William Araujo de Freitas

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA COLÉGIO POLITÉCNICO DA UFSM CURSO TÉCNICO EM GEOPROCESSAMENTO ATIVIDADES TÉCNICAS REALIZADAS NA THOR MÁQUINAS E MONTAGEM LTDA. RELATÓRIO DE ESTÁGIO William Araujo de Freitas Santa Maria, RS, Brasil 2015

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA COLÉGIO POLITÉCNICO DA UFSM

CURSO TÉCNICO EM GEOPROCESSAMENTO

ATIVIDADES TÉCNICAS REALIZADAS NA THOR MÁQUINAS E MONTAGEM LTDA.

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

William Araujo de Freitas

Santa Maria, RS, Brasil

2015

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ATIVIDADES TÉCNICAS REALIZADAS NA THOR MÁQUINAS E MONTAGEM LTDA.

William Araujo de Freitas

Relatório de Estágio apresentado ao Curso Técnico em Geoprocessamento do Colégio Politécnico da UFSM,

como requisito para obtenção do título de Técnico em Geoprocessamento

Orientadora: Prof.ªDra. Ana Caroline Paim Benedetti

Santa Maria, RS, Brasil 2015

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Universidade Federal de Santa Maria Colégio Politécnico da UFSM

Curso Técnico em Geoprocessamento

ATIVIDADES TÉCNICAS REALIZADAS NA THOR MÁQUINAS E MONTAGEM LTDA.

Relatório de Estágio realizado na THOR MÁQUINAS E MONTAGEM LTDA.

Elaborado por Wiliam Araujo de Freitas

Prof. Dr. Ana Caroline Benedetti (Presidente/Orientadora)

Eng. Luis Claudio da Silva Rosa (Diretor da empresa)

William Araujo de Freitas (Estagiário)

Santa Maria, RS 10 de Julho 2015

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Universidade Federal de Santa Maria Colégio Politécnico da UFSM

Curso Técnico em Geoprocessamento

A Comissão Examinadora, abaixo assinada, Aprova a dissertação do relatório de estágio

ATIVIDADES TÉCNICAS REALIZADAS NA THOR MÁQUINAS E MONTAGEM LTDA.

elaborado por

William Araujo de Freitas

Como requisito parcial para obtenção do grau de

Técnico em Geoprocessamento

COMISSÃO EXAMINADORA:

Prof. Dr. Ana Caroline Benedetti

(Presidente/Orientadora)

Prof. Dr. Lúcio de Paula Amaral

Prof. Valmir Viera

Santa Maria, RS 10 de Julho 2015

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RESUMO

Relatório de Estágio Colégio Politécnico da UFSM

Universidade Federal de Santa Maria

ATIVIDADES TÉCNICAS REALIZADAS NA THOR MÁQUINAS E MONTAGEM LTDA.

AUTOR: WILLIAM ARAUJO DE FREITAS

ORIENTADORA: ANA CAROLINE PAIM BENEDETTI Santa Maria, 10 Julho de 2015.

O Estágio Supervisionado, de 200 horas, como requisito parcial para formação no Curso Técnico em Geoprocessamento do Colégio Politécnico da UFSM, foi desenvolvido na empresa Thor Máquinas e Montagem LTDA., localizada no município de Santa Maria no Rio Grande do Sul o objetivo foi a elaboração e criação de Leiautes no programa AutoCAD, tendo a finalidade de auxiliar no planejamento das atividades da empresa na fabricação de máquinas mecânicas. Foi possível ter uma experiência de trabalho e adquirir outros tipos de conhecimentos, que foram importantes para o mercado atual. Pode-se concluir que essa foi experiência de grande valia para uma maior consolidação de conhecimentos em um ambiente de trabalho, além do aprendizado de novas técnicas.

Palavras-chave. Leiaute. Desenho Técnico Mecânico. Desenho Assistido por Computador

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 8

1.1. Justificativa ................................................................................................................................ 8

1.2. Apresentação da Empresa...................................................................................................... 8

1.3. Objetivos do Estágio .............................................................................................................. 10

2. REVISÃO DE LITERATURA .................................................................................................... 10

2.1. Desenho Técnico .................................................................................................................... 11

2.1.1 Normas Brasileiras Regulamentadoras (NBR) utilizadas .................................................. 11

2.1.1.1. NBR 10647 - Desenho Técnico ......................................................................................... 11

2.1.1.2 NBR 10068 - Folha de desenho - Leiaute e dimensão ................................................... 13

2.1.1.3 NBR 10582 - Apresentação da folha para desenho técnico .......................................... 14

2.1.1.4 NBR 8196 - Desenho Técnico - Emprego de Escalas .................................................... 16

2.1.1.5 NBR 10067 Princípios Gerais de representação em desenho técnico ........................ 17

2.2. Desenho Auxiliado por Computador (CAD) ....................................................................... 19

2.2.1 Leiaute/ Planta baixa ............................................................................................................... 19

2.3 Banco de Dados ........................................................................................................................... 19

2.3.1 Dados x Informações ............................................................................................................... 20

2.3.2 Metadados ................................................................................................................................. 20

3. METODOLOGIA ......................................................................................................................... 21

4 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DAS ATIVIDADES REALIZADAS DURANTE O

ESTAGIO ............................................................................................................................................. 27

6 REFERÊNCIAS..................................................................................................25

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LISTA DE IMAGENS

Figura 1. Área da Thor ......................................................................................................................... 9

Figura 2. Área da Thor Georreferenciada ...................................................................................... 10

Figura 3 – Detalhe da NBR 10647. .................................................................................................. 12

Figura 4 – Detalhe da NBR 10068. .................................................................................................. 13

Figura 5 – Detalhe da NBR 10582. .................................................................................................. 15

Figura 6 – Detalhe da NBR 8196. ................................................................................................... 16

Figura 7. Detalhe da NBR 10067 ..................................................................................................... 17

Figura 8- Desenhos Exportados ...................................................................................................... 22

Figura 9 - Criação das Camadas ..................................................................................................... 22

Figura 10 - Área do Cliente ............................................................................................................... 23

Figura 11 - Alocação das Máquinas ................................................................................................ 23

Figura 12 - Criação das Vistas ......................................................................................................... 24

Figura 13 – Impressão ....................................................................................................................... 24

Figura 14 - Impressão. ....................................................................................................................... 25

Figura 15 - Selecionando a Área de Impressão ............................................................................ 25

Figura 16 - Impressão com a Legenda ........................................................................................... 26

Figura 17 - Impressão dos Cortes ................................................................................................... 26

Figura 18. Resultado Obtido ............................................................................................................. 27

Figura 19. Mapa de Risco ................................................................................................................. 28

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1 INTRODUÇÃO

O estágio foi realizado em turno contrário ao de aula, o mesmo foi realizado

nas dependências da empresa Thor Máquinas e Montagem LTDA., localizada na

estrada Francisco Viterbo Borges no Bairro Minuano, no município de Santa Maria,

RS, onde foi buscado aprofundar o uso do CAD, área a qual demostro maior

interesse.

1.1. Justificativa

O estágio foi uma oportunidade para agregarmais conhecimentos para a vida

pessoal e profissional. Foi capaz de mostrar que se pode aprender mais tendo

contato com profissionais da área do estágio.

No decorrer do estágio obteve-se um aprendizado muito importante sobre

como é trabalhar em uma empresa, como é difícil levar a ideia adiante e querer

crescer mais. Mas para ela crescer e ver a ideia evoluir não basta só os esforços dos

diretores e presidente e sim de funcionários querendo fazer um produto de ótima

qualidade.

Com esse processo podemos ver que fazer coisas novas podem nos tornar

pessoas novas, Piaget (1994):

"O principal objetivo da educaçãoé criar pessoas capazes de fazer coisas novas e

não simplesmente repetir o que as outras gerações fizeram" (PIAGET,1994, p. 136).

1.2. Apresentação da Empresa

A empresa foi fundada no ano de 1985 em Santa Maria e possui30 anos de

experiência na área metal mecânicos e automação, sendo hoje uma das referências

da América Latina no ramo, tendo diversas obras realizadas em todo o continente

americano, conta hoje com 200 funcionários e uma área construída de 9.000m².

Durante todos esses anos sempre manteve o seu alto padrão e qualidade nas suas

máquinas nas diversas áreas que atua: subprodutos de frigoríficos, mineração e

agregados, fertilizantes, fumageira, celulose e petroleiros. A Thor conta com muitos

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clientes “famosos” entre eles o grupo JBS S/A, o grupo Marfrig, Friboi, Frigorifico

Silva, Ecovix Engevix, Petrobrás, entre outros, No exterior também conta com muitos

clientes entre eles, Cencoprod (Paraguai), Avícola Sofia (Bolívia), CBH internacional

(EUA), Massalin (Argentina), todos pioneiros na suas áreas de atuação nos seus

respectivos países.

O estágio foi concedido no setor de engenharia de aplicação, A principal tarefa

foi a elaboração e criação de Leiautes com a ajuda das técnicas de Desenho

Técnico, com adição de conhecimentos específicos tais como criação de peças

mecânicas, e utilização de softwares específicos da empresa para auxiliar no

planejamento dos projetos propostos pela empresa, a seguir imagem de satélite da

empresa delimitada no Google Earth.

Figura 1. Área da Thor

Fonte: Google Earth (2015).

Na figura 2 temos a imagem de satélite da empresa já georreferenciada, para estudo

do uso da área, com o uso do Google Earth.

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Figura 2. Área da Thor Georreferenciada

Fonte: Google Earth n(2015).

1.3. Objetivos do Estágio

As atividades propostas pela empresa, para o desenvolvimento do estágio teve

o objetivo de utilizar CAD para as atividades realizadas pela empresa.

Entre eles encontram – se:

Realizar pesquisa de projetos anteriores em banco de dados de acervo;

Criar projetos;

Elaborara leiautes;

Elaboração do Mapa de Segurança da empresa;

Delimitação da área utilizada da empresa.

2. REVISÃO DE LITERATURA

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2.1. Desenho Técnico

O Desenho Técnico surgiu da necessidade de representar, com precisão,

máquinas, peças, ferramentas e outros instrumentos de trabalho, bem como

edificações de projetos de Engenharia e Arquitetura. A principal finalidade do

Desenho Técnico é a representação precisa, no plano, das formas do mundo

material, de modo a possibilitar a reconstituição espacial das mesmas. Assim,

constitui-se no único meio conciso exato e inequívoco para comunicar a forma dos

objetos (FERREIRA, 2008).

O Desenho Técnico é considerado como a linguagem gráfica universal da

Engenharia e Arquitetura. Da mesma forma que a linguagem verbal escrita exige

alfabetização, é necessário que haja treinamento específico para a execução e a

interpretação da linguagem gráfica dos desenhos técnicos, uma vez que são

utilizadas figuras planas (bidimensionais) para representar formas espaciais.

No seu contexto mais geral, o Desenho Técnico engloba um conjunto de

metodologias e procedimentos necessários ao desenvolvimento e comunicação de

projetos, conceitos e ideias. Para isso, faz-se necessária a utilização de um conjunto

constituído por linhas, números, símbolos e indicações escritas normalizadas

internacionalmente (FERREIRA, 2008).

2.1.1 Normas Brasileiras Regulamentadoras (NBR) utilizadas

2.1.1.1. NBR 10647 - Desenho Técnico

De acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT, 1987), o

objetivo desta normativa é definir os termos empregados em desenho técnico. A

norma define os tipos de desenho quanto aos seus aspectos geométricos (Desenho

Projetivo e Não-Projetivo), quanto ao grau de elaboração (Esboço, Desenho

Preliminar e Definitivo), quanto ao grau de pormenorização (Desenho de Detalhes e

conjuntos) e quanto à técnica de execução (À mão livre ou utilizando computador).

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Assim temos:

Desenho Projetivo–Desenho resultante de projeções do objeto sobre um ou mais

planos que fazem coincidir com o próprio desenho, compreendendo:

- Vistas ortográficas: figuras resultantes de projeções ortogonais, sobre planos

convenientemente escolhidos, de modo a representar, com exatidão, a forma do

mesmo com seus detalhes.

- Perspectivas: figuras resultantes de projeção isométrica ou cônica, sobre um único

plano, com a finalidade de permitir uma percepção mais fácil da forma do

objeto(ABNT, 1987).

Desenho Não Projetivo–Desenhos não subordinados à correspondência, por meio

de projeção, entre as figuras que constituem e o que é por ele representado,

compreendendo uma variedade de representações gráficas, tais como:

- Diagramas: desenhos nos quais valores funcionais são representados em um

sistema de coordenadas.

- Esquema: figura que representa não a forma dos objetos, mas as suas relações e

funções.

- Fluxogramas: representação gráfica de uma sequência de operações.

- Organograma: quadro geométrico que representa os níveis hierárquicos de uma

organização, ou de um serviço, e que indica os arranjos e as inter-relações de suas

unidades constitutivas(ABNT, 1987).

A figura 3 ilustra parte da NBR 10647.

Figura 3 – Detalhe da NBR 10647.

Fonte: Adaptado da ABNT (1987).

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2.1.1.2 NBR 10068 - Folha de desenho - Leiaute e dimensão

Conforme a ABNT (1987), esta norma padroniza as características

dimensionais das folhas em branco e pré-impressas a serem aplicadas em todos os

desenhos técnicos, além de apresentar o Leiaute da folha do desenho técnico. O

formato básico para desenhos técnicos é o retângulo de área igual a 1 m2 de lados

medindo 841mm x 1189 mm, isto é guardando entre si a mesma relação que existe

entre o lado de um quadrado e sua diagonal

=

. A partir deste formato,

denominado A0 derivam-se os demais formatos. A escolha do formato deve ser feita

de forma a não prejudicar a representação (clareza) do desenho, devendo-se

escolher formatos menores sempre que possível. As margens são limitadas pelo

contorno externo da folha e quadro. O quadro limita o espaço para o desenho. A

margem esquerda serve para ser perfurada e utilizada no arquivamento, por isso

tem dimensão maior que as margens restantes. Na figura 4 apresenta-se parte da

NBR 10068 na qual destaca-se o formato e as dimensões da folha de desenho.

Figura 4 – Detalhe da NBR 10068.

Fonte: Adaptado da ABNT (1987).

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A legenda é representada dentro da margem no canto inferior direito da folha.

A direção de leitura da legenda deve corresponder á do desenho. A legenda contém

informações sobre o desenho (título, escala, unidade dimensional utilizada, data de

realização do desenho, número de registro, etc.), nome da empresa proprietária,

nome do desenhista ou projetista, número da folha e total de folhas. A legenda

deveter 178 mm de comprimento nos formatos A4, A3, A2 e 175 mm nos formatos

A1 e A0. Nas folhas de formatos de série "A" devem ser executadas quatro marcas

de centros. Estas marcas devem ser localizadas no final das duas linhas de simetria

(horizontal e vertical) á folha (ABNT, 1988).

2.1.1.3 NBR 10582 - Apresentação da folha para desenho técnico

Segundo a ABNT (1988), esta norma fixa as condições exigíveis para a

localização e disposição do espaço para desenho, espaço para texto e espaço para

legenda, e respectivos conteúdos, nas folhas de desenhos técnicos.A folha para o

desenho deve conter:

a) espaço para desenho;

b) espaço para texto e,

c) espaço para legenda.

Os desenhos são dispostos na ordem horizontal e vertical. O desenho principal,

se houver, é colocado acima e à esquerda, no espaço para desenho. Os desenhos

são executados, se possível, levando em consideração o dobramento das cópias do

padrão de desenho, conforme formato A4.O espaço para texto deve conter as

seguintes informações mostradas também na figura 3:

a) explanação: informações necessárias a leitura de desenho tais como: símbolos

especiais, designação, abreviaturas e tipos de dimensões;

b) instrução: informações necessárias a execução do desenho. Quando são feitas

próximas a cada desenho e as instruções gerais são feitas no espaço para texto, tais

como: lista de material, estado de superfície, local de montagem e número de peças;

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c) referência: informações referentes a outros desenhos e/ou outros documentos;

A figura 5 ilustra parte da NBR 10582.

Figura 5 – Detalhe da NBR 10582.

Fonte: Adaptado da ABNT (1988).

A legenda é usada para informação, indicação e identificação do desenho e

deve ser traçada conforme a NBR 10068 (ABNT, 1987).

As informações contidas na legenda são conforme NBR 8196/1999:

a) designação da firma;

b) projetista, desenhista ou outro, responsável pelo conteúdo do desenho;

c) local, data e assinatura;

d) nome e localização do projeto;

e) conteúdo do desenho;

f) escala (conforme NBR 8196/1999);

g) número do desenho e da revisão: colocado no canto direito do padrão de desenho

h) designação da revisão

I) indicação do diedro

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2.1.1.4 NBR 8196 - Desenho Técnico - Emprego de Escalas

De acordo com a ABNT (1999), esta norma fixa as condições exigíveis para o

emprego de escalas e suas designações em desenhos técnicos.A designação

completa de uma escala deve consistir na palavra “ESCALA” ou a abreviatura ESC,

seguida da indicação da relação:

a) ESCALA 1:1, para escala natural, dimensão do objeto representado é igual

adimensão, 1:1;

b) ESCALA X:1, para escala de ampliação (X > 1), quando a dimensão do objeto no

desenho é maior que sua dimensão real, X:1, Ex.: 2:1, 5:1, 10:1;

c) ESCALA 1:X, para escala de redução (X > 1), quando a dimensão do objeto

representado no papel é menor que sua dimensão real, Ex.: 1:2, 1:5, 1:10.

A escala deve ser indicada na legenda da folha de desenho.A escolha da

escala é feita em função da complexidade e da finalidade do objeto a ser

representado. Devendo permitir uma interpretação fácil e clara da informação

representada.A escala e o tamanho do objeto ou elemento em questão são

parâmetros para a escolha do formato da folha de desenho. A figura 4 apresenta

recomendações quanto ao uso da escala, segundo a ABNT (1999).

A figura 6 ilustra parte da NBR 8196.

Figura 6 – Detalhe da NBR 8196.

Fonte: Adaptado da ABNT (1999).

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2.1.1.5 NBR 10067 Princípios Gerais de representação em desenho técnico

Segundo a ABNT (1995), esta norma fixa os princípios gerais de

representação em desenho técnico, contendo eles as vistas e o diedro, que vamos

falar em seguida:

- Tipo de vistas: A vista FRONTAL (F) é considerada a principal vista da peça. É

nela que, geralmente, ficam as informações mais importantes. Tal vista representa a

projeção obtida no plano vertical de projeção. Esta face fica localizada

aproximadamente no centro da épura. Esses dois fatores, juntamente com a relação

projetiva existente entre as faces, fazem com que ela seja referência para a

construção ou localização das outras. A vista SUPERIOR (S) se localiza abaixo da

vista frontal e a vista INFERIOR (I), se localiza acima. Seguindo o mesmo raciocínio

a vista LATERAL DIREITA (LD) fica à esquerda da vista frontal e a vista LATERAL

ESQUERDA (LE) fica à direita da vista frontal. A vista POSTERIOR (P) pode ficar ao

lado das vistas laterais ou acima da vista inferior ou ainda abaixo da vista superior.

A figura 7 traz um trecho da NBR.

Figura 7. Detalhe da NBR 10067.

Fonte: Adaptado da ABNT (1995).

- Diedros:

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O método desenvolvido por Monge consiste, primeiramente, na divisão do

espaço por meio de dois planos de projeção, um vertical e outro horizontal (fazendo

uma analogia às linha do Equador e o Meridiano de Greenwich). Os dois planos

juntos dividem o espaço em quatro semi espaços, chamados de diedros ("di" de dois

e "edros" de planos), cada diedro consiste no espaço existente entre dois semi

espaços. A linha de encontro ou interseção do plano horizontal com o plano vertical

chama-se linha de terra (LT).

- Primeiro e terceiro diedros :

No primeiro diedro, a face frontal do objeto, projeta-se no plano vertical

superior e a face superior projeta-se no plano horizontal anterior. Dessa maneira, a

ordem dos elementos da projeção é a seguinte: OBSERVADOR à OBJETO à

PLANO DE PROJEÇÃO. Outra consequência do posicionamento do objeto no

primeiro diedro é que cotas e afastamentos são positivos. É por essa razão que a

maioria das representações se faz localizando-se o objeto no primeiro diedro. Em

épura tem-se a face frontal representada acima da linha de terra e a face superior

representada abaixo da mesma linha. Quando isso acontece dizemos que o sistema

de apresentação das vistas adotado foi o Sistema Alemão ou Europeu.

Quando o objeto é localizado no terceiro diedro, ele passa a não mais estar

entre o observador e o plano de projeção. A ordem dos elementos da projeção

passa a ser a seguinte: OBSERVADOR à PLANO DE PROJEÇÃO à OBJETO. Essa

mudança faz com que a face frontal do objeto, seja projetada no plano vertical

inferior e a face superior é projetada no plano horizontal posterior. Quando se faz o

rebatimento do plano horizontal sobre o vertical para obter a épura teremos – agora

diferente do que ocorre no primeiro diedro – a face frontal abaixo e a face superior

acima da Linha de Terra. Quando o objeto é projetado no terceiro diedro ele se

enquadra no sistema Americano.

No Brasil, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que regula

todo tipo de padronização não só para a área da Geometria e do Desenho Técnico,

como também para outras as áreas do conhecimento, adota o Sistema Alemão. No

entanto, ela admite a utilização do Sistema Americano em determinadas áreas do

conhecimento. O Sistema Alemão, também conhecido como Sistema Europeu, tem

maior abrangência se comparado com o Sistema Americano de apresentação das

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vistas. A representação do objeto no terceiro diedro é mais rara, sendo utilizada,

sobretudo, na Inglaterra e nos Estados Unidos.

2.2. Desenho Auxiliado por Computador (CAD)

Desenho Auxiliado por Computador CAD é um tipo de linguagem de

computação gráfica usada na elaboração de desenhos técnicos onde o software

grava linhas como vetores, baseados em equações matemáticas. A sigla CAD vem

do inglês Computer Aided Designque em português significa “Desenho ou Projeto

Auxiliado por Computador”. É um sistema que funciona como uma prancheta virtual.

Podemos desenhar todo e qualquer tipo de elemento gráfico 2D (duas dimensões) e

3D (três dimensões), de qualquer área técnica: arquitetura, urbanismo, engenharias,

designs, mecânica, instalações, aeronaves, navios, peças de relógio ou de ônibus

espacial (ARAUJO, 2011).

2.2.1 Leiaute/ Planta baixa

O termo Leiaute no Brasil é usado como desenho, plano, amostra, arranjo

físico, esquema, exposição. A palavra vem do inglês, e descreve o estudo da

disposição e alocação das pessoas, móveis, ferramentas, maquinários ou áreas,

dento de uma metodologia aplicada, utilizada nas organizações com o objetivo de

aperfeiçoar os recursos disponíveis, ganhando agilidade, facilitando as atividades e

diminuindo os custos nos processos. Para uma maior compreensão sobre o termo

Leiaute, o ideal é entender o contexto onde o mesmo é aplicado, que pode ser

basicamente na área gráfica ou de logística (DIAS, 2006).

2.3 Banco de Dados

Existem vários tipos de banco de dados e eles estão presentes na nossa

vida há muito tempo, a lista telefônica, por exemplo, pode ser considerado um banco

de dados. Antigamente as empresas armazenavam informações em arquivos físicos,

mas o surgimento e evolução dos computadores possibilitaram o armazenamento de

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dados de modo digital. Assim os bancos de dados evoluíram e se tornaram o

coração de muitos sistemas de informação. Furtado (2013) define banco de dados

como sendo “coleções de dados interligados entre si e organizados para fornecer

informações”.

Um banco de dados é uma estrutura de dados organizada que permite a

extração de informações (FURTADO, 2013).

2.3.1 Dados x Informações

Muitos consideram dados e informações como palavras sinônimas, mas na

verdade não são. Para entender o que é um banco de dados é muito importante

saber a diferença entre essas duas palavras.

Dados são fatos brutos, em sua forma primária. E muitas vezes os dados

podem não fazer sentido sozinhos.

Informação consiste no agrupamento de dados de forma organizada para

fazer sentido, gerar conhecimento.

2.3.2 Metadados

Todo dado relativo a outro dado é chamado de metadados, um banco de dados

é formado por dado e metadados. Sem os metadados não seria possível organizar e

extrair informações de um banco de dados (FURTADO,2013).

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3. METODOLOGIA

A Thor Máquinas e montagem LTDA. é uma empresa de Santa Maria, onde

se desenvolve projetos metal mecânicospara diversas partes do mundo.Os projetos

tem no comando um engenheiro responsável por desenvolver as máquinas e levaras

mesmas a produção. Após isso são escolhidos o projetista e o responsável pelo

projeto na empresa, antes disso já tinha sido definido o produto para fabricação.

Após elaboração do projeto e definição das máquinas é passado para a engenharia

de aplicação definir o Leiaute do cliente que ira receber os equipamentos. É um

processo com muitos aprendizados e com alguns estresses obviamente, claro que

para levar uma empresa adiante precisa de muitos esforços.Os principais materiais

utilizados para ser realizado o processo foram:

Papel, caneta, trena, computador e software Autocad.

As atividades realizadas resumem-se nas etapas descritas a seguir:

Pesquisa de projetos anteriores: consistiu em uma pesquisa para agregar

valores ao novo projeto que será realizado.

Criação do projeto: desenvolvimento da máquina a ser vendida ao cliente

atendendo as suas necessidades.

Elaboração do Leiaute: nessa etapa é realizada a locação das máquinas

vendidas na planta do cliente indicando a melhor posição para ser realizado o

serviço oferecido pela Thor, em anexo um Leiaute modelo.

Primeiro é feito a medição da área industrial do cliente para auxiliar no

planejamento industrial da Thor e de seu cliente. Posteriormente, é pesquisado o

desenho das máquinas em um banco de dados. Os desenhos são exportados para

um único arquivo de CAD, como mostra a figura 8.

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Figura 8- Desenhos Exportados

Fonte: Adaptação da base de dados da Thor máquinas e montagem

Cada máquina tem sua Camada para identificação e informação, com isso

tornando mais ágil e fácil o processo de montagem da planta, conforme mostra a

figura 9.

Figura 9 - Criação das Camadas.

Fonte : Adaptação da base de dados da Thor máquinas e montagem

Agora é desenhada a área industrial do cliente, com uma Camada próprio, como mostra a figura 10.

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Figura 10 - Área do Cliente

Fonte: Adaptação da base de dados da Thor máquinas e montagem.

Os dados foram fornecidos pelo cliente, ou retirados através de visitas técnicas

na empresa o cliente, acontece as vezes de ter viagens internacionais para realizar

o serviço.

As máquinas foram alocadas na área do cliente. Nesse caso do exemplo o

cliente irá fazer uma ampliação da sua área de produção (criado outro

Camada),como mostra a figura 11.

Figura 11 - Alocação das Máquinas

Fonte: Adaptação da base de dados da Thor máquinas e montagem.

Foram criados “cortes” na planta para melhor visualização da área em outras vistas, ajuda num melhor planejamento da área a ser realizado o trabalho, como mostra a figura 12.

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Figura 12 - Criação das Vistas

Fonte: Adaptação da base de dados da Thor máquinas e montagem.

Então para imprimir esse projeto vamos ao application menu (o [A] vermelho)

em seguida em print e escolher a opção plot., onde vamos escolher a impressora,

papel, escala e etc., Como mostra a figura 13 e a figura 14.

Figura 13 – Impressão.

Fonte: Adaptação da base de dados da Thor máquinas e montagem

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Figura 14 - Impressão.

Fonte: Adaptação da base de dados da Thor máquinas e montagem

Em Whattoplot: Área de impressão é escolhidoa opção windows e selecione na

tela a área que será impressa, como mostra a figura 15.

Figura 15 - Selecionando a Área de Impressão.

Fonte: Adaptação da base de dados da Thor máquinas e montagem

É feita a impressão de todas as vistas da planta, criado legenda para melhor

identificação da planta assim como anotações na mesma, como mostra a figura 16.

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Figura 16 - Impressão com a Legenda.

Fonte: Adaptação da base de dados da Thor máquinas e montagem

A impressão dos cortes na planta é realizada como mostra a figura 17.

Figura 17 - Impressão dos Cortes.

Fonte: Adaptação da base de dados da Thor máquinas e montagem

Após o termos o resultado obtido pronto, a planta é passada para o cliente

aprovar e com isso se encerra uma parte do processo de fabricação das máquinas

vendidas pela Thor para as diversas partes do mundo.

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4 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DAS ATIVIDADES REALIZADAS

DURANTE O ESTAGIO

A expectativa era ter conhecimentos em todas as áreas da empresa. Como a

empresa era dividida em setores era necessário saber o que se fazia em cada setor,

para ter no final do processo o objetivo concluído.

Todo esse aprendizado só ajuda a crescer como pessoa e na carreira. É muito

importante querer crescer e aprender mais para evoluir na vida assim vai se

adquirindo novos conhecimentos.

Alguns dos resultados obtidos durante o estágio estão representados na figura

18 e na figura 19.

Planta baixa para planejamento da alocação de máquinas em uma área

indústria nova.

Figura 18. Resultado obtido.

Fonte: Adaptação da base de dados da Thor máquinas e montagem

Mapa de risco da empresa, onde é usado pelo setor de segurança do trabalho e

CIPA para controlar e cuidar os acidentes de trabalho, que podem acontecer na

empresa durante o expediente e também fora dele.

A figura 19 mostra o mapa de risco da empresa

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Figura 19 - Mapa de Risco

Fonte: Adaptação da base de dados da Thor máquinas e montagem

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5 CONCLUSÃO

No final do estágio foi possível observar que todos os objetivos foram

alcançados. Houve dificuldades na parte de elaboração de Leiautes por ser uma

área que necessita conhecimento especifico e praticas avançadas de Auto Cad.

Foram aproveitados ao máximo todos os aprendizados e oportunidades oferecidas

foram cumpridas as metas de projeto e criação de Leiautes.

Com os resultados obtidos ao final do processo temos convicção clara de que

as disciplinas tratadas durante o curso foram suficientes para realizar as exigências

da empresa em relação o estágio, o mesmo que foi realizado sem problemas por

parte do estudante e a concedente.

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6 REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Desenho técnico:

NBR10647.Rio de Janeiro.1989

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Folha de desenho: Leiaute e

dimensões: NBR10068. Rio de Janeiro.1987

.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Apresentação da folha para

desenho: NBR10582. Rio de Janeiro.1988

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Desenho técnico: Emprego

de escalas: NBR8196.Rio de Janeiro.2000

CENTRO UNIVERSITARIO CENTRAL PAULISTA. Disponível em:

<http://www.unicep.edu.br/biblioteca/docs/engenhariacivil/NBR%2010647%20-

%20Desenho%20Tecnico.pdf>. Acesso em 30 junho. 2015. (Dias, 2006)

DICAS DE PROGRAMAÇÃO. Disponível em:

<http://www.dicasdeprogramacao.com.br/o-que-e-um-banco-de-dados> Acesso em

30 junho. 2015.(Furtado, 2013)

INSTITUTO FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE. Disponível em:

<http://docente.ifrn.edu.br/albertojunior/disciplinas/nbr-10068-folha-de-desenho-

leiaute-e-dimensoes>. Acesso em 30 Jun.2015

Jean Piaget O Juízo Moral na Criança. Brasil: São Paulo, 1994. 136 p.

MARKETING FUTURO. Disponível em: <http://marketingfuturo.com/o-que-e-Leiaute-

conceito-e-definicao>Acesso em 30 Jun. 2015.

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FERREIRA, R.C.Apostila de Circulação interna da Escola de Agronomia e

Engenharia de Alimentos, UFG. 2008.