito a si próprio e aos outros. Ter Senso de Autodisciplina significa ainda desenvolver o autocontrole, ter paciência, ser persistente na busca de seus sonhos, anseios e aspirações, respeitar o espaço e a vontade alheia (SEBRAE, 2005). O objetivo primordial deste senso é o de comprometer-se com normas e padrões morais e técnicos, buscando a melhoria contínua pessoal, profissional e social. No entanto, para que este objetivo possa ser alcançado com eficácia, alguns procedimentos podem ser realizados; compartilhar visão e valores, educar para a criatividade, planejar com foco no processo, melhorar a comunicação em geral e, treinar com empenho e persistência. Diagnóstico Na empresa e em qualquer ambiente deve-se utilizar todos os sensos de forma integrada para um eficiente resultado do Programa, ou seja, para a aplicação do Senso de Higiene, por exemplo, deve-se aplicar o Senso de Utilização evitando presença de materiais inadequados que acumulam poeira causando alergias, o Senso de Limpeza eliminando focos de contaminação por fungos e bactérias e o Senso de Autodisciplina que tem como objetivo a manutenção de todos os sensos. Porém, para melhor visualização, este estudo diagnosticará o senso principal a ser explorado em cada caso levantado. O Senso de Utilização foi implementado onde houve a necessidade de disponibilizar os materiais e equipamentos de acordo com sua necessidade liberando espaço proporcionando comodidade ao trabalho, o de Ordenação foi explorado quando o local necessitou de uma reorganização estabelecendo ao ambiente de trabalho praticidade e acessibilidade aos materiais e equipamentos. O Senso de Limpeza foi aplicado quando o ambiente necessitou de remoção de sujeiras e redução de poluição do tipo sonora, visual e ambiental, o de Higiene foi incorporado quando houve a necessidade de estabelecer condições favoráveis ao trabalho proporcionando o aumento da produtividade e da qualidade de vida e minimizando riscos de acidentes e o absenteísmo. O Senso de Autodisciplina deverá acompanhar todos os sensos citados pois ele é responsável pelo comprometimento da empresa em estabelecer um acompanhamento ao Programa implementado buscando a melhoria contínua pessoal, profissional e social.

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UTILIZAÇÃO

Foi implementado onde houve a necessidade de disponibilizar os materiais e equipamentos de acordo com sua necessidade liberando espaço proporcionando comodidade ao

trabalho.

ORDENAÇÃO Foi explorado quando o local

necessitou de uma reorganização estabelecendo ao ambiente de trabalho praticidade acessibilidade aos materiais e

equipamentos.

Foi aplicado quando o ambiente necessitou de remoção de sujeiras e redução de poluição do tipo sonora, visual e ambiental.

LIMPEZA HIGIENE

Foi incorporado quando houve a necessidade de

estabelecer condições favoráveis ao trabalho proporcionando o aumento da produtividade e da qualidade de vida e minimizando riscos de

acidentes e o absenteísmo.

DISCIPLINA Acompanhar todos os

sensos citados pois ele é responsável pelo comprometimento da empresa em estabelecer um acompanhamento ao Programa buscando a melhoria contínua pessoal, profissional e empresarial.

Quadro 06 – Aplicação do Senso de Autodisciplina.

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O diagnóstico realizado na empresa foi documentado conforme a seguir: Figura 1: armário da área de vendas

Organizar o armário classificando, etiquetando e colocando as pastas em ordem de necessidade. Os objetos que não sejam de uso da empresa devem ser relocados em local adequado, liberando espaço para materiais de trabalho. Senso a ser aplicado: Ordenação

Figura 2: mesa da área de vendas Manter sobre as mesas de trabalho somente o necessário, pois ela é o cartão postal para o cliente, fazendo isso, o funcionário estará liberando espaço e facilitando o manuseio de informações. Substituir as mesas e cadeiras por mesas ergonômicas. Senso a ser aplicado: Utilização e Higiene

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Metodologia e Resultado O resultado imediato que podemos perceber é o envolvimento de todos os colaboradores, que juntos formaram uma equipe com líderes e participantes para a modificação do aspecto físico da empresa com a organização das mesas, armários, limpeza de materiais e equipamentos, melhoria do ambiente de trabalho. O processo de implementação do Programa foi realizado juntamente com a alta administração e documentado para melhor visualização de sua praticidade conforme anexo C (pág.: 55). O resultado mais esperado, porém o mais delicado é o do comprometimento pessoal com o Programa e sua execução habitual com o acompanhamento de um profissional capacitado para o desempenho das atividades do Programa. A implementação e o resultado deste processo e da prática do Programa é representado a seguir: Figura 3: participação dos colaboradores da empresa

Em dia de apresentação e exposição do Programa.

Figura 4: execução dos Sensos de Ordenação e Utilização Organização das mesas.

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Figura 5: execução do Programa 3 “R” Material a ser reciclado. O resultado também foi acompanhado e registrado: Figura 6: armário da área de vendas

Prateleiras de documentos e pastas organizados conforme necessidade do trabalho. Senso aplicado: Ordenação

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Figura 7: mesa da área de vendas Mesas organizadas somente disponíveis os materiais de utilização freqüente, liberando espaço e proporcionando comodidade no trabalho. Senso aplicado: Utilização Figura 8: lixeira de copos descartáveis na copa-cozinha

Aquisição de uma lixeira para copos descartáveis, diminuindo o volume de lixo e liberando espaço de trabalho. Senso aplicado: Higiene, Limpeza e 3 “R”

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Quadro 07 – Benefícios percebidos após a aplicação dos sensos. VISÃO DOS FUNCIONÁRIOS VISÃO DA EMPRESA

Maior colaboração entre as pessoas Ambientes mais limpos e organizados Melhoria da produtividade Melhoria da disciplina Uso eficiente do tempo Facilidade na localização de objetos Redução no absenteísmo Redução de acidentes Otimização no uso de materiais e equipamentosMelhor rendimento do serviço Redução nos desperdícios Otimização do espaço Melhoria do ambiente de trabalho

Local prático e de boa aparência para o trabalho Conscientização em relação ao meio ambiente e cidadania

Eliminação de materiais velhos

Conscientização em relação ao meio ambiente e cidadania

O Programa 3 “R” É um Programa que visa reduzir, reutilizar e reciclar o resíduo diminuindo ao máximo os materiais e os gastos. Para implantá-lo na empresa, estabelecemos dois grupos de resíduos que serão trabalhados: Grupo de Resíduos Administrativo que envolve papéis, cartuchos de impressoras e peças de computadores. Grupo de Resíduos da Cozinha que envolve copos descartáveis e garrafas pet. Este processo será transmitido aos colaboradores por intermédio da Educação Ambiental que trabalhará a informação e o esclarecimento das questões relacionadas aos resíduos, preparando o ambiente para a aceitação do programa e para a efetivação do mesmo. Quadro 08 – Apresentação das palavras que representam o Programa 3 “R”.

Redução: é necessária a revisão de valores e de consumo afim de evitar produção de resíduos emexcesso.

Reutilização: é necessária a valoração e utilização de bens de consumo duráveis e retornáveis que permaneçam no sistema por mais tempo. O sistema de consumo descartável não é recomendado.

Reciclagem: o último recurso a ser adotado com os materiais que não possuem mais qualidade e/ou capacidade de utilização. É um encaminhamento que requer custo de coleta, adequação e tecnologias apropriadas de reciclagem para haver o retorno do material no sistema.

Metodologia e Resultado Quanto à destinação do material, fizemos contato com a Associação de Combate ao Câncer e nos cadastramos em seu programa de arrecadação de sucatas e/ou materiais inservíveis. A Associação possui um caminhão de coleta que passa quinzenalmente na empresa para recolher os resíduos. Assim, formamos uma parceria de ajuda mútua onde a Associação utiliza este material para revender e adquirir recursos para ajudar pacientes carentes com cestas básicas e medicamentos, e a empresa cumpre sua responsabilidade social. Os resíduos gerados pelo Grupo Administrativo são acomodados em caixas de papelão que estão distribuídas nos departamentos para facilitar a coleta do material, logo que preenchidas são transportadas para um local definido na empresa até que a coleta seja realizada. Já os resíduos advindos do Grupo Cozinha estão sendo acomodados em sacos plásticos que podem ser

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reciclados. Colocaremos um coletor específico para copos descartáveis facilitando seu manuseio diminuindo o volume do saco plástico onde estes são acomodados. Foi observado que para a continuidade deste resultado é imprescindível o envolvimento da alta administração, pois ela deve se comprometer em agrupar este resíduo em um espaço físico de sua empresa até que a coleta seja realizada, e sem este ocorre a desmotivação dos colaboradores em juntar estes resíduos já que eles não terão destinação conforme o programa tendo que ser eliminados junto com outros resíduos. O Programa de Educação Ambiental No ambiente urbano das médias e grandes cidades, a escola, além de outros meios de comunicação é responsável pela educação do indivíduo e conseqüentemente da sociedade, uma vez que há o repasse de informações, isso gera um sistema dinâmico e abrangente a todos. A população está cada vez mais envolvida com as novas tecnologias e com cenários urbanos perdendo desta maneira, a relação natural que tinham com a terra e suas culturas. Os cenários, tipo shopping center, passam a ser normais na vida dos jovens e os valores relacionados com a natureza não tem mais pontos de referência na atual sociedade moderna (UERJ, 2005). A educação ambiental se constitui numa forma abrangente de educação, que se propõe atingir todos os cidadãos, através de um processo pedagógico participativo permanente que procura incutir no educando uma consciência crítica sobre a problemática ambiental, compreendendo-se como crítica a capacidade de captar a gênese e a evolução de problemas ambientais (UERJ, 2005). É necessária a mudança no comportamento do homem em relação ao meio, no sentido de promover sob um modelo de desenvolvimento sustentável, a compatibilização de práticas econômicas e conservacionistas, com reflexos positivos evidentes junto à qualidade de vida de todos. Desenvolvimento sustentável é um processo que assegura uma gestão responsável dos recursos do planeta de forma a preservar os interesses das gerações futuras e, ao mesmo tempo atender as necessidades das gerações atuais. Este programa é um instrumento usado para buscar a qualidade de vida, a formação de uma nova mentalidade e a partir desta constituirmos novos hábitos e atitudes sadias os quais devem estar inseridos em todo o processo da empresa, pois é através da comunicação existente na Educação Ambiental que se desenvolve a real função do Programa que nos permitirá sensibilizar os indivíduos fazendo com que estes levem para sua vida pessoal as reflexões tiradas de todo o aprendizado que extrairmos dos problemas com os quais nos deparamos. Utilizaremos destes momentos para, juntos, buscarmos soluções para as dificuldades encontradas, trocando experiências vividas, idéias, sugestões e, principalmente, neste momento, percebemos a importância de outras pessoas em nossa vida e o quanto isto nos engrandece. Plano de Ação Um programa para ser efetivo deve promover simultaneamente o desenvolvimento do conhecimento, das atitudes e habilidades necessárias à preservação e melhoria da qualidade de vida. Utiliza-se como laboratório o metabolismo urbano e seus recursos naturais e físicos, iniciando pela escola, expandindo-se pela circunvizinhança e sucessivamente a cidade, a região, o país, o continente e o planeta.

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Quadro 09 – Ciclo do plano de ação

Diretrizes (ALLEGRETTI, 2001) Desenvolver o senso de responsabilidade e de urgência em relação a solução dos problemas; Conhecer o ambiente como um todo e seus problemas, para formar pessoas críticas e responsáveis; Propiciar a conscientização e sensibilização em relação ao ambiente e seus problemas; Oferecer condições para a aquisição de habilidades necessárias à solução dos problemas; Estimular a capacidade de avaliação das providências a serem tomadas em relação aos aspectos estético, prático, econômico. Para a aplicação da educação ambiental deve-se pensar nos seguintes pontos: (ALLEGRETTI, 2001) Quais resultados e metas que se deseja atingir; Com que recursos técnicos e humanos podemos contar; Quem serão os beneficiados com as práticas educativas; A qual problema refere-se e como ele se situa em um contexto mais amplo.

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Quadro 10 – Estratégia de operacionalização do Programa de Educação Ambiental. ESTRATÉGIA OCASIÃO PARA USO VANTAGENS/DESVANTAGENS

Estímulo à criatividade e liberdade Mutirão de idéias: são atividades que envolve grupos de pessoas para apresentar soluções possíveis para um dado problema e todas as sugestões

Deve ser usado como recurso para encorajar e estimular idéias voltadas à solução de um determinado problema

Dificuldades em evitar avaliações ou julgamentos prematuros e em obter idéias originais

Permite o desenvolvimento das habilidades de falar em público e ordenar a apresentação de fatos e idéias

Debate: requer a participação de dois grupos para apresentar idéias e argumentos de pontos de vista opostos

Quando assuntos controvertidos estão sendo discutidos e existem diferentes propostas de soluções

Requer muito tempo de preparação

Envolvimento de todos Reflexão: o oposto do mutirão de idéias. É fixado um tempo às pessoas para que sentem em algum lugar e pensem acerca de um problema específico

Usado para encorajar o desenvolvimento de idéias em resposta a um problema

Não pode ser avaliado diretamente

Agradabilidade na execução

Grande participação de pessoas envolvidas

Vivência de situações concretas

Exploração do ambiente local: prevê a utilização/exploração dos recursos locais próximos

Compreensão do metabolismo local, ou seja, da interação complexa dos processos ambientais a sua volta

Requer planejamento minucioso

Fonte: UNESCO/UNEP/IEEP No decorrer destas dinâmicas apresentadas acima, vários métodos serão realizados para melhor entendimento do conteúdo em estudo. Publicações periódicas com abordagem de assuntos relativos ao Programa e às atividades da área de ambiência da empresa. Educação ambiental para funcionários da empresa incluindo treinamento aplicado aos mesmos, os orientando quanto aos procedimentos ambientalmente corretos no exercício de suas funções, fazendo com que eles

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se tornem responsáveis pelas práticas conservacionistas em seu ambiente de trabalho, chegando ao seu lar e à sua família. A aprendizagem será mais efetiva se a atividade estiver adaptada às situações da vida real da cidade, ou do meio em que vivem empresa e colaborador. Treinamento O treinamento foi realizado em comum acordo com a alta administração para que o seu objetivo pudesse ser atingido e para isso foi estabelecida e apresentada à empresa uma ordem de aplicação metodológica a ser seguida. Esta ordem sugere uma harmonia e interação sobre o assunto, deverá ser dinâmica a fim de facilitar a participação de todos. Quadro 11 – Apresentação sucinta da metodologia.

DESCRIÇÀO RECURSO

Apresentação do Programa Informal

Ginástica Laboral Som

Definição dos 5 “S” Data Show

Execução do Programa Informal

METODOLOGIA E RESULTADO A Educação Ambiental não-formal é a base para um trabalho que busca entreter o cidadão ao conhecimento da problemática ambiental e desenvolver através de habilidades soluções para minimizar e até eliminar suas causas e efeitos, assim sendo, esta prática visa o envolvimento dos colaboradores quanto a importância em estabelecer uma qualidade de vida no ambiente profissional, social e pessoal. O resultado imediato quanto a utilização desta educação foi positiva tendo todos os colaboradores envolvidos para a promoção de um ambiente de trabalho mais agradável quanto a organização física, todos participaram da palestra e das atividades com disposição. No entanto, sabemos que isto não nos garante a continuidade do Programa e para tanto é necessário um eficiente acompanhamento quanto às práticas desenvolvidas neste com o envolvimento de todos desde a alta administração. A sensibilidade quanto à adequação às premissas do Programa só será adquirida após o trabalho da conscientização. RESULTADO GERAL Há algum tempo, a qualidade de vida deixou de ser associada apenas à prática de exercícios físicos ou considerada um sonho pessoal. Hoje, o assunto migrou para as organizações e vem conquistando força, já que o investimento na qualidade de vida pode ser um fator decisivo na retenção de recursos humanos/talentos e no sucesso destas. A Qualidade de Vida é a percepção de bem-estar quanto às expectativas de satisfação das necessidades e do estado de motivação e pode ser levada e mantida nas instituições desde que existam atividades e competências específicas que gerem a percepção de bem-estar associada às evidências de preservação e de desenvolvimento das pessoas durante o trabalho. A qualidade de vida pode representar o resgate da valorização e da humanização da pessoa no trabalho, integrando todos os fatores críticos determinantes de uma boa gestão de pessoas, como: os valores e a política de qualidade de vida, a produtividade, a legitimidade, a liderança, a cultura organizacional e a rede de competências dos colaboradores internos e externos à empresa capazes de oferecer produtos e serviços que geram o bem-estar da comunidade.

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Atualmente, há uma crescente pressão da sociedade por melhores condições de vida, incluindo o trabalho e também porque já se tem informações positivas de resultados favoráveis dos processos de gestão de qualidade de vida no trabalho. Questionário-diagnóstico A Pesquisa de Clima Organizacional é uma estratégia conduzida junto ao corpo funcional que permite diagnosticar os pontos críticos nas práticas, sistemas e ambientes de trabalho, bem como corrigir os entraves e dificuldades que obstruem a sua fluidez. Com resultados gerenciais e setoriais, é um mecanismo de feedback para a direção e os gerentes, permitindo a detecção de pontos críticos a serem superados em Planos de Melhoria. O questionário abrangeu uma quantidade de dezessete colaboradores numa totalidade de 19 funcionários. Após a implementação do Programa Básico de Educação Ambiental para Empresas foi aplicado um questionário para avaliar a satisfação dos colaboradores quanto à praticidade e eficiência do Programa. O resultado geral também tem como objetivo demonstrar o grau de aprendizado e aceitação do Programa pelos colaboradores bem como re-orientar as diretrizes do Programa para sua continuidade.

QUESTIONÁRIO- DIAGNÓSTICO PROJETO QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO

DADOS DO COLABORADOR

Nome Completo: .......................................................................................................................... Idade: ............................................................................................................................................ Função: ......................................................................................................................................... Tempo de Serviço: ....................................................................................................................... Marque com X a opção mais adequada à você: 1 - COM RELAÇÃO AO TRABALHO DESEMPENHADO MUITO REGULAR POUCO NÃO 1 - Você julga o seu trabalho importante para você?

2 - Você julga o seu trabalho importante para os outros?

3 - Você sente alguma dificuldade em realizá-lo?

4 - Você gostaria de executar outra função? 5 – Você sente satisfação ao iniciar um novo dia?

6 – O que tornaria o seu trabalho mais agradável? 2 - COM RELAÇÃO Á EMPRESA

MUITO REGULAR POUCO NÃO 1 – Você acha que a sua empresa realiza um trabalho importante?

2 – Você se sente satisfeito em participar desta empresa?

3 – Você acha que a empresa poderia melhorar o seu desempenho?

4 – Você está satisfeito com o que a empresa lhe proporciona?

5 – Você acredita que a empresa poderia melhorar?

6 – O que você poderia sugerir para melhorar a imagem da sua empresa?

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3 - EM RELAÇÃO À SUA VIDA NA EMPRESA MUITO REGULAR POUCO NÃO

1 – Você considera a sua qualidade de vida satisfatória?

2 – Você considera o fator financeiro como importante?

3 – Você no final do seu dia se sente disposto(realizado)?

4 – Você considera que algo poderia ser feito para melhorar a sua qualidade de vida, na empresa?

5 - Você pratica algum esporte? 6 – Você freqüenta atividades culturais (leitura, teatro, biblioteca, cinema, shows)?

7 – Você pensa em voltar (continuar)a estudar?

8 – Você tem vontade de mudar de emprego ou de função?

9 – A sua empresa participa de algum trabalho voluntário?

10 – Como a empresa poderia melhorar a sua qualidade de vida no trabalho? 4 - CLIMA ORGANIZACIONAL

BOM REGULAR FRACO PÉSSIMO 1 – Como você define o seu relacionamento com seus colegas de trabalho?

2 – A empresa te dá condições de ter um bom relacionamento no trabalho?

3 – Você considera como importante ter um bom relacionamento no trabalho?

4 – Você acredita que tenha possibilidades de melhorar?

5 – A sua opinião é considerada importante pelos seus superiores?

6 – O seu superior direto sempre te dá as orientações necessárias para a realização do seu trabalho?

7 – Você diria que considera trabalhar num ambiente agradável?

8 - O que você sugeriria para melhorar o clima organizacional na sua empresa? 5 - OS BENEFÍCIOS (Vale Transporte/Refeição/Assistência Médica/ Cursos, outros)

BOM REGULAR FRACO PÉSSIMO 1 - A empresa te concede algum benefício? 2 – Como você julgaria o que te é concedido?

3 – Você considera importante ter algum tipo de benefício?

4 – Você acha que é necessário acrescentar algum benefício?

5 – Qual ou quais benefícios adicionais você gostaria de receber?

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Recursos Quadro 12 – Relação de recursos necessários ao desenvolvimento do Programa.

RECURSO CUSTO (R$/ MÊS)

Aparelho de Som* 0,00

Aparelho Data-show A pesquisar

Aparelho Audiovisual* 0,00

Aparelho de Televisão* 0,00

* A empresa já possuía estes recursos. Avaliação e acompanhamento O Programa é de fácil aplicação requerendo esforço maior apenas em sua manutenção, uma vez observado que de imediato os resultados são positivos e os de médio a longo prazo são adquiridos somente através do acompanhamento de um profissional capacitado para estar adequando o Programa conforme necessidade e mantendo-o em prática para o alcance eficiente de seus objetivos e metas. Isto foi concluído pois o acompanhamento se esmaeceu devido a falta de comprometimento da alta administração e de um profissional exclusivo para atuar no que podemos denominar Controle da Qualidade exercendo as premissas do Programa, juntamente com os demais colaboradores e retomando-o aos interesses da administração. O Programa Básico de Educação Ambiental para Empresas pode ser implementado conforme recomendações acima em empresas de todos os ramos e portes pelo fato de seu custo ser quase nulo se comparado aos seus benefícios a pequeno, médio e longo prazo.

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TABULAÇÃO DOS DADOS Total de Colaboradores: 19 (dezenove) Total de Questionários respondidos: 17 (dezessete) 1 - COM RELAÇÃO AO TRABALHO DESEMPENHADO MUITO REGULAR POUCO NÃO 1 - Você julga o seu trabalho importante para você? 17 - - -

2 - Você julga o seu trabalho importante para os outros? 14 01 - 02

3 - Você sente alguma dificuldade em realizá-lo? - 06 03 08 4 - Você gostaria de executar outra função? 06 02 03 06 5 – Você sente satisfação ao iniciar um novo dia? 05 02 - - 6 – O que tornaria o seu trabalho mais agradável? Amizade Compreensão Equipamentos Adequados Perspectivas de Crescimento Integração/Trabalho em equipe Menor Competitividade Empenho Respeito 2 - COM RELAÇÃO Á EMPRESA MUITO REGULAR POUCO NÃO 1 – Você acha que a sua empresa realiza um trabalho importante? 17 - - -

2 – Você se sente satisfeito em participar desta empresa? 17 - - -

3 – Você acha que a empresa poderia melhorar o seu desempenho? 14 - 01 02

4 – Você está satisfeito com o que a empresa lhe proporciona? 12 02 02 01

5 – Você acredita que a empresa poderia melhorar? 13 01 02 01

6 – O que você poderia sugerir para melhorar a imagem da sua empresa? Qualidade no atendimento Capacitação profissional (Cursos, palestras e treinamento) Marketing Tecnologia Ampliar a área física Excelência em serviços 3 - EM RELAÇÃO À SUA VIDA NA EMPRESA

MUITO REGULAR POUCO NÃO NÃO RESPONDEU

1 – Você considera a sua qualidade de vida satisfatória? 06 09 01 - 01

2 – Você considera o fator financeiro como importante? 11 04 - 01 01

3 – Você no final do seu dia se sente disposto(realizado)? 10 04 01 01 01

4 – Você considera que algo poderia ser feito para melhorar a sua qualidade de vida, na empresa?

09 02 03 02 01

5 - Você pratica algum 01 03 05 08

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esporte? 6 – Você freqüenta atividades culturais (leitura, teatro, biblioteca, cinema, shows)?

02 06 03 06

7 – Você pensa em voltar (continuar)a estudar? 13 - 03 01

8 – Você tem vontade de mudar de emprego ou de função?

05 04 01 07

9 – A sua empresa participa de algum trabalho voluntário? - 03 05 09

10 – Como a empresa poderia melhorar a sua qualidade de vida no trabalho? Adequação do ambiente físico de trabalho (tecnologia/ergonomia) Valorização do colaborador Motivação Ascensão profissional Tempo para convívio familiar 4 - CLIMA ORGANIZACIONAL BOM REGULAR FRACO PÉSSIMO 1 – Como você define o seu relacionamento com seus colegas de trabalho? 12 05 -

2 – A empresa te dá condições de ter um bom relacionamento no trabalho? 13 04 -

3 – Você considera como importante ter um bom relacionamento no trabalho? 15 01 01

4 – Você acredita que tenha possibilidades de melhorar? 13 03 01

5 – A sua opinião é considerada importante pelos seus superiores? 12 03 01 01

6 – O seu superior direto sempre te dá as orientações necessárias para a realização do seu trabalho?

12 04 01

7 – Você diria que considera trabalhar num ambiente agradável? 12 04 01

8 - O que você sugeriria para melhorar o clima organizacional na sua empresa? União Compreensão Prática de esportes Integração de colaboradores e familiares Palestras sobre relacionamento interpessoal Melhorias na aparência da empresa Incentivo ao trabalho equipe 5 - OS BENEFÍCIOS (Vale Transporte/Refeição/Assistência Médica/ Cursos, outros) BOM REGULAR FRACO PÉSSIMO 1 - A empresa te concede algum benefício? 15 01 - 2 – Como você julgaria o que te é concedido? 14 - 01 01

3 – Você considera importante ter algum tipo de benefício? 17 - -

4 – Você acha que é necessário acrescentar algum benefício? 06 05 - 01

5 – Qual ou quais benefícios adicionais você gostaria de receber? Aumento salarial PPR – Programa de Participação de Resultados Assistência odontológica Banco de horas Participação financeira na capacitação profissional

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. BORN, R. H. Grandes desafios para a Gestão Ambiental. Boletim Fundação Vanzolini. Ano IX, nº. 42 – Março/Abril 2000. 2. COELHO, M. A. O espaço natural e sócio-econômico. Editora Moderna: 3ª ed. Série Sinopse, 1992. 3. LAPA, R. Os cinco sensos. Disponível em: http://www.ptnet.com.br/5sensos/index.htm. Acesso em: 18abr.2005. 4. SEBRAE. Programa D’Olho na Qualidade. Disponível em: http://www.sucatas.com/5s.html. Acesso em: 28fev.2005. 5. Tecnobombas – Bombas, Motores e Serviços Ltda. Tecnologia em bombas. Disponível em: http://www.tecnobombas.com. Acesso em: 02fev.2005. 6. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO DE JANEIRO. Potencialidades dos parques urbanos de Goiânia em educação ambiental: um estudo do Parque Botafogo. Disponível em: http://geografia.igeo.uerj.br/xsbgfa/cdrom/eixo3/3.3/224/224.html. Acesso em: 12mai.2005. 7. ALLEGRETTI, A. Explicando o meio ambiente. Editora: LIS Gráfica e Editora Ltda, 2001. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 1. ANTUNES, Marcos A. Marques. A importância da educação ambiental. 1ª ed. Goiânia, 2004. 2. DIAS, Genebaldo Freire, Educação Ambiental, princípios e práticas, 5ª ed. São Paulo: Global, 2000. 3. LAYRARGUES, Philippe Pomier, Identidades da educação ambiental brasileira, única ed., Ministério do Meio Ambiente, DF, 2004. 4. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Caderno de princípios de proteção à vida. 2ª ed. rev. Brasília, 2001. 5. SATO, Michele. Educação ambiental. São Carlos: RiMa, 2004. 6. SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE (SMA)/Coordenadoria de Educação Ambiental (CEAM). Conceitos para se fazer Educação Ambiental. São Paulo/SP: SMA/CEAM.1997. 7. SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL. Educação ambiental: esperança de um novo milênio. Rio de Janeiro, nº01, ano10. SENAC, jan./abr.2001. 8. TRIGUEIRO André e SILVA Marina, Meio ambiente no século 21: 21 especialistas falam da questão ambiental nas suas áreas de conhecimento, Ed. Sextante, RJ, 2003.