Voz Ribatejana Set 2011
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Em frente aos correios de Alverca
tel: 21 958 45 37 Web: www.audiovital.pt
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:: número 21 :: ano 1 :: 28 de Setembro de 2011 :: quinzenário regional :: director Jorge Talixa :: preço 0,50 cêntimos ::
Feira de Vila
Franca em
suplemento
de 16 páginas
BALCÃO ÚNICO DO SOLICITADOR
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ASSINATURAS HERANÇAS AUTENTICAÇÃO DE DOCUMENTOS REGISTO
AUTOMÓVEL REGISTO DE MARCAS RECONHECIMENTO DE ASSINATURAS
CERTIFICAÇÃO DE FOTOCÓPIAS CERTIFICADO DE TRADUÇÕES AUTENTICAÇÃO
DE DOCUMENTOS OBTENÇÃO DE CERTIDÕES LIQUIDAÇÃO DE IMPOSTOS
Frente ribeirinha – Obras de requalificação inauguradas no sábado
Voz RibatejanaSérgio Silva
conquista
Mundial
de Duatlo
pag.: 4
pag.: 13
Agrocamprest propõe
fusão à Adega de
Arruda
Esgotos de 65 mil
despejados no Tejo
pags.: 2 e 3
7 milhões
“mudam”
face de
Vila Franca
7 milhões
“mudam”
face de
Vila Franca
Câmara trava
ampliação do aterro
do Mato da Cruzpag.: 5
Vila
Franca de Xi-
ra inaugura, no
sábado, um conjun-
to de obras capazes de
dar uma imagem e uma
atractabilidade completa-
mente diferentes à frente ribei-
rinha da cidade. São cerca de 7 mi-
lhões de euros investidos na requalifi-
cação do Jardim Municipal, nos arranjos
exteriores do bairro avieiro, nas novas insta-
lações da Secção Naútica do Vilafranquense, no
prolongamento do caminho pedonal ribeirinho e
no pavilhão multiusos do Cevadeiro. A indefinição e a
degradação da antiga fábrica de descasque de arroz
constituem a grande pecha que prejudica, para já, o aspec-
to de toda a margem ribeirinha vila-franquense.
ABERTURA
“
02
Jorge Talixa
Voz Ribatejana – A
Agrocamprest foi criada em
1977, dando sequência ao
antigo grémio da lavoura.
Como é que neste percurso
de quase 35 anos, a
Agrocamprest se transfor-
mou numa das 70 maiores
cooperativas portuguesas e
movimenta mais de 10 mil-
hões de euros por ano?
Luís Alenquer – A
Agrocamprest nasce essen-
cialmente, como disse, do
Grémio da Lavoura de Arruda
e, no ano seguinte, em Vila
Franca também. Nasceu dos
dois grémios. Foi crescendo
ao longo dos anos, explorando
essencialmente a vertente da
comercialização de produtos e
da prestação de serviços.
Iniciou, depois, várias secções
novas. Desde a minha entrada,
em 1987, iniciámos várias
secções. Começámos com o
Agrupamento de Defesa
Sanitária ligado à parte animal
e com a formação profissio-
nal, secções que ainda mante-
mos. Depois, iniciámos a
secção de comercialização de
cereais, alargando da cevada a
todos os outros cereais. Mais
tarde criámos um agrupamen-
to de produtores hortícolas e
começámos a trabalhar con-
tratos com a indústria para
apoiar a comercialização de-
sses agricultores. Depois
transformámos a comercia-
lização de cereais num agru-
pamento de produtores.
Crescemos cada vez mais no
Ribatejo, por concelhos que
não eram os originais da
Agrocamprest, ao longo de
todo o Tejo e também já no
Alto Alentejo.
Isso significa que a agricul-
tura de há 35 anos era com-
pletamente diferente e que
todo este processo evolutivo
foi também uma adaptação
da Agrocamprest às novas
realidades?
Sim. Esta criação de novas
secções foi exactamente pela
necessidade que existiu nos
nossos sócios de verem uma
resposta às suas solicitações e
aos seus problemas. Fomos
avançando à medida que os
sócios iam solicitando um
melhor desenvolvimento deste
ou daquele sector. E nós, com
a entrada de técnicos e a me-
lhoria das condições, procu-
ramos responder. Ao mesmo
tempo é a nossa ambição de
crescer e de ganhar dimensão,
essencialmente na zona onde
pensamos que a agricultura
tem grande futuro, que é toda
a zona ligada ao regadio, que
tem um potencial tremendo,
comparativamente com as
zonas de sequeiro, que estão
bastante mais limitadas e o
risco de fazer agricultura no
sequeiro é cada vez maior.
Que retrato pode fazer da
agricultura neste momento
no concelho de Arruda que,
apesar de tudo, é a vossa
base de trabalho. É uma
agricultura decadente, com
falta de perspectivas,
demasiado baseada na vinha
e sem condições para dar a
volta a tudo isto?
A agricultura em Arruda é um
bocadinho isso que disse. É
um concelho que tem um
hectare e meio em média por
agricultor, divididos em três
parcelas. Além de ser um con-
celho pequeno, é um dos con-
celhos em que a área da pro-
priedade é mais dividida. E
tem, também, um problema de
carência de água. Estas áreas
são extremamente pequenas
para se trabalhar no sequeiro.
Se fosse no regadio, não sendo
áreas grandes, poderiam even-
tualmente ainda trazer algu-
mas soluções. Mas trabalhar
no sequeiro com áreas médias
destas é bastante difícil. Não é
rentável para o agricultor hoje
trabalhar 1, 5 hectares como
trabalha, fazendo trigo ou ou-
tros cereais ou fazendo a
vinha. Para áreas médias supe-
riores a 6/7 hectares já começa
a ter alguma compensação.
Depende de agricultor,
depende da cultura, depende
do que faça, mas com áreas
inferiores dificilmente é ren-
tável. E mesmo nessa área dos
7 a 10 hectares a pessoa tem
normalmente outra profissão e
a agricultura é um comple-
mento.
E poucos ou nenhuns serão
os que investem na aquisição
de parcelas para criarem
propriedades com outra
dimensão?
Sim. O preço das terras aqui é
extremamente especulado,
não há produção nenhuma
agrícola que consiga pagar em
20 anos o custo da terra, não é
viável a aquisição para pro-
duzir agricultura e pagar-se
com a agricultura.
Nós não desistimos, achamos
que esta zona, mesmo assim,
tem soluções, mas tem
soluções integradas, soluções
em que os agricultores,
através da Agrocamprest,
poderão ter uma saída para
fazerem agricultura sem aban-
donar os terrenos. Ou seja, o
que se tem visto nos últimos
anos é um abandono cada vez
maior das áreas agricultáveis e
nós achamos que isso não
pode acontecer de maneira
nenhuma, estamos a tentar
arranjar viabilização para a
agricultura através de um
apoio directo da
Agrocamprest. Estamos a
fazer ensaios para agricultura
biológica, pensamos que aqui
haverá maneira de arranjar-
mos saídas. Nesta pequena
dimensão pode ser uma das
hipóteses que temos. Além
disso, estamos a estudar tam-
bém a parte da floresta. Nós
Agrocamprest, com a associ-
ação de agricultores, estamos
a tentar fazer um ensaio com o
apoio do Instituto Superior de
Agronomia, no sentido de tes-
tarmos espécies que possam
ser aproveitadas aqui, no
futuro, como espécies para
aproveitamento de biomassa.
Se estes projectos forem
viáveis e se arranjarmos espé-
cies que sejam viáveis na
região, o que a Agrocamprest
vai propor aos agricultores é
uma integração da exploração
para biomassa, em parceria
não só com a Florest, mas
também com a Prestenergia, a
Cooperativa do Sobral de
Monte Agraço e a
LeaderOeste. A intenção é
acompanhar o agricultor desde
a plantação à colheita, o
agricultor não tem que
despender qualquer tempo e
pode fazer contratos com a
Agrocamprest de exploração
destas espécies.
Procurando uma diversifi-
cação de culturas num con-
celho demasiado baseado na
vinha?
E a rentabilização disto,
através de um trabalho con-
junto e de uma poupança em
termos de investimento por
parte dos agricultores, com a
Agrocamprest, com a
Prestenergia e as restantes
entidades, a trabalharem em
conjunto e a rentabilizarem os
investimentos em equipamen-
tos.
É uma tentativa de abrir
portas para o futuro, mas
não correm o risco do
agricultor vos dizer que esta
ideia da floresta e da bio-
massa só daqui a 20 ou 30
anos é que dá resultados?
Não. Esta floresta para bio-
massa é uma floresta rápida.
Não é só floresta, o caso do
sorgo doce é uma cultura
anual, para um corte anual.
Haverá outras espécies que
vamos testar para ver quais
são as mais indicadas para a
região. Vamos começar esses
ensaios este ano e pôr quatro
espécies em confronto. São
ciclos de 2/3 anos no máximo,
não são ciclos de 20 ou 30
anos, haverá um corte de 2 ou
de 3 em 3 anos e, no caso do
sorgo, será anual. Também
temos um projecto, aprovado
pelo Leader, para cen-
tralizarmos uma indústria
transformadora no Oeste. E
vamos agregar as câmaras no
sentido de as envolvermos
para haver em cada concelho
pelo menos um local para
recolha de biomassa, tudo o
que seja resultante de podas,
da limpeza florestal, tudo o
que seja matéria lenhosa. As
câmaras já demonstraram
interesse em aderir e acarinhar
o projecto.
Acha que a agricultura do
Oeste tem futuro?
O Oeste divide-se em duas
Prestes a completar 35 anos de existência, a Agrocamprest é hoje uma das maiores coo-
perativas portuguesas vocacionadas para a comercialização de produtos e prestação de
serviços na área da agricultura. Fruto dos antigos grémios da lavoura de Arruda dos
Vinhos e de Vila Franca de Xira, tem expandido e diversificado a sua actividade, atingin-
do um volume de negócios anual de 10 milhões de euros que a situam entre as 70 maiores
cooperativas portuguesas (ver caixa). Luís Alenquer preside à cooperativa sedeada em
Arruda desde 1987 e revela que a Agrocamprest se prepara para abraçar novos proje-
ctos como a criação de um grande espaço de comercialização na Castanheira do Ribatejo,
a constituição de uma união de cooperativas vocacionada para os hortofrutícolas e para
os cereais e a recuperação e exploração de um conjunto de silos em Pavia (Mora).
Entretanto já criou duas empresas vocacionadas para as energias alternativas. O estudo
de novas possibilidades que relancem a agricultura no concelho de Arruda é outro dos
desafios da Agrocamprest que voltou, recentemente, a propor uma fusão à vizinha Adega
Cooperativa de Arruda.
“Está na altura
de voltarmos a
ter expectativas
de futuro na
agricultura”
Lídernacional nasementeiradirectaA Agrocamprest, segundoLuís Alenquer, é o maiorprestador de serviços emPortugal no que dizrespeito à chamadasementeira directa. Já fezmais de 4000 hectares deculturas neste sistema eestá agora um poucoacima dos 2000. Possuisete equipamentos técni-cos para este tipo desementeira, consideradoambientalmente muitomais favorável. Nãoenvolve lavouras ougradagens da terra,reduzindo os consumos decombustíveis e de mão-de-obra e baseia-se empequenos rasgos no soloonde são colocados oadubo e a semente, depoisda aplicação de um herbi-cida total.
Luis Alenquer acredita que há
soluções para evitar o abandono das
terras.
Luís Alenquer,
presidente da
Agrocamprest,
em entrevista
03
Agrocamprest propõe
fusão à Adega de Arruda
A direcção da Agrocamprest enviou, em meados de Agosto, uma proposta formal de fusão à
vizinha Adega Cooperativa de Arruda dos Vinhos. Os autores da proposta aguardam, ainda,
uma resposta da direcção da adega, mas acham que esta fusão “seria benéfica para as duas
instituições e para os agricultores da região”.
Actualmente, a Agrocamprest tem cerca de 4400 sócios e um volume de negócios de 10 mi-
lhões de euros. A Adega Cooperativa reúne cerca de 1200 sócios e tem um movimento anual
da ordem de 1, 5 milhões de euros. As escassas dezenas de metros que separam as instalações
das duas cooperativas poderão ser mais uma vantagem numa eventual fusão e o facto da grande
maioria dos sócios da Adega também serem sócios da Agrocamprest poderá ajudar.
Segundo Luís Alenquer, uma proposta semelhante foi colocada pela Agrocamprest à Adega há
cerca de 7 anos mas não teve resposta positiva. “Achámos que era altura para fazer novamente
esta proposta à Adega Cooperativa, temos ideias para o futuro desta região ligadas à vinha, li-
gadas às castas e à cultura da vinha, para não abandonar. Por isso fizemos essa proposta e esta-
mos a aguardar”, explicou ao Voz Ribatejana, frisando que a Agrocamprest já tem acompa-
nhado muitos dos projectos de instalação e de reconversão de vinhas desenvolvidos na região
com apoios do Proder. “Penso que há muito fazer na vinha. Temos muitas ideias para o futuro”,
conclui.
zonas, a de Torres Vedras e do
Cadaval para o lado do mar e
para o lado do Tejo. Toda a
faixa litoral tem capacidades
excelentes para a produção de
fruta e de hortícolas. Para o
interior, para o lado do Tejo,
teremos que encontrar
soluções e é isso que estamos
a tentar arranjar. Não só
através da vinha e da melhoria
das condições da vinha, fazen-
do exactamente as castas que
se devem fazer e como se
devem fazer. E outras alterna-
tivas que estamos a estudar, o
caso da floresta, essencial-
mente para produção de bio-
massa, e a questão do grão-de-
bico, do trigo rijo e do trigo
mole de qualidade. Isto só tra-
balhando em áreas com um
bocadinho mais de dimensão,
no caso dos cereais, porque se
for de menor dimensão não é
comportável, a estrutura de
custos não dá. No caso do
grão-de-bico não, essa é ren-
tável e penso que a cultura da
fava também, está a crescer.
Temos um projecto de expor-
tação nessa área e pensamos
que poderá vir a ter interesse
nesta região.
Quando se fala de agricul-
tura surge frequentemente a
queixa de que os factores de
produção em Portugal são
caros. A Agrocamprest lida
muito com isso. É realmente
assim?
Principalmente na área dos
pesticidas, se compararmos
com Espanha, temos normal-
mente sempre preços mais ele-
vados. Nem sempre os produ-
tos são iguais, muitas vezes as
substâncias activas e as suas
percentagens não são exacta-
mente iguais às nossas.
Muitos são mais baratos em
Espanha porque têm menos
substância activa. Também
não se pode comercializar cá
pesticidas espanhóis. Na
União Europeia já foi feito um
acordo com a ministra espan-
hola, ainda no tempo do mi-
nistro Sevinate Pinto, para que
todas as substâncias pudessem
passar além fronteiras com
pequenos testes de adaptação
de 3 meses. O que é certo é
que isso nunca foi feito e não
teve repercussões a nível dos
preços. Não houve ministro
nenhum que conseguisse
implementar isso, acho que
havia um trabalho grande a
fazer nesse sentido, que
poderá melhorar bastante os
preços para os agricultores e
tornar-nos mais competitivos.
Na parte dos adubos temos
alturas em que temos me-
lhores preços que os espa-
nhóis, temos outras em que é
ao contrário. Nas sementes, os
preços também são muito
idênticos.
Áreas de intervenção cada vez mais alargadasA Agrocamprest funciona, hoje, quase como uma “holding” com várias participações eprojectos de parceria. Criou a Ruralprest vocacionada para as energias renováveis e oagrupamento complementar de empresas Prestenergia (com sede no Sobral em parceriacom a Florest, a Cooperativa de Sobral de Monte Agraço e a LeaderOeste), também lig-ada às energias renováveis. Tem, ainda, uma participação de 12% na União deCooperativas Agrícolas do Ribatejo e do Oeste e entrou, muito recentemente, na consti-tuição da Univegetal, uma cooperativa com sede na Chamusca, que vai estar vocaciona-da para os sectores hortofrutícola e de cereais e que tem participações iguais daAgrocamprest, da Cadova (Chamusca), da Benagro (Benavente) e da CDA (Santarém).Para tudo isto, a Agrocamprest tem que apostar numa estrutura técnica forte e, nos seus22 funcionários, dez são técnicos nas diferentes vertentes de actuação da cooperativa.
“Nasci ligado à agricultura e àsmáquinas”Luís Alenquer nasceu há 53 anos em Arruda e desde muito pequeno que se viu envolvido noambiente da agricultura e das máquinas. Talvez por isso decidiu fazer caminho nesta área,tirou o curso de engenheiro técnico agrário em Santarém e foi também na capital ribatejanaque fez, depois, uma pós graduação em gestão. Preside à Agrocamprest desde 1987, há exa-ctamente 24 anos. E integra desde 2005 os órgãos directivos da Confederação de Agricultoresde Portugal (CAP), tendo sido eleito já este ano para vice-presidente desta que é a maior con-federação agrícola portuguesa.“Pela parte do meu pai estava muito ligado às máquinas e pelo lado da minha mãe muito lig-ado à agricultura. Sempre foram sectores pelos quais tive muito carinho”, assume, justifican-do de certa forma o percurso que tem feito nesta área. Enquanto agricultor reconhece que estáexactamente na média do concelho de Arruda, tem uma propriedade com um hectare e meio.“Uma vez disse numa assembleia-geral da Agrocamprest que a minha grande função nestacasa, como presidente da Agrocamprest, era essencialmente minorar a agonia dos agricul-tores. Custa-me dizer isto, mas foi o que lhes disse aqui há uns anos. Ou seja: a protelar a suaagonia. Porque, nesta região, as questões como estavam apontadas e postas há uns anos atrásera para haver um decréscimo da produção e da rentabilidade nesta região”, recorda.Entretanto, algumas coisas mudaram, a agricultura voltou a conquistar “espaço” nas priori-dades políticas e Luís Alenquer acha que se abrem novas perspectivas. “Penso que está naaltura de darmos a volta, pensamos que está na altura de voltarmos a ter alguma expectativade futuro através da agricultura biológica, desta questão da biomassa, que esperamos quevenha a resultar essencialmente no concelho de Arruda. Tenho grande esperança na agricul-tura biológica e tenho grande esperança que a Adega ainda venha a ouvir a nossa propostade fusão, para que possamos fazer um trabalho conjunto”, defende.
700 metros de área comercial devem abrir
em Janeiro na Castanheira
A exiguidade das instalações e sobretudo a falta de acessos que permitissem a circulação e
paragem de camiões ou tractores naquela área levaram a Agrocamprest a decidir fechar, há
cerca de 3 meses, o espaço comercial que possuía na Rua Dr Manuel de Arriaga, mesmo em
frente ao Centro de Emprego de Vila Franca de Xira. Sentindo que precisa de ter uma área
comercial capaz de servir os agricultores do concelho vila-franquense, a Agrocamprest tem
praticamente concluídas as negociações com a Unicaro (união de cooperativas em que tem
12% do capital) para a cedência de um armazém com 700 metros quadrados junto ao merca-
do de origem da Castanheira do Ribatejo.
“Está prevista a abertura logo no início de 2012, se conseguirmos até gostaríamos de abrir
antes, mas pelo menos no início do próximo ano estará com certeza a funcionar”, garante Luís
Alenquer, em declarações ao Voz Ribatejana, frisando que a Agrocamprest tinha um compro-
misso moral com os associados do concelho de Vila Franca. “Tivemos mesmo que fechar no
centro de Vila Franca porque não era economicamente viável e principalmente porque o
número de sócios que servia era muito pequeno, dado que não tinha condições para parar um
camião, um tractor ou fosse o que fosse”, explica o responsável da Agrocamprest.
Surgiu, entretanto, a oportunidade de instalar este novo espaço na Castanheira, com outras
condições de acesso e de funcionamento. “Dá-nos uma grande satisfação, porque vamos
novamente apoiar o pequeno agricultor do concelho de Vila Franca. O grande agricultor
esteve sempre apoiado na mesma, porque os grandes volumes são comercializados através de
transportes”, prossegue Luís Alenquer, precisando que o novo espaço comercial deverá dis-
por também de uma báscula para pesagens. No complexo da Castanheira da Unicaro já fun-
ciona outro serviço da Agrocamprest de recepção de produtos hortícolas, sobretudo pimentos,
beneficiando de instalações de frio que a Unicaro também ali possui e que cede à
Agrocamprest, que faz depois o encaminhamento para a indústria.
Agora, o novo armazém poderá dispor de todo o tipo de produtos para agricultura. “É uma
vitória bastante grande, porque era uma ambição nossa ter um espaço condigno onde pudésse-
mos ter todos os produtos e dar um apoio a todos os agricultores da região de Vila Franca”,
conclui.
A Agrocamprest em númerosSócios – 4400
Sócios no concelho de Arruda – cerca de 2200Postos de trabalho directos – 22
Volume de negócios anual – 10 milhões de euros
Jorge Talixa
Apesar da entrada em funciona-
mento, no final do ano passado,
da Estação de Tratamento de
Águas Residuais (ETAR) de
Alverca, os esgotos das três
freguesias do sul do concelho de
Vila Franca de Xira continuam a
ser despejados no Tejo. A
Câmara assume que gostaria
que todos os efluentes domésti-
cos já tivessem tratamento ade-
quado conforme chegou a estar
previsto, mas diz que o sistema
multimunicipal SimTejo teve
grandes dificuldades em nego-
ciar os terrenos necessários para
os emissários de recolha de
efluentes nas freguesias da
Póvoa, Forte da Casa e
Vialonga. A SimTejo, por seu
turno, anuncia para este mês de
Setembro o arranque da obra
dos sistemas de encaminhamen-
to de esgotos, que só deverão
estar concluídas dentro de 1 ano
(ver caixa).
A oposição local tem colocado
várias vezes o problema e até a
coligação Novo Rumo
(PSD/CDS-PP/PPM/MPT), que
é parceira do PS na gestão
camarária, critica todo este atra-
so. “Os esgotos de toda a zona
sul continuam a correr para o
Tejo sem qualquer tratamento.
Na Póvoa de Santa Iria, o
cenário está bem à vista, com os
esgotos a serem lançados no rio,
libertando um cheiro nause-
abundo”, sustenta Rui Ricardo,
eleito da coligação liderada pelo
PSD na Assembleia Municipal
de Vila Franca de Xira. O autar-
ca social-democrata quis saber
para quando se prevê a ligação
dos efluentes das freguesias da
Póvoa, Forte da Casa e Vialonga
(com cerca de 65 mil dos 140
mil habitantes do concelho) à
ETAR de Alverca, fruto de um
investimento de 8 milhões de
euros, e se estão a ser tomadas
medidas para identificar eventu-
ais despejos ilegais nas condu-
tas de saneamento.
Francisco Vale Antunes,
vereador do PS que preside aos
Serviços Municipalizados de
Águas e Saneamento, admite
que o processo de construção
dos emissários e dos sistemas
elevatórios “teve algum atraso”,
que “resulta da passagem por
terrenos privados”, o que
“obrigou a SimTejo a fazer
negociações para tentar levar à
execução o mais rápida possível
das obras”.
Segundo o eleito do PS, a
Câmara foi sendo regularmente
informada destas dificuldades,
que só “recentemente” foram
ultrapassadas. “Por vontade da
Câmara de Vila Franca todo
aquele trabalho de recolha de
efluentes da zona sul já estava
em plena actividade, mas isso
não foi possível, porque estas
dificuldades de negociação dos
terrenos só muito recentemente
foram totalmente ultrapas-
sadas”, referiu.
Vale Antunes reconhece, tam-
bém, que esta discrepância entre
a entrada em funcionamento da
ETAR de Alverca – destinada a
servir toda a zona centro e sul
do concelho e actualmente a
tratar apenas os esgotos de
Alverca e Sobralinho – “não dá
nenhum conforto ao
Município”, mas prevê que,
“depois de algumas décadas de
despoluição do Tejo, estamos
finalmente a poucos meses, ano
e meio no máximo, de termos
finalmente todos os esgotos
tratados”. Acrescenta, também,
que depois das obras agora ini-
ciadas pela Simtejo, haverá
ainda uma segunda fase com a
construção de emissários na
área da Rua Isidoro Costa, na
zona antiga da Póvoa. “Câmara
e SMAS serão exigentes naqui-
lo que forem os trabalhos da
SimTejo e no acompanhamento
da sua execução”, promete o
edil.
04
O nosso objectivo é que
o candidato passe à primeira.
Sede:
Alverca ...................................................................................... tel: 219 570 435 / 219 581 636
Escolas:
Benfica (Colégio Militar) ............................................................................... Tel: 217 168 565
Pontinha ................................................................................ .... Tel: 214 794 142/214 780 239
Vialonga ...........................................................................................................Tel: 219 521 455
Santa iria da Azóia ......................................................................................... Tel: 219 598 489
Odivelas (Arroja) ............................................................................................ Tel: 219 339 417
Bom Sucesso .................................................................................................. Tel: 219 575 175
Jardim Radical ................................................................................................ Tel: 219 347 940
Nova Xira ........................................................................................................ Tel: 263 270 792
Malvarosa ........................................................................................................ Tel: 219 574 828
Maputo
E AGORA EM ALHANDRA tel: 967 642 380
A ETAR de Alverca já está a funcionar há quase um ano, mas os atrasos na construção dos
emissários das freguesias do sul fazem com que os esgotos de cerca de 65 mil habitantes con-
tinuem a ser despejados no Tejo.
Zona Sul do concelho de Vila Francaainda despeja esgotos no Tejo
Calbrita quer ampliar
pedreira de calcário
O projecto de ampliação da pedreira de calcário que a Calbrita
explora no Núcleo de Pedreiras de Alenquer (Serra da Ota) está em
período de avaliação de impacte ambiental e a respectiva consulta
pública decorre até 21 de Outubro. O projecto abrange as freguesias
de Triana, Meca e Ota e os interessados poderão obter mais infor-
mações na Câmara de Alenquer e nos sites da Agência Portuguesa
do Ambiente e da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento
Regional de Lisboa e Vale do Tejo. Um tema a que voltaremos de
forma mais desenvolvida na próxima edição do Voz Ribatejana.
SimTejo lança 2 quilómetros
de condutas na EN 10
A SimTejo lançou, já neste mês de Setembro, uma das empre-
itadas de construção dos emissários e estações elevatórias que
vão levar os esgotos da zona sul do concelho de Vila Franca
até à ETAR de Alverca. A obra, numa extensão de 2 quilóme-
tros, vai desenrolar-se na sua maior parte na Estrada
Nacional 10, o que vai gerar também problemas para o trân-
sito.
Certo é que o sistema de saneamento prevê que a empreitada
dos sistemas elevatórios de Avieiros e Icesa fique pronta em
Agosto de 2012 e afiança que, no decorrer das obras, o
empreiteiro colocará a sinalização adequada e, embora
condicionada (sobretudo na zona norte da cidade da Póvoa),
a circulação nunca será cortada. A SimTejo sublinha, tam-
bém, que estas obras “irão possibilitar o tratamento de eflu-
entes, melhorando as condições sanitárias e a qualidade de
vida da população local”. Este Sistema de Saneamento
Integrado do Municípios do Tejo e Trancão diz já ter investi-
do mais de 50 milhões de euros no concelho de Vila Franca e
chegou a prever concluir toda a rede de encaminhamento até
final de 2010, mas os problemas na libertação de terrenos
terão gerado este atraso de quase 2 anos.
Projecto da
Avipronto em
consulta pública
O Estudo de Impacte Ambiental do projecto
“Instalação Avícola Quinta da Calada” que a
Avipronto desenvolve no concelho de
Benavente está em consulta pública até 20 de
Outubro. Os interessados poderão consultar o
resumo não técnico nos sites e nas sedes da
Câmara de Benavente, da Comissão de
Coordenação e Desenvolvimento Regional de
Lisboa e Vale do Tejo e da Agência
Portuguesa do Ambiente.
AMBIENTE
“
A Assembleia de Freguesia de Alverca reúne, em sessão
ordinária, na noite da próxima sexta-feira. A reunião realiza-se, a
partir das 21h00, nas instalações do Centro Social e Cultural do
povo de Á-dos-Potes. A ordem de trabalhos inclui a apreciação da
informação escrita do presidente da Junta de Freguesia e uma pro-
posta de alteração ao Regulamento de Trânsito respeitante à
Avenida 5 de Outubro. Haverá, também, um período reservado à
intervenção do público, previsto para as 23h00.
28 de Setembro de 2010
Jorge Talixa
A Câmara de Vila Franca de Xira
vai aprovar uma alteração em
regime simplificado do seu Plano
Director Municipal (PDM) para
impedir que a Valorsul amplie o
aterro sanitário que explora há
quase 20 anos na zona do Mato da
Cruz, freguesia de Calhandriz. A
autarquia contemplou essa ampli-
ação na revisão do PDM concluída
em Novembro de 2010, mas novas
informações sobre o impacto da
infra-estrutura nas zonas habitadas
mais próximas e algumas posições
públicas da própria empresa
levaram a autarquia a mudar a sua
posição.
Em 2010, a Valorsul propôs esta
ampliação do Aterro do Mato da
Cruz – ocupa uma área de 41
hectares, já acolheu 6 milhões de
toneladas de lixo e está perto do
fim da sua vida útil – e acordou
com a Câmara de Vila Franca que,
por isso, daria várias compen-
sações, incluindo 1 milhão de
euros para o Município adquirir
viaturas e material de recolha de
resíduos sólidos. Só que para essa
ampliação é preciso que a Cimpor
antecipe a exploração da sua
pedreira de Arcena (zona alta da
freguesia de Alverca) e venda
depois o terreno à Valorsul. O
processo de avaliação de impacte
ambiental iniciado em Março re-
velou-se deveras complicado.
Moradores, associações ambien-
talistas e autarcas organizaram as
mais diversas iniciativas, alertando
para os riscos de rebentamentos
numa encosta onde estão aco-
modadas 6 milhões de toneladas
de lixo. E a Agência Portuguesa do
Ambiente, segundo o movimento
de moradores “O Estado de
Arcena”, ter-se-á pronunciado nos
últimos dias contra o projecto da
pedreira, faltando, agora, o despa-
cho do secretário de Estado do
Ambiente para a divulgação da
Declaração de Impacte Ambiental.
Ao longo do processo, o executivo
camarário de Vila Franca foi-se
convencendo que a ampliação do
aterro não era inevitável e também
não lhe agradaram algumas decla-
rações de responsáveis da Valorsul
(onde o Município de Vila Franca
tem 4% do capital), que chegaram
a dizer que a defesa das popu-
lações cabia aos autarcas e não à
empresa.
Na reunião camarária de quarta-
feira, Maria da Luz Rosinha prom-
eteu apresentar no início de
Outubro uma proposta de alte-
ração do PDM em regime simpli-
ficado para que o terreno para onde
se previa a ampliação do aterro
volte à classificação anterior “eli-
minando de vez a possibilidade de
aterro naquele local”. A presidente
da Câmara de Vila Franca deu
indicações ao vereador que repre-
senta o Município na Valorsul para
que apure se a empresa já está a
pensar estudar alternativas à ampli-
ação do Aterro do Mato da Cruz e
para que solicite que seja equa-
cionada a hipótese de começar já a
recuperação paisagística dos
hectares já usados como aterro.
Recorde-se que, há cerca de 4
meses, a Câmara decidira revogar
a declaração de interesse público
da Pedreira de Arcena.
Também Nuno Libório, vereador
da CDU, a principal força da
oposição municipal, manifestou o
apoio da coligação liderada pelo
PCP à decisão de impedir a ampli-
ação do aterro.
Reacção da Valorsul
Já a Valorsul, em resposta ao Voz
Ribatejana, começa por sublinhar
que a ampliação do aterro só pode-
ria ser uma realidade se a Cimpor
tivesse o seu projecto de explo-
ração da pedreira aprovado.
Evitando comentar a posição da
autarquia de Vila Franca, a
Direcção de Comunicação e
Imagem da Valorsul, admite que
“se for negativa” a decisão das
autoridades face ao projecto da
pedreira, a Valorsul não avançará
com a ampliação “por inviabili-
dade da mesma”.
“Existem, no entanto, alternativas
em estudo, tanto ao nível de even-
tuais novas localizações como de
re-arranjo do aterro existente, alter-
nativas estas a aprofundar após
decisão final sobre esta matéria”,
prossegue a Valorsul, salientando
que o aterro sanitário “apenas
recebe os resíduos que não são
passíveis de tratamento na central
de incineração ou quando esta pára
para manutenção” e que isso “re-
presenta uma recepção menor de
resíduos do que se fosse uma
recepção diária dos mesmos”.
A empresa responsável pelo trata-
mento dos resíduos sólidos
urbanos produzidos nos municí-
pios de Amadora, Lisboa, Loures,
Odivelas e Vila Franca e, mais
recentemente, também pelos de 13
municípios do Oeste afiança,
assim, que “a seu tempo” e “com
as alternativas estudadas”, terá
“uma solução que seja sustentável,
tanto do ponto de vista ambiental,
como económico e social”.
Depois da acesa polémica que rodeou a discussão pública dos
projectos de exploração da Pedreira de Arcena e de ampliação
do Aterro do Mato da Cruz, a Câmara de Vila Franca vai
alterar o PDM para impedir o alargamento do aterro planea-
do pela Valorsul.
Câmara vai impedirValorsul de ampliar aterro
Aterro ainda recebe 170 mil toneladas por ano
Segundo a Quercus, o Aterro do Mato da Cruz ainda recebe cerca de 170 mil toneladas de lixo
por ano. Rui Berkmeier, coordenador do Departamento de Resíduos da Quercus, defendeu, em
declarações ao Voz Ribatejana, que esta ampliação é desnecessária se a Valorsul investir 40 mi-
lhões de euros na construção, no concelho do Cadaval, de uma unidade de tratamento mecânico
e biológico (existe uma em Fronteira) capaz de reciclar 50% do lixo e de transformar outros 30%
em combustível. Os restantes 20%, referiu, são resíduos inertes, sem matéria orgânica e sem
cheiros, e seria fácil encontrar destinos para eles.
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Dados doaterro
Área total – 41 hectares Célula de deposição já
selada - 7, 1 hectaresCélulas 1 e 2 em fun-cionamento - 13, 7 ha
com capacidade para 3, 2milhões de toneladas
Células de cinzas inerti-zadas - 4,8 ha
Plataforma para trata-mento e valorização de
escórias - 2,5 ha
Valorsul fez 17 anos no dia 16
A Valorsul foi criada a 16 de Setembro de
1994 e iniciou, em 1998, a exploração do
Aterro do Mato da Cruz, que deu sequência à
antiga lixeira municipal. Hoje trata 1 milhão
de toneladas por ano, um quinto dos resíduos
sólidos urbanos produzidos em Portugal, pro-
duzidas em 19 municípios, onde residem 1, 5
milhões de habitantes.
O Estado escreveu: "E osterrenos em Arcena são iguais....agora façam a exploração deuma pedreira junto do aterrosanitário e depois vejam paraonde vão parar as toneladas delixo lá enterradas”.
06
Ficha técnica: Voz Ribatejana Quinzenário regional Sede da Redacção e Administração – Centro Comercial da Mina, Loja 3 Apartado 10040, 2600-126 Vila Franca de Xira Telefone geral – 263 281 329Correio Electrónico – [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] Proprietário e editor – Jorge Humberto PerdigotoTalixa - Director – Jorge Talixa (carteira prof. 2126) Redacção – Miguel António Rodrigues (carteira prof. 3351), Carla Ferreira (carteira prof. 2127), Paula Gadelha (carteira prof. 9865) e Vasco Antão (carteirade colaborador 895) Paginação - António Dias Colaboradores: Adriano Pires, Hipólito Cabeça, Paulo Beja Concessionário de Publicidade – PFM – Radiodifusão Lda. Área Administrativa e Comercial –Júlio Pereira (93 88 50 664) e Afonso Braz (936645773)Registo de Imprensa na ERC: 125978 Depósito Legal nº: 320246/10 Impressão CIC – Centro de Impressão Coraze Tiragem – 5000 exemplares
O Melhor e o Pior da Quinzena
Editorial
Aproveitar a
nova face da
cidade
A cidade de Vila Franca de Xira vai ter, já a
partir de 1 de Outubro, uma “cara nova”,
pelo menos em boa parte da face virada para
o Tejo. São 8 milhões de euros de investi-
mentos financiados pelo Polis, mas nos
quais a Câmara vila-franquense tem que
assumir quase metade do investimento.
Muito dinheiro que dá, realmente, outro
aspecto à frente ribeirinha da cidade e que
pode ajudar a dar-lhe outra dinâmica, tam-
bém se for articulado com outro tipo de
aproveitamento do novo pavilhão multiusos
do Cevadeiro. Importa, por isso, começar
desde já a planear a utilização o mais regular
possível destas infra-estruturas, criando
dinamismo na cidade e recolhendo também
meios financeiros para a sua necessária
manutenção e para os novos passos que é
preciso dar.
Com eventuais falhas aqui ou ali, o certo é
que Vila Franca nunca teve uma frente
ribeirinha com a qualidade e com o aspecto
que tem agora. É certo que a degradação da
antiga fábrica do arroz não se coaduna em
nada com o arranjo envolvente – esperemos
que avance de uma vez por todas a reconver-
são do edifício – ou que a situação
degradante do Esteiro do Nogueira priva
muito mal com os arranjos do bairro avieiro.
Também é verdade que há quem não con-
corde com algumas das opções tomadas no
Jardim Constantino Palha, que é importante
que a União Desportiva Vilafranquense
reúna alguns meios para fazer a manutenção
do seu pavilhão e que é urgente a conclusão
do relvado sintético e do arranjo das insta-
lações do clube junto à EN 10.
Tudo isto é certo, mas a seu tempo poderá
ter solução, assim os vila-franquenses
saibam aproveitar e prezar bem tudo aquilo
que conquistaram com estes novos investi-
mentos. Cabe ao Município zelar pela boa
preservação de tudo isto, mas cabe também
a todos nós utentes defendermos as melho-
rias alcançadas, usando-as bem e denuncian-
do eventuais usos indevidos.
Cabe ao Município pressionar os investi-
dores para arrancarem de vez com o projec-
to da fábrica do arroz. Cabe-nos a todos nós
reclamar isso, assim como a construção da
nova biblioteca para ali prevista.
Cabe ao Município instalar espaços de cafe-
taria, quiosques e bancas de produtos locais
para rentabilizar e tornar mais atractivos
estes espaços. Cabe-nos a todos nós frequen-
tá-los para tudo isto seja sustentável.
Cabe ao Município recuperar e relançar
alguns dos eventos que ficaram célebres no
Cevadeiro. Caber-lhe-á também inovar,
descobrir novas iniciativas, procurar novos
públicos e ajudar a promover uma Vila
Franca com muito mais vida. Cabe às vari-
adíssimas organizações locais lançarem tam-
bém as suas propostas e iniciativas, aprovei-
tando todas as condições que se criaram.
Cabe-nos a nós todos ajudar a divulgar e a
contribuir para o sucesso de tudo isto.
Jorge Talixa
A SimTejo já investiu mais de 50 milhões de euros na recolha e trata-mento dos esgotos domésticos produzidos no concelho de Vila Franca,mas problemas de planeamento, de libertação de terrenos e, quiçá, atéfinanceiros, fazem com que os emissários da zona sul estejam muitoatrasados e que a ETAR de Alverca vá ficar ainda até final de 2012 semcumprir os objectivos para que foi planeada. Como consequência dissotudo, o Tejo continua a receber diariamente esgotos produzidos porquase 70 mil habitantes.Vila Franca de Xira vai
passar a dispor de umconjunto renovado deespaços de lazer, desde onovo pavilhão multiusos,para certames edesporto, até ao renova-do Jardim MunicipalConstantino Palha.Investimentos muito si-gnificativos, condiciona-dos apenas por algumaslimitações no acesso àbeira rio originadas pelalinha-férrea.
TODOS COM VOZ
“
Movimento de Arcena
congratula-se com decisões
da Câmara e da APAO Ministério do Ambiente confir-
mou, na semana passada, que a
Agência Portuguesa do Ambiente
(APA) emitiu parecer desfavorável
ao Projecto da Pedreira de Arcena,
que esteve em consulta pública na
última Primavera. Dias antes já o
movimento cívico “O Estado
d'Arcena” divulgara essa infor-
mação, recolhida junto da APA. O
processo seguiu, entretanto, para o
gabinete do secretário de Estado do
Ambiente que, antes de se pronun-
ciar em definitivo, concedeu um
prazo para que as partes intere-
ssadas se pronunciem sobre a
posição da APA. A posição final do
Governo deverá ser conhecida em
Novembro. Entretanto, em resposta
ao Voz Ribatejana, o Movimento
“O Estado d' Arcena” congratula-se
com esta posição da APA e com
decisão da Câmara de Vila Franca
de alterar o PDM para impedir
qualquer ampliação do Aterro do
Mato da Cruz.
A posição do movimento
“Entendemos ser a atitude mais
apropriada e que vai ao encontro da
vontade e do interesse da popu-
lação. Realça-se que, recentemente,
a Assembleia Municipal, sensível
aos argumentos apresentados pela
população, e a pedido do movimen-
to cívico revogou por unanimidade
a decisão de considerar de interesse
municipal a Pedreira de Arcena e a
expansão do aterro sanitário que
iria servir posteriormente à ampli-
ação do actual Aterro. Esta decisão
certamente foi também preponde-
rante no parecer desfavorável emi-
tido pela Agência Portuguesa do
Ambiente (APA) sobre o estudo de
impacto ambiental relativo a este
projecto que aguarda decisão final
do Sr. Secretário de Estado do
Ambiente.
De igual modo, “O Estado
d’Arcena” entende ser a atitude
mais razoável a Valorsul estar a
estudar outras localizações, even-
tualmente outras soluções de trata-
mento de lixo, bem como a reabili-
tação dos espaços do Aterro de
Mato da Cruz, aliás como de início
estava previsto. Isto, pensamos,
deverá ter o máximo de celeridade
já que tudo vem fora de tempo, uma
vez que este Aterro sanitário já de-
veria ter sido encerrado e naquele
espaço construído o Parque
Urbano, há muito tempo.
Espera-se finalmente que, com
estas decisões, se trave definitiva-
mente a intenção de ampliar o ater-
ro sanitário e que se venha rapida-
mente a verificar o seu encerramen-
to. É também nossa vontade que se
encontrem e promovam soluções
para minimizar os impactos nega-
tivos do actual Aterro de Mato da
Cruz.
Movimento Cívico “O Estado d'
Arcena”
voz ribatejana #21
A chamada “Estrada da
Italagro”, que liga a zona da
Vala do Carregado à estação
ferroviária da Castanheira e per-
mite também o acesso à indús-
tria de transformação de tomate
Italagro, está em péssimo esta-
do, com enormes desníveis nas
bermas, sobretudo do lado da
linha-férrea, que tornam
perigosa a circulação no local.
O presidente da Junta da
Castanheira já alertou diversas
vezes para o problema e a pres-
idente da Câmara de Vila
Franca de Xira reconheceu, na
última Assembleia Municipal,
que é preciso fazer alguma
coisa nesta estrada, prometendo
promover rapidamente uma
reunião entre as autarquias e a
Abertis, empresa promotora da
Plataforma Logística.
António Ventura Reis, presi-
dente da Junta da Castanheira,
salienta que esta é a estrada
municipal em piores condições
entre as que foram afectadas
pelas obras da Plataforma
Logística. O autarca da CDU
sublinha que esta via é utilizada
diariamente por muitas centenas
de pessoas. Recorda uma
recente reunião com respon-
sáveis da Abertis promovida
pelo vice-presidente da Câmara
Alberto Mesquita, mas diz que
resultou muito pouco e que só
foram arranjados alguns bura-
cos.
Agora, na sessão da semana
passada da Assembleia
Municipal, Maria da Luz
Rosinha observou que esteve no
local e apercebeu-se do tráfego
intenso que circula na Estrada
da Italagro, incluindo muitos
veículos pesados. Nesta fase do
ano o trânsito também aumenta
devido ao transporte de tomate
para a indústria.
“Vamos fazer uma reunião entre
a Câmara, a Junta e a Abertis
para ver se acertamos aquilo
que é necessário fazer para que
se tomem providência para
resolver o problema, de acordo
até com compromissos assumi-
dos”, prometeu a edil vila-fran-
quense.
J.T.
07Com a construção (em curso) de uma passagem pedonal e com a futura
construção de uma passagem rodoviária sobre a linha-férrea de acesso aocais de Vila Franca, a passagem de nível ali existente, a única ainda emfuncionamento na área da cidade, será encerrada. A iniciativa, aindasem data prevista, divide, contudo, as opiniões dos leitores do blog doVoz Ribatejana. De facto, 46% dos participantes no inquérito concordacom a desactivação da passagem, mas outros 46% não concordam. Os
restantes não têm opinião formada sobre o assunto.
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28 de Setembro de 2010
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A apresentação do trabalho
desenvolvido por associações,
escolas, forças de segurança e
outras entidades locais foi um
dos pontos marcantes das
comemorações dos 26 anos de
elevação da Castanheira do
Ribatejo a vila, que decorreram
de 23 a 25 de
Setembro. Perto de
duas dezenas de orga-
nizações locais estiver-
am presentes no adro
da igreja, num conjun-
to de actividades sub-
ordinadas ao tema
“Ecologia e
Ambiente”.
Na sessão solene de
abertura, ainda antes de
um desfile de alunos,
professores e pessoal
não docente de algu-
mas das primárias
locais, António Ventura
Reis, presidente da
Junta castanheirense,
manifestou o “orgulho”
do executivo
autárquico na forma
como todos trabalham
ao longo do ano e se esforçam
para estar representados da
melhor maneira nestas comem-
orações. O autarca da CDU
pediu, também, um aplauso
para todas as escolas.
“O trabalho que está aqui hoje
é também o seguimento do
grande trabalho que con-
seguiram fazer no encerramen-
to do ano lectivo. O movimen-
to associativo da Castanheira
está de parabéns, a população
da Castanheira está de
parabéns e queremos contar
com o esforço de todos, porque
só assim conseguimos realizar
estas actividades. Estamos a
trabalhar em conjunto a bem da
freguesia e do concelho”,
prosseguiu, agradecendo a
colaboração das empresas,
salientando que não foi tanta
como a Junta gostaria.
“Sabemos que há crise e que a
crise, às vezes, também é
escape para muita coisa”,
referiu.
Nuno Libório, vereador da
CDU, salientou que 26 anos de
elevação a vila constituem uma
data muito importante “num
ciclo que queremos que seja
cada vez mais de prosperi-
dade”. O eleito municipal
admitiu que “vivemos dias
muitos difíceis” e que “os por-
tugueses vivem uma situação
muito difícil do ponto de vista
humano e social. Esperemos
que passe rapidamente”,
prosseguiu, frisando que todos
os presentes têm consciência
que não contribuíram em nada
para esta situação. Nuno
Libório realçou, ainda, o
grande envolvimento do movi-
mento associativo nesta inicia-
tiva.
Já Alberto Mesquita,
vice-presidente da
Câmara de Vila Franca,
frisou que, ao longo
destes 26 anos, muitos
homens e mulheres fi-
zeram aquilo que é hoje
a Castanheira do
Ribatejo. “A Castanheira
desenvolveu-se, é hoje
uma vila com outras
condições. Naturalmente
há muito ainda por fazer,
porque o trabalho
autárquico nunca acaba
e a melhoria da quali-
dade de vida é sempre
um objectivo quer da
Junta, quer da Câmara”,
concluiu.
No adro da Castanheira
estiveram expositores de
quase duas dezenas de organi-
zações locais, tasquinhas com
comes e bebes e, pelo palco,
passaram muitas das classes e
agrupamentos das colectivi-
dades locais.
J.T.
Castanheira junta
movimento associativo
Degradação da “Estrada da Italagro” preocupa
Campanha de tampinhas
para ajudar o João
Estas comemorações ficam também marcadas por uma acção
de recolha de tampinhas de plástico, cujo valor de venda
reverterá para a aquisição de uma cadeira de rodas para o
João, uma criança da freguesia. Ventura Reis apelou à parti-
cipação das pessoas e o João esteve também nesta sessão
inaugural das comemorações acompanhado pela mãe. O
vice-presidente da Câmara, Alberto Mesquita, prometeu sen-
sibilizar a presidente para que a edilidade também auxilie
esta família e Nuno Libório, vereador da CDU, transmitiu
também uma palavra de incentivo e de esperança à família.
46%
não
46% sim 8% N
S/NR
08
SOCIEDADE
“
Jorge Talixa
Poderá ter sido apenas um
enorme acampamento militar
fortificado das guerras entre
Júlio César e os partidários do
seu rival Pompeu mas também
pode ter evoluído para uma
grande cidade romana con-
hecida por Ierabriga. Estas são
as principais dúvidas que as
escavações arqueológicas que
decorrem, há três anos conse-
cutivos, no extenso planalto do
Monte dos Castelinhos procu-
ram esclarecer. Este ano puser-
am especialmente a descoberto
a base de um torreão com 5
metros de diâmetro, mas no
ano anterior já ali foram
encontrados um escudo mili-
tar, muralhas, armas, moedas,
fivelas, pregos, pendentes e
cerâmica do período romano
O grande objectivo da equipa
do Museu Municipal de Vila
Franca dirigida pelos arqueó-
logos João Pimenta e Henrique
Mendes é criar condições para
uma cobertura por georadar
dos cerca de 12 hectares deste
planalto. Sabem, por sonda-
gens efectuadas, que os vestí-
gios da ocupação romana se
estendem por quase toda esta
superfície e que o Monte dos
Castelinhos é um dos mais
importantes sítios arqueológi-
cos para o estudo do processo
de romanização do Vale do
Tejo.
Trata-se de um planalto situa-
do no extremo Norte do con-
celho de Vila Franca de Xira,
mesmo à beira da Estrada
Nacional 1, na freguesia de
Castanheira do Ribatejo. Fica,
contudo, mais próximo da vi-
zinha vila do Carregado, já no
município de Alenquer, de que
dista menos de 1 quilómetro.
As referências à existência de
estruturas antigas e a própria
designação da elevação
“Monte dos Castelinhos”,
levaram os dois arqueólogos a
apostarem na sua investigação.
Nos últimos dois anos, um
protocolo celebrado com a
Faculdade de Letras da
Universidade de Lisboa tem
permitido organizar campan-
has de escavação com alunos,
uma das quais está nesta altura
a decorrer.
“As escavações deste ano vêm
aumentar a importância deste
sítio”, sustenta João Pimenta,
frisando que os dados recolhi-
dos atestam que este local
“certamente terá tido um papel
fulcral na aglutinação do
povoamento e nas problemáti-
cas ligadas à presença militar
romana, quer com César e
Pompeu, quer depois na
própria reorganização do Vale
do Tejo e na sua inserção à
escala do Império Romano”,
assevera.
João Pimenta e Henrique
Mendes garantem que a infor-
mação já recolhida permite
dizer sem margem para dúvi-
das que houve uma presença
militar romana muito impor-
tante no Monte dos
Castelinhos. “Se foi um acam-
pamento permanente com mi-
lhares de homens, se é algo
mais, se um povoado fortifica-
do que continuou, depois,
como a cidade de Ierabriga,
ainda não temos informação
suficiente para esclarecer”,
admite João Pimenta. Certo é
que as crónicas romanas alu-
dem a uma grande cidade,
denominada Ierabriga, que se
situava aproximadamente a
meio caminho entre Olissipo
(Lisboa) e Scallabis
(Santarém), mas nunca se con-
seguiu identificar definitiva-
mente a localização de
Ierabriga.
Os dois arqueólogos já dis-
põem de dados que lhes per-
mitem afirmar que naquele
planalto existiram pelo menos
duas linhas de muralha e
vários torreões defensivos. O
facto das áreas inicialmente
escavadas, já em encosta,
terem revelado uma rede de
estruturas construídas, algu-
mas delas com vestígios de
gesso que atestam alguma
qualidade de construção, faz
pensar que grande parte do
planalto de 12 hectares foi
ocupado pelos romanos (exis-
tem vestígios de ruas), ao
ponto de se verem também
obrigados a construir na encos-
ta. A centenas de metros do
antigo curso do Tejo e logo
abaixo das bacias dos rios
Alenquer, Ota e Grande da
Pipa, o Monte dos
Castelinhos tinha
uma localização
estratégica privile-
giada e a principal
estrada romana
passava no seu
sopé.
Estão previstas
novas campanhas de
escavação para os próx-
imos anos, mas tanto os
arqueólogos como o vereador
da Cultura na Câmara de Vila
Franca acham que a possibili-
dade de cobrir toda esta área
tão extensa com georadar seria
decisiva para detectar as zonas
onde poderão estar as estru-
turas mais significativas (ver
caixa). É que as características
do monte, situado na Quinta da
Marquesa, levaram a que a sua
exploração agrícola fosse
diminuta, contribuindo, assim,
para a melhor preservação das
estruturas construídas. Mas o
local está, hoje, coberto de
muito mato que dificulta a per-
cepção do que poderá estar
escondido no subsolo.
“Pode ser só um acampamento
permanente que pode ter tido
aqui 8000 homens, como pode
ter evoluído para algo mais.
Ainda não chegámos a esse
conhecimento, porque apenas
abrimos uma pequena janela.
O que temos é uma pequena
janela do passado e não é sufi-
ciente, por si só, para chegar-
mos a uma conclusão imediata
sobre qual o tipo de ocupação
que este local teve, como é que
foi evoluindo e como é que se
foi difundindo ao longo destes
hectares de terreno”, conclui
Henrique Mendes, realçando a
importância educativa que este
sítio arqueológico também
pode ter, com visitas organi-
zadas de grupos de estudantes
e de outros interessados.
O Monte dos Castelinhos, situado na freguesia da Castanheira, já quase às portas da vila do
Carregado, está a revelar-se um dos mais importantes sítios arqueológicos para o conhecimen-
to da presença romana no Vale do Tejo.
Monte dos Castelinhos esconde
complexo romano com 12 hectares
voz ribatejana #21
Procuram-se apoios
para georadar
João de Carvalho, vereador com o pelouro
da Cultura na edilidade vila-franquense,
disse, ao Voz Ribatejana, que já se sabe
que uma “radiografia” do Monte dos
Castelinhos por georadar deve custar qual-
quer coisa na casa dos 5000 euros. Com
outras prioridades mais urgentes, a Câmara
de Vila Franca está a tentar encontrar uma
empresa que apoie esta investigação ou poderá
equacionar um protocolo com a Faculdade de
Ciências de Lisboa para a realização deste estudo. Certo é que
a sua efectivação nos próximos meses pode ser decisiva para
conhecer realmente o que esconde o Monte dos Castelinhos e
para definir as melhores zonas de investigação para as cam-
panhas do Verão de 2012. “Tentaremos encontrar um meca-
nismo de mecenato”, promete o eleito social-democrata,
destacando e agradecendo a grande colaboração dos propri-
etários da Quinta da Marquesa e da Junta da Castanheira.
João de Carvalho recorda que, nos seus tempos de estudante,
fez várias campanhas de escavação em Conímbriga. “É evi-
dente que o sonho de cada um de nós é que o Monte dos
Castelinhos seja de tal forma atractivo que traga para aqui,
para o nosso concelho, o turismo cultural”, reconhece.
Por isso, o responsável pela cultura sublinha que a utilização
do georadar será uma mais-valia muito grande, permitindo
conhecer em profundidade toda a área em que se está a traba-
lhar.
Chegar a arqueóloga
com muito esforço
Sara Reis e Ana Raquel Cruz são duas das estudantes de
arqueologia que participaram nas escavações deste ano no
Monte dos Castelinhos. Cada um dos 10 alunos envolvidos
fez três semanas de trabalho. Sara e Raquel não conheciam
este local, que estudaram no 2º. ano do curso de arqueologia,
mas o gosto pela descoberta ajudou-as a enfrentar os dias de
trabalho ao sol quente de Setembro. “É preciso amor à
camisola, se não gostássemos não valia a pena. Já sabíamos
que é assim”, constata Ana Raquel, admitindo que não é fácil
conseguir emprego na área da arqueologia e que as opções se
limitam quase exclusivamente às autarquias e a empresas que
necessitam de trabalhos de arqueologia quando fazem obras.
Mais acima, Carolina
Miranda participou na
escavação e no registo
rigoroso da base do
torreão. “Em princípio
é romano, vêem-se
marcas de cinzéis, que
apontam para uma
estrutura romana”,
explica, vincando que
se supõe que a torre
terá sofrido uma derro-
cada que encheu de
pedra a base agora
descoberta.
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Ribatejana- número 3 - ano 1 - 28 de Setembrode 2011 - publicação trimestral -director Jorge Talixa - subdirectorPaulo Ferreira de Melo -
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Não
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o Vo
z R
ibat
ejan
a nº
21 d
e 28
de
Sete
mbr
o de
201
1
Corrida Real, Corrida CAP e confronto Palha-Miura
Feira taurina com 3 espectáculosemblemáticos
Págs. 10 a 12
Passeio pedonal, jardim renovado e nova secção náutica
7 milhões mudam face ribeirinha deVila Franca
Págs. 14 e 15
Jorge Talixa
A inauguração do Pavilhão
Multiusos do Cevadeiro é a
principal novidade da edição
2011 da Feira Anual de Vila
Franca de Xira. Um novo
equipamento que vai acolher
desde já mais um Salão de
Artesanato, mas que consti-
tuirá certamente por si só um
ponto de atracção do certame.
Maria da Luz Rosinha diz que
é um equipamento com
“muita qualidade” e que os
expositores “vão ter
condições como nunca tiver-
am, quer no interior, quer no
exterior do pavilhão e os visi-
tantes, não tenho dúvidas,
ficarão particularmente
agradados com este espaço”,
prevê a edil.
A reconversão ou substituição
do antigo pavilhão era uma
ambição antiga que foi, agora
concretizada com o auxílio de
um financiamento do Polis
XXI, ultimamente rebaptizado
de Parcerias para a
Regeneração Urbana. Foram
ali investidos cerca de 2, 2
milhões de euros, compartici-
pados em 50% por fundos
comunitários. Para além do
grande espaço interior para
feiras, exposições, espectácu-
los musicais e actividades
desportivas, o novo Multiusos
vila-franquense tem um piso
superior com salas e gabinetes
de serviço, mas também com
uma cafetaria que, para além
do serviço habitual, oferece
uma belíssima panorâmica
sobre o Tejo e sobre a Lezíria.
“O pavilhão dispõe de insta-
lações que não existiam,
incluindo um espaço de cafe-
taria, que contribuirá para que
o parque urbano ganhe outra
vivência”, acrescenta a presi-
dente da Câmara, garantindo
que já decorrem vários con-
tactos para que o pavilhão
multiusos tenha uma utiliza-
ção muito regular.
De resto a Feira Anual segue
um figurino semelhante aos
anos anteriores e Maria da
Luz Rosinha diz que não con-
corda com a ideia de alguns
vila-franquenses inquiridos
pelo Voz Ribatejana, que
acham que a feira é “repetiti-
va”. A autarca do PS refere
que não são esses os ecos que
lhe chegam sobre o certame,
sublinhando que há sempre
uma grande expectativa.
“A feira é um elemento tradi-
cional, tem mais de 100 anos.
Se a descaracterizássemos por
completo deixaria de ser a
feira anual de Vila Franca e as
pessoas não iam gostar”, sus-
tenta a edil, acrescentando que
haverá, ainda assim, algumas
novidades no que diz respeito
aos divertimentos (carrósseis
e outros equipamentos). “A
feira são as farturas, a venda
de barros, aquelas coisas
todas”, sublinha.
02
+região ribatejana #03
O novo pavilhão multiusos promete dar nova vida à Feira de
Vila Franca e a Câmara garante que já estão previstas várias
iniciativas para aproveitar as potencialidades do novo equipa-
mento e dinamizar regularmente o parque urbano da cidade.
No dia 1 de Outubro, para além do pavilhão, a Câmara vai
inaugurar também as obras de requalificação de toda a frente
ribeirinha da cidade (ver páginas 14 e 15).
Novo
pavilhão
é a grande
novidade
da feira
Rosinha desmente
entradas pagas na
Feira
Maria da Luz
Rosinha também
já ouviu pelas
ruas de Vila
Franca várias
questões sobre o
rumor que circula
de que a Feira
Anual teria este
ano entradas
pagas. Em declar-
ações ao Voz
Ribatejana, a edil
afiança que a
entrada será gra-
tuita como sempre
tem sido e que a
ideia de que o
acesso à feira
seria pago não
passa de um boato
sem fundamento.
Programa da
Feira de
OutubroHorário do Salão de Artesanato
Sábados – das 15h00 à 01h00
Sextas e véspera de Feriado – das 17h00 à 01h00
Domingos e Feriado – das 15h às 23h00
Restantes dias úteis – das 17h00 às 23h00
Horário da Feira Anual
Inauguração - 30 de Setembro, às 18h00
Sextas, Sábados e véspera de Feriado – das 13h00 às 02h00
Domingos, Feriado e restantes dias úteis – das 13h00 à 01h00
Esperas de Toiros
1 de Outubro (Sábado) - 16h30
2 a 5 de Outubro (Domingo, Segunda, Terça e Quarta-feira) -
10h30
Corridas de Toiros na Praça Palha Blanco
30 de Setembro (sexta-feira) – 22h00
2 de Outubro (Domingo) – 17h00
4 de Outubro (terça-feira) – 22h00
28 de Setembro de 2011
92 expositores no
Salão de Artesanato
O Salão de Artesanato de Vila Franca de Xira vai ter, este
ano, 92 expositores, oriundos de 59 concelhos de todo o País.
Com condições completamente diferentes, Maria da Luz
Rosinha assegura que outra das preocupações tem sido
“uma renovação contínua” dos artesãos, até porque o
número de inscrições é sempre superior às disponibilidades
de espaço e, garante, a maioria dos participantes deste ano
só tem dois ou três anos de participação no salão vila-fran-
quense.
A autarca enumera mesmo alguns dos novos artesãos repre-
sentados no salão deste ano. São os casos dos “Caretos (más-
caras de carnaval)” do distrito de Bragança, dos “Móveis
em Talha” de Barcelos, dos Bordados de Guimarães (certifi-
cados desde 2007), dos Bordados e da Olaria de Nisa e dos
Trabalhos em Filigrana da Póvoa de Lanhoso. “Estamos a
dar espaço também às novidades, a que se juntam também,
este ano, a Palha de Abbrantes e os Pastéis de Tentúgal”,
vincou.
Sintético doVilafranquensepronto naspróximas semanas
Situado paredes-meias com ao parque urbano e com o pavi-
lhão multiusos, o espaço para o novo relvado sintético da
União Desportiva Vilafranquense está em obras, que não
ficarão concluídas até ao arranque da feira. Maria da Luz
Rosinha não consegue prever para já quando é que a insta-
lação do sintético fica pronta, mas explica que os serviços
camarários também apoiaram o realojamento das pessoas
que viviam num velho edifício entretanto demolido à beira
da estrada nacional. “É uma área que é precisa para as insta-
lações, a Câmara realojou as pessoas no outro edifício.
Posteriormente serão realojadas noutro local, porque este
edifício também será demolido em breve”, rematou.
2000 lugares de
estacionamento
junto ao nó 2
Estacionar nas proximidades da Feira de Vila Franca é
sempre uma dor de cabeça. Os lugares na zona envol-
vente são escassos e nos dias mais concorridos as bermas
da Nacional 10 ficam repletas de viaturas. A exemplo de
anos anteriores, estará disponível um parque de terra
batida entre o nó 2 de acesso à auto-estrada e o Bairro da
Mata com capacidade para cerca de 2000 viaturas.
O novo Pavilhão Multiusos do Cevadeiro tem condições para as mais diversas actividades, desde as feiras a competições desportivas,
passando por espectáculos musicais ou exposições culturais. Maria da Luz Rosinha garante que já há vários contactos em curso e que
o espaço “vai ganhar agora outra dinâmica”.
A autarca não quis adiantar muito sobre próximos eventos a realizar no pavilhão multiusos, mas salienta que será para actividades
próprias do Município e para alugar a entidades interessadas, até porque tem custos de manutenção “bastantes onerosos”. A edil reve-
lou, apenas, que uma das situações em negociação é a possibilidade de realizar ali uma grande exposição de artes, mas afiançou que o
pavilhão está capacitado para as mais diversas actividades culturais, espectáculos e provas desportivas.
Pavilhão para
todo o tipo de
eventos
A obra do Pavilhão Multiusos iniciou-se no final do ano pa-ssado com a demolição do velhinho pavilhão do Cevadeiro. Os
trabalhos prolongaram-se por cerca de 10 meses e envolvemum invesitmento de 2,2 milhões de euros.
Fernando Correia na Ribatejo
Esta sexta-feira e sábado, às dez da manhã,
na Rádio Ribatejo, Fernando Correia em
entrevista ao programa Hora Extra.
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Em
Dezembro
nas bancas
06
+região ribatejana #03
Sou vila-franquense e frequento a feira
desde que nasci. Acho que tem anos em
que está mais fraca, com mais alguma
decadência do comércio, com as mes-
mas coisas. Depois, lá há anos em que
aparece alguma inovação no artesanato
e na zona de diversões. Agora, com o
pavilhão multiusos, com certeza que
há-de ser uma mais-valia.
Acho que tem sido tudo um bocado
repetitivo. O artesanato e as lojas são
praticamente sempre as mesmas. Não
sei se por não haver mais contactos.
Mas, apesar de tudo, gosto sempre de
ver. Esperemos que, com este novo
pavilhão, haja mais abertura e se faça
outro tipo de coisas. Acho que a cidade
precisa de mais actividade e de mais
pessoas dispostas a vestirem a camisola
por Vila Franca. Infelizmente isso está
muito complicado, todos os nossos ex-
libris têm vindo a fechar, ultimamente
até o restaurante Redondel. Vila Franca
está a ficar um bocadinho mais dor-
mitório, quando dantes tinha muito
mais vida própria e comércio. Não sei o
que é que a Câmara tem que fazer e
aquilo que nós todos, vila-franquenses,
temos que fazer em conjunto, mas acho
que está a morrer aos poucos, de uma
forma continuada e difícil de recuperar.
No que diz respeito à feira, acho que se
deve manter aqui. Passaram o Salão do
Cavalo para o lado de lá do rio, não
concordo, acho que afastaram muita
gente e as condições lá até não são as
melhores. Penso que se tem que manter
a tradição. Deve manter-se o caracterís-
tico e o típico, porque as pessoas o que
gostam é de barafunda e de ver os toiros
e vibram pela festa ribatejana.
Sou frequentadora da Palha Blanco,
acho que a praça devia ter mais espec-
táculos, mas estamos em crise, as pe-
ssoas deviam ir mais mas não vão. A
empresa tem sempre muitas dificul-
dades em fazer cartéis que encham a
praça, as coisas estão caras. É compli-
cado se as pessoas, depois, não apare-
cem. Acho, também, que há pouca
divulgação, os cartazes aparecem em
cima da hora. Há aí garraiadas e as pes-
soas nem se apercebem.
A Palha Blanco é uma praça histórica,
devia ser mantida e ter mais espectácu-
los, mas é tudo uma contenção de gas-
tos muito grande. Tem que ser e as pe-
ssoas não podem chegar a tudo, os bi-
lhetes também não são baratos. Espero
que a feira se mantenha e não caia, mas
é capaz de haver alguma desilusão a
nível de vendas. Penso que há falta de
iniciativa em Vila Franca e isso faz com
que as pessoas se desliguem. Vamos
esperar que haja alguém que pegue no
pavilhão a sério e faça todo o tipo de
eventos para todos os gostos e para
todas as idades.
A Feira Anual de Vila Franca de Xira ou “Feira de Outubro” como é tradicionalmente conhecida continua a ser um dos pontos altos da vida da cidade. São centenas de milhares de pessoas que
passam por Vila Franca nos habituais 9 dias de certame, atraídas pelas bancas de venda e pelo artesanato, mas também pelos comes e bebes, pelas diversões e muito especialmente pelas activi-
dades taurinas. Alguns vila-franquenses inquiridos pelo Voz Ribatejana exactamente junto ao parque urbano onde se faz a feira acham que o certame se foi tornando repetitivo e que precisa
de alguma inovação. Para isso depositam muitas expectativas no enorme “potencial” aberto pelo novo pavilhão multiusos e acham que a cidade precisa de aproveitar bem as condições deste
novo equipamento ao longo de todo o ano.
Vila-franquenses esperam que pavilhão
traga novidades a feira “repetitiva”
Joaquim
Augusto, 68
anos, reformado
Normalmente venho sem-
pre uma vez por ano à
feira. Não venho mais
porque são um bocado
repetitivas e o tema em
questão também não é
assim muito aliciante
para mim. Mas acho que
é uma tradição que se
deve manter. É uma terra
que tem uma tradição
que se deve manter. Não
aprecio as tradições tau-
rinas, mas sei que as pe-
ssoas de Vila Franca
apreciam muito.
O artesanato também se vai repetindo. O defeito principal que
vejo é que é tudo muito repetitivo. Aquilo que eu via há 20 anos
continuo a ver e venho cá todos os anos. Mas vou ver as mesmas
coisas. E, nos tempos que correm, não é fácil sugerir outras coisas.
Antigamente as pessoas da periferia da cidade vinham fazer com-
pras à feira. Hoje isso está um bocado ultrapassado. Agora, vêm
mais passear e divertirem-se. Para dar a volta a isto, se calhar com
equipamentos novos como o pavilhão é uma forma.
Na feira, acho que o circo é importante, porque as crianças tam-
bém precisam de ser aliciadas. Se não tiverem nada e se não
tiverem interesse em vir, os pais também, se calhar, não vêm. O
circo é capaz de ser interessante porque faz parte da festa.
Maria Eugénia Casquinha, 42 anos
“A Palha Blanco é umapraça histórica, deviaser mantida e ter maisespectáculos”
“O defeito principalque vejo é que é tudomuito repetitivo”
6 de Outubro’11
15h00
Salão da sede
da Junta
de Freguesia
de Calhandriz
Pe
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EDITAL Nº 495/2011
MARIA DA LUZ GAMEIRO BEJA FERREIRA ROSINHA,
PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE VILA FRAN-
CA DE XIRA
Faz saber que, por despacho de 2011/08/19, proferido pelo
Vice-Presidente, Sr. Alberto Mesquita, ao abrigo do despa-
cho nº 2/2011, de 10 de Janeiro, que remete para o despa-
cho nº 32/2009, de 4 de Novembro, de delegação de com-
petências, ambos da signatária:
1. Fica notificado o Sr. Dionísio Romão, residente no Bairro
da Icesa, Banda 14, Lote A, r/c Dtº, freguesia de Vialonga,
para proceder, no prazo de 10 dias úteis, à remoção da
construção abarracada que está implantada no espaço
público, passeio, a qual contribui para a descaracterização
e desqualificação da área envolvente, assim como à
limpeza do espaço.
Findo o prazo estipulado para o efeito, a Câmara Municipal
procederá à realização dos referidos trabalhos.
2. Procede-se à notificação por Edital, nos termos da alínea
d), do nº 1, do artigo 70º do CPA – Código do Procedimento
Administrativo.
Para constar se publica o presente edital e outros de igual
teor vão ser afixados nos locais do costume, na morada a
que o mesmo alude e publicado nos jornais locais.
E eu, Maria Paula Cordeiro Ascensão, Directora do
Departamento de Administração Geral, o subscrevi.
Paços do Município de Vila Franca de Xira, 13 de Setembro
de 2011
A Presidente da Câmara Municipal,
- Maria da Luz Rosinha -
EDITAL Nº 487/2011
MARIA DA LUZ GAMEIRO BEJA FERREIRA ROSINHA,
PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE VILA FRAN-
CA DE XIRA:
FAZ SABER que por despacho da Srª Vereadora Maria da
Conceição dos Santos, datado de 16/06/11, proferido ao abri-
go das competências delegadas pela signatária, por despa-
cho nº 34/2009, de 4 de Novembro, e para o disposto na
alínea h) do nº 2 do artigo 68º da Lei nº 169/99, de 18 de
Setembro, alterada pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de Janeiro, e
Declaração de Rectificação nº 4/2002, de 6 de Fevereiro, foi
tomada a decisão final de intransmissibilidade da titularidade
da licença de utilização do fogo municipal sito na Rua António
José da Silva, Torre 9, 5ºA, no Olival de Fora, freguesia de
Vialonga.
Tal decisão fundamenta-se no facto do fogo se encontrar
devoluto e do interessado Asvin Kumar Carsane não ter títu-
lo que legitime a ocupação do fogo municipal, não tendo resi-
dido com a falecida titular da licença de utilização do fogo,
Manac Bai, em economia comum, pelo menos um ano antes
do óbito desta.
A presente decisão é tomada com base no disposto na alínea
f), do nº1, e alínea a), do nº 2, do artigo 3º, e artigo 5º, da Lei
nº 21/2009, de 20 de Maio, e artigo 10º, do Regulamento de
Habitação Municipal.
A presente decisão é susceptível de recurso contencioso.
Para constar se publica o presente Edital e outros de igual
teor que vão ser afixados nos locais de costume e publicados
nos jornais locais.
E eu, Fernando Paulo Serra Barreiros, Chefe da Divisão de
Assuntos Jurídicos, em substituição da Directora do
Departamento de Administração Geral, o subscrevi.
Paços do Município de Vila Franca de Xira, 8 de Setembro de
2011
A Presidente da Câmara Municipal,
- Maria da Luz Rosinha -
07
28 de Setembro de 2011
Maria Eugénia Casquinha
frequenta regularmente o
caminho ribeirinho que liga
Alhandra a Vila Franca e foi
acompanhando o evoluir da
obra do pavilhão multiusos.
“Por fora está muito bonito.
Vamos ver se com esta moti-
vação nova e com a feira, as
pessoas começam a voltar a
Vila Franca”, disse, ao Voz
Ribatejana, esta vila-fran-
quense familiarmente muito
ligada às questões da criação
de cavalos e de toiros e ao
próprio toureio e que durante
muitos anos participou a ca-
valo nas principais festa da
terra.
O mesmo sentimento tem
Joaquim Augusto, também
utilizador assíduo do cami-
nho ribeirinho, que considera
que o novo pavilhão “está
bem enquadrado, está bem
implantado” e é “moderno”.
Interessado pelas questões da
arquitectura, Joaquim
Augusto acha que o pavilhão
“está bem concebido” e que
naquele local, provavel-
mente, não era possível fazer
melhor.
Maria Eugénia defende que,
agora, o novo pavilhão “deve
ser aproveitado para muitas
actividades. Se não o fizerem
é uma pena e vai ser outro
monstro que ali fica. Se não
houver alguém que tenha um
plano de actividades, com
feiras, espectáculos, teatros,
outras iniciativas, que puxem
pessoas e utilizem o investi-
mento ali feito, se for só para
a feira e para o Colete
Encarnado, acho que é din-
heiro deitado fora”, avisa,
frisando que as entidades
locais têm que aproveitar
bem o potencial que tem este
novo equipamento. A cafe-
taria já prevista é bem vinda
e reclamada já há muito
tempo pelos utentes do cam-
inho ribeirinho. “Se puserem
uma cafetaria com esplanada
virada para o rio, acho que
vai puxar mais gente aqui ao
pavilhão. Mas é preciso que
o pavilhão também tenha
outras coisas para as pessoas
poderem visitá-lo, só com a
cafetaria fica limitado”, su-
blinha.
“Este pavilhão deve servir
para outras coisas. A cidade
precisa cada vez mais disso.
Não é só armazéns de logísti-
ca aqui à volta”, sustenta, por
seu turno, Joaquim Augusto,
considerando que até há um
dito na região que refere que
“Vila Franca está sempre em
festa”, mas que “ultimamente
não é assim, a cidade está a
ficar tristíssima”. Joaquim
Augusto admite, contudo,
que a conjuntura também não
é nada favorável. “Vamos
esperar que saibam
aproveitar bem este pavilhão.
Se calhar até porem ali um
cinemazinho, que tanta falta
faz à cidade, mas isso é mais
difícil”, reconhece, frisando
que esta área de Vila Franca
está a ficar bonita. “O cami-
nho ribeirinho foi das me-
lhores coisas que se fizeram
aqui nos últimos anos,
porque põe as pessoas a
mexer e as pessoas ao me-
xerem ficam mais alegres e
mais saudáveis. Foi uma
obra de aplaudir”, conclui.
Pavilhão multiusos é desafio
para dinamizar a cidade
EDITAL Nº 486/2011
MARIADALUZ GAMEIRO BEJAFERREIRAROSINHA, PRESIDENTE DACÂMARAMUNICIPAL DE VILA
FRANCA DE XIRA:
Faz saber que por despacho do Vice-Presidente da Câmara Municipal, proferido em 05/08/2011, e para o dis-
posto na alínea h) do nº 2 do artigo 68º, da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro, alterada pela Lei nº 5-A/2002, de
11 de Janeiro, e Declaração de Rectificação nº 4/2002, de 6 de Fevereiro, ficam os interessados notificados de
que:
- É intenção do Município de Vila Franca de Xira, na qualidade de entidade proprietária da fracção municipal sita
na Cooperativa Chabital, lote 41, r/c esqº, 2600 Alhandra, determinar a cessação da licença de utilização do referi-
do fogo, atribuído a Maria Romana Pereira Moreno, e demais agregado familiar, ou residentes, segundo o regime
da renda apoiada e proceder ao eventual despejo administrativo dos ocupantes.
Tal decisão, fundamenta-se nos seguintes factos:
• Amoradora não tem residência permanente no fogo acima identificado há mais de 6 meses, pelo menos desde
Outubro de 2010, residindo de forma permanente em Inglaterra e a ausência do fogo municipal não está justifi-
cada por motivos de doença regressiva e incapacitante de permanência na habitação, prestação de trabalho por
conta de outrem no estrangeiro, cumprimento de comissão de serviço público, civil ou militar por tempo determi-
nado, ou detenção em estabelecimento prisional.
• Amoradora apresenta rendas em dívida há mais de três meses. Concretamente, actualmente, a moradora apre-
senta mora com o pagamento das rendas desde Agosto 2009, estando em dívida com 4 rendas, no valor de
175,66 Euros, as quais depois de acrescidas da indemnização moratória devida pela falta de pagamento das
mesmas, no valor de 87,84 Euros, perfazem uma dívida de 263,50 Euros.
• Já por diversas vezes foi tentada a celebração de acordo de pagamento da dívida sem que se tenha obtido
sucesso.
O presente projecto de decisão é tomado com base no disposto nas alíneas d) e f), do nº 1, do artigo 3º, da Lei
nº 21/2009, de 20 de Maio, no nº 3, do artigo 3º, da Lei nº 21/2009, de 20 de Maio, e nos nºs 7, 9, 10, e 11, do
artigo 9º, no nº 6, do artigo 12º, no nº 2, do artigo 13º, e no nº 14, do artigo 9º, todos do Regulamento de Habitação
Municipal.
Mais fica a moradora e demais interessados notificados, de que nos termos do disposto no nº 6 e 7, do artigo 3º,
da Lei nº 21/2009, de 20 de Maio, e no nº 6, do artigo 12º, do Regulamento de Habitação Municipal, caso a
decisão se torne definitiva, dispõem de um prazo de 90 dias para desocupar a referida fracção, sendo que se não
o fizerem até ao final do prazo que lhes é facultado, será imediatamente efectuado o despejo com recurso à autori-
dade policial, sendo removidos todos os bens que se encontrem na fracção, os quais serão depositados em local
designado para o efeito, onde poderão ser levantados pelos proprietários, dentro do prazo de um ano a contar da
presente notificação, data a partir da qual serão declarados perdidos a favor do Município, nos termos do artigo
1323º do Código Civil.
Os interessados poderão, querendo, nos termos do artº. 101º, do Código do Procedimento Administrativo, no
prazo máximo de 10 dias, pronunciar-se por escrito sobre esta proposta de decisão. Findo este prazo, sem que
haja pronúncia ou no caso de a mesma não ser atendível, a decisão tornar-se-á definitiva.
O processo que conduziu à tomada desta proposta de decisão encontra-se disponível para consulta no
Departamento de Habitação Saúde e Acção Social da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, sita na Rua Alves
Redol, nº 16, 1º, 2600 Vila Franca de Xira, das 9:00h às 12:30h e das 14:00h às 17:30h.
Para constar se publica o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos locais de costume e pub-
licados nos jornais locais.
E eu, Fernando Paulo Serra Barreiros, Chefe da Divisão de Assuntos Jurídicos, em substituição da Directora do
Departamento de Administração Geral, o subscrevi.
Paços do Município de Vila Franca de Xira, 7 de Setembro de 2011
A Presidente da Câmara Municipal,
- Maria da Luz Rosinha -
EDITAL Nº 489/2011
MARIA DA LUZ GAMEIRO BEJA FERREIRA ROSINHA, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE
VILA FRANCA DE XIRA:
Faz saber que por despacho da Srª Vereadora Maria da Conceição dos Santos, datado de 10/05/2011, pro-
ferido ao abrigo das competências delegadas pela signatária, por despacho nº 34/2009, de 4 de Novembro,
e para o disposto na alínea h) do nº 2 do artigo 68º, da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro, alterada pela Lei
nº 5-A/2002, de 11 de Janeiro, e Declaração de Rectificação nº 4/2002, de 6 de Fevereiro:
- É intenção do Município de Vila Franca de Xira, na qualidade de entidade proprietária da fracção munici-
pal sita no Bairro Municipal da Quinta da Piedade, Lote 6, 3º Frente, na Póvoa de Santa Iria, determinar a
cessação da licença de utilização do referido fogo, atribuído a Ernestina Montinho Costa e respectivo agre-
gado familiar, segundo o regime da renda apoiada, e proceder ao eventual despejo administrativo.
Tal decisão fundamenta-se nos seguintes factos:
• A moradora apresenta rendas em dívida há mais de três meses. Concretamente, a moradora apresenta
8 rendas em dívida, compreendidas entre Outubro de 2008 e Fevereiro de 2010, no valor de 860,68 Euros,
as quais depois de acrescidas da indemnização moratória devida pela falta de pagamento das mesmas, no
valor de 430,35 Euros, perfazem uma dívida de 1.291,03 Euros.
• À moradora já foram dadas várias oportunidades de proceder ao pagamento faseado da dívida, sem que
se tenha obtido sucesso.
O presente projecto de decisão é tomado com base no disposto na alínea d), do nº 1, do artigo 3º, da Lei
nº 21/2009, de 20 de Maio, no nº 7, do artigo 9º, no nº 6, do artigo 12º, no nº 2, do artigo 13º, e no nº 14, do
artigo 9º, todos do Regulamento de Habitação Municipal.
Mais fica a moradora e demais interessados notificados, de que nos termos do disposto nos nºs 6 e 7, do
artigo 3º, da Lei nº 21/2009, de 20 de Maio, e no nº 6, do artigo 12º, do Regulamento de Habitação
Municipal, caso a decisão se torne definitiva, dispõem de um prazo de 90 dias para desocupar a referi-
da fracção, sendo que se não o fizerem até ao final do prazo que lhes é facultado, será imediatamente efec-
tuado o despejo com recurso à autoridade policial, sendo removidos todos os bens que se encontrem na
fracção, os quais serão depositados em local designado para o efeito, onde poderão ser levantados pelos
proprietários, dentro do prazo de um ano a contar da presente notificação, data a partir da qual serão declar-
ados perdidos a favor do Município, nos termos do artigo 1323º do Código Civil.
Os interessados poderão, querendo, nos termos do artº. 101º, do Código do Procedimento Administrativo,
no prazo máximo de 10 dias, pronunciar-se por escrito sobre esta proposta de decisão. Findo este prazo,
sem que haja pronúncia ou no caso de a mesma não ser atendível, a decisão tornar-se-á definitiva.
O processo que conduziu à tomada desta proposta de decisão encontra-se disponível para consulta no
Departamento de Habitação, Saúde e Acção Social da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, sito na
Rua Alves Redol, nº 16, 1º, 2600 Vila Franca de Xira, das 9:00h às 12:30h e das 14:00h às 17:30h.
Para constar se publica o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos locais de costume
e publicado nos jornais locais.
E eu, Fernando Paulo Serra Barreiros, Chefe da Divisão de Assuntos Jurídicos, em substituição da
Directora do Departamento de Administração Geral, o subscrevi.
Paços do Município de Vila Franca de Xira, 9 de Setembro de 2011
A Presidente da Câmara Municipal,
- Maria da Luz Rosinha -
Vialonga comemora Dia do Idoso
A Junta de Freguesia de Vialonga organiza, no próxi-
mo dia 15, um almoço comemorativo do Dia do Idoso.
A iniciativa realiza-se nas instalações da ARPIV
(Associação de Reformados Pensionistas e Idosos) a
partir das 12h30 e tem inscrições limitadas.
08
+região ribatejana #03
Jorge Talixa
Vítor Mendes foi homenagea-
do, no passado dia 13, pelo
Clube Taurino Vilafranquense
(CTV), que fez questão de
reconhecer o exemplo e a de-
dicação desta grande figura do
toureio português e mundial,
exactamente no dia em que
passavam 30 anos sobre a sua
alternativa de matador de
toiros. A homenagem incluiu o
descerrar de um painel de
azulejos, desenhado por
Constantino Agostinho e que,
na parede principal do CTV,
vai assinalar para a posteridade
a importância do percurso do
toureiro. Seguiram-se momen-
tos de convívio, a entrega de
mais algumas lembranças e um
jantar de homenagem a Vítor
Mendes, que esteve acompan-
hado por toda a sua família e
por muitas dezenas de afi-
cionados.
Paulo Silva, presidente do
Clube Taurino Vilafranquense,
começou por realçar a vontade
da colectividade de assinalar
devidamente estes 30 anos de
alternativa de Vítor Mendes.
Depois, Nuno Bico, presidente
da assembleia-geral do CTV,
destacou o esforço, a dedi-
cação, o valor e a luta que ca-
racterizam este percurso de
Vítor Mendes, que o levou a
ser uma das mais importantes
figuras do toureio mundial,
ganhando a admiração dos afi-
cionados.
“É uma honra e um privilégio
homenagear um homem que
encerra na sua vida uma
história de esforço, dedicação,
luta e entrega permanente à
vida de matador de toiros”,
referiu Nuno Bico, salientan-
do que “o dia 13 de Setembro
de 1981, em Barcelona, foi o
ponto de partida para uma car-
reira de glória que hoje assi-
nalamos. Vítor Manuel Vale
Mendes é um toureiro de
sucesso que passou pelas
principais praças de toiros de
todos continentes, que presen-
teou os aficionados com
tardes de glória”, prosseguiu,
frisando que Vítor Mendes é
também um ganhador, um
ídolo e um exemplo para os
jovens.
Logo depois de ter levantado o
pano que cobria o painel de
azulejos feito em sua home-
nagem, Vítor Mendes lembrou
a importância de Vila Franca
de Xira – nasceu em Marinhais
O Clube Taurino Vilafranquense prestou homenagem a Vítor Mendes no dia em passavam 30
anos sobre a sua alternativa como matador de toiros.
Exemplo e 30 anos
de carreira motivam
homenagem
a Vítor Mendes
Iniciativa do Clube Taurino
Vilafranquense
O toureiro com a família
mais próxima.
foto
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págin
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e V
oz R
ibate
jana
09
28 de Setembro de 2011
e fixou-se em Vila Franca onde desenvolveu a
sua carreira – na concretização do seu sonho de
vir a ser um dia matador de toiros. Vila Franca,
reconheceu, abriu-lhe as portas para o futuro e
concretizou, depois, em Espanha, os momentos
mais importantes da carreira de toureiro a pé.
Um jovem português, acrescentou Vítor
Mendes, que
c o n s e g u i u
ser uma
f i g u r a
impor tante
entre os
m a t a d o r e s
de toiros da
década de
80, integran-
do o leque
de 14 a 15
figuras que
t o u r e a v a m
nas princi-
pais feiras
espanholas.
R e c o r d o u ,
ainda, que tomou alternativa na praça de toiros
de Barcelona onde, sete anos antes, uma colhi-
da roubara a vida a José Falcão, sentindo que
tinha a responsabilidade de dar seguimento à
história do toureio a pé português. Hoje Vítor
Mendes ainda toureia frequentemente, sobretu-
do neste ano em que se assinalam os 30 anos da
sua alternativa, mas está sobretudo dedicado a
transmitir os seus conhecimentos a jovens que
também alimentam o sonho de virem a ser
t o u r e i r o s
profissionais.
Nesta con-
tinuidade do
projecto da
Escola de
Toureio José
Falcão, Vítor
Mendes acha
que entre os
alunos “há
três ou quatro
jovens com
talento sufi-
ciente para
poderem ini-
ciar esta
primeira fase
de afirmação além fronteiras” e formulou votos
de que Vila Franca consiga ajudá-los a tornar
possível esse sonho.
O abraço carinhoso da mãe
do toureiro
foto
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lem
ente
Vítor Mendes com membros da
direcção do Clube Taurino
Município de Vila Franca assinala Dia da Música
O Dia Mundial da Música motiva um conjunto de actividades
no concelho de Vila Franca, com realce para a cerimónia de
entrega do Prémio Carlos Paredes, no dia 28. Já no sábado, a
partir das 17h00, haverá arruada pela Banda do Ateneu na
cidade de Vila Franca. No dia seguinte, ás 16h00, o Coral Ares
Novos actua no Núcleo Museológico de Alverca.
10
Voz Ribatejana – A Feira
Taurina de Vila Franca é,
este ano, marcada pelas
comemorações dos 110 anos
da Palha Blanco. A Tauroleve
já assumiu que é uma respon-
sabilidade fazer o melhor
possível. Que filosofia procu-
raram seguir para tentar
fazer algo de diferente?
Ricardo Levesinho – Por um
lado, a questão do assumir a
responsabilidade está inerente
ao facto de gerirmos como
empresários a Praça Palha
Blanco e isso imputa-nos muita
responsabilidade. É natural que
queiramos fazer o melhor po-
ssível. A óptica que quisemos
seguir foi a de criar em todos
os espectáculos da feira três
acontecimentos que são, por si
só, diferentes, que são apela-
tivos e que acho que têm um
valor acrescentado bonito para
a praça e para a nossa terra.
Existem três corridas, cada
uma delas tem a sua simbolo-
gia e os seus momentos mar-
cantes. Espero que no fim a
qualidade esteja associada a
todas elas, que é aquilo que
idealizámos. Acredito que
aquilo que conseguimos elabo-
rar foi aquilo que batalhámos
por conseguir e é aquilo que
acreditamos que vai resultar,
tanto a nível da presença de
público, como a nível da quali-
dade dos espectáculos.
Uma ideia que ressalta, a
exemplo do que já aconteceu
noutras ocasiões, são as
parcerias, captando para
Vila Franca, neste momento,
corridas com história como a
Corrida Real e a Corrida da
CAP, que já se realizaram
noutros sítios?
Exactamente, achamos que
falando de parcerias e de siner-
gias, mais do que isso tem a ver
com motivos de interesse que a
nossa praça tem passado para
as pessoas. É bonito sentir que
as pessoas já nos procuram,
que as pessoas têm interesse
em vir a Vila Franca, em vir
associar-se às festas de Vila
Franca e à Praça de Toiros
Palha Blanco. O que mostra
que tem credibilidade e que
temos mostrado que a nossa
praça está outra vez em cima e
cada vez mais a ser um foco do
maior interesse da tauromaquia
portuguesa. Isso enche-nos de
orgulho como vila-fran-
quenses.
Foi fácil, foi de uma forma
extremamente interessante e
aberta que a Casa Real mostrou
interesse em vir a Vila Franca
pela primeira vez. Esta já é a
décima-quarta Corrida Real e
nunca foi realizada cá. É com o
maior prazer que a recebemos
pela primeira vez. Esse facto
dá-nos uma determinada
imagem de qualidade e de con-
fiança que as pessoas também
demonstram para connosco.
A Corrida da CAP é também
uma corrida de recuperação,
uma das quatro ou cinco corri-
das fortes que havia e temos
gosto em ajudar a recuperar
essa corrida forte, com sim-
bologia para a própria tauro-
maquia. Recuperando datas
que tinham caído em esqueci-
mento. Foi um projecto em
comum entre a CAP e nós. Eles
sabem que aqui damos o máxi-
mo e, a partir daí, a abertura
também foi total e muito facil-
mente chegámos a esse acordo.
Para além do efeito promo-
cional, corridas como a
Corrida Real ou a Corrida
da CAP não são também
condicionantes para a
empresa Tauroleve, porque a
montagem dos cartéis poderá
não seguir exactamente os
objectivos e as ideias da
empresa e ter que haver um
consenso ou uma partilha de
opiniões em relação aos
cartéis?
Houve um consenso muito
grande, tanto da Casa Real
como da CAP em relação àqui-
lo que são as nossas ideias.
Com certeza que nós também
temos que avaliar o que é que
costuma ser, por exemplo, a
Corrida Real e, a partir daí,
avaliar se esse histórico, se
esses gostos se adaptam aos
nossos. Não houve uma grande
diferença. É a primeira vez que
fazemos uma corrida com seis
cavaleiros dentro da nossa
gestão em Vila Franca. É algo
que nunca tínhamos feito. Mas
faço-o com todo o gosto, o car-
tel está bonito, diversificado,
com variados pontos de inter-
esse, com triunfadores da tem-
porada, com jovens valores que
se destacam e dois grupos de
forcados de topo a nível
nacional e uma ganadaria com
um curro de toiros extra-
ordinário. Não vejo que os no-
ssos gostos tenham sido alte-
rados, bem pelo contrário. Não
sinto que tenhamos abdicado
dos nossos princípios.
Em relação à corrida da CAP,
igual, não houve nenhuma
alteração, nenhum pedido, uni-
camente a simpatia e a vontade
de se juntarem a nós, o que é
uma grande alegria.
Cento e dez anos da Palha
Blanco é uma data marcante,
à volta de Vila Franca e por
Vila Franca passam muitos
nomes do toureio, muita
gente que gostaria certa-
mente de participar nestas
corridas, mas não podem vir
todos. Como é que se faz essa
gestão?
Essa é a dificuldade de quem
tem que gerir e de assumir
responsabilidades. Com
certeza que sei que tenho uma
tarefa que, às vezes, para algu-
mas pessoas, pode parecer
muito bonita e entusiasmante,
mas que tem as suas dificul-
dades e as suas limitações e,
por vezes, alguma falta de
compreensão de algumas pes-
soas. Também aceito que todos
nós temos a nossa forma de
pensar e a pensar que temos
direito a integrar qualquer pro-
jecto que exista, mas a minha
tarefa também é zelar por aqui-
lo que eu acho que é o melhor.
E tenho que ter as minhas
preferências e a minha opinião.
Sabemos que muitas vezes as
opções são discutidas e, por
vezes, criamos também, nalgu-
mas pessoas, alguma insatis-
fação. Temos que assumir as
nossas opções e dizer que esta-
mos aqui, desde o primeiro dia
até ao último, a assumir as nos-
sas responsabilidades.
“Temos que defender
a corrida a pé”
A Corrida da CAP, no dia 2.
Apesar de toda a tradição de
Vila Franca e da grande ligação
ao toureio a pé, não é um
grande risco organizar uma
corrida só com lides a pé?
Se todos nós dizemos que
somos muito aficionados e que
Vila Franca é uma terra muito
aficionada, em que existe
muita gente a defender o
toureio a pé, pela sua história
em Vila Franca, temos que dar
o exemplo. Estamos associados
a uma história e temos que a
defender, se não deixamo-la
cair, deixamo-la morrer.
Acho que esta corrida, e faço
questão de a fazer, tem muito a
ver com isso. Temos que ser
diferentes dos outros, temos
que mostrar aquilo que nós
temos de bom. E não nos
podemos esquecer que é tam-
bém uma corrida de home-
nagem pelos 30 anos de alter-
nativa de Vítor Mendes. Acho
que era fundamental a sua pre-
sença. Nós, vila-franquenses,
não podemos deixar passar ao
lado estes 30 anos de alternati-
va.
Acho que é um cartel
rematadíssimo, com a presença
Sob o lema “Feira de Aniversário – 110 anos de emoção”, a empresa concessionária da Praça
de Toiros Palha Blanco organiza três espectáculos no âmbito da tradicional Feira de Outubro
de Vila Franca. Os 110 anos do tauródromo vila-franquense, assinalados no dia 30, motivam
um programa especialmente cuidado, com a XIV Corrida Real a assinalar o aniversário da
Palha Blanco. A corrida da CAP no dia 2 e um confronto entre toiros das ganadarias Palha e
Miura, no dia 4, são os outros pontos altos da feira taurina de Vila Franca. Em entrevista ao
Voz Ribatejana, Ricardo Levesinho, empresário da praça vila-franquense, explica os obje-
ctivos e as opções tomadas na elaboração dos cartéis.
“A nossa
praça está
outra vez
em cima”
Ricardo Levesinho em entrevista
“Sei que tenho umatarefa que podeparecer muito bonitamas tem as suasdificuldades”
“É uma praça linda esó com a presença detodos podemos criaraquela atmosfera tãoespecial”
11
28 de Setembro de 2011
A Praça de Toiros Palha Blanco foi inaugurada a 30 de Setembro de 1901, numa cerimónia que
contou com a presença do Rei D. Carlos e da família real portuguesa. 110 anos depois, as
comemorações do aniversário da praça ficam marcadas pela realização da Corrida Real e pela
visita a Vila Franca de D. Duarte de Bragança e da sua esposa, D. Isabel Herédia.
O programa organizado pela Tauroleve em articulação com a Santa Casa da Misericórdia de
Vila Franca de Xira e com a Câmara Municipal contempla um conjunto de actividades no cen-
tro da cidade, logo a partir das 17h00. Os duques de Bragança serão recebidos nos Paços do
Concelho e seguem, depois, para uma visita à Igreja da Misericórdia, onde serão recebidos
pelo provedor e pela mesa administrativa da instituição. Ali será inaugurada uma exposição e a
comitiva visitará, ainda,
algumas tertúlias e a
exposição das Linhas de
Torres patente na Patriarcal.
Será, também, descerrada
uma placa alusiva aos 110
anos da Palha Blanco e, antes
do jantar, realiza-se, ainda
um desfile com forcados e
campinos, entre a praça de
toiros e o largo do município.
Já na Corrida Real salienta-
se a particularidade de, entre
cada lide, no momento da
recolha do toiro, actuarem
fadistas de Vila Franca.
“São cerimónias que enobre-
cem e que dão grandeza a
momentos como uma corrida
de toiros. A Santa Casa
envolveu-se muito com uma
ajuda total, é de agradecer
sempre todo o apoio que me
têm dado, o senhor provedor,
o senhor Fernando Palha e os
restantes membros da mesa
administrativa. Sem eles não
conseguíamos vencer estas
batalhas que temos tido. Há
uma grande entreajuda tam-
bém com a Câmara
Municipal, para todos juntos
conseguirmos fazer o melhor
possível”, sustenta Ricardo
Levesinho.
Duques de Bragança são
figuras centrais dos 110
anos da Palha Blanco
A corrida da noite de 4 de
Outubro representa um
confronto inédito a nível
mundial entre toiros das
ganadarias Palha e
Miura. Seis toiros que
serão lidados pelos cav-
aleiros António Telles,
João Salgueiro e Pedro
Salvador e pegados, todos
eles, pelo Grupo de
Forcados Amadores de
Vila Franca. Trata-se
também de um concurso
de ganadarias, em que o
júri será composto pelos
próprios cavaleiros, pelos
forcados e pela empresa
que gere a Palha Blanco.
“É uma corrida com que
já sonhava desde o
primeiro momento em
que começámos a gerir a
Palha Blanco, desde
2008”, explica Ricardo
Levesinho ao Voz
Ribatejana, frisando que
só agora foi possível con-
cretizá-la. “Foi uma
batalha que foi difícil pôr
em prática e a corrida aí
está. Conseguimos cativar
a Ganadaria Miura e o
senhor João Folque da
Ganadaria Palha para,
pela primeira vez no
Mundo promovermos um
confronto directo entre as
duas. Esta nossa ideia
está a mexer e a ter um
entusiasmo extremamente
importante. É uma corri-
da que pode marca”,
salienta.
Ricardo Levesinho acres-
centa que foi muito bem
recebido na Casa Miura e
na Casa Palha, que se
associam, assim, aos 110
anos da Palha Blanco.
“Vêm ambos para ganhar
o concurso, quero acredi-
tar que o espectáculo vai
resultar, que os artistas
vão empregar-se ao máxi-
mo e que os forcados de
Vila Franca vão, mais
uma vez, ter uma grande
noite da sua história,
porque é um grupo fabu-
loso e de grande quali-
dade, que merece total-
mente ter também um
desafio como este pela
frente”, vinca o
empresário.
Palhas e Miuras
em confronto
luso-espanhol
ESCOLA DE EQUITAÇÃO
Centro Equestre das Cachoeiras
Caminho da Igreja Velha
2600 – 581 CACHOEIRAS
de Vítor Mendes, com a pre-
sença de David Mora que é,
neste momento, a maior reve-
lação do toureio a pé em
França e em Espanha. Acho
que foi uma aposta extrema-
mente conseguida trazê-lo a
Vila Franca. E com a presença
de António João Ferreira, que é
uma das grandes esperanças
que temos e temos que dar
oportunidades aos jovens que
querem singrar nesta faceta.
Não tenho, sinceramente,
medo nenhum, para mim não
há risco nenhum, é um desafio
que fazemos à aficion, sabe-
mos que existe uma grande afi-
cion vila-franquense, uma
grande aficion ribatejana, a
estar presente. Temos que
defender este tipo de corrida.
Se noutras terras isso tem
caído, em Vila Franca isso não
pode acontecer. Tem todos os
ingredientes para que o espe-
ctáculo seja bom.
Para os bilhetes, a empresa
tem algum sistema com
preços mais favoráveis para
quem queira assistir às três
corridas?
Com excepção do Campo
Pequeno, somos a única
empresa que faz este sistema
de abonos. Na compra dos três
bilhetes, as pessoas têm um
desconto associado.
Continuamos a defender essa
teoria e temos, efectivamente,
um naipe de oferta em termos
de preços que acho que é
muito interessante, com
descontos entre os 10 e os
15%. O que queremos é criar
disponbilidade e, mais do que
isso, possibilidades para que as
pessoas possam marcar pre-
sença em todos os espectácu-
los. Estamos neste projecto
para conseguir mostrar a todas
as pessoas que é fundamental a
sua presença, é fundamental
esta praça ter uma grande
moldura humana. É uma praça
linda e que só com a presença
de todos podemos criar aquela
atmosfera tão especial.
“Temosquemostraraquiloque nóstemosdebom”
Isabelmaria escreveu: "grandeduelo e homenagem mais quemerecida vila franca muitas vezesesquece os seus filhos e para quan-do tambem uma homenagem a umfilho adoptivo de vila franca ruibento vasques"
Verónica Almeida Santos
----------
965 609 392
918 902 558
12
+região ribatejana #03
Praça Bartolomeu Dias, nº 10/12
(junto ao parque de estacionamento)
Telef: 263 276 798 - Fax: 263 271 284
E-Mail: [email protected]
2600-076 Vila Franca de Xira
O subsídio normalmente con-
cedido pela Câmara de Vila
Franca de Xira à empresa que
gere a Palha Blanco foi, este
ano, reduzido de 20 mil para 10
mil euros, de acordo com a
proposta aprovada em sessão
camarária de 29 de Junho. A
edilidade justifica a redução
com o quadro geral de con-
tenção e com a melhoria na
afluência de espectadores já
verificada em 2010.
“Reduzimos o valor porque,
efectivamente, a última tempo-
rada nem sequer foi má para a
empresa. Conseguimos criar
um relacionamento de abertura
para a discussão destas coisas,
que considero sério e impor-
tante”, observou Maria da Luz
Rosinha, frisando que procurou
também sensibilizar a Santa
Casa da Misericórdia de Vila
Franca para alguma redução do
valor, uma vez que “a crise é
grande”. Depois, a presidente
da Câmara sublinha que se
percebeu, também, que o apoio
concedido era bastante signi-
ficativo, se comparado com o
que se passa noutros municí-
pios.
Aurélio Marques, vereador da
CDU, quis saber se a redução
para metade do apoio também
significará uma redução dos
bilhetes oferecidos para idosos
com mais de 65 anos e jovens
com menos de 18. Maria da
Luz Rosinha admite que, em
determinadas alturas, até havia
dificuldades em distribuir estes
bilhetes oferecidos e que se
passou a oferecer também
alguns às tertúlias. “Não havia
uma grande receptividade
noutras freguesias”, explicou,
acrescentando que também é
notória uma redução nos
preços praticados na Palha
Blanco, com bilhetes para
vários sectores já a 10 e 15
euros.
Empresa lamenta redução
nos 110 anos da praça
Ricardo Levesinho, empresário
da Palha Blanco, afirma, em
declarações ao Voz Ribatejana,
que a empresa Tauroleve
encarou este corte “com algu-
ma dificuldade”, até porque
2011 é exactamente o ano em
que se comemora o 110º.
aniversário da praça, que tem
que ser assinalado de forma
muito condigna.
“Qualquer pessoa consegue
analisar que esta feira taurina é
uma feira caríssima, que não se
consegue organizar de forma
fácil e que é um grande risco
financeiro, o que demonstra
que nós não andamos aqui uni-
camente pelo aspecto finan-
ceiro”, vincou, salientando que
o maior objectivo da empresa
que dirige “é criar bons espec-
táculos, não subindo os preços
dos bilhetes. Pelo contrário,
este ano até criámos mais
condições para que haja mais
bilhetes a preços mais
acessíveis”, sublinha.
De qualquer forma, Ricardo
Levesinho entende que a
Câmara, neste momento, tam-
bém “tem as suas dificul-
dades”, porque com certeza
que não está desligada da situ-
ação do resto do País. “Temos
que dizer que este corte, que
foi extremamente
significativo,
causa-nos
u m a
grande mossa em relação ao
nosso orçamento e ao nosso
planeamento anual. Não con-
seguimos que a Câmara fosse
além desse corte. A senhora
presidente fez-nos ver que era
impossível passar desse valor
de 10 mil euros. Com certeza
que nos desagradou, porque é
uma limitação, ainda por cima
num ano em que temos que
investir muito, não podíamos
passar pelos 110 anos e fazer as
coisas de forma regular ou
reduz indo
os custos”, explica o
empresário vila-franquense.
No seu entender, a empresa
tinha que criar focos especiais
de interesse à volta desta feira
taurina e foi o que procurou
fazer. “Mas não vale a pena
estarmos insatisfeitos,
temos que ser sen-
síveis à realidade do
País e saber que
há pessoas com
m a i o r e s
dificuldades do que nós. Essa
questão social também nos
toca. Foi essa a justificação que
a senhora presidente também
nos deu e tivemos que a aceitar,
porque, de certeza absoluta,
que para nós há-de correr
bem e que esse di-
nheiro sirva para aju-
dar quem precisa”,
conclui.
J.T.
Apoio da Câmara à empresa da
Palha Blanco reduzido a metade
13
28 de Setembro de 2011
Miguel António Rodrigues
Na corrida inaugural, a nova
Praça de Toiros Dr. Ortigão
Costa, em Azambuja, esteve
“quase” cheia. O equipamento
custou perto de 600 mil euros
e esteve, desde o início,
debaixo de polémica, dado
que a oposição na Câmara de
Azambuja considera que, em
tempo de crise, a construção
daquele equipamento devia ter
sido adiada.
Mas, polémicas à parte, a
Praça de Toiros Dr. Ortigão
Costa é agora uma realidade.
O equipamento com capaci-
dade para 2100 lugares fica
situado no campo da feira,
precisamente no mesmo local
da antiga estrutura e foi inau-
gurado no passado domingo.
A praça quase encheu por
completo e o espectáculo foi,
segundo os entendidos, de
muito boa qualidade.
Joaquim Ramos, presidente da
Câmara de Azambuja, enalte-
ceu a obra que fica para a
história, homenageando o
ganadero Luís Ortigão Costa,
que foi também um beneméri-
to do concelho e que estava
ligado à antiga praça de toiros,
que ofereceu ao Município.
No momento solene que ante-
cedeu o espectáculo inaugural,
Jorge Ortigão Costa, filho de
Luís Ortigão Costa, agradeceu
às gentes de Azambuja esta
homenagem ao pai que fale-
ceu há um ano atrás.
Nas palavras dirigidas à popu-
lação e forças vivas locais,
Jorge Ortigão Costa fez
questão de salientar a
importância daquela estrutura
para a festa brava e para o
concelho de Azambuja.
Já Joaquim Ramos realçou
que a nova estrutura “não
servirá para fazer apenas uma
ou duas corridas por ano” e
assegurou que a nova praça de
toiros poderá também receber
outros eventos de cariz
desportivo ou cultural. Para o
edil, a nova estrutura é mais
do que importante, porque, se
Azambuja não tivesse uma
praça de toiros, estaria em
risco a identidade cultural do
concelho.
“Temos uma série de manifes-
tações à volta da tauromaquia,
à volta da lezíria, à volta do
Tejo e das tradições culturais
de Azambuja, particularmente
nesta parte baixa do concelho,
que morreriam se não existisse
uma praça de toiros”, vincou,
deixando no ar a pergunta:
“Qual é a sede de concelho
ribatejana que tem a tauro-
maquia enraizada na sua cul-
tura e não tem uma praça de
toiros?”.
Esta inauguração ficou marca-
da pela ausência dos eleitos da
Coligação Pelo Futuro da
Nossa Terra e do Bloco de
Esquerda em sinal de protesto
por discordarem deste investi-
mento municipal.
Joaquim Ramos argumentou
que “cada um tem direito de
tomar as posições que acha
que deve assumir, indepen-
dentemente de serem repre-
sentantes de partidos políticos
ou cidadãos”.
Azambuja já tem uma praça de toiros nova. O recinto, baptizado com o nome do ganadero e benemérito azambujense Dr.
Ortigão Costa, tem capacidade para 2100 lugares.
Nova praça de
Azambuja homenageia
Ortigão Costa
14
+região ribatejana #03
Jorge Talixa
A frente ribeirinha de Vila
Franca de Xira está a passar,
nos últimos
meses, por uma
autêntica rev-
olução. São qua-
tro grandes
e m p r e i t a d a s ,
orçadas em
cerca de 5 mil-
hões de euros,
que sobem para
7 milhões se
lhes juntarmos o
novo pavilhão
multiusos. Nos
últimos dias a
azáfama é
enorme, os tra-
balhos parecem,
conforme teste-
munhou o Voz
R i b a t e j a n a ,
atrasados, mas a
Câmara de Vila
Franca de Xira
garante que
estará tudo pron-
to para as inau-
gurações mar-
cadas já para a manhã do pró-
ximo sábado.
Maria da Luz Rosinha garan-
tiu, em declarações ao Voz
Ribatejana, que “não há risco
nenhum” das obras não
ficarem totalmente concluídas
até dia 1, considerando que
“estas coisas feitas sobre
pressão é quando saem mel-
hor” e que se se desse um
grande intervalo de tempo é
que as coisas não andavam.
A edil considera que as obras
de prolongamento, até à
zona do bairro avieiro,
do caminho pedonal
ribeirinho e de requali-
ficação do Jardim
Municipal Constantino
Palha são da “máxima
importância para a
cidade”. Nesta última
empreitada integra-se
também a obra dos
arranjos exteriores do
bairro avieiro. Em para-
lelo, a autarquia
investiu na construção
de novas instalações
para a Secção Naútica
da União Desportiva
Vilafranquense, agora
situadas entre o pavi-
lhão gimnodesportivo
do clube e a beira-rio,
libertando mais espaço
para a remodelação do
jardim. Se a estas obras
somarmos o pavilhão
multiusos e a passagem
pedonal superior que
vai ligar à zona da fábrica do
arroz, os investimentos ultra-
passam os 7 milhões de euros.
A Câmara de Vila Franca de Xira inaugura, na manhã do próximo sábado, quatro obras de
requalificação da zona ribeirinha da sede de concelho, que vão dar outras condições aos que
pretendam desfrutar da proximidade do rio para as mais diversas actividades. Pelo meio vai
ficar ainda a velhinha e degradada fábrica de descasque de arroz, que a autarquia espera que
seja reconvertida rapidamente e transformada num imóvel com habitação, comércio e uma
biblioteca.
7 milhões dão cara nova
à frente ribeirinha
Parque infantilremodelado ecafetaria nojardimO Jardim Municipal Constantino Palha beneficia deum investimento de cerca de 1 milhão de euros.Segundo a autarquia vila-franquense, o projecto visaactualizar a imagem geral do jardim ribeirinho, pro-longando as zonas de contacto com o rio e adequan-do melhor os espaços às actividades ali desenvolvi-das. A empreitada contempla o restauro das zonasverdes, a criação de novas zonas verdes, a melhoriados pavimentos e das áreas de circulação, a substi-tuição da iluminação pública e decorativa, a requali-ficação do parque infantil e dos elementos de água, arelocalização do parque de merendas e das insta-lações da secção náutica, a substituição do mobil-iário urbano, a melhoria das condições de acessibili-dade e a construção de uma cafetaria de apoio.
15
28 de Setembro de 2011
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Fábrica degradada
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Mas as condições da antiga
fábrica do arroz continuam a
ser uma preocupação. O edifí-
cio foi utilizado durante anos
por alguns sem-abrigo e por
imigrantes, gerando algum
sentimento de insegurança.
Agora, com as obras, foi feita a
limpeza de algumas zonas inte-
riores, mas os velhos edifícios
estão completamente degrada-
dos e cheios de amontoados de
terra e de detritos. Maria da
Luz Rosinha diz que vai haver
uma vedação entre o passeio
ribeirinho e a antiga fábrica e
acha que não nenhuma razão
para pensar em “insegurança”
na utilização daquele troço, até
porque, sublinha, “ao longo
deste tempo as pessoas já pas-
savam ali e nunca houve notí-
cia de qualquer assalto ou
outro problema. Não há razão
nenhuma para receios de pas-
sar ali”, sustenta, em decla-
rações ao Voz Ribatejana.
Por outro lado, a edil explica
que a situação de alguns sem-
abrigo que ali pernoitavam tem
sido acompanhada pelos
serviços camarários, porque as
pessoas também sabem que
haverá um momento em que
aquele edifício será demolido.
Já sobre o avanço do projecto
de reconstrução do imóvel e de
transformação da antiga fábri-
ca num edifício com cerca de
50 fogos habitacionais,
espaços comerciais e uma bib-
lioteca, Maria da Luz Rosinha
admite que “não é possível adi-
antar nada de novo”, porque
tudo depende da empresa pro-
prietária, a Obriverca, que ali
pretende edificar os chamados
Jardins do Arroz.
“Gostaríamos muito de não ter
ali aquele edifício naquelas
condições, mas não é munici-
pal”, sublinha, explicando que
o Município aguarda, entretan-
to, a abertura de candidaturas a
fundos comunitários, que per-
mitam a apresentação do pro-
jecto de construção, na área
dos antigos silos, de uma nova
biblioteca municipal. “Depois,
as questões relacionadas com
investimentos daquela
natureza e com a reconversão
do edifício, o que desejamos é
que sejam ultrapassadas todas
as dificuldades, porque Vila
Franca só terá a ganhar com
isso”, defende.
O novo troço do caminho
ribeirinho situado junto à anti-
ga fábrica possui uma fila de
bancos virada para o interior,
mas não tem mais nenhuma
protecção que impeça eventu-
ais quedas no sentido do rio.
Maria da Luz Rosinha acha
que não há ali qualquer risco.
“As pessoas não podem dese-
quilibrar-se, os bancos estão
virados para o lado contrário
do rio”, sustenta.
O estado de degradação em todo o interior da
antiga fábrica de descasco de arroz
Clube taurino junta maestros em colóquio
O Clube Taurino Vilafranquense promove, no próximo domingo, a partir das 21h00, um colóquio de rescaldo da corrida a pé que
se realiza nessa mesma tarde na Palha Blanco. A iniciativa contará com a presença dos matadores Vítor Mendes, David Mora e
António João Ferreira e do ganadero Carlos Falé Filipe e resulta de uma organização conjunta do Clube Taurino e das tertúlias
Cirófila, Estoque, Alhandra 'A Toireira', Passe por Alto, “O Aficionado”, Zás e Vira e “Os Farras”. Recorde-se que na corrida de
domingo (Corrida da CAP) será prestada homenagem a Vítor Mendes pelos seus 30 anos de alternativa. Já no sábado, a partir
das 16h30, o Clube Taurino Vilafranquense apresenta a transmissão, em directo, de uma corrida que se realiza na Praça de “Las
Ventas” de Madrid, em que participa o matador espanhol David Mora, que, no dia seguinte, actua em Vila Franca.
09
voz ribatejana #2028 de Setembro de 2010
Jorge Talixa
A ideia surgiu porque Mário
Rico e Paula Morais seguem o
“gótico” como filosofia de
vida e perceberam que em
toda esta área só em Lisboa é
que existem três ou quatro
estabelecimentos especifica-
mente vocacionados para este
tipo de vestuário e acessórios.
Depois, porque em toda esta
região muita gente segue este
estilo de vida e também
porque os produtos
disponíveis na “Gothic
Angels” interessam igual-
mente a muitas outras pes-
soas, de todas as idades, que
não têm propriamente uma
ligação ao gótico.
A oportunidade surgiu de
instalar a loja no número 93
da Rua Luís de Camões, próx-
imo dos correios e do merca-
do municipal, e a Gothic
Angels está a funcionar desde
9 de Julho. Mário Rico e
Paula Morais explicaram ao
Voz Ribatejana que o “gótico”
é, fundamentalmente, uma
filosofia de vida em que as
pessoas são muito calmas e
pacíficas e adoptam um tipo
de roupa principalmente de
cor preta, mas onde o preto
não é de modo nenhum obri-
gatório e surge frequente-
mente também misturado com
o vermelho ou com o roxo
(ver caixa).
Mário, que também dá aulas
de música, sublinha que Vila
Franca é uma zona com
muitos jovens e frequentada
por muita juventude. Nas suas
aulas apercebe-se que muitos
deles ouvem determinado tipo
de música e vão a concertos e
acabam por sofrer algumas
influências que os aproximam
do gótico. “A forma de vestir
vem através disso. São jovens
que gostam de se manter den-
tro da sua linha e, em Vila
Franca e em toda esta zona,
existe essa vontade e esse
gosto”, sublinha Mário Rico.
Para além das cores, a roupa
gótica tem características
muito próprias. “O preto é um
vício”, explica Paula Morais,
frisando que “quando
começamos a vestir preto e
nos sentimos bem, é compli-
cado vestir outra coisa”. Mas
o preto não é, de modo nen-
hum, obrigatório. “Os punks
vestem outras cores, há tam-
bém os imos, que são uma
mistura de punk e gótico, que
vestem muitas cores. O gótico
anda mais pelo preto por vício
e por gosto”, sustenta.
Mário Rico acrescenta que a
roupa gótica tem também
muitas influências da época
vitoriana inglesa (meados do
século XIX). “Aqueles cor-
petes e espartilhos, as saias
compridas, têm um bocado de
influência vitoriana. Nessa
época as mulheres vestiam
aqueles vestidos de veludo,
aqueles corpetes, como forma
de manterem a sua elegância
também. O preto surge como
o vermelho e como outra cor
qualquer. O gótico é uma área
muito vasta e tem um tipo de
roupa que pode encaixar na
roupa de hoje”, refere.
As pessoas que seguem esta
filosofia de vida têm alguns
pontos de encontro mais
habituais, como alguns bares
e clubes de Lisboa ou de
Almada e, em Benavente, fre-
quentam também bastante o
Side B. Ouvem normalmente
música do chamado metal,
mas alguma ainda mais pesa-
da como o black metal, o
heavy metal ou o hard metal.
Grupos que são capazes de
fazer da música mais “barul-
henta” às baladas mais tran-
quilas e melodiosas.
“A loja foi uma aposta muito
grande e tem sido bastante
positivo. As pessoas entram,
muitas delas até desconhecem
e têm, por vezes, um bocado
de receio, hesitam, mas
entram e acabam por reagir
muito bem e por ver que
temos coisas bastante giras. É
comum virem avós comprar
coisas para os netos”, salienta
Mário Rico, enquanto Paula
Morais faz também um bal-
anço “muito positivo” destes
primeiros dois meses de fun-
cionamento. “Tem sido uma
aceitação muito boa”, confes-
sa.
O próximo desafio é abrir, já a
partir de 1 de Outubro, uma
sala de tatuagem. O calçado
deverá demorar mais algum
tempo, porque a Gothic
Angels faz questão de ter
preços iguais ou melhores que
as lojas congéneres de Lisboa
e ainda mantém contactos
para garantir essas condições
também no calçado.
A loja está no facebook, tem o
site em preparação e já
planeia a primeira passagem
de modelos para o final deste
ano.
A primeira loja de roupa gótica do concelho de Vila Franca de Xira e de toda a zona envolvente está a funcionar, desde 9
de Julho, numa das ruas principais da cidade. A receptividade tem sido muito boa e já a partir de 1 de Outubro a “Gothic
Angels” vai dispor também de serviço de tatuagens. A oferta de calçado gótico é outra das apostas previstas e já no final
do ano deverá realizar-se a primeira passagem de modelos.
Vila Franca já tem
loja de roupa gótica
A Escola de Música Sonata
mudou de instalações no início
de Agosto. Depois de muitos
anos a funcionar na Rua Serpa
Pinto, a Sonata está agora num
edifício completamente reno-
vado da Rua Luís de Camões
(nº. 95), próximo da estação de
Correios. Prestes a comemorar
os seus 23 anos de actividade,
já no próximo mês de
Dezembro, a escola tem uma
média de 80 alunos e já ajudou
a iniciar e a formar centenas de
músicos.
Segundo Carlos Serra, um dos
responsáveis máximos do pro-
jecto, a mudança deveu-se
sobretudo a alguma
degradação que já afectava as
instalações da Serpa Pinto,
especialmente desde que o
piso superior sofreu um incên-
dio há cerca de 3 anos. “Desde
que houve o fogo no último
andar a casa foi um bocado
debilitada e achámos que era
importante mudar, até porque
a escola tem sempre muitos
jovens e pessoas a leccionar”,
explicou.
As novas instalações da Luís
de Camões têm uma dimensão
semelhante, mas a distribuição
de espaços é diferente e todo o
edifício foi agora recuperado.
“Vamos manter a nossa
filosofia de funcionamento”,
acrescenta Carlos Serra, vin-
cando que a situação económi-
ca do País também não deixa
de afectar a actividade de uma
escola deste tipo, porque as
famílias atravessam mais difi-
culdades e procuram limitar
as despesas.
Sonata temnovasinstalações
O gótico como filosofia de vida
O que é diferente suscita, por vezes, algumas reservas ou até
algum receio. Mas o gótico em si não tem nada de estranho.
“O gótico é uma filosofia de vida, ao contrário do que as pes-
soas pensam quando olham para alguém vestido de preto, não
tem nada a ver com o satânico ou com amigos do diabo. Nada
disso. O gótico é uma pessoa que não tem religião. Questiona
até muitas das coisas que a religião indica. Porque há coisas
que são um pouco absurdas e o gótico questiona muito isso e
faz um pouco de confusão por que é que as pessoas, em vez
de acreditarem primeiro nelas próprias e de agirem por elas
próprias, agem em função de algo superior em que acreditam,
mas que não sabem se existe”, explica Paula Morais.
Por isso, o gótico é uma espécie de “mundo alternativo”, de
forma de estar na vida, em que as pessoas “são muito pacífi-
cas, muito calmas e não querem confusões. Vivem a aprender
a procurar a sua própria imagem. Basicamente o gótico e
qualquer outro mundo alternativo vai por aí”, acrescenta.
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A ideia foi lançada por Barata Mendes e ganhou dimensão rapidamente,rondando já os cerca de 300 aderentes. O Grupo Antigos Alunos eTrabalhadores da Escola Industrial e Comercial de Vila Franca de Xira(EICVFX) está disponível no Facebook para quem quiser aderir. Tem-semostrado muito dinâmico e multiplicam-se as memórias, as fotografias, as‘estórias’ e as sugestões para o que pode vir a ser feito a partir deste grupo.Para já está marcado para 12 de Novembro um primeiro almoço convívio e asinscrições estão abertas para todos os que queiram rever velhos amigos.
10
voz ribatejana #21
Miguel Rodrigues
Um grupo de cidadãos
reuniu-se no auditório
Damião de Góis, em
Alenquer, para discutir o
futuro da Vila. Em causa está
a alegada falta de atractivi-
dade da vila e o “definhar”
do comércio local”. A unir
estes cidadãos está o facto de
Alenquer ter perdido de ano
para ano, o interesse das pe-
ssoas. O comércio ressente-
se da falta de clientes na Vila
Presépio e isso reflecte-se na
vida económica do concelho.
Vladimiro Matos, empresário
e ex-cabeça de lista da CDU
à Assembleia Municipal de
Alenquer, foi o homem que
começou este movimento,
que diz não ter cor política e
enquadra gente de todos os
partidos e até associações
alenquerenses. De um texto
no “facebook” até este
encontro foi um passo muito
curto. O texto que apelava à
reflexão sobre o momento
vivido na vila foi dos mais
comentados e daí a ideia de
alargar as ideias de
Vladimiro Matos a um grupo
que se uniu em torno da vila
e que dá pelo nome de
“Todos por Alenquer”.
Ao Voz Ribatejana,
Vladimiro Matos explicou
que o concelho resulta de
outras duas freguesias que
antes foram concelho, Vila
Verde dos Francos e Aldeia
Galega. Isso leva, diz, a que
“o concelho fique de costas
voltadas para Alenquer” e
com que “as pessoas do norte
do concelho puxem mais
para Torres Vedras e as pes-
soas do baixo concelho
puxem mais para Vila Franca
e Lisboa”.
Nesse sentido, Vladimiro
Matos defende a necessidade
de Alenquer “se afirmar
como sede de concelho,
como centro urbano mais
importante”, o que, entende,
não se tem revelado ao longo
dos anos, levando ao momen-
to que a vila de Alenquer
atravessa “em que a activi-
dade económica está parada,
o comércio está às moscas, as
principais ruas de Alenquer
não têm ninguém, as pessoas
não passam e não visitam o
comércio”.
Com um painel composto por
empresários, um líder do
CDS e outro da JSD local,
todos apontaram o mesmo
problema: a falta de atractivi-
dade da vila e do comércio
local. Algo também recon-
hecido pelo representante da
ACICA (Associação de
Comércio e Indústria de
Alenquer), que destacou o
esforço que tem sido feito
pela associação para mudar o
rumo das coisas junto dos
comerciantes.
Ouvido pelo Voz Ribatejana,
Jorge Riso, presidente da
Câmara de Alenquer, salien-
tou também a sua preocu-
pação com o actual momento
vivido pelo comércio local.
Mas o edil diz que os proble-
mas não estão no comércio
de Alenquer, mas em todo o
país.
O autarca atribui em parte a
crise vivida em Alenquer “à
abertura de novas superfí-
cies, à falta de horários dife-
rentes e á questão do enve-
lhecimento dos espaços co-
merciais” e reconhece ainda
a falta de “atractividade da
vila para as pessoas irem ao
comércio” e que “isso tam-
bém compete à câmara”.
Um dos pontos de discórdia é
a possível abertura de mais
uma grande superfície com-
ercial em Alenquer. Jorge
Riso diz não ter conhecimen-
to oficial dessa intenção da
Sonae. “Sei que é voz cor-
rente que estará para se insta-
lar um “Modelo” no conce-
lho de Alenquer, até se diz
que é entre Alenquer e
Carregado, agora com toda a
honestidade não existe ne-
nhum contacto oficial nesse
sentido”. E, embora com-
preenda as dificuldades dos
comerciantes, o edil
esclarece que a decisão de
instalar mais uma grande
superfície em Alenquer é do
Ministério Economia, através
de uma comissão criada para
o efeito, admitindo que a
Câmara também terá uma
palavra a dizer.
Um movimento de cidadãos que nasceu na rede social “Facebook” quer discutir e revitalizar a vila de Alenquer. Nesse sen-
tido levou a cabo no passado dia 17 um primeiro encontro no Auditório Damião de Goês, onde juntou mais de uma cente-
na de pessoas.
“Todos por Alenquer”
dá debate
Arruda entrega prémios
A entrega do 4.º Prémio Literário Irene Lisboa e do 1.º
Prémio de Artes de Arruda dos Vinhos foram os pontos
altos das comemorações de mais um aniversário da
Biblioteca Municipal Irene Lisboa, realizadas no dia 23. O
1.º Prémio de Artes do Concelho de Arruda dos Vinhos foi
ganho por António Candeias e o júri decidiu atribuir tam-
bém menções honrosas a Patrik Chinita Caetano e a Pedro
Ramos.
Já no que diz respeito ao 4.º Prémio Literário Irene
Lisboa, Fátima dos Reis Gonçalves foi e vencedora na ca-
tegoria de prosa com o conto "Cícero e Emília" e João
Paulo Coelho ganhou na modalidade de poesia com a obra
“Mandíbula”. Jorge Campeão Correia, Cláudia Sofia
Caseiro, Maria do Céu Machado Loureiro, José Carlos
Palha, Catarina Gaspar e Glória Marreiros, receberam
menções honrosas.
Câmara canaliza
3,45 milhões para o ensino
A Câmara de Vila Franca de Xira celebrou, no dia 23, um
conjunto de 81 protocolos com agentes da comunidade
educativa que, no total, representam apoios de 3, 454
milhões de euros a actividades ligadas ao funcionamento
do novo ano lectivo. Os protocolos compreendem treze
âmbitos distintos, desde actividades de enriquecimento
curricular (AEC’s), a actividades de tempos livres
(ATL’s), transportes escolares, refeições, “Componente
de Apoio à Família” ou utilização de pavilhões
desportivos. Agrupamentos de Escolas, IPSS’s,
Associações de Pais e Encarregados de Educação e
Juntas de Freguesias constituem-se como parceiros da
Câmara Municipal nestes protocolos, que abrangem
cerca de 7000 alunos.
O Centro Escolar de Alenquer
retomou as aulas na passada
segunda-feira, depois de terem
sido interrompidas na semana
passada, devido ao facto de
terem sido encontrados deje-
ctos de ratos no recinto da
escola.
A responsável do agrupamento
e a autarquia decidiram ence-
rrar o estabelecimento para
fazer uma limpeza geral. Mas
os encarregados de educação
ficaram indignados com a
escola, já que não tinham sido
informados com uma ante-
cedência que desse, por exem-
plo, para encontrar outros
locais para colocar os filhos, já
que muitos dos encarregados
de educação trabalham e não
tinham alternativa.
Ao Voz Ribatejana, um enca-
rregado de educação, que não
se quis identificar, disse que
esta situação não era esperada
e que “só a falta de
manutenção durante os dois
meses de férias, justifica este
desagradável episodio”.
Jorge Riso, presidente da
Câmara de Alenquer, disse,
entretanto, que a autarquia não
tem qualquer responsabilidade
neste episódio, argumentando
que apenas pode intervir fora
da escola, lá dentro é da
responsabilidade do agrupa-
mento. O edil afirma que a
autarquia fez o que pôde e
lamentou o episódio que certa-
mente prejudicaria a abertura
do ano lectivo.
Já na freguesia do Carregado,
o ano lectivo começou de
forma atribulada.
O novo centro escolar ainda
não tem os acessos exteriores
concluídos e, por isso, nos
primeiros dias de aulas, houve
muita confusão no trânsito.
O presidente da câmara acha
que houve alguma falta de
civismo de alguns condutores.
“É obvio que, se os acessos
não estão completos, há con-
strangimentos nesta altura, e
mais uma vez eu apelo para
que, ao irem levar os meninos
à escola, não se estacione no
meio da estrada, mesmo que se
tenha de andar a pé mais um
pouco”.
O autarca diz que também os
professores contribuíram para
esta confusão inicial e lança o
recado aos docentes: “Há um
parque para os senhores pro-
fessores separado e os se-
nhores professores esta-
cionaram nos locais que pode-
riam ser libertos para os enca-
rregados de educação”
O edil é acusado por parte da
oposição de não ter ouvido os
seus alertas. José Manuel
Catarino (CDU) e Nuno
Coelho (Coligação Pela Nossa
Terra) apontaram o dedo ao
executivo socialista por ter
responsabilidades na abertura
tardia dos concursos para os
acessos exteriores e para o
mobiliário, já que o mobiliário
para algumas salas de aula
continuava esta semana a
chegar “a conta gotas”,
acusam.
Arranque do ano
escolar atribulado
em Alenquer
Grémio apresenta “O Urso”
O Grémio Dramático Povoense apresenta,
na noite do próximo sábado, a comédia
“O Urso”, de Anton Tchecov. Um espec-
táculo que é fruto de uma parceria entre o
Grémio e o Teatro Cubo.
11
28 de Setembro de 2010
Jorge Talixa
José Fidalgo Gonçalves
decidiu renunciar ao cargo de
presidente da Junta de
Freguesia de Vila Franca de
Xira. António Vacas, que o
acompanhava no executivo
local, também optou por
deixar a Junta. Hoje à noite,
no auditório da autarquia
vila-franquense, Ana
Câncio toma posse como
nova presidente da
Junta de Vila Franca
e Hermínio
Marques da
Costa entra
também para o
e x e c u t i v o ,
a s s u m i n d o
funções de
tesoureiro.
A decisão de
José Fidalgo, que
dirigia a Junta de
Vila Franca desde
2000, de sair a meio do
mandato surgiu com alguma
surpresa e denota também a
insatisfação do autarca com
algumas das políticas
seguidas pelo PS no municí-
pio. Por outro lado, não
podendo voltar a concorrer à
Junta em 2013, por limitação
do número de mandatos con-
secutivos, José Fidalgo enten-
deu que era altura de dar outro
rumo à sua vida, tendo
em conta
que vai
começar a dar
aulas de gestão num
instituto de ensino supe-
rior, onde concluiu recen-
temente a licen-
ciatura
em
gestão e adminis-
tração e está a con-
cluir um mestrado em
gestão autárquica.
No dia 19, em comunicado,
José Fidalgo é muito pouco
claro relativamente às razões
da sua saída. Agradece a
cooperação de todos e diz que
continuará disponível,
noutros moldes, “para
contribuir com o
m e s m o
i n t e r -
esse” para “a defesa e satis-
fação dos interesses cole-
ctivos da nossa comunidade”.
O autarca manifesta também a
sua confiança no desempenho
de Ana Câncio à frente da
junta vila-franquense. Ao
longo dos últi-
m o s
anos transpareceram algumas
divergências entre José
Fidalgo e a presidente da
Câmara de Vila Franca e situ-
ações como o terminal
rodoviário da cidade e o novo
parque de estacionamento
junto à estação estavam num
impasse há vários meses. José
Fidalgo esteve, também,
muito ligado à defesa
das freguesias
enquanto órgãos
autónomos dos
municípios, era
i n c l u s i v a -
mente o coor-
denador da
D e l e g a ç ã o
Distrital de
Lisboa da
A s s o c i a ç ã o
Nacional de
Freguesias, e não con-
corda com algumas das
intenções já manifestadas
pelo Governo relativa-
mente às freguesias.
Ana Maria Câncio,
de 52 anos, já inte-
grou o executivo da
Junta de Vila Franca até
2009 e passou, com as últi-
mas autárquicas, a exercer a
função de secretária da mesa
da Assembleia de Freguesia.
Tem também um percurso
intenso de ligação a várias
colectividades locais.
A decisão de José Fidalgo de renunciar ao mandato de presidente da Junta de Vila Franca, comunicada ao restante exe-
cutivo no dia 12, foi recebida com alguma surpresa. Ana Câncio, número 3 da lista do PS nas últimas autárquicas assume,
a partir de hoje, a liderança da autarquia local vila-franquense.
Ana Câncio substitui
José Fidalgo na Junta
de Vila Franca
O Município de Vila Franca de
Xira vai aplicar, pela primeira vez,
um mecanismo de orçamento par-
ticipativo em que os que residem e
os que trabalham no concelho são
convidados a escolher quatro
obras para incluir no orçamento
camarário e executar em 2012. O
executivo decidiu canalizar 500
mil euros para este fim e definir
que deverão ser abrangidas, desta
vez, as quatro freguesias mais
populosas: Alverca, Póvoa, Vila
Franca e Vialonga.
Quer isto dizer que, para cada uma
delas foram definidas, em articu-
lação com as juntas de freguesia,
duas obras alternativas, que já dis-
põem de projecto. A partir de 1 de
Outubro estará disponível um link
no site da Câmara vila-franquense
que permitirá aos interessados
entrarem no site específico do
orçamento participativo e fixarem,
se assim o entenderem, os seus
votos. Paralelamente, segundo
Fernando Paulo Ferreira, vereador
do PS responsável pelo acompan-
hamento do processo, realizar-se-
ão sessões de divulgação nas qua-
tro freguesias contempladas, onde
os técnicos da autarquia apresen-
tarão os projectos em votação e os
eleitos terão oportunidade de ouvir
e esclarecer os munícipes.
O apuramento final dos resultados
far-se-á a 15 de Novembro, de
modo a que as 4 obras escolhidas
sejam integradas no orçamento
municipal para 2012. O mecanis-
mo escolhido suscita, todavia,
algumas dúvidas. Gonçalo Xufre,
eleito da coligação Novo Rumo
(PSD/CDS-PP/PPM/MPT), acha
que o sistema definido é “limitati-
vo” do espírito da participação,
frisando que “é um passo”, mas
que em anos futuros deverá dar
mais abertura às sugestões dos
munícipes. Maria da Luz Rosinha
admite que concorda com a maior
parte das observações do eleito do
PSD, mas defende que “é preciso
afinar um modelo” e que a
Câmara já tinha algumas solici-
tações feitas pelas juntas. “É
pouco, mas é um primeiro passo.
No futuro, iremos afinar este mo-
delo”, promete.
Já Ana Lídia Cardoso, vereadora
da CDU, quis saber se as juntas de
freguesia subscreveram as 8 obras
escolhidas pela maioria camarária.
Fernando Paulo Ferreira explicou
que dos 8 projectos inicialmente
apontados apenas um foi alterado,
na Póvoa, porque se propunha a
requalificação da rotunda dos
Caniços e percebeu-se que as
obras da SimTejo vão afectara
aquela área, pelo foi substituída
por uma zona de lazer no bairro
dos Caniços. A eleita da CDU
observou, também, que os valores
dos projectos são bastante diferen-
ciados e que, no caso de Vialonga,
há um que ronda apenas os 30 mil
euros. “Era impossível encontrar
projectos todos com o mesmo
valor. O que é importante é que se
consiga fazer os quatro”, susten-
tou Fernando Paulo Ferreira.
A Estradas de Portugal iniciou, na segunda semana de Setembro,
trabalhos de reabilitação do pontão das Silveiras no troço da
Estrada Naciobal 10-6 (EN 10-6) que liga Alverca à Calhandriz.
O corte total do trânsito foi recebido, contudo, com surpresa e
nem a Câmara de Vila Franca sabia dessa necessidade.
O problema foi colocado por Carla Constâncio, eleita do Bloco de
Esquerda, na última sessão da Assembleia Municipal, realizada no
dia 13. A autarca lembrou a circulação foi cortada exactamente a
partir desse dia e que se deverá prolongar pelo menos por 2 meses.
“Não existe qualquer informação nos sites da Junta de Alverca ou
da Câmara. Muitos munícipes estão agora a descobrir a existência
dessa obra. Que medidas foram tomadas em virtude do elevado
tráfego automóvel que ali circulava?”, questionou a eleita do BE.
Maria da Luz Rosinha admitiu que a Câmara também desconhecia
a necessidade de cortar e desviar o trânsito na zona do pontão das
Silveiras e garantiu que já estavam a ser articuladas todas as medi-
das com a EP.
De facto, a Estradas de Portugal anuncia, no local, uma empreita-
da de 1, 26 milhões de euros para reabilitação e alargamento de
três pontões da EN 10- 6 e de outras estruturas. O prazo de exe-
cução dos trabalhos é de 270 dias.
As obras de beneficiação do pontão da Adanaia já decorriam há
mais tempo. Estas, no pontão das Silveiras, que foi completa-
mente removido, deixam apenas livre uma passagem estreita, que
pode ser atravessada por peões e por alguns motociclos e bicicle-
tas.
J.T.
500 mil para
orçamento participativo
Surpresa no corte da estrada
Alverca-Calhandriz
Grémio Povoense vai ter
danças de salão
O Grémio Dramático Povoense vai passar a
dispor de aulas de danças de salão, com o
professor Rui Cunha. As sessões começam
no dia 19 de Outubro com uma periodici-
dade semanal, às 4ªs feiras, pelas 21h00.
O Município de Coruche não acei-
ta a decisão “unilateral” da CP de
suprimir, já a partir de 1 de
Outubro, os comboios de pa-
ssageiros que circulam entre esta
vila do vale do Sorraia e a estação
do Setil, que faz ligação à Linha do
Norte e a Lisboa. A transportadora
anunciou que o baixo número de
utentes não permite manter o
serviço, mas as câmaras envolvi-
das, sobretudo Coruche e
Salvaterra de Magos, contestam a
medida. "A Câmara de Coruche
não baixará os braços, estaremos ao
lado da população e pretendemos
reagir na medida do que nos é per-
mitido”, garantiu, ao Voz
Ribatejana, o presidente da Câmara
de Coruche, prometendo “denun-
ciar publicamente esta decisão uni-
lateral da CP e sensibilizar a tutela
para a importância da permanência
desta linha ferroviária”. No enten-
der do socialista Dionísio Mendes a
ferrovia é “fundamental” para a
aproximação do interior ao litoral.
O autarca recorda que o protocolo
celebrado em Junho de 2009 (par-
tilha dos prejuízos de exploração)
entre as câmaras do Cartaxo,
Coruche e Salvaterra e a CP foi
“pioneiro” no País e diz que a sua
anulação “representa um claro pre-
juízo para as populações e aumenta
as distâncias entre os municípios do
interior e Lisboa. Dionísio Mendes
recorda que, ainda em Abril, as
partes acordaram uma reformu-
lação do serviço para praticar
horários mais adequados “às neces-
sidades dos potenciais utentes”,
pelo que julga “precoce e extem-
porânea” esta decisão. O mesmo
sentimento tem Ana Cristina
Ribeiro, presidente da Câmara de
Salvaterra, que sublinha que, em
reunião com a administração da CP
realizada a 14 de Julho, os municí-
pios de Coruche e Salvaterra mani-
festaram o seu interesse na reno-
vação deste protocolo e na conse-
quente continuidade do serviço à
população. Estranha, por isso, a
posição agora assumida pela CP,
garantindo que Salvaterra
“cumpriu todos os compromissos
que assumiu”. “Criámos redes
complementares de circuitos
rodoviários de acesso às estações
de Muge e de Marinhais através da
rede municipal Magos Bus e, den-
tro das nossas possibilidades,
incentivámos à utilização deste
meio de transporte por parte da
nossa população”, prossegue,
frisando que já fez chegar o seu
descontentamento à CP.
Coruche e Salvaterra
contra a CP
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A Secção de Hóquei em Patins
da União Desportiva
Vilafranquense (UDV),
ressurgida em 2009 com o
objectivo de centrar a sua
atenção na formação de jovens
hoquistas, apresentou as suas
equipas para a nova época no
passado dia 17. Às formações
de bambis, benjamins e esco-
lares, a UDV acrescenta esta
época uma equipa de infantis,
que dará continuidade aos
escalões existentes. Para além
da participação nas provas da
Associação de Lisboa, a
Secção de Hóquei prepara já a
segunda edição do Cira
Hóquei, que se realizará em
Março, desta vez também com
a participação de equipas
estrangeiras.
No total, a Secção de Hóquei
da UDV apresenta cinco
equipas: uma de bambis (cri-
anças nascidas em 2005, 2006
e 2007), duas de benjamins
(crianças nascidas em 2003 e
2004), uma de escolares (cri-
anças nascidas em 2001 e
2002) e uma de infantis (cri-
anças nascidas em 1999 e
2000).
“O objectivo é continuar a for-
mar cada vez mais novos atle-
tas e acompanhar e promover o
desenvolvimento dos já exis-
tentes até que possamos voltar
a ter equipas a competir em
todos os escalões, inclusiva-
mente seniores, e devolver a
Vila Franca de Xira a sua boa
tradição na formação de
equipas nesta modalidade, tor-
nando a nossa cidade num
local de referência para a sua
prática”, explicou Francisco
Beirolas, coordenador da
Secção de Hóquei da UDV ao
Voz Ribatejana.
Com o objectivo de continuar a
expandir esta actividade, a
secção hoquista promove
diversas acções de captação de
novos praticantes que vão
“desde a realização de jornadas
de convívio e esclarecimento
no nosso pavilhão, como foi o
caso desta apresentação das
equipas, distribuição de fol-
hetos de divulgação da activi-
dade pelos estabelecimentos de
ensino da região e utilização
das plataformas electrónicas de
divulgação através da página
do clube na Internet”.
Para esta nova época, as
equipas do Vilafranquense ini-
ciam já em Outubro a partici-
pação nos encontros de con-
vívio da Associação de
Patinagem de Lisboa. “Em
função do aumento contínuo
do número de praticantes que
se tem vindo a registar, encon-
tra-se já em preparação uma
quinta equipa que se irá juntar
às restantes quatro para partici-
parem nos encontros da Taça
da Associação de Patinagem de
Lisboa a realizar a partir de
Fevereiro de 2012”, acrescenta
Francisco Beirolas, frisando
que a Secção já está a preparar
para Março a organização do II
Cira Hóquei, desta vez ao que
tudo indica alargado a equipas
estrangeiras.
A equipa técnica do hóquei da
UDV foi também alargada,
contando com Hugo
Nascimento (ex-FC Alverca),
Rui de Carvalho e João Pedro
Moreira.
J.T.
Hóquei da
UDV aumenta
equipas e já
planeia II
Cira HóqueiO grito colectivo pela União
Castanheira e Povoense vencem
A jornada do passado domingo foi muito positiva para Castanheira e Povoense na I Divisão de Lisboa
que, depois dos empates da primeira jornada, somaram agora vitória. O Juventude da Castanheira gan-
hou no Sobral de Monte Agraço por 2-0 e o Povoense bateu o União de vila Nova da Rainha por 2-1.
As duas equipas do concelho de Vila Franca somam, assim, 4 pontos e seguem no grupo dos terceiros
classificados. No próximo domingo, o Castanheira recebe o Alcainça e o Povoense visita o vizinho
Santa Iria.
Sérgio Silva, atleta originário
de Alhandra, sagrou-se, no
sábado, campeão mundial de
duatlo, na prova de elites dis-
putada na cidade espanhola de
Gijón. Num confronto com os
80 melhores atletas da modali-
dade, Sérgio Silva bateu, na
recta final, os espanhóis Roca e
Del Corral. Depois dos títulos
europeus e do mundial de sub-
23 alcançado em 2006, Sérgio
Silva atinge, assim, aos 28
anos, o ponto mais alto da sua
ca-rreira.
Especialista sobretudo na ver-
tente de corrida, Sérgio Silva
iniciou-se no Alhandra
Sporting Club e passou, depois,
a representar a Sociedade
Recreativa do Camarnal e rep-
resenta, também, o Metz num
circuito de provas que se rea-
liza em França.
No que diz respeito ao duatlo
estreou-se, em 2001, exacta-
mente no Duatlo das Lezírias,
corrido em Vila Franca. No ano
seguinte ganhou o Duatlo do
Crato e, desde então, não tem
parado de coleccionar títulos.
Em 2004 ganhou o seu
primeiro Nacional de Duatlo,
competição que já ganhou
várias vezes. No plano interna-
cional, depois dos títulos
europeu e mundial de sub-23
alcançados em 2006, con-
seguiu, logo no ano seguinte, a
medalha de bronze no Mundial
de Elites. E, já em 2010, trouxe
o quinto lugar do mesmo
mundial, disputado em
Edimburgo. Desta vez a per-
sistência de Sérgio Silva foi
mais forte e premiada com o
título mundial. O atleta alhan-
drense completou a prova (10
quilómetros de corrida, 40
quilómetros de ciclismo e mais
5 quilómetros de corrida) em
1h51'18", suplantando os dois
espanhóis por 5 e 6 segundos,
respectivamente. No final, aos
jornalistas, Sérgio Silva con-
siderou algo “inespe-rado” ter
conseguido conquistar o título
de campeão mundial de duatlo.
“Foi uma vitória da qual não
estava muito à espera. A época
foi atribulada”, disse à agência
Lusa, acrescentando: “Apostei
mais no atletismo, no segmento
de ciclismo senti dificuldades
ao início. Comecei a correr
com cerca de 50 segundos, ou
um minuto de atraso, fiz uma
boa transição”. Aos 28 anos,
Sérgio Silva considera que este
“é o título que faltava no pal-
marés”, no qual figuram, entre
outros, dois terceiros lugares
em mundiais, um segundo
lugar no campeonato da
Europa, e vários títulos
nacionais, todos na categoria de
elite. Enquanto sub-23, Sérgio
Silva conseguiu três títulos
europeus, depois de se ter
sagrado campeão do Mundo de
juniores. Ainda em Gijon outro
português, Miguel Arraiolos,
alcançou a medalha de bronze
no mundial de sub-23.
A vitória de Sérgio Silva agradou aos leitores do blog vozribate-
jana.blogspot.com: Manuel Amorim: "Natural de Alhandra é maisum atleta que se iniciou no Alhandra Sporting Club. Parabéns SérgioSilva"; Mariano Manuel: "O atleta alhandrense Sérgio Silva acaboude se sagrar Campeão Mundial de Duatlo na categoria de elites, emGijon, Espanha. Um feito enorme para Portugal e para o alhandrense,visto ter sido o primeiro Campeão Mundial de Duatlo português daprincipal categoria da modalidade” Joao Leote: "Parabéns"
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Xira Tel: 263 270 272 - 912 247 171
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Agora com mais um novo
espaço de saúde e bem-estar
O Alverca alcançou, no domin-
go, a sua primeira vitória no
campeonato da Divisão de
Honra de Lisboa e logo no te-
rreno do Odivelas, equipa que
desceu dos nacionais e que
somava por vitórias os dois
jogos disputados. Os homens
de Alverca dominaram a parti-
da e, ao intervalo, já ganhavam
por 2-0, com golos de Fábio e
Hervet. No segundo tempo
registou-se mais um golo para
cada lado (marcou Joãozinho
para o FCA) e os alverquenses
trouxeram uma saborosa
vitória por 3-1, fixando-se
entre as 5 equipas que ainda
não perderam. Pior estiveram
desta vez Vilafranquense e
Vialonga que, depois das duas
vitórias obtidas nas duas
primeiras jornadas, “escorre-
garam” claramente na terceira
partida. A União
Vilafranquense foi surpreendi-
da em casa pelo
Lourinhanense, por 2-0 e está,
agora, no grupo dos terceiros
classificados com 6 pontos.
Também o Vialonga não evitou
a derrota na deslocação ao ter-
reno do Sanjoanense, manten-
do os 6 pontos. Já no próximo
domingo, dia 2, dá-se o
primeiro dérbi concelhio deste
Campeonato da Divisão de
Honra de Lisboa, com o
Vialonga-Vilafranquense. O
Alverca recebe um dos líderes,
o Lourel. Na segunda jornada,
disputada no dia 18, o
Vialonga goleou o Alta de
Lisboa com expressivos 5-0, o
Vilafranquense foi ganhar por
2-0 ao terreno do Sanjoanense
e o Alverca cedeu um empate
caseiro frente ao vizinho
Bucelenses. Como se previa, a
prova está a revelar-se particu-
larmente disputada, como
denota o facto de os dois actu-
ais líderes, Loures e Lourel,
terem ganho aos dois últimos,
Tojal e Malveira, por apertados
3-2.
A edição 2011 dos 15 Kms de
Benavente, prova organizada
pelo Clube União Artística
Benaventense (CUAB), foi
ganha por António Travassos,
atleta com um percurso já
destacado no atletismo por-
tuguês, que representa agora o
CUAB. Travassos completou o
percurso com 9 segundos de
vantagem sobre José da Luz
(atleta veterano que na próxi-
ma época também deverá rep-
resentar o CUAB) e de 13
segundos sobre Joel Martins,
outro atleta da casa. Por
equipas, o CUAB, com orien-
tação técnica do conhecido
José Santos, também dominou,
entre os cerca de 400 atletas
inscritos na prova realizada no
passado dia 18.
Na competição feminina ga-
nhou Anabela Tavares do
Águias Unidas, seguida por
Verónica Correia do Macedo
Oculista. Paralelamente, o
CUAB organizou mais uma
edição do seu grande prémio
de atletismo, para escalões
mais jovens, e uma caminhada
que juntou cerca de 200 partic-
ipantes. A receita desta mini-
caminhada destina-se a con-
tribuir para a aquisição de uma
nova ambulância para os
Bombeiros Voluntários de
Benavente.
Porto Alto entra a ganhar
A estreia da Associação Recreativa do Porto Alto (Arepa) na
Divisão Principal da Associação de Futebol de Santarém foi
bastante positiva, com uma vitória caseira (1-0) frente ao
Mação. Já no passado domingo, as coisas complicaram-se e a
Arepa perdeu, em Alcanena, por 3-0. Soma, assim, 3 pontos
em dois jogos e está a meio da tabela.
Bastante equilibrada tem sido também a prestação do mais
traquejado Benavente, que começou por empatar em Amiais e
ganhou, no domingo, ao Moçarriense, por 2-0. Segue na quin-
ta posição com 4 pontos. Na próxima jornada, o Benavente
visita o Ouriquense e a Arepa joga no terreno do União de
Tomar, actual “lanterna vermelha” sem qualquer ponto.
Juvenis do Alverca recebem
hoje o Benfica
O FC Alverca recebe, hoje à noite (28), o Benfica em partida
do Nacional de Juvenis. Os jovens alverquenses seguem na
10ª. posição da série C com uma vitória, dois empates e três
derrotas. O Benfica é terceiro com quatro vitórias e dois
empates.
Carregado nos lugares
cimeiros
A Associação Desportiva do Carregado está a ter uma
prestação muito positiva na Zona Sul da II Divisão Nacional.
Actualmente com 4 pontos, resultantes de uma vitória, um
empate e uma derrota, a equipa carregadense está colocada na
sexta posição da tabela. Começou por bater o Atlético de
Reguengos, empatou, depois, no terreno do Monsanto e
perdeu, no domingo, na deslocação a Moura, por 2-1. Na
próxima jornada jogo importante no campo do Carregado,
com a recepção ao Sertanense, um dos actuais líderes da
prova.
Alverca ganha em Odivelas
CUAB domina 15 Kms
de Benavente
Sérgio Silva
é campeão
mundial
de
duatlo
14
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tel: 21 958 45 37 Web: www.audiovital.pt
VILA F. XIRA
MARIA DE LURDES
CONCEIÇÃO
PAULINO PEREIRA
Agradecimento e partici-
pação de missa de 7º Dia
Seu filho, nora, netas, irmã, cun-
hado, sobrinhas e restante família
na impossibilidade de o fazerem
a todos e pessoalmente vêm, por
este meio, agradecer, muito
reconhecidamente, a todas as
pessoas que os apoiaram neste
momento de grande dor e que
acompanharam a sua ente queri-
da à sua última morada.
Participam que será celebrada
missa de 7º dia na Igreja Matriz
de Vila Franca de Xira, sábado,
dia 01/10/2011, pela 19 horas.
Tratou: Agência Funerária
Vilafranquense
Tel e Fax: 263 272 083
Vila Franca de Xira
Rua José Dias Silva 47 - Vila Franca de Xira
Rua República 147-B - Póvoa Santa Iria
Travessa Figueira 1-A - Santa Iria Azóia
ANUNCIE NO VOZ
RIBATEJANA
ou ligue
938 850 664936 645 773
CARDOSAS
Vila F. XIRA
REGINA MARIA
NUNES FORTE
Participação
de missa do 1º ano
Só te esquecemos se
alguma vez um pintor
conseguir reproduzir
numa tela o som de
uma lágrima a cair...
Seus pais, filhos, marido,
sogros, tios, primo e
restante família participam
que será celebrada missa
pelo seu Eterno Descanso,
quinta-feira, dia 06/10/2011,
pela 17h30, na Igreja da
Misericórdia de Vila Franca
de Xira. Agradecendo,
desde já, a todas as pes-
soas que se dignem a
assistir a tão piedoso acto.
A TODOS BEM HAJAM.
Tratou: Agência Funerária
Vilafranquense
Tel e Fax: 263 272 083
Vila Franca de Xira
seja nosso amigo em
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MONTES
MARIA RIJO FRITA
Agradecimento
Suas filhas, genro,
netos e restante família
vêm, por este meio,
agradecer a todas as
pessoas que acompan-
haram a sua ente queri-
da à sua última morada,
e bem como assim a
todos aqueles que lhes
manifestaram o seu
pesar.
Tratou: Agencia Funerária
Machado, Lda.
Sede Vila Franca de Xira
Tel: 263 272 302
Filial de Alhandra
Tel: 219 501 408
CALHANDRIZ
MANUEL SALVADOR
NICOLAU CAETANO
16º ANO DE ETERNA
SAUDADE
24-09-95
Dezasseis anos se
passaram e recor-
damos-te com muita
saudade do amor e dos
momentos que nos
deste.
Mas viverás para sem-
pre nos nossos
corações.
Da tua esposa, filhos,
genro, nora e netos.
Que a tua alma des-
canse em Paz.
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ASTROLOGIATAROT
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28 de Setembro de 2010
15
DR. JOSÉ BRANCO
PSICÓLOGO CLÍNICO
ORDEM DOS PSICÓLOGOS
CÉDULA PROFISSIONAL Nº8881
PSICOTERAPIA DE ADULTOS E ADOLESCENTES
Terapia de casal – Baixa auto-estima - Depressão –
Ansiedade – Fobias – Pânico - Insónia – Disfunção
sexual – Stress Pós-traumático
Consultórios: Alverca - R.Cidade de Dévnia, 21, 2º,
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de Lisboa Nº7, Loja B
Informações e marcações:
961 285 155
Vila Franca de Xira
Exposição "Batalha pelo Conteúdo", até
30 de Setembro, no Museu do Neo-
Realismo;
Exposição “Vidas e Obras de um só…
Pessoa!”, até 30 de Setembro, na Galeria
da Biblioteca de Alverca.
Exposição do Centenário de Manuel da
Fonseca, até 9 de Outubro, no Museu Neo-
Realismo.
Exposição Comemorativa dos 200 Anos
das Linhas de Torres Vedras, até 16 de
Outubro, no Celeiro da Patriarcal em Vila
Franca.
Exposição de Ilustração de Rute Reimão,
até 23 de Outubro, na Galeria do Palácio da
Quinta da Piedade, Póvoa de Stª Iria.
Exposição de Ilustração, até 23 de
Outubro, na Galeria do Museu de Alhandra;
Tardes de Conversa dedicadas ao
Património: 28 de Setembro, “Memórias
de Infância a
Escola de outros
tempos”; 12 de
Outubro, “Rota
Histórica das
Linhas de Torres
– Salvaguarda
do Património: Intenções / Intervenções” e
19 de Outubro, “Escavações arqueológicas
do Povoado do Monte dos Castelinhos”,
quinzenalmente, pelas 16h00, no Núcleo
Museológico de Alverca.
“Era Uma Vez: Histórias e Fantasias”
"Rimar Contigo", dia 29 de Setembro, às
11h00, na Biblioteca de Vialonga.
Comemorações do 10.º Aniversário da
Casa da Juventude do Sobralinho, dia 30
de Setembro. Programa: 21H30 -
Inauguração da exposição colectiva de pin-
tura de Bruno Vieira e Mário Conceição;
22H00 - Café Concerto com “SUICÍDIO
SOCIAL”.
Comemorações do Dia Mundial da
Música, mês de Outubro: dia 1, às 17h00,
Arruada pela Banda do Ateneu Artístico
Vilafranquense, no
Parque Urbano de
V.F. Xira; dia 2, às
16h00, Concerto
pelo Grupo Coral
Ares Novos, no
Núcleo Museológico de Alverca.
Universidade Sénior do Concelho de Vila
F. Xira. O ano lectivo 2011/2012 tem início
previsto para o dia 11 de Outubro, no
Palácio da Quinta da Piedade, na Póvoa.
Alenquer
Exposição de Pintura de Mário
Casimiro, até 30 de Setembro, na
Biblioteca de Alenquer.
E x p o s i ç ã o
comemorati-
va dos Dias do
Idoso e da
I n f â n c i a .
Inauguração
dia 1 de
Outubro, às 15h00. Exposição alusiva ao
Dia Internacional do Idoso e ao Dia da
Infância, na Biblioteca de Alenquer.
“Encontro numa Tarde de Domingo de
Outubro”. Dia 2 de Outubro, às 15h30,
Inauguração da exposição de pintura de Rui
Piçarra, patente até 31 de Outubro; às
16h00 Lançamento do livro "A Abelha
Zena", de Maria Eugénia Ponte; e às 16h30,
apresentação das Peças de teatro “Carta da
corcunda ao serralheiro” e “Mulher… para
o bem e para o mal” pelo Teatro da
Biblioteca - Grupo Recreativo “Flor de
Maio”, no Museu João Mário
Filmes no Auditório Damião de Góis,
Alenquer: dias 30 e 1 às 21h30 e dia 2 às
17h00 “O Panda do Kung Fu 2”; dias 7 e 8,
às 21h30 e dia 9, às 17h00 “Os Pinguins do
Sr. Popper “;
Lançamento do livro "Duas Espadas e
um Arco", de Joana Silva, dia 1 de
Outubro, às 15h00, na Biblioteca de
Alenquer.
Comemoração do Dia Mundial da
Música (1 de Outubro), dia 2 de Outubro,
às 15h00, na Colectividade da Ota.
Apresentação do livro “Rua da
Felicidade”, de Al Cino Elyseu, dia 8 de
Outubro, às 16h00, no Museu João Mário.
Conferência - Apresentação de "Quando
morreres vou amar-te" Livro de Maria
José Caiola e Luís Miguel Raposo, dia 9 de
Outubro, às 16h00, na Biblioteca de
Alenquer.
Arruda dos Vinhos
Exposição dos trabalhos a concurso “1.º
Prémio de Artes de Arruda dos Vinhos”.
– Fotografia, escultura e pintura, até 15 de
Outubro, no Centro Cultural do Morgado.
Filmes no Auditório Municipal. Mês de
Outubro, às
16h00: dia 2, “Zé
Colmeia”; dia 9
“Alpha &
Omega”; dia 16,
“Boog & Elliot
3”; dia 23
“Gnomeu & Julieta”.
Maratona Arruda BTT XP 2011 e
Maratona da Solidariedade, dia 9 de
Outubro, em Arruda dos Vinhos. Org.
Paróquia de Arruda dos Vinhos.
7.ª Marcha dos Fortes - Entre Torres
Vedras e Bucelas, dia 15 de Outubro.
Organização do Clube de Actividades ao Ar
Livre e apoio do Município de Arruda.
Azambuja
Exposição “Cumplicidades”, com obras
de Rita Cosme e Clô Bourgard, até 6 de
Outubro, na Biblioteca Grandella, em
Aveiras de Cima.
III Concurso de Fotografia - Água:
Cultura e Património. Encontram-se
expostas no Museu Municipal, até ao dia 30
de Setembro, as fotografias concorrentes,
para apreciação e votação do público.
Quarta a Domingo das 14h00 às 18h30, no
Museu Municipal Sebastião Mateus
Arenque;
Dia Mundial da Música. A Câmara de
Azambuja vai comemorar o Dia Mundial
da Música, no dia 1 de Outubro, com inicia-
tivas dirigidas aos mais jovens, na
Biblioteca de Azambuja e no Centro
Cultural Grandella, em Aveiras.
Paraísabor - 6ª
M o s t r a
Gastronómica da
Freguesia de Vale
do Paraíso.
Tasquinhas 2011 e
Festival do
Torricado, de 30 de Setembro a 02 de
Outubro.
"Associação Chães", de Aveiras de Cima,
promove formação em Artes Plásticas, dias
01 e 02 de Outubro, na freguesia de Aveiras
de Cima.
Programa "Actividade Física para
Todos" - Caminhada do Dia Mundial do
Coração, dia 2 de Outubro, a partir das
09h00, nos Casais dos Britos. Concentração
frente ao Centro Cultural e Recreativo.
Benavente
Exposição “Da Vinha ao Vinho”,
Comemorativa do aniversário do Museu
Municipal de Benavente, até 29 de
Outubro.
Exposição “Campino - O Homem da
Lezíria”. Patente até 04 de Fevereiro de
2012, na Galeria 2 - Palácio do Infantado,
em Samora Correia.
Filmes em
Setembro: Cine-
Teatro de Benavente:
dia 28, às 15h00 -
Sangue Toureiro, às
21h15– Biutiful; dia
30, às 21h30 - O
Panda do Kung Fu 2.
Centro Cultural de
Samora Correia: dia
28, às 15h00 -
Sangue Toureiro, às 21h15 - The Fighter -
O Último Round; dia 30, às 21h30 -
Transformers 3.
Curso "Técnicas de Pintura". Outubro de
2011 a Junho de 2012, no Centro Cultural
de Samora. Inscrições abertas.
VIII Encontro Concelhio de Folclore, dia
1 de Outubro, às 18h00, no Salão Nobre da
SFUS (Sociedade Filarmónica União
Samorense).
Salvaterra de Magos
Exposição “10 Anos de alternativa da
cavaleira Ana Batista”, até 30 de
Setembro, no Celeiro da Vala.
Sobral de Monte Agraço
Exposição de Pintura de Seda
“Cacimbo” de Maria do Rosário Baião, de
8 a 29 de Outubro, na Galeria Municipal.
Recital de Piano Liszt e Berg por Marta
Menezes, dia 1 de Outubro, pelas 21h30,
no Cine-Teatro de Sobral de Monte Agraço.
Actividade Infantil “Contos à Mesa da
Cozinha” por Tânia Cardoso, dia 8 de
Outubro, às 16h00, na Sala Polivalente da
Biblioteca Municipal.
Teatro de Marionetas “As Pequenas
Cerimónias” por João Chicó, dia 8 de
Outubro, às 21h30, no Cine-Teatro.
Inauguração do Centro de Interpretação das
Linhas de Torres - Município de Sobral de
Monte Agraço, dia 15 de Outubro, na Praça
Dr. Eugénio Dias.
Santarém
Exposição – “Alves Redol – centenário do
nascimento”, até 30 de Setembro, na Sala
de Leitura Bernardo Santareno, a fim de
comemorar os 100 anos do nascimento de
Alves Redol.
Exposição de Joalharia: “O Tradicional
Contemporâneo”, da artista Vera
Nogueira Borrego, até 30 de Outubro, na
Casa do Brasil.
Exposição de Pintura: “Cor”, da artista
Filipa Barros, de 06 a 30 de Outubro, no
Bar da Casa do Brasil.
Exposição “Máscaras da Commédia
Dell’ Art” da autoria de Nuno Pino
Custódio, até 9 de Outubro, no Teatro Sá da
Bandeira (no âmbito do Triatrinfesta).
TRIATRINFESTA - Festival de Teatro
Para Infância e Juventude, até 9 de
Outubro: dia 30 de Setembro, às 21h30, “O
Solário”; Outubro: dia 1, às 16h30, “ALoja
dos Brinquedos”; Dia 8, às 16h30,
“Princesa…porque bocejas tu?”; dia 9, às
16h30 “O Princesa com Orelhas de Burro”
no Teatro Sá da Bandeira.
coordenação António Preto
Agenda Cultural Vila
Franca
ribeirinha
O Município de Vila
Franca tem apostado, e
bem, na requalificação
da extensa frente ribeirin-
ha do concelho. O esforço
para passar essa “mensagem” é de tal ordem que até um dos auto-
carros da autarquia já está a funcionar como “veículo” promo-
cional do passeio ribeirinho, que liga Alhandra e Vila Franca e vai
estender-se, para já, até ao bairro avieiro vila-franquense. Certo é
que a imagem gravada no autocarro é bastante original, assim
todos os munícipes e utentes do caminho ribeirinho saibam uti-
lizar bem e preservar esta infra-estrutura de lazer.
Milagre de São
Miguel nas
Cardosas!?
A estrada municipal que liga
Arruda dos Vinhos à aldeia de
Cardosas apresentava-se, há anos, em péssimo estado, sobretudo
na chamada subida de Val Flores. Uma situação agravada nos últi-
mos invernos e também por algumas obras de saneamento. Apesar
das reclamações, a via nunca beneficiou de uma reparação de
fundo, mas na segunda semana de Setembro, em vésperas das fes-
tas anuais em Honra de São Miguel Arcanjo, o Município de
Arruda, com a colaboração da Junta de Cardosas, lá resolveram
investir num tapete novo na zona mais degradada que ficou,
reconheça-se, com excelentes condições. É caso para dizer que
terá sido um verdadeiro milagre do padroeiro da freguesia, São
Miguel Arcanjo.
Monumento ao ferro
abandonado nos
Caniços
A rotunda dos Caniços,
na entrada Norte da
Póvoa de Santa Iria, foi
planeada para uns belíssi-
mos jogos de água e foi,
por isso, bastante mais
cara que outra estruturas
do género. O problema é
que o sistema de repuxos
durou pouco, avariou-se
rapidamente e a rotunda lá
está, com algum mau aspec-
to. O eleito municipal
António Nabais não se
cansa de alertar sempre que
pode para o aspecto “terceiro
mundista” desta rotunda. A presidente da Câmara já o acusou de
repetir a “cassete”, mas o certo é que a autarca reconhece que
António Nabais até tem alguma razão e promete articular com a
Junta de Freguesia uma limpeza do local, para transformar a
rotunda dos Caniços numa rotunda “normal”, mas mais agradá-
vel à vista.
PRÓXIMA EDIÇÃO DO
VOZ RIBATEJANA
A 12 DE OUTUBEO NÃO PERCA!
Voz Ribatejana
“
“
ALVERCA
Promover o convívio e a
troca de experiências entre
utentes e profissionais da
Unidade de Oncologia do
Hospital Reynaldo dos
Santos é o principal objecti-
vo da Caminhada pela Vida,
que a Associação
Oncológica de Vila Franca
de Xira (AOVFX) organiza
anualmente. Este ano, o
encontro realizou-se, no
passado dia 17, no com-
plexo das piscinas munici-
pais vila-franquenses,
reunindo perto de 40 parti-
cipantes que, depois da
caminhada e da sessão de
ginástica, retemperaram
energias com um piquenique
ao ar livre.
Como referiam alguns par-
ticipantes, esta caminhada é
também uma forma de levar
as pessoas a fazerem exercí-
cio e a saírem um pouco de
casa, esquecendo a doença
que atingiu boa parte deles.
A iniciativa realiza-se pelo
sétimo ano consecutivo,
organizada pela Associação
Oncológica criada há cerca
de 10 anos exactamente para
dinamizar e dar suporte a
um conjunto variado de
actividades que incluem
também passeios e sessões
de informação para compor-
tamentos mais saudáveis.
“A associação existe um
pouco em paralelo com a
unidade de oncologia, os
voluntários são os profis-
sionais da unidade e mais
algumas pessoas que trabal-
ham connosco”, explica Ana
Alcazar, médica responsável
pela Unidade de Oncologia
do Reynaldo dos Santos,
frisando que cabe à AOVFX
angariar alguns meios para
promover estas actividades.
A Caminhada pela Vida pre-
tende também fomentar a
interacção entre os profis-
sionais e entre estes e os
utentes e chamar um pouco
a atenção para a necessidade
de adoptar “uma vida um
bocadinho mais saudável,
mais ao ar livre. Temos que
fazer ginástica, temos que
andar, temos que comer
bem, o que não quer dizer
comer muito”, sublinha,
referindo que são, no fundo,
momentos diferentes e de
descontracção.
Caminhada pela vida junta
família da unidade de oncologia
300 novos utentes por ano
A Unidade de Oncologia (UC) do
Hospital de Vila Franca tem
cerca de 2000 utentes inscritos
e, em cada ano, entram cerca
de 300 novos utentes dos 5
concelhos abrangidos pelo
Reynaldo dos Santos. Este
número tem estabilizado e,
segundo Ana Alcazar, o
espaço onde funciona a unidade
é suficiente para este nível de
afluência e para o tipo de cuidados
prestados. “Temos que ter uma boa gestão do espaço e da
nossa capacidade de recursos”, salienta a responsável, expli-
cando que a UC tem uma médica a tempo inteiro, 3 profis-
sionais médicos a tempo parcial, uma psicóloga, duas enfer-
meiras, duas secretárias e uma auxiliar, todas a tempo inteiro.
“Fazemos o diagnóstico e o seguimento inicial da doença e
vamos fazendo o seguimento destas patologias durante um
período alargado, de acordo com o maior ou menor risco e,
depois, temos também a vertente dos cuidados paliativos em
fases mais avançadas, em que os utentes vão passando diaria-
mente para tratamento”, refere Ana Alcazar, precisando que a
UC tem condições para fazer quimioterapia e para abarcar a
maior parte das necessidades a nível dos meios comple-
mentares de diagnóstico e que tem acordos com outros hospi-
tais para os tratamentos de radioterapia.
Um dia diferente
A Caminhada pela Vida constitui um dia diferente para muitos
dos participantes, que incluem doentes e profissionais da UC
e alguns voluntários que também se envolvem na associação.
É o caso de José Barata, familiar de uma voluntária, que dá
todo o apoio que pode. “Esta iniciativa tem um carácter dife-
rente, que é reunir um grupo de pessoas para este convívio. É
um dos pontos altos das actividades da associação. É sair
do hospital cá para fora, trazer os doentes para um
conjunto participativo, que faz com
que eles esqueçam, de certa
maneira, a doença que os afecta e
os problemas inerentes”,
sustenta.
Ismael Carvalho tem
sido acompanhado pela
Unidade de Oncologia
depois da intervenção
cirúrgica que fez há já
alguns anos. Tem 81
anos e não falha sempre
que se realiza a cami-
nhada. “São passeios
que servem para as pes-
soas se distraírem, neste
dia ninguém se sente
doente”, sublinha.
Tratamento através de agulhas
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