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Voto online:

E se pudssemos votar na Internet?

http://www.estrategiadigital.pt/voto-online-e-se-pudessemos-votar-na-

internet/

Um dos princpios bsicos da democracia o direito ao voto. Ao longo de

sculos, lutamos para assentar a sociedade sobre princpios de igualdade,

algo que implicaria tambm liberdade em eleger aquele que consideramos

mais apto para governar. Apesar de ser um mtodo justo, uma vez que

todos tm o seu direito palavra, nem sempre houve igualdade.

Numa primeira fase, o voto estava restrito a quem pagasse impostos

superiores a um determinado montante, dispensando assim da lista de

eleitores as classes sociais mais baixas. Posteriormente, o panorama foi

mudando e o voto foi alargado a outras classes, apesar de as mulheres

serem mantidas de fora, privadas de ter um voto na matria da governao

do seu pas. A poltica no para as mulheres, argumentavam.

Mesmo assim, houve de novo luta e eventualmente o voto passou a ser de

todos. A queda do fascismo em Portugal garantiu que o mesmo direito

fosse igual para todos. Porm, de eleio para eleio, tem-se constatado

que em Portugal um aumento das taxas de absteno.

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Seja por estarem indignados com a presente situao poltica ou por no

acreditarem no sistema de eleies, h cada vez mais portugueses a ficar

em casa no dia de ir s urnas. por isso mesmo que se torne pertinente

fazer uma pergunta: e se as urnas fossem a sua casa, ser que votava? Com

a Internet, talvez seja possvel.

Voto online: clicar no candidato e j est

Na sucesso das eleies na Madeira que atingiram de novo uma taxa de

absteno histrica o jornal Econmico falou com a Multicert, uma

empresa nacional dedicada a certificao digital. Jorge Alcobia, o CEO da

Multicert, defende que Portugal no s est preparado para implementar

o sistema de voto online, como j acontece na Estnia e Brasil, como tal

medida pode ser determinante para a reduo das taxas de absteno.

A grande questo prender-se-ia pela segurana do voto online: os eleitores

s podero votar se tiverem segurana para o fazer. A maioria dos grupos

partidrios portugueses continua a duvidar deste mtodo, temendo

resultados fraudulentos e quebra de confidencialidade.

Porm, Jorge Alcobia sossega estes temores, contando ao Econmico que

A segurana e confidencialidade esto asseguradas por uma combinao

do protocolo de votao, tcnicas criptogrficas, arquitectura da

infraestrutura e segregao de funes e de informao.

E a verdade que o potencial desta prtica enorme. Fora a diminuio

assegurada das taxas de absteno, h que relembrar que seria excelente

para diminuir os custos dos actos eleitorais.

De forma a provar que tal sistema pode ser possvel, a Multicert j se

mostrou disponvel para fazer uma experincia, durante as legislativas de

Outubro, propondo que se faa o teste numa freguesia com alguns

milhares de eleitores. Se tudo correr em conformidade com os requisitos

de segurana e sigilo, o voto online poderia ser alargado a outras

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localidades, de forma a atingir uma grande escala ainda a tempo das

Presidenciais.

A nossa soluo est preparada para suportar vrios tipos de eleies,

incluindo eleies nacionais. Contamos j com 12 de anos experincia de

votaes electrnicas em vrias organizaes, e inclusivamente pilotos para

eleies legislativas e europeias, contou o CEO

da Multicert ao Econmico.

O sistema da empresa permite que os eleitores, aps serem devidamente

credenciados atravs de um sistema de identificao, exeram o seu direito

de voto a partir de dispositivos como smartphone, tablet ou porttil. O

requisito obrigatrio ser sempre que o aparelho tenha acesso web. Este

um sistema que se diferencia dos outros que, por norma, exigem a

instalao de mquinas nas mesas de voto. Em Portugal j existiram

experincias piloto deste tipo de voto online, mas os resultados no foram

contabilizados.