Vladimir Maiakovski Em frente, marche! Basta de falar! O tempo … · 2019-08-30 · À esquerda!...
Transcript of Vladimir Maiakovski Em frente, marche! Basta de falar! O tempo … · 2019-08-30 · À esquerda!...
À esquerda!Vladimir Maiakovski
Em frente, marche! Basta de falar!O tempo dos oradores já passou.Hoje tem a palavrao camarada Mauser!Não há outra lei senão a da natureza.Somente Adão e Eva estão com a verdade.Abaixo as leis, abaixo as cadeias!
Fustiguemos a carroça da história.À esquerda, à esquerda, à esquerda!Em frente, à conquista dos Oceanos!Tendes canhões em vossos navios de aço.Já esquecestes como os fazer falar?que a coroa abra uma goela quadrangular,que o leão britânico rujaque importa?A comuna está em marchae manterá a vitória!À esquerda, à esquerda, à esquerda!
Aqui é a sombra e a morte, mas lá longe,do outro lado das montanhas,o sol se levantou sobre um mundo novo.Lá, além das planícies,o solo estremece sob os passos inumeráveisde homens impávidos e livres.Camaradas, nós somos um rochedo de granito.Os bandidos da Entente se arremessam contra ele.Mas nada abaterá a Rússia Soviética.À esquerda, à esquerda, à esquerda!Eles não puderam furar os olhos atilados da águiaque olha e compreende as lições do passado.
Avante, pois, meu povo, e, já que o pegaste,estrangula teu carrasco!A trombeta dos bravos já soou o alarme.Nossos estandartes aos milhares avermelham o céu.Só a rota dos traidores é que conduz à direita.À esquerda, à esquerda, à esquerda!
sumário
Apresentação 03Editorial 04
Uma crise de longa duração 08
Reordenamento dos de cima e reorganização dos de baixo
PSOL na encruzilhada: é preciso defender o projeto original
PSOL: ou vai ou racha 64
12
18
22
52
38
42
A revolução no centro da estratégia
Século XX: da coerência estratégica à desarticulação das lutas
Em defesa do ecossocialismo 36
Contribuição sobre as lutas estratégicas
Reorganização da classe e seus instrumentos
Os bons fundamentos de uma organização revolucionária
militante nos dias atuais
48
60
Expediente:Essa publicação é de responsabilidade da Comissão de Ligação CSOL-Enlace, cujos membros são: Alvaro Neiva, Ana Carvalhaes, Bernardo Pilotto, Camila Valadão, Eduardo d’Albergaria, Fernando Silva, João Machado, José Correa, Junia Gouveia, Leandro Dias, Liliana Maiques, Veraci Alimandro.
apresentação
O
“Cantamos porque chove sobre o sulcoe somos militantes desta vidae porque não podemos nem queremosdeixar que a canção se torne cinza
“Aqui é a sombra e a morte, mas lá longe,do outro lado das montanhas
o sol se levantou sobre um mundo novo.Lá, além das planícies,
o solo estremece sob os passos inumeráveisde homens impávidos e livres.
A
Por joão machado*
uma crise de longa duração
situação internacional
* Economista, professor da PUC SP e membro da Coordenação Nacional do Enlace
8
Ferocidade contra o custo da mão-de-obra
Atacar a fundo os dogmas do Capital
“... para dinamizar o
capitalismo europeu, pretende-se aproximar o custo da mão de obra nos países mais fracos tecnologicamente da Europa do custo de
mão de obra dos trabalhadores mais
explorados do mundo.
“Romper com capitalismo é a alternativa realista
“ Há outra questão que coloca toda a possibilidade de saída burguesa da crise numa luz
ainda mais desfavorável: vivemos uma crise mais lenta e, por enquanto, menos visível do que a
crise econômica mundial, mas mais profunda:
a crise ambiental.
“
O
Por ana carvalhaes*
Reordenamento dos de cima e reorganização dos de baixo
situação internacional
* Jornalista e integrante da Coordenação do Coletivo Socialismo e Liberdade
Crise do neoliberalismo
É
A reconstrução em tempos hostis
* Jornalista e membro do Coletivo Socialismo e Liberdade
Por FERNANDO SILVA*
A revolução no centro da estratégia
estratégia, programa e sujeito
Mas o tempo urge
Os dilemas na superação da estratégia demo-crático-popular
“... o programa não se resolve
um programa de bandeiras exclusivamente socialistas ou máximas. E nem se resolve com uma fórmula pronta.
Os programas não são imutáveis
“
P
Revolução, crise revolucionária e necessidade da estratégia
Por josé correa*
Século XX: da coerênciaestratégica à desarticulação das lutas
estratégia, programa e sujeito
A revolução leninista na política
Hipóteses estratégicas no século XX
O acordo sobre o sujeito revolucionário
Globalização neoliberal: novo período histórico do capitalismo
“Novas questões emergem:
o papel dos estudantes e da juventude, a discussão da
democracia socialista, a luta pela libertação das mulheres e o feminismo, a luta anti-racista, as mobilizações de gays e lésbicas, a crítica do
consumismo, o debate ambiental e do movimento ecologista. Mas o debate permanece, no sentido
estratégico, essencialmente referenciado pela experiência
russa de 1917 e pelas guerras de guerrilha.
“
PARTE II
As mudanças em curso e a perda da coerência com o
passado
Mudanças na morfologia do capitalismo
Mudanças na relação entre a sociedade e a biosfera: a crise ecológica
“A impossibilidade do
crescimento econômico ilimitado questiona também o imaginário socialista. Não se pode mais imaginar um
futuro onde prioridades
e escolhas não terão que ser feitas, isto é imaginar o
desaparecimento da política.
“
Mudanças na estrutura da classe
outsourcings
Mudanças na racionalidade do capitalismo
Mudanças no sistema internacional
Mudanças nos sistemas políticosUma primeira conclusão
Interpretar para trans-formar
Um programa de superação do
desenvolvimentismo
Um programa de superação do capitalismo
PARTE III
Reconstruindo os laços de um projeto de poder socialista
“Um programa revolucionário
é inócuo sem o respaldo das maiorias nacionais,
embora os sujeitos sociais com potencialidades anti-
sistêmicas se tornam conservadores na ausência
de um programa de transformação social.
“
Enraizamento social e presença estratégica
(Re)conquistar a inde-pendência de classe
geração política
Expressar a radicalidade
interesses gerais e universais
Algumas diretrizes organizativas
“E a revolução é a
democratização radical da política no âmbito de toda
a sociedade, o processo pelo qual as maiorias se tornam
ativas na esfera política.
“
Redes e partidos; mas que partidos?
Uma recomposição do conjunto do movimento socialista
Hegemonia e construção de uma nova narrativa comum
O papel central da juventude
A tradição da conciliação de classes
O espaço para uma alternativa ao lulismo
Repensar o desenvolvimento
Lutas e atores estratégicos para uma alternativa revolucionária
A integração sul-americana como imperativo
“E A política pode e deve ser
internacionalista de maneira concreta, na solidariedade
nas lutas, na troca de experiências, na constituição
de projetos políticos e iniciativas comuns entres os revolucionários de diferentes
países.
“
As condições políticas atuais, no Brasil e na maior parte da América Latina, não permitem colocar a questão de uma mudança revolucionária do poder na ordem do dia. Os regimes políticos estabeleci-dos na região parecem estáveis (à exceção da Ve-nezuela, em que a direita explora a situação criada pela morte de Chávez). Além disso, a existência de correntes democráticas progressistas dá ao sistema capitalista alternativas diante de cenários de radi-calização política. E, no Brasil, o país-chave na região, a hegemonia
burguesa exercida mediante o condomínio político
legitimidade sólida. Mas o marco de crise de civili-zação repercute também no continente e em nosso país. Envolve a crise estrutural do capitalismo glo-bal, as questões ambiental, energética, alimentar etc, e a mobilização internacional da juventude. E quatro anos após a crise de 2008, o início da desa-celeração da China prenuncia anos difíceis para as economias da América Latina e do Brasil. Um parti-do político de esquerda precisa, para mover-se com
um caminho pelo qual ambiciona conquistar o po-der e impulsionar a mudança social. A América Latina foi a única região do mundo
onde, depois de 1999, movimentos políticos de corte progressista chegaram ao governo, tomando iniciativas democratizadoras e redistributivas. Esta tendência retoma não apenas as experiências po-pulistas, mas também aquela vivida pelo Chile sob Allende – interrompida pelo golpe de 1973, então a resposta padrão dos EUA a avanços progressistas na região. No ciclo atual, assistimos o mesmo con-tra os governos Chávez e Evo, mas agora eles foram derrotados pela mobilização popular e pelo alinha-mento da maioria das Forças Armadas com os go-vernos eleitos, além de contarem com o “guarda--chuva” ambíguo do governo brasileiro. Nos casos da Argentina e do Equador, políticos “rosas” como Kirchner e Correa chegaram ao governo depois de profundas crises de governos neoliberais. Globalmente, a difusão de regimes liberais e
a redução dos golpes militares pode ser asso-ciada às condições do neoliberalismo mundia-lizado e à ausência de alternativas ao capita-lismo dotadas de credibilidade popular; mas a institucionalidade burguesa estendeu muito sua capilaridade. As instituições e processos do estado burguês não podem simplesmente ser ignoradas; grande parte da luta por direitos passa por disputá-las.
Na Europa e EUA, por outro lado, a ausência de alternativas reais disputando processos eleitorais retira legitimidade dos sistemas políticos, como
único país onde se acumula uma alternativa crível às políticas de austeridade, a Grécia, temos um par-tido político que se projeta estrategicamente como alternativa de governo pela participação eleitoral, o Syriza. As revoluções democráticas no mundo árabe, poderosas insurreições populares urbanas, também deram lugar a regimes parlamentares, com a esquerda e os movimentos populares conti-nuando a disputar políticas com os governos elei-tos através da continuidade da mobilização social.Ao que tudo isso parece apontar é que um movi-
mento revolucionário que busque o poder tem que se equilibrar entre dois pólos, atuando dentro do sistema político e fora dele, dentro das instituições do Estado e contra elas, procurando ultrapassá-las,
-tadoras são, em nosso continente, por demais evi-dentes para não se transformarem em um proble-ma chave da estratégia revolucionária. A estratégia não pode restringir-se a participar, mas participar do Estado para desbordá-lo pela reapropriação da atividade política diretamente pelas massas. Um governo popular deve estar antes de tudo na rua, se quiser ajudar a criar condições de desenvolver mudanças estruturais.Neste sentido, um partido revolucionário amplo
deve ser a expressão política de um movimen-to igualmente político mais estendido, capaz de irradiar-se pelos diferentes setores e criar legitimi-dade para esta reapropriação, dialogando perma-nentemente com os movimentos sociais, dos mais moderados aos mais radicais, com a juventude e a intelectualidade crítica. Mas um processo político deste tipo só pode ser constituído a quente, a partir de uma série de experiências “formadoras”, anco-rados em movimentos fortes e independentes.O problema-chave na atual conjuntura, no caso
do Brasil, é desenvolver uma política consistente de construção e disputa do PSOL para que este tipo de partido seja capaz de ser a expressão dos lutadores sociais, sem abrir mão da intervenção no terrento
ainda maior se observarmos que a liderança ma-joritária do PSOL ainda não fez um ajuste de con-tas com a sua experiência petista e move-se com o
anacronismo que as condições do presente e do fu-turo atropelará de maneira implacável.
Uma hipótese estratégica para o Brasil
Socialismo
Democrático
Ecológico.
* Membro da coordenação do setorial Ecossocialista do PSOL
Por beto banwart*
em defesa do ecossocialismo
estratégia, programa e sujeito
Libertário.
O
* Militante da Setorial de Política sobre Drogas do PSOL
Sobre opressões e a pauta libertáriaPor juliana caetano*
estratégia, programa e sujeito
Opressão e medo
Daquilo que não podemos abrir mão
“ As opressões se
alimentam do medo, que, disseminado pelos
gestores do sistema permanentemente, se traduz em medo da classe trabalhadora, a classe perigosa, a mais interessada na
transformação radical do sistema.
“
Um convite à Revolução
“ O capitalismo precisa
ter a quem culpar pelas mazelas da sociedade e investe em convencer a sociedade de que agora o mal é a droga, logo o
“
N
reorganização da classe e seus instrumentosPor jorge luis martins*
estratégia, programa e sujeito
* Advogado e membro do Coletivo Socialismo e Liberdade
Relação da luta política com a luta econômica
“carreira”
Independência dos partidos e politização da classe
“ A posição que a central e os
sindicatos devem buscar pôr em prática é a de que o/a
militante socialista, no trabalho sindical, deve assumir com a mais profunda dedicação,
todas as demandas concretas de cada categoria, mas o faz
tais reivindicações àquelas do conjunto dos trabalhadores e
trabalhadoras
“
E Um diálogo com o espontaneísmo e o sentimento anti-partido
Por bid teixeira*
* Professor e membro da coordenação nacional do Enlace
0s bons fundamentos de uma organização revolucionária
organização
A construção do partido é tarefa permanente
A organização e a parcela ativa da classe
De volta ao centralismo e uma cultura de
“No interior de uma corrente
política democrática, as divergências que aparecem
são divergências táticas: a partir de um objetivo
estratégico comum, qual é o melhor caminho para
alcançá-lo?
“
A Conceitos iniciais para o debate
* Jornalista e membro do Coletivo Socialismo e Liberdade
Por FERNANDO SILVA*
os desafios de uma Organização militante nos dias atuais
organização
O marxismo revolucionário é para a ação
Ganhar a juventude para a ideia de organização
A busca por uma relação correta entre parti-do e movimento
“... o respeito à autonomia
de base da organização na intervenção concreta na
disputa do movimento são condições indispensáveis para uma saudável e democrática concepção de organização
“ Mandatos subordinados à organização e não acima dela
O critério da generosidade
A relação da organização com a Internacional
A concepção geral que rege o processo de aproxi-mação e busca de formação de uma nova organiza-ção marxista revolucionária é o internacionalismo militante. É a compreensão de que a luta anticapi-talista e pela revolução é internacional, que a cons-trução de outro modelo de sociedade e civilização não é compatível com a manutenção do capitalis-mo como sistema dominante no planeta.
caráter internacional da revolução socialista, de que a classe trabalhadora e os oprimidos não têm fronteiras, nossa luta é para que a consciência de classe não se resuma a uma consciência de “clas-se nacional”. E isto se materializa naturalmente na busca de uma organização internacional dos trabalhadores e do engajamento dos marxistas nesta tarefa. Neste marco se coloca o debate sobre qual seria
o estatuto correto na relação com a IV Interna-cional no caso de que a atual aproximação entre CSOL e Enlace resulte em uma nova organização. Estrategicamente a busca é para que a nova or-
-tegral. Mas embora as duas correntes tenham re-lações com a IV na condição de observadores o
mais concreta no terreno nacional, e com ritmos de conhecimento e entendimento mais lentos em relação ao que seria a evolução no atual status de observador, até porque há outros agrupamentos
-ção que não tem relações com a IV Internacional. Hipótese para o debate: um estágio, uma transi-
ção de nova organização ainda como observadora
--
lizam para se reunir. Este cenário, para o caso desta
buscar vencer o debate para que a nova organiza-
Algumas propostas para a unificação
deliberativos
Uma organização democrática
discussão, elaboração e deliberação, pressupõe elegibilidade de todos os responsáveis para cargos dirigentes, tarefas. Pressupõe células de base, direções regionais, setoriais, e dire-ção nacional. Pressupõe a busca de recuperar espaços regulares de de-bate, instrumentos de comunicação externa e interna. Pressupõe uma política permanen-
te, militante e obrigatória de forma-ção. Pressupõe que todas as decisões são coletivas e democráticas – por consenso ou por maioria. Pressu-põe a construção de uma cultura de que nenhum ou nenhuma militante fala por si só, fala pela organização, pois ele expressa posições coletivas.
de chefes, cúpulas e personalidades que pairam acima das suas próprias
Sem espaços deliberativos reais e es-paços de debates e formulação regu-
hoje convencer muitos companheiros e companheiras a se organizar. Fica quase impossível concorrer com as redes sociais, onde é mais fácil obter informações, postar posições, articu-lar iniciativas e dar a falsa sensação de que não é tão necessário assim reunir--se, organizar-se. Para além das reuniões regulares
regulares (reuniões, plenárias, semi-nários) na organização (mensais ou bimensais) de debates temáticos e/ou a formação.
A busca da centralização é externa
Esta visão sempre foi muito polêmica na esquerda. Mas a centralização no nosso entender tem a ver com a coerência da organização expressar posições unitárias seja nas suas campanhas nacionais, nas posições conjunturais, nas posições no partido e disputas eleitorais, nas frentes de intervenção e setoriais. Mas desde que
organização. Nem se pode exigir centra-lização de posições não debatidas e nem se deve aceitar que militantes defendam políticas em nome da organização, sem
Instrumentos de formação e comunicação
Estabelecer instrumentos de comuni-cação regular – site, revista mais teóri-ca, jornal mais conjuntural; tabelecer um tipo de Instituto ou centro de es-tudos e escola de formação da organização. No caso da Internet e redes sociais. Es-
regular de divulgação das posições da organização, debates, artigos, notícias. Estabelecer uma equipe de militantes responsável pela atuação e divulgação das posições e iniciativas nas redes so-ciais (facebook, twiiter etc).
A relação com o espaço para as repre-sentações de gênero e opressões na orga-nização não tem nada ver com qualquer tipo de populismo ou mesmo uma visão de incorporar sensibilidades diferentes. A questão central é que uma organização revolucionária e de trabalhadores e tra-balhadores garante no seu interior a re-presentação dos setores mais explorados e oprimidos da classe. A ideia e concepção
-ais dos acúmulos de lutas das opressões e composição de classe no país coloca-se em termos práticos o debate da paridade
(tema que foi consensual na reunião da comissão), avançar no debate de garantia de representação das demais opressões
não de forma desenvolvida na comissão, a questão de estender a paridade nas de-legações que representam a organização, como por exemplo, nas eleições de dele-gados/as para conferências internas.
Funcionamento, critérios e mecanismos democráticos
Estabelecer que só podem se reconhe-cidos como militantes da organização os que se reúnem regularmente em alguma
frente de massa ou frente concreta de atuação, cotizem regularmente, participe dos espaços regulares e obrigatórios de debate e formação da organização, divul-gue as posições da organização através dos seus instrumentos regulares.Uma organização marxista revolucio-
nária garante o direito de opinião e tendência na vida interna regular da or-ganização, como expressão de posições militantes e não como posições que de antemão devem ser encaradas como inimigas da organização. Outros meca-nismos práticos a serem adotados são a lista nacional para socializar informa-ções e posições, boletins internos regu-
até a conferência nacional regular).
* Jornalista e membro da Coordenação do Coletivo Socialismo e Liberdade
Por Alvaro neiva*
partido na encruzilhada:É PRECISO DEFENDER O PROJETO ORIGINAL
pSOL
Necessidade de superar a experiência petista
Momento decisivo
“ Temos que trabalhar para valorizar o que tem nos
um processo de adaptação do PSOL à ordem,
transformando-o numa opção à esquerda do bloco
governista
“
E
* Cientista Social, Especialista em Políticas Públicas, militante do Enlace e da Cia Revolucionária Triângulo Rosa
Por eduardo d’albergaria*
psol: ou vai ou racha
pSOL
A burocracia partidária no caminho
À esquerda!Vladimir Maiakovski
Em frente, marche! Basta de falar!O tempo dos oradores já passou.Hoje tem a palavrao camarada Mauser!Não há outra lei senão a da natureza.Somente Adão e Eva estão com a verdade.Abaixo as leis, abaixo as cadeias!
Fustiguemos a carroça da história.À esquerda, à esquerda, à esquerda!Em frente, à conquista dos Oceanos!Tendes canhões em vossos navios de aço.Já esquecestes como os fazer falar?que a coroa abra uma goela quadrangular,que o leão britânico rujaque importa?A comuna está em marchae manterá a vitória!À esquerda, à esquerda, à esquerda!
Aqui é a sombra e a morte, mas lá longe,do outro lado das montanhas,o sol se levantou sobre um mundo novo.Lá, além das planícies,o solo estremece sob os passos inumeráveisde homens impávidos e livres.Camaradas, nós somos um rochedo de granito.Os bandidos da Entente se arremessam contra ele.Mas nada abaterá a Rússia Soviética.À esquerda, à esquerda, à esquerda!Eles não puderam furar os olhos atilados da águiaque olha e compreende as lições do passado.
Avante, pois, meu povo, e, já que o pegaste,estrangula teu carrasco!A trombeta dos bravos já soou o alarme.Nossos estandartes aos milhares avermelham o céu.Só a rota dos traidores é que conduz à direita.À esquerda, à esquerda, à esquerda!