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“Votar é direito de cada um, mudar esse quadro é dever de todos nós!”Feitosa

uando fomos intuídos a criar a Revista Arte Real, o propósito não foi outro, senão o de servir como uma ferramenta de conscientização do

Povo Maçônico, nos mais variados temas. Fiel a este objetivo, estamos cumprindo a parte que nos cabe, tomando, como sextante, o crescente número de leitores que, a cada edição, prestigia-nos e nos solicita cadastramento em nossa listagem. Entendemos, com isto, estar seguindo o rumo certo.

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É praxe aproveitarmos este espaço para travarmos um contato mais direto com o leitor, abordando variados temas e elucidando os tópicos que julgamos prioritários. Dentro deste escopo, voltaremos a bater na tecla das eleições 2010. Não para solicitar voto para esse ou aquele candidato, mas para chamar sua atenção para a importância do voto consciente!

É verdade que estamos carentes de grandes estadistas, por outro lado, também, estamos muito aquém de sermos bons eleitores! A descrença na política e o desinteresse pela mesma acabam criando espaços, dos quais pessoas mal-intencionadas, sorrateiramente, apoderam-se, quase sempre, ocupando funções vitais para o bom desenvolvimento e progresso do país. Não mais temos prazer em votar, tampouco a menor vontade de falar de política. A Situação é tão caótica, que os programas de humor abastecem seu horário inútil fazendo piadas para rirmos de nós mesmos. Temos dúvidas de esses programas não serem patrocinados pelos próprios, a fim de nos induzir a rir de tal situação, maquiavelicamente, desviando nossa atenção do papel, que nos cabe como cidadãos, de vigiá-los no exercício de seus mandatos!

Votar não se resume, apenas, no cumprimento do dever no dia do pleito. Estende-se no exercício do direito da escolha, que deve começar muito antes do dia da eleição e continuar com a nossa participação, policiando as atitudes do político que escolhemos. Falando disso, você lembra em quem votou nas últimas eleições? Muitos, lamentavelmente, nem lembram quando foi e quais foram os cargos disputados nas eleições passadas. Esse é o duro retrato da política brasileira. Não gostar de política é o mesmo que passar uma procuração a quem gosta, geralmente, de má índole, para que dirija nossos destinos!

Votar é direito de cada um, mudar esse quadro é dever de todos nós!

A título de fazer renascer, dentro de nós, o eleitor que, jamais, deveria morrer (quase uma utopia, bem o sabemos), mesmo que tardiamente, pois já estamos a pouco mais de um mês desse nobre exercício de cidadania, publicamos uma matéria, na edição passada, sobre o Legado de Getúlio Vargas. Com esse mesmo

objetivo, brindamos a todos, nesta edição, com uma matéria do mesmo autor, nosso estudioso Irmão Edivaldo Ribeiro, sobre JK, com o título “Anos Dourados de Juscelino Kubitschek”, na esperança de reacender a luz da razão quanto à responsabilidade de bem escolhermos nossos governantes.

Ainda, visando a despertar nosso espírito patriótico, aproveitamos o ensejo para publicar uma compilação sobre “A História do Hino Nacional Brasileiro”, baseado no belo trabalho de autoria de nosso Confrade Derly Alves.

Preocupado com os destinos de nossos jovens, não é novidade nosso especial carinho para com os DeMolays e Filhas de Jó; publicamos, por isso mesmo, a matéria “Crack, a Pedra da Morte”, a fim de chamar a atenção para essa droga, que vem destruindo famílias e descaminhando nossos jovens. A coluna Ordens Paramaçônicas apresenta uma compilação sobre a Ordem Internacional Estrela do Oriente.

A ideia dessa coluna é enfatizar o importantíssimo e fundamental papel das Ordens Paramaçônicas.

Nosso Irmão Marcus Sant’Anna, do Oriente de Alagoas, nos brinda com o elucidativo texto

“Traje Maçônico – Terno x Balandrau”. Convido a todos a acessarem a coluna Boas Dicas e a assistirem ao vídeo “Um Mundo Bem Melhor”, a versão brasileira do projeto “We Are The World”, em homenagem pelo cinquentenário de Brasília.

Em visita ao nosso Portal www.entreirmaos.net, o leitor, também, poderá baixar e-books, acessar notícias e baixar a Revista Astréa sobre os Graus Superiores, participar de enquetes, baixar todas as edições da Revista Arte Real e, na mesma, divulgar sua empresa, produtos ou serviços. Esse Portal, dedicado, exclusivamente, à Família Maçônica, aproveite-o com carinho!

Voltando ao tema deste Editorial, a política brasileira, encerro parafraseando o sinal que o glorioso Almirante Barroso mandou içar nas adriças do seu navio capitânia, a Fragata Amazonas, na manhã de 11 de junho de 1865, em um momento decisivo da Batalha de Riachuelo: “O Brasil Espera Que Cada Um Cumpra com o Seu Dever”.

Encontrar-nos-emos na próxima edição! ?a b

CapaCapa – JK – A Excelência de Um Presidente.......................Capa – JK – A Excelência de Um Presidente.......................CapaEditorialEditorial.....................................................................................2.....................................................................................2Matéria da CapaMatéria da Capa Os Anos Dourados de Juscelino Kubitschek................3Os Anos Dourados de Juscelino Kubitschek................3Informe Cultural Informe Cultural – Prestação de Contas – 1ª RJ..................5– Prestação de Contas – 1ª RJ..................5DestaquesDestaques - - Crack – A Pedra da Morte...Crack – A Pedra da Morte........................................................................6.6Os Grandes Iniciados Os Grandes Iniciados - O Que Vem a Ser Um Avatara?...7- O Que Vem a Ser Um Avatara?...7Ordens ParamaçônicasOrdens Paramaçônicas

A Ordem Internacional Estrela do Oriente.......................9 A Ordem Internacional Estrela do Oriente.......................9Trabalhos Trabalhos O Hino Nacional Brasileiro....................O Hino Nacional Brasileiro.................... ..............................11..............................11 Traje Maçônico – Terno x Balandrau................................12 Traje Maçônico – Terno x Balandrau................................12

Reflexões Reflexões Ganhei Coragem..................................................................14 Ganhei Coragem..................................................................14 Boas DicasBoas Dicas...........................................................................................15...........................................................................................15 Ficha Técnica Ficha Técnica......................................................................................15......................................................................................15

Os Anos Dourados de Juscelino KubitschekOs Anos Dourados de Juscelino Kubitschek

“O que a minha vida pode oferecer para as gerações futuras é, apenas, o esforço, a tenacidade com que lutei para realizar algumas das coisas que prometi a este país.”

Juscelino Kubitschek

Edivaldo Ribeiro propósito deste modesto trabalho é mostrar, de forma sucinta, uma época marcante da história do Brasil e, sobretudo, contribuir para

reflexão sobre o futuro do nosso país, através do exemplo de governo que nos deu o Ex-Presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira. Recordar a trajetória desse grande estadista nos permite ter parâmetros para avaliar o presente e, por que não, descobrir perspectivas novas e positivas.

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Juscelino Kubitschek nasceu em Diamantina, MG. Formou-se em medicina, especializou-se em urologia e exerceu essa profissão até entrar na política, onde teve participação ativa. Foi Prefeito de Belo Horizonte, Deputado Federal Constituinte de 1946, Governador do Estado de Minas Gerais e, finalmente, como Presidente, governou o Brasil, de 31 de janeiro de 1956 a 31 de janeiro de 1961, sob o famoso lema: “50 anos de progresso em 5 anos de realizações”. Segundo consta, Juscelino era alegre, amigável, modernizador, desenvolvimentista, próximo do povo e, principalmente, otimista. Seu estilo de governar despontava o cenário de um Brasil promissor e um Presidente que faria o país dar certo.

Seguindo sua trajetória política, em 1945, Juscelino participou da criação do Partido Social Democrático, o PSD, formado com o apoio de Getúlio Vargas, do Partido

Trabalhista Brasileiro, o PTB, para, em seguida, firmarem a aliança PSD-PTB. Para concorrer às eleições presidenciais de 1955, ele foi indicado pelo seu partido (PSD), juntamente com João Goulart, como candidato a Vice-Presidente, pelo PTB. Eles enfrentaram a oposição do partido União Democrática Nacional (UDN) e de certos setores militares, que tentaram, de várias formas, impedir o avanço político de Juscelino. Após o lançamento oficial de suas candidaturas, houve movimentação contra as eleições e a favor da intervenção dos militares. Juscelino e Jango eram tidos como comprometidos com as forças getulistas, destronadas em agosto de 1954.

Entretanto, as eleições foram realizadas e garantidas por tropas do Exército, graças à liderança do Ministro da Guerra, Marechal Henrique Teixeira Lott. Após a divulgação do resultado favorável a Juscelino, a UDN e seus aliados deram início a uma batalha judiciária com o objetivo de anular as eleições e impedir a proclamação dos candidatos eleitos. Liderados por Carlos Lacerda, setores udenistas passaram a pregar, abertamente, a deflagração de um golpe militar, em que Lacerda, tempos depois, viu-se prisioneiro da própria armadilha...

Mesmo assim, Juscelino tomou posse em 1956, mas atravessou o mandato sob as ameaças constantes do golpismo antinacional. Logo no início de seu governo, defrontou-se com séria oposição deflagrada por oficiais da Aeronáutica, que, inconformados com sua posse, pregavam a sua deposição. O levante, porém, foi totalmente debelado. Essas adversidades políticas não deixavam dúvidas quanto à ferrenha oposição que teve pela frente. Seu governo, fruto da aliança PSD-PTB, foi, desde o início, hostilizado por adversários capitaneados pela UDN, em intensa campanha de calúnias e difamações. Juscelino muito sofreu, mas sempre contou com o apoio da opinião pública, única forma de garantir sua manutenção no cargo.

O espírito democrático do Presidente Juscelino fê-lo conceder anistia ampla e irrestrita a todos os civis e militares, que, de 1955 a 1956, participaram de movimentos contrários à sua candidatura e posse. Só assim os ânimos se acalmaram, e, então pôde dar início, efetivamente, aos projetos de seu governo.

Uma das primeiras medidas governamentais, em 18 de abril de 1956, foi enviar ao Congresso o projeto de lei, propondo a transferência da Capital da República para o Planalto Central. A despeito da séria resistência por parte da UDN, em relação à transferência, o projeto foi aprovado pelo Congresso Nacional. Em 21 de abril de 1960, Kubitschek declarou inaugurada a nova capital: Brasília. Durante a primeira reunião ministerial, realizada no Palácio do Planalto, assinou mensagem dirigida ao Congresso, propondo a criação da Universidade de Brasília, a UnB.

Da mesma forma que Getúlio teve seu projeto desenvolvimentista nacional para o Brasil, chamado Estado Novo, do mesmo modo Juscelino, também, criou o seu, que viria a ser chamado de Plano de Metas,

destinado, sobretudo, a promover o desenvolvimento, acelerando a industrialização no Brasil. Alguns analistas veem, no modelo de desenvolvimento econômico adotado por Juscelino, o mesmo inaugurado pelo Presidente Getúlio Vargas, que, na era JK, atingiu plena expressão. Vale ressaltar, porém, que, com esse programa, o governo JK, também, passou a praticar o modelo econômico keynesiano, o do Estado como agente indispensável de controle da economia, com o objetivo de conduzir a um sistema de pleno emprego e de Bem-Estar Social. O Estado assumiu um papel fundamental, ao implementar políticas de desenvolvimento e, muitas vezes, tornar-se, ele próprio, um agente econômico.

Esse plano desenvolvimentista continha um conjunto de 30 objetivos a serem alcançados nos diversos setores da economia, em cinco grandes áreas de interesse: energia, transporte, alimentação, indústria de base e educação. Na última hora, o plano incluiu mais uma meta, a 31a, chamada de meta-síntese: a construção de Brasília e

a transferência da capital federal. As metas foram, cuidadosamente, estudadas e implementadas, de modo que os investimentos em determinados setores pudessem refletir-se positivamente na dinâmica de outros. O crescimento ocorreria em cadeia. Por exemplo, a meta de mecanização da agricultura indicava a necessidade de fabricação de tratores, prevista na meta da indústria automobilística, e assim por diante. Estava, também, no Plano

de Metas, a substituição gradativa da importação.O Plano de Metas foi elaborado com base em

estudos realizados pelo ISEB, BNDE, Cepal e Comissão Mista Brasil/EUA. A política de desenvolvimento deveria ser uma política nacionalista, a única capaz de levar à emancipação e à plena soberania. Entretanto, o nacionalismo não foi o único projeto político que prevaleceu na orientação dada ao desenvolvimento industrial pelo governo JK, uma vez que, também, foi incentivado o investimento de capitais e de tecnologias estrangeiras nos setores industriais, que produzissem riqueza. Porém, não foi permitido investimento estrangeiro nos setores extrativos e de serviços que pudessem explorar riqueza do país. Em virtude das dificuldades burocráticas e dos obstáculos inevitáveis e permanentes da oposição udenista, para implantar o Plano de Metas, JK criou o Conselho do Desenvolvimento, um órgão diretamente subordinado à Presidência da República com autonomia suficiente para viabilizar a realização dos projetos.

O governo JK, também, enfrentou muitos desafios e impasses: a inflação, o endividamento externo, os embates com o FMI e a ameaça de desaceleração do crescimento. Decidido a dar prosseguimento ao programa desenvolvimentista, Juscelino optou pela ruptura com o FMI. A grande imprensa brasileira, cúmplice da UDN, desencadeou, então, uma campanha de descrédito contra a economia brasileira. Mas, JK, sempre, atento implantou o Plano de Estabilização Monetária, o chamado PEM, que envolvia sérias providências de correção, tanto nos setores da moeda, como do crédito, das finanças públicas, dos salários e do balanço de pagamentos.

Mesmo com toda a campanha contra seus projetos, os anos JK mudaram para melhor a cara do Brasil. O capitalismo crescia e os investimentos circulavam com facilidade. O espetáculo do crescimento parecia inquestionável. O espírito do novo, a vontade de mudança transcendeu as esferas econômicas e políticas. A cultura e as artes, também, explodiam com o segundo movimento modernista: o cinema novo, a bossa nova, o teatro de vanguarda e os novos métodos de ensino. A efervescência do movimento cultural sintonizava-se tanto com o espírito nacionalista, que crescia na época, quanto com a crença nas possibilidades de desenvolvimento e transformação do país. A arquitetura moderna, que florescia no Brasil desde a década de 1930, foi consagrada com a construção de Brasília no Planalto Central, como símbolo de uma nova era.

Mesmo com esse trabalho de gigante a favor do Brasil e do povo brasileiro, Juscelino sofreu principalmente com os dissabores políticos, que viriam a partir do golpe militar em 1964, promovido com apoio civil da UDN. Durante a ditadura militar, JK foi

humilhado, perseguido, e, em junho de 1964, Costa e Silva formulou o pedido de sua cassação, que suspendia seus direitos políticos por dez anos... Decidiu, então, exilar-se. Seguiu para a Europa, sofrendo a amargura de se ver longe de sua pátria querida. Em maio de 1967, retornou definitivamente ao Brasil, fixando residência no Rio de Janeiro, mas sem ter autorização de visitar a cidade-planalto, criada por ele... Fez parte do movimento Frente Ampla. Com a extinção desse movimento, em abril de 1968, Juscelino decidiu, definitivamente, abandonar o cenário político, dedicando-se à área empresarial. Em junho de 1974, torna-se

membro eleito da Academia Mineira de Letras. Foi eleito, também, o intelectual do ano de

1975. A partir desse mesmo ano, dedicou-se a administrar a fazenda

que possuía em Luziânia, Goiás. Em 18 de junho de 1976, recebeu o troféu "Juca Pato", conferido pela União Brasileira de Escritores.

Em 22 de agosto de 1976, faleceu, vítima de desastre sofrido na via Dutra, nas proximidades de Resende, Rio de Janeiro, até hoje não bem esclarecido...

Hoje, o governo JK representa, no imaginário político brasileiro, uma Idade de Ouro. É visto como o momento de um grande arranco desenvolvimentista, consolidado através de políticas que estimularam a industrialização e resultaram em altas taxas de crescimento. Como sempre, os louros só vêm depois que os grandes homens da história não mais estão presentes no mundo...

Nota do Editor: o objetivo de retratarmos Os Anos Dourados de JK é chamá-lo à razão quanto à importância de escolhermos bem nossos dirigentes. Nada irá mudar se não mudarmos nossa postura de eleitor. Desejo a todos, em outubro, consciência diante das urnas! ?

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ando continuidade à transparência que, sempre, norteou seus trabalhos e que deve ser o "norte" de todos que lidam com recursos de terceiros, os Presidentes dos Corpos Filosóficos do Oriente

da Mariz e Barros - Tijuca/RJ - subordinados à 1ª Inspetoria Litúrgica RJ, do Supremo Conselho do Grau 33º do R∴E∴A∴A∴ da Maçonaria para a República Federativa do Brasil, divulgam o Relatório de suas Atividades referente ao 1º semestre/2010, através do link:

DDhttp://www.entreirmaos.net/wp-content/uploads/2010/08/Relatorio-2010-1RJ.pdf

Maiores esclarecimentos poderão ser obtidos com o Irmão Ney Ribeiro, através do e-mail [email protected] ?

Crack, a Pedra da MorteCrack, a Pedra da Morte

Francisco Feitosauerido leitor, esperamos que estas linhas sirvam de um grito de alerta e não encontrem, instalada, no seio de sua sacrossanta família, a

dura realidade da dependência de drogas.QQ

É de causar enorme preocupação a chegada avassaladora dessa droga, que vem adotando, sem cerimônias, nossa juventude. Precisamos tomar medidas urgentíssimas e eficazes contra essa situação.

“Crack”, tempos atrás, era um sinônimo de referência para nós, quando relacionado a um grande jogador de futebol. Assim, Pelé, Zico, Garrincha e tantos outros foram considerados; ainda, são em nossa memória. Hoje, aquele almejado adjetivo transformou-se em um substantivo devastador, que vem tirando o sono de muitos pais, destruindo famílias e as esperanças de nossos jovens.

Colocamos este assunto para a reflexão de todos, na expectativa de nos mobilizarmos a favor da vida. Graças ao Pai Celestial, não temos, em nossa família, ninguém envolvido com drogas, mas, como Maçom, como Pai, como Cidadão, não podemos omitir-nos, achando que não nos cabem responsabilidades, simplesmente, porque nossos filhos não foram adotados por elas.

Nosso grito ecoa de forma estridente, a fim de despertarmo-nos para a real situação e criarmos, em nossas Lojas, um Grupo ou Comissão, atuando junto ao poder constituído de nossas cidades no combate a esse mal, que vem desvirtuando a juventude e dizimando famílias inteiras.

Solicito, encarecidamente, que este tema seja colocado em discussão em suas Lojas, levado para os Capítulos DeMolays e Bethéis das Filhas de Jó, através dos Irmãos e Cunhadas, membros do Conselho Consultivo e Clube das Mães, criando campanhas, produzindo concursos de redação sobre o tema, interagindo nas escolas da região, promovendo palestras, enfim, atuando incisivamente para que esse mal seja extirpado. Utopia? Talvez! Omissão, jamais!

Esperamos que não, mas, diante do quadro atual, é possível que tenhamos, em nossas Lojas, Irmãos atravessando essa dura e cruel realidade com seus filhos e precisando de nossa ajuda, e, por vergonha ou coisa do gênero, procuram nem tocar no assunto.

Somente seremos fortes, se estivermos unidos!

Conclamamos a Família Maçônica para que se una com o objetivo de salvaguardar nossa juventude!

Abaixo, transcrevemos, com a aquiescência do autor, a matéria “Crack: Uma Droga da Morte - Fique Longe Disso!”, publicada no informativo “Academia – Dia a Dia”, maio/10, da Loja Maçônica Academia do Paraíso, 47, Oriente de Recife, PE, que aborda, em detalhes, como essa droga atua de forma tão devastadora, criando dependência imediata.

“Leva 10 segundos para fazer o efeito, gerando euforia e excitação; respiração e batimentos cardíacos acelerados, seguidos de depressão, delírio e “fissura” por novas doses. “Crack” refere-se à forma não-salgada da cocaína, isolada numa solução de água, depois de um tratamento de sal, dissolvido em água com bicarbonato de sódio. Os pedaços grossos secos têm algumas impurezas e, também, contêm bicarbonato. Os últimos estouram ou racham (crack) como diz o nome.

Cinco ou sete vezes mais potente do que a cocaína, o crack é, também, mais cruel e mortífero do que ela. Possui um poder avassalador para desestruturar a personalidade, agindo em prazo muito curto e criando enorme dependência psicológica. Assim, como a cocaína, não causa dependência física, o corpo não sinaliza a carência da droga.

As primeiras sensações são de euforia, brilho e bem-estar, descritas como estalo, relâmpago, “tuim”, na linguagem dos usuários. Na segunda vez, elas já não

aparecem. Logo, os neurônios são lesados, e o coração entra em descompasso (180 a 240 batimentos por minuto). Há risco de hemorragia cerebral, fissura, alucinações, delírios, convulsão, infarto agudo e morte.

O pulmão se fragmenta. Problemas respiratórios como a congestão nasal, tosse insistente e expectoração de mucos negros indicam danos sofridos.

Dores de cabeça, tonturas e desmaios, tremores, magreza, transpiração, palidez e nervosismo atormentam o craqueiro. Outros sinais importantes são euforia, desinibição, agitação psicomotora, taquicardia, dilatação das pupilas, aumento de pressão arterial e transpiração intensa. São comuns queimaduras nos lábios, na língua e no rosto pela proximidade da chama do isqueiro no cachimbo, no qual a pedra é fumada.

O Crack induz a abortos e nascimentos prematuros. Os bebês sobreviventes apresentam cérebro menor e choram de dor quando tocados ou expostos à luz. Demoram mais para falar, andar e ir ao banheiro sozinhos e têm imensa dificuldade de aprendizado.” ?

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O Que Vem a Ser Um Avatara?*O Que Vem a Ser Um Avatara?*

vatara é a consciência de Deus, manifestada fisicamente na face da Terra. Ao longo da história da humanidade, por diversas vezes, a

Divindade assim se manifestou, a fim de guiar os destinos evolucionais dela. Salomão, que foi um Avatara, dizia: “Beberei dessa Taça quantas vezes for preciso”, ou seja, a essência Divina se manifestará na face da Terra, em prol da evolução humana, quantas vezes se fizer necessário.

AACada vez que um Avatara se manifesta, já anuncia

a sua próxima volta. Como exemplo, temos as palavras de Krishna a Arjuna: "Todas as vezes que Dharma (a Lei justa) declina e Adharma (o contrário) se levanta, Eu me manifesto para a salvação dos bons e destruição dos maus. Para o restabelecimento da Lei, Eu renasço em cada Yuga (isto é, em cada ciclo)”.

Quando um Avatara se manifesta, forma-se, em torno dEle, um grupo de Seres de elite, aptos a receber o Conhecimento em toda a sua pureza. Esses Seres são os que compõem a sua corte na face da Terra; têm a sublime missão de protegê-Lo e de converter Suas Palavras em uma linguagem mais acessível para a humanidade. São Seres, preparados por encarnações sem conta, que atingiram um elevado estado de consciência, permitindo-lhes fazer parte de tão nobre trabalho, em prol da evolução dessa humanidade.

Dessa maneira, recebendo diretamente da boca do Espírito da Verdade (Avatara), retransmitem Seus Excelsos Ensinamentos, já digeridos, para melhor compreensão; com isso, vai elevando-se o estado de consciência dos seres humanos, pois, se assim não fosse, ainda, estaríamos no estágio do homem das cavernas.

Avatar, Avata ou Avatara é um termo sânscrito, significando "a manifestação cíclica do Espírito de Verdade, de Deus na Terra, em alguém, que venha dotado de semelhante privilégio, ou seja, um Ser nascido e preparado para receber a consciência Divina". Decompondo-se o termo avatara: Ava ou Aba = (árabe) pai ou avô, antepassado, mais velho, antigo, descida; Tara = (sânscrito) estrela (estrela polar), star em inglês; Tari = veículo, nave portadora de alguma coisa; Thora ou Taro, ou o inverso Rota, Lei, Caminho.

O Tao, em chinês, tem o mesmo sentido, conduzindo-nos ao significado de Avatara: descida da Lei, ou dAquele que indica o caminho. Em tupi, temos: Ava = antepassado, velho, avô; Tara = vinda, chegada, pousou, ou a chegada do Ancião das Idades. Essa vinda se dá, eubioticamente falando, sempre que há a implantação de uma Raça, ou de uma Sub-Raça, ou Ramo Racial, ou Família, isto é, vem dar a nova tônica do ciclo. Antes de sua chegada, a sua corte se manifesta para preparar as mentes dos componentes do povo que irá recebê-Lo.

Tal preparo se faz com profetas e pitonisas, arautos e toda uma série de preparativos, para que o

Avatara seja ouvido, quando do seu advento, para ensinar mais um pouco da Doutrina e elevar as mentes ao Divino.

A tradição nos conta que, toda vez que vai ocorrer um nascimento de tal Ser, sua mãe é avisada por um anjo. Nota-se que a Divindade joga a semente para fazer a colheita, mas as mentes, ainda, dominadas pelo emocional, não percebem o privilégio, com que foram agraciadas, de viver na mesma época da Manifestação Avatárica, tendo a oportunidade de ouvirem, diretamente da boca da Divindade, manifestada na Terra, o conhecimento na sua pureza original; preferem entregar-se aos prazeres dos sentidos e, com isso, perderem a oportunidade de serem felizes.

Portanto, a ganância dos doutores da Lei e a ignorância dos homens não permitem que a Boa Nova seja implantada, fazendo que o Espírito de Verdade, ao se manifestar, tenha que recorrer a aspectos fenomênicos, relacionados com o emocional, tais como milagres de cura, manifestações e outros fenômenos sensoriais, para atrair o seu grupo, que vai lhe dar cobertura, em vez de adentrar triunfante, com toda a pompa e a gala que tem direito. Cada vez que o Avatara se manifesta, é dado um novo impulso à evolução da humanidade. Embora a mesma não O reconheça em sua época, os seus ensinamentos, como têm vida e energia, se concretizam e perduram através dos séculos, ficando incorporados no mental instintivo dessa humanidade.

Enquanto não reconhecer o valor dos Avataras, não será feliz. Assim, dizia o insigne Professor Henrique José de Souza, fundador da Sociedade Brasileira de Eubiose, nos últimos dias de sua longa trajetória pela face da Terra: "A humanidade nunca será feliz se não reconhecer os Avataras e seus ensinamentos prodigiosos, porque Eles são verdadeiros Deuses”.

E, como Deuses, surgem no mundo para darem orientação segura aos seres humanos. Orientando, conduzem-nos para o verdadeiro caminho, senão para o divino, para o futuro, para próximo do trono de Deus.

Os Avataras são Deuses. Em outras palavras, o Avatara é Deus, embora se manifestando através de várias vestes e em épocas diferentes, como Jesus, Budha, Krishna, Hermés, Kunaton e tantos outros.

É preciso que os Avataras sejam reconhecidos como Divindades, como essências de tudo e de todos. Se fossem reconhecidos como Deuses, como essências, quando aparecessem na Terra, seriam bem aceitos, compreendidos, o que concorreria para diminuição do “peso” da Crosta Terrestre.

Se fossem reconhecidos como oriundos do Princípio Único, não haveria essas eternas brigas entre as religiões. Elas se digladiam por ignorarem e não compreenderem esse grande mistério.

Os cristãos brigam pelo Cristo, os budhistas, pelo Budha, e, assim, por diante; não sabem que Cristo e Budha eram portadores da mesma essência, filhos do mesmo Pai, apenas, vieram em épocas diferentes, porque, se viessem juntos, um neutralizaria o outro.

Chegaram a ponto de, não havendo solução de supremacia de uma ou de outra, dividirem o mundo em duas partes: o lado oriental ficaria pertencendo aos budhistas; o lado ocidental, aos cristãos. Encontraram, assim, uma solução pacífica para a crise.

As sucessões das religiões deveriam ser, as mais recentes, complementos da anterior, pois a essência única se manifesta de tempos em tempos, ampliando o conhecimento.

A não-aceitação do Avatara, em sua época, se dá por ciúme, por inveja daqueles que reconhecem Sua Superioridade e têm receio de perder o prestígio que conquistaram, ao terem que reconhecer suas fraquezas diante de Tão Colossal Presença.

O povo, esmagado pelo peso de conceitos errôneos, que as religiões lhe impõem, obrigando-o a aceitar tudo que lhe falam sem ter oportunidade de raciocinar, pois é preferível deixá-lo na ignorância, por ser mais fácil conduzi-lo aos seus propósitos.

Para o povo, é cômoda tal situação, pois o desobriga de pensar, porque pensar dói. Então, perseguem e difamam quem só quer o seu bem, chegando até a sacrificá-lo fisicamente, com mortes cruéis, de que a história está cheia.

Pergunta-se por que os Seres Divinos, portadores de tantos poderes, não se preservam de tais sacrifícios? A resposta é simples. Seu amor pela humanidade é tão grande, que, ao fazerem o sacrifício, estão dando-se em holocausto, para aliviarem o Karma da humanidade e, consequentemente, diminuirem o peso da Terra, evitando catástrofes maiores, pois, se, assim, não o fizessem, a humanidade estaria fadada a desaparecer da face do Planeta, vitimada pela sua própria ignorância, pois, uma vez consumado o deicídio do Régio Avatara, entra, imediatamente, em ação a Lei do Karma, que é automática, a fim de procurar restabelecer o equilíbrio.

Sucedem-se, então, tragédias locais, surgidas com os elementos da natureza em fúria, tais como terremotos, maremotos, movimentos sísmicos, inundações, secas, epidemias, vitimando milhares de pessoas, e todo o lastro terrivelmente destruidor, como reflexos naturais de atos, de palavras, de sentimentos e de pensamentos não-ponderados, não-amadurecidos, e, portanto, insensatos, imprudentes, tornando-se perigosos.

Vêm as famosas guerras de conquista, trazendo grandes impérios, além da destruição fatal, o saque, a violência e profanação dos lares, o aniquilamento total da virtude, representado já pela própria guerra como a maior das imoralidades.

E, sempre e sempre, a cavalgada trágica dos Quatro Cavaleiros do Apocalipse: domínio, guerra, peste e fome.

Qual terrível incêndio arrasador, que a tudo e a todos devora implacavelmente, as guerras, as revoluções, as hecatombes vão sucedendo-se, de tempos em tempos, de ciclo em ciclo, através da história, escrita com a tinta negra do ódio, do crime e das dissensões, arrastando multidões ao abismo, onde, finalmente, serão projetados pela grandiosa e inflexível força do mal humano...

Dentro do denso e negro véu, que encobre os tempos, surgem vultos terríveis, ameaçadores, fantasmagóricos, de espada em punho, refulgentes de Rigor, portanto, de Lei, e, agigantando-se, atiram-se com suas tremendas hostes sobre a humanidade, mergulhada no mar de iniquidades.

Ei-los que surgem através dos ciclos, como severíssimos cobradores kármicos; chamem-se Átila, Gênghis-Khan e Tamerlão, os três flagelos de Deus, redivivos em todas as épocas, ressurgindo, como tríade caótica, representada pelos necromânticos Hitler, Stalin e Mussolini, fazendo “pendant” sombrio para os Cavaleiros da Lei, já, agora, movidos pelo Mal humano, e não mais pelo rigor Divino.

Imaginemos, caso não houvesse uma redenção de parte do karma pelo Avatara, que proporções seria tal hecatombe.

Mas o pai não abandona seus filhos, e, a cada volta do ciclo, Ele renasce e, com todo o amor, vem ensinar-nos a transpor mais uma etapa evolutiva.

* Texto extraído das apostilas da Sociedade Brasileira de Eubiose. Saiba mais acessando o site http://eubiose.org.br ?

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A Ordem Internacional Estrela do Oriente A Ordem Internacional Estrela do Oriente

Francisco Feitosaisando a trazer à luz a origem, a história e o grandioso trabalho das Ordens Paramaçônicas em apoio à Ordem Maçônica, esta coluna, com

muito prazer, apresenta, através deste trabalho de compilação, a Ordem Internacional Estrela do Oriente. Para muitos, ainda, um tanto desconhecida e, até, confundida, pelos mais desinformados, como um segmento da Maçonaria Mista. Portanto, nosso trabalho é elucidar nossos leitores, fazendo uma breve apresentação da Ordem e os requisitos necessários para iniciação ou para instalação de um Capítulo.

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A Estrela do Oriente é uma Organização Paramaçônica e fraternal, onde fazem parte homens Maçons e mulheres acima dos 18 anos com parentesco maçônico.

Embora seja uma Ordem composta por pessoas de convicções profundamente espirituais, é aberta a todas as religiões, sem exceção. Não se trata, portanto, de seita, religião, Maçonaria Feminina ou Mista, tampouco de uma Sociedade Feminista.

Fundada, em 1850, pelo Advogado e Professor universitário, Mestre Maçom e Grão-Mestre do Estado de Kentucky, Irmão Robert Morris, nascido em Massachusetts, nos Estados Unidos, expandiu-se e hoje está presente em vários países: Estados Unidos, França, Inglaterra, Itália, Espanha, Alemanha, México, Panamá, Filipinas, Japão, Alaska, Porto Rico, Havaí, Austrália, Canadá e Brasil; contando com aproximadamente 1.200.000 membros, é a maior organização fraternal do mundo a que homens e mulheres podem pertencer.

A verdadeira origem da Ordem da Estrela do Oriente, como Ordem Paramaçônica, estará sempre envolta em mistério. Muitos pesquisadores acreditam que teve origem francesa, em 1703, sendo, para alguns, o primeiro lançamento de "Maçonaria Feminina" ou "Graus Andróginos" (graus para homens e mulheres), o que não é

verdade. Seu fundador, Robert Morris, jamais convencido de que todo o bem na Maçonaria deveria limitar-se aos homens, sentiu que ela deveria ser para toda a família maçônica. Sabendo que não poderia mudar os Landmarks da mesma, procurou algum método pelo qual as mulheres pudessem compartilhar com o Irmão Maçom na mesma inspiração, exigida para obras nobres".

Tais pensamentos, há anos, estavam sendo trabalhados, porém, somente, em 1850, quando esteve confinado em sua casa, depois de um acidente, o Irmão Morris desenvolveu, totalmente, a Ordem Estrela do Oriente

na sua forma atual de iniciação.Durante esse tempo, cuidadosamente,

organizou um conjunto de simbolismo e significados para ritualística,

conferindo, em um primeiro momento, graus a sua esposa e

filhas, e alguns vizinhos, dando início à Ordem.

Nesses 160 anos de existência, a Ordem tem se destacado por suas inúmeras obras de assistência, colocando-se como um alicerce social junto às Lojas

Maçônicas. Sua chegada ao Brasil se deu em agosto de

1997, no Rio de Janeiro, quando foram instalados quatro Capítulos:

“Electa”, “Grande Rio”, “Rio de Janeiro” e “Charlotte Mendenhall”.

Hoje existem mais de vinte Capítulos em São Paulo, oito no Rio de Janeiro, um em Minas

Gerais, um no Distrito Federal, um no Espírito Santo e um no Rio Grande do Sul, na cidade de Bagé.

Tem como propósito ressaltar valores morais, espirituais, edificar caráter, educar, fazer caridade e servir ao próximo, através de seus trabalhos ritualísticos e filantrópicos. Existe, entre seus membros, um elo fraternal, fazendo-os cada vez mais unidos. Criando oportunidades de servir ao próximo, sempre que for possível. Um dos grandes objetivos da Ordem é dar suporte à Ordem Internacional do Arco-Íris para Meninas e à Ordem Internacional das Filhas de Jó, incentivando-as à Liderança, dentro de Valores Morais.

O símbolo da Ordem é uma estrela de cinco pontas; cada ponta representa uma das cinco mulheres, que mereceram destaque na Bíblia: Adah

(filha de Nephthah), Esther (a rainha nobre), Electa (a Senhora Eleita), Martha (Irmã de Lázaro) e Ruth (A Colhedeira).

As reuniões do Capítulo são mensais e, obrigatoriamente, acontecem em um Templo Maçônico ou Salas Capitulares,

pois a Ordem necessita ser apoiada por uma Loja Maçônica.

Para a criação de um Capítulo da Ordem se faz necessário um corpo

maçônico patrocinador, que pode ser uma Loja Simbólica. Para tanto, a Loja deve aprovar o Patrocínio, que é, na prática, apenas, moral, visto que, por ser uma Ordem de adultos, deverá arcar com suas próprias custas. No entanto, o apoio será restrito ao que

diz respeito às instalações. A aprovação do patrocínio deve ocorrer em sessão regular da Loja, pois a data da aprovação deverá ser

informada em Formulário próprio para a instalação do Capítulo.

Para a formação de um Capítulo, é necessário um grupo inicial não-inferior a 18 membros, sendo no mínimo 16 do sexo feminino e 2 do sexo masculino (Mestre Maçom). Os documentos devem ser preenchidos e enviados ao Grande Capítulo Geral. Uma vez aprovado, um Delegado virá para presidir as eleições dos Oficiais e para realizar a Iniciação das candidatas e dos Maçons selecionados e suas instalações. Daí, para frente, o Capítulo passa a ter vida própria, podendo selecionar e iniciar os futuros membros.

Os principais requisitos são: acreditar em um Ser Supremo; ser pessoa de boa conduta moral; ter consciência de bom relacionamento de amizade,

fidelidade e irmandade para que possa fluir a harmonia e estar apto(a) ao trabalho beneficente.

Podem iniciar, em um Capítulo da Estrela do Oriente, esposas, filhas, noras, mães, irmãs, netas, bisnetas e viúvas de Mestre Maçom, que esteja regular com sua Loja Maçônica. Caso esse Maçom seja falecido, com a documentação da sua Loja Maçônica, atestando sua regularidade na época do falecimento. Os membros de maioridade (ou as jovens que tenham sido ativas por, pelo menos, três anos) da Ordem Internacional das Filhas de Jó ou da Ordem Internacional do Arco-Íris para meninas, desde que se cumpra o requisito da idade mínima de 18 anos (idade válida, também, para todas as categorias de parentesco Maçônico feminino).

Todo(a) candidato(a) deve ser indicado por dois Membros do Capítulo e preencher alguns papéis que serão fornecidos pelo Capítulo: petição para iniciação, comprovante de regularidade e conexão maçônica. Após a entrega desses documentos ao Capítulo, o candidato passará por uma sindicância. Sendo aprovado pelos sindicantes, sua petição será votada durante uma reunião ritualística. Os que forem aprovados por esse escrutínio secreto estarão aptos a ser iniciados na Ordem. Os interessados podem solicitar a petição a um Membro já iniciado, não sendo necessário aguardar por um convite do Capítulo.

A solicitação para iniciação em um Capítulo da Ordem deverá ser assinada pela candidata (o) e por mais dois membros do Capítulo, que a (o) recomendam, tendo, obrigatoriamente, que apresentar a regularidade. No caso de candidata, deverá ser apresentada a mesma documentação, incluindo a regularidade do Mestre Maçom cujo parentesco lhe permita a iniciação.

Diferente de um Capítulo da Ordem Demolay, somente, poderão assistir às reuniões os membros iniciados no Capítulo e que estejam regulares em suas Lojas Maçônicas. Nem mesmo Mestres Maçons ou autoridades maçônicas podem ter acesso à ritualística e aos segredos da Ordem se não forem iniciados. A perda do direito maçônico de qualquer Maçom, pertencente à Ordem, fá-lo-á perder seus direitos no Capítulo, mesmo que esteja regular na Ordem Estrela do Oriente. Porém, a perda dos direitos do Maçom não implicará privação do direito do membro feminino, cujo parentesco exista. Saiba mais acessando o Blog http://ordemdaestreladooriente.blogspot.com/

Agradecemos a prestimosa colaboração do Irmão Roilton Cunha, 33º, Chefe da Secretaria do Supremo Conselho do Grau 33º do R∴E∴A∴A∴ da Maçonaria para a República Federativa do Brasil e da Cunhada Juçara Baptista, do Capítulo Rio de Janeiro da Ordem Estrela do Oriente – RJ, que muito contribuíram para elaboração desta matéria. ?

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O Hino Nacional BrasileiroO Hino Nacional Brasileiro

Derly Alves*s vésperas de exercermos nosso direito de escolhermos o dirigente maior de nosso Brasil, devendo fazê-lo com responsabilidade,

apresentamos o belíssimo trabalho de pesquisa do meu querido confrade, da Academia Maçônica de Letras de Juiz de Fora, MG, Derly Alves, 33º, digno de elogios. O propósito desta matéria é o de, ao imaginarmos seus acordes retumbantes, sentirmos pulsar em nossas veias o sangue do patriotismo e despertamos para o exercício da cidadania.

ÀÀ

O Brasil do futuro, que queremos deixar para as próximas gerações, deverá ser construído hoje. Pensem nisso com responsabilidade!

Abaixo, a bela pesquisa do Confrade Derly: “A composição do nosso Hino Nacional foi

inspirada na lndependência do Brasil, tornando-se conhecido e popular por volta do ano de 1831, com o título de "Hino ao Sete de Abril", data em que o Imperador D. Pedro I abdicou a coroa ao seu filho D. Pedro II. No dia 13 do mesmo mês, partia D. Pedro I para Portugal, sendo o acontecimento muito festejado, por assumir o trono o Primeiro Monarca Brasileiro, Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Francisco Xavier de Paula Miguel Gabriel Rafael Gonzaga (nome completo de D. Pedro II), ascendendo ao trono do Brasil com apenas 6 anos de idade, ficando entregue à tutoria de José Bonifacio de Andrade e Silva, substituído, em 1883, pelo Marquês de Itanhaém. No decurso das manifestações de alegria do povo, o musicista Francisco Manuel da Silva fez executar um hino harmonioso que encheu de entusiasmo a multidão presente, ficando, no calendário fixado o dia 13 de abril como o "Dia do Hino Nacional".

Sebastião Ferrarini, em Armas, Brasões e Símbolos Nacionais, citando Euclides Bandeira em Respingos Históricos: o Hino Nacional veio das agitações do Brasil Império, sendo escrito para solenizar-se a Abdicação, de 7 de abril de 1831, cantado pela primeira vez no dia 13 de abril, quando D. Pedro I seguiu para a Europa.

A primeira letra do Hino Nacional, de autoria do piauiense Dr. Ovídio Saraiva de Carvalho e Silva, tinha 12 quadras e o seguinte estribilho: "Da Pátria o grito / Eis se desata / Desde o Amazonas / Até o Prata". Esse referido foi conservado quando, mais tarde, a letra foi substituída por outra alusiva à Coroação de D. Pedro II.

"Hino é a composição poética e musical em honra a algum fato histórico ou acontecimento. Assim, temos hinos em honra de heróis, de um partido, de um clube e, ainda mais, em honra de uma nação."

Focalizando dessa maneira, entendemos que o hino, em sua tessitura, diz da história e dos fatos da nação, sendo, portanto, a voz que proclama suas características, quer por seus feitos e glórias, quer por suas peculiaridades geopolíticas, sociais e históricas. O Hino Nacional Brasileiro está, realmente, dentro dessa concepção.

Somente em 1841, por ocasião da coroação de D. Pedro II, recebeu nova letra e, a partir daí, foi considerado Hino Nacional; até então, cantava-se o Hino com a letra de Ovídio Saraiva. Com o advento da Proclamação da República, era impositiva sua substituição, e, com esse objetivo, abriu-se um concurso para a escolha de um novo Hino, que deveria, oficialmente, ser consagrado como o Hino Nacional Brasileiro.

Coube ao compositor e maestro carioca, Leopoldo Américo Miguez, lograr o primeiro lugar dentre as composições apresentadas, cuja premiação de "vinte contos de réis'' foi, pelo vencedor, doada ao Instituto Nacional de Música, entidade que, mais tarde, foi dirigida por ele mesmo.

O julgamento final do concurso ocorreu em 20 de janeiro de 1890. Atualmente, 20 de janeiro é

feriado na cidade do Rio de Janeiro, consagrado ao seu Padroeiro (São Sebastião); segundo consta, data em que se instalou, no Salão Nobre do Teatro Lírico, o ”órgão”, cuja substituição por um elétrico só ocorreu por volta de 1954.

Embora tenha, Leopoldo Miguez, obtido o primeiro lugar e, consequentemente, recebido a premiação, o povo presente se manifestou pela manutenção do "Hino antigo", cuja aprovação teve o aval do próprio Presidente da República, o Maçom, Marechal Deodoro da Fonseca.

A composição vitoriosa de Leopoldo Miguez ficou, oficialmente, reconhecida como o Hino da Proclamação da República.

A letra do Hino Nacional Brasileiro é do professor e jornalista Joaquim Osório Duque Estrada, autor de várias poesias, e a música de Francisco Manuel da Silva é o símbolo sonoro da Pátria, cujas versões musicais, execução e apresentação foram regulamentadas em lei. Tendo sido oficializado em 1890 por determinação do Governo Provisório da República, através do Decreto nº 171, de 20 de

janeiro de 1890, sua existência data, no entanto, dos primeiros decênios do século passado. Encontram-se, na Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, os originais do poema do Hino Nacional Brasileiro, contendo as modificações feitas pelo próprio Duque Estrada, com destaque bem visível na 2° Estrofe: onde se lê "Entre as ondas do mar e o céu profundo!”, leia-se “Ao som do mar e à luz do céu profundo”; onde se lê "o pavilhão", leia-se "o lábaro".

Com referência às obrigações e à violação de qualquer símbolo nacional - Bandeira Nacional, Hino Nacional, Armas Nacionais e o Selo Nacional – contidas na legislação pertinente, Lei 5.700/1971, destacamos dois artigos:

"Art. 39 - É obrigatório o ensino do desenho e o significado da Bandeira Nacional, bem como o do canto e da interpretação da letra do Hino Nacional em todos os estabelecimentos de ensino, públicos ou particulares, nos

primeiros e segundos graus”; Art. 40 - Ninguém poderá ser admitido no serviço público

sem que demonstre conhecimento do Hino Nacional". Infelizmente, como a grande maioria das leis de

nosso país foram feitas para permanecerem no papel, ou, simplesmente, para serem interpretadas e pouco cumpridas, indagamos se os dispositivos legais, acima enumerados, estariam sendo exigidos? Vamos um pouco além: entendemos que a admissão no Serviço Público abrange todo e qualquer cidadão ou cidadã, que passa a exercer a função pública remunerada, que vai desde o Presidente da República, Ministros, parlamentares, até o último funcionário do menor município brasileiro. Será que todos esses senhores e senhoras sabem cantar, corretamente, o nosso Hino Nacional?”

*O autor é MI, 33º, escritor e acadêmico, membro da Academia Maçônica de Letras de Juiz de Fora-MG. ?

a b Traje Maçônico – Terno x BalandrauTraje Maçônico – Terno x Balandrau

Marcus Sant'Anna*bservamos, primeiramente, que “Traje” significa: “vestuário habitual; vestuário próprio de uma profissão ou atividade; vestes”. Como o traje

em questão é o “maçônico”, dependendo da Potência, encontramos uma regularização para essa vestimenta no Regulamento Geral e/ou nos Rituais.

OOEm geral, é estabelecido que o “Traje Maçônico”

compreende: “terno escuro (preto ou azul marinho), camisa branca, gravata preta, meias e sapatos pretos”, ou Balandrau, em Sessões Econômicas.

Tendo em mente que a Maçonaria Moderna (Sistema Obediencial) foi criada no séc. XVIII (1717) e pesquisando a origem de ambos os trajes, em uma rápida busca na Internet, encontramos alguns dados interessantes de um Trabalho bem mais longo e abrangente, feito por acadêmicos do Curso de Tecnologia do Vestuário da UNISEP (União de Ensino do Sudoeste do Paraná):

“Do final do século XIX ao início do século XX, para os homens, o traje aceito para todas as ocasiões formais, ainda, era a sobrecasaca e a cartola. Porém, o terno, usado com um chapéu homburg, era, cada vez mais, visto em Londres” (Laver, 221).

“... só a partir do final da 1º Guerra Mundial (1914 – 1918), as roupas masculinas caminham em direção à informalidade. O terno passou a ser usado habitualmente; depois de 1922, ficou mais curto e não possuía abertura atrás, e as calças passaram a ser extremamente largas, vendo-se, apenas, o bico dos sapatos”.

“Todas essas mudanças instituíram para o homem o terno como traje formal e, a partir da década de 70, este passa a ter duas peças e não mais três ”(Vicent-Ricard, 1989).”

Observamos que, por definição, “terno” é um vestuário de três peças (calça, colete e paletó). Ao passar para duas peças (calça e paletó), muda sua característica e deveria chamar-se de “duque” ou “parelho”. Como o processo foi gradativo, as Lojas de roupas e a população continuaram com o termo “terno”, embora erradamente.

Se procurarmos, no dicionário do Aurélio, as palavras “duque” e “parelho”, encontraremos, respectivamente: “vestuário masculino constituído por paletó e calça de igual fazenda e cor (usa-se geralmente o termo “terno”, embora de modo impróprio)” e “roupa de homem (calça e paletó)”.

Como podemos ver na história desse vestuário, regulamentado como “traje maçônico”, não há nenhum respaldo histórico maçônico, tampouco é estabelecido seu uso pela Maçonaria Universal.

O balandrau, por especificação, é uma antiga vestimenta talar, mangas largas e com capuz. Essa vestimenta talar, sem o capuz, é chamada de “beca”. Foi utilizado por milênios, em diversas culturas, como veste de Sacerdotes, Filósofos, Religiosos, Ocultistas, etc. Muitos homens, que fizeram a história da civilização humana, usaram balandrau. O Mestre Jesus usou balandrau...

Na Maçonaria Operativa, o franco-maçom utilizava o balandrau em suas viagens de trabalho, mas não no trabalho. É uma vestimenta de simples confecção e de custo barato. Sua capacidade de uniformizar, visualmente, um grupo é expressiva e mantém ocultas as diferenciações de classe sócio-econômica. Indiscutivelmente, iguala, simbolicamente, a todos, e é isso que a doutrina maçônica prega. Porém, assim como o terno, também, não é de uso da Maçonaria Universal, não possuindo respaldo histórico maçônico universal.

Como vimos, ambas as vestimentas, estabelecidas pela regulamentação de várias Potências, não possuem respaldo na tradição maçônica universal. Não possuem origem simbólica, determinada pela Maçonaria Moderna Universal; como, por exemplo, as “Ferramentas de Trabalho – esquadro, nível, prumo, compasso, etc.”, ou “o Painel da Loja”, e assim por diante. São, única e simplesmente, vestes regulamentares, estabelecidas pela Potência, cujo objetivo maior é alcançar uma uniformização visual dos membros.

Esse procedimento é respaldado pelos Regulamentos Gerais de 1721, em seu artigo 39º, que dá à Potência autoridade para fazer novas regras, desde que preservados os Landmarks. Não vemos, por isso, nenhuma censura a fazer pelas opções de vestes.

Contudo, o homem, por sua natureza, não gosta da coisa simples e acabada; tem que questionar, tem que trazer mais próximos aos seus conceitos e opções pessoais. Tem que ser mais ao seu gosto próprio. E, aí, começam os problemas...

Há Irmãos que, por diversos motivos, são mais simpáticos ao terno; outros, ao balandrau. Surge, então, a postura discriminatória dos Irmãos “ternistas” com os que optam pelo uso do balandrau e, muitas vezes, têm essa opção, até por questões de condicional de vida profana.

Algumas Potências, em alguns estados brasileiros, sob a influência desses Irmãos “ternistas”, estabelecem regras, obrigando o Aprendiz e o Companheiro a usarem terno, mesmo em Sessões Econômicas. Em outras palavras, Irmãos médicos, militares, professores e outros profissionais, que, por ofício profano, são obrigados a utilizar vestimentas variadas, inclusive terno de outra cor, e necessitam ir do trabalho direto para a Loja, são obrigados a assistir às Sessões de terno preto, criando-lhes mais empecilho de se manter na Ordem do que de ingressar nela.

Como podemos explicar, maçonicamente, aos nossos Aprendizes e Companheiros que a “não exigência do terno” faz parte da “plenitude dos direitos maçônicos”, alcançada pelo Mestre? Isso seria um absurdo maçônico!

Como explicar, maçonicamente, a esses jovens Maçons que a “Igualdade”, já desde a 1ª Sessão, também, é o Irmão poder apresentar um terno de R$ 1.000,00, e outro, por questões de seus recursos financeiros, uma mistura de calça de um terno já acabado com o paletó de outro, também, acabado?

Como justificar, maçonicamente, que, numa Sessão Magna Fechada, como uma Iniciação, Elevação ou

Exaltação, onde só Maçons estão presentes, haja exigência do uso do terno, vestimenta totalmente profana?

Usando o bom senso, quando há uma Sessão Branca, cuja razão, em essência, é uma relação social entre o mundo maçônico e o mundo profano, compreendemos a uniformização através do terno. É a integração social, onde a “imagem” estilizada é pertinente.

Essa questão de “terno x balandrau”, já gerou diversas violências verbais dentro de Sessão, ocasionando desarmonia e graves conseqüências, inclusive, rompimento de relação e, às vezes, afastamento da Loja.

Já ouvi, de mais de um Mestre Maçom, a lamentável observação de que “Na minha época eu tive que passar por isso;

foi terrível, mas eu passei. Porque ele, também, não pode passar?”, esquecendo que o Maçom é um eterno aparador de arestas. Que uma das responsabilidades do M∴M∴ é proteger seus irmãos mais novos e lutar pelo bem-estar da sociedade, incluindo a maçônica.

O mais interessante é que seja quem esteja usando o “terno” ou o “balandrau”, ambos não estão atendendo à regulamentação da Potência, já que, em verdade, se tivermos que ser “exigentes”, o que quase a totalidade dos Irmãos utiliza em Sessão é o duque ou a beca, e não o terno ou o

balandrau, como é estabelecido no Regulamento. E, agora, José? Cito um pensamento de

Shakespeare: “Homem, oh, orgulhoso homem, vestido numa fugaz e pequena autoridade, ignorante daquilo de que tem mais certeza, como um macaco furioso, faz

coisas tão absurdas perante o céu, que provoca lágrimas nos anjos!”

Se colocarmos a palavra “Maçom” em um site de pesquisa, no link de “imagens”, encontraremos dezenas de milhares de fotos e gravuras. Encontraremos homens vestidos de fraque, terno, balandrau, camisas de manga comprida e curta, sem chapéu, com chapéu, com cartola, etc. A variedade é imensa, pelo mundo todo.

Só existe uma coisa em comum a todos esses homens que os faz ser identificados como Maçom: o Avental Maçônico. Essa é, verdadeiramente, a vestimenta universal que identifica um Maçom. Sem o avental, nós não o identificaríamos como tal.

É necessário que reflitamos, profundamente, sobre isso, em prol de uma maior harmonia entre os Irmãos, com maior integração fraterna e uma melhor operacionalização profana de nossos Aprendizes e Companheiros em sua senda ao mestrado. ?*O autor é o ex-Grande Bibliotecário da GLOMEAL – Grande Loja Maçônica do Estado de Alagoas e criador do “Grupo E-mail Semanal”, divulgador de cultura maçônica para vários Irmãos de todo o Brasil.

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Ganhei CoragemGanhei CoragemRubem Alves

esmo o mais corajoso entre nós só raramente tem coragem para aquilo que ele realmente conhece, observou Nietzsche. É o meu caso. Muitos

pensamentos meus, eu guardei em segredo, por medo. Alberto Camus, leitor de Nietzsche, acrescentou um detalhe acerca da hora em que a coragem chega: "Só, tardiamente, ganhamos a coragem de assumir aquilo que sabemos". Tardiamente, na velhice. Como estou velho, ganhei coragem.

MMVou dizer aquilo sobre que me calei: "O povo unido

jamais será vencido". É disso que eu tenho medo. Em tempos passados, invocava-se o nome de Deus como fundamento da ordem política. Mas Deus foi exilado, e o "povo" tomou o seu lugar: a democracia é o governo do povo. Não sei se foi bom negócio; o fato é que a vontade do povo, além de não ser confiável, é de uma imensa mediocridade. Basta ver os programas de TV que o povo prefere.

A Teologia da Libertação sacralizou o povo como instrumento de libertação histórica. Nada mais distante dos textos bíblicos. Na Bíblia, o povo e Deus andam sempre em direções opostas. Bastou que Moisés, líder, se distraísse na montanha para que o povo, na planície, se entregasse à adoração de um “Bezerro de Ouro”. Voltando das alturas, ficou tão furioso, que quebrou as Tábuas com os Dez Mandamentos.

E a história do profeta Oseias, homem apaixonado! Seu coração se derretia ao contemplar o rosto da mulher que amava! Mas tinha ela outras ideias. Amava a prostituição. Pulava de amante a amante enquanto o amor dele pulava de perdão a perdão. Até que ela o abandonou. Passado muito tempo, Oseias perambulava solitário pelo mercado de escravos. E o que foi que viu? Viu sua amada sendo vendida como escrava. Não teve dúvidas. Comprou-a e disse: "Agora você será minha para sempre".

Pois o profeta transformou a sua desdita amorosa numa parábola do amor de Deus. Deus era o amante apaixonado, o povo era a prostituta. Ele amava a prostituta, mas sabia que ela não era confiável. O povo preferia os falsos profetas aos verdadeiros, porque os falsos lhe contavam mentiras. As mentiras são doces, a verdade é amarga.

Os políticos romanos sabiam que o povo se enrola com pão e circo. No tempo dos romanos, o circo eram os cristãos sendo devorados pelos leões. E como o povo gostava de ver o sangue e ouvir os gritos! As coisas mudaram. Os cristãos, de comida para os leões, se transformaram em donos do circo. O circo cristão era diferente: judeus, bruxas e hereges sendo queimados em praças públicas. As praças ficavam apinhadas

com o povo em festa, se alegrando com o cheiro de churrasco e os gritos.

Reinhold Niebuhr, teólogo moral protestante, no seu livro "O Homem Moral e a Sociedade Imoral", observa que os indivíduos, isolados, têm consciência. São seres morais. Sentem-se "responsáveis" por aquilo que fazem. Mas, quando passam a pertencer a um grupo, a razão é silenciada pelas emoções coletivas.

Indivíduos, que, isoladamente, são incapazes de fazer mal a uma borboleta, se incorporados a um grupo, tornam-se capazes dos atos mais cruéis. Participam de linchamentos, são capazes de pôr fogo num índio adormecido e de jogar uma bomba no meio da torcida do time rival. Indivíduos são seres morais, mas o povo não é moral. O povo é uma prostituta que se vende a preço baixo. Seria maravilhoso se agisse de forma racional, segundo a verdade e segundo os interesses da coletividade. É sobre esse pressuposto que se constrói a democracia.

Mas uma das características do povo é a facilidade com que é enganado. É movido pelo poder das imagens, e não pelo poder da razão. Quem decide as eleições e a democracia são os produtores de imagens. Os votos, nas eleições, dizem quem é o artista que produz as imagens mais sedutoras. O povo não pensa,

somente os indivíduos pensam. Mas ele detesta os indivíduos que se recusam a ser assimilados à coletividade. Uma coisa é a massa de manobra sobre a qual os espertos trabalham. Nem Freud, nem Nietzsche, nem Jesus Cristo confiavam no povo. Jesus foi crucificado pelo voto popular, que elegeu Barrabás.

Durante a revolução cultural, na China de Mao-Tse-

Tung, o povo queimava violinos em nome da verdade proletária. Não sei que outras coisas é capaz de queimar. O nazismo era um movimento popular. O povo alemão amava o Führer. O povo, unido, jamais será vencido!

Tenho vários gostos que não são populares. Alguns já me acusaram de gostos aristocráticos. Mas, que posso fazer? Gosto de Bach, de Brahms, de Fernando Pessoa, de Nietzsche, de Saramago, de silêncio; não gosto de churrasco, não gosto de rock, não gosto de música sertaneja, não gosto de futebol.

Tenho medo de que, num eventual triunfo do gosto do povo, eu venha a ser obrigado a queimar os meus gostos e a engolir sapos e a brincar de "boca-de-forno", à semelhança do que aconteceu na China.

De vez em quando, raramente, o povo fica bonito. Mas, para que esse acontecimento raro aconteça, é preciso que um poeta entoe uma canção, e o povo escute: "Caminhando e cantando e seguindo a canção". Isso é tarefa para os artistas e educadores. O povo que amo não é uma realidade, é uma esperança. ?

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a FilmeFilme b“Um Mundo Bem Melhor” http://www.ummundobemmelhor.com.br/VersaoBrasileira.aspx é a versão

brasileira do projeto “We Are The World”. Um vídeo produzido por artistas e produtores brasilienses que, seguindo o exemplo da versão original do projeto, aceitaram doar seus esforços e seus talentos em prol de uma causa maior. Uma homenagem que Brasília oferece para o mundo em seu cinquentenário de fundação, com o intuito de despertar a solidariedade e o altruísmo que existem em cada um de nós.

a Portal MaçônicoPortal Maçônico bO Portal Maçônico ENTRE IRMÃOS www.entreirmaos.net foi, totalmente, reformulado. Durante os próximos dias

estaremos apresentando várias novidades. Nele, você poderá encontrar nossa Revista Arte Real, para download, com todas as edições já publicadas, Livros Virtuais, etc.

Solicitamos aos Irmãos responsáveis pelos sites, que, também, disponibilizam nossa Revista para donwload, que entrem em contato conosco, a fim de atualizarem os links das Revistas publicadas.

Paulatinamente, estaremos promovendo enquetes com temas de interesse maçônico, assim como divulgando eventos maçônicos de cunho cultural, links maçônicos e assuntos de interesse da Ordem. Acesse e desfrute do Portal, especialmente, criado para a Família Maçônica.

O Portal tem espaço exclusivo para divulgação de empresas/produtos/serviços dos Irmãos e seus familiares. Basta entrar em contato conosco, através do e-mail [email protected] que teremos o prazer de orientar como você poderá divulgar sua marca para todo universo da Internet.

Acesse nosso Portal deixando seu comentário e nos ajude a chegar a excelência desse trabalho!

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rte Real é uma Revista maçônica virtual, de publicação mensal, fundada em 24 de fevereiro de 2007, com registro na ABIM – Associação Brasileira de Imprensa Maçônica – 005-JV, que se apresenta como mais um canal de informação, integração e incentivo à cultura maçônica, sendo

distribuída, gratuitamente, via Internet, para 15.503 e-mails de Irmãos de todo o Brasil e, também, do exterior, além de uma vasta redistribuição em listas de discussões, sites maçônicos e listas particulares de nossos leitores. Sentimo-nos muitíssimo honrados em poder contribuir, de forma muito positiva, com a cultura maçônica, incentivando o estudo e a pesquisa no seio das Lojas e fazendo muitos Irmãos repensarem quanto à importância do momento a que chamamos de “¼ de Hora de Estudos”. Obrigado por prestigiar esse altruístico trabalho.

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Editor Responsável, Diagramação, Editoração Gráfica e Distribuição: Francisco Feitosa da Fonseca - M∴I∴ - 33ºRevisão Ortográfica: João Geraldo de Freitas Camanho - M∴I∴ - 33º Colaboradores nesta edição: Edivaldo Ribeiro – Derly Alves – Marcus Sant'anna – Rubem Alves

Empresas dos Irmãos Patrocinadores:Adalberto Domingues Advocacia - Arte Real Software – CFC Objetiva Auto Escola – CONCIV – Corrêa de Souza Advocacia - Decisão Gestão Empresarial – Igor Multimarcas - López y López Advogados – Olheiros.com – Ótica Santa Clara - Perícias & Avaliações - Pousada Mantega - Qualizan – Reinaldo Carbonieri Eventos – Restaurante Oca dos Tapuias - Santana Pneus – Studio Allegro.

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Temos um encontro marcado na próxima edição. Tenham todos uma boa leitura!a b