Walter Gropius - Bauhaus
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WALTER GROPIUSWALTER GROPIUS1883 – 1969
BAUHAUS1919 – 1933
Walter Gropius
Nasceu em 1883 (Berlim).
Estudou arquitectura no Politécnico em Munique e em Berlim-Charlottenburg, abandonando a escola sem título académico.
Através de Karl-Ernst Osthaus (notável patrono das artes), Gropius conseguiu um lugar como assistente no atelier de Peter Behrens, famoso arquitecto e designer de Berlim.
Com Behrens, Gropius aprendeu como funcionar com as ferramentas de um arquitecto, as bases de marketing e a pensar num contexto mais alargado, que ultrapassava em muito a tarefa imediata da construção.
Em 1910 abriu o seu próprio atelier.
Teve como colaboradores Adolf Meyer, Carl Fieger e Ernst Neufest, sendo o primeiro o mais importante.
Como não sabia desenhar, Gropius dependia dos seus colaboradores para executar as suas ideias.
Em 1911, Walter Gropius e o seu sócio, Adolf Meyer, receberam a sua primeira encomenda para os edifícios de uma fábrica, A Fábrica Fagus em Alfed.
Com as esquinas de vidro, “sem apoios”, e escasso uso de tijolos, Gropius desenvolveu uma nova abordagem aos edifícios fabris.
É considerada como um dos principais exemplos do modernismo arquitectónico.
Segundo Gropius (e Behrens), o objectivo de um edifício, a sua forma funcional, tinha de ser elevada até ao nível da forma de arte, unindo arte e tecnologia.
Em 1918, depois do fim da Guerra, tornou-se membro fundador do Arbeitsrat für Kunst (Conselho de Trabalho para a Arte) em Berlim.
Um ano depois, em 1919, foi nomeado director da Hochschule für bildende Kunst (Academia de Belas-Artes) e da Kunstgewerbeschule (Escola de Artes e Ofícios) em Weimar. A fusão destas duas instituições tornou-se a Staatliches Bauhaus in Weimar.
Em 1925, foi transferida para Dessau.
Academia de Arte de Weimar, por Henry van de Velde.Onde a recém-formada Bauhaus iniciou o seu trabalho.
Entre 1925 e 1928, Gropius conseguiu executar três projectos diferentes para edifícios em Dessau:
• O edifício da escola• As casas dos mestres• A Propriedade Residencial Törten
Edifício da Bauhaus em Dessau, 1925-1926
O grande terreno de construção, perto do centro de Dessau, permitiu erguer os elementos cúbicos de construção de forma assimétrica, sem constrangimentos.
Gropius rejeitava a simetria e a hierarquia, assim como o tratamento equitativo de cada uma das fachadas:«Um edifício criado no espírito actual, desdenha a aparência impressionante criada pela simetria das fachadas».
Em consequência, não se consegue definir uma fachada representativa, ou uma entrada principal no edifício da Bauhaus. Esta estende-se em três direcções, formando um L.
Cada um dos segmentos interligados do edifício com telhado plano, era dedicado a uma função específica.
O design individual de cada um destes edifícios pretendia fornecer uma indicação externa das suas diferentes funções internas.
O complexo inclui oficinas, o edifício do estúdio que proporcionava espaço para viver e trabalhar 28 estudantes e jovens mestres, a ponte de dois pisos onde está localizado o escritório da administração e o atelier de arquitectura, assim como uma secção para a escola técnica (profissional), que não estava ligada à Bauhaus.
As estruturas horizontais e verticais foram cuidadosamente proporcionadas para criar um equilíbrio “dinâmico”, assimétrico, entre estruturas separadas e entre o espaço interno e externo.
«Estes edifícios parecem imbuídos de um sentido de flutuabilidade, leveza e mobilidade rítmica», possível devido ao uso de novos materiais de construção, como o ferro, o betão e o vidro.
Em termos de construção, o edifício da Bauhaus reflectia os padrões modernos contemporâneos, sem ser revolucionário.
As estruturas do edifício são pintadas de branco e ligeiramente inclinadas para a frente, ajudando a criar a impressão de que o edifício flutuava sem peso.
Os tectos são apoiados em vigas de betão, e assim as paredes exteriores não necessitam de desempenhar a função de suporte, podendo dar lugar às fachadas de paredes de cortina de vidro suspensas em elegantes grelhas de caixilhos.
Devido à falta de experiência com as novas tecnologias e tipos de construção, Gropius deparou-se com algumas imperfeições.
O envidraçado simples oferecia pouco isolamento térmico e a condensação levava o fino metal dos caixilhos das janelas à corrosão rápida;
O isolamento acústico também era insuficiente e as coberturas planas tendiam a sofrer infiltrações.
A escola foi encerrada em Outubro de 1932, sob pressão política da direita radical.
Ludwig Mies van der Rohe, era então o director, tentou estabelecer a escola como instituição privada em Berlim.
Nos anos seguintes o edifício da Bauhaus foi ocupada por vários inquilinos, desde um instituto de tecnologia de foguetões até uma escola profissional pública para mulheres.
Depois de 1939 o edifício foi totalmente ocupado pelas Junkers e renovado para fins administrativos e de pesquisa.
Em Março de 1945, a Bauhaus foi atingida num ataque aéreo a Dessau, destruindo a impressionante fachada de vidro e aço da zona das oficinas.
Após a sua reconstrução provisória e de várias medidas de renovação nos primeiros anos do pós-guerra, a Bauhaus, que entretanto se encontrava num estado muito diferente do original, servia como escola para uma série de instituições pedagógicas.
Em 1976, o complexo foi extensivamente renovado de forma a repor o seu estado original. Por volta do final do milénio, o complexo de edifícios, que havia sido integrado na lista do património cultural mundial da UNESCO em 1996, foi novamente remodelado.
Actualmente, é de novo a sede de uma instituição vital de educação.
O mobiliário e a decoração necessárias para terminar o edifício da Bauhaus foram tarefas, na sua maioria, distribuídas pelas várias oficinas da escola.
Em 1928 Gropius demite-se do cargo de director da Bauhaus.
Em 1937 é nomeado professor de arquitectura na Universidade de Harvard, EUA. Um ano depois torna-se director do Departamento de Arquitectura da mesma.
Estabelece, até 1941, uma parceria com o ex-membro da Bauhaus, Marcel Breuer.
Morre em 1969 (Boston).
FIMFIM
Trabalho realizado por:Trabalho realizado por:Joana CoelhoJoana Coelho
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Janeiro 2009Janeiro 2009História da Cultura e das ArtesHistória da Cultura e das Artes
Prof. Nuno NabaisProf. Nuno Nabais