Vygotsky imcompleto

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VYGOTSKY, Lev. A formação Social da Mente. No livro Formação Social da Mente – Vygotsky tem por objetivo caracterizar os aspectos tipicamente humanos do comportamento e elaborar hipóteses de como essas características se desenvolveram durante a vida do indivíduo e enfatiza três aspectos: • Relação entre seres humanos e o seu ambiente físico e social. • Novas formas de atividade que fizeram com que o trabalho fosse o meio fundamental de relacionamentos entre o homem e a natureza e as conseqüências psicológicas dessas formas de atividade. • A natureza das relações entre o uso de instrumento e desenvolvimento da linguagem. COLOMER, Teresa. Aprender a Ler e a Escrever. Em nossa sociedade, no decorrer do século XX a língua escrita (alfabetização) se torna tecnologia fundamental, como pré-requisito para qualquer progresso, potencialização dos conhecimentos e acesso aos diferentes usos da mesma. Estudos realizados concebem a língua como código oral e código escrito escrita”, Wells (1987) trabalha o domínio da escrita a partir de quatro níveis coexistentes: epistêmico instrumental funcional executivo executivo : insiste na posse do código como tal; diz respeito ao domínio da língua para traduzir a mensagem do código escrito. funcional inclui-se saber como a língua escrita varia segundo o contexto; refere-se a utilizar os conhecimentos para enfrentar exigências cotidianas como ler jornal ou seguir instruções instrumental usa-se tanto o código quanto a forma textual e reside na possibilidade de buscar e registrar informações escritas epistêmico usa-se a língua escrita como meio de atuação e transformação sobre o conhecimento: refere-se ao interpretar e avaliar A partir da déCde 50 a leitura “passa a ser considerada como um processo psicológico específico, formado pela integração de um conjunto determinado de habilidades e que pode desenvolver-se a partir de um certo grau de maturação de cada uma delas Se tratar da avaliação, mesmo que não se tenha claro qual seu objetivo principal, alguns critérios devem ser respeitados - considerando a nova concepção de leitura e escrita. P.H. Johnson afirma que o objetivo da avaliação deve ser “o grau de integração, inferência e coerência com que o leitor integra a informação textual com a anterior”. Podemos considerar como critérios importantes na avaliação: 1. Atitude emocional no momento da leitura; 2. Buscar informações em um determinado texto; 3. Solicitar que os alunos verbalizem suas idéias em relação ao texto; 4. Verificar a velocidade da leitura e a leitura silenciosa; 5. Explorar os conhecimentos prévios dos alunos com questões relacionadas ao texto; 6. Solicitar que realizem sínteses, dêem títulos a textos; 7. Solicitar que apontem em um texto seus erros e incoerências (previamente preparado pelo professor); O enfoque principal da avaliação é para que serve? Nesse sentido deve-se utilizá-la como instrumento tanto para o professor quanto para o aluno, na medida em que pode ir controlando seus avanços e onde necessita maior atenção para melhorar AQUINO, Julio Groppa Indisciplina na Escola Os comportamentos indisciplinados simplesmente obedecem a uma tentativa de impor a própria vontade sobre a do restante da comunidade Também se entende por indisciplina as atitudes ou comportamentos que vão contra as regras estabelecidas, as normas do jogo, o código de conduta adotado pela escola para cumprir sua principal missão: educar e instruir Então, muitas vezes, o problema consiste em que não existem tais normas, a escola funciona de acordo com um código não-escrito, conhecido somente por poucos, o qual não é divulgado entre a comunidade escolar O QUE SE SABE E SOBRE A INDISCIPLINA ESCOLAR? Deixaram de ser encarados como eventos esporádicos para se tornarem, uma das razões nucleares do alegado desgaste ocupacional dos profissionais da Educação. Parece ter relação imediata com o estilo de ação do professor, mostrando-se como resposta a falta de autoridade ou ao seu excesso O ápice do fenômeno parece se dar, na maioria das vezes, entre a etapa final do ensino Fundamental e o início do ensino Médio. Temática, que tomou entre nós, maior visibilidade a partir dos anos 1990. A maioria dos educadores não sabe ao certo como administrar o ato indisciplinado (dialogar? Punir? Encaminhar? Ignorar?) O QUE SE SUSPEITA SOBRE A INDISCIPLINA ESCOLAR? Manifestação de uma agressividade latente dirigida contra as figuras de autoridade, agressividade gerada pela “desestruturação” do ambiente familiar (prejuízos psíquicos difusos). Más influências a que as novas gerações foram expostas (o excesso de televisão, de internet, etc RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO COMO RECORTE O que deve regular a relação é uma proposta de trabalho fundamentada intrinsecamente no conhecimento. Por meio dela, pode-se fundar e/ou resgatar a moralidade discente na medida em que o trabalho do conhecimento pressupõe a observância de regras, de semelhanças e diferenças, de regularidades e exceções. Este trabalho de incessante indagação, no trabalho científico, não requer que o aluno seja estático, calado, obediente. O trabalho do conhecimento, pelo contrário, implica a inquietação, o desconcerto, a desobediência. A questão fundamental está na transformação desta turbulência em ciência POR UMA NOVA ORDEM PEDAGÓGICA É preciso, pois, reinventar continuamente os conteúdos, as metodologias, a relação. Esta guinada na compreensão e no manejo disciplinares vai requere enfim, uma conduta dialógica por parte do educador, pois é ele quem inaugura a intervenção pedagógica. O ofício docente exige a negociação constante, quer com relação às estratégias de ensino ou avaliação, quer com relação aos objetivos e até mesmo aos conteúdos preconizados – sempre com vistas à flexibilização das delegações institucionais e das formas relacionais. Quesitos principais dessa relação: Investimento nos vínculos concretos (onde essa relação é foco principal) Fidelidade ao contrato pedagógico – que este seja razoável para ambas as partes. Permeabilidade para mudança e para a invenção – reaprender seu ofício e reinventar seu campo de conhecimento a cada encontro Emilia Ferreito reflexão sobre algabetização. Principios : 1-A criança é um ser inteligente e ativo na construção domconhecimento 2-Na Alvabetização o processo de elaboração conigtiva não é consequencia do ensino sistematico Promovido pela escola Ainda que distante da escrita convencional a criaça é capaz de elaborar. A criança ver mais letras fora da escola do que dentro dela. A Evidente distancia de informação que separa um grupo social do outro no inicio da escolarização explica-se pela desigualdade das experiências vividas, não podendo atribuir a fatores puramente cognitivos Estágios da Leitura entes da vida escolar. 1-Distinção entre o modo de representação icônica e não icônica o que permite compreender a leitura como um meio alternativo de representação.

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VYGOTSKY, Lev. A formação Social da Mente. No livro Formação Social da Mente – Vygotsky tem por objetivo caracterizar os aspectos tipicamente humanos do comportamento e elaborar hipóteses de como essas características se desenvolveram durante a vida do indivíduo e enfatiza três aspectos: • Relação entre seres humanos e o seu ambiente físico e social. • Novas formas de atividade que fizeram com que o trabalho fosse o meio fundamental de relacionamentos entre o homem e a natureza e as conseqüências psicológicas dessas formas de atividade.• A natureza das relações entre o uso de instrumento e desenvolvimento da linguagem.COLOMER, Teresa. Aprender a Ler e a Escrever. Em nossa sociedade, no decorrer do século XX a língua escrita (alfabetização) se torna tecnologia fundamental, como pré-requisito para qualquer progresso, potencialização dos conhecimentos e acesso aos diferentes usos da mesma.Estudos realizados concebem a língua como código oral e código escritoescrita”, Wells (1987) trabalha o domínio da escrita a partir de quatro níveis coexistentes:epistêmico instrumental funcional executivo executivo : insiste na posse do código como tal; diz respeito ao domínio da língua para traduzir a mensagem do código escrito.funcional inclui-se saber como a língua escrita varia segundo o contexto; refere-se a utilizar os conhecimentos para enfrentar exigências cotidianas como ler jornal ou seguir instruçõesinstrumental usa-se tanto o código quanto a forma textual e reside na possibilidade de buscar e registrar informações escritasepistêmico usa-se a língua escrita como meio de atuação e transformação sobre o conhecimento: refere-se ao interpretar e avaliarA partir da déCde 50 a leitura “passa a ser considerada como um processo psicológico específico, formado pela integração de um conjunto determinado de habilidades e que pode desenvolver-se a partir de um certo grau de maturação de cada uma delas Se tratar da avaliação, mesmo que não se tenha claro qual seu objetivo principal, alguns critérios devem ser respeitados - considerando a nova concepção de leitura e escrita. P.H. Johnson afirma que o objetivo da avaliação deve ser “o grau de integração, inferência e coerência com que o leitor integra a informação textual com a anterior”.Podemos considerar como critérios importantes na avaliação:1. Atitude emocional no momento da leitura;2. Buscar informações em um determinado texto;3. Solicitar que os alunos verbalizem suas idéias em relação ao texto;4. Verificar a velocidade da leitura e a leitura silenciosa;5. Explorar os conhecimentos prévios dos alunos com questões relacionadas ao texto;6. Solicitar que realizem sínteses, dêem títulos a textos;7. Solicitar que apontem em um texto seus erros e incoerências (previamente preparado pelo professor); O enfoque principal da avaliação é para que serve? Nesse sentido deve-se utilizá-la como instrumento tanto para o professor quanto para o aluno, na medida em que pode ir controlando seus avanços e onde necessita maior atenção para melhorar AQUINO, Julio Groppa Indisciplina na EscolaOs comportamentos indisciplinados simplesmente obedecem a uma tentativa de impor a própria vontade sobre a do restante da comunidade Também se entende por indisciplina as atitudes ou comportamentos que vão contra as regras estabelecidas, as normas do jogo, o código de conduta adotado pela escola para cumprir sua principal missão: educar e instruirEntão, muitas vezes, o problema consiste em que não existem tais normas, a escola funciona de acordo com um código não-escrito, conhecido somente por poucos, o qual não é divulgado entre a comunidade escolarO QUE SE SABE E SOBRE A INDISCIPLINA ESCOLAR? Deixaram de ser encarados como eventos esporádicos para se tornarem, uma das razões nucleares do alegado desgaste ocupacional dos profissionais da Educação. Parece ter relação imediata com o estilo de ação do professor, mostrando-se como resposta a falta de autoridade ou ao seu excessoO ápice do fenômeno parece se dar, na maioria das vezes, entre a etapa final do ensino Fundamental e o início do ensino Médio. Temática, que tomou entre nós, maior visibilidade a partir dos anos 1990. A maioria dos educadores não sabe ao certo como administrar o ato indisciplinado (dialogar? Punir? Encaminhar? Ignorar?)O QUE SE SUSPEITA SOBRE A INDISCIPLINA ESCOLAR?Manifestação de uma agressividade latente dirigida contra as figuras de autoridade, agressividade gerada pela “desestruturação” do ambiente familiar (prejuízos psíquicos difusos). Más influências a que as novas gerações foram expostas (o excesso de televisão, de internet, etcRELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO COMO RECORTE O que deve regular a relação é uma proposta de trabalho fundamentada intrinsecamente no conhecimento. Por meio dela, pode-se fundar e/ou resgatar a moralidade discente na medida em que o trabalho do conhecimento pressupõe a observância de regras, de semelhanças e diferenças, de regularidades e exceções. Este trabalho de incessante indagação, no trabalho científico, não requer que o aluno seja estático, calado, obediente. O trabalho do conhecimento, pelo contrário, implica a inquietação, o desconcerto, a desobediência. A questão fundamental está na transformação desta turbulência em ciênciaPOR UMA NOVA ORDEM PEDAGÓGICA É preciso, pois, reinventar continuamente os conteúdos, as metodologias, a relação. Esta guinada na compreensão e no manejo disciplinares vai requere enfim, uma conduta dialógica por parte do educador, pois é ele quem inaugura a intervenção pedagógica. O ofício docente exige a negociação constante, quer com relação às estratégias de ensino ou avaliação, quer com relação aos objetivos e até mesmo aos conteúdos preconizados – sempre com vistas à flexibilização das delegações institucionais e das formas relacionais.Quesitos principais dessa relação: Investimento nos vínculos concretos (onde essa relação é foco principal) Fidelidade ao contrato pedagógico – que este seja razoável para ambas as partes. Permeabilidade para mudança e para a invenção – reaprender seu ofício e reinventar seu campo de conhecimento a cada encontro Emilia Ferreito reflexão sobre algabetização.Principios :1-A criança é um ser inteligente e ativo na construção domconhecimento 2-Na Alvabetização o processo de elaboração conigtiva não é consequencia do ensino sistematico Promovido pela escola Ainda que distante da escrita convencional a criaça é capaz de elaborar. A criança ver mais letras fora da escola do que dentro dela.A Evidente distancia de informação que separa um grupo social do outro no inicio da escolarização explica-se pela desigualdade das experiências vividas, não podendo atribuir a fatores puramente cognitivosEstágios da Leitura entes da vida escolar.1-Distinção entre o modo de representação icônica e não icônica o que permite compreender a leitura como um meio alternativo de representação.2-buscas de formas diferenciadas para a produção escrita a partir de critérios qualitativos e quantitativos3-compreensão do caráter fonético da escrita e atenção as propriedades sonoras das palavras.Ao desconsiderar a psicogênese da língua escrita, isto é os problemas enfrentados pela criança e as soluções que ela admite em cada estagio de evolução os educadores tratam o individuo como um ser passivo, incapaz de construir o seu próprio conhecimento. A consequência disso se faz sentir na pretensão de controlar o processo de aprendizagem na seriação de dificuldades do Fácil para o difícil,numa sequencia artificial e estranha á criança. Por não coincidir com as conceituações naturais destas que os métodos de alfabetização estão longe de intervir satisfatoriamente na evolução da aprendizagem infantil.

A CONTRIBUIÇÃO DA OBRA Promover uma revisão das praticas pedagógicas e das próprias concepções subjacentes ao ensino elementar que:1° Subestimam os conhecimentos já conquistados pelas crianças, suas vivencias linguísticas, e suas produções escritas (consideradas como simples rabiscos) 2° Subestima a capacidade infantis pois mesmo partindo de um marco zero de conhecimento;COLOMER, Tereza; CAMPOS, AnnaCom o desenvolvimento econômico-social, principalmente a partir do século XVI, na Europa, a escolarização se tornou fundamental. Com a chegada da industrialização no século XVIII, a escolarização se tornou obrigatória. Vejamos um breve esquema.

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