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PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA E INICIAÇÃO À DOCÊNCIA- PIBID UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA SUB-PROJETO GEOGRAFIA ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO SÃO SEBASTIÃO PROFESSORA COORDENADORA: Prof.ª Dr.ª JOSANDRA ARAÚJO BARRETO DE MELO PROFESSOR SUPERVISOR: GIUSEPP CASSIMIRO DA SILVA TURMA DE ATUAÇÃO: BOLSISTA PIBID: GIOVANA TAVARES LOPES ESTRATÉGIAS METODOLÓGICAS PARA ANALISE E COMPREENSÃO DOS CONTEÚDOS FISICO-NATURAIS DA GEOGRAFIA CAMPINA GRANDE-PB FEVEREIRO-2016 1.INTRODUÇÃO

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PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA E INICIAÇÃO À DOCÊNCIA- PIBID

UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA

SUB-PROJETO GEOGRAFIA

ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO SÃO SEBASTIÃO

PROFESSORA COORDENADORA: Prof.ª Dr.ª JOSANDRA ARAÚJO BARRETO DE MELO

PROFESSOR SUPERVISOR: GIUSEPP CASSIMIRO DA SILVATURMA DE ATUAÇÃO:

BOLSISTA PIBID: GIOVANA TAVARES LOPES

ESTRATÉGIAS METODOLÓGICAS PARA ANALISE E COMPREENSÃO DOS CONTEÚDOS FISICO-NATURAIS DA GEOGRAFIA

CAMPINA GRANDE-PBFEVEREIRO-2016

1. INTRODUÇÃO

O estudo e compreensão dos conteúdos nas aulas de geografia no decorrer do

processo de ensino-aprendizagem incorpora diferentes articulações entre as

possibilidades em propor uma aula dinâmica, participativa onde o compartilhamento de

conhecimentos e experiência torna-se o objetivo principal. Desse modo muitas analises

acerca dessas proposições são necessárias para que essas estratégias sejam disseminadas

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no âmbito escolar, trazendo contribuições efetivas para a minimização das rotulações

acerca do aspecto enfadonho da geografia relacionada ao tradicionalismo presente no

contexto de seu ensino.

O espaço geográfico em suas variáveis dimensões é caracterizado por complexas

relações entre a sociedade, espaço e natureza. A interpretação dessas relações recebe

ressignificações decorrentes de estudos e analises concernentes ao espaço e suas

apropriações, sempre relacionadas a perspectivas de poder, disseminação de ideologias

e propagação de exclusão no contexto da sociedade e suas apreensões do espaço.

Nesse sentido compreender o espaço e os fenômenos que nele se encenam, torna-se

efetivamente necessário, no tocante a estabelecer maiores analises e aproximações entre

os conteúdos explícitos nas aulas de geografia e o cotidiano dos alunos. Os aspectos

físico-naturais relacionados aos conteúdos revelam uma expressiva importância e

necessitam de ressaltas e abordagens que tornem os conteúdos significativos no

concernente a aprendizagem.

Diante dos processos de renovação das bases filosóficas da geografia, muitas

analises foram expressivamente postas em uma perspectiva de reflexão e atuação, nesse

contexto cresce o interesse em expandir os estudos sobre o meio e dessa forma

correlacionar os variáveis fenômenos que ocorrem no espaço a vivencia da sociedade.

Mesmo diante do prevalecimento de práticas mnemônicas tradicionais que persistem no

âmbito do ensino de geografia, surge a necessidade de pensar a implementação de

estratégias metodológicas que objetivem, contribuições e maiores compreensões acerca

dos conteúdos físico-naturais no ensino da geografia.

Baseando-se nas abordagens enfatizadas diante das discursões postas até então,

se repensa a busca por novas estratégias de ensino da geografia articulada à realidade.

Por meio dessas contribuições é obtido o ponto de partida para o trabalho do bolsista

PIBID, na E.E.E.F.M. SÃO SEBASTIÃO, Campina Grande-PB, tendo em vista que

todas essas colaborações são importantes para o desenvolvimento de mais projetos

voltados para a temática, para a formação inicial do bolsista e aprofundamento de

conteúdos e inserção na formação continuada pelo professor supervisor.

2. FORMULAÇÃO DO PROBLEMA

As práticas educacionais relacionadas a geografia, são continuamente postas em um

sentido de mudanças e adaptações referentes a necessidade de compreensões acerca da

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importância dessa ciência, para a analise do espaço e seus múltiplos contextos. No

entanto ressalta-se a importância de por meio do ensino, criar incorporações de

estratégias didáticas que internacionalizem a significação dos conteúdos, bem como a

desmistificação de concepções mnemônicas que circundam a geografia, que em grande

parte é tida como uma disciplina de caráter decorativo, enfadonha e pouco significativa

no concernente ao cotidiano dos alunos e demais integrantes da sociedade.

Tais concepções sobre o caráter monótono da geografia, são evidenciadas

mediante as analises dos alunos, que vivenciam em suas trajetórias escolares, a

aprendizagem pouco proveitosa no âmbito das ciências não apenas a geográfica. As

analises dos questionários de diagnósticos aplicados na turma de atuação, comprovam

essas ressaltas, principalmente no referente à geografia física. Desse modo o interesse

pelas aulas de geografia está em grande parte articulado a maneira como se processam

as dinâmicas de aula, a forma de exposição de conteúdos e se existe a preocupação em

traçar dinâmicas e projetos, cujos objetivos seja propor novas aquisições de

conhecimentos que não se restringem apenas ao livro didático, mas que ampliem a

capacidade de aprender além dos conteúdos orientados.

No entanto a reflexão sobre as concepções acerca da disciplina, tornam-se

necessárias no tocante ao estabelecimento de propostas, que versem sobre a cooperação

e observância em instaurar em sala de aula, estratégias que objetivem tornar o

conhecimento geográfico proveitoso e caracterizador de pesquisas voltadas para a

problematização e compreensão dos conteúdos da geografia física, que remetem-se a

natureza e influencia da sociedade em suas moldagens. Assim como a aproximação

entre o ensino e realidade vivenciada pelos alunos.

Para tanto, no sentido de compreender essas múltiplas concepções, as observações

das aulas também são importantes no concernentes a analisar as posturas, participações

e anseios pelos aportes oferecidos pela geografia. Nesse sentido, reflexões vão

tornando-se necessárias, no objetivo de propor e implementar recursos, que tornem as

aulas de geografia mais ampliadoras de conhecimento e de articulações entre os

fenômenos físicos e o cotidiano da sociedade, influencias, problemas e propostas

alternativas de soluções.

Na tentativa de compreender as características do espaço geográfico em suas

proporções físicas e humanas, muitas possibilidades são discutidas e atuarão no sentido

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de somar a aprendizagem da geografia. Por tanto havendo a colaboração de toda equipe

em aula, muitas possibilidades surgem juntamente com as curiosidades e

questionamentos a respeito dos conteúdos, isso torna o projeto promissor. Por meio de

bases constituídas em meio a intenção de conhecer além toda proposta renderá

superações e minimizações de concepções cercadas pelas marcas da memorização como

ferramenta de conhecimento e avaliação.

3. OBJETIVOS

Geral:

Colaborar com o processo de construção de conhecimentos acerca da geografia, bem

como melhorar a aprendizagem acerca da geografia física, tais contribuições serão

resultantes da utilização de estratégias didáticas, que sejam capazes de alcançar os

objetivos de construir representações leituras e compreensões sobre os fenômenos

físicos que influenciam no cotidiano social.

Específicos:

Relacionar os conteúdos geográficos com os espaços vividos dos alunos;

Cooperar com o desenvolvimento de estratégias que ampliem a capacidade de

percepção dos aspectos físico-naturais da geografia.

Identificar continuamente, as lacunas existentes no conhecimento geográfico e

refletir sobre alternativas que visem à superação dessas dificuldades, ampliando o

aprendizado e despertando novos olhares críticos e compreensivos em relação aos

conteúdos.

JUSTIFICATIVA

A necessidade analisar a dinâmica do espaço geográfico se torna cada vez mais

abrangente, para que novas possibilidades de compreensão sejam constituídas pelos

alunos. A relação entre a sociedade e natureza no espaço é representada por diferentes

sujeitos, apropriações e problemas. Desse modo a utilização de estratégias didáticas que

propõem a analise dos diversos aspectos que compõem a realidade desses espaços,

representa uma contribuição significativa para os estudos geográficos e o conhecimento

sobre os aspectos físicos tratados pelos conteúdos geográficos.

A analise entre os aspectos físico-naturais presentes no espaço evidencia-se

como precisa, no sentido de induzir reflexões sobre a articulação entre essas temáticas e

a sociedade. Haja vista a colaboração para a desmistificação dos aspectos decorativos

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atribuídos ao ensino dos fenômenos físicos que compõem o estudo da geografia. Por

meio da reflexão das referidas articulações e compreensões, o ensino de geografia

poderá proporcionar contribuições expressivas relacionais a formação de cidadãos

conhecedores e atuantes em seus espaços de vivencia.

No decorrer do desenvolvimento do projeto muitas colaborações advindas do

uso de estratégias didáticas, irão influenciar na construção de um conhecimento mais

amplo para os alunos. Assim como a presença da Bolsista na escola possibilita muitas

contribuições a medida que também favorece a reflexão sobre as práticas adotadas pelo

professor supervisor. Concomitantemente, por meio das colaborações em conjunto

novas perspectivas de aprendizagem são viabilizadas, em meio às práticas em sala de

aula.

4. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA EM ESTUDO

A Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio São Sebastião, localiza-se na

Rua Estelita Cruz, bairro do Alto Branco em Campina Grande-PB, a escola possui um

corpo discente formado por alunos de diversos bairros da cidade, onde estudam no turno

da manhã e tarde, na modalidade de ensino de nível fundamental e médio.

Figura 1: Localização da Escola São Sebastião

Fonte : Google Earth (2012)

A escola São Sebastião foi fundada a mais ou menos 50 anos atrás, a escola desde

esse período já apresentava um número considerável de alunos cerca de 407, distribuídos

entre a 1° e 4° série, posteriormente a escola passou a ter um número cada vez maior de

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alunos. A partir do ano de 1986 a escola obteve a nomeação de Escola Estadual de 1º

grau São Sebastião. As séries existentes até então ainda eram insuficientes para atender a

demanda de alunos, por isso no ano de 1994 foi criado o ensino do 2º Grau, através do

decreto nº 16.112, publicado no Diário Oficial do estado da Paraíba, do dia 23/04/1994.

Com a criação do 2° grau, tornou-se necessário uma área maior, no entanto para

atender a grande demanda de alunos a escola foi transferida para uma parte do seminário

do Alto Branco, permanecendo até o ano de 1997. A partir de 1998 a escola passa a

funcionar em seu próprio prédio, atualmente a escola conta com mais de 1500 alunos

distribuídos entre as modalidades de ensino fundamental e médio.

A escola mesmo estando localizada em meio a uma área nobre da cidade atende a

um contingente de alunos em sua grande maioria de baixa renda, sendo estes moradores

de outros bairros da cidade e de municípios vizinhos. O trabalho do professor supervisor

também colabora de maneira expressiva, contribuindo para a organização das aulas e

desenvolvimento dos projetos vinculados ao programa. A escola busca por meio do

intermédio de suas práticas contribuírem para a consolidação de um ambiente harmonioso

onde o ensino e aprendizagem sejam os objetivos da educação.

Figura 2: Alunos do “1° ano A” tarde, durante uma atividade relacionada à Cartografia.

Fonte: LOPES, Giovana Tavares.

Considerando a atuação da equipe PIBID na escola, muitas possibilidades de

inovações tornam-se significativas, ampliando as perspectivas de integração dos alunos

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com toda comunidade escolar. Estabelecendo parcerias com o meio acadêmico, as

equipes envolvidas nos programas e os demais estagiários, possibilita a constituição de

um ensino mais abrangente, onde novas leituras de mundo se visualizam nas práticas

desenvolvidas pelos profissionais envolvidos no processo de educação da escola.

5. REFERENCIAL TEÓRICO

Considerações acerca da importância dos conteúdos físico-naturais na geografia.

A geografia brasileira institucionalizou-se no século XX, tendo contribuições da

Universidade de São Paulo, do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística, desde então

a ciência geográfica passa por uma trajetória de renovações, baseadas em concepções

teóricas que buscavam a analise dos fenômenos e processos desenvolvidos no âmbito da

natureza e sociedade.

Por entre as reformulações e concepções acerca do estudo da ciência geográfica,

as analises dos elementos físicos, estiveram presentes em grande parte das hipóteses e

discursos de geógrafos e estudiosos. Os conteúdos físicos sempre estiveram de forma

mais abrangentes nas escolas, e de certa forma, fortes influencias do caráter descritivo

da geografia física nas escolas, remete-se as abordagens contidas na geografia dos

militares (BRABANT, 2010).

O discurso descritivo e de caráter pouco explicativo, permanece enaltecendo sua

minimizações concernentes a preocupação em sistematizar uma maior abrangência e

enfoque acerca de determinado conteúdo, principalmente os relacionados a geografia

física. Essa falta de analises e maiores interpretações, fortalecem a prevalência de

concepções decorativas relacionadas a geografia. Os alunos se vêem diante de uma falta

de estimulo em compreender e atuar sobre determinada realidade por meio do

conhecimento mais expressivo dos conteúdos que relacionam-se com suas vivencias

cotidianas.

Nesse sentido, atuando na proposta de expandir as abordagens relacionadas aos

conteúdos relacionados ao meio físico, ressalta-se a necessidade de adicionar novas

perspectivas de compreensões e expressividade de um ensino, que seja capaz de atrair as

potencialidades reflexivas dos alunos, bem como o fortalecimento de suas

conscientizações, para posterior atuação concernente aos problemas que são verificados

em suas escolas e em suas próprias comunidades.

As propostas de atuação, frente aa realidade dos espaços devem ser estimuladas,

no âmbito de todos os conteúdos, por meio da articulação entre sociedade e natureza.

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Por meio da compreensão dessa correlação, torna-se viável o esforço em incorporar

visões otimistas e complementares ao desejo em investigar e criar subsídios capazes de

ampliar as discussões referentes aos problemas continuamente observáveis no contexto

do espaço geográfico em sua totalidade.

Desse modo o ensino de geografia deve basear-se em uma perspectiva de

identificação, problemetização, cura e prevenção diante dos problemas relacionados ao

meio físico e humano, pois de acordo com Wettstein:Como ocorre na medicina, creio que também em nossa disciplina deve-se

exercitar, ao mesmo tempo, a geografia “curativa” e a geografia

“preventiva”. Através da primeira cuida-se dos males do desconhecimento

sobre os meios físico, humano e econômico que nos rodeiam; por isso é

necessário continuar explicando incansavelmente como funcionam dos

processos geomorfológicos, qual é a interação entre fatores e elementos do

clima, em que consiste o “espaço dividido” e os dois circuitos das

sociedades urbanas, quais são as determinantes do equilíbrio ecológico em

escala regional e mundial, o que é geografia do desenvolvimento

(WETTSTEIN, 2010, p. 125).

Seguindo as propostas citadas anteriormente, o ensino da geografia pode pautar-

se diante da construção de uma aprendizagem consciente e integradora de relações entre

os conteúdos e a realidade que se vivencia. Haja vista as possibilidades em compreender

as correlações entre os aspectos naturais e humanos, suas contribuições, consequências

e planejamento atuante frente aos problemas que são incorporados em meio a sociedade,

economia e natureza. A aprendizagem desse modo passa a ser significativa e não

resumida apenas a meras descrições de caráter simplório.

Professores e alunos devem atuar no sentido de construir um ensino e

aprendizagem significativo, que abarque analises consistentes sobre os aspectos físicos

da geografia. De forma geral o ensino do meio físico sempre remete-se abordagens

reduzidas e muitas vezes minimamente estabelecedoras de enfoques baseados em

analisar a importância dos diversos elementos presentes na geografia física, para a vida

das pessoas, condições econômicas, evoluções históricas e perspectivas de futuro.

O espaço geográfico em suas contextualizações necessita de analises

expressivamente comprometidas em compreender como se processam e se estruturam as

dinâmicas sócias e naturais no âmbito de um espaço. “[...] para o professor de geografia

é essencial compreender a maneira como o espaço é organizado e estruturado, mas

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igualmente, é essencial compreender como ele aparece ou desaparece para os alunos “

(KIMURA, 2008, p. 129).

Entretanto, observa-se por meio das ressaltas, que o ensino de geografia envolve

um expressivo contingente de abordagens que sempre articulam os diversos, aspectos do

espaço geográfico. Desse modo compreender como as relações se condicionam é

primordialmente necessário, para que se compreenda as demandas as sociedade, suas

influencias para com a natureza e os problemas que circundam os modos de viver,

principalmente nos grandes centros urbanos.

A sala de aula caracteriza-se como sendo um espaço de compartilhamento de

conhecimentos e de construção da aprendizagem. Nesse sentido, é necessário que o

professor atue no sentido de tornar o conhecimento importante e constituinte de uma

inserção no cotidiano dos alunos. Para tanto se entende que todos os conteúdos que

compõem o currículo da disciplina de geografia, são passiveis de problematizações,

compreensões e inserções de estratégias que objetivem seu maior entendimento.

Concomitantemente, é verificável também, a predominância dos conteúdos

relacionados aos aspectos físicos, no entanto é mínima a verificação de suas abordagens

significativas no âmbito do ensino. Tal fato remete-se a problemática que circunda a

maioria dos conteúdos abordados na geografia, a contingente permanência da simplória

descrição reduzida a técnicas de memorização dos aspectos estudados. Isso resulta em

uma falta de incentivo e anseio por obter maiores conhecimentos a respeito da

disciplina.

Na tentativa de propor a minimização dessas concepções menomicas que são

atribuídas a geografia, o planejamento e execução de projetos que visem a superação de

problemas existentes no âmbito da disciplina e da escola são válidos, assim como afirma

Castrogiovanni: Por outro lado, a linguagem geográfica apresenta características que

precisam ser consideradas, tanto quanto possível, como fonte de explicação

para as dificuldades que os alunos possam vir a ter na sua compreensão,

como para planejar movimentos pedagógicos que facilitem o processo

interativo. Nesse sentido, nosso objetivo é focar experiências pedagógicas

que procuram oferecer (trocar!) oportunidades de significação para alunos

que, muitas vezes, são socialmente desacreditados e que desacreditam no

possível papel social da escola (CASTROGIOVANNI, 2007, p. 42).

Desse modo é possível construir reflexões relacionadas a importância da atuação

de projetos que objetivem a desmistificação de concepções negativas concernentes a

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geografia. Haja vista a necessidade de estabelecimento por parte do professor, de um

incentivo a pesquisa, a explicação e problematização dos conteúdos em consonância

com a instrumentalização de princípios de cidadania, noções de sustentabilidade e

estímulos a visões articuladoras dos fatores naturais e humanos que regem o espaço

principal objeto de estudo da ciência geografia.

Eminentemente, que por meio da necessidade dessas inserções estratégicas no

ensino, as possibilidades de aprendizagem alcançam níveis satisfatórios, somando-se

inda as contribuições para uma formação complementar dos professores e demais

integrantes do contexto educacional da escola. A próxima etapa de a discussão ira

basear-se na perspectiva de incorporar elementos positivos relacionados a utilização de

práticas prazerosas no ensino da geografia, em investigação e busca por compreensões

acerca das temáticas físicas e suas articulações com a sociedade em um toldo.

Construindo a significação dos conteúdos mediante a inserção de práticas

prazerosas de ensino

O ensino de geografia em suas múltiplas dimensões e referenciais de abordagem,

envolve contingentes aportes de ensino, que caminham desde a manutenção de aspectos

meramente tradicionais de ensino, até a inovação proposta baseada na reflexão e

atuação mediante o desenvolvimento de aulas que propõem o objetivo em expandir as

abordagens, criar expressivas problematizações e desse modo contribuir para a

formação docente e aprendizagem dos alunos que compõem o espaço escolar.

A constituição de uma aprendizagem que alcance os objetivos esperados diante

da compreensão dos conteúdos, pode basear-se em uma proposta de articulação entre

todos os eixos temáticos que compõem o estudo da geografia, socializando concepções

e refletindo possibilidades de caracterizar um ensino que promova interligações entre

todos os aspectos que compõem o espaço geográfico, esse concretiza-se como um dos

referenciais da geografia.

Seguindo essas analises é possível assimilar o direcionamento da escola no

sentido de fazer uso de diferentes abordagens que ressaltem a importância da

organização e visões articuladoras de mundo, criando desse modo uma leitura de mundo

integrante de várias possibilidades de reflexões acerca da realidade seja ela em uma

escala global ou local (PONTUSCHKA, 2009).

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Conforme a apresentação das intencionalidades em construir uma aprendizagem

geográfica significativa, o trabalho desenvolvido mediante as intervenções advindas dos

projetos na escola, contribuem para a ampliação de pesquisas e desenvolvimento da

aprendizagem acerca dos conteúdos geográficos.

Como mecanismos de retomada da atratividade das aulas de geografia, a

pedagogia de projetos constituem amplas possibilidades de criação e desenvolvimentos

de práticas de ensino. Nesse sentido compreende-se que: “ O trabalho com projetos é

uma proposta pedagógica que promove a aprendizagem a partir da investigação. Esta

concepção inclui ações que valorizam a integração e contextualização das

aprendizagens” (GOULART, 2013, p. 398).

No entanto, mesmo diante da atuação decorrente da participação no processo de

inserção de novas estratégias didáticas no ensino de geografia, ainda existe a

necessidade de direcionar a reflexão sobre a importância do dialogo e sistematização do

trabalho coletivo em sala de aula. Haja vista a compreensão de que o ensino de

geografia, bem como o entendimento das relações de se dinamizam no espaço

geográfico, não podem ser analisadas mediante os enfoques apenas do professor. O

conhecimento não é estagnado, nem tão pouco livre de adaptações e influencias dos

mais diversos meios de comunicação que circundam a sociedade no contexto atual da

globalização.

A consciência sobre os aspectos que compõem o espaço geográfico, é verificada

como imprescindível para que se articulem perspectivas de problematizações e

atuações, isso constrói uma aprendizagem geográfica capaz de, romper com as

concepções monótonas e de enciclopedismos na abordagem da geografia física e

humana. Para isso o compartilhamento continuo de experiências e discussões sobre

novas propostas de compreensão dos conteúdos devem ser consideradas, no sentido de

desenvolver um trabalho em sala de aula dialogando e investigando os conteúdos

geográficos em suas amplas abrangências.

Mudanças e adaptações referidas a prática do ensino da geografia evidentemente

merece enfoques e analises, que visem o expressivo crescimento do conhecimento

geográfico. Professores e alunos devem caminhar na objetividade a atuação de novas

estratégias que visam a otimização do ensino. Desse modo: “[...] É preciso haver uma

mudança metodológica que altere a relação professor-aluno, relação esta que, via de

regra, continua fria, distante e burocrática. É preciso haver também uma postura

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renovada de maior diálogo, não só entre professor e aluno, mas com o próprio

conhecimento” (KAERCHER, 2010, p. 222).

As propostas didáticas que são passiveis de complementação e auxilio nas aulas

de geografia, são consideradas como ferramentas importantes e sistematizadoras de

maiores entendimentos acerca dos conteúdos e suas temáticas que compõem o espaço

geográfico em sua totalidade de abrangência. Não se pode poupar o emprego de

diferentes recursos que viabilizem um trabalho produtivo e integrador de

conhecimentos.

É preciso superar os frequentes hábitos de desenvolvimento de aulas monótonas

e com poucos enfoques no âmbito dos conteúdos. Entende-se que a geografia é

considerada uma disciplina favorecida pela junção de diversas abordagens que

envolvem a sociedade, natureza, meio ambiente, politica, economia entre outras

temáticas que favorecem contingentes problematizações e correlações com o cotidiano

dos alunos.

No intuito de redobrar esforços em tornar significativo o ensino da geografia,

são insurgentes as inserções de diferentes linguagens que possibilitem a dinamicidade e

compreensão das temáticas abordadas, no entanto de acordo com Filizola e Kozel: Embora a exposição dialogada, o uso do quadro de giz e a lida com o livro

didático sejam bastante empregados em nosso cotidiano escolar, não

podemos negar que outros recursos devem ser utilizados. Mais do que isso,

julgamos da máxima importância a presença de múltiplas linguagens nas

aulas de geografia, bem como nas aulas desenvolvidas por todas as

disciplinas (FILIZOLA; KOZEL, 2009, p. 26).

Concomitantemente, entende-se que a inserção de novas propostas didáticas

como possibilidades de compreensão e ênfase nas abordagens dos conteúdos, remete-se

a uma predominante importância correlacionada ao auxilio referente a maiores

explicitações dos conteúdos da geografia física principalmente, e suas articulações com

os aspectos sociais. Por meio dessas junções concebe-se maiores problematizações e

atuações frente as possibilidades de intervenção junto a realidade vivenciada

cotidianamente.

O ensino de geografia deve oferecer subsídios para a compreensão do espaço

geográfico em suas múltiplas contextualizações. Propostas alternativas como as referentes a

projetos baseados no uso de metodologias remontam um potencial enriquecedor de

conhecimentos sobre a geografia em seu amplo contexto seja ele físico, humano e suas

correlações. A investigação e inquietação diante dos fatos relacionados à realidade

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constituinte do espaço geográfico são aspectos propositivos de ações e pesquisas que

objetivem o conhecimento das estruturas que compõem o espaço e suas características.

A articulação entre um projeto baseado no uso de estratégias didáticas e as aulas de

geografia abrem novas perspectivas de aprendizagem e interação durante as aulas. A

utilização e analises de diferentes recursos tornam o projeto promissor, condicionante de um

entendimento do espaço geográfico em confluência com o cotidiano dos alunos. O ensino de

geografia desse modo pode proporcionar expressivas dinâmicas construtoras de aprendizagem

e compartilhamento de conhecimentos, além de estimular a atuação diante dos problemas

presentes no espaço e conscientização da cidadania.

METODOLOGIA

Por meio da observação e avaliação de perfil da turma, espera-se que o projeto a

ser desenvolvido torne propicia uma aprendizagem significativa e instigante no que

concerne a articulação entre as metodologias a serem usadas e os conteúdos

geográficos. Com a participação dos alunos e o apoio do professor supervisor, a atuação

do bolsista possibilitara um trabalho oportuno, onde os conhecimentos envolvidos no

desenvolver do projeto serão colocados em confluência com os saberes e vivencias

cotidianas dos alunos.

Todas as estratégias vinculadas ao projeto se farão representativas de acordo

com cada conteúdo referente ao 1°ano do ensino médio. De forma a unir cada proposta

à realidade e analise do espaço geográfico em seu contexto físico e relacional com os

aspectos sociais, principalmente em ressaltas ao cotidiano dos alunos.

No âmbito do presente projeto pretende-se trabalhar com o objetivo de

evidenciar, questionar e analisar os conteúdos e suas relações de composição do espaço

geográfico em uma perspectiva histórica e atual, valorizando as experiências cotidianas

dos alunos e suas identidades com o lugar onde habitam. Para a realização desse projeto

a intenção e fazer uso de metodologias baseadas na utilização de recursos como:

Vídeos;

Imagens;

Filmes;

Mapas;

Jogos;

Produções discentes.

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O uso desses recursos em articulação com demais estratégias será variável de

acordo com os conteúdos trabalhados, sendo necessário todo um planejamento para que

se obtenha respostas positivas no correspondente ao aprendizado do aluno e ampliação

dos conhecimentos relacionados a geografia em suas contextualizações sociais e

naturais.

RESULTADOS ESPERADOS

Durante a observação das aulas e analise dos questionários diagnósticos

aplicados junto a turma de atuação, verifica-se que ainda existem muitas lacunas

referentes ao conhecimento de alguns conteúdos geográficos, portanto torna-se

necessário a inserção de diferentes estratégias metodológicas nas aulas de geografia no

proposito principal de dar sentido às aulas e articular os conteúdos as experiências

trazidas pelos alunos em seu cotidiano.

Para tanto espera-se que por meio das utilizações das metodologias e recursos no

projeto, sejam caracterizadas satisfatórias construções de conhecimentos relevantes a

caracterização de noções de cidadania e entendimento dos processos que regem a

dinâmica dos espaço geográfico.

Espera-se também que no decorrer da realização do projeto, haja a colaboração

entre todos os alunos, professor, bolsista e demais funcionários da escola. Que

contribuições positivas possam ser trazidas e que no final os alunos possam ter

desenvolvido uma compreensão mais ampla no sentido de analisar e refletir sobre seus

próprios espaços de convívio, e os problemas, conflitos e mudanças de relações sociais

com o meio físico dentre uma analise em uma dimensão local e global.

REFERÊNCIAS

BRABANT, Jean, M. Crise da geografia, Crise da escola. In: OLIVEIRA, Ariovaldo U. de. (Org.). Para onde vai o ensino de geografia?. 9° ed., 3° reimpressão-São Paulo: Contexto, 2010.

WETTSTEIN, Germán. O que deveria ensinar hoje em geografia. In: OLIVEIRA, Ariovaldo U. de. (Org.). Para onde vai o ensino de geografia?. 9° ed., 3° reimpressão-São Paulo: Contexto, 2010.

KIMURA, Shoko. Geografia no ensino básico: questões e propostas. São Paulo: Contexto, 2008.

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