Classes de dominncia de povoamentos de Tectona grandis L.f. na idade pr-desbaste

Viviann Maciel da Silva Alves1; Sidney Fernando Caldeira

2; Diego Tyszka Martinez

2;

Bruna Cristina Almeida1;

Joamir Barbosa Filho1.

Mestranda (o), Programa de Ps Graduao em Cincias Florestais e Ambientais (UFMT/FENF) (viviann.maciel@gmail.com; brunacrisal@gmail.com; joamirbf@hotmail.com); Professor Doutor da Faculdade de Engenharia Florestal (UFMT/FENF) (sidcal@gmail.com;

diegotyszka@hotmail.com).

Introduo e Objetivos Em uma floresta, a estrutura trata da distribuio das rvores no espao e nas diferentes classes de tamanho [1]. A estrutura varia de acordo com desenvolvimento da floresta, e a competio entre as rvores por espao, ar, luz, umidade e nutrientes resulta em diferenas de crescimento entre os indivduos. A estrutura da floresta se divide em vertical e horizontal. A estrutura vertical a distribuio do nmero de indivduos nos diferentes estratos [2,3,4] e a horizontal importante para compreenso do estdio de desenvolvimento da floresta e obtida pela densidade, frequncia, dominncia, valores de cobertura, importncia e distribuio diamtrica [5]. Para a estrutura vertical de uma floresta plantada homognea e equinea, os indivduos podem ser agrupados em classes de dominncia e existem critrios para essa classificao, como o de Hosokawa e Souza (1987) [6]. Como a classe de dominncia um critrio para selecionar indivduos ao desbaste, o objetivo do presente trabalho foi comparar a distribuio dos indivduos em classes de dominncia em dois povoamentos de Tectona grandis L.f. (teca) na idade pr-desbaste.

Material e mtodos Aos cinco anos de idade, foram medidos o DAP das rvores de parcelas permanentes (PP) de 900 m (15 m x 60 m) em dois povoamentos de teca, plantados no espaamento 3,0 m x 3,0 m,. O povoamento 1 est localizado em Nossa Senhora do Livramento com 23 PP, enquanto o povoamento 2 com 22 PP localiza-se em So Jos dos Quatro Marcos, no Estado de Mato Grosso. Inicialmente, os valores mdios de DAP e densidade das parcelas foram submetidos ao teste T, 5% de significncia, para verificar se havia diferena entre os povoamentos. Foi calculada a mdia do DAP (DP) e o respectivo desvio padro (Sn-1) de cada parcela e, a partir da, pela soma ou subtrao de um ou dois valores do desvio padro, foram estabelecidos os limites dos intervalos para as classes de dominncia (Tabela 1), segundo os critrios de Hosokawa e Souza (1987). A seguir cada rvore foi classificada quanto dominncia comparando o valor do seu DAP (DAPi) com os intervalos (Tabela 1). As rvores de cada classe

foram agrupadas e calculadas as mdias de DAP e a densidade. Ainda foi calculada a distribuio mdia por classe de dominncia de cada povoamento. Tabela 1 - Critrio de classe de dominncia de acordo com Hosokawa e Souza (1987).

Classe

(cdigo)

Critrio

Dominante (D) DAPi DP+ 2(Sn-1)

Co-dominante (CD) DP + (Sn-1) DAPi <

DP + 2(Sn-1)

Intermediria (I) DP (Sn-1)< DAPi <

DP + (Sn-1)

Suprimida (S) DP - 2(Sn-1) < DAPi

DP - (Sn-1)

Morta ou em vias de

extino (ME) DAPi DP - 2(Sn-1)

Resultados e Discusses

No houve diferena entre o DP e a densidade mdia das parcelas e tambm desses valores para as classes de dominncia dos povoamentos (Tabela 2).

Tabela 2 Dimetro mdio (DP, em cm) e densidade (N, em rvores.ha-1) das classes de dominncia dos povoamentos de Tectona grandis. Povoamento 1 Povoamento 2

Classes DP N DP N

ME 8,3 37 8,0 41

S 11,2 112 11,5 84

I 14,1 751 14,2 752

CD 16,3 150 16,8 104

D 18,4 9 17,4 10

MDIA 13,93 1058 14,01 992

A distribuio dos indivduos nas classes de dominncia nos dois povoamentos apresentou distribuio normal (Figuras 1), semelhante ao registrado por Nogueira et al. (2006) estudando distribuio diamtrica de um povoamento de teca em idade pr-desbaste, com amplitude de classe de 5 cm, e observaram que os indivduos encontravam-se distribudos nas classes, de

forma que a curva apresentou um achatamento no centro[6].

Figura 1- Distribuio dos indivduos em Classes de dominncia (ME- Mortas ou em vias de extino; S- Suprimidas; I-Intermedirias; CD-Co-Dominante; D-Dominante) de povoa-mentos de Teca em Nossa Senhora do Livramento (Povoamento 1), e em So Jos dos Quatro Marcos, MT (Povoamento 2).

Concluso Os povoamentos so semelhantes quanto ao DAP e a densidade e no apresentaram diferenas na distribuio em classes de dominncia na idade pr-desbaste.

Referncias bibliogrficas [1] TO, S. J. et al. Desempenho de funes de densidade probabilsticas para descrever a distribuio diamtrica de Pinus taeda, na regio de caador, SC. R. Floresta, Curitiba, v. 42, p. 741 - 754, 2012. [2] CARVALHO, J. O. P. Dinmica de florestas naturais e sua implicao para o manejo florestal. In: Curso de Manejo Florestal Sustentvel, Curitiba: Colombo: EMBRAPA Florestas, 1997, p. 43-58. [3] SANQUETTA, C. R. Anlise da estrutura vertical de florestas atravs do diagrama h-M. R. Cincia Florestal, v. 5, p.55-68, 1995. [4] HOSOKAWA, R. T. & SOUZA, A. L. Curso de Manejo Florestal, Mdulo 9 Manejo de produo florestal para fins especficos, Curitiba: FPR-UFVABEAS, 1987. 23p. [5] RODE, R. et al. Estrutura horizontal da comunidade arbrea sob um povoamento com Araucaria angustifolia e uma Floresta Ombrfila Mista. Pesquisa Florestal Brasileira. Colombo, v. 30, n.64, 2010, p.347-361. [6] NOGUEIRA, G. S. Avaliao de um modelo de distribuio diamtrica ajustado para povoamentos de tectona grandis submetidos a desbaste. R. rvore, Viosa, v. 30, p.377-387, 2006.

0

100

200

300

400

500

600

700

800

ME S I CD D

Povoamento 1 Povoamento 2