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MÉTODOS DE ESTUDO BÍBLICO

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MÉTODOSDE

ESTUDO BÍBLICO

Dan D. JohnsonSeminário Batista Teológico de Londrina

1ª Semestre - 2011

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ESBOÇO

INTRODUÇÃO

I. O ALICERCE - O PROCEDIMENTO INDUTIVO

A. Observação

B. Interpretação

C. Aplicação

II. AS MATERIAIS - OS TIPOS DE LITERATURA DIFERENTE

A. Livros Históricos

B. Livros Poéticos

C. Livros Proféticos

D. Livros Epistólicos

III. A CONSTRUÇÃO - OS MÉTODOS

A. O Método Sintético

B. O Método Analítico

C. O Método Tópico

1. Bibliografias2. Doutrinas3. Palavras4. Parábolas5. Orações6. Milagres7. Tipos

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MÉTODOS DE ESTUDO BÍBLICO

INTRODUÇÃO

A. Pré-requisitos para estudo bíblico.

1. Novo Nascimento. ( I Cor. 2:14) - MAIS IMPORTANTE DE TODOS. 2. Coração Puro. ( I Pé. 2:1-2, I Jo. l :9 ) - Note que antes que o crente deseje a

Palavra de Deus, ele precisa ter um coração puro. 3. Desejo. ( I Pé. 2:2 ) - Antes do crescimento vem o desejo de crescer. 4. Oração. (SI. 119:18 ) - Temos que procurar a ajuda do Espírito Santo para

entender a Bíblia na maneira certa.5. Tempo. As vezes precisa ser uma prioridade para que agente faz o tempo.6. Disciplina. O desejo de perseverar, ser fiel, no estudo.7. Método. Ter um alvo, um propósito e uma maneira de o alcançar. 8. Aplicação. Deve ter um coração submisso a Jesus. O crente precisa praticar a

verdade que já conhece antes que Deus revele outras verdades.

B. Atitudes Erradas:

1. Derrotada: Não será capaz de entender a Bíblia, então por quê tentar?2. Negativa: Gostaria de aprender estudar a Bíblia, mas tenho medo se qualquer

coisa que descobrir seria de qualquer valor ou certa. Tenho medo de expressar minhas idéias porque receio que seria errado.

3. Pesquisa: Suponho que se tentasse poderia aprender mais, mas não sei si quero investir o tempo ou energia para conhecer a Bíblia melhor.

C. Atitudes Boas:

1. Positiva: Quero aprender estudar a Bíblia. Sem dúvida terei alguma dificuldade no início aprendendo algumas técnicas, mas creio que o Espírito Santo me ajudará aprender melhor a Tua Palavra.

2. Receptiva: Deus quer que eu submeta a Ele para que Ele possa revelar a mim suas verdades. Eu não preciso entender tudo.

3. Expectativa: Eu quero que Deus fale comigo através da Tua Palavra. Enquanto eu estudo e oro, acredito que a mensagem da Palavra de Deus se revela a mim.

4. Fiel: Não posso esperar muito da Bíblia senão que eu a estude e invista tempo e energia. Se somente olho por cima, sei que receberei somente migalhas. Mas se buscar profundamente encontrará tesouros.

D. Benefícios: Quando você começa a colocar em prática as coisas destas apostilas, estou convencido que, pouco a pouco, experimentará...

1. Mais fé (Rom. 10:17). 2. Mais gozo (Sal. 119:16).

a. O gozo de descobrir as verdades da Bíblia para si mesmo.b. O gozo de reconhecer que a Bíblia tem alguma coisa especial para dizer a

você pessoalmente.c. O gozo de descobrir seu potencial como um estudante da Bíblia.

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d. O gozo de repartir com outros as verdades que tem um significado especial para você.

e. O gozo de reconhecer que o Espírito Santo é um revelador da verdade.

3. Mais crescimento ( I Ped. 2:2 ).4. Capacidade:

a. Para que “maneja bem a palavra da verdade” (II Tim 2:15).b. Para evitar erros de estudo bíblico.

1) Tirando versículos fora do seu contexto (Mat. 24:13).2) Fazendo uma passagem dizer o que ela não diz (Marcus 16:16).3) Dando ênfase exagerada a questões secundárias (Tiago 5:13-18 -

oração (7 vezes) vs óleo (1 vez)).4) Estudando a Bíblia intelectualmente sem obedecer ao que ela diz

(Tiago 1:22-25).

c. Para servir Deus Melhor ( II Tim. 3:16-17).

E. Maneiras de Estudar a Bíblia:

1. Aplicação: Este método é muito comum. Você lê um trecho rapidamente, procurando alguma coisa que poderia ser aplicado á sua vida.

2. Superficial: Talvez ler um trecho duas ou três vezes, escrever alguma coisa no papel, ou até consultar um livro. Até pode gastar um pouco de tempo pensando no que leu, mas não tem nenhum padrão lógico de seguir.

3. Comentário: Quando está lendo a Bíblia, procurar um comentário para ajudar você entender a passagem. O comentário torna-se seu professor.

4. Revelação: Gasta muito tempo em oração e meditação. Enquanto está lendo um trecho espera que o Espírito Santo revele alguma coisa para você, mas há muito pouco estudo sério.

5. Metódico: Neste método, você segue um padrão lógico para estudar a Bíblia. Este método não exclui as outras maneiras de estudar, mas as inclui quando é apropriado. É um método que exige tempo e energia, mas produzirá muito fruto. Cremos que este método indutivo é a melhor maneira de aproximar-se da Bíblia.

F. Há duas aproximações que podemos usar para estudar a Bíblia:

1. Estudo Dedutivo -- começa com uma proposição e dai demonstra se ela é válida ou não depois de examinar os fatos logicamente. Do geral para o particular, do assunto para a Bíblia.

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Há um perigo! Consultar as Escrituras apenas para buscarmos confirmação para as nossas posições ou ideias.

2. Estudo Indutivo -- começa com os fatos e depois de estudá-los chega a uma conclusão baseada no estudo. É a aplicação do racioncínio nos fatos particulares para se tira uma conclusão geral.

J Devemos sempre usar este em nosso estudo bíblico. Devemos deixar a Bíblia nos ensinar, não apenas apoiar nossas opiniões. Precisamos olhar para o mundo com uma perspectiva Bíblica, não olhar para a Bíblia com a perspectiva do mundo.

G. Ferramentas Para Estudo Bíblico:

1. Uma boa Bíblia para Estudar: Edição Trinitariana.2. Outras Bíblias que se divide os versículos e capítulos em parágrafos.3. Concordância da Bíblia.4. Dicionário da Língua Portuguesa.5. Dicionário da Bíblia.6. Atlas da Bíblia.7. Comentários sobre livros da Bíblia.

H. Vista panorâmica do estudo.

1. O alicerce de qualquer tipo de estudo bíblico é o procedimento indutivo. A palavra “indutivo” descreve o raciocínio que procede de fatos básicos para conclusões. É um procedimento básico para um sério estudo da Palavra de Deus. O procedimento indutivo tem três passos: observação, interpretação e aplicação.

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O PROCEDIMENTO INDUTIVO

O procedimento indutivo é científico na sua ordem de progressão. Não pode pular qualquer degrau sem sérias consequências. Ele envolve três passos importantíssimos:

1. Observação2. Interpretação3. Aplicação

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2. Toda a Bíblica não pode ser estudada efetivamente e produtivamente com um só método de estudo. O método que usamos depende sobre o tipo de Escritura (histórico, poético, etc.) e o alvo que temos (o que queremos aprender).

3. São três específicos usos ou métodos do procedimento indutivo feitos para alcançar certos alvos diferentes no estudo bíblico. O procedimento indutivo pode ser considerado como uma escada para estudar a Bíblia. Nós vamos usar esta mesma escada para implementar estes métodos de estudo. Os três métodos são:

a. Sintético - Alvo: descobrir o propósito de um livro completo da Bíblia. b. Analítico - Alvo: estudar os detalhes de um trecho a fim de tirar conclusões. c. Tópico - Alvo: aprender o que várias partes da Bíblia têm a dizer sobre

qualquer assunto. (Veja as figuras das escadas a seguir)

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I. O ALICERCE - O PROCEDIMENTO INDUTIVO

A. OBSERVAÇÃO - o que vejo? (Examinando os fatos) Observação é o exame cuidadoso e completo do texto. É o alicerce do procedimento indutivo. O que é que o autor exatamente tem escrito? Este é o passo mais importante em estudo Bíblico. O mais cuidadoso e o mais preciso em suas observações, o mais certo em suas interpretações.

Há três áreas que devemos tomar cuidado de observar: 1) o tudo, 2) os detalhes e 3) as interligações.

1. Observando o integral - LEIA tudo. Este é o primeiro passo duma observação bem-feita. Talvez a principal razão por quê não conhecemos com profundidade a Palavra de Deus é que gastamos pouco tempo lendo. Sempre devemos começar com leitura concentrada e cuidadosa e não com uma dissecação teológica.

a. Com devemos ler a Bíblia?

1) Leia repetidamente - Num só tempo leia o livro ou trecho várias vezes antes de estudar. a) G.C. Morgan: leu um livro 50 a 75 vezes antes de o estudar. b) Spurgeon: leu 75 a 100 vezes.

2) Leia pensadamente - pense enquanto lê. Leia devagar como se estivesse comendo. (Jer. l5:16). Escreva suas impressões iniciais.

3) Leia pacientemente - não seja com pressa, mas toma seu tempo.4) Leia com oração - antes, durante e depois.

b. Vários métodos de leitura comuns, mas insuficientes.

1) Leitura procrastinada - sempre para amanhã (não ler).2) Leitura “Loteria Bíblica” - abrir hoje num lugar, amanhã noutro.3) Leitura devocional - somente os trechos em livrinhos devocionais.4) Leitura dinâmica - rápida, telescópica.

c. Outras sugestões práticas.

1) Aprender ler como se fosse pela primeira vez! (Nunca pensar “já sei tudo isso”.)

2) Ler a Bíblia como se fosse uma carta de amor.3) Ficar com papel e caneta ao lado para anotar idéias, perguntas, etc. para

futuro estudo.4) Pode ficar também com sua agenda ao lado para anotar idéias, datas,

compromissos, etc. que vem (do diabo!) para mente durante a leitura, e depois voltar para o texto.

5) Ler livros inteiros “de uma sentada”.6) Ler a Bíblia toda.7) Não procurar outras fontes (comentários, etc.) até o fim do processo de

leitura e estudo.

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2. Observando os detalhes - OLHE para os fatos principais.

a. Quem? (as personagens).

1) O autor. 2) Os destinatários.3) As pessoas envolvidas na ação.

a) Quem está falando? (Mat. 4:9) b) Quem são os ouvintes? (João 14:1)

4) As pessoas indiretamente envolvidas na ação. a) De quem está falando? (João 13:10) b) Quem está observando? c) Quem causou a ação?

b. Quando? (O fator de tempo) (Mat. 24:13)

1) Data do livro. 2) Quando estes eventos estão acontecendo?3) Tempo do ano. 4) Dispensação: Em que ponto da história de Israel ou da Igreja estão

ocorrendo. 5) Duração da ação. 6) Passado/Presente/Futuro. (Mat. 24:13)

c. Onde? (A geografia e o local).

1) O local da ação.2) Onde está o autor ao escrever.3) Onde estão os destinatários?4) Há locais geográficos mencionados que podem ser identificados num

mapa?

a) Nações. b) Cidades. (Jonas 1:3) c) Rios. d) Montes. e) Vales. f) Edifícios.

d. O quê? (As verdades ou os acontecimentos).

1) Qual é o assunto principal?

a) A passagem é sobre eventos ou idéias?b) Idéias chaves. (Col. 2:22) c) Qual é a idéia principal.d) Quais são as palavras chaves: procure palavras que você acha

importante na passagem.e) Repetição: Seja alerta para a repetição de idéias, palavras, frases,

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formas de verbos e palavras. Isso muitas vezes dá uma indicação do propósito ou idéia principal do autor. Repetição de palavras é uma indicação do que é importante.

f) Idéias progressivas: Note se há um significativo na ordem das coisas. Há uma progressão para um clímax?

g) Termos teológicos.

2) O que está acontecendo?

a) O que está sendo falado.b) O que está sendo feito.c) Ações chaves. d) Clímax da passagem.

3) Qual é o seu contexto.

a) Eventos antes e depois.

(1) O que aconteceu antes do evento que o causou?(2) O que aconteceu depois que foi o resultado?

b) Tempo na história.c) Propósito.

e. Por quê? (II Tim. 3:16-17). Deve ser respondida durante o processo de interpretação.

3. Observando as interligações - ANALISE a forma do trecho.

a. Estrutura Gramatical

1) Tenta identificar os elementos gramaticais:

a) Verbos - aqui em geral estão os termos chaves do texto.b) Sujeito/Predicado - quem está agindo e quem está recebendo a

ação.c) Termos modificadores - particípios, adjetivos, advérbios (dão

“cor” à passagem).d) Conjunções (mas, e, se, porque, entretanto, por causa de, pois,

portanto, quanto ao mais, então, etc.) e preposições (de, com, para, em, por, etc.) são muito importantes para revelar as idéias chaves e para fazer relacionamentos.

e) Seja alerta para os seguintes conjuntivos:

(1) mas - introduz um contraste (descobre com o que está sendo contrastado).

(2) se - introduz uma frase condicional (descobre o que é condicional).

(3) para, então, porque, assim - introduz uma razão ou resultado, um resumo.

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2) Note bem os verbos e suas formas, principalmente verbos com a mesma forma.

b. O “tom” do trecho - ambiente, atmosfera, clima, o conteúdo emocional do trecho. Tente imaginar o tom de voz da pessoa falando ou o sentimento do escritor enquanto está escrevendo. Pode ser:

1) Alegria.2) Ira.3) Tristeza.4) Vitória.5) Derrota.6) Desespero.7) Urgência.8) Exortação.9) Gratidão.10) Confiança.11) Ansiedade.12) Surpresa.13) Perplexidade.14) Medo.15) Segurança.

Esta lista não é exaustiva... e às vezes encontramos várias emoções na mesma passagem.

c. Identifique as Leis de Composição. Algumas destas leis são:

1) Contraste: onde a diferença é mostrada entre duas coisas, pessoas, idéias, etc. (Atos. 5:1) - "mas".

Sal. l - vs 2 “antes”, vs 4, “não são assim”, “mas”, vs 6 “porém”.Gál. 5:19-23 - vs 22, “mas”.Rom. 5:12-21 - vs 12 “portanto”, vs 15 “mas”, vs 16 “não foi assim”, “mas”.Gên. 4:l-8 - vs 5 “mas”.Mar. 10:42-45 - vs 42 “mas”, vs43 “mas”, vs 45 “mas”.

2) Comparação: onde a semelhança é mostrada entre duas coisas, pessoas, idéia, etc. (Dan. l2:3) - "como".

Heb 5:l-10 - vs 5 “Assim também”.Sal. 1:3-4 - vs 3 “como”, vs 4 “assim”.João 3:8,14 - vs 8 “assim”, vs 14 “como”, “assim”

3) Repetição: a repetição dos mesmos ou semelhantes termos, frases, cláusulas ou conceitos (Heb. 2:6,9,12,15,19).

Mat. 5:3-11 - “Bem-aventurado”.Ef. 4:4-6 - “um só”.I Cor. 13 - “ainda que”, “amor” (1-4,8).Heb. 11 - “pela fé”.Sal. 136 - “a sua benignidade dura para sempre”.

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4) Causa para efeito: a progressão de efeito para causa, a declaração da causa e depois seus efeitos (Gal. 6:7-8).

Rom 1:18-32 - rejeição da luz, produz pecado (o sentimento de perverso): vs. 28.João 14:15,23- amor produz obediência.

5) Efeito para causa: a progressão dos efeitos e depois a causa (Rom.

8:22-30).Lc 3:8-9 - fruto bom por causa do arrependimento.1 João 4:7-8 - ama por que é nascido de Deus

6) Explicação: a introdução de uma idéia que é então explicada ou

ampliada. (Mar. 4:3-9, 10-20). Mar. 4:3-9, 10-20 - Explicação da parábola do semeador. Atos 11:1-18 - Explicação por quê comeu com os gentios.Dan. 2,4.5 - Explicação do sonho do Rei Nabucodonosor.

7) Ilustração: a introdução de uma idéia, seguida por uma ilustração ou exemplo da ideia. (Heb. 11:1-2).

1 Cor. 12:12-27 - Corpo humano. Ef. 2:19-23 - Edifício. Tiago 3:1-4 - Freios, leme.

8) Clímax: o arranjo do texto de tal maneira que há progressão do menos importante para o mais importante (Êx. 40:34-35).

Êx. 40:33/34-35 - A glória de Deus encheu o Tabernáculo quando foi terminado.Rom. 11:25-32/33-36 - Deus é magnificado pela salvação de Israel.

9) Eixo: o arranjo da matéria de tal forma, que há um ou mais eixos onde a história muda de direção, gira em torno do pivô (II Sam. 11 e 12).

2 Sam. 11:1-12:7 - Pecado / Arrependimento. Jonas 2:9 - Promessa: fugindo / indo. Atos 1:5-8 - Jesus sai, e o Espirito Santo vem.

10) Alteração: onde há uma alteração de certos elementos no texto; o movimento é um vai e vem entre várias ideias, geralmente usada para estabelecer contrastes ou comparações (Luc. l a 3 ).

Luc. 1-3 - João Batista / Jesus.I Sam. 1,2 - Samuel, filho de Ana / Filhos de Eli.Gên. 37-41 - Descida e subida de José.

11) Preparação: a inclusão de matéria para estabelecer o pano de fundo, ambiente para as idéias ou acontecimentos que seguem, nos prepara para entender o que segue. (Gên.2).

Ne. 1:1-4 - As notícias que provocaram sua ida a Jerusalém.Rute 1:1-5 - A tragedia da família / Rute indo para Judã.Heb. 1:1 - No passado os profetas / Hoje Jesus.

12) Resumo: o autor junta suas idéias principais para dar um resumo. (Heb.

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8:1) (Rom. 12:1) - "Pois". Heb 8:l - Jesus é o grande sumo sacerdote.II Tm 4:6-8 - A vida de Paulo.

13) Interrogação: o uso de perguntas e respostas (Rom. 6, 7). Rom. 6,7 - vs. 6:1,2,15, 21 vs. 7:1,7. I Cor. 7,8 - 7:1, “quanto às coisas que me escrevestes”, 8:1, “ora, no tocante as coisas”.Hab. 1:2,3 - vs. 2, “Até quando...?”, vs. 3 “Por que razão...?”.Mal. 1:2,6 - vs 2, “Em que nos tem amado?”, vs. 6, “Em que nós temos desprezado o teu nome?”.Mar. 4:41-5:7 - vs 41, “Mas quem é este, que até o vento e o mar lhe obedecem?”, vs. 7, “Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo?”.

(a) Perguntas respondidas: fazendo a estrutura do texto em volta de perguntas que ele recebeu, sejam explícitas ou implícitas. (I Coríntios).

(b) Pergunta-se por quê o autor está usando uma pergunta. É para introduzir uma ideia, resumir uma serie de ideias, ou somente para desafiar o pensamento.

(c) Há uma pergunta retórica?

14) Paradoxo: uma aparente contradição, o inesperado ou ironia (Mat. 11:30).

Mat. 11:30 - Julgo - suave / fardo - leve.João 12:9,10 - Jesus / Lázaro.Atos 3:14-15 - negou o Santo e Justo / queria o homem homicida.Mat.16:24-26 - salvar vida / perder a vida.

15) Ponto de vista (Atos 9).16) Geral para específicos (Atos 4:32; 5:6). 17) Específico para geral (Atos 1:8).

d. A forma literária do trecho. Devemos estar atentos se estamos lendo:

1) Narrativa (Gên 39).2) Poesia (Jó, Sal. Prov. Cantares).3) Didática (Rom. 5:12-21).4) Profecia (II Tim. 3:1-5).5) Parábola (Mat. 25:13).6) História (Atos).7) Lei/Ordenança (Deut 5:1-21).

Temos que estar sempre alerta para saber se estivesse usando uma figura da linguagem ou está sendo literal (João 6:35).

B. INTERPRETAÇÃO - O que significa? Interpretação é discernir o significado do texto baseado nas observações já feitas. É procurar compreender o sentido que o escritor quis transmitir quando ele escreveu às pessoas do seu tempo. É a tentativa

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de descobrir os pensamentos, atitudes, emoções e propósitos do autor.

É nesta área que vamos ajuntar todos os fatos que já observamos e explicar o significado (o sentido, o propósito) deles. Quanto mais tempo gastamos na observação de um texto, melhor (mais exato, mais correto) será a nossa interpretação. A interpretação é baseada numa observação completa. Contudo, uma boa observação não garante uma interpretação correta.

Então o objetivo da interpretação é dar significado aos detalhes observados e descobrir o propósito do trecho (versículo, capítulo, livro). Para realizarmos isto, precisamos da iluminação do Espírito Santo (João 14:26) e do esforço.

1. Os princípios básicos - A ciência de interpretação é chamada hermenêutica. A

hermenêutica boa é baseada em pelo menos quatro princípios básicos:

a. O princípio do Contexto - Interpreta a Bíblia no seu contexto.

1) O mais importante!!! 2) Deixa a Bíblia interpretar a si mesma. Compara as Escrituras com as

Escrituras. A Bíblia nunca pode se contradizer. A Bíblia é o seu próprio (e melhor) intérprete. O significado de uma passagem tem que ser considerado com todos os outros ensinos da Bíblia. Sendo assim uma passagem obscura deve ser interpretada pela mais clara (I Cor. 2:13). Não podemos impor nossas ideias sobre a Bíblia, mas receber nossas crenças da Bíblia.

3) A Bíblia nunca pode se contradizer.4) Lembra que o contexto determina o sentido da palavra. Contextos

diferentes podem mudar o sentido.5) Não confie muito em fontes externas, principalmente revelações, livros

“sagrados”, livros devocionais, tradição, etc.6) Não esqueça de examinar todos os trechos paralelos: Evangelhos,

Livros Históricos, etc.

b. O princípio Literal - Interpreta a Bíblia literalmente.

1) A Bíblia é a revelação de Deus aos homens. Não foi escrito para esconder as coisas. Foi escrito (com poucas exceções) para as revelar. Deve ser lido e estudado assim. Se tratar a Bíblia como um mistério, será confuso. Se tratar a Bíblia como alguma coisa conhecível, entenderá.

2) As suas palavras devem ser entendidas de forma literal, a menos que o autor esteja usando uma figura de linguagem.

3) Descobre o sentido das palavras na época em que foram escritas é o nosso desafio.

c. O principio Histórico - Interpreta a Bíblia no seu ambiente histórico.

1) A Bíblia é um registro histórico de eventos que de fato aconteceram - e não mitologia criada na imaginação de alguém. Desde que a Escritura se originou num contexto histórico, só pode ser compreendida a luz da história bíblica.

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2) Dos tempos bíblicos para cá muitas coisas tem mudado. Por essa razão, quanto mais aprendemos do ambiente, estilo de vida e cultura do autor, melhor vai ser a nossa interpretação de suas palavras. O significado do que ele escreveu tem que ser entendido no contexto do mundo em que ele viveu.

3) Preste atenção especial em...

a) Costumes e cultura diferente (Mat. 5:41, João 13). b) Referências históricas (pessoas e acontecimentos, como reis e

reinos).

d. O princípio Gramático - Interpreta a Bíblia no seu senso natural e literal, seguindo as leis normais da gramática.

1) Uma palavra tem somente um sentido literal dentro de qualquer sentença.

2) O sentido da palavra esta ligado à sentença pelas regras gramaticais. 3) O sentido da palavra precisa estar referindo-se ao seu contexto. 4) E claro que as figuras de linguagem têm suas próprias regras

gramaticais de interpretação. 5) Um conhecimento do hebraico e do grego pode ajudar muito.

2. A pergunta principal - Por quê?

a. Esta pergunta é muito importante! Ela é o clímax da nossa interpretação e precisa vir por último.

b. São duas coisas que devemos descobrir através dessa pergunta:

1) A necessidade do receptor ou leitor = a razão por quê o autor escreveu este livro ou trecho. Qual é a contribuição especial que este livro dá para o restante da Bíblia?

2) A mensagem do autor = as respostas e soluções que o autor deu para cumprir estas necessidades. Um problema ou necessidade pode precisar de uma variedade de mensagens. Qual é o tema ou verdades principais deste livro?

c. Achar estes dois elementos não é fácil. Necessita, de muito trabalho duro. E um exercício que requer muito poder pensativo. Infelizmente muitas pessoas param aqui.

3. O procedimento. Como achar as respostas para a pergunta “Por quê”? Para chegarmos a uma resposta boa e correta, há cinco passos que devemos tomar:

a. Proposta Inicial - Escreva seu propósito inicial baseado no conteúdo. Olhando somente para este trecho, o que parece ser a resposta mais óbvia? Se você só tivesse este trecho, qual seria sua resposta? Declare o que você acha que é a resposta à pergunta “por quê”?

b. Contexto - Examine o contexto do trecho que está estudando, quer dizer todos os versículos e capítulos que cercam o trecho. Cada passagem deve ser entendida dentro do cenário mais amplo (capítulo e livro) do qual ela faz parte. Lembre-se a Bíblia interpreta a própria Bíblia.

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c. Comparação - Verifique se em outras partes da Bíblia não tem alguma informação que poderá ajudá-lo. Compare com outros versículos que tratam do mesmo assunto (parábolas nos Evangelhos). Veja as referências cruzadas na sua Bíblia, si tiver, ou melhor ainda use uma chave bíblica.

d. Consulta - Procure outras fontes de informação, tais como Comentários, Dicionários da Bíblia, Livros de Teologia, Atlas, Manual Bíblico, etc. Este passo só deve ser tomado depois que você passou pelos outros passos. Use estes livros com discernimento e cautela, mesmo que os autores sejam homens de Deus, ainda são homens e podem cometer erros. (Atos 17:11)

e. Conclusão - Tendo estudado o contexto, outras passagens e consultado livros extra-bíblicos, chegou a hora de escrever sua conclusão. Este é o passo final da interpretação que é baseada na sua pesquisa.

C. APLICAÇÃO - O que significa para mim? Aplicação é o fruto produzido por observação e interpretação. É colocar em prática o que foi estudado. É o alvo do estudo bíblico. Sem aplicação, temos uma tarefa inacabada. Freqüentemente demais o estudo bíblico é apenas entender as verdades bíblicas e não praticar o que Deus revelou a nós.

Porém, não chegaremos a uma aplicação correta se não tivermos primeiro uma interpretação correta, e não teremos uma interpretação correta sem uma profunda observação do texto.

Deus planejou que as Escrituras afetassem nosso comportamento, não que respondesse todas as nossas perguntas - II Tim. 3:16-17. A aplicação é o cume; é a razão para todo o nosso estudo bíblico. Sempre devemos perguntar o que devemos fazer com o que aprendemos.

1. Princípios Gerais

a. Tomar cuidado para não dar uma aplicação geral para acontecimentos históricos. O jovem rico foi aconselhado vender tudo e dar para os pobres, isso significa que devemos fazer o mesmo?

b. Seja alerta para admoestações, conselho, advertências, promessas. Estas coisas mostram o que devemos fazer. Uma chave é ficar alerta para verbos imperativos. Admoestações nos dizem (1) fazer alguma coisa, (2) não fazer alguma coisa ou (3) ser alguma coisa.

2. Perigos.

a. Substituindo interpretação por aplicação - "Eu entendo a passagem!". b. Substituindo uma experiência emocional por aplicação - "Recebi uma

grande bênção do estudo!" c. Relacionando - "Não é importante, ninguém está fazendo". d. Desculpando - “Todo mundo está fazendo, eu não preciso mudar”.

3. Procedimento.

a. Conhece a Interpretação. b. Conhece a si mesmo (necessidades, pontos fortes e fracos). c. Relaciona a Passagem à sua vida.

13

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1) Em relação a Deus e a Sua Palavra.

a) Uma verdade para confiar. b) Um mandamento para obedecer. c) Um perigo para ouvir. d) Um desafio para aceitar. e) Uma promessa para apropriar. f) Um agradecimento para oferecer. g) Uma comunhão para gozar. h) Um caminho para seguir.

2) Em relação a si mesmo.

a) Uma palavra ou pensamento para examinar. b) Uma ação para tomar. c) Um exemplo a seguir. d) Um erro a evitar. e) Uma atitude a mudar ou se proteger. f) Uma prioridade a mudar. g) Um alvo para alcançar. h) Um valor ou convicção a guardar. i) Um pecado a abandonar.

3) Em relação aos outros.

a) Um testemunho para repetir. b) Um encorajamento a dar. c) Um serviço a prestar. d) Um perdão a pedir. e) Uma ofensa a perdoar. f) Uma exortação a dar. g) Um peso a repartir. h) Uma hospitalidade a estender. i) Uma comunhão a desenvolver.

4) Em relação a Satanás.

a) Um pedaço de armadura para usar. b) Uma tentação a resistir. c) Uma cilada a reconhecer. d) Uma pessoa a evitar.

d. Medite como pode aplicar a desejada ação em todas as áreas da sua vida. Sou marido, pai, crente, pregador, motorista, cidadão, comprador, tio, filho, irmão, amigo, vizinho, etc.

e. Pratique a ação na sua vida.

1) Escolher uma aplicação para por em prática hoje.14

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2) Orar pedindo que Deus lhe ajude a aplicar sua Palavra durante o dia.3) Avaliar no fim do dia, avalie sua aplicação.

f. Ensine outros a fazer a mesma coisa, mas note bem, isto é o último.

15

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II. OS MATERIAIS - OS TIPOS DE LITERATURA DIFERENTE

A. Os livros da Bíblia.

1. Temos que entender que todos os livros da Bíblia não são o mesmo tipo da literatura. Por causa disso não podemos estudar todos os livros da Bíblia da mesma maneira. Não podemos estudar o livro de Provérbios (um livro poético) da mesma maneira que o livro Apocalipse (um livro profético).

2. A literatura da Bíblia foi classificada por Leiand Ryken no seu livro “The Literature of the Bible" (A Literatura da Bíblia) em 18 tipos (história de origens, narração heróica, época, paródia, tragédia, lírica, epitalâmio (poema de casamento), encómio (louvor, alto), sabedoria, provérbio, parábola, pastoral, satírico, profético, evangelho, epístola, oratória e apocalíptico). Mas para nosso estudo dividiremos os livros da Bíblia em 4 categorias: Históricos, Poéticos, Proféticos e Epistólicos.

B. LIVROS HISTÓRICOS - Mais do que a metade da Bíblia é feita de literatura histórica. Cinqüenta e cinco por cento (55%) do V.T. e sessenta e seis por cento (66%) do N.T. é composto de narrativa histórica. Mas o que é narração histórica? E a matéria nas Escrituras que relata a história da época de maneira narrativa, por meio de contar histórias, e nos deixando ouvir as personagens da história falar. Os livros históricos são:

VELHO TESTAMENTO NOVO TESTAMENTOGênesis Êxodo Levítico Números Deuteronômio Josué Juízes

Rute I e II Samuel I e II Reis I e II Crônicas Esdras Neemias Ester

Mateus Marcos Lucas João Atos

1. Devemos perguntar: "O que é que Deus está tentando dizer-nos através deste acontecimento na história?"

2. Princípios gerais de INTERPRETAÇÃO.

a. Um acontecimento ou comportamento não deve ser considerado correto para hoje só porque foi registrado na Bíblia. As pessoas na Bíblia nem sempre foram um exemplo bom para nós. Como nós, eles tinham muitas falhas e fraquezas. A Bíblia mostra como aconteceram as coisas, mas não necessariamente como deveriam ter acontecido.

b. Um acontecimento histórico sempre tem algum ensino, e às vezes mais do que uma aplicação. Mas se o acontecimento não foi interpretado pelas Escrituras, não temos o direito de usá-lo para declarar alguma doutrina ou padrão de conduta.

c. As histórias na Bíblia não são somente sobre como o povo viveu naqueles tempos, mas em primeiro lugar nos mostra o que Deus fez, para, e através deste povo.

d. As histórias da Bíblia não são alegorias, não são narrações cheias de 16

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sentidos escondidos. Elas geralmente não nos ensinam diretamente uma doutrina, mas às vezes ilustra uma doutrina ensinada antes (ou depois).

e. Todas as histórias são seletivas e incompletas. Elas não foram escritas para responder todas as nossas perguntas históricas e teológicas.

f. O principal propósito dos Evangelhos é mostrar a pessoa e obra de Jesus Cristo. Sempre devemos nos perguntar, "Como esta história relaciona-se com Jesus e qual deve ser minha reação para com Jesus?"

3. Como responder o "POR QUÊ" da Interpretação.

a. A necessidade: Todos os livros históricos suprem a mesma necessidade. Eles mostram como Deus agiu à necessidade do seu povo.

b. A Mensagem: Procure achar a mensagem ou o tema principal do livro. Devemos perguntar "Quais soluções ou informações o autor está apresentado para alcançar as necessidades do leitor"?

C. LIVROS POÉTICOS - A literatura poética da Bíblia são aqueles livros que usam principalmente a forma hebraica de poesia, quer dizer o paralelismo de ideias em vez da rima de sons. Ela também usa muitas figuras da linguagem. Os livros poéticos são:

VELHO TESTAMENTOJóSalmosProvérbios

Eclesiastes Cantares

1. A natureza dos livros poéticos.

a. Os livros poéticos são livros de sabedoria que vêem a vida do ponto de vista de Deus.

b. Eles têm o conselho de homens sábios, pessoas que já aprenderam muito sobre a experiência humana.

c. Eles usam muito de provérbios - uma verdade geral, reconhecida por todos, declarada brevemente.

2. A forma literária dos livros poéticos.

a. As verdades gerais são declaradas em unidades curtas.

1) Retratos = um quadro extenso e representativo de um tipo de pessoa, (A Mulher Virtuosa - Prov. 31:10-31).

2) Narração Curta = uma descrição breve de um acontecimento ou experiência (A Prostituta e O Tolo - Prov. 7:6-23).

3) Vinheta = uma curta cena descritiva ou descrição resumida, um miniquadro (O Fazendeiro Diligente - Prov. 27:23-27).

b. O uso do paralelismo na poesia hebraica: a poesia hebraica consiste, não de uma rima de sons, mas uma rima de idéias.

1) Paralelismo antitético - onde a segunda frase é o oposto da primeira frase:

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Porque o Senhor conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios perecerá. (Sl. 1:6 )

2) Paralelismo sinônimo - onde a segunda frase é uma repetição da primeira frase:

Senhor, como se têm multiplicado os meus adversários! São muitos os que se levantam contra mim. (Sl. 3:1)

3) Paralelismo emblemático - onde uma frase expressa uma ideia e a outra frase é uma ilustração metafórica da primeira frase:

Como o cervo brama pelas correntes da águas, assim suspira a minha alma por ti, o Deus! (Sl. 42:1)

4) Paralelismo sintético - onde a segunda frase desenvolve ou aumenta a ideia da primeira frase:

Porque o Senhor é Deus grande, e Rei grande acima de todos os deuses. (Sl. 95:3)

5) Paralelismo climático - a segunda frase é uma repetição da primeira com a adição ou subtração de uma ideia:

Daí ao Senhor. O filhos dos poderosos, daí ao Senhor glória e força. (Sl. 29:1)

6) Paralelismo formal - a segunda frase é a continuação da primeira:

Eu porém ungi o meu Rei sobre o meu santo monte de Sião. (Sl. 2:6)

7) Paralelismo invertido - onde a primeira frase é paralela com a quarta, e a segunda e paralela com a terceira:

Necessidade padecerá o que ama os prazeres; o que ama o vinho e o azeite

nunca enriquecerá. (Prov. 21:17)

Note: um versículo ou trecho pode ter mais do que um tipo de paralelismo. Por exemplo, o versículo acima (Prov. 21:17) tem também paralelismo sinônimo, mas também poderia tem paralelismo antitético.

c. O uso de figuras de linguagem: Uma grande ajuda para entender a literatura é a compreensão das figuras de linguagem e conhecer o seu contexto cultural e lingüístico.

1) Símile - a comparação de coisas que são basicamente diferentes, expressando diretamente com tais palavras como "como". (I Cor. 13:1)

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2) Metáforas - uma comparação implicada onde uma palavra ou frase que é geralmente usada para uma coisa é aplicada para uma outra. (Ef. 2:20)

3) Comparação - a associação de coisas semelhantes. (Prov. 21:1)4) Metonímia - o uso do nome de uma coisa para uma outra que é

associada com ou sugerida por ela. (O nome de uma pessoa pode representar uma nação). (Gál. 6:16 - Israel - como a nação de Israel foi escolhido para servir Deus, a igreja também foi escolhida por Deus.)

5) Sinédoque - o uso de uma parte para o total ou vice-versa. (Mat. 23:37, I Cor. 1:22)

6) Hipérbole - um exagero excessivo e óbvio, não entendido para ser interpretado literalmente. (Prov. 30:17)

7) Ironia - uma expressão sarcástica onde o sentido entendido normalmente pelas palavras é exatamente o oposto.

8) Personificação - atribuindo característica humana para objetos inanimados, ideias ou qualidades.

9) Interpretação ou perguntas retóricas - fazendo uma pergunta sem desejar uma resposta. O autor assim está mostrando que a resposta é tão óbvia e sem disputa que não precisa de uma resposta. (Rom. 8:31)

10) Apóstrofe - onde o orador se interrompe e dirige a palavra a alguma outra pessoa ou coisa (real ou imaginária), mudando do assunto principal para um outro tópico. (I Cor. 15:55)

11) Alegoria - Onde uma história deve ser interpretada figurativamente. (Gál. 4:22-25)

12) Tipo - Onde uma coisa implica uma outra, ou é a sombra da outra (Rom. 5:14)

13) Litotes - Modo de afirmação pela negação ou contrário, ou uma incompleta exposição irônica. (Atos 20:27 e 21:39)

3. Algumas dicas especiais para os livros poéticos:

a. O livro de JÓ.

1) Uma chave para entender este livro é distinguir entre as palavras de Jó e de seus amigos.

2) O dialogo dos amigos de Jó mostra que a sabedoria do mundo, mesmo parecendo boa, é realmente errada e longe da verdade.

b. O livro de SALMOS.

1) Este livro precisa ser estudado no contexto de uma poesia lírica, não de teologia sistemática.

2) Este livro mostra como devemos nos sentir em relação a Deus. Os autores de Salmos queriam transmitir as suas experiências em relação a Deus e como devemos responder ao Senhor.

3) Lembre que estes são cânticos, não discursos para transmitir informação sobre a natureza de Deus.

4) Por causa da natureza deste livro é melhor gastar um pouco mais de tempo lendo o livro. Divida o livro para ser lido em duas semanas ou uma.

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c. O Livro de PROVÉRBIOS.

1) Encaixe este livro no contexto do relacionamento do professor-aluno e no contexto histórico da corte real.

a) Os pais foram responsáveis para treinar seus filhos nos caminhos da sabedoria.

b) Foi um costume bem aceito para os homens mais velhos instruir os jovens sobre a vida.

c) Nas cortes do mundo, o rei usava um homem sábio para o ajudar a tomar as decisões certas.

2) E quase impossível, depois do capítulo 9, fazer um esboço deste livro.

d. O livro de ECLESIASTES.

1) O tema geral deste livro é mostrar que a vida vivida por valores puramente humanos ou terrestres, sem fé em Deus e nos valores supernaturais, é sem sentido e vã.

2) Tome muito cuidado para distinguir entre o ponto de vista do homem sem Deus e as conclusões do ponto de vista de Deus.

e. O livro de CANTARES.

1) O livro é basicamente uma série de cânticos (uma ópera) mostrando como as pessoas se sentem quando realmente amam um ao outro.

2) O livro no seu senso literal é um cântico de intimidade do casamento, celebrando o amor entre Salomão e sua noiva. Através dos anos o livro tem sido interpretado como sendo uma alegoria entre o amor de Jeová por Israel e / ou o amor de Cristo pela Igreja.

3) Preste muita atenção em quem está falando. 4) O clímax do livro vem no capítulo 5. 5) Procure notar a sequência de causa-efeito que acontece enquanto o

noivo e a noiva respondem ao amor do outro.

D. LIVROS PROFÉTICOS - O termo profeta pode facilmente ser definido como uma pessoa que fala diretamente por Deus. A função do profeta era falar a mensagem divina de Deus. Muitas vezes suas mensagens incluíram profecias acerca do futuro, mas nem sempre. Os livros proféticos são:

VELHO TESTAMENTO NOVO TESTAMENTO

Isaías Jeremias Lamentações Ezequiel Daniel Oséias

Joel Amos Obadias Jonas Miquéias Naum

Habacuque Sofonias Ageu Zacarias Malaquias

Apocalipse

1. Introdução: Os doze livros dos profetas "menores" são assim chamados, não por serem menos importantes, mas porque são mais curtos do que os outros livros

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proféticos. (Na realidade Daniel é mais curto do que Oséias e Zacarias, mas quando estes 12 livros foram juntados pelos judeus, o livro de Daniel fez parte dos livros históricos. Bem depois que estes 12 livros foram conhecidos como os profetas menores, Daniel foi juntado com os outros livros proféticos. Os 12 livros são chamados "menores" mais por costume do que por exatidão).

2. O que é um profeta e o que é a sua mensagem?

a. A palavra "profeta" vem da palavra hebraica "nabhi". Esta palavra pode ser mais facilmente definida como "alguém que fala no lugar de Deus." (Ex. 7:1-2). A função ou propósito do profeta era falar a mensagem divina de Deus. (Ex. 4:16). Então o profeta era o orador, a boca, o porta-voz de Deus. A palavra grega para profeta (prophetes) é composta de uma preposição- "pró" que quer dizer: por, em nome de; e o verbo "phemi" que quer dizer; falar; então, "falar" para um outro".

b. Nos livros históricos nós conhecemos os profetas mais pelo que eles fizeram do que falaram. Mas nos livros proféticos a ênfase está sobre o que eles falaram. Desde que o livro de Daniel conta muito do que eles fizeram e muitos acontecimentos históricos, ele fez parte dos livros históricos, ele fez parte dos livros históricos por muito tempo.

c. Por quê os profetas falaram? A chave para entender os livros proféticos é compreender a importância e a centralidade, dos concertos Abraâmico, Mosaico, Davídico, etc, nestes livros. Um concerto foi um contrato entre Deus e seu povo. Deus sempre foi fiel na sua parte, mas o povo de Israel falhou em cumprir sua parte (principalmente o concerto Mosaico).

d. E importante saber também quando os profetas estavam pregando suas mensagens. Conhecendo o ambiente histórico vai nos ajudar a entender as suas mensagens. A seguinte tabela é para ajudar neste sentido:

O TEMPO DOS PROFETASPré Exílio Exílio Pós-ExílioISRAEL

Amos Oséias DANIEL

EZEQUIELAgeu

Zacarias MalaquiasJUDA

ISAÍAS JEREMIASObadias Joel Miquéias

Naum Sofonias HabacuqueNÍNIVE

Jonas

3. O ambiente em que os profetas do Velho Testamento falaram é rico historicamente. E necessário entender este ambiente para compreender o que o autor está dizendo e por quê. Temos que gastar tempo extra pesquisando o ambiente histórico de cada livro. Aqui são alguns passos para fazer, uma pesquisa sobre o ambiente histórico:

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a. Ler cuidadosamente o livro. b. Registrar suas impressões iniciais.

1) Quem: qual rei, ou nação? 2) Quando: qual época? 3) Onde: ambiente geológico. 4) O que: acontecimentos, problemas?

c. Pesquisar o contexto (passagens paralelas) - O livro em si, I-II Reis, I-II Crônicos.

d. Conhecer os Reis de Judá e Israel

4. O que os profetas falaram?

a. O dever principal dos reis de Israel era de manter a nação fiel para com Deus, mas eles falharam horrivelmente Então Deus levantou profetas para chamar a nação de volta para Deus. As mensagens dos profetas foram dirigidas ao povo de Israel, não à Igreja. Mesmo achando muitos princípios nos livros proféticos para nós hoje, precisamos tomar muito cuidado para não aplicarmos as promessas e advertências dadas a Israel, para a Igreja.

b. A mensagem principal dos profetas podem ser resumida assim:

1) Condenação: mostrando o pecado da nação.2) Arrependimento: chamando a nação para arrependimento do seu

pecado.3) Castigo: advertindo a nação das consequenciais se recusar a voltar.4) Bênção: confortando a nação condenada com as promessas das bênçãos

futuras de Deus.

c. Quando começamos a interpretar um livro profético, devemos guardar na mente os quatro principais pontos proféticos de que os profetas falam. (Temos que lembrar também que às vezes uma profecia tem um cumprimento duplo). Os quatro principais pontos proféticos são:

1) Os cativeiros Assírico e Babilônico. 2) A primeira Vinda de Cristo. 3) A Segunda Vinda de Cristo (revelação). 4) O Milênio.

d. CUIDADO! Os profetas certamente anunciaram o futuro, mas ver os profetas principalmente profetizando o futuro e esquecer sua função principal (de falar no lugar de Deus aos seus contemporâneos) é uma grande injustiça. Temos que evitar a tentação de vermos profecia em cada declaração só por que encontra-se em um livro profético.

e. O livro de APOCALIPSE tem como seu tema principal a necessidade dos salvos de ser fiel a Cristo até a sua volta, mesmo em tempos de dificuldades

E. LIVROS EPISTÓLICOS - A palavra “epístola” vem do grego (epistole) que quer 22

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dizer: carta, comunicação escrita, despachado. Foi escrita de uma pessoa para outra, ou um grupo de pessoas. Muitas das epístolas foram escritas para responder outras cartas, ou resolver problemas aprendidos de outras fontes. Os livros epistólicos são:

NOVO TESTAMENTORomanos I e II Coríntios Gálatas Efésios

Filipenses Colossenses I e II Tessalonicenses I e II Timóteo

Tito Filemom Hebreus Tiago

I, II e III João I e II Pedro Judas

1. A natureza dos livros Epistólicos.

a. As epístolas são diferentes de qualquer outro tipo de Escritura em várias maneiras:

1) São orientadas por ideias, em vez de ações. 2) São instruções para a Igreja.3) Tem a forma de carta - geralmente seguem o seguinte padrão: nome do

autor, nome do recipiente, saudação, oração ou louvor da carta e despedida.

4) São mais curtas dos demais livros da Bíblia. 5) Foram escritas para resolver problemas específicos. Em vez de Ter

audiência geral com necessidades universais, as epistolas foram escritas para grupos específicos com aplicações específicas.

2. Uma classificação das Epístolas.

Tópico Principal Ensino PrincipalESCATOLOGIA I Tessalonicences II Tessalonicences

SOTERIOLOGIA I Coríntios II Coríntios Gálatas Romanos CRISTOLOGIA Filipenses Efésios Colossenses   Filemom

ECLESIOLOGIA I Timóteo II Timóteo Tito

JUDEU/CRISTÃO

Ensino sobre a doutrina da volta de Cristo.

Ensino sobre a doutrina da salvação.

Ensino sobre a pessoa de Jesus Cristo.

Ensino sobre a doutrina e organização da igreja.

Ensino sobre os problemas e necessidades

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Hebreus Tiago

GERAL I Pedro II Pedro I João Judas

PESSOAL II João III João

dos judeus salvos na dispersão.

Ensinos sobre verdades gerais para o povo em geral.

Ensino dado para pessoas específicas, com necessidades específicas em mente.

F. Conclusão: O tipo de literatura e os detalhes.

1. Cada tipo de literatura bíblica coloca uma ênfase diferente sobre os detalhes.

2. A seguinte tabela mostra os detalhes que são características de cada tipo de literatura.

HISTÓRICOS POÉTICOS PROFÉTICOS EPISTÓLICOSacontecimentos

pessoaslugarespalavrasideias

figuras de linguagem

ideias palavras

ideias acontecimentossímbolos

palavraspessoas

figuras de linguagem

ideias

palavraspessoas

acontecimentos

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III. CONSTRUÇÃO - OS MÉTODOS.

Já temos estudado os 3 passos do procedimento indutivo: observação, interpretação e aplicação. Estes três graus na escada formam a base de qualquer estudo bíblico que possamos fazer.

Agora queremos mostrar 3 métodos diferentes de estudo bíblico, que temos propósitos diferentes e que facilita o emprego do procedimento indutivo:

MÉTODOS DE ESTUDO BÍBLICO

Objetivo:Entender toda a mensagem dum livro da Bíblia.

Objetivo:Estudar e entender os detalhes de uma passagem bíblica.

Objetivo:Aprender o que a Bíblia diz sobre um tópico escolhido.

Livro de Hebreus Hebreus 6 Fé (222 vezes) Hab.. 2:4 até Apo. 14:12

Alicerce - Procedimento Indutivo(Observação, Interpretação, Aplicação)

Se você quer uma visão geral, global de um livro, deverá usar o método sintético. Se o seu objetivo é um estudo detalhado de um trecho, o método analítico seria o indicado, mesmo que poderia usar parte do estudo sintético neste método. E se você quer ver o que a Bíblia diz sobre um determinado assunto (tópico), então você deve escolher o método tópico.

A. O MÉTODO SINTÉTICO.

1. Definição: A palavra sintética significa colocar ou juntar várias partes ou elementos para fazer um todo. Em relação ao estudo bíblico, é para obter uma visão gráfica de um livro como um todo, vendo suas partes principais e seu relacionamento um com o outro. A base então do método sintético é um livro, um livro qualquer da Palavra de Deus, Com este método estamos estudando o livro como um todo, não os detalhes de cada capítulo. Queremos descobrir o sentido geral do livro como uma unidade integral.

Uma das razões principais pelos erros de interpretação e até heresias que vemos hoje em dia, é justamente a falta de síntese. Para interpretarmos corretamente é preciso entender cada texto no seu contexto, e o contexto maior de cada passagem é o livro como um todo.

2. O Procedimento. Vamos agora explicar o procedimento que pode ser usado com

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qualquer livro da Bíblia.

a. Vamos ver o livro como uma unidade integral.

1) Leia o livro cuidadosamente.

a) É melhor ler tudo de uma só vez, mas isso é difícil quando tem um livro de grande porte como Gênesis que tem 50 capítulos.

b) Quando tem um livro comprido, pode passar por cima na leitura, ou dividir o livro em duas partes.

c) Deve ler o livro várias vezes, com uma atitude de oração.d) Deve ler o livro sem consultar qualquer ajuda externa.

2) Registre suas impressões iniciais. Não esqueça de anotar os fatos gerais sobre QUEM, QUANDO, ONDE, O QUE.

a) Onde pensa que estão as divisões? A medida que você for lendo o livro, procure identificar as divisões do livro, entre os capítulos e até entre os parágrafos. Eu pessoalmente gosto de dividir o livro inteiro em parágrafos.

(1) Procure mudanças de assuntos.(2) Procure frases repetidas.(3) Procure mudanças em geográficas.(4) Procure a estrutura gramática.

b) Não espere até o fim para fazer isso por quê esquecerá muitas coisas importantes, mas anote enquanto está lendo.

b. Vamos ver as partes principais do livro.

1) Nós vamos estudar a estrutura principal do livro através de uma tabela do livro. Fazendo uma tabela fará o livro viver e ajudará na memorização do conteúdo do mesmo. A tabela revelara o sentido, força e a intenção do autor.

2) Enquanto está lendo o livro, faça breves anotações acerca do conteúdo principal de cada capítulo.

a) Pode fazer uma lista de cada versículo do capítulo. b) Escreva uma sentença curta, ou frase para resumir o versículo. c) Escreva uma sentença curta, ou frase para resumir versículos que

fazem um parágrafo.d) Resuma ainda seus resumos para pegar a ideia principal do

capítulo ou livro...

a) b) c) d)1 ---------------------2 --------------------- --------------------- 3 --------------------- ---------------------

---------------------26

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4 --------------------- --------------------- 5 ---------------------

3) Comece fazendo uma tabela como a seguinte para seu livro, (talvez precise usar mais do que uma folha para sua tabela). Esta tabela provavelmente passará por várias revisões antes de terminar.

a) Determinar o número total de capítulos, divisões ou parágrafos do livro.

b) Fazer um quadro para cada divisão.c) Colocar dentro dos quadros os números dos capítulos, divisões

principais e/ou versículos.

---------------------

1 2

---------------------

3

---------------------

4-5

d) Escreva dentro do quadro seu resumo do conteúdo.e) Escreva a ideia principal no capítulo ou livro (d).

d) ---------------------c)

---------------------c)

---------------------c)

------------------------------------------

1 2

---------------------

3

---------------------

4-5

f) Dê um título para cada versículo ou parágrafo e o coloque em cima do quadro.

(1) O título deve ser uma palavra só, ou uma frase muito breve. (2) O título deve ser aplicado somente para esta divisão. (3) O título deve ser seu.

g) Procure achar relações entre as divisões. Queira achar a estrutura do livro. Mostre esta relação com quadros maiores embaixo. Escreva uma frase para identificar esta relação.

h) Embaixo também pode anotar o versículo chave e /ou a palavra chave de cada capítulo, contrastes e comparações, problemas, lições práticas, tópicos, tópicos para leitura no futuro, etc.

i) Terminando sua tabela inicial, refine sua informação e faça uma tabela final resumindo o conteúdo do livro.

c. Resumo Simplificado do método sintético:

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1) Divide o livro em parágrafos. Faça sua tentativa primeiro, e depois procure outras ideias em Bíblias que dividem os capítulos em parágrafos, comentários de dá um esboço do livro.

2) Faça um esboço bem detalhado do livro, incluindo todos os parágrafos.

3) Deste esboço faça o gráfico do livro.

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B. O MÉTODO ANALÍTICO 1. Definição e explicação do Método Analítico.

a. A palavra "analítico" simplesmente quer dizer "separar em partes seus componentes". O método analítico é a examinação de alguma coisa em suas partes: os parágrafos que fazem um capítulo, as sentenças que fazem um parágrafo, ou as palavras que fazem uma sentença. Pode dizer que é um método microscópico porque nos ajuda ver de perto os detalhes da passagem escolhida.

b. O método sintético é um apanhado geral, enquanto que o analítico é um estudo especifico. Veja a seguinte tabela para ver a comparação dos dois métodos:

SINTÉTICO ANALÍTICOEstudo geral Livros completos da Bíblia Panorama largo Juntando as partes do livro Uma vista horizontal (largura) largura)

Estudo específico Passagem curta dentro de um livro da Bíblia Vista estreita Dividindo em pedaços uma passagem Uma vista vertical (profundidade) profundidade)

c. Descobrimos que este método é o mais usado por pastores. E a unidade mais fácil para servir como base de um sermão ou estudo. Um parágrafo tem uma largura suficiente para fornecer uma base sólida de uma mensagem, e suficientemente curto para transmitir em uma sessão só.

d. A parte central deste método é o esboço analítico, as vezes também chamado “esboço mecânico”. O esboço analítico pode ser definido como reescrever em forma de esboço o trecho sendo estudado em uma maneira que demonstra visualmente a lógica dao passagem. Fazemos isso escrevendo as frases dos versículos em linhas curtas em forma de um esboço.

2. O valor de fazer um esboço analítico:

a. É forçado pensar e analisar o trecho, não somente ler por cima o trecho.b. Exige atenção aos detalhes do texto.c. Dá dicas ao desenvolvimento do propósito do autor.d. Fornece como folha de trabalho, onde pode escrever suas observações e mostrar

relacionamentos, fazer perguntas, etce. Levanta perguntas interpretativas.f. Fornece sugestões para o esboço homilético.

3. Guias gerais para estudar uma passagem.

a. Selecionar a unidade a ser estudada.

1) Pode ser um capítulo ou uma sentença dentro do capítulo. Eu prefiro um parágrafo, que às vezes é uma sentença só, mas pode ser um versículo só.

2) Como determinar o parágrafo?

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a) Ler o capítulo várias vezes ficando alertao para mudanças de pensamento, ideiaspensamento, ideias ou tópicos, ou ilustrações destes pensamentodestes pensamentos, etc.

b) Fazer uma lista dos seus parágrafos (ex. 1-3, 4-8, 9-10, 11, 12-15).

Colossenses 1Eu RSV Phil ASV W

1-23-89-1415-1718-2021-2324-2728-29

1-23-89-14

15-20

21-2324-29

1-23-67-1011-1415-2021-23a23b-2728-29

1-23-89-23

24-29

1-23-89-1617-20

21-29

c) Comparar seus parágrafos com aqueles em outras traduções da Bíblia (O NOVO TESTAMENTO VIVO, A BÍBLIA NA LINGUAGEM DE HOJE, veja também “Bible online” no internetna internet). Talvez esta seja a única maneira que estas traduções possam nos servir. Lembre-se que estes parágrafos não são inspirados divinamente, mas foram adicionados muito tarde por editores humanos tentando nos ajudar a ler a Bíblia com mais facilidade. Os autores originais dos livros da Bíblia não dividiram seus livros em capítulos, parágrafos ou versículos; porque fazendo assim iria deixar muito espaço vazio nas folhas do manuscrito, uma extravagância muito proibida por causa do custo alto do pergaminho. De fatoDe fato, os manuscritos antigos nem tem espaços entre as palavras e sentenças.

d) Também pode usar esboços dos livros da Bíblia encontrados em comentários, etc.

e) Fazer agora uma análise das diferenças: por quêpor que eles dividiram os versículos em lugares diferentes do que você?

3) Lembre-se que às vezes os capítulos foram feitos arbitrariamente. Quer dizer que uma divisão foi feita no lugar errado. Sempre compare o fim de um capítulo com o início do outro.

b. Selecionar uma passagem que o interesse. c. No início manter o alvo breve - Nada é mais desanimador do que tentar mastigar alguma

coisa grande demais.

4. Observar o todo.

a. Tome uma vista total. Ler a passagem cuidadosamente.b. Coloque a passagem no seu contexto.

1) Sempre devemos nos perguntar: "Qual é o contexto desta passagem?" 2) Examinando o contexto envolve observando o que vem antes e o que vem depois da

passagem:

Contexto Precedente

A passagem<— em si —>

Contexto Seguinte

30

Page 33:  · Web viewEm relação ao estudo bíblico, é para obter uma visão gráfica de um livro como um todo, vendo suas partes principais e seu relacionamento um com o outro. A base então

c. Enquanto está fazendo o esboço sempre responda as perguntas chaves (quem, o que, onde e quando).

d. Sinta o caráter e emoção da passagem. A passagem reflete gozo, tristeza, vitória, derrota, ou alguma outra emoção? O autor está expressando com seus receptores que ele está perturbado, preocupado, etc?

5. Faz um esboço analítico. A idéia geral é reescrever o trecho colocando as idéias importantes à esquerda e idéias subordinadas à direita, debaixo das idéias principais - criando um esboço do trecho.

a. Não esqueça de ler o trecho pelo menos 10 vezes para o conhecer bem.b. Escrevae em cima, como título, o trecho ou livro que está estudando.c. Antes das frases, escrevae o número dos versículos.

Todos as linhas:1:8 Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, 8 que há de vir sobre vós; 8 e ser-me-eis testemunhas 8 tanto em Jerusalém 8 como em toda a Judéia e Samaria, 8 e até aos confins da terra.

Só o início do versículo:1:8 Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra.

d. Escreva a primeira frase até o extremo esquerdo do quadro (uma frase são as palavras entre os sinais de pontuação).

e. Então considere as seguintes frases uma por uma, e pergunte a si mesmo:

1) Com o que esta frase está relacionada?

a) Com a frase anterior, ou uma outra frase antes desta? b) Com qual palavra ou ideia já expressada?

2) Como que esta frase está relacionada?

a) Se a frase é uma continuação da idéiaideia anterior (modificardor) ou uma ideia ou pensamento adicional; inicie (escreva) a frase embaixo da última frase, mas três ou cinco espaços para a direita do começo da frase anterior.

Frase inicial #1 --------------------------------------------Frase modificadora #1 ---------------------------------

b) Se a frase é um pensamento paralelo (tem a mesma força e importância); inicie a frase embaixo da última frase, mas comece a frase onde a frase paralela começou.

Frase inicial #1 --------------------------------------------Frase modificadora #1 ---------------------------------

Frase paralelo # 1 ----------------------------------------

c) Se a frase é parte de uma lista de nomes, qualidades, ações, etc; faça uma coluna vertical.

31

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Frase inicial #1 --------------------------------------------Frase modificadora #1 ---------------------------------

Frase paralelao # 1 ----------------------------------------Frase de Lista #1 ----------------------Frase de Lista #2 ----------------------Frase de Lista #3 ----------------------Frase de Lista #4 ----------------------

6. Adicionar observações e anotações.

a) Escreva embaixo, entre parênteses, o substantivo dos pronomes. b) Escreva a definição de palavras chaves. c) Trace linhas para ligar ideias paralelas ou progressivas. d) Escreva outros versos que estão relacionados.e) Marcar os princípios de estrutura.f) São vários detalhes que devemos notar:

1) Palavras chaves: Palavras são o coração de qualquer linguagem. Podemos dizer que as palavras são os mais importantes elementos de qualquer trecho. Sempre devemos nos perguntar: "Quais são as palavras mais importantes nesta passagem" Faça uma lista destas palavras para estudar mais tarde. Anote palavras que não são conhecidas.

2) Ideias chaves: Ideias chaves quer dizer os princípios da vida Cristã que estão sendo apresentados pela passagem. Podemos dizer aqui que as epístolas são principalmente ideias orientadas, enquanto que os livros históricos são ações orientadas.

3) Pessoas chaves: Muitas vezes pessoas são mencionadas e que são essenciais para entender a mensagem da passagem. Devemos estudá-las com mais detalhes.

4) Acontecimentos chaves: As vezes um acontecimento é a chave para entender uma passagem. Podemos ganhar uma compreensão melhor conhecendo e pensando sobre os acontecimentos mencionados. Devemos nos perguntar quais são os acontecimentos importantes do trecho? Estão mencionados em outros lugares da Bíblia?

5) Lugares chaves: As vezes a geologia de um lugar chave pode trazer nova luz sobre um assunto. Devemos localizar em um mapa os lugares mencionados, e pesquisar para saber se existe outra informação que pode nos ajudar a entender melhor a passagem.

6) Figuras de linguagem: Pode explicar o seu significado ou uso.

7. Dar títulos aos parágrafos. Uma maneira de ver o conteúdo de um parágrafo rapidamente é dar um título para cada parágrafo que é um resumo daquele parágrafo. O título deve ser apenas de uma ou duas palavras.

8. Fazer um esboço simples:

a. Agora você está pronto para fazer um esboço do trecho estudado. b. Um esboço deve sempre incluir um título, as divisões principais, e as subdivisões das

ideias principais. c. Seu esboço pode ou não pode seguir exatamente a estrutura dos seus parágrafos. As vezes

vários parágrafos serão incluídos em uma só ideia principal, ou você pode escrever vários sub pontossubpontos para seu esboço de um só parágrafo.

d. Note: Eu sempre começoa com um esboço detalhado do livro antes de fazer o esboçoo esboço analítico. Meu esboço do livro é muito detalhado, quase um mini

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commentáriocomentário do livro. Eu incluoenfia os versículos no esboço e depois faço o esboço analítico.

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C. O MÉTODO TÓPICO.

1. Introdução.

a. O alvo do método é descobrir o que a Bíblia tem a dizer acerca de algum tópico. Nós vamos traçar um assunto específico nas Escrituras para resumir o que a Bíblia tem a dizer sobre este assunto. Um estudo tópico pode ser limitado para um livro ou vários, mas geralmente tem a Bíblia inteira em vista.

b. No método tópico a necessidade em ter outros auxílios secundários é mais importante do que nos outros métodos. Siga os auxílios mais importantes para este tipo de estudo.

1) Uma Bíblia que tenha referências. 2) Uma Concordância da Bíblia.

c. Siga uma lista parcial de tópicos diferentes que possam ser estudados:

1) Biografias (Jesus, Davi, Daniel, Josias). 2) Teologia /Doutrinas (Salvação, Segurança, Batismo, Espírito Santo). 3) Geografia (Sinai, nações, cidades). 4) Sermões (de Jesus, de Pedro). 5) Parábolas (de Jesus, no V.T., de Paulo). 6) Orações (de Moises, de Jesus). 7) Promessas (do V.T., do N.T.). 8) Comandos (ide, amar, perdoar).9) História (Babilônia, Edom, Moabe).10) Palavras/Conceitos (amor pecador, alegria, paz, ira, lingua). 11) Milagres (do V.T., de Pedro).12) Profecias (acerca de Edom, primeira vindo de Cristo, milênio).13) Nomes (três filhas de Jó, Jaocó, Deus).14) Tipos (tabernáculo).

2. O procedimento indutivo e tópico.

a. Observando os tópicos.

1) Escolher seu assunto. De preferência um assunto que pode te ajudar numa área fraca ou problemática, ou te ajude a ar dar respostas para sua fé.

2) Juntar todos versículos sobre o assunto (aqui é indispensável uma Bíblia com referência ou uma concordância). Não esqueça de procurar outras palavras que tenham ideias ou conceitos semelhantes.

3) Ler cada versículo, um por um, anotando o que aquele versículo fala sobre seu assunto.

4) Pensar sobre seus descobrimentos (escreva alguns dos seus pensamentos até aqui). 5) Organizar seus descobrimentos. Juntar os versículos que têm ideias semelhantes. 6) Pesquisar outras fontes de informação. 7) Escolher o trecho principal. Escolha aquele versículo ou trecho que se aproxime

mais perto para expressar o ensinamento da Bíblia.

b. Interpretando tópicos.

1) Anotar todos os princípios que ensinam. Pergunte a si mesmo: "O que este tópico 34

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tem para dizer que é útil para a vida cristã e a igreja em geral?" 2) Pesquisar os contextos e procurar comparações. Há qualquer outra parte da Bíblia

que afeta os princípios que tinha listado? 3) Consultar fontes secundárias. 4) Declarar suas conclusões.

c. Aplicando tópicos - da mesma maneira de sempre.

3. Como estudar BIOGRAFIAS.

a. A importância! Somos exortados a estudar as vidas dos outros para nossa edificação, aprendendo o que devemos fazer e os erros a evitar. (Rom 15:4,1 Cor. 10:11).

b. O alvo! Para conhecer melhor a pessoa da Bíblia através de um estudo íntimo de sua vida com o propósito de tirar da sua vida princípios para nossas vidas de hoje.

c. Algumas sugestões:

1) Selecione a pessoa. O campo é vasto com mais de 2.900 pessoas mencionadas por nome na Bíblia. Temos que tomar cuidado para não sermos confundidos com vários nomes para a mesma pessoa. Ex (Pedro é chamado também de Simão). Também temos que estar alertas ao fato de que várias pessoas tem o mesmo nome (são 15 pessoas diferentes com o nome Jônatas, 8 com nome Judas, 7 com o nome de Maria, 5 com o nome de Tiago e 5 com o nome de João). E importante não confundir estas pessoas.

2) Junte toda a matéria bíblica que possa achar sobre esta pessoa. Faça uma lista de todos os trechos onde a pessoa é mencionada. Seu estudo pode ser feito dentro de um livro só, ou com a Bíblia inteira. Depois dê uma lida nesta matéria (de preferência de uma só vez).

3) Organize seus descobrimentos. Preencha uma folha com os seguintes itens quando for possível:

a) NOME: O que significa? Outros com o mesmo nome?

b) NASCIMENTO: Os fatos acerca do seu nascimento. Onde e quando nasceu? Alguma coisa diferente a cerca do seu nascimento?

c) FAMÍLIA: Quem são seus pais e irmãos? Que tipo de pessoas foram? Como que foi a vida no seu lar? Que influência os pais e/ ou irmãos tiveram na sua vida?

d) EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO: Quais são as influências (escola, igreja, etc) que formaram a vida desta pessoa?

e) AMBIENTE HISTÓRICO: Quais foram as condições sociais, religiosas, políticas e econômicas que cercaram sua vida?

f) MOVIMENTO GEOGRÁFICO: Onde viveu esta pessoa? Ele viajou de um lugar para outro?

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g) SALVAÇÃO: Como esta pessoa foi salva? Quem foi que a levou a salvação?

h) VIDA ESPIRITUAL: Como que foi a sua relação para com Deus? Foi uma pessoa de oração? Sua fé foi forte ou fraca? Teve períodos de afastamento de Deus? Como foi que sua relação com Deus afetou sua vida (as coisas que foram feitas?)

i) PECADO: Há qualquer pecado que é destacado na vida desta pessoa? Que tipo de pecado? O que levou a pessoa a pecar? Ela ganhou a vitória? Como? Como este pecado afetou sua vida?

j) REALIZAÇÕES PRINCIPAIS: Qual foi a principal realização para Deus ou para a nação de Israel? Qual foi seu impacto sobre as vidas das pessoas no seu dia? Ela escreveu algum livro da Bíblia?

k) MORTE: Como morreu? Aconteceu qualquer coisa de diferente na sua morte? Há qualquer mensagem a ser transmitida através de sua morte?

l) LIÇÕES PRINCIPAIS: Há qualquer princípio importante para nossas vidas hoje, que saíram da vida desta pessoa? O que ela fez que devo evitar ou devo imitar?

4) Faça um gráfico da vida da pessoa. Um gráfico da vida é uma maneira que nos ajuda organizar os fatos da vida desta pessoa. Este gráfico é apenas uma linha reta que marca os acontecimentos principais na vida da pessoa. Pode incluir datas, passagens bíblicas, e movimentos geográficos.

5) Pesquise fontes secundárias.

6) Escolha um trecho principal que pareça resumir melhor a vida desta pessoa.

9. Como estudar DOUTRINAS.

a. A importância: (I Ped.3:15; II Tim. 2:15; I Tim. 4:6, 13, 15, II Tim. 3:16; Tito 2:1).

b. Um estudo de doutrinas pode ser de palavras (graça, santificação, justificação, etc), pode ser de ideias (os atributos de Deus, a obra do Espírito Santo, etc) pode ser de pessoas (Deus, Jesus, o Espírito Santo, etc) ou pode ser de tópicos (a Bíblia, anjos, etc).

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c. Uma lista das áreas principais de doutrinas:

1) Bibliologia: estudo da origem da Bíblia. 2) Teologia: estudo de Deus. 3) Cristologia: estudo de Cristo. 4) Pneumatologia: estudo do Espírito Santo.5) Antropologia: estudo do homem. 6) Harmatologia: estudo do pecado. 7) Soteriologia: estudo da salvação.8) Eclesiologia: estudo da igreja. 9) Escatologia: estudo do futuro.10) Angelologia: estudo dos anjos.

d. Como estudar uma doutrina.

1) Escolher uma doutrina. 2) Juntar todos os dados. 3) Organizar seus descobrimentos.

a) Quais são as palavras chaves? Faça uma lista das palavras chaves com suas referências.

b) São livros ou trechos chaves que ensinam esta doutrina? c) Há qualquer problema que esta doutrina cria? Pessoas têm problemas ou difícil

entendimento para com esta doutrina? d) Esta doutrina é progressiva na sua revelação? e) Jesus mencionou ou ensinou esta doutrina? f) Esta informação corrige qualquer doutrina falsa?

4) Declarar sua doutrina cuidadosamente. 5) Consultar fontes secundárias. 6) Escolher um trecho principal.

e. Alguns guias adicionais:

1) Uma doutrina tem que ser baseada sobre declarações literais da Bíblia e não trechos figurativos.

2) Uma doutrina tem que ser baseada sobre declarações claras em vez de declarações obscuras.

3) Uma doutrina tem que ser baseada sobre trechos didáticos (instrutivos), não históricos.

4) Uma doutrina tem que ser baseada sobre todas as passagens da Bíblia, não somente algumas.

5) Lembre-se que há doutrinas que não tem uma palavra na Bíblia para a descrever, há doutrinas que tem mais do que uma palavra para a descrever, e há trechos onde a doutrina é apresentada sem a palavra atual estar presente.

6) Sempre procure ver a relação prática que esta doutrina tem para a vida.

5. Como estudar as PALAVRAS:

a. Dificuldades para definir as palavras. 37

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1) As palavras mudam seu sentido. Uma palavra pode significar uma coisa em uma época da história, mas significar outra em uma outra época.

2) Palavras diferentes podem ter o mesmo sentido. Estas palavras são chamadas sinônimos.

3) Uma palavra pode ter vários sentidos. 4) Algumas palavras têm sentidos obscuros. 5) As vezes o tradutor cria um pouco de confusão.

b. O nosso ALVO: descobrir o sentido da palavra no contexto onde se encontra.

c. Os “círculos” do contexto.

1) A palavra hebraica ou grega - descubra a palavra no hebraico ou no grego (uma concordância).

2) A passagem ou versículo - escreva sua ideia do sentido da palavra com suas próprias palavras.

3) Mesmo livro - descubra todos os lugares que esta palavra é usada no mesmo livro. Leia todas as referências e escreva qualquer outro sentido.

4) Mesmo autor - descubra as referências nos outros livros escritos pelo mesmo autor. Classifique as referências segundo seus sentidos.

5) O Velho e o Novo Testamento - faça a mesma coisa no Testamento inteiro onde encontra-se a palavra.

d. Princípios para determinar o sentido da palavra.

1) Alguns sentidos não se encaixam e podem ser eliminados. 2) O círculo mais perto da palavra é mais importante para descobrir o seu sentido.3) Preste atenção para o trecho na Bíblia onde a palavra se encontra pela primeira vez. 4) O contexto imediato é o juiz final para determinar o seu sentido. 5) Confira com fontes secundárias.

a) Verifique todas as vezes que a palavra é usada na Bíblia: é necessário uma Concordância Bíblica.

b) Verifique o sentido da palavra: um dicionário. c) Estude a palavra hebraica ou grega de onde vem a palavra traduzida em

português: livros sobre as línguas originais.

6. Como estudar PARÁBOLAS:

a. Qual ocasião provocou a descrição desta parábola? 38

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b. A parábola foi contada para quem? c. Esta parábola é interpretada completamente ou em parte em alguma outra parte da

Bíblia? d. Existem pistas para a interpretação desta parábola no próprio contexto? e. Qual é o ensino central? Lembre-se que uma parábola somente tem uma verdade

primária. f. Estude os costumes e práticas que formam a parte cotidiana da parábola. g. Escreva sua própria parábola, usando as situações e costumes de hoje, para ensinar a

mesma verdade. h. Lembrar que todos os detalhes não precisam significar algo especial.

7. Como estudar as ORAÇÕES:

a. Quem está orando? O que sabe sobre ele? b. Note as circunstâncias que causaram esta oração. c. Note os aspectos físicos da oração: de joelhos, em pé, em público, em particular, etc. d. Note a palavra usada para indicar o ato da oração: "clamou ao Senhor". e. Note para quem a oração foi dirigida: Deus o Pai, Jesus, o Espírito Santo. f. Note o assunto principal da oração. g. Note a ordem geral da oração. h. Note se a oração foi respondida, e como, sobre quais circunstâncias. i. Note o resultado da oração. Qual foi o efeito sobre a pessoa que a ofereceu a Deus, as

pessoas que ouviram a oração, outras?

8. Como estudar os MILAGRES:

a. Sugestões:

1) Faça um esboço do contexto. 2) Note o termo descrevendo o milagre: prodígio, sinal, obra, maravilhas, etc. Implica

poder, espanto ou seu propósito? 3) O que o milagre revela sobre a obra e natureza de Deus. 4) Faça uma tabela do milagre registrando: tipo (sobre doença, natureza, morte,

demónios), ocasião e pessoas (idade, sexo, estado espiritual), meio (palavra, toque, cuspe), resultado, reação.

b. Resumo dos milagres:

1) 62 milagres no Velho Testamento. 2) 36 milagres por Jesus. 3) 05 milagres pêlos apóstolos.

9. Como estudar os TIPOS:

a. Definição: um tipo é um símbolo geralmente de alguma coisa futura, especialmente Cristo e a salvação.

b. Coisas que são usadas como tipos:

1) Pessoas. 39

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2) Acontecimentos. 3) Objetos. 4) Cerimônias.5) Números. 6) Cores.

c. Por que devemos estudar tipos?

1) Enriquece nossa vida espiritual por tomar a Bíblia mais rica em verdades. 2) Enriquece nossa mensagensnossas mensagens. 3) Enriquece nossa fé em Deus e na sua palavra maravilhosa.

d. A base Bíblica.

1) A palavra grega "tupos" é usada em Rom. 5:14 e I Cor. 10:6 ("figura" no português) mostra que os tipos foram dados para nossa edificação.

2) Veja também I Ped.3:21; Heb. 9:9, 10:1, 11:19, e Gál. 4:24.

e. Coisas para lembrar:

1) Tome cuidado em notar onde começa e termina o tipo. Por exemplo algumas pessoas são tipos de Cristo em apenas um ou mais aspectos, mas não suas vidas inteiras.

2) Nunca devemos construir uma doutrina sobre um tipo. 3) Tipos apresentam verdades eternas, não mudam com o tempo. 4) Nunca crie um tipo sem ter uma base de antemão.

Livros Consultados

BROOKS, Keith L., Basic Bible Study, Chicago: Moody Bible Institute, 1961

CUSTER, Stewart, Methods of Bible Study, Greenville: Bob Jones University Press, Inc., 1971..

EVANS, William, The Book-Method of Bible Study, Chicago: The Bible Institute Colportage Association, 1915.

FINZEL, Hans, Opening The Book, Wheaton: Victor Books, 1987.

GRAHAM, Billy, My Personal Bible Study, Minneaplis: The Billy Graham Evangelistic Association, 1962.

HALDEMAN, I.M., How To Study The Bible, Greenville: The Gospel Hour, Inc.

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Outraos Fontes:

Livros: Erwin, Gayle D. The Jesus Style. Palm Sprmgs, Califórnia: Ronald N. Haynes Publishers, Inc., 1983. Finzel Hans. Opening The Book. Wheaton, Illinois: Victor Books 1987. Finzel Hans. Unlockmg The Scriptures. Wheaton, Illinoís: Victor Books, 1986. Henricksen, Walter A. Métodos de Estudo Bíblico. São Paulo: Editora Mundo Cristão, 1976. Henricksen, Walter A. Princípios de Interpretação da Bíblia. São Paulo: Editora Mundo Cristão, 1976. Jensen, Irving L. A vida de Cristo - Estudo Bíblico. São Paulo: Editora Mundo Cristão, 1969. Jensen, Irving L. Marcos - Estudo Bíblico. São Paulo: Editora Mundo Cristão, 1972. Nyquist, James F. e Kuhatschek, Jack. Leading Bible Discussions. Downers Grove, Illinois: Inter Varsity Press, 1973.

Apostilas: Crespo, Ubirajara C. Métodos de Estudo Bíblico, SBPV. Crespo, Ubirajara C. A Vida de Cristo, SBPV. Hendricks, Howard. Bible Study Methods, Dallas Theological Seminary, 1982 Moura, Lisanias. Métodos de Estudo Bíblico. SBPV, 1989.

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