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Sistema Solar – Os planetas Gigantes Gasosos JÚPITER Júpiter é o quinto planeta a contar do Sol e de longe o maior. Tem mais do dobro da massa de todos os outros planetas juntos (318 vezes a massa da Terra). Júpiter (também conhecido como Jove; o deus Grego era Zeus) era o Rei dos Deuses, o governante do Olímpio e o protetor do estado Romano. Zeus era o filho de Cronus (Saturno). Júpiter é o 4.º objeto mais brilhante do céu (depois do Sol, da Lua e de Vênus; por vezes Marte é mais brilhante). É conhecido desde tempos pré-históricos, mas como uma "estrela errante". Em 1610, quando Galileu aponta pela primeira vez um telescópio ao céu, observa as 4 grandes luas de Júpiter: Io, Europa, Ganimedes e Calisto (agora conhecidas como as luas Galileanas). Foi um grande passo a favor da teoria heliocêntrica do movimento dos planetas de Copérnico (em conjunto com outras evidências observadas no seu telescópio: as fases de Vênus e as montanhas na Lua). O sincero apoio da teoria Copernicana dado por Galileu causou-lhe muitos apuros com a Inquisição. Hoje em dia qualquer pessoa pode repetir as observações de Galileu (e sem medo de qualquer espécie de retribuição) usando simples binóculos ou um pequeno telescópio. Júpiter foi pela primeira vez visitado pela Pioneer 10 em 1973 e mais tarde pela Pioneer 11, pela Voyager 1, 2 e pela Ulisses. A sonda Galileu orbitou Júpiter durante 8 anos, terminando o seu serviço em Setembro de 2003. É ainda observado regularmente pelo Telescópio Espacial Hubble. Os planetas gasosos não têm superfícies sólidas, o seu material gasoso simplesmente fica mais denso de acordo com a profundidade (o raio e os diâmetros dos planetas são para os níveis correspondentes a uma pressão de 1 atmosfera), podendo assumir forma liquida abaixo das nuvens. O que vemos quando olhamos para estes planetas é o topo das nuvens nas suas atmosferas (um pouco acima do nível de uma atmosfera).

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Sistema Solar – Os planetas Gigantes Gasosos

JÚPITERJúpiter é o quinto planeta a contar do Sol e de longe o maior. Tem mais do dobro da massa de todos os outros planetas juntos (318 vezes a massa da Terra).

Júpiter (também conhecido como Jove; o deus Grego era Zeus) era o Rei dos Deuses, o governante do Olímpio e o protetor do estado Romano. Zeus era o filho de Cronus (Saturno).

Júpiter é o 4.º objeto mais brilhante do céu (depois do Sol, da Lua e de Vênus; por vezes Marte é mais brilhante). É conhecido desde tempos pré-históricos, mas como uma "estrela errante". Em 1610, quando Galileu aponta pela primeira vez um telescópio ao céu, observa as 4 grandes luas de Júpiter: Io, Europa, Ganimedes e Calisto (agora conhecidas como as luas Galileanas). Foi um grande passo a favor da teoria heliocêntrica do movimento dos planetas de Copérnico (em conjunto com outras evidências observadas no seu telescópio: as fases de Vênus e as montanhas na Lua). O sincero apoio da teoria Copernicana dado por Galileu causou-lhe muitos apuros com a Inquisição. Hoje em dia qualquer pessoa pode repetir as observações de Galileu (e sem medo de qualquer espécie de retribuição) usando simples binóculos ou um pequeno telescópio.

Júpiter foi pela primeira vez visitado pela Pioneer 10 em 1973 e mais tarde pela Pioneer 11, pela Voyager 1, 2 e pela Ulisses. A sonda Galileu orbitou Júpiter durante 8 anos, terminando o seu serviço em Setembro de 2003. É ainda observado regularmente pelo Telescópio Espacial Hubble.

Os planetas gasosos não têm superfícies sólidas, o seu material gasoso simplesmente fica mais denso de acordo com a profundidade (o raio e os diâmetros dos planetas são para os níveis correspondentes a uma pressão de 1 atmosfera), podendo assumir forma liquida abaixo das nuvens. O que vemos quando olhamos para estes planetas é o topo das nuvens nas suas atmosferas (um pouco acima do nível de uma atmosfera).

Júpiter tem cerca de 90% de hidrogênio e 10% de hélio com traços de metano, água, amônia e "rocha". Esta é uma composição muito parecida com a Nuvem Primordial da qual o Sistema Solar foi formado. Saturno tem uma

composição semelhante, mas Urano e Netuno têm muito menos hidrogênio e hélio.

O nosso conhecimento do interior de Júpiter (e dos outros planetas gasosos) é altamente indireto e provavelmente assim continuará durante algum tempo (os dados atmosféricos da Galileu vão somente até uma profundidade de cerca de 150 km por baixo do topo das nuvens).

Júpiter tem provavelmente um núcleo de material rochoso, com a massa de 10 a 15 Terras.

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Acima do núcleo fica a maior parte do planeta na forma de hidrogênio líquido e a fonte do campo magnético de Júpiter. Esta camada provavelmente contém também algum hélio e traços de vários "gelos".

A camada exterior é composta principalmente de hidrogênio gasoso comum e de hélio que é líquido no interior e gasoso mais para fora. A atmosfera que vemos é apenas o topo desta camada profunda. Água, dióxido de carbono, metano e outras moléculas simples também estão presentes, embora em pequenas quantidades.

Pensa-se que existam três camadas distintas de nuvens, consistindo de gelo de amônia, hidrossulfato de amônia e uma mistura de gelo e água. No entanto, os resultados preliminares da sonda Galileu mostram apenas tênues indicações de nuvens (um instrumento parece ter detectado a camada mais externa, enquanto outro poderá ter visto a segunda). Mas o ponto de entrada da sonda era incomum, observações a partir de telescópios terrestres e estudos mais recentes da Galileu sugerem que o ponto de entrada da sonda poderá ter sido uma região das mais quentes e vazias porções de nuvens de Júpiter àquela altura.

Dados da sonda atmosférica da Galileu indicam também que existe muito menos água do que se pensava. Esperava-se que a atmosfera de Júpiter contivesse cerca do dobro da quantidade de oxigênio (combinado com o abundante hidrogênio para fazer água) do Sol. Mas parece agora que a concentração atual é muito menor que a do Sol. Também surpreendente é a alta temperatura e densidade das partes mais altas da atmosfera do planeta.

Júpiter e os outros planetas gasosos têm ventos de grande velocidade. As suas diferentes cores são devidas a diferenças químicas e de temperatura entre as mesmas. As bandas mais claras são chamadas zonas; as mais escuras são as cinturões (veja as faixas de nuvens na figura da pagina anterior). A sua atmosfera é também bastante turbulenta. Isto indica que os ventos de Júpiter são na sua maioria devido ao aquecimento interno, e não pela energia que recebem do Sol tal como na Terra.

As cores correlacionam-se com a altitude das nuvens: as azuis são mais baixas, seguidas das castanhas e brancas, sendo as vermelhas as mais altas. Por vezes vemos as camadas mais baixas através de buracos nas mais altas.

A Grande Mancha Vermelha tem sido vista por observadores na Terra durante mais de 300 anos (a sua descoberta é normalmente atribuída a Cassini, ou a Robert Hooke no século XVII). Tem uma forma oval com 12000 km por 25000 km, grande o suficiente para caber duas Terras. Outras manchas menores, mas parecidas, são conhecidas há

décadas. Saturno e Netuno também têm regiões deste tipo. Não se sabe como é que estas conseguem durar tanto tempo.

Júpiter irradia mais energia para o espaço do que recebe do Sol. O interior de Júpiter é quente: o núcleo está provavelmente a uma temperatura de 20000°C. Saturno e Netuno são parecidos com Júpiter neste aspecto, mas ao contrário do que se esperava, Urano não o é.

Júpiter é tão grande em diâmetro como um planeta gasoso pode ser. Se mais material fosse adicionado, iria ser comprimido pela gravidade de tal modo que o raio total iria

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aumentar apenas um pouco. Uma estrela pode ser maior apenas por causa da sua fonte de energia (nuclear) interna (Júpiter teria que ser pelo menos 80 vezes mais massivo para se tornar numa estrela).

Júpiter tem um grande campo magnético, muito mais forte que o da Terra. A sua magnetosfera estende-se a mais de 650 milhões de quilômetros (chega a passar a órbita de Saturno!). (Note que a magnetosfera de Júpiter está longe de ser esférica -- estica-se "apenas" uns poucos milhões de quilômetros na direção do Sol). Sendo assim, as luas de Júpiter situam-se dentro da sua magnetosfera, um fato que poderá explicar parcialmente o porquê de haver tanta atividade em Io. Infelizmente para os futuros viajantes planetários, e para os cientistas que conceberam as sondas Galileu e Voyager, o ambiente em volta de Júpiter contém grandes níveis de partículas energéticas apanhadas pelo campo magnético. Esta "radiação" é semelhante, embora muito mais intensa, à encontrada dentro do Cinturão de Van Allen da Terra. Seria imediatamente fatal para um ser humano sem proteção.

A sonda atmosférica da Galileu descobriu um novo e intenso cinturão de radiação entre os anéis de Júpiter e as camadas atmosféricas mais altas. Este novo cinturão tem aproximadamente dez vezes a radiação do cinturão de Van Allen em torno da Terra.

Júpiter tem anéis tal como Saturno, mas muito mais tênues e pequenos. Foi uma descoberta totalmente inesperada e apenas vistos quando dois dos cientistas da Voyager 1 insistiram que depois de viajar bilhões de quilômetros, pelo menos valeria a pena espreitar para ver se existiriam alguns. Todos os outros pensavam que não haveria qualquer possibilidade de encontrá-los, mas ali estavam. Foram desde aí vistos em infravermelho a partir de telescópios terrestres e pela Galileu.

Ao contrário dos anéis de Saturno, os anéis de Júpiter são escuros. São provavelmente compostos de partículas muito pequenas de material rochoso. Também não parecem conter gelo.

As partículas nos anéis de Júpiter parecem não ficar lá durante muito tempo (devido ao puxão atmosférico e magnético). A sonda Galileu encontrou provas de que os anéis estão continuamente a ser "alimentados" através de impactos de micro meteoros nas quatro luas interiores de Júpiter.

Em Julho de 1994, o Cometa Shoemaker-Levy 9 colidiu com Júpiter, o que permitiu aos astrônomos recolher resultados espetaculares. Os efeitos foram claramente visíveis até com telescópios amadores. Os detritos da colisão foram visíveis durante quase um ano através do Telescópio Espacial Hubble.

Em 2000, a sonda Cassini, a caminho de Saturno, passou por Júpiter e registrou algumas das imagens mais detalhadas jamais obtidas do planeta. Em 2007, Júpiter foi brevemente visitado pela sonda New Horizons, a caminho de Plutão.

No céu noturno, Júpiter é freqüentemente a "estrela" mais brilhante (fica apenas em segundo lugar, a seguir a Vênus). As quatro luas de Galileu são também facilmente visíveis com binóculos; algumas faixas de nuvens e a Grande Mancha Vermelha podem ser vistas com um pequeno telescópio.

Júpiter tem 66 satélites conhecidos (até Julho de 2012): as quatro grandes Luas de Galileu, outros 34 menores, e as restantes foram descobertas recentemente e ainda não têm nome. Os satélites de Júpiter tem nomes de outras figuras da vida de Zeus (muitas vezes as suas numerosas amantes). Entre os satélites mais conhecidos de Júpiter temos: Métis, Adrástea, Amalteia, Tebe, Io, Europa, Ganimedes, Calisto, Leda, Himalia, Lisitea, Elara, Ananke, Carme, Pasifaé e Sinope.

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DATAS IMPORTANTES

1610 O astrônomo italiano Galileu Galilei descobre quatro luas orbitando Júpiter (Io, Europa, Ganimedes e Calisto - os satélites galileanos).

1973 A Pioneer 10, a primeira sonda a alcançar Júpiter, passa a 130,354 km do topo exterior das suas nuvens.

1974 A Pioneer 11 passa a 43,000 km do topo das nuvens de Júpiter, tirando as primeiras imagens das regiões polares.

1979 A Voyager 1 passa 350,000 km do centro de Júpiter e descobre um ténue sistema de anéis e três luas.

1979 A Voyager 2 passa a 650,000 km do centro de Júpiter, providenciando imagens detalhadas do anel joviano e do vulcanismo de Io.

1992 A sonda Ulisses usa a gravidade de Júpiter para entrar na órbita polar do Sol.1994 O Cometa Shoemaker-Levy 9 colide com Júpiter, permitindo aos cientistas estudar com extremo

detalhe este acontecimento através do Hubble. Há quem diga que este foi o evento astronômico mais importante do século XX.

1995 A sonda Galileu chega a Júpiter; a sonda atmosférica enviada pela Galileu sobrevive a uma profundidade de pressão de 23 bars.

1995-2003 A Galileu orbita o sistema de Júpiter, estudando o planeta, anéis, satélites e magnetosfera.2000-2001 A sonda Cassini observa Júpiter enquanto se dirige para Saturno.

Saturno

Saturno é o sexto planeta a partir do Sol e o segundo maior do Sistema Solar atrás de Júpiter. Nomeado pelo deus romano da agricultura, seu símbolo astronômico (♄) representa a foice da divindade. Saturno é um planeta gasoso com um raio aproximadamente nove vezes maior que o da Terra. Apesar de ter apenas um oitavo da densidade da Terra, sua massa é 95 vezes maior.

O interior de Saturno é provavelmente formado por um núcleo de ferro, níquel e rocha (composto de silício e oxigênio), uma camada intermediária de hidrogênio e hélio líquido e um exterior gasoso. Saturno tem um interior muito quente, alcançando 11700 °C no núcleo, e o planeta irradia 2.5 vezes mais energia no espaço do que recebe do Sol. O planeta possui um tom amarelo claro por causa dos cristais de amônia em sua atmosfera superior. Seu campo magnético planetário é mais fraco que o da Terra, porém 580 vezes maior por causa de seu tamanho. A força do campo magnético de Saturno é por volta de um vigésimo do de Júpiter.

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Sua atmosfera exterior é suave e com poucos contrastes, apesar de características de longa duração podendo aparecer. O vento pode chegar a uma velocidade de 1800 km/h, mais rápidos que os de Júpiter, porém menores que os de Netuno. A atmosfera de Saturno tem um padrão de faixas escuras e claras, similar as de Júpiter embora a distinção entre ambas esteja muito menos nítida no caso de Saturno. A atmosfera contém principalmente os gases: Hidrogênio, hélio e metano. As nuvens superiores são formadas provavelmente por cristais de amônia. Neles uma névoa uniforme parece estender sobre todo o planeta.

Assim como Júpiter, ocasionalmente formam-se tempestades na atmosfera de Saturno, algumas poderiam ter sido observadas da Terra. Em 1990 pôde ser observada uma gigantesca nuvem branca no equador de Saturno que foi associada à formação de uma grande tempestade.

Saturno gira em torno do Sol em uma distância media de 1,418 bilhões de quilômetros. O período da translação em torno do sol completa a cada 29 anos e 167 dias. O período de rotação em seu eixo é curto, de 10 horas e 14 minutos, com algumas variações entre o equador e os pólos.

Saturno possui um proeminente sistema de anéis que consiste em nove anéis principais contínuos e três arcos descontínuos, compostos principalmente de partículas de gelo com uma quantidade menor de detritos rochosos e poeira. Estendem-se a cerca de 280 mil quilômetros de diâmetro, não ultrapassam 1,5 km de espessura. A origem dos anéis é desconhecida. Originalmente pensou-se que teriam tido origem na formação dos planetas há cerca de 4 bilhões de anos, mas estudos recentes apontam para que sejam mais novos, tendo apenas algumas centenas de milhões de anos. Alguns cientistas acreditam que os anéis se formaram a partir de uma colisão que ocorreu perto do planeta ou com o planeta. Pensa-se que os anéis de Saturno desaparecerão um dia, daqui cerca de 100 milhões de anos, pois vão sendo lentamente puxados para o planeta. Os anéis podem mudar de cor.

Saturno tem 62 satélites conhecidos, dos quais 53 possuem um nome oficial. Isso não inclui centenas de "pequenos satélites" compreendendo os anéis. Os seus maiores satélites, conhecidos antes do começo da exploração espacial, são: Mimas, Encélado, Tétis, Dione, Reia, Titã, Hipérion, Jápeto e Febe. Titã, seu maior satélite e o segundo maior do Sistema Solar, é maior que o planeta Mercúrio e o único satélite que possui uma atmosfera espessa.

A sonda Cassini-Huygens em junho de 2004 fotografou o que são considerados mais dois satélites de Saturno, que foram batizados de Methone e Pallene.

Encélado e Titã são mundos especialmente interessantes para os cientistas planetários, primeiramente pela existência de água líquida a pouca profundidade de sua superfície, com a emissão de vapor da água gêiser. Em segundo porque possui uma atmosfera rica do metano, bem similar a da terra primitiva.

O sistema de satélites maiores de Saturno, que vai até Jápeto, se espalha por cerca de 3,5 milhões de km, enquanto Febe, um satélite menor, faz parte de um sistema de satélites irregulares externos e se localizam a cerca de 12,9 milhões de km do planeta.

Visto da terra, Saturno aparece como um objeto amarelado, um dos mais brilhantes no céu noturno. Observado através de telescópio, os anéis são relativamente fáceis de ver.

Três naves espaciais norte-americanas ampliaram enormemente o conhecimento do sistema de Saturno: a sonda Pionner 11, as Voyager 1 e a 2, que sobrevoaram o planeta em setembro 1979, novembro de 1980 e em agosto de 1981, respectivamente.

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Em outubro de 1997 foi lançada a sonda espacial Cassini, com destino a Saturno, que incluiu também a sonda Huygens para explorar Titã, uma das luas do planeta. Sendo um projeto de grande interesse da NASA em colaboração com a Agência Espacial Européia e a Agência Espacial Italiana. Após uma viagem de quase sete anos, está previsto que a Cassini recolha dados em Saturno e em seus satélites durante quatro anos. Em outubro de 2002 a sonda obteve sua primeira fotografia do planeta, tomada a uma distância de 285 milhões quilômetros, na qual aparece também Titã. Em junho de 2004 a Cassini voou sobre Febe, outro satélite de Saturno (o mais afastado), obtendo imagens espetaculares de sua superfície, repleta de crateras. Em julho do mesmo ano, a sonda entrou na órbita de Saturno. Em janeiro de 2005 a sonda Huygens cruzou a atmosfera de Titã e alcançou sua superfície, enviando dados para terra e imagens do interessante satélite.

DATAS IMPORTANTES

1610 Galileu Galilei observa através de seu telescópio o anel de Saturno.

1655 Titã foi descoberto pelo astrônomo holandês Christiaan Huygens.1659 Huygens observa com maior claridade os anéis de Saturno e descreve sua verdadeira aparência.

1789 As luas Mimas e Encélado são descobertas por William Herschel.1980 Acelerada pelo campo gravitacional de Júpiter, a sonda Voyager 1 alcança Saturno em 12 de

novembro a uma distância de 124.200 quilômetros. Nesta ocasião descobriu estruturas complexas no sistema de anéis do planeta e obteve dados da atmosfera de Saturno e sua maior lua, Titã a uma distância de menos de 6500 quilômetros.

1982 A sonda Voyager 2 aproxima-se de Saturno.

2004 A sonda Cassini-Huygens alcança Saturno. Transformando-se no primeiro veículo espacial a orbitar o planeta distante e em aproximar-se de seus anéis. A missão está programada para concluir no final do ano 2009.

URANOUrano é o sétimo planeta a contar do Sol e o terceiro maior (em diâmetro). Urano é maior em diâmetro, mas com menor massa que Netuno.

Urano era a antiga divindade grega dos Céus, o deus supremo mais antigo. Urano era filho e companheiro de Gaia, pai de Cronus (Saturno), dos Ciclopes e Titãs (antecessores dos deuses do Olímpio).

Urano foi o primeiro planeta a ser descoberto nos tempos modernos por William Herschel, enquanto pesquisava o céu com o seu telescópio a 13 de Março de 1781. Na realidade já o tinha observado muitas vezes antes porem tinha-o ignorado como se fosse simplesmente outra estrela. Herschel deu-lhe o nome de "Georgium Sidus" (o planeta Georgiano) em honra ao seu benfeitor, o Rei George III de Inglaterra; outros chamavam-lhe "Herschel". O nome "Urano" foi pela primeira vez proposto por Bode em conformidade com os outros nomes dos planetas da mitologia clássica começando a ser usado em 1850.

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Urano foi apenas visitado por uma sonda, a Voyager 2 no dia 24 de Janeiro de 1986.

O eixo de Urano é muito mais inclinado que os dos outros planetas. Na ocasião da passagem da Voyager 2, o pólo Sul de Urano estava apontado quase diretamente ao Sol. Isto resulta no fato estranho de as regiões polares de Urano receberem mais energia do Sol do que as regiões equatoriais. Urano é, no entanto mais quente no seu equador do que nos pólos.

Urano é composto principalmente por rocha e por vários gelos, com apenas cerca de 15% de hidrogênio e um pouco de hélio (em contraste com Júpiter e Saturno que são na sua maioria hidrogênio). Urano (e Netuno) são em muitas maneiras similares aos núcleos de Júpiter e Saturno menos o invólucro líquido de hidrogênio. Parece que Urano não tem um núcleo rochoso como Júpiter e Saturno, mas sim um material mais ou menos distribuído uniformemente.

A atmosfera de Urano é cerca de 83% hidrogênio, 15% hélio e 2% metano.

Tal como os outros planetas gasosos, Urano tem bandas de nuvens que sopram a altas velocidades. Mas são

extremamente tênues, visíveis apenas com reforços radicais nas imagens da Voyager 2. Observações com o Telescópio Espacial Hubble mostram riscas maiores e mais pronunciadas. Mais observações com o Hubble evidenciam ainda mais atividade. Urano já não é o suave e chato planeta que a Voyager viu! Parece agora claro que as diferenças são devidas a efeitos sazonais dado que o Sol está agora numa latitude uraniana mais baixa, o que pode aumentar os efeitos meteorológicos entre o dia/noite. Em 2007 o Sol irá estar diretamente sobre o equador de Urano.

A cor azulada de Urano é o resultado da absorção de luz vermelha do metano nas camadas superiores da atmosfera. Podem existir bandas coloridas tal como em Júpiter, porem estão escondidas da vista pela camada superior de metano.

Tal como os outros planetas gasosos, Urano tem anéis. E tal como Júpiter, são muito escuros, mas como os de Saturno, são compostos na sua maioria por grandes partículas até 10 metros em diâmetro, sem contar com partículas de pó fino. Existem 11 anéis conhecidos, todos muito finos. Os anéis uranianos foram os primeiros a ser descobertos depois dos de Saturno. Esta descoberta foi de uma considerável importância dado que não sabíamos que os anéis são uma característica comum dos planetas, não uma particularidade de Saturno apenas.

A Voyager 2 descobriu 10 pequenas luas em adição às 5 grandes já conhecidas, Ariel, Umbriel, Titânia, Oberon e Miranda. É provável que existam satélites menores dentro dos anéis.

O campo magnético de Urano é estranho, pois não está centrado no centro do planeta e está inclinado quase 60 graus com respeito ao eixo de rotação.

Urano é por vezes visível a olho nu, mas é muito difícil; é fácil observá-lo de binóculos (se soubermos exatamente para onde olhar). Um pequeno telescópio irá vê-lo como um pequeno disco. Existem vários websites que mostram a posição atual de Urano (e dos outros planetas) no céu.

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Urano tem 27 satélites: 21 já com nome e outros 6 ainda sem nome. Ao contrário dos outros corpos do sistema solar que têm nomes da mitologia clássica, as luas de Urano têm os seus nomes derivados da literatura de Shakespeare e Pope. Formam três classes distintas: os 11 interiores menores e escuros descobertos pela Voyager 2, os 5 maiores, e os descobertos mais recentemente e mais distantes.

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DATAS IMPORTANTES

1781 Sir William Herschel descobre Urano.1787 Sir William Herschel descobre Titânia e Oberon.

1851 William Lassell descobre Ariel e Umbriel.1948 Gerald Kuiper descobre Miranda.

1977 James Elliot e outros descobrem seis anéis; os astrônomos no Observatório de Perth descobrem outros três anéis.

1986 A sonda Voyager 2 descobre 10 pequenas luas e mais 2 anéis, detecta um campo magnético e mede a duração do dia uraniano.

1998 O Telescópio Espacial Hubble observa nuvens em Urano e a oscilação dos anéis.

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NETUNONetuno é o oitavo planeta a contar do Sol e o quarto maior (em diâmetro). Netuno é menor em diâmetro, mas maior em massa que Urano.

Na mitologia Romana, Netuno (Grega: Poseidon) era o deus dos mares.

Depois da descoberta de Urano, notou-se que a sua órbita não estava em concordância com as leis de Newton. Foi mais tarde previsto que outro planeta mais distante deveria estar perturbando a órbita de Urano. Netuno foi pela primeira vez observado por Galle e d'Arrest a 23 de Setembro de 1846, muito perto das localizações previstas por Adams e Le Verrier a partir de cálculos baseados nas posições observadas de Júpiter, Saturno e Urano. Nasceu uma disputa internacional entre os Ingleses e os Franceses (embora não entre Adams e Le Verrier pessoalmente) sobre a prioridade e o direito de dar o nome ao novo planeta; pois foram eles os descobridores oficiais de Netuno. Observações subseqüentes mostraram que as órbitas de Adams e Le Verrier divergem da órbita real de Netuno com razoável rapidez. Se a procura do planeta tivesse ocorrido mais cedo ou mais tarde, não teria sido encontrado nem perto do local previsto.

Mais de dois séculos antes, em 1613, Galileu observou Netuno quando esteve muito perto de Júpiter, mas pensou que fosse apenas uma estrela. Em duas noites sucessivas o astrônomo notou que se tinha movido em relação a outra estrela vizinha. Mas nas noites seguintes estava já fora do seu campo de visão. Se o tivesse observado nas noites anteriores, o movimento de Netuno ter-lhe-ia sido óbvio. Mas, infelizmente, o céu nublado impediu-o de observar nesses dias críticos.

Netuno foi apenas visitado por uma sonda, a Voyager 2 a 25 de Agosto de 1989. Muito do que sabemos acerca de Netuno vem apenas deste único encontro. Mas felizmente, observações terrestres e com o Telescópio Espacial Hubble têm proporcionado mais dados de estudo.

A composição de Netuno é provavelmente similar à de Urano: vários "gelos" e rocha com cerca de 15% de hidrogênio e um pouco de hélio. Tal como Urano, mas ao contrário de Júpiter e Saturno, poderá não ter camadas internas distintas, mas sim uma estrutura mais ou menos uniforme em composição. É também mais provável ter um núcleo pequeno (com aproximadamente a massa da Terra) de material rochoso. A sua atmosfera é principalmente formada por hidrogênio e hélio, com pequenas quantidades de metano.

A cor azul de Netuno é largamente o resultado da absorção da luz vermelha pelo metano na atmosfera, mas poderão existir ainda outros elementos por identificar que dão às suas nuvens o rico tom azul.

Como um típico planeta gasoso, Netuno tem ventos rápidos confinados a bandas de latitude e grandes tempestades ou vórtices. Os ventos de Netuno são os mais rápidos do Sistema Solar, chegando aos 2000 km/h.

E, tal como Júpiter e Saturno, Netuno tem uma fonte interna de calor -- emite mais do dobro da energia que recebe do Sol.

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Na altura do encontro com a Voyager 2, a característica mais proeminente em Netuno era a Grande Mancha Escura no hemisfério Sul. Tem cerca de metade do tamanho da Mancha Vermelha de Júpiter (mais ou menos o mesmo diâmetro da Terra). Os ventos de Netuno empurravam a Mancha para Oeste a 300 metros por segundo. A sonda também observou outra mancha menor no hemisfério Sul e uma pequena nuvem irregular que percorre Netuno em cada 16 horas, agora conhecida como "scooter" (ou trotinete). Esta nuvem pode ser uma pluma subindo a partir das partes mais baixas da atmosfera, mas a sua verdadeira natureza permanece um mistério.

No entanto, observações com o Hubble em 1994 mostram que a Grande Mancha Escura desapareceu! Ou simplesmente se dissipou ou está permanentemente escondida por outras nuvens na atmosfera. Uns meses mais tarde o Hubble descobriu uma nova mancha escura, desta vez no hemisfério Norte de Netuno. Isto indica que a sua atmosfera muda rapidamente, talvez devido às ligeiras mudanças na temperatura entre o topo e as partes mais baixas das nuvens.

Netuno tem também anéis. As observações terrestres mostram apenas tênues arcos em vez de anéis completos, mas as imagens da Voyager 2 evidenciam o último caso, em adição a amontoados brilhantes. Um dos anéis parece ter uma estrutura entrelaçada.

Tal como Júpiter e Urano, os anéis de Netuno são muito escuros sendo a sua composição ainda desconhecida.

O seu campo magnético, tal como o de Urano, é estranhamente orientado e provavelmente gerado pelos

movimentos de materiais condutores (provavelmente água) nas suas camadas intermédias.

Netuno pode ser observado com binóculos (se soubermos exatamente para onde olhar), mas é necessário um bom telescópio para ver algo sem ser um pequeno disco.

Netuno tem 14 luas conhecidas; 7 já com nome, o conhecido Tritão e mais cinco descobertas em 2002, uma em 2003 e outra em 2013.

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1845 Os matemáticos John Adams (Grã-Bretanha) e Jean Le Verrier (França) preveem a existência de Netuno, com base no movimento orbital de Urano.

1846 O astrônomo alemão John Galle descobre Netuno usando a localização prevista por Le Verrier.1846 O astrônomo britânico William Lassell descobre Tritão.

1949 O astrônomo americano Gerald Kuiper descobre Nereida.1985 Astrônomos descobrem os anéis de Netuno com base em ocultações estelares.

1989 A sonda Voyager 2 visita o sistema netuniano.1994 O Telescópio Espacial Hubble observa mudanças na atmosfera de Netuno.