Vivendo para a Glória de Deus -...

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Pr. Evaldo Rocha Vivendo para a Glória de Deus Fundamentado na Carta de Paulo aos Colossenses Revista de Jovens e Adultos da Convenção Batista Fluminense Ano 15 - n° 58 - Julho / Agosto / Setembro - 2018

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Pr. Evaldo Rocha

Vivendo para a Glória de Deus

Fundamentado na Carta de Paulo aos Colossenses

Revista de Jovens e Adultos da Convenção Batista Fluminense

Ano 1

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LIÇÕESSUMÁRIO LIÇÕES

02 FESTA DA PRIMAVERAEM CASIMIRO DE ABREU

05 MISSÃO – CAPACITAÇÃO E EVANGELISMO

03 PRIMEIRAS PALAVRASPR. AMILTON VARGAS

06 PLANO DE ADOÇÃOMISSIONÁRIA

07 PALAVRA DO REDATOR

PR. MARCOS ZUMPICHIATTE MIRANDA

08 CURSO PARA LIDERANÇAPR. EBENEZER BITTENCOURT

09 CAPACITAÇÃO PARA ESCOLA BÍBLICA

10 APRESENTAÇÃOPR. EVALDO ROCHA

AGINDO DE FORMA ABENÇOADORA12

AJUDANDO NO CRESCIMENTO

DE OUTRAS PESSOAS16RECONHECENDO A

SUPREMACIA DE CRISTO20DESCOBRINDO VERDADES QUE

FAZEM A DIFERENÇA24

RESISTINDO AO FALSO ENSINO28

ASSUMINDO SUA POSIÇÃO32

CUIDANDO DE SUA VIDA36

OUVINDO CONSELHOS SÁBIOS

40PRATICANDO UM ESTILO DE VIDA

QUE AGRADA A DEUS (Parte1)44PRATICANDO UM ESTILO DE VIDA

QUE AGRADA A DEUS (Parte2)48ATUANDO COMO UM VERDADEIRO

DISCÍPULO DE CRISTO52COOPERANDO NO

REINO DE DEUS56DESENVOLVENDO UMA

JORNADA DE FÉ FRUTÍFERA60

Festa da

Primavera

CASIMIRO DE ABREU29/SET . R$12,00AÇÃO SOCIAL . FUTEBOL . FESTIVAL DE

MÚSICA E DANÇA

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Festa da

Primavera

CASIMIRO DE ABREU29/SET . R$12,00AÇÃO SOCIAL . FUTEBOL . FESTIVAL DE

MÚSICA E DANÇA

PRIMEIRAS PALAVRAS

A COMUNICAÇÃO QUE PRODUZ PAZ E FELICIDADEExistem muitos livros sobre co-

municação, mas a Bíblia é o mais eficiente manancial de orientações sobre a maneira como devemos efetivá-la, promovendo a paz e o bem-estar de todos.

Nem sempre damos importân-cia a esse aspecto tão importante da vida. E quando a comunicação é defeituosa ou falha, sempre te-remos sofrimento, confusão entre nossos irmãos, amigos e familiares, toda a sorte de mal-entendidos e, às vezes, até a verdade comuni-cada inadequadamente pode ser causa de muita dor, quanto mais quando mentiras são disseminadas até nas redes sociais, as chamadas “fake news” ou notícias falsas.

A evolução tecnológica tornou a capacidade de produzir dano muito mais intensa. Ouvi de uma pessoa recentemente: “Amigos que muito admiro fizeram comentários infeli-zes, pois falaram nas redes sociais sobre algo que não conheciam a fundo, também não ouviram todas as partes envolvidas. Pouco tempo depois, descobriram ter sido injus-tos, então me pediram perdão em particular... Eu disse: ‘fui ofendida em público e você me pede perdão em particular, veja a confusão formada’”.

Jesus nos ensinou a resolver entre as partes diretamente envol-vidas: “Se teu irmão pecar contra ti, vai e, em particular com ele, conver-sem sobre a falta que cometeu. Se ele te der ouvidos, ganhaste a teu irmão” (Mt 18.15). Às vezes parece que essa orientação de Jesus nun-ca existiu, pois talvez seja um dos textos que mais negligenciamos.

A comunicação é tão importante que nossas palavras podem ser ins-trumentos poderosos para promo-ver a paz e gerar bem-estar e feli-cidade. Como isso pode acontecer?

Precisamos comunicar a coi-sa certa, para a pessoa certa, da forma certa, na localização certa, na hora certa e com a intenção

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certa. Essas sugestões são essen-cialmente bíblicas, desdobrando-se em atitudes. Então precisamos:

COMUNICAR A VERDADE EM AMOR →“seguindo a verdade em amor” (Ef 4.15)

RESPONDER NO TEMPO CERTO → “O homem alegra-se em dar uma resposta adequada; e a palavra a seu tempo quão boa é!” (Pv 15.23). “Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a pa-lavra dita a seu tempo” (Pv 25.11).

PERDOAR OS ERROS NA CO-MUNICAÇÃO → “Toda a amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfê-mia sejam tiradas dentre vós, bem como toda a malícia. Antes sede bondosos uns para com os outros, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo” (Ef 4.31-32).

RESPONDER COM MANSI-DÃO → “A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira” (Pv 15:1).

USAR O SILÊNCIO → “Ensina--me, e eu me calarei; e fazei-me en-tender em que errei.” (Jó 6.24).

OUVIR MAIS ANTES E FALAR MENOS → “Responder antes de ouvir é ignorância e vergonha” (Pv 18.13). “Sabei isto, meus amados irmãos: Todo homem seja pronto para ouvir, tardio para falar e tardio para se irar” (Tg 1.19).

A comunicação não é uma coi-sa mecânica ou estática, é mais que um processo de transmissão de uma informação de uma pessoa para outra, sendo compartilhada por ambas, é o que as pessoas en-tendem do que comunicamos.

Comunicar significa tornar co-mum. E a comunicação se efetiva quando há um emissor, um recep-tor e uma mensagem compartilha-da e compreendida. Muitas vezes a comunicação é defeituosa, o que pode ser pior do que a ausência dela. Precisamos ter cuidado!

Norman Wright, em seu livro “A chave para o seu casamento”, diz que na comunicação existem seis mensagens ou interpretações: O QUE VOCÊ QUER DIZER; O QUE VOCÊ REALMENTE DIZ; O QUE A OUTRA PESSOA OUVE; O QUE A OUTRA PESSOA PENSA QUE OUVE; O QUE A OUTRA PESSOA DIZ A RESPEITO DO QUE VOCÊ DISSE e O QUE VOCE PENSA QUE A PESSOA DISSE ACERCA DO QUE VOCÊ FALOU. Confuso não? É por isso que precisamos ser cuidadosos nesse tão relevante e poderoso processo, que também é um dom divino, pois a comunicação existe para promover a paz, felicida-de e o Reino do Senhor sobre nós.

A comunicação adequada é me-canismo de proteção. “Quem é cui-dadoso no que fala evita muito sofri-mento” (Pv 21.23). Embora já tenha escrito a respeito desse tema mais de uma vez, reitero essa ênfase que se faz tão necessária, orando para que o Espírito Santo encha nosso coração de amor e humildade para então controlar nossa língua e de-dos velozes para teclar. Amém!

Pr. Amilton VargasDiretor Executivo da CBF

(Membro da PIB Universitária do Brasil)

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Para que a obra de Deus cresça é necessário que cada líder desen-volva algumas qualidades:

1. Dependência de Deus – É fundamental uma dependência da ação de Deus na vida do líder. É al-guém que age confiando na direção de Deus.

2. Contato diário com Deus – Isso é feito através da leitura da Palavra de Deus e da oração. Há situações na liderança que, huma-namente olhando, são impossíveis de serem resolvidas. Mas quando se ora e confia, Deus responde.

3. Visão – Um líder de visão leva o grupo a crescer e a enxergar mais longe, desafiando-o a novas con-quistas. Uma visão sonhadora, mas realista ao mesmo tempo.

4. Comunicação – O líder é res-peitado pela maneira como respeita os seus liderados, e isso ele o faz através da maneira como se comu-nica e como transmite as decisões, planos e desafios. Comunicar é uma arte que precisa ser desenvolvida e

aperfeiçoada no dia-a-dia.

5. Entusi- asmo – uma das qualida-des do líder é o entusias- mo pelo que ele faz. Se quem lidera não vibra com os objetivos da organização, os seus liderados não sentirão desafiados. Entusias-mo é alegria, bem-estar.

6. Criatividade – Criatividade é a chave para vencer a rotina. Cria-tividade não é sinônimo de mudar só por mudar, mas é gerar novas ideias e desafios de acordo com as necessidades.

Desenvolva essas qualidades para uma liderança eficaz.

PALAVRA DO REDATOR

QUALIDADES DE UM LÍDER“Moisés aceitou o conselho do sogro e fez tudo como ele

tinha sugerido. Escolheu homens capazes de todo o Israel e colocou-os como líderes do povo: chefes de mil, de cem, de cinquenta e de dez. Estes ficaram como juízes permanentes

do povo. As questões difíceis levavam a Moisés; as mais simples, porém, eles mesmos resolviam”. (Êx 18.24-26)

Pr. Marcos Zumpichiatte MirandaRedator da Revista P&V

Diretor do Departamento de Educação Religiosa da CBF

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APRESENTAÇÃO

Gostaria de apresentar algumas informações relevantes sobre a car-ta, o autor e seus leitores originais. Geralmente, quando as pessoas leem um livro da Bíblia, não tomam conhecimento daquilo que está por trás do texto, o “pano de fundo”, o motivo pelo qual o autor escreveu tal conteúdo, os problemas que envolviam aquela comunidade de fé, etc. Agora que vamos estudar a carta de Paulo aos Colossenses, não podemos “tomá-la” no vazio. Precisamos compreender o que se passava naquele momento históri-co. Então, vejamos:

Paulo escreve esta carta apro-ximadamente em 60d.C, quando estava preso em Roma. Com ele estava Tíquico (portador da carta), uma espécie de secretário do após-tolo (Cl 4.7,18), Aristarco, Marcos, Onésimo, Lucas, Demas e Epafras (Fm 23).

Paulo escreve para uma Igreja que ele não havia organizado. Al-guns estudiosos têm admitido que esta Igreja tenha sido fundada por Epafras. Dois versículos revelam

sua influência e liderança: “Vocês o aprenderam de Epafras, nosso amado cooperador, fiel ministro de Cristo para conosco” (1.7 – NVI). “Epafras, que é um de vocês e servo de Cristo Jesus, envia sau-dações. Ele está sempre batalhan-do por vocês em oração, para que, como pessoas maduras e plena-mente convictas, continuem fir-mes em toda a vontade de Deus” (4.12 – NVI). A carta é resultado de informações de Epafras ao apóstolo Paulo.

A cidade de Colossos era bem próxima de Laodiceia (Ásia) e da cidade de Hierápolis (Oeste da Turquia moderna). Ficava no vale de Lico, cerca de 160 km de Éfeso. Era uma cidade cosmopolita, nela diversos elementos culturais e reli-giosos se misturavam.

O propósito da epístola era combater a adoração aos anjos (2.18), restabelecer a divindade de Jesus ameaçada pelos falsos mes-tres (posteriormente chamados de gnósticos) (1.19-20), apontar para o verdadeiro Evangelho diante do

“Tudo o que fizerem, seja em palavra ou em ação, façam-no em nome do Senhor Jesus, dando por meio

dele graças a Deus Pai.” (Cl 3.17 – NVI)

Vivendo para a Glória de Deus!Fundamentado na Carta de Paulo aos Colossenses

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QUEM ESCREVEUEvaldo Nunes da Rocha, 50 anos, casa-

do com a psicopedagoga Elizabeth Rocha e pai de André. Formado em Teologia pelo Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, RJ. Forma- do em História pela Faculdade Castelo Branco, RJ. Pós-graduado em Ciências da Religião pela Facul-dade Gama Filho, RJ e pelo Instituto Brasileiro de Educação Superior Continuada, RJ. Pós-graduado em Exegese e Interpretação Bíblica pela Faculdade Batista do Rio de Janeiro, RJ. Diplomado em Coa-ching e Técnicas Fundamentais de Coaching pela ACSTH (International Coach Federation) e Universidad Centro Médico Bautista, em Assunção. Graduado em Liderança pelo International Leadership Institute – ILI. Autor dos livros: A Trajetória do Sem Propósito na Terra da Ilusão, Vivendo de Forma Equilibrada – o alfabeto da vida saudável e Construindo uma Espi-ritualidade que Faz Sentido, dentre outras publicações. Exerce o ministério pastoral batista há 22 anos.

Contatos:E-mail: [email protected] / Facebook: Evaldo RochaSkype: evaldo_rocha / Canal no You Tube: Evaldo Rocha

estranho ensino propagado na re-gião (2.23), apresentar Jesus como o padrão ético (1.9-10), e estabele-cê-lo como criador e sustentador do universo (1.16-17).

O termo gnosticismo (Grego: Gignoskein = “Saber”, gnosis = “conhecimento”) refere-se ao movi-mento dedicado à obtenção de um conhecimento genuíno maior, por meio do qual se obteria a salvação. Os gnósticos afirmavam que Cristo tinha apenas um corpo aparente, sua humanidade não era real. Ensi-navam que a matéria é má. Faziam separação do Cristo divino e o Je-sus humano. Viviam tanto em um

sincretismo (quando elementos de uma religião são assimilados por outra religião, tendo como resulta-do uma mudança nos ensinos fun-damentais ou na natureza daquelas religiões) como em uma espécie de liberalismo religioso. Tudo isso era uma ameaça ao Evangelho, pois comprometia o ensino de Cristo, sua pessoa e sua missão como mediador no processo da redenção.

Ao estudar esta epístola, pre-cisamos considerar todos esses fatos, para que o texto se torne re-levante, o aprendizado mais profun-do e sua aplicação proveitosa para nossa caminhada de fé.

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AGINDO DE FORMA ABENÇOADORA

LIÇÃO 1DATA DO ESTUDO

Texto Básico: Colossenses 1.1-8

Levando em consideração o contexto imediato desta carta, devemos considerar que os pro-blemas enfrentados pela Igreja naquele momento histórico são semelhantes aos enfrentados pela Igreja nos dias atuais. As respostas trazidas pelo apóstolo Paulo foram oportunas para aquela Igreja no passado e devem ser levadas a sé-rio por todos os que desejam cons-truir no presente uma jornada de fé fundamentada na Palavra de Deus.

A proposta desta série de estudos é realizar uma análise do texto de forma expositiva, ex-traindo lições que se aplicam aos discípulos de Cristo que desejam viver para a glória de Deus no mundo pós-moderno.

Constatamos que algumas pessoas estão vivendo suas vidas sem a nítida compreensão do que significa seguir a Jesus e viver para a glória do Pai (Mt 5.16). Este posicionamento pode representar um risco, na medida em que pro-duz uma caminhada confusa e sem impacto no mundo.

Ao analisar o texto bíblico que aponta para a saudação paulina, deparamo-nos com uma questão inicial relevante: viver para a glória de Deus implica em agir de forma abençoadora. Assim, existem ati-tudes que devem ser tomadas a partir das orientações transmitidas pelo apóstolo Paulo aos colossen-ses. Qual é a primeira atitude?

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1. Apresente-se como um instrumento útil nas mãos de Deus “Paulo, apóstolo de Cristo Jesus

pela vontade de Deus, e o irmão Ti-móteo” (1.1 – Almeida Século 21). A Nova Versão Transformadora diz: “Eu, Paulo, apóstolo de Jesus Cris-to pela vontade de Deus, escrevo esta carta, junto com nosso irmão Timóteo”.

Paulo diz que é “apóstolo de Cristo Jesus...”. Diante de uma Igre-ja ameaçada pelo falso evangelho e carente de instruções, o apósto-lo estabelece suas credenciais em sua saudação inicial. Embora não fosse conhecido pessoalmente pe-los irmãos da cidade de Colossos, Paulo se apresenta como “apósto-lo de Cristo Jesus pela vontade de Deus” (Rm 1.1; 1Co 9.1; Gl 1.15-16). Ele se apresenta utilizando o nome de Timóteo, certamente alguém co-nhecido pelas Igrejas da região da Ásia Menor. A menção de Timóteo demonstra para os irmãos da cida-de de Colossos que o apóstolo não estava somente revestido da autori-dade divina, mas tinha ao seu lado alguém especial.

O texto inicial desta carta revela que o apóstolo Paulo se apresenta de forma firme e transparente: “Pau-lo, apóstolo de Cristo Jesus”. Sua apresentação é clara e o seu posi-cionamento é firme. Tinha em men-te trazer uma palavra de orientação e precisava se posicionar de forma apropriada como um instrumento útil nas mãos do Eterno Deus.

O Evangelho de Cristo nos con-vida a assumirmos uma postura correta diante de Deus e dos ho-mens. O exemplo de Paulo deve ser seguido por todos. Ele estava atra-vessando momentos aflitivos, mas estava consciente de quem ele era e do que poderia fazer em prol da Igreja de Cristo.

A primeira atitude para agir de forma abençoadora é se apresentar como um instrumento útil nas mãos de Deus. Agora vamos para a se-gunda atitude.

2. Demonstre respeito aos que pertencem a Cristo “aos santos e fiéis irmãos em

Cristo que estão em Colossos...” (1.2a – Almeida Século 21). O apóstolo usa o termo “aos santos” no verso dois. Ele está se referindo à Igreja, aos crentes. A expressão indica possessão e uso exclusivo de Deus. Os santos recebem essa qualificação pelo preço da reden-ção, que os comprou (1Co 6.20), e agora pela presença do Espírito Santo que os santifica.

Nesta epístola, o apóstolo Paulo demonstra profundo carinho e amor àqueles irmãos, chamando-os de “santos e fiéis irmãos em Cristo”. A ideia era de que eles eram leais ao Evangelho de Cristo. A ênfase diz respeito à entrega confiante a Cristo. Aqueles irmãos mereciam, antes de tudo, o respeito da parte de Paulo.

É bom lembrar que o apóstolo estava preso, sua situação não era de uma pessoa que estava vivendo

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em uma normalidade existencial, mesmo assim, se expressa de ma-neira educada, respeitando os ir-mãos da cidade de Colossos.

A segunda parte do verso 2 diz: “Graça a vós e paz da parte de Deus nosso Pai” (1.2b – Almeida Século 21). Sua saudação é trans-mitida pela expressão: “Graça e paz...”. Graça – Todo favor que Deus nos concede incessantemente (Gr.Karis). Paz – Uma palavra gre-ga que reflete o conceito hebraico de “Shalom”, indicador de prospe-ridade e bem-estar dado por Deus apenas àqueles que o amam.

Lembre-se de que você deve demonstrar respeito pelas pessoas, independentemente do seu próprio quadro existencial. Sua postura deve estar fundamentada naquilo que você é e vive diante de Deus. O verso 3 revela uma evolução nas palavras de Paulo: “Damos graças a Deus, Pai de nosso Senhor Je-sus Cristo, orando sempre por vós” (1.3 - Almeida Século 21). Sua consi-deração pelos irmãos em Colossos o levou a colocá-los diante de Deus através da intercessão sincera.

A segunda atitude para que você venha agir de forma abençoa-dora é demonstrar respeito aos que pertencem a Cristo. Agora vamos para a terceira.

3. Valorize as virtudes dos seus irmãos publicamente“desde que ouvimos falar da

vossa fé em Cristo Jesus e do amor que tendes por todos os santos, por causa da esperança que vos está

reservada no céu, da qual já ouvis-tes pela palavra da verdade, o evan-gelho” (1.4-5 – Almeida Século 21).

Na saudação paulina aos ir-mãos de Colossos, fica evidente sua atitude de destacar aquilo que eles tinham de melhor. Ele já os ti-nha chamado de “santos e fiéis ir-mãos em Cristo” no verso 2. Agora, destaca três marcas: fé em Cristo, amor e esperança.

Todas as pessoas, sem exce-ção, correm o risco de fazer o con-trário daquilo que aprendemos no texto, quando destacam apenas os defeitos dos outros, ignorando suas virtudes. Paulo destaca que ouviu falar das virtudes daquela Igreja. Ele disse: “desde que ouvimos falar da vossa fé em Cristo Jesus e do amor que tendes por todos os san-tos...” (1.4). Aqueles que desejam agir de forma abençoadora devem promover a paz e falar de maneira a promover a comunhão e o bem- estar no meio do povo de Deus. Como alguém disse: “Mentes gran-des discutem ideias, mentes media-nas discutem eventos e fatos e men-tes pequenas discutem pessoas”.

Como você tem tratado este as-sunto em sua vida prática? Você tem exaltado as virtudes dos seus irmãos ou somente seus pontos negativos? Paulo sabia, pelas in-formações recebidas por Epafras, que os irmãos da cidade de Colos-sos estavam ameaçados e tinham problemas que precisavam ser enfrentados, mas destacou a obra que Deus havia iniciado através da “palavra da verdade, o evangelho” (1.5). Ele completa no verso 6: “...

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que chegou a vós, e também está em todo o mundo, frutificando e crescendo...” (Almeida Século 21). Isto é, produzindo fruto, crescendo e se desenvolvendo. Temos aqui a ideia da operação pessoal interior e da expansão exterior. Os olhos do apóstolo estavam na operação de Deus na vida daquelas pessoas.

Paulo, após destacar as virtudes dos irmãos de forma geral, reco-nhece em particular Epafras como alguém abençoado: “Como apren-destes com Epafras, nosso amado conservo, fiel ministro de Cristo em nosso favor” (1.7 – Almeida Sécu-lo 21). Vemos algumas expressões interessantes neste verso: “amado conservo” – Co-escravo (Gr. sun-dulus), “fiel ministro” – Fiel (pistos) – Ministro (diákonos) – Alguém que serve às pessoas em suas necessi-dades. Ele diz também: “... nos con-tou do amor que tendes no Espíri-to” (1.8 – Almeida Século 21). “Nos contou” tem a ideia de tornar claro, explicar. As virtudes de Epafras fo-ram destacadas para sua comuni-dade de fé. Perceba o alcance da palavra paulina aos irmãos de Co-lossos e cidades vizinhas. Aquela carta seria lida pelos irmãos, que receberiam os elogios de Paulo e o seu destaque feito a Epafras, como líder local. Isso certamente causaria grande impacto para aquela Igreja.

A terceira atitude para que você venha a agir de forma abençoadora é valorizar as virtudes dos seus ir-mãos publicamente.

Creia que você está neste mun-do para viver para a glória de Deus. Portanto, viva de forma abençoa-

dora – se apresentando como um instrumento útil nas mãos de Deus, demonstrando respeito pelos que pertencem a Cristo e valorizando as virtudes dos seus irmãos de forma pública. Essas são atitudes relevantes para todos que desejam viver para a glória de Deus.

Para pensar e agir:Que postura você tem assumido

diante de Deus e dos homens como servo de Cristo? Você está agindo de forma abençoadora? Você dese-ja viver de forma abençoadora?

Avalie-se em relação a se apre-sentar como um instrumento útil nas mãos de Deus:(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9) (10)

Avalie-se em relação a demons-trar respeito pelos que pertencem a Cristo:(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9) (10)

Avalie-se em relação a destacar as virtudes dos outros:(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9) (10)

Diante das constatações verifica-das nesta pequena avaliação, o que você vai fazer como filho de Deus para agir de forma abençoadora? Qual deve ser o seu primeiro passo?

Leitu

ra Di

ária

Segunda: Colossenses 1.1-2

Terça: Colossenses 1.3-4

Quarta: Colossenses 1.5-6

Quinta: Gálatas 1.15-16

Sexta: Mateus 5.16

Sábado: 1Coríntios 1.30

Domingo: Colossenses 1.7-8

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AJUDANDO NO CRESCIMENTO DE OUTRAS PESSOAS

LIÇÃO 2DATA DO ESTUDO

Texto Básico: Colossenses 1.9-16

Aquele que vive para a glória do Pai sempre exerce um papel efetivo no crescimento de outras pessoas. Quando analisamos o conteúdo inicial desta epístola, constatamos o desejo de Paulo em contribuir para o crescimento dos irmãos da cidade de Colos-sos. O mesmo sentimento deve estar sobre aqueles que servem a Cristo nos dias atuais. Então, o que fazer para ajudar no cresci-mento de outras pessoas?

1. Ore de forma objetiva em favor delas“Portanto, desde o dia em que

soubemos disso, nós também não cessamos de orar por vós e de pedir que sejais cheios do pleno conhecimento da sua vontade, em toda sabedoria e entendimento es-piritual” (1.9 – Almeida Século 21).

O que se observa claramen-te aqui é a intercessão de Paulo pela Igreja, após ter recebido as informações de Epafras. Qual é a petição de Paulo? Que fossem “cheios do pleno conhecimento da sua vontade...”. O termo pleno, aqui, tem a ideia de “encher, levar a bom termo”. Cheios do conheci-mento ou “transbordeis do pleno conhecimento”. O conhecimento mencionado pelo apóstolo seria totalmente diferente do conheci-mento gnóstico, que era carnal, falso, meramente intelectual, que satisfazia à carne (2Pe 3.18).

O apóstolo orava para que os irmãos tivessem “sabedoria e entendimento espiritual”. Esses são os verdadeiros critérios pelos quais podemos distinguir a vonta-de de Deus daquilo que não é a sua vontade. O termo que apare-ce é sabedoria (grego sofia), que

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indicava excelência mental em seu sentido mais pleno. No Antigo Tes-tamento, o conceito era o de apli-car o conhecimento da vontade de Deus às situações da vida.

É bom lembrar que a sabedoria verdadeira sempre passa pela pes-soa de Cristo. Como está escrito: “Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual, da parte de Deus, se tornou para nós sabedoria...” (1Co 1.30 – Almeida Século 21). E também que está fundamentada nEle, vinda do céu e não da terra (Tg 3.14-15).

Outra expressão utilizada por Paulo foi “entendimento espiritual”. Entendimento, aqui, seria “inteligên-cia ou discernimento”. Em contraste com o falso ensino, tão difundido na cidade, Paulo intercede para que os crentes tenham qualidades vindas do Espírito. Orando dessa forma, estava ajudando os irmãos a cres-cerem em sua fé.

No verso 10, o apóstolo destaca ainda: “E isso para que vocês vivam de maneira digna do Senhor e em tudo possam agradá-lo, frutificando em toda boa obra, crescendo no co-nhecimento de Deus...” (NVI). O ter-mo andar significa “comportar-se”. Os irmãos tinham de viver uma vida saudável, frutificando e crescendo sem impedimento (Jo 15.2,16; Ef 4.1). O verso 11 completa o pro-pósito da oração paulina: “fortale-cidos com todo o vigor, segundo o poder da sua glória, para que, com alegria, tenhais toda perseverança e paciência” (Almeida Século 21). Estas duas expressões são rele-vantes: “perseverança e paciência”,

pois, como Igreja, estavam enfren-tando ataques e deviam seguir fir-mes no Evangelho de Cristo.

Oração que visa esses resulta-dos tem conteúdo e está totalmente alinhada e pautada naquilo que é a vontade de Deus. Você pode ajudar muitas pessoas no processo de cres-cimento espiritual agindo dessa for-ma. Agora vá para o segundo passo.

2. Oriente sobre a mudança ocorrida em suas vidasA ação de graças é o reco-

nhecimento daquilo que Deus fez (1Ts 5.18). Está escrito: “Dando graças ao Pai, que vos capacitou a participar da herança dos santos na luz” (1.12 – Almeida Século 21). A ideia é que Ele nos fez adequados, qualificados ou capacitados para sua herança. O termo “herança” re-fere-se a tudo que Deus nos dá em Cristo e através d’Ele (Ef 1.3) e o termo “santos”, a Igreja.

Se você deseja contribuir para o crescimento espiritual de outras pessoas, tome a mesma atitude. Isso os estimulará a viver uma vida confiante e com mais esperança. Faça com que eles saibam que uma mudança ocorreu.

Outra verdade revelada pelo apóstolo está no verso 13: “Ele nos tirou do domínio das trevas e nos transportou para o reino do seu Fi-lho amado” (Almeida Século 21). A Igreja na cidade de Colossos não poderia ser escravizada pelos fal-sos ensinos, que estavam sendo largamente difundidos na cidade.

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Eles precisavam saber que eram pessoas que foram libertas e dei-xaram a escravidão por causa do Evangelho de Cristo (Jo 8.32, 36; 2Co 5.17; Ef 5.8). Nos dias de hoje existem mensagens traiçoeiras sendo divulgadas que escravizam pessoas bem intencionadas.

A expressão “transportou” tem a ideia de “remover, transferir, mi-grar”. A palavra era utilizada para indicar o transporte de tropas ou grandes grupos de homens de um lugar para outro. A expressão “Filho amado” pode ser entendida como filho querido. Muitas vidas precisam saber que foram removidas das trevas, que estão debaixo das pro-messas de Deus e que não podem viver amedrontadas com ideias de maldições, superstições, ou algo do gênero. Se você deseja contribuir com qualidade em prol do cresci-mento de outras pessoas, lembre--se de destacar que existe seguran-ça no Reino do Filho amado.

Fazendo questão de mencionar algumas verdades, Paulo afirma no versículo 14: “em quem temos a re-denção, isto é, o perdão dos peca-dos” (Almeida Século 21). A palavra redenção significa uma libertação completa baseada no pagamento de um preço. Aqui, no caso, o san-gue de Cristo (Ef 1.7; 1Pe 1.18-19). Redenção indica o preço pago para comprar de volta um escravo, tor-nando-o livre pelo pagamento de um “resgate”.

Todas essas verdades contri-buem para o crescimento e uma vida mais saudável na presença

de Deus. Se você deseja ajudar no crescimento de outras pessoas, não deixe de transmitir as verdades que trazem segurança aos que cami-nham com Cristo. Se você aceitou este desafio, passe para o terceiro.

3. Faça os alertas necessáriosExistem pessoas desavisadas

e distraídas na caminhada da fé, pessoas que infelizmente podem ser atacadas por ensinos destrui-dores. Paulo sabia que isso estava ocorrendo em Colossos. As infor-mações dadas por Epafras a Pau-lo desencadearam um processo de “alertas”. Como a divindade de Cristo havia sido combatida pelos falsos mestres, há agora um esfor-ço claro de restabelecer a ordem doutrinária. Assim, Paulo diz no ver-sículo 15: “Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito sobre toda a criação” (Almeida Século 21). As-sim, Cristo é a perfeita imagem de Deus. A imagem, aqui, contém a ideia de representação e manifes-tação (Jo 1.18; Hb 1.3).

Primogênito – A palavra enfati-za a preexistência e singularidade de Cristo. O primogênito na Anti-guidade exercia soberania na casa, bem como privilégio de ser o prin-cipal herdeiro da família. A primo-genitura indicava a prerrogativa de ser escolhido para ocupar a mais alta posição de honra (Gn 25.31; 27.29,37; 49.3) Neste sentido, Is-rael foi constituído primogênito de Deus (Êx 4.22-23).

OBS.: O termo primogênito não indica que Cristo foi criado, mas

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que é Soberano da criação. Algu-mas seitas hoje estão da mesma forma tentando anular a divindade de Cristo. O mesmo antídoto utili-zado por Paulo deve ser o utilizado por aqueles que amam a Jesus.

Assim, o apóstolo declarou no verso 16: “Porque nele foram cria-das todas as coisas nos céus e na terra; as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam poderes; tudo foi criado por ele e para ele” (Almeida Século 21). A fonte origi-nadora de tudo que existe no céu e na terra é Ele (Ap 1.8). Todas as leis e propósitos que guiam a cria-ção e o governo do universo resi-dem nEle. Os gnósticos ensinavam que Jesus seria uma “emanação”, um resplendor, um brilho do próprio Deus, como o sol que emite raios.

Percebemos que o apóstolo Paulo tem uma mensagem que era um alerta para os irmãos de Colos-sos que precisavam saber sobre a pessoa de Cristo, revelando clara-mente que Ele é Criador dos céus e da terra (expressão judaica para resumir a totalidade da criação). Je-sus é Criador de tudo!

As expressões usadas no verso 16 se harmonizam com o verso 15 mencionado acima, apontando para o fato de que Jesus está acima de “tronos, dominações, principados e poderes”. Como os falsos mestres constantemente se referiam a seres angelicais, “o apóstolo não nega a existência deles. Nem rejeita a ideia de que são capazes de exercer in-1 - HENDRIKSEN, William. Comentário do Novo Testamento - 1 e 2 Tessalonicenses, Colossenses e Filemom. Tradução, Hope Gordon e Valter Graciano Martins e Ezia Cunha Mullins. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 1998.

fluência para o bem, se não forem os caídos ou para o mal, se forem os caídos (Ef 6.12)”.1 Entretanto, de-monstra que todos estão debaixo do poder de Cristo (Cl 2.15; Ef 1.22; 23).

Cristo é o Criador e todos os poderes estão sujeitos à sua au-toridade. Esta palavra de Paulo se constituiu em um alerta poderoso. Portanto, deve ser levado em conta também para a Igreja no contexto pós-moderno.

Para pensar e agir:Ajude no crescimento de outras

pessoas através da contínua inter-cessão, orientando sobre a obra de Deus em suas vidas e fazendo os alertas necessários. Essas atitudes são relevantes quando pensamos em nossa contribuição no processo de crescimento de outras pessoas.

Que tipo de dinâmica espiritual você está desenvolvendo diante das verdades elencadas acima? Como você está fazendo a diferen-ça na vida de seus irmãos em Cris-to? Que tipo de ensino você tem propagado? Aceite o desafio de vi-ver para a glória do Pai!

Leitu

ra Di

ária

Segunda: Colossenses 1.9

Terça: Colossenses 1.10

Quarta: Colossenses 1.11-12

Quinta: Colossenses 1.13-14

Sexta: Hebreus 1.3

Sábado: João 1.18

Domingo: Colossenses 1.15-16

20

RECONHECENDO A SUPREMACIA DE CRISTO

LIÇÃO 3DATA DO ESTUDO

Texto Básico: Colossenses 1.17-23

Ao escrever sua carta, Paulo demonstra seu empenho no sen-tido de alertar os irmãos sobre a pregação equivocada e distancia-da da verdade do Evangelho que estava sendo anunciada. Assim, percebemos de forma objetiva o desejo paulino de estabelecer uma base sólida sobre a pessoa de Cristo. Três verdades podem ser observadas no texto que cor-rigem posicionamentos equivoca-dos sobre a pessoa de Jesus.

1. Jesus é a fonte de toda a autoridade“Ele existe antes de todas as coi-

sas...” (1.17a – Almeida Século 21).Jesus disse: “Em verdade, em

verdade vos digo que antes que

Abraão existisse, eu sou” (Jo 8.58 – Almeida Século 21). Isso implica preexistência e mostra que Cris-to é diferente dos seres criados. Sua existência é anterior a todas as coisas. Quando Paulo afirma que “Ele é antes”, está dizendo que não existe outro antes. Isso aponta para sua autoridade e sua preexistência. Ele é a fonte de toda autoridade. “Ele também é a cabeça do corpo, que é a igreja...” (1.18 – Almeida Século 21).

Além de estar sobre a criação em todos os níveis, como Deus, Cristo é também a cabeça da Igre-ja. “Cabeça” – Uma linguagem figurada que mostra a relação or-gânica existente entre Cristo e a Igreja. Assim, só existe corpo per-feito com cabeça (ideia da insepa-

21

rabilidade). Russell Shedd1 diz que: “Os benefícios da redenção fluem da cabeça para o corpo (...), mas este não tem o direito de reivindi-car soberania sobre o mundo, nem um espírito triunfalista (...). Cada vez que a Igreja tem usurpado a posição soberana de Cristo sobre o mundo, foram notados sinais, não do seu caráter celestial, mas car-nais e até infernais”.

O texto prossegue: “... é o princí-pio, o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha o primeiro lugar” (1.18 – Almeida Século 21). O texto não fala de criação, porque o contexto já colocou Cristo como Criador de tudo, mas destaca sua preeminência como aquele que tem o primeiro lugar e mantém o lugar principal2. Não existe espaço para qualquer outro ser, senão Cristo. Desta forma, a Igreja testemunha a realidade da primazia de Cristo.

Muitas Igrejas estão se desvir-tuando, cultuando pessoas ou ins-tituições. Uma Igreja saudável se submete a Cristo como cabeça do corpo (Ef 1.22; 5.23). Observe as palavras de Maclaren: “Bem-aven-turados seremos se dermos a Cris-to a preeminência, e se os nossos corações lhe derem o primeiro lu-gar, o último lugar do meio e todos os espaços vazios” 3.

No versículo 19, Paulo diz: “Por-que foi da vontade de Deus que nele habitasse toda a plenitude” (Almei-

1 - SHEDD, Russel. Andai Nele – Exposição Bíblica de Colossenses. São Paulo: Vida Nova, 1991.2 - RIENECKER, Fritz & ROGERS, Cleon. Chave Linguística do Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 1988.3 - SHEDD, Russel. Op. Cit.4 - RIENECKER, Fritz & ROGERS. Op. Cit.

da Século 21), verificamos que foi do agrado de Deus que em Jesus habitasse toda a plenitude (plero-ma) que pode referir-se à totalidade dos poderes e atributos divinos4.

Diante de tudo isso, não há dú-vida de que Ele é a fonte de toda a autoridade. O conhecimento desta verdade deve levar cada discípulo a uma posição de rendição. Isso não só é correto como também é aben-çoador. Nossa segurança como discípulos vem desta verdade. Você está seguro em Cristo? Você está se submetendo a Ele como o cabe-ça da Igreja?

2. Jesus sustenta todas as coisas“... e nele tudo subsiste” (1.17b –

Almeida Século 21).“Subsistir” significa “Sustentar

ou manter”. Cristo controla, susten-ta e mantém tudo no universo. Ao contrário do pensamento gnóstico que esvaziava esta ideia. O que Paulo está dizendo é que Jesus não só é o Criador, como também o sustentador de tudo. Muitas ideias têm surgido sobre o universo e Deus. Uma delas é de que um deus criou o universo e depois o deixou entregue às leis naturais (Deísmo). Na verdade, esta ideia não tem sus-tentação na Palavra de Deus.

As Escrituras sempre apontam para Deus como um ser inteligente,

22

que elaborou todas as coisas e as mantém em suas mãos poderosas. Crer desta forma traz vantagens e segurança. Você está debaixo do controle divino? Assim como os irmãos da cidade de Colossos ne-cessitavam desta convicção, todos os servos de Cristo também neces-sitam para que possam caminhar na vontade de Deus.

Quem deseja viver para a gló-ria de Deus precisa reconhecer no cotidiano a autoridade de Cristo e entender que Ele tem tudo em suas mãos. Agora, observe o último ar-gumento de Paulo.

3. Jesus é o único meio de reconciliação com DeusDepois de colocar Jesus como

aquele que possui toda a autorida-de e sustenta todas as coisas, Pau-lo o apresenta agora como o único meio de salvação. Veja o que ele diz no verso 20: “e, havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra como as que estão no céu” (Almeida Século 21).

No mundo pós-moderno as pes-soas estão afastadas de Deus pelos mais variados motivos: decepção com a Igreja, autossuficiência que se reflete em um estilo de vida in-dependente, ausência de discerni-mento espiritual, pregação ateísta, ensinos destruidores, etc. Elas se-guem suas vidas sem a interferên-cia real de Cristo e sem o reconhe-

cimento de que precisam dEle. Isso as leva para uma situação escravi-zante. Como pessoas que perten-cem ao Reino de Deus, devemos anunciar a mensagem da reconci-liação a todos que estão perdidos.

No verso 20, destacamos o ter-mo RECONCILIASSE que tem a ideia de “transferir de um estado para o outro, mudar da inimizade para a amizade”. Implica na res-tituição de um estado do qual a pessoa se separou. Paulo revela que a reconciliação vem primeira-mente com a restauração de rela-cionamentos, e não através de um milagre cósmico qualquer. Assim, toda criação é atingida pelo ato ex-piatório de Cristo (Rm 5.10) – ideia contrária ao pensamento gnóstico, que dividia os homens em três ca-tegorias, a saber: 1. Hílicos (terre-nos). 2. Psíquicos (dirigidos pela alma – redenção secundária). 3. Pneumáticos (espirituais – reden-ção superior). É bom entender que a obra de Cristo afetou o Universo todo, ao contrário do que diziam os falsos mestres.

No verso 21, dois termos devem ser destacados: ESTRANGEIROS e INIMIGOS. “A vós também, que no passado éreis estrangeiros e inimigos no entendimento por cau-sa das vossas obras más” (Almei-da Século 21). O estrangeiro aqui pode ser entendido como “excluído, alienado”. A base dessa palavra tem a ideia de “pertencer a outro” (Ef 5.8). A ênfase está naquilo que eles foram no passado, mas ago-

23

ra deixaram de ser, pois houve a reconciliação. Os inimigos são aqueles que eram “hostis” em sua mente e em todo o seu intelecto (Rm 1.19,32). Agora houve a recon-ciliação, houve uma transformação. Isso mostra a restauração de ho-mens pecaminosos para uma reali-dade de perdão e salvação.

A posição dos reconciliados por causa de Cristo pode ser visuali-zada no verso 22: “agora ele vos reconciliou no corpo da sua carne, pela morte, a fim de vos apresentar santos, inculpáveis e irrepreensí-veis diante dele” (Almeida Século 21). Podemos fazer alguns desta-ques a partir do texto:

“Apresentar santos” – A ideia é de inteiramente consagrados e separados para Deus. Sua vida está inteiramente consagrada a Deus? “Inculpáveis” (sem man-cha). Na LXX (tradução do texto hebraico para o grego), a palavra era usada como um termo técnico para designar a ausência de qual-quer coisa errada em um sacrifício (1Pe 1.19). A palavra é usada em sentido moral indicando aquilo que não pode ser criticado, sem defei-to moral. “Irrepreensíveis diante dele” Significa “sem acusação”, livre de qualquer acusação. Indica que não existe acusação jurídica que possa ser levantada contra a pessoa. Como está sua consciên-cia diante de Deus?

O apóstolo faz uma observação no versículo 23: “se é que permane-ceis na fé, fundamentados e firmes,

sem vos afastar da esperança do evangelho que ouvistes...”. Os ter-mos “fundamentados” e “firmes” devem ser entendidos como alicer-çados (Mt 7.24-27; 1Co 3.11). Aque-les irmãos deveriam estar fazendo de Jesus o único fundamento.

Para pensar e agir:Verifique sua própria vida diante

de Deus, respondendo com serieda-de algumas questões: A verdade de que Jesus é a fonte de toda autorida-de tem produzido em sua vida ações abençoadoras? A verdade de que Jesus sustenta todas as coisas tem trazido segurança para sua vida? A verdade de que Jesus é o único com poder para reconciliar o homem com Deus tem feito você anunciar o Evangelho com coragem?

Viva sempre crendo que Ele é o dono do Universo e que tem o con-trole sobre todas as coisas. Com-prometa-se em anunciar o Evan-gelho, pois somente Jesus pode reconciliar o homem com Deus. Faça como o apóstolo: “Esse é o evangelho do qual eu, Paulo, me tornei ministro” (1.23 – NVI).

Leitu

ra Di

ária

Segunda: Colossenses 1.17

Terça: Colossenses 1.18

Quarta: João 8.58

Quinta: Efésios 1.22

Sexta: Colossenses 1.19-20

Sábado: 1Coríntios 3.11

Domingo: Colossenses 1.21-23

24

DESCOBRINDO VERDADES QUE FAZEM A DIFERENÇA

LIÇÃO 4DATA DO ESTUDO

Texto Básico: Colossenses 1.24-29

Algumas pessoas ainda não estão vivendo para a glória de Deus. Talvez porque não descobri-ram o seu lugar no projeto do Rei-no, ou porque não estão dispostas a sair de sua zona de conforto. O alvo da vida de cada discípulo de Cristo deve ser glorificar a Deus através de sua existência. O após-tolo Paulo tinha uma convicção do seu lugar no projeto do Pai e daquilo que o próprio Deus esta-va realizando através de sua vida. O texto proposto revela verdades que fazem diferença e que, para as quais, cada servo de Cristo deve estar atento se deseja viver para a glória do Pai. Vejamos a pri-meira verdade:

1. A aflição causada pelo testemunho do Evangelho é recompensada pela expansão do Reino de Deus“Agora me alegro nos meus

sofrimentos por vós...” (1.24a – Al-meida Século 21). Essas palavras contrariam o comportamento de muitas pessoas hoje. Elas geral-mente não suportam sofrimentos. O apóstolo diz “me alegro”. Ele estava, de fato, passando momen-tos angustiantes, mas pôde dizer que se regozijava neles. Temos aqui uma alegria produzida pelo Espírito Santo (Gl 5.22; Fl 2.17). Somente uma pessoa que está caminhando na vontade de Deus pode afirmar essas palavras.

25

Seu sofrimento não era um so-frimento expiatório, mas sim, os sofrimentos de um ministro fiel. O apóstolo sofre pela expansão do Reino do Pai e pelo crescimento do Evangelho. Isso fica bem claro na expressão “por vós”. A ideia não é a de que seu sofrimento possa neu-tralizar a dor dos outros crentes, mas sim, de que ele padece pela Igreja, contribuindo para o seu es-tabelecimento. Isso nos ensina que o sofrimento humano jamais terá valor como “expiação”, do contrá-rio, a obra de Cristo na cruz seria incompleta e debilitada.

Ele diz ainda: “... e completo no meu corpo o que resta do sofrimen-to de Cristo, por amor do seu corpo, que é a igreja.”. (1.24b – Almeida Século 21). As aflições aqui não são os sofrimentos de Cristo na cruz para expiar os pecados (Jo 1.29), são aflições especiais relacionadas ao testemunho cristão.

Quais seriam suas aflições? Per-seguição no cárcere, viagens des-gastantes, restrições, má alimen-tação, fadiga no corpo e na mente, desconforto de toda espécie, can-saço, problemas inesperados, etc. O apóstolo não estava sofrendo por desobediência, falta de integridade ou por viver uma agenda egoísta. Estava sofrendo por amor ao corpo de Cristo e o seu sofrimento estava possibilitando a transformação de vidas. Enquanto os falsos mestres de Colossos tinham um ideal de escapar dos sofrimentos, o apósto-lo faz questão de dizer que não só se alegrava neles, como o resulta-do traria crescimento para o Reino

de Deus, fazendo o Evangelho se expandir. Se você já entendeu esta verdade, veja a segunda:

2. O discípulo fiel sempre assume seu papel dado por DeusAquele que deseja viver para a

glória do Pai não pode deixar de assumir o seu papel. Paulo não se nomeou, mas Deus o nomeou: “Dela me tornei ministro de acordo com a responsabilidade por Deus a mim atribuída...” (1.25a – NVI). A ideia aqui indica uma responsa-bilidade, autoridade e obrigação dada a um escravo doméstico. O apóstolo tinha plena convicção de que Deus o havia concedido uma responsabilidade, responsabilida-de esta que não foi abandonada ou tratada com desprezo. Hoje é comum vermos pessoas que não levam a sério aquilo que Deus en-tregou em suas mãos. Isso também é uma questão de mordomia (admi-nistração de tudo que Deus entre-gou em nossas mãos). Dentro da visão do Novo Testamento, existem duas exigências impostas ao servo despenseiro: fidelidade (1Co 4.2) e prudência (Lc 12.42).

O verso 25 prossegue dizendo: “... de apresentar-lhes plenamente a palavra de Deus” (1.25b – NVI). A tarefa do apóstolo era cumprir a Pa-lavra, que significa “completar, levar a bom termo, cumprir as obrigações de uma missão”. O apóstolo tinha o objetivo de cumprir totalmente os seus deveres como mordomo, ex-pondo o Evangelho.

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Você está assumindo seu papel dado por Deus, ou está tratando com displicência aquilo que Deus lhe entregou? Essa pergunta pre-cisa de uma resposta honesta. Se você já entendeu que precisa as-sumir seu papel dado por Deus, corrigindo possíveis desvios, veja a terceira verdade:

3. Jesus é a maior revelação do Pai É bom lembrar que a Igreja à qual

o apóstolo se dirige, estava sofren-do uma ameaça real. Quando esse quadro fica claro, pode-se entender com mais profundidade e exatidão as palavras ditas no versículo 26: “o mistério que esteve oculto durante épocas e gerações...” (NVI). A pa-lavra mistério estava sendo usada pelos gnósticos. Agora, Paulo a uti-liza mostrando que aquilo que esta-va oculto aos homens foi revelado por Deus. O mistério de Deus foi revelado, ao contrário dos mistérios gnósticos, que eram fechados a um grupo. O mistério revelado por Deus é aberto a todos. Houve um período em que o mistério ficou escondido, mas agora foi revelado aos santos de forma clara (1Pe 1.20).

Geralmente, nos grupos que se desviam da verdade, o Evangelho de Cristo não é suficiente e não é a revelação única do Pai. A Bíblia é bem enfática em relação ao papel de Jesus e, portanto, não pode ser substituído por ideias, pessoas ou visões equivocadas. Se você já com-preendeu que Jesus é a maior reve-lação do Pai, veja a quarta verdade:

4. O Evangelho genuíno deve ser anunciado em sua totalidade Aquele que deseja viver para a

glória de Deus precisa estar seguro da verdade de que Jesus é a maior revelação do Pai, apresentando ao mundo esta verdade. Paulo disse: “a quem Deus, entre os gentios, quis dar a conhecer as riquezas da glória deste mistério, a saber, Cris-to em vós, a esperança da glória” (1.27 – Almeida Século 21). O texto afirma que Deus quis ou desejou se revelar e se tornar conhecido. Qual é a riqueza deste mistério? “Cristo em vós, a esperança da glória”. O relacionamento com Cristo assegu-ra à Igreja a esperança. Esperança que ela desfruta e anuncia. Como este anúncio deve ser realizado? O texto responde: “Nós o procla-mamos, advertindo e ensinando a cada um com toda sabedoria, para que apresentemos todo homem perfeito em Cristo” (1.28 – NVI).

Três ideias podem ser tiradas desse verso:

4.1 O anúncio deve ser reali-zado constantemente – A palavra anunciar indica uma proclamação oficial, uma ação habitual e contí-nua: “Nós o proclamamos”.

4.2 O anúncio deve ser realiza-do para produzir mudança de vida – “Nós o proclamamos, advertindo e ensinando a cada um com toda sabedoria...”. Essa admoestação ou advertência aponta para uma cor-reção mediante instrução. Russell Shedd diz que “a responsabilidade do despenseiro não termina na di-

27

vulgação do evangelho. Muitas pes-soas são apáticas, necessitando, portanto de advertência”. 1

4.3 O anúncio deve ser rea-lizado para todas as pessoas - “... que apresentemos todo homem perfeito em Cristo”. (Cl 1:28) Exem-plo: A Grande Comissão – “Por-tanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espíri-to Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos” (Mt 28.19,20 – NVI).

O Evangelho se difere das li-mitações exclusivistas dos falsos mestres. A orientação é apresentar todo homem perfeito em Cristo. Os gnósticos em Colossos pretendiam aperfeiçoar uma elite.

Paulo disse: “Para isso eu traba-lho, lutando de acordo com a sua eficácia, que atua poderosamente em mim” (1.29 – Almeida Século 21). A ideia aqui é “trabalhar ardua-mente, esforçar-se até à exaustão”. O esforço de Paulo era extremo, mas não dependia só de suas ha-bilidades naturais. Havia o poder divino efetivo em sua vida. Ele tinha consciência do agir de Deus em sua vida, não confiava em si mesmo.

Para pensar e agir:Aprendemos que a aflição cau-

sada pelo testemunho do Evange-lho é recompensada pela expansão do Reino de Deus, que o discípulo fiel sempre assume seu papel, que

1 - SHEDD, Op Cit.

Jesus é a maior revelação do Pai e que o Evangelho genuíno deve ser anunciado em sua totalidade.

Faça sua avaliação em relação a suportar os sofrimentos por causa de Cristo:(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9) (10)

Existe alguma pressão externa que tem feito você esmorecer em sua missão no mundo como servo de Deus?

Faça uma avaliação em relação a assumir seu papel dado por Deus:(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9) (10)

Como você pode agir para cum-prir melhor o que Deus entregou em suas mãos?

Faça sua avaliação em relação ao anúncio da verdade do Evangelho:(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9) (10)

O que você pode fazer para tes-temunhar com maior convicção do Evangelho de Cristo?

Aquele que deseja viver para a glória de Deus precisa desenvolver o seu papel como discípulo de Cris-to, testemunhando com convicção o Evangelho genuíno a todas as pes-soas e por todas as formas possíveis.

Leitu

ra Di

ária

Segunda: Colossenses 1.24

Terça: Colossenses 1.25-26

Quarta: Coríntios 4.1-2

Quinta: 1Pedro 1.18-20

Sexta: Colossenses 1.27

Sábado: Mateus 28.18-20

Domingo: Colossenses 1.28-29

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RESISTINDO AO FALSO ENSINO

LIÇÃO 5DATA DO ESTUDO

Texto Básico: Colossenses 2.1-15

É comum observarmos pes-soas sinceras sendo minadas por ensinos que não estão baseados no que preconiza a Palavra de Deus. O alerta realizado no pas-sado precisa ser valorizado no presente (1Tm 4.1;Gl 1.8-9).

O falso ensino é sempre uma ameaça aos que desejam viver para a glória de Deus – o que tor-na relevante as orientações de Paulo aos colossenses. Então, o que fazer?

1. Esteja firme em CristoO apóstolo afirma: “Pois quero

que saibais como é grande a luta que enfrento por vós, pelos que estão em Laodiceia e pelos que ainda não me viram em pessoa” (2.1 – Almeida Século 21). Ele utiliza a expressão “luta”, expres-sando claramente sua tarefa como intercessor. Paulo, que não conhe-

cia os irmãos pessoalmente, orava por eles. Assim, combatia os opo-sitores do Evangelho tanto em Co-lossos, como em Laodiceia (cida-de próxima). O objetivo da luta em oração fica claro no verso: “para que o coração deles seja anima-do...” (2.2a – Almeida Século 21). Geralmente o desânimo prejudica o desenvolvimento espiritual do discípulo de Jesus.

O texto continua: “estando vós unidos em amor e enriquecidos da plenitude do entendimento para o pleno conhecimento do mistério de Deus, Cristo” (2.2b – Almeida Século 21). “Unidos”, aqui, possui a ideia das juntas e ligaduras, cuja função é a de “unificar” os vários elementos do corpo. Paulo ilustra a relação dinâmica da Igreja, onde o amor é a base de tudo. A heresia trouxe conflito para a Igreja, sepa-rando os irmãos, mas o amor res-tauraria a comunhão.

29

O versículo 3 revela o motivo pelo qual os irmãos precisam estar firmes em Cristo: “Nele estão es-condidos todos os tesouros de sa-bedoria e conhecimento” (Nova Ver-são Transformadora – NVT). É em Cristo que os tesouros da sabedo-ria e do conhecimento divinos estão depositados. Isto é, sofia (sabedo-ria) e gnosis (conhecimento) estão em Cristo, e não em outro lugar.

Paulo diz enfaticamente: “Eu lhes digo isso para que ninguém os engane com argumentos que só parecem convincentes” (2.4 – NVI). A ideia aqui é de “defraudar, distorcer, enganar com falsos racio-cínios”. Os falsos mestres estavam utilizando uma fala persuasiva, um falso raciocínio (sofisma). Conforme o texto, quer dizer “uma fala calcula-da para persuadir”. Aqueles irmãos precisavam de apoio moral e espiri-tual para vencer os ataques. Dian-te do quadro existente, o apóstolo ainda consegue ver solidez naquela Igreja: “Pois ainda que meu corpo esteja ausente, estou convosco em espírito, alegrando-me, ao ver a vossa ordem e a firmeza da vossa fé em Cristo” (2.5 – Almeida Sécu-lo 21). Um elogio significativo para que a Igreja seguisse solidificada na verdade de Cristo. Se você já aprendeu o que é estar firme em Cristo, tome o segundo passo.

2. Aprofunde-se em Cristo“Portanto, assim como rece-

bestes a Cristo Jesus, o Senhor, também andai nele” (2.6 – Almeida 1 - DORNAS, Lécio. Curando as Enfermidades da Igreja. São Paulo: CLC Brasil, 2016.

Século 21). Os crentes deviam con-duzir as suas vidas numa ação ha-bitual e contínua, de acordo com a verdade paulina, e não conforme a palavra dos hereges. Como aqueles irmãos deveriam proceder? Paulo diz: “Arraigados e edificados nele e confirmados na fé, como fostes en-sinados, sempre cheios de ações de graças” (2.7 – Almeida Século 21). Vamos analisar os termos:

Arraigados – “Enraizar, criar raízes, ser ou ficar enraizado”. Pau-lo deixa claro que à semelhança da árvore, os crentes foram plantados em Cristo. Não existe espaço para uma vida superficial com Cristo. Lé-cio Dornas, em seu livro “Curando as Enfermidades da Igreja”, diz que “crentes da superfície, se conten-tam com um relacionamento lúdico com Deus em todas as dimensões da vida cristã. Crentes que têm sido religiosos, mas não estão sendo cristãos. Crentes que estão ado-tando um estereótipo religioso, uma roupa de religioso, condutas religio-sas, algumas rotinas de vida que fazem com que sejam confundidos com cristãos devotos” 1. Uma vida espiritual superficial está sujeita a problemas de toda sorte.

Edificados – A ideia é que deve haver um processo contínuo de crescimento, como um prédio em construção (Ef 2.20-22). Ninguém pode dizer que já alcançou tudo em Cristo, pois este é um processo contínuo. Você está fazendo pro-gressos ou está estagnado?

30

Confirmados – Significa: “fir-mar, estabelecer, fortalecer”. O presente dá a ideia de “estar mais e mais estabelecido”. Aquele que está arraigado e edificado em Cris-to pode enfrentar as ameaças com segurança e resistência.

Ensinados – Epafras foi um bom mestre (1.7; 4.12). Paulo des-taca a atuação deste servo de Deus, lembrando a importância de continuar no ensino recebido, sem desvio. Não pode existir espirituali-dade saudável sem um bom ensino bíblico. Sobretudo, o conhecimento da verdade deve ser seguido pela prática (Tg 1.22).

Agradecidos – Aqui se reco-menda “ser mais que suficiente, exceder a”. Paulo sabia que um co-ração grato correria menos perigo em relação ao desvio. Uma vida que transborda em gratidão encontrou o antídoto contra a murmuração e o falso ensino, está concentrada nas bênçãos celestiais. Você tem agra-decido a Deus por tudo que Ele tem realizado em sua vida? Se você já aprendeu o que significa aprofundar--se em Cristo, tome o terceiro passo.

3. Desfrute da segurança de Cristo “Tende cuidado para que nin-

guém vos tome por presa, por meio de filosofias e sutilezas vazias, se-gundo a tradição dos homens, con-forme os espíritos elementares do mundo, e não de acordo com Cristo” (2.8 – Almeida Século 21). O termo “presa” significa “raptar, sequestrar,

levar como prisioneiro ou cativo”. A ideia é desviar alguém da verdade e colocá-lo na escravidão do erro. Os falsos mestres poderiam mu-dar as convicções daquela Igreja, e isso de forma violenta, atacando como bandidos.

A expressão “filosofias vãs e enganosas” não está tratando de todas as formas de filosofia, nem a que busca a verdade pelo exame cuidadoso consciente de suas limi-tações. O contexto nos leva a en-tender o falso ensino difundido na cidade de Colossos. Assim, Paulo não está combatendo toda forma de filosofia, até porque o raciocí-nio filosófico foi bem largamente utilizado por ele em seu ministério (At 17; Cl 1.15-20). O que de fato está sendo repudiado é qualquer raciocínio ou filosofia que esteja corrompendo o ensino de Cristo.

A versão Almeida Século 21 conclui o verso 8 dizendo: “... se-gundo a tradição dos homens, con-forme os espíritos elementares do mundo, e não de acordo com Cris-to” Destacamos a expressão: “espí-ritos elementares do mundo”. Que significa literalmente “fileira, série”. No primeiro século, significava os elementos básicos de toda existên-cia ou o “ABC” de qualquer assunto, no sentido de passos preliminares e básicos (Hb 5.12; Gl 4.3; 9).

Todo discípulo deve desfrutar da segurança de Cristo e de seu ensi-no. “Pois nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (2.9 – Almeida Século 21). “Corporal-

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mente, de modo corpóreo, perten-cente ao corpo, encarnado”. O texto mostra que em Cristo habita a ple-nitude Deus, e não meras partícu-las da plenitude. O tempo do verbo é o presente, indicando o estado contínuo, e aponta para a realida-de presente. Ele mesmo, Cristo, é o Deus perfeito e absoluto.

Veja o verso 10: “Portanto, por-que estão nele, o cabeça de todo governante e autoridade, vocês também estão completos” (NVT). “Nele”, em Cristo, e não nos pode-res cósmicos (Ef 3.19).

O discípulo deve estar firme em Cristo porque foi transforma-do (2.11). A obra de transformação não é fruto de um ritual qualquer, mas da operação do Espírito San-to. Ele se identificou com Cristo (2.12). O poder divino é eficaz, por-que ressuscitou a Cristo (levantou) dentre os mortos, e nos ressusci-tou em Cristo para uma nova vida (Cl 3.1-3). Ele foi perdoado (2.13). Deus trouxe nova vida àqueles que estavam na morte espiritual, e o perdão àqueles que estavam subju-gados por poderes malignos.

Paulo ainda afirma no versículo 14a: “e apagando a escrita de dívi-da, que nos era contrária...” (Almei-da Século 21). Jesus riscou, apa-gou, removeu, inutilizou a acusação ou dívida escrita. Paulo usa a figura de um tribunal. O juiz está diante do escrito, repleto de acusações, mas inocenta o culpado. O verso termi-na: “... removeu-a do nosso meio, cravando-a na cruz” (2.14b – Almei-

da Século 21). Aqui, temos a ideia de como foi realizada a remoção. Jesus cravou a escrita de dívida contrária a nós na cruz!

“E, tendo despojado os princi-pados e poderes...” (2.15a – Almei-da Século 21). Despojar – “Tirar, despir, desarmar, derrotar”. Aqui temos uma visão daquilo que Jesus fez na cruz e na ressurreição. Ele “desarmou” seus inimigos, deixan-do-os impotentes. A força opositora retratada por Paulo é vista como um exército totalmente derrotado e exposto. Paulo declara: “... os expôs em público e na mesma cruz triun-fou sobre eles” (2.15b – Almeida Século 21).

Para pensar e agir:Você foi alcançado pela mise-

ricórdia divina, desfruta desta po-sição por causa de Jesus e deve desenvolver sua caminhada de fé fundamentada nEle. O falso ensino será sempre uma ameaça à Igreja de Cristo. O antídoto é permanecer na Palavra de Deus. Assim, o con-selho paulino se torna atual e rele-vante para a Igreja pós-moderna. Siga firme no Evangelho de Jesus!

Leitu

ra Di

ária

Segunda: 1Timóteo 4.1

Terça: Colossenses 2.1-3

Quarta: Colossenses 2.4-5

Quinta: Colossenses 2.6-7

Sexta: Colossenses 2. 8-10

Sábado: Colossenses 2.11-12

Domingo: Colossenses 1.13-15

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ASSUMINDO SUA POSIÇÃO

LIÇÃO 6DATA DO ESTUDO

Texto Básico: Colossenses 2.16-23

Existem pessoas que se sen-tem culpadas pelo que os outros dizem e acabam minadas por opi-niões que geralmente não refletem a verdade de Deus. Neste tempo onde as heresias se tornam recor-rentes, devemos ouvir com avidez o conselho paulino, pois aqueles que pretendem viver para a gló-ria do Pai não podem ser levados pelo erro. O caminho é assumir a posição que Deus deseja. Como você pode fazer isso?

1. Rejeite qualquer julgamento inapropriado“Assim, ninguém vos julgue

pelo comer, ou pelo beber...” (2.16a – Almeida Século 21). Na falsa doutrina havia uma mistura de adoração aos anjos e legalis-mo, através das leis cerimoniais. Os colossenses não poderiam permitir que os falsos mestres viessem obrigá-los a viver uma

vida espiritual moldada por uma espécie de sincretismo (proces-so mediante o qual elementos de uma religião são assimilados por outra religião), e não pelo Evange-lho genuíno de Cristo.

O verso 16 pede a interrupção de uma ação já em andamento. Os falsos mestres ensinavam que algumas comidas e bebidas con-taminavam quem as consumia, impedindo-os de entrar em conta-to com poderes sobrenaturais. Al-gumas seitas nos dias atuais têm repetido o comportamento dos fal-sos mestres da cidade de Colos-sos. Esteja alerta!

Paulo disse ainda “... ou por causa de dias de festa, ou de lua nova, ou de sábados...” (2.16b – Almeida Século 21). Os dias de festa seriam as festas religiosas anuais e mensais. A expressão “lua nova” só aparece aqui, no Novo Testamento. Refere-se à fes-ta mensal da antiga aliança. Os

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gnósticos misturavam alguns as-pectos da cultura judaica com ele-mentos astrológicos.

Por que aquele era um julga-mento inapropriado?

A primeira resposta está no versículo 17: “os quais são som-bras das coisas que haveriam de vir...” (Almeida Século 21). Grego – Skia = “sombra”. A palavra indica uma sombra, que não tem substân-cia em si mesma, porém indica a existência de um corpo que a pro-duz. O texto está apontando para algo sem exatidão (algo não defi-nido), de temporalidade (a sombra desaparece, quando a realidade aparece) e inferioridade.

Cada discípulo de Jesus deve entender que quando Ele veio, trou-xe a substância e a realidade em sua pessoa (João 1.1;14). Jesus, como revelação do Pai, é a perfeita concretização de todas as coisas. Correr atrás de sombras é um peri-go, sendo Cristo a maior revelação de Deus. Esse é o perigo que muitas vidas enfrentam hoje. Elas correm atrás das sombras, e querem fazer com que outras façam o mesmo. O apóstolo fecha a questão, dizendo: “... a realidade, porém, encontra-se em Cristo” (2.17b – NVI).

A segunda resposta está no versículo 18: “Não permitam que ninguém que tenha prazer numa falsa humildade e na adoração de anjos os impeça de alcançar o prê-mio...” (NVI). A Bíblia Almeida Sécu-lo 21, neste mesmo verso, diz: “Nin-guém seja árbitro contra vós”. Fica 1 - SHEDD, Russel. Op. Cit.

evidente no texto a função de juiz ou árbitro. Árbitro, aqui, tem a ideia de decidir contra alguém, dar uma sentença contrária à pessoa. Rus-sell Shedd diz que árbitro quer dizer “agir na capacidade de um juiz ou árbitro que num jogo desqualifica o atleta ou lhe nega o prêmio” 1.

Era uma palavra direta contra os falsos mestres, que não davam a Jesus o lugar supremo. Os discí-pulos da cidade de Colossos não poderiam ser julgados por “autori-dades falsas”, que se faziam passar por juízes, baseados em uma falsa tese. O texto aponta para alguns detalhes:

“Falsa humildade” – A ideia é que eles “exibiam humildade”, não sendo humildes no espírito. Paulo estava combatendo aquele posicio-namento, pois sabia que a humilda-de deveria ser uma atitude de co-ração e da interioridade, mais que uma prática legalista externa.

“Adoração de anjos” – Eles adoravam anjos e davam a eles posição de mediadores. O mesmo apóstolo declara em 1Timóteo 2.5: “Porque há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem” (Almeida Sé-culo 21). Há aqui uma advertência contra os que pretendem buscar a Deus por intermédio dos anjos ou adorá-los. O apelo paulino era para que ninguém – adotando um com-portamento distinto do Evangelho – viesse impedir os irmãos de re-ceberem o prêmio. Um apelo que serve para todos os discípulos de Cristo nos dias atuais.

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Paulo termina este versículo di-zendo: “Tal pessoa conta detalha-damente suas visões, e sua mente carnal a torna orgulhosa” (2.18b – NVI). Novamente Paulo vai de encontro àquele sistema místico gnóstico. As visões dos gnósticos estavam acima de Cristo como ver-dade espiritual e foram classifica-das como carnais.

Assim, rejeite qualquer julga-mento daqueles que podem parecer bem intencionados, mas que estão distantes da verdade do Evangelho de Cristo. Assim fazendo, você es-tará vivendo para a glória de Deus. Se você já está fazendo isso, dê o próximo passo:

2. Creia no plano de Deus para sua Igreja “E não retendo a Cabeça, com

a qual todo o corpo, suprido e or-ganizado pelas juntas e ligamentos, vai se desenvolvendo segundo o crescimento concedido por Deus” (2.19 – Almeida Século 21).

Os falsos mestres haviam esta-belecido um programa para o de-senvolvimento espiritual que não incluía Jesus como Cabeça da Igreja. O texto bíblico aponta para o corpo de Cristo que cresce dentro de uma organização estabelecida pelo próprio Deus. O apóstolo traz esta mesma ideia escrevendo aos efésios: “Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo na-quele que é a cabeça, Cristo. Dele todo o corpo, ajustado e unido pelo auxílio de todas as juntas, cresce e 2 - JONES, M.Lloyd-Jones. O Combate Cristão. Tradução, Odayr Olivetti. São Paulo: PES, 1991.

edifica-se a si mesmo em amor, na medida em que cada parte realiza a sua função” (Ef 4.15-16 – NVI).

Devemos perceber que existe um plano para o crescimento da Igreja e uma exortação para os que não estão vivendo neste plano.

Quais são os detalhes deste plano?2.1 A Igreja depende total-

mente de Cristo para crescer. “... e eles não estão ligados a Cristo, que é a cabeça do corpo” (2.19a – NVT). A Igreja deve se lembrar de que Cristo é o Cabeça do corpo. Nenhum outro plano ou intenção que venha contrariar este detalhe pode ser levado em conta.

2.2 A Igreja precisa de cada membro do corpo para crescer. “Unido a ele por meio de suas juntas e seus ligamentos, o corpo cresce...” (2.19b – NVT). O tempo presente do verbo enfatiza o cres-cimento contínuo. Se você faz parte do corpo de Cristo deve viver na in-terdependência, para o seu próprio crescimento.

2.3 A Igreja cresce nutrida por Deus. “... cresce à medida que é nutrido por Deus” (2.19c – NVT). Lloyd-Jones afirma de forma cate-górica: “Qualquer coisa que ofereça um atalho espiritual – e não interes-sa se chama cristianismo evangé-lico ou não – não é o cristianismo da Bíblia. Neste não há atalhos” 2. Este é o plano magnífico de Deus em Cristo! Assumir a posição signi-fica também crer neste plano. Agora veja o último passo:

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3. Mantenha-se no curso correto “Visto que morrestes com Cris-

to para os espíritos elementares do mundo, por que sujeitais ainda a mandamentos como se vivêsseis no mundo” (2.20 – Almeida Sécu-lo 21). A ideia seria: “por que vocês estão deixando que suas vidas se-jam governadas por alguns decre-tos estranhos?”.

A palavra de Paulo é uma cen-sura a qualquer escravidão, pois Cristo já nos livrou de todas elas. Já foi o tempo da sujeição ao reino das trevas, ao raciocínio humano falho, à religiosidade sem Cristo, etc (Cl 1.13). Manter-se no curso correto é permanecer no Evangelho.

O versículo 21 completa a ideia: “tais como não toques, não proves, não manuseies?” (Almeida Século 21). A prática gnóstica proibia ma-nusear ou tocar uma série de coi-sas (comidas e bebidas imundas). Alguns indicam que os gnósticos eram vegetarianos, não ingerindo carne. Neste ponto eram radicais, ultrapassando o judaísmo normal.

Paulo traz uma exortação para que os irmãos fugissem de ensi-namentos humanos: “Todas estas coisas desaparecerão com o uso, pois são preceitos e doutrinas dos homens” (2.22 – Almeida Século 21). Significa que tais coisas não têm utilidade, nem trazem benefício para uma vida espiritual saudável. No verso 23 ele diz claramente: “Na verdade, esses mandamentos têm aparência de sabedoria em falsa de-voção, falsa humildade, e severidade para com o corpo, mas não têm valor

3 - ROCHA, Evaldo. Construindo uma Espiritualidade que faz Sentido. Princípios da oração do Pai Nosso. Rio de Janeiro: Mover, 2015.

algum no combate aos desejos da carne” (2.23 – Almeida Século 21).

“Não existe espiritualidade que faz sentido numa religiosidade mar-cada pela exterioridade desprovi-da do toque divino na realidade do cotidiano e distante da sinceridade que é proposta no evangelho de Cristo”.3 Tudo aquilo que os falsos mestres realizavam se constituía em uma espiritualidade que não fa-zia sentido a partir do Evangelho de Cristo. Era apenas uma ilusão.

Para pensar e agir:Jamais deixe que pessoas ve-

nham julgar você, a partir de uma visão falsa ou através de uma inter-pretação bíblica que não é coerente com o ensino apostólico e de Cristo.

Se você deseja viver para a glória de Deus, lembre-se de que você faz parte do corpo de Cristo. Rejeite qualquer julgamento inapro-priado, creia no plano de Deus para sua Igreja e mantenha-se no curso correto, fazendo de Cristo, a cada instante, o Senhor de sua existên-cia. Assuma sua posição como uma pessoa transformada por Deus e desenvolva sua caminhada espiri-tual com firmeza!

Leitu

ra Di

ária

Segunda: Colossenses 2.16-17

Terça: João 1.14

Quarta: Colossenses 2.18-19

Quinta: Efésios 4.15-16

Sexta: Colossenses 2.20-21

Sábado: 1Timóteo 2.5

Domingo: Colossenses 2.22-23

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CUIDANDO DE SUA VIDA

LIÇÃO 7DATA DO ESTUDO

Texto Básico: Colossenses 3.1-7

Em um mundo onde as pes-soas estão cada vez mais distraí-das e centradas em si mesmas, o desafio para os filhos de Deus é viver uma vida centrada em Cristo. Este assunto causa sempre algum incômodo, pois o discípulo precisa estar sujeito a constantes acertos ao longo da jornada de fé. Contu-do, o assunto precisa ser encara-do com seriedade por aqueles que pertencem a Cristo.

Sendo assim, o que você pode fazer para cuidar de sua vida? Se você deseja receber uma resposta honesta, observe a diretriz dada pela Palavra de Deus.

1. Avalie sua conduta como discípulo de Cristo“Já que fostes ressuscitados

com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à direita de Deus” (3.1 – Almeida Século 21). Dian-

te da ação inegável de Deus e da transformação produzida pela ação de Cristo, aqueles irmãos de-veriam seguir um caminho diferen-te (2.12). Paulo começa falando do lado positivo da obra Espiritual.

Perguntas relevantes:1.1 Você está buscando as

coisas de cima?“Buscai” – A ideia é “procu-

rar”. Uma atividade contínua e habitual, como resultado da obra espiritual. Quem foi transformado deve seguir este caminho, fixando sua atenção em tudo que está li-gado a Cristo (Mt 6.33).

“De cima” – Significa: “as coi-sas do alto”. A Igreja tão amea-çada em Colossos precisava manter seus olhos nas coisas do alto. Paulo combate claramente a visão terrena dos falsos mestres, que era passageira, mostrando a importância de fixar nossa mente onde Jesus está.

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“Direita de Deus” – Aqui temos uma metáfora baseada nas cortes reais que ocupava esse lugar, que era o mais honrado pelo Rei. É um simbolismo do poder e posição de Cristo (Ef 1.20; 1 Pe 3.22)

1.2 Você está pensando nas coisas de cima?

O texto diz: “Pensai nas coisas de cima, e não nas que são da ter-ra” (3.2 – Almeida Século 21). Pen-sar aqui é “fixar a mente sobre algo que deve ser cultivado” (Rm 12.1-2). Isso é mordomia da mente. Portan-to, temos dois imperativos: “buscai e pensai” que retratam duas postu-ras que não podem ser esquecidas pelos filhos de Deus.

1.3 Você tem consciência de que morreu para o mundo?

O texto ainda diz: “pois morres-tes, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus” (3.3 – Almeida Século 21). Morrestes, aqui, signifi-ca a morte para o mundo, a morte do velho homem, da religião ritua-lista (Rm 6.1-3). Aquele que “mor-reu“ tem sua vida “escondida com Cristo”. A ideia da vida escondida em Deus sugere três pensamentos: Nova vida (2Co 5.17), identificação (Rm 6.4) e segurança (Rm 8.37-39).

1.4 Você espera o momento de viver eternamente com Cristo?

O texto afirma: “Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, também vos manifestareis com ele em glória” (3.4 – Almeida Século 21). O texto se refere à vinda do Senhor. Este é um momento que todo discí-pulo deve aguardar com esperança.

Paulo está mostrando que já temos resultados maravilhosos na obra da redenção, mas quando es-tivermos na glória com Cristo, des-frutaremos da plena manifestação da glória, que agora é parcial. Este é um encorajamento para aqueles que estão em Cristo continuarem aguardando sua volta. (1Co 15.58, Jo 14:3).

Cuidar da vida é pensar nessas verdades e responder a todas es-sas indagações. Siga para o próxi-mo passo.

2. Elimine as possíveis ameaçasQuem se propõe a glorificar a

Deus através de sua existência deve ouvir com atenção a orien-tação de Paulo aos Colossenses: “Portanto, eliminai vossas inclina-ções carnais...” (3.5 – Almeida Sé-culo 21). A Nova Versão Internacio-nal diz: “Assim, façam morrer tudo o que pertence à natureza terrena de vocês...”. Aqui está em foco o corpo humano como instrumento para o pecado.

A expressão “eliminai” tem a ideia de “mortificar, fazer morrer, matar”. O significado aqui deve ser comparado a Romanos 6.11: “As-sim, também, considerai-vos mor-tos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus” (Almeida Século 21). Esta é uma postura saudável aos que desejam viver para a glória de Deus. O imperati-vo nos mostra a responsabilidade de “fazer morrer” a nossa natureza

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(Rm 8.13). A natureza pecaminosa não é vencida quando alguém fere ou machuca o próprio corpo. No restante do verso 5, o apóstolo traz uma lista de práticas que deveria ser exterminada ou eliminada:

Prostituição (Grego: Porneia) – A melhor tradução aqui seria “imoralidade”. A palavra é usada, geralmente, a fim de indicar todas as formas de pecado sexual, e não apenas o tráfico comercial do sexo. A prostituição sexual é toda ativi-dade sexual fora do casamento. O termo grego “porne” significa “pros-tituta” e o termo pornografia se ba-seia nesta expressão.

Demóstenes, orador dos mais famosos da Grécia disse: “Nós re-servamos amantes para nosso prazer; concubinas para as ne-cessidades corporais do dia a dia; mas temos esposas para produzir crianças legitimamente e para ter quem seja fidedigna para guardar os nossos lares” 1. Somente na ci-dade de Corinto havia cerca de mil pessoas se prostituindo (mulheres e homens) servindo no templo de Afrodite (Deusa do amor).

2.2 Impureza – Qualquer forma de impureza moral. Particularmente perversão sexual.

2.3 Paixão – “Desejo irrestri-to”. A palavra indica um impulso ou força que não descansa até ser satisfeito. Tal paixão pode levar aos excessos sexuais e às perversões (Rm 1.26).

1 - SHEDD, Russel. Op. Cit.

2.4 Desejo mau (ou vil concu-piscência) – “Desejo” (Grego: epi-thumia). A palavra é mais ampla que a anterior e abrange todos os maus desejos. A expressão é acom-panhada do adjetivo grego “kaken”, que significa “maligno”, indicando todos os desejos desviados.

No Novo Testamento existem outros textos onde aparece a pa-lavra epithumia, traduzidos como: “Paixões da juventude” (2Tm 2.22), “desejos que tínheis em tempos passados” (1Pe 1.14), “desejos im-puros” (2Pe 2.10), “desejos maus e enganadores” (Ef 4.22) e “desejo da carne” (1Jo 2.16).

2.5 Avareza – “Insaciabilidade”. O desejo de “ter mais” (Ef 5.3). Pau-lo falava de vícios sexuais, agora quebra sua sequência falando des-se desejo. Trata-se de uma cobiça pela fama, pelo lucro ou por vanta-gens terrenas.

2.6 Idolatria – Paulo definiu “avareza” como idolatria. Quando alguém adora aquilo que ama, seja o dinheiro, as vantagens sociais ou os prazeres, isso se torna o seu “deus”.

Quem deseja cuidar de sua vida com honestidade deve eliminar tudo o que ameaça sua saúde espiritual (1Ts 4.3-7). Existe algo que tem se constituído uma ameaça para sua vida espiritual? Existe alguma coi-sa que deve ser tirado de sua vida? Essas perguntas são relevantes para quem deseja glorificar o nome de Deus. Aceite o último desafio.

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3. Viva no temor de DeusO verso 6 traz a seguinte decla-

ração: “é por causa dessas coisas que a ira de Deus sobrevém aos desobedientes” (Rm 1.18-32 – Al-meida Século 21). É o resultado, uma punição presente e eterna que sobrevirá àqueles que prati-cam atos condenados no verso 5 (Rm 2.3-5). Paulo os chama de “de-sobedientes” – expressão hebrai-ca que indica aqueles que por na-tureza são desobedientes (Ef 2.2).

Ele deseja apontar para um re-sultado trágico na vida dos desobe-dientes e, ao mesmo tempo, indicar que o caminho dos obedientes é viver no temor de Deus (Pv 1.7). Aqueles que já experimentaram o novo nascimento devem produzir bons frutos. Qualquer atitude dife-rente depõe contra a fé em Cristo.

Os falsos mestres não valoriza-vam uma vida santa, corrompiam o verdadeiro ensino e não viviam no temor de Deus. Para os irmãos da Igreja de Colossos, Paulo diz: “Ne-las também andastes no passado, quando ainda vivíeis nessas coisas” (3.7 – Almeida Século 21). Indica uma ação habitual na experiência do passado sem Cristo, agora a vida é nova. Já foi o tempo, agora o andar é novo e no Espírito (Gl 5.16). As-sim, a exortação paulina precisa ser ouvida com seriedade: “Amados, visto que temos essas promessas, purifiquemo-nos de toda impure-za do corpo e do espírito, aperfei-çoando a santidade no temor de Deus” (2 Co 7.1 – Almeida Século 21).

E ainda: “Pois no passado éreis tre-vas, mas agora sois luz no Senhor. Assim, andai como filhos da luz” (Ef 5.8 - Almeida Século 21).

Para pensar e agir:Diante disso, uma avaliação pes-

soal e corajosa é necessária, se real- mente você deseja cuidar de sua vida com seriedade. Faça sua avaliação:

Como você julgaria a si mesmo em relação a buscar e pensar as coisas de cima? ( )Ruim ( )Médio ( )Bom ( )Ótimo

Como você se julgaria em rela-ção a exterminar suas inclinações carnais?( )Ruim ( )Médio ( )Bom ( )Ótimo

Como você julgaria a si mes-mo em relação a viver no temor de Deus? ( )Ruim ( )Médio ( )Bom ( )Ótimo

Se você almeja cuidar de sua vida espiritual de forma eficaz, lembre-se de tomar três atitudes práticas: avalie-se constantemen-te, elimine as ameaças que podem prejudicar sua caminhada de fé e viva no temor de Deus.

Leitu

ra Di

ária

Segunda: Colossenses 3.1

Terça: Colossenses 3.2-3

Quarta: Colossenses 3.4

Quinta: Efésios 1.19-21

Sexta: Romanos 6.1-3

Sábado: Romanos 6.11

Domingo: Colossenses 3.5-7

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OUVINDO CONSELHOS SÁBIOS

LIÇÃO 8DATA DO ESTUDO

Texto Básico: Colossenses 3.8-11

A trajetória dos que desejam viver para a glória de Deus en-volve ouvir bons conselhos. Uma questão relevante por conta des-ta verdade é saber que tipo de conselho você está ouvindo e de quem está ouvindo.

Em nossa análise, nesta car-ta aos Colossenses, percebemos quanto é valioso ouvir conselhos sábios e de pessoas comprometi-das com Deus. Aqueles que dese-

jam desenvolver uma caminhada de fé saudável não podem despre-zar essa dinâmica abençoadora.

O apóstolo Paulo, em sua ins-trução aos irmãos da cidade de Colossos, é enfático: “Mas, agora, livrai-vos de tudo isto: raiva, ódio, maldade, difamação, palavras in-decentes do falar” (3.8 – Almeida Século 21). Qual deve ser o seu posicionamento diante desse con-selho e exortação?

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1. Fuja das práticas do velho homemO termo que aparece no versí-

culo 8 é “livrai-vos de tudo isto”. O verbo é usado para indicar o des-pir de uma roupa velha e suja para, em seguida, vestir-se com uma rou-pa nova. A ideia é de remover ou se despir de práticas que não glo-rificam a Deus. O termo simboliza o fim das práticas da velha vida. Descobrimos que existe um con-junto de práticas ou vícios do velho homem que não podem mais per-tencer àquele que se tornou servo de Cristo.

Vejamos quais são as práticas que devem ser abandonadas:

1.1 Raiva (Ira) – O termo pode ser classificado como obra da car-ne. “Ora, as obras da carne são manifestas: imoralidade sexual, impureza e libertinagem; idolatria e feitiçaria; ódio, discórdia, ciúmes, ira...” (Gl 5.19-20 – NVI). Obviamen-te existem comportamentos dife-renciados em relação à ira, já que em algum grau convivemos com ela. Existem pessoas que se iram com facilidade, vivendo de forma desequilibrada e os que se iram, mas não permitem o descontrole e o pecado (Ef 4.26).

Quem deseja viver para a glória de Deus deve se lembrar da Pa-lavra de Deus: “É melhor ser pa-ciente que poderoso; é melhor ter autocontrole que conquistar uma cidade” (Pv 16.32 - NVT). Aquele que vive de forma desequilibrada

compromete sua própria vida. A ira é obra da carne e está no mesmo nível da idolatria e da feitiçaria. Fuja desta prática!

1.2 Ódio – “Indignação”. Re-lacionada com o termo “ferver” no grego, significando irritação violen-ta e breve como fogo na palha. Ela não pode fazer parte da vida de quem deseja viver em adoração. Fuja desta prática!

1.3 Maldade – Aponta para uma natureza viciosa, que se inclina a fazer o mal para os outros. A malda-de ou malícia, aqui, pode ser classi-ficada como qualquer comunicação que venha prejudicar ou destruir a reputação do próximo.

A palavra daqueles que se tor-naram filhos de Deus precisa es-tar sustentada no amor, pois deve ter o desejo de encorajar e não de destruir maliciosamente. Fuja desta prática!

1.4 Difamação – “Maledicência” ou uma linguagem maledicente. Russell Shedd diz que “Paulo te-ria em mente palavras proferidas com intenção de abusar, caluniar e destruir o valor de uma pessoa nas mentes dos ouvintes” (At 13.45; 1Tm 6.1). Temos como exemplo a fofoca e os comentários maliciosos. Um comportamento maledicente não combina com um cristão verda-deiro. Fuja desta prática!

1.5 Palavras indecentes no falar – No grego o termo significa “linguagem obscena” ou “linguagem abusiva” (aiskrologían). Temos aqui

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qualquer expressão vergonhosa para um discípulo de Jesus. Paulo instrui os irmãos de Éfeso contra esta prática ao dizer: “Nenhuma pa-lavra torpe saia da boca de vocês, mas apenas a que for útil para edi-ficar os outros, conforme a necessi-dade, para que conceda graça aos que a ouvem” (Ef 4.29 – NVI).

Diante dessa exortação, deve-mos nos lembrar de que as velhas práticas já não devem fazer parte da vida de quem serve a Cristo e foi alcançado pelo amor de Deus. Nun-ca se esqueça que para glorificar a Deus através de sua vida, você precisa fugir das velhas práticas. Se você já tem feito isso, observe o outro conselho:

2. Siga o padrão do novo homemCada servo de Cristo deve estar

atento à sua conduta espiritual, pois agora segue outro padrão de vida. Neste caminho, Paulo afirma: “Não mintais aos outros, pois já vos des-pistes do velho homem com suas ações” (3.9 – Almeida Século 21).

É bom entender que esse des-pir-se começou na conversão, e prossegue no processo de santi-ficação e crescimento através da obra do Espírito Santo. Aquele que sofreu a ação divina em sua vida deve lembrar que tem novas vestes, por isso, a mentira não pode fazer parte de sua vida (Ef 4.25).

O “não mintais” é uma proibi-ção para um estilo de vida falso,

uma grande exortação que nunca se tornará desnecessária, pois o discípulo pode ser tentado a mentir. Mentir significa, no fundo, aliar-se com satanás, que é o pai da menti-ra (Jo 8.44). Por que o discípulo não deve mentir? Porque já se despiu dos velhos comportamentos. “E vos revestistes do novo homem, que se renova para o pleno conhecimento; segundo a imagem daquele que o criou” (3.10 – Almeida Século 21). Se o antigo modo de vida foi aban-donado, as velhas práticas não fa-zem sentido (2Co 5.17).

A verdadeira conversão se ca-racteriza pelo vestir-se do novo homem e despojar-se do velho. A orientação é para uma ação contí-nua de renovação. A Nova Versão Internacional diz: “E se revestiram do novo, o qual está sendo renovado em conhecimento, à imagem do seu Criador” (3.10). O renovar que Paulo se refere leva o discípulo ao “pleno conhecimento”, que ultrapassa o co-nhecimento dos falsos mestres.

O apóstolo faz questão de afir-mar aos colossenses que este pro-cesso é um privilégio para todos que experimentaram de Cristo: “Nesse caso, não há mais grego nem judeu, nem circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, escravo ou homem livre, mas, sim, Cristo, que é tudo em todos” (3.11 – Almei-da Século 21). O texto mostra que no âmbito do novo homem não há divisão dentro do Reino de Deus. Os privilégios espirituais represen-tados supremamente pelos judeus

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caíram por terra. Não importa se um homem nasceu em Atenas ou em Jerusalém.

Não existe “circuncisão nem incircuncisão”, isto é, nenhum uso legal, sacramental ou cerimonial faz qualquer diferença (Rm 10.4). Não existe “bárbaro”. Os gregos (orgu-lhosos e exclusivistas) chamavam os Persas e outras nações civiliza-das de bárbaros, o que era simples alusão ao seu idioma ininteligível. Não existe “cita”. O termo era apli-cado a tribos selvagens que assal-tavam a área do mar Mediterrâneo Oriental, deixando uma trilha de ter-ror. Eles eram nômades cavaleiros guerreiros e eram comparados qua-se com animais selvagens. Não exis-te “escravo ou livre”. Os escravos ocupavam a mais baixa posição nas camadas sociais. Este verso é uma forte condenação a qualquer tipo de discriminação entre os cristãos. Algo que precisa ser observado sempre pela Igreja em nossos dias.

O verso 11 termina: “... mas, sim, Cristo, que é tudo em todos”. A obra de Deus em Cristo transforma todos, não importando o costume, cultura, língua ou nação. Isso de-monstra a capacidade de Deus em agir na vida dos homens e em sua proposta de que este homem siga um novo padrão de vida.

Para pensar e agir:Observamos duas questões re-

levantes na exortação paulina: fugir das velhas práticas ligadas ao estilo

de vida anterior sem Cristo e seguir o novo padrão do homem transfor-mado pelo poder do Evangelho (Rm 1.16). Estes são conselhos sábios sempre presentes nas Escrituras e que não podemos desprezar.

Faça sua avaliação:Como você se avaliaria em re-

lação ao fugir das velhas práticas? (1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9) (10)

Como você se avaliaria em rela-ção a seguir o padrão estabelecido por Deus?(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9) (10)

Saiba que essas questões são relevantes aos que desejam glorifi-car o nome de Deus e fazer diferen-ça neste mundo.

Faça esta oração: Senhor, mi-nha vida está em Suas mãos. Eu quero assumir o compromisso de fugir de todas as práticas que não glorificam o Seu nome. Elas ofus-cam Sua luz em minha vida. Aju-da-me a seguir sempre o padrão do novo homem, pois desejo viver para Sua glória. Em nome de Cris-to, amém!

Leitu

ra Di

ária

Segunda: Colossenses 3.8

Terça: Colossenses 3.9-10

Quarta: Gálatas 5.19-21

Quinta: Efésios 4.29

Sexta: João 8.44

Sábado: 2Coríntios 5.17

Domingo: Colossenses 3.11

44

PRATICANDO UM ESTILO DE VIDA QUE AGRADA A DEUS

(Parte 1)

LIÇÃO 9DATA DO ESTUDO

Texto Básico: Colossenses 3.12-17

John F. MacArthur Jr. afirma que “nossa esperança não é ape-nas teológica; é ética. Tem conse-quências em nosso comportamen-to... O conhecimento de que um dia você será como Cristo, deverá motivá-lo a tornar-se semelhante a Ele agora”1. A. W. Tozer destaca: “Receio que nós, cristãos moder-nos, somos fartos no falar e faltos na conduta”2. Essas são verdades que precisam ser levadas a sério. Aquele que teve um encontro legí-timo com Jesus deve praticar um estilo de vida que agrada a Deus.

No verso 12 do capítulo 3 exis-te uma recomendação oportuna quando pensamos em praticar um estilo de vida que agrada a Deus: “Portanto, como povo escolhido de Deus, santo e amado, revistam-se de profunda compaixão, bondade, humildade, mansidão e paciência” (3.12 - NVI). Revestir é uma me-táfora do despir e do vestir que já

1 - JR. John F. MacArthur. Chaves para o Crescimento Espiritual. São Paulo: Fiel, 20012 - TOZER, A.W. O Poder de Deus. Tradução, Odayr Olivetti. São Paulo: Mundo Cristão, 1995

apareceu nesta carta. Paulo tinha a convicção da posição concedida por Deus aos colossenses e mos-trava a necessidade de uma pos-tura ética adequada.

Como deve ser a conduta da-queles que pertencem a Cristo?

1. Deve ser marcada pelo equilíbrioVeja qual é o caminho de uma

vida equilibrada, através das pe-ças do vestuário do discípulo de Cristo recomendadas por Paulo no texto:

1.1 Profunda Compaixão (ou “coração cheio de compaixão” – Almeida Século 21). O termo in-dica as entranhas, usualmente as porções mais vitais do organismo. Os antigos pensavam que as emo-ções tinham sede nesses órgãos vitais. Daí a palavra veio indicar “compaixão”, “afeto”. Paulo exorta-

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va seus irmãos para que exerces-sem amor, misericórdia e compai-xão uns para com os outros, que é um aspecto do fruto do Espírito.

1.2 Bondade – É a bondade em atitudes e atos. Mostra o espírito ami-gável e ajudador, que procura suprir as necessidades dos outros em atos generosos. Uma atitude ou disposi-ção bondosa para com o próximo.

1.3 Humildade – É o reco-nhecimento da própria fraqueza, mas também do poder de Deus. É uma virtude observada em Cristo (Mt 11.29; Fl 2.5-8). Os humildes são exaltados por Deus (Tg 4.10). Os humildes são os maiores no Rei-no do céu (Mt 18.4). No mundo gre-go, e para a maioria dos povos não cristãos, a humildade não era vista como uma virtude, mas para quem pertence a Cristo ela é uma grande virtude e algo a ser cultivado (Ef 4.2).

1.4 Mansidão – É a qualidade de manter os poderes da persona-lidade sujeitos à vontade de Deus, pelo Espírito Santo. A palavra indica uma submissão obediente a Deus, com uma fé não vacilante que se faz através de atos gentis para com outras pessoas.

1.5 Paciência (Longanimidade) – Refere-se a suportar as situações desagradáveis sem vingança ou re-taliação. Significa exercer equilíbrio frente a qualquer provação e ser to-lerante diante das falhas e defeitos dos outros.

Todas essas virtudes (que for-mam as peças do nosso vestuário) têm por finalidade abafar a natu- reza humana normalmente egoísta.

Praticar um estilo de vida que agra-da a Deus envolve desenvolver uma vida equilibrada na presença de Deus e do próximo.

Como deve ser a conduta da-queles que pertencem a Cristo?

2. Deve ser marcada por atitudes que fortalecem a comunhãoNo versículo 13 está escrito:

“Suportando e perdoando uns aos outros...” (Almeida Século 21). Aqui fica claro que deve ser uma ação contínua. A harmonia da Igreja deve ser construída através desse suportar e perdoar (Ef 4.32). Deus nos perdoou em Cristo, por isso de-vemos fazer o mesmo. Paulo chama a atenção dos irmãos em Colossos para a necessidade de estar pronto para perdoar quando for necessário.

O texto prossegue: “Se alguém tiver alguma queixa contra o outro, assim como o Senhor vos perdoou, também perdoai.” (Almeida Século 21). Queixa dá a ideia de um mo-tivo de tristeza. Essa palavra só aparece aqui, em todo o Novo Tes-tamento. Deus teria muitas queixas contra nós (motivos de tristeza), mas Ele nos perdoa. Por isso, de-vemos aprender esta grande lição do perdão, buscando sempre o mesmo caminho.

Quem deseja praticar um estilo de vida que agrada a Deus deve atentar para o fato de que precisa exercer uma conduta que venha for-talecer a família de Deus, e jamais o contrário. Suas atitudes estão for-talecendo a comunhão da Igreja?

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O versículo 14 diz: “E, acima de tudo, revesti-vos do amor, que é o vínculo da perfeição” (Almeida Sé-culo 21). Revesti-vos – Novamente a metáfora do vestir. Diante das pe-ças do vestuário de Cristo já men-cionadas, o amor recebe um lugar de destaque: “Acima de tudo”. Pode transmitir a ideia de que o amor deve estar por cima de todas as demais roupas a serem vestidas. A Nova Versão Internacional diz: “Revistam-se do amor; que é o elo perfeito”. O termo “vínculo” ou “elo” descreve o elemento unificador. Je-sus é a fonte e perfeita expressão desse amor. Todas as virtudes são unificadas pelo amor, que é a base para o progresso do caráter cristão.

No versículo 15 o apóstolo fala da necessidade da tolerância, ao afirmar: “A paz de Cristo, para a qual também fostes chamados em um só corpo, domine em vossos co-rações, e sede agradecidos” (Almei-da Século 21) A instrução bíblica é para que a paz de Cristo seja o juiz (mediador) nos corações, visto que cada discípulo foi chamado para pertencer ao corpo. Assim, deve viver em paz, com o coração cheio de gratidão pela obra de Deus em sua vida. Martin diz que: “A cha-mada aqui é para não permitir que nenhum espírito estranho se infiltre nos relacionamentos dos membros da Igreja destruindo aquela paz” 3.

A paz é um dos aspectos do fruto do Espírito Santo (Gl 5.22). Jesus estabeleceu esta paz (Rm 5.1) e ela deve ser a mediadora dos relacionamentos. Nosso coração 3 - MARTIN, Ralph P. Colossenses e Filemom – Introdução e Comentário. São Paulo: Vida Nova e Mundo Cristão, 1987.4 - Moody, apude. WARREN, Rick. Uma Vida com Propósitos. Tradução, James Monteiro dos Reis. São Paulo: Vida, 2003.

deve ser agradecido e contar com um poder que regula toda a vida: a paz de Cristo.

Como deve ser a conduta da-queles que pertencem a Cristo?

3. Deve ser marcada pela valorização da Palavra de Deus “A palavra de Cristo habite rica-

mente em vós em toda a sabedo-ria...” (3.16 – Almeida Século 21). A expressão “Palavra de Cristo” tem o mesmo sentido que “Palavra de Deus”, sendo esta mais usada que aquela (At 4.31; 11.1; 2Pe 3.5; 2Tm 2.9). Outras expressões são usa-das: Palavra do Senhor (1Ts 1.8); Palavra da promessa (Rm. 9.9); Pa-lavra da reconciliação (2Co 5.19); Palavra da verdade (2Co 6.7) e Pa-lavra da vida (Fl 2.16).

A palavra “habitar”, aqui, pode ser vista como “Morar, residir, viver em”. Vem do vocábulo grego oikos “casa ou moradia”. A palavra rica-mente significa de forma abundan-te ou rica. Os colossenses deveriam ter a Palavra de Cristo integralmen-te em suas vidas. Observamos nos dias de hoje uma desvalorização da Palavra de Deus e, como con-sequência, uma espiritualidade empobrecida percebida na vida de tantos que, mesmo no ambiente da fé, ainda não estão levando a sério o ensino bíblico. D. L. Moody diz que “A Bíblia não nos foi dada para au-mentar nosso conhecimento, mas para mudar nossa vida4.

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Lembremos de que uma vida bem-sucedida espiritualmente exi-ge instrução e aconselhamento rea-lizados com sabedoria na depen-dência do Espírito Santo (Cl 1.28; Tg 3.13-17). Assim sendo, somos capazes de perceber e combater a falsa sabedoria e agradarmos ao Senhor nosso Deus. O apóstolo Paulo tinha esta convicção: “... en-sinai e aconselhai uns aos outros com salmos, hinos e cânticos espi-rituais, louvando a Deus com gra-tidão no coração” (3.16 – Almeida Século 21).

Eles deveriam ensinar e aconse-lhar (exortar) uns aos outros. O en-sino e a exortação colaboram para a saúde da Igreja e são indispen-sáveis. O ensino produz maturidade espiritual e a exortação corrige as falhas - um alerta para a importância da Igreja e do verdadeiro ensino. A expressão “uns aos outros”, verifi-cada no texto, reforça os princípios da mutualidade na vivência da comu-nidade dos que pertencem a Deus.

O final do verso 16 traz uma orientação relevante: “... com sal-mos, hinos e cânticos espirituais, louvando a Deus com gratidão no coração”. O louvor autêntico traz desdobramentos abençoadores. O texto mostra a realidade do cântico coletivo, mas também o cântico in-dividual do coração. Russel Shedd disse que: “A música vocalizada deve ser acompanhada pela música do coração” 5. Transforme seu lou-vor em um instrumento que exalta a Deus e edifique outras pessoas. Isso também é praticar um estilo de vida que agrada a Deus.5 - SHEDD, Op. Cit.

Sigamos o conselho de Pau-lo: “E tudo quanto fizerdes, quer por palavras, quer por ações, fazei em nome do Senhor Jesus, dando graças por ele a Deus Pai!” (3.17 – Almeida Século 21).

Para pensar e agir:Praticar um estilo de vida que

agrada a Deus será sempre um desa-fio para o discípulo de Jesus e deve ser valorizado na jornada da fé, pois quem foi transformado pela ação di-vina não tem outro caminho a seguir. Assim, algumas questões precisam ser respondidas com sinceridade.

Como uma pessoa que perten-ce a Jesus, você está vivendo de forma equilibrada?

Você está fortalecendo a comu-nhão através de atitudes abençoa-doras?

Você está valorizando a Palavra de Deus?

Suas respostas podem revelar saúde ou deficiência espiritual. Seja humilde, guarde sempre o ensino da Palavra de Deus, viva com serie-dade e faça a diferença na vida de outras pessoas. Essa é a forma de glorificar o nome de Deus!

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ária

Segunda: Colossenses 3.12-13

Terça: Filipenses 2.5-8

Quarta: Efésios 4.32

Quinta: Gálatas 5.22

Sexta: Colossenses 3.14-15

Sábado: 2Coríntios 5.19

Domingo: Colossenses 3.16-17

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LIÇÃO 10DATA DO ESTUDO

Texto Básico: Colossenses 3.18-25; 4.1

Praticar um estilo de vida que agrada a Deus deve ser um pro-cesso contínuo na vida do discí-pulo de Cristo. Aquele que deseja viver para a glória do Pai deve ver--se inacabado e seguir aplicando os princípios da Palavra de Deus em sua vida. Esta é uma verdade que precisa ser sempre lembrada. Desta forma, você precisa prosse-guir ouvindo a instrução paulina tão relevante para todas as áreas de sua vida.

A pergunta que deve ser respon-dida é: como seguir praticando um estilo de vida que agrada a Deus? Assim, veja o primeiro passo:

1. Viva de forma ajustada na família“Mulheres, cada uma de vós

seja submissa ao próprio marido, como convém no Senhor” (3.18 – Almeida Século 21). O cristão atento e obediente deve conside-rar que sua família precisa estar

ajustada. Praticar um estilo de vida que agrada a Deus envolve também a família. O Evangelho de Cristo permeia todas as áreas. Nossas relações obviamente pre-cisam estar sujeitas à autoridade de Cristo.

A Nova Versão Internacional diz: “Mulheres, sujeite-se cada uma a seu marido, como convém a quem está no Senhor”. Primeiro o texto aponta para uma submis-são voluntária, baseando-se no reconhecimento da ordem divina (Ef 5.22-24). Depois, revela que tal atitude é apropriada, adequa-da e conveniente. Significa que acima da autoridade do marido está a soberania do Senhor. A ex-pressão “no Senhor” mostra que a união com Cristo, deve regular todos os aspectos da vida dos fi-lhos de Deus.

Como você, MULHER tem tra-tado seu marido?(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9) (10)

PRATICANDO UM ESTILO DE VIDA QUE AGRADA A DEUS

(Parte 2)

49

“Maridos, cada um de vós ame sua mulher e não a trate com as-pereza” (3.19 – Almeida Século 21). O amor solicitado aqui é um amor desprendido, sacrificial, que visa o benefício do próximo (Ef 5.25). A NVI diz: “Maridos, ame cada um a sua mulher e não a tratem com amargura”. A ideia é não tratar as-peramente, ser amargo ou irritan-te. Isso fala do atrito causado pela impaciência e “falação” impensada. Existe uma proibição, no sentido de que os maridos não tratem suas mulheres com natureza amarga, tendendo para o ódio. Esse com-portamento não se coaduna com a Palavra de Deus, que proíbe tal prática. Portanto, existe uma clara exortação à mulher e ao marido.

Como você, MARIDO tem trata-do sua esposa? (1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9) (10)

Alguns maridos tratam aspe-ramente suas esposas e demons-tram carinho às outras pessoas. O texto aponta o caminho saudável e adverte contra o comportamento inaceitável. Tanto os maridos preci-sam amar suas esposas e tratá-las com respeito, quanto as mulheres devem ser submissas aos seus ma-ridos dentro dos parâmetros da Pa-lavra de Deus. C. H. Spurgeon disse que “um verdadeiro esposo ama a sua esposa com amor do coração, fervoroso. Não apenas um amor dos lábios” 1.

“Filhos, obedecei em tudo a vos-sos pais, porque isso é agradável 1 - SPURGEON, C.H. Leituras Diárias – Vol. 1. São Paulo: Fiel, 2004.

ao Senhor” (3.20 – Almeida Sécu-lo 21 – Ref. Ef 6.1-3). O texto está dizendo que os filhos devem ser obedientes em tudo. Isso envolve todos os aspectos da conduta dos filhos. Os filhos precisam agir desta forma, pois isso é “agradável ao Se-nhor”. Quando fazem assim, trazem alegria ao Senhor. Alguns filhos têm recebido o ônus devido à desobe-diência. Esta não é a vontade de Deus. Os filhos que querem prati-car um estilo de vida que agrada a Deus devem, sempre que for preci-so, corrigir o que não está adequa-do em suas vidas.

Como você, FILHO tem tratado seus pais? (1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9) (10)

“Pais, não irriteis vossos filhos, para que eles não fiquem desani-mados” (3.21 – Almeida Século 21 – Ref. Ef 6.4).

O termo “irriteis” significa “pro-vocar, irritar”. Paulo o utiliza aqui no sentido negativo. Existe o desper-tar para promover encorajamento e incentivar os filhos. Neste caso, seria positivo. Aqui, ele está alu-dindo o comportamento negativo a ser evitado. Irritar os filhos é nega-tivo. Por que deve ser evitado? Por-que causa desânimo. Faz os filhos perderem a coragem e o ânimo. Se os pais não se cuidarem nesta questão, podem prejudicar seria-mente seus filhos. Os desdobra-mentos podem ser ruins (irritação, desonestidade, falta de amor, etc.).

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O pai não pode se esquecer de que é exemplo para seu filho.

Como você, PAI tem tratado seus filhos? (1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9) (10)

Nunca se esqueça do que você precisa realizar para que sua famí-lia viva ajustada e saudável. Não importa o seu papel em sua família, siga as orientações da Palavra. Isso não só abençoa o lar, como tam-bém glorifica o nome de Deus. Veja o segundo passo para praticar um estilo de vida que agrada a Deus.

2. Desenvolva suas responsabi-lidades na sociedade de for- ma compatível com as ins-truções da Palavra de Deus“Escravos, obedecei em tudo

a vossos senhores deste mundo, não servindo só quando observa-dos, como quem quer agradar os homens, mas de coração íntegro, temendo o Senhor” (3.22 – Almeida Século 21).

No domínio Romano, a maio-ria da população era de escravos, pessoas sem qualquer direito ou re-curso. A orientação, neste contexto, era de que houvesse honestidade diante dos senhores. Aqueles que servem a Cristo precisam dar bom testemunho (Ef 6.6). Contextuali-zando o tema, diríamos que alguns acabam comprometendo o Evan-gelho porque não desempenham honestamente suas atividades no trabalho. Agem de uma forma quan-do estão sendo vistos, e de outra

quando não podem ser vistos. Este comportamento não pode glorificar o nome de Deus. Naquele momento histórico, a situação era bem mais difícil do que nos dias atuais. A exor-tação é atual e deve ser lembrada: trata-se de um comportamento ho-nesto e sem fingimento. Tudo que fizermos deve ser feito para a glória de Deus (1Co 10.31).

O verso 23 reforça e completa a ideia: “E tudo quanto fizerdes, fa-zei de coração, como se fizésseis ao Senhor e não aos homens” (Al-meida Século 21 – Ref. Ef 6.7). Li-teralmente temos aqui “da parte da alma”. Um serviço prestado com a alma ou de todo o coração.

O verso 24 continua: “Sabendo que recebereis do Senhor a heran-ça como recompensa; servi a Cris-to, o Senhor” (Almeida Século 21). Quando Paulo trouxe essa orienta-ção, os escravos não podiam her-dar posses. Assim, o texto mostra que haverá uma recompensa da parte do Senhor.

O verso 25 encerra este capítu-lo: “Pois quem faz injustiça receberá a paga da injustiça que fez, não im-porta quem seja” (Almeida Século 21 – Ref. Ef 6.8-9). O texto mostra a justiça de Deus perante os homens: haverá um acerto de contas apli-cado a todos. Não há parcialidade diante do tribunal do Juiz Supremo. Isso mostra que as injustiças sofri-das são vistas por Deus.

Para concluirmos a ideia tratada até aqui precisamos lançar mão do

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texto do capítulo 4 verso 1: “Senho-res, tratai vossos escravos com jus-tiça e imparcialidade, sabendo que também tendes um Senhor no céu” (Almeida Século 21). O texto cita-do traz uma direção que confronta um padrão. No primeiro século, não se pensava em deveres para os senhores, e nem existia qualquer direito ao escravo. Isso trazia uma responsabilidade para os cristãos no que se refere a exibir justiça aos escravos. Aqui existe um novo modelo de tratamento, que deveria ser marcado pelo que é correto e justo. Os servos ou escravos não deveriam ser explorados e suas provisões tinham de ser adequa-das para suas necessidades. Um senso de justiça produzido pelos valores do Reino de Deus. Um as-pecto que deve ser levado em con-ta quando pensamos em viver para a glória do Pai.

No mundo de hoje, existe um padrão diferente dos princípios do Reino de Deus, e não é difícil ob-servar pessoas sendo exploradas por seus empregadores. O texto aponta para o fato de que deve haver um comportamento diferen-ciado por parte daqueles que são de Cristo. Aqueles que são subor-dinados devem ser tratados como iguais (Ef 6.9).

Para pensar e agir:Neste texto, em particular, perce-

bemos lições que, num primeiro mo-mento, aplicava-se obviamente aos irmãos de Colossos, pois viviam em

um contexto específico de heresias, pressões e ameaças. Entretanto, não podemos deixar de aplicar os princí-pios observados no texto em nossa própria vida.

Constatamos que a experiência com o Evangelho de Cristo deve afe-tar todas as nossas relações (eclesi- ásticas, familiares, sociais, etc.). Uma avaliação honesta sempre será bem-vinda para a Igreja pós-mo-derna diante de suas próprias ameaças.

Responda: O Evangelho tem afetado todos os seus relaciona-mentos? Como você tem tratado as pessoas em sua empresa, na con-dição de empregador ou emprega-do? Como você tem lidado com sua família, na condição de pai, mãe, esposo, esposa ou filho? Lembre--se de que seu estilo de vida deve glorificar a Deus.

Lembremos mais uma vez de que viver um estilo de vida que agrada a Deus é um desafio per-manente e é tremendamente aben-çoador. Começa no lar e se esten-de a todas as esferas da existência. Siga firme!

Leitu

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ária

Segunda: Colossenses 3.18

Terça: Colossenses 3.19

Quarta: Colossenses 3.20

Quinta: Colossenses 3.21

Sexta: Colossenses 3.22

Sábado: Colossenses 3.23-25

Domingo: Colossenses 4.1

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ATUANDO COMO UM VERDADEIRO DISCÍPULO DE CRISTO

LIÇÃO 11DATA DO ESTUDO

Texto Básico: Colossenses 4.2-6

Nos dias atuais existe certa con-fusão sobre o que é de fato ser um discípulo. Algumas pessoas pen-sam que significa apenas estar em uma sala ou templo semanalmente. Outras pensam que é apenas se-guir um tradicionalismo religioso. Outros ainda, pensam que é reali-zar algum serviço em prol do próxi-mo. Todos esses pensamentos so-bre a caminhada da fé e a atuação do discípulo de Cristo são superfi-ciais e precisam ser aprofundados.

A análise da carta aos co-lossenses tem revelado que ser um discípulo é algo profundo e acontece por meio de um rela-cionamento de amor com Deus, através de Cristo, com desdobra-mentos abençoadores. Quando revemos os temas discutidos ao longo deste estudo percebemos essa verdade. A saber: Agindo de forma abençoadora; Ajudando no

crescimento de outras pessoas; Reconhecendo a supremacia de Cristo; Descobrindo verdades que fazem a diferença; Resistindo ao falso ensino; Assumindo sua posi-ção; Cuidando de sua vida; Ouvin-do conselhos sábios; e Praticando um estilo de vida que agrada a Deus 1 e 2. Todos esses pontos são significativos na jornada de fé de um discípulo de Cristo.

Ao escrever aos colossenses, o apóstolo sabia dos desafios e das ameaças que seus irmãos estavam enfrentando. Assim, suas orientações eram oportunas e ajudariam os irmãos de Colossos a viverem como verdadeiros dis-cípulos de Cristo. Sabemos que são as mesmas orientações que a Igreja pós-moderna precisa ouvir, para ser tudo aquilo que Deus de-seja que ela seja. Então, observe o primeiro conselho.

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1. Permaneça na presença de DeusPaulo deixa uma recomenda-

ção clara aos irmãos de Colossos: “Perseverai na oração, nela per-manecendo atentos com ações de graças” (4.2 – Almeida Século 21). A NVT diz: “Dediquem-se à oração com a mente alerta e o coração agradecido”. O texto usa a palavra “perseverai”, que tem a ideia de “aderir a, persistir em, ocupar-se com” – uma sugestão para os discí-pulos se manterem na presença de Deus em oração. Ainda no versículo 2 aparece a palavra “permanecen-do”. A NTLH diz: “sempre alertas ao orarem...”. Aqueles irmãos de Colossos deveriam estar atentos, vigiando, não podiam se descuidar diante de tamanha ameaça. Era uma exortação a qualquer tipo de sonolência espiritual. O verso ter-mina fazendo uma conexão com o coração agradecido, mencionado já nesta carta “... permanecendo aten-tos com ações de graças” (1.12; 2.7; 3.15; 3.17), mostrando a relevância de um coração agradecido na dinâ-mica de vida de um discípulo.

Permanecer na presença de Deus é um conselho sempre atual, quando desejamos o agir de Deus em nossas vidas. Esse permane-cer deve ser acompanhado de vi-gilância e ação de graças como foi apontado pelo texto bíblico. Se você entendeu esse primeiro conselho, observe o segundo.

2. Interceda pela expansão do EvangelhoA instrução paulina prossegue:

“ao mesmo tempo orando também

por nós, para que Deus nos abra uma porta para a palavra, a fim de anunciarmos o mistério de Cris-to, pelo qual também estou preso” (4.3 – Almeida Século 21). Aqui se nota o valor da intercessão para o avanço do Evangelho. A oração para Deus trazer uma oportunida-de, uma porta para a pregação do Evangelho (1Co 16.9). O texto nos informa que, por causa do Evange-lho, Paulo estava encarcerado, pre-so. A carta aos Colossenses é uma das chamadas “cartas da prisão”. O motivo da prisão de Paulo era o testemunho do Evangelho. Assim, o texto deixa claro que pelo poder de Deus portas são abertas para o Evangelho ser anunciado.

O verso 4 diz: “Orem para que eu possa manifestá-lo abertamen-te, como me cumpre fazê-lo” (NVI). O desejo de Paulo era tornar o Evangelho claro e aberto para to-dos os homens, ao contrário dos falsos mestres na cidade de Colos-sos que desenvolviam práticas mis-teriosas fechadas. Sua intenção era manifestar a Palavra com coragem e no poder de Deus. A mesma so-licitação foi feita na carta aos Efé-sios: “Orem também por mim, para que, quando eu falar, seja-me dada a mensagem a fim de que, destemi-damente, torne conhecido o misté-rio do evangelho, pelo qual sou em-baixador preso em correntes. Orem para que, permanecendo nele, eu fale com coragem, como me cum-pre fazer” (Ef 6.19-20 – NVI).

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O conselho de Paulo deve ser obedecido pelos discípulos de Cris-to. Cada servo de Deus deve inter-ceder pela expansão do Evangelho, como também para que novas por-tas sejam abertas para o testemu-nho da Palavra. Paulo recomendou que os irmãos orassem, porque tinha consciência do agir de Deus em sua própria vida e no mundo. O discípulo de Cristo deve assu-mir essa responsabilidade diante de um mundo distanciado do Pai e carente de transformação. Se você entendeu esse segundo conselho, observe o terceiro.

3. Aproveite as oportunidades para testemunhar“Comportai-vos com sabedoria

para com os de fora, aproveitan-do bem cada oportunidade” (4.5 – Almeida Século 21 / Ref. 1Ts 4.11-12). O termo “comportai-vos” tem a ideia de “comportar-se, conduzir a vida”. O texto não diz para fugir ou se separar, mas assumir o desa-fio de viver uma vida coerente dian-te daqueles que não pertencem a Cristo (os de fora). O texto traz con-sigo certa responsabilidade. A NVI diz: “Sejam sábios no procedimento para com os de fora...” (4.5a). Aque-les que oram para que novas portas sejam abertas, devem estar prontos para o testemunho do Evangelho de Cristo. Do contrário, seria uma incoerência a oração solicitada an-teriormente nos versos 3 e 4.

A segunda parte do verso 5 for-talece essa ideia: “... aproveitando 1 - STOTT, John - Ouça o Espírito, Ouça o mundo. Tradução, Silêda Silva Steuernagel. 2ª ed. São Paulo: ABU Editora, 2005.

bem cada oportunidade”. A ideia é “remir o tempo”, “aproveitar o tempo ao máximo”, “tirar provei-to de toda oportunidade” (Ef 5.16) como alguém que aproveita as oportunidades para comprar algo no mercado. Você tem aproveitado as oportunidades para testemunhar de Cristo?

Algumas pessoas perdem a chance de compartilhar de Deus em vários momentos da vida, porque não observam as oportunidades que surgem diante delas. A palavra chave aqui é aproveitar. Você co-nhece aqueles que aproveitam uma oportunidade para roubar, vender, mentir, falar da vida alheia? O texto está nos desafiando a aproveitar as oportunidades para testemunhar de Cristo. John Stott, em Ouça o Espí-rito, Ouça o mundo, afirma: “Deus continua a falar através daquilo que ele já falou. Sua Palavra não é um fóssil pré-histórico, a ser exibido numa redoma de vidro, mas, sim, uma mensagem viva para o mundo de hoje. O lugar dela é no mercado e não no museu”1. Esteja atento e testemunhe do Evangelho que é o poder de Deus (Rm 1.16). Se você entendeu esse terceiro conselho, observe o quarto.

4. Fale com sabedoria“A vossa palavra seja sempre

amável, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a cada um” (4.6 – Almeida Século 21 / Mt 5.13). A NTLH diz: “Que as suas conversas sejam sempre agradá-

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veis e de bom gosto, e que vocês saibam também como responder a cada pessoa”. Temos um paralelo deste ensino em Efésios 4.29: “Ne-nhuma palavra torpe saia da boca de vocês, mas apenas a que for útil para edificar os outros, conforme a necessidade, para que conceda graça aos que a ouvem” (NVI).

O verso 6 é uma exortação para um falar agradável, com graça, uma linguagem que seja atraente, que provoque nos descrentes uma rea-ção favorável. “Temperada com sal”, aponta para aquilo que é capaz de dar SABOR, de despertar o APETI-TE. Quando falar, você precisa dar sabor à conversa e despertar o in-teresse das pessoas em relação ao Evangelho. Os verdadeiros discípu-los de Cristo atuam dessa forma. Sua palavra tem sido temperada com sal?

Lamentavelmente, muitos da-queles que deveriam possuir um linguajar sadio, têm negligenciado esta orientação paulina, deixando de glorificar o nome de Deus. Isso obviamente tem prejudicado o avan-ço do Evangelho. A fala do discípulo de Cristo deve ser diferenciada para encontrar respeito e atenção aos que a ouvem (Ef 5.4; 1Pe 3.15).

Para pensar e agir:Como você está atuando, sendo

discípulo de Cristo? Faça sua própria avaliação em

relação ao PERMANECER na pre-sença de Deus. ( )Ruim ( )Médio ( )Bom ( )Ótimo

Faça sua própria avaliação em relação a INTERCEDER pela ex-pansão do Evangelho? ( )Ruim ( )Médio ( )Bom ( )Ótimo

Faça sua própria avaliação em relação a aproveitar as OPORTU-NIDADES para testemunhar do Evangelho?( )Ruim ( )Médio ( )Bom ( )Ótimo

Faça sua própria avaliação em relação a falar com PRUDÊNCIA?( )Ruim ( )Médio ( )Bom ( )Ótimo

O que você vai fazer diante des-sa autoavaliação como servo de Deus? O que você vai fazer para melhorar sua atuação como um discípulo de Cristo?

Atuar como um verdadeiro dis-cípulo de Cristo é mais do que cumprir rituais em um horário pre-viamente agendado ou em lugar es-pecífico. Aqueles que desejam ser mais do que religiosos devem estar atentos aos conselhos observados no texto bíblico. Assim, devem viver na presença de Deus, interceder pelo desenvolvimento do Evange-lho, buscar oportunidades para tes-temunhar do Evangelho e falar com sabedoria. Seja tudo aquilo que Deus deseja que você seja!

Leitu

ra Di

ária

Segunda: Colossenses 4.2

Terça: Colossenses 4.3-4

Quarta: Gálatas 2.20

Quinta: Mateus 5.13

Sexta: 1Pedro 3.15

Sábado: Colossenses 4.5

Domingo: Colossenses 4.6

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COOPERANDO NO REINO DE DEUS

LIÇÃO 12DATA DO ESTUDO

Texto Básico: Colossenses 4.7-18

Aprendemos que existe um processo de aperfeiçoamento permanente que envolve os que desejam glorificar o nome de Deus. Ele não termina após uma semana, um mês ou um ano. Ele não termina depois de uma con-ferência, seminário, curso ou es-tudo. Haverá sempre algo a ser feito, um pecado a deixar, uma atitude a ser corrigida, uma verda-de a ser apropriada ao longo da jornada de fé. Como afirma War-ren: “Maturidade espiritual não é instantânea nem automática; é um desenvolvimento que durará o resto de sua vida” 1.

Percorremos um caminho nes-ta carta paulina com o objetivo de verificar questões relevantes que nos ajudam a viver para a glória de Deus. O penúltimo desafio que vamos tratar é sobre cooperar no Reino de Deus. Como você pode fazer isso?

1 - WARREN, Rick. Uma Vida com Propósitos. Tradução, James Monteiro dos Reis. São Paulo: Vida, 2003.

1. Some com aqueles que Deus está usando “Tíquico, irmão amado, fiel mi-

nistro e conservo no Senhor, vos informará sobre a minha situação” (4.7 – Almeida Século 21). Tíqui-co foi um companheiro de Paulo (At 20.4; Ef 6.21; 2Tm 4.12). Ele foi alguém que somou com Paulo e com os que Deus estava usan-do. Veja as qualidades de Tíquico: Primeiro – “Irmão amado”. Se-gundo – “Fiel ministro”. Terceiro – “Conservo no Senhor”. Significa “co-escravo – escravo junto com”.Paulo o considerava como com-panheiro sob o jugo de Cristo, no serviço de Deus.

Tíquico tornaria conhecida a sua situação, “as coisas relativas a ele”, “seus assuntos”. No verso 8 ele diz mais: “Eu o estou enviando para isso mesmo, para que sai-bais como estamos e

para que ele

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conforte o vosso coração” (Almei-da Século 21). Tíquico haveria de completar a carta com mais deta-lhes verbais sobre Paulo na prisão. Veja que outros irmãos estavam somando com Paulo e colaborando no Reino de Deus. No versículo 9 está escrito: “Onésimo, que é um de vós, irmão fiel e amado, irá também. Eles vos informarão de tudo o que acontece aqui” (Almeida Século 21). Onésimo e Tíquico levaram a carta aos Colossenses.

Onésimo foi transformado e ti-nha agora qualidade de servo de Deus chamado de “fiel e amado irmão”. Onésimo tinha sido um es-cravo de Filemom que, aparente-mente, tinha fugido de sua casa e furtado alguma coisa. A carta de Paulo a Filemom aponta para este fato: “Assim, se você me considera companheiro na fé, receba-o como se estivesse recebendo a mim. Se ele o prejudicou em algo ou lhe deve alguma coisa, ponha na minha conta” (vv. 17 e18 – NVI).

Se você sofreu a ação divina, você pode ser um colaborador no Reino de Deus, somando com Deus e com aqueles que Ele está usando no mundo. Você não é descartável!

No versículo 10, uma lista de irmãos é apresentada: “Cumpri-mentam-vos Aristarco, meu compa-nheiro de prisão, e Marcos, primo de Barnabé, (a respeito de quem recebestes instruções; se ele for até vós, recebei-o)” (Almeida Sé-culo 21). Paulo menciona Aristarco 2 - RIENECKER, Fritz & ROGERS, Cleon. Chave Linguística do Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 1988.

como companheiro de prisão. “Co--prisioneiro” – literalmente um pri-sioneiro “de guerra”. Ele era mem-bro da Igreja de Tessalônica (Atos 19.29; 20.4; 27.2). Paulo menciona Marcos, aquele que no passado havia tido desentendimentos na pri-meira viagem missionária (At 13.13; 15.36-41). A menção de Marcos nesta carta mostra que houve re-conciliação (2Tm 4.11).

No versículo 11, Paulo declara: “E Jesus, chamado justo. Dentre a circuncisão, são só esses os meus cooperadores no Reino de Deus, os quais me têm sido consolo” (Al-meida Século 21). A menção da ex-pressão “justo”, talvez tenha sido para distingui-lo dos outros, pois o nome Jesus era comum. A única in-formação dele está aqui, era Judeu, convertido e companheiro de Paulo. A frase final do verso 11 nos chama a atenção: “os quais me têm sido consolo”. A Nova Versão Transfor-madora diz: “... têm sido um grande conforto para mim”. O termo grego é paregoria. Indica a ideia de “con-forto”, “encorajamento”. Palavra encontrada em pedras tumulares e em cartas de condolências com o significado de “conforto” 2.

Desse vocábulo, temos o termo moderno “PAREGÓRICO”, medi-camento para o estômago. Quando você soma com outros servos na ex-pansão do Reino de Deus, acaba sen-do uma fonte de ânimo, um lenitivo.

No versículo 14, Paulo menciona Lucas e Demas (Ref. 2Tm 4.10-11;

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Fm 24). Lucas foi o autor do Evan-gelho e de Atos. Demas foi coope-rador de Paulo como evangelista, depois deixou o ministério que exer-cia junto ao apóstolo. O motivo pelo qual Demas se retirou do seu mi-nistério é declarado para Timóteo: “Pois Demas, amando este mundo, abandonou-me e foi para Tessalô-nica...” (2Tm 4.10 – NVI). O texto aponta para um grupo de pessoas que somaram, sendo cooperadores no Reino de Deus e revela também a possibilidade da desistência e abandono do projeto divino. Aceite o segundo desafio se você deseja cooperar no Reino de Deus.

2. Participe do desenvolvimento da Igreja“Epafras, que é um de vocês e

servo de Cristo Jesus, envia sau-dações. Ele está sempre batalhan-do por vocês em oração...” (4.12 – NVI). Epafras é mencionado como alguém que tinha profunda ligação com a Igreja e trouxe o relatório da mesma para o apóstolo Paulo (1.7). Ele é mencionado como alguém que batalha em oração pela Igreja, um servo que crê na intervenção di-vina sobre a Igreja de Deus.

Paulo enfatiza seu zelo e a inten-sidade de sua oração. O texto deixa claro que Epafras intercedia conti-nuamente pela Igreja. Sua oração tinha o objetivo de vê-los maduros na fé. A palavra “maduro ou perfeito” no grego é teleios. Notem que o es-forço e a luta de Epafras em oração tinha um objetivo, como especifica o final do verso 12: “... para que,

como pessoas maduras e plena-mente convictas, continuem firmes em toda a vontade de Deus” (NVI).

Paulo continua dizendo: “Sou testemunha de que ele tem gran-de cuidado por vós, como também pelos de Laodiceia, e de Hierápolis” (4.13 – Almeida Século 21). Epafras foi um servo zeloso e envolvido com a Igreja. Sua ação abençoadora al-cançou não apenas os irmãos de Colossos, mas também de Laodi-ceia e Hierápolis. Quem coopera no Reino de Deus e age para a Sua glória, tem uma influência positi-va que ultrapassa as fronteiras de sua própria comunidade de fé. Você está demonstrando zelo no serviço do Reino de Deus?

Em sua saudação final, como já informamos acima, o apóstolo menciona Lucas e Demas: “Lucas, o médico amado, e Demas vos cumprimentam. Cumprimentai os ir-mãos em Laodiceia, e também Nin-fa e a igreja que se reúne em sua casa” (4.14-15 – Almeida Século 21). A saudação paulina não envol-via apenas os irmãos de Colossos, mas também os de Laodiceia. O apóstolo destaca o lar de Ninfa, em Laodiceia. Paulo revela uma prática da Igreja no Novo Testamento por motivos óbvios (perseguição e res-trição) que a Igreja pós-moderna tem recuperado e utilizado através de grupos pequenos ou reuniões familiares (At 2.46; 12.12; Rm 16.5; 1Co 16.19; Fm 2).

A intenção de Paulo era de que a carta aos colossenses fosse lida pelos laodicenses e a carta aos

59

laodicenses fosse lida entre os co-lossenses: “Depois que esta car-ta for lida entre vocês, façam que também seja lida na igreja dos lao-dicenses, e que vocês igualmente leiam a carta de Laodiceia” (4.16 – NVI). Esta carta dirigida aos lao-dicenses é considerada uma carta perdida. Assim, percebemos que as cartas circulavam na região que envolvia pelos menos três cidades com desafios e vínculos comuns: Colossos, Hierápólis e Laodiceia.

Participar do desenvolvimento da Igreja significa estar junto com outros irmãos em comunhão, con-forme recomenda a Palavra de Deus (At 2.42; Hb 10.25). Não se excluía do privilégio da comunhão e da par-ticipação na expansão do Evange-lho. Aceite o terceiro desafio se você deseja somar no Reino de Deus!

3. Exerça seu serviço/ministério de forma efetiva

“E dizei a Arquipo: Cuida do mi-nistério que recebeste no senhor, para que o cumpras” (4.17 – Almei-da Século 21). Só existe a menção de Arquipo aqui e em Filemom 2, onde é chamado de “nosso compa-nheiro de lutas”. A expressão “cuida do ministério”, no grego diakonia, “ministério”, “serviço”, é uma exor-tação para que Arquipo (que pa-recia estar despreocupado e sem dedicação) mudasse de postura diante do que Deus havia concedi-do a ele como ministério.

O texto ensina que o ministério ou serviço é dado por Deus a cada um e deve ser feito com todo o cui-

dado e dedicação (1Pe 4.10). Aque-les que desejam cooperar no Reino de Deus devem assumir o seu lugar com seriedade e submissão ao Se-nhor. O motivo pelo qual devemos cumprir bem o ministério (serviço) repousa no fato de que devemos edificar pessoas e glorificar o nome de Deus. Paulo é o nosso exemplo de um servo fiel: “Eu, Paulo, cum-primento-vos de próprio punho. Lembrai-vos das minhas prisões. A graça esteja convosco” (4.18 – Almeida Século 21).

Para pensar e agir:Somar é uma palavra relevante

quando pensamos em cooperar no Reino de Deus. Assim, responda três questões básicas: Você está somando ou prejudicando o servi-ço do Reino de Deus? Você está participando no desenvolvimento da Igreja? Você está realizando de forma efetiva o que Deus entregou em suas mãos?

Suas respostas indicam sua real situação e deve ser encarada com seriedade, se o seu objetivo é glo-rificar o nome de Deus. Continue firme no projeto do Reino de Deus, renove seu compromisso e faça os ajustes necessários!

Leitu

ra Di

ária

Segunda: Colossenses 4.7-8

Terça: Colossenses 4.9

Quarta: Colossenses 4.10-11

Quinta: Colossenses 4.12-13

Sexta: Colossenses 4.14-15

Sábado: Colossenses 4.16-17

Domingo: Colossenses 4.18

60

DESENVOLVENDO UMA JORNADA DE FÉ FRUTÍFERA

LIÇÃO 13DATA DO ESTUDO

Texto Básico: Carta aos Colossenses

Chegamos ao final de nossa reflexão na carta de Paulo aos Co-lossenses com a nítida convicção de que nossa vida deve glorificar a Deus. O próprio Paulo assevera essa verdade escrevendo aos co-ríntios: “Portanto, quando vocês comem, ou bebem, ou fazem qual-quer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus. Vivam de tal manei-ra que não prejudiquem os judeus, nem os não judeus, nem a Igreja de Deus” (1Co 10.31-32 – NTLH). Jesus também disse: “Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus” (Mt 5.16 – NVI).

Em um mundo sem discerni-mento, distante de Deus e perdi-do em uma religiosidade sem o Evangelho, os discípulos de Cristo devem seguir um caminho diferen-ciado, como já aprendemos. A ora-

ção de Paulo em favor dos irmãos de Colossos tinha este objetivo: “Assim, oramos para que possais viver de maneira digna do Senhor, agradando-lhe em tudo, frutifican-do em toda boa obra e crescen-do no conhecimento de Deus” (Cl 1.10 – Almeida Século 21).

Desenvolver uma jornada de fé frutífera envolve atitudes práticas. Qual é a primeira?

1. Pense no que Deus deseja realizar em sua vidaInfelizmente, algumas pessoas

estão equivocadas em relação ao que Deus deve realizar em suas próprias vidas. Descobrimos que o apóstolo Paulo não tinha nenhuma dúvida sobre essa questão: “Por-tanto, desde o dia em que soube-mos disso, nós também não ces-samos de orar por vós e de pedir que sejais cheios do pleno conhe-

61

cimento da sua vontade, em toda sabedoria e entendimento espiritual. Assim, oramos para que possais viver de maneira digna do Senhor, agradando-lhe em tudo, frutificando em toda boa obra e crescendo no conhecimento de Deus” (Cl 1.10 – Almeida Século 21).

Reflita sobre o que Deus deseja fazer em sua vida através de seus estudos, família, carreira e relacio-namentos. O apóstolo Paulo estava ensinando aos seus irmãos da ci-dade de Colossos algumas ques-tões relevantes, tais como: andar de maneira digna, agradar a Deus, frutificar e crescer espiritualmente. Lembre-se de que para desenvol-ver uma jornada de fé frutífera você precisa pensar no que Deus deseja realizar em sua vida (Ef 4.1-3).

Desenvolver uma jornada de fé frutífera envolve atitudes práticas. Qual é a segunda?

2. Creia que sua vida pode contribuir para a edificação de outras vidasNesta carta, aprendemos com

Epafras e Paulo o valor de se colo-car à disposição do Reino e da Igre-ja de Deus. O texto bíblico é claro: “Agora eu me sinto feliz pelo que te-nho sofrido por vocês. Pois o que eu sofro no meu corpo pela igreja, que é o corpo de Cristo, está ajudando a completar os sofrimentos de Cris-to em favor dela” (Cl 1.24 – NTLH). Uma visão distinta daquela obser-vada nos dias atuais que se resume simplesmente na manifestação do interesse pessoal, e não no desejo de abençoar outras vidas.

Mesmo sem conhecer aqueles irmãos, após o relato de Epafras, o apóstolo, que estava preso, age de maneira frutífera e abençoadora sabendo que suas palavras ajuda-riam os irmãos de Colossos que es-tavam sendo ameaçados em sua fé. As dificuldades de Paulo não foram utilizadas por ele para justificar uma inoperância ou negligência diante do que poderia fazer pela Igreja. Seu exemplo é fundamental para estimular os discípulos de Cris-to a usarem seus dons e talentos mesmo em momentos de aflição ou provação. Lembre-se que para desenvolver uma jornada de fé fru-tífera você precisa crer que sua vida pode contribuir para a edificação de outras pessoas.

Desenvolver uma jornada de fé frutífera envolve atitudes práticas. Qual é a terceira?

3. Permaneça no Evangelho genuínoA Igreja do primeiro século pre-

cisava entender o que era o cami-nho da fé e o que fundamentava este caminho. A Igreja pós-moder-na também deve se preocupar, pois tem seus próprios desafios e ameaças. Assim, para que venha glorificar o nome de Deus, precisa realizar o mesmo esforço de Paulo: “Esforço-me para que eles sejam fortalecidos em seu coração, este-jam unidos em amor e alcancem toda a riqueza do pleno entendi-mento, a fim de conhecerem ple-namente o mistério de Deus, a sa-ber, Cristo. Nele estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e

62

do conhecimento” (Cl 2.2-3 – NVI). Como servo de Cristo esteja atento ao que tem sido pregado (Gl 1.8-9). Lembre-se que para desenvolver uma jornada de fé frutífera você precisa permanecer no Evangelho de Cristo.

Desenvolver uma jornada de fé frutífera envolve atitudes práticas. Qual é a quarta?

4. Seja sincero em relação a si mesmoGlorificar o nome de Deus está

diretamente ligado ao exame ho-nesto e pessoal que todo discípulo precisa fazer com o objetivo de ve-rificar sua condição espiritual. Atra-vés da instrução da Palavra de Deus somos ensinados a deixar toda hi-pocrisia, representação ou simula-ção, pois não são posturas adequa-das aos que estão na presença de Deus. Lembre-se que para desen-volver uma jornada de fé frutífera você precisa ser sincero em relação à sua própria condição espiritual.

Desenvolver uma jornada de fé frutífera envolve atitudes práticas. Qual é a quinta?

5. Faça a diferença como discípulo de CristoSomos chamados por Deus

para fazer a diferença neste mundo. Deus deseja usar cada um de seus filhos para a sua glória e louvor. Aproveite as oportunidades para realizar coisas grandes para Deus. Nesta carta, aprendemos esta lição com o apóstolo Paulo: “A ele anun-ciamos, aconselhando e ensinando

todo homem com toda sabedoria, para que apresentemos todo ho-mem perfeito em Cristo. Para isso eu trabalho, lutando de acordo com a sua eficácia, que atua poderosa-mente em mim” (Cl 1.28-29 – Al-meida Século 21). Fazer a diferença sempre irá envolver foco, esforço e persistência.

Como agir para fazer a dife-rença como discípulo de Jesus?

5.1 – Viva alinhado com a Pa-lavra de Deus.

Ninguém pode fazer a diferença fora do padrão estabelecido pela Palavra de Deus, demonstrado por Jesus e pelos apóstolos em suas cartas. O texto é claro: “Portanto, assim como vocês receberam Cris-to Jesus, o Senhor, continuem a viver nele, enraizados e edificados nele, firmados na fé, como foram ensinados, transbordando de gra-tidão” (Cl 2.6-7 – NVI). Você está alinhado com a Palavra de Deus?

5.2 – Crie hábitos para apro-fundar sua intimidade com Deus.

Todo discípulo de Cristo preci-sa desenvolver hábitos espirituais saudáveis. Paulo disse com proprie-dade: “Já que fostes ressuscitados com Cristo, buscai as coisas de cima, onde Cristo está assentado à direita de Deus. Pensai nas coisas de cima e não nas que são da terra”. (Cl 3.1-2 – Almeida Século 21). Você está criando hábitos para aprofun-dar sua intimidade com Deus?

5.3 – Esteja aberto aos ajustes que Deus deseja realizar em sua vida.

Existem pessoas que infeliz-mente não estão abertas aos ajus-

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tes que Deus deseja realizar em suas vidas. Não aprenderam os segredos da dinâmica da vida com Deus e estão atrasadas no proces-so de crescimento e maturidade espiritual. A exortação é para to-dos os servos de Deus: “Portanto, eliminai vossas inclinações carnais: prostituição, impureza, paixão, de-sejo mau e avareza, que é idola-tria” (Cl 3.5 – Almeida Século 21). Aqueles que se fecham aos ajustes que Deus deseja realizar acabam vivendo suas vidas fora do controle divino e distantes da santidade pro-posta pela Palavra de Deus. Você está aberto aos ajustes que Deus deseja realizar em sua vida?

5.4 – Sirva com dedicação.A recomendação a Arquipo é

atual: “...Cuida do ministério que recebestes no Senhor, para que o cumpras” (Cl 4.17 – Almeida Século 21). Servir não é uma opção para aqueles que pertencem ao corpo de Cristo. O trabalho do Reino de Deus é amplo e deve ser realizado com dedicação por todos os filhos de Deus. Não deixe de assumir sua responsabilidade (1Pe 4.10). Você está servindo com dedicação?

5.5 – Compartilhe do Evangelho.O apóstolo Paulo solicitou aos

seus irmãos que orassem por ele para que pudesse transmitir o Evan-gelho: “Ao mesmo tempo, orem tam-bém por nós, para que Deus abra uma porta para a nossa mensagem, a fim de que possamos proclamar o mistério de Cristo, pelo qual es-tou preso. Orem para que eu pos-sa manifestá-lo abertamente, como me cumpre fazê-lo” (Cl 4.3-4 – NVI).

Expor o Evangelho é dever de todo discípulo de Cristo, mas alguns preferem terceirizar sua responsa-bilidade (Mt 28.18-20). Você está compartilhando do Evangelho ao perdido?

Para pensar e agir:Nesta última lição, você apren-

deu que uma jornada de fé frutífera e que glorifica o nome de Deus en-volve algumas atitudes específicas: pensar no que Deus deseja reali-zar, contribuir para a edificação de outras vidas, permanecer no Evan-gelho genuíno, ser sincero em rela-ção a si mesmo e fazer a diferença como discípulo de Cristo.

Questões relevantes: Você tem consciência do que Deus deseja realizar em sua vida? Você está contribuindo para edificar outras pessoas? Você está firme no Evan-gelho genuíno? Você está sendo sincero em relação à sua condição de vida? Você está fazendo a dife-rença como discípulo de Cristo?

Como Jesus disse no Evangelho de João: “Agora que vocês sabem estas coisas, felizes serão se as praticarem” (Jo 13.17 – NVI). Viva para a glória de Deus!

Leitu

ra Di

ária

Segunda: 1Coríntios 10.31

Terça: Mateus 5.16

Quarta: Efésios 4.1-3

Quinta: Gálatas 1.8-9

Sexta: Colossenses 1.28-29

Sábado: 1Pedro 4.10

Domingo: Mateus 28.18-20

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Revista da Convenção Batista Fluminense

Ano 15 - n° 58 - Julho / Agosto / Setembro - 2018

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Primeiro TrimestreMULTIPLICANDO DISCÍPULOS“Obediência ao Ide de Cristo” Pr. Jozadaque Gomes Nunes

Segundo TrimestreRESGATANDO OS VERDADEIROS VALORES DA FAMÍLIAPr. Nataniel Sabino

Terceiro TrimestreVIVENDO PARA A GLÓRIA DE DEUSFundamentado na Epístola de Paulo aos ColossensesPr. Evaldo Rocha

Quarto TrimestreFruto do Espírito - A Verdadeira Liberdade!Pr. Roberlan Julião

Algumas Igrejas poderão estar recebendo mais revistas que o número de jovens e adultos matriculados na EBD ou em outro grupo de estudo bíblico. Por favor, avise a Convenção

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