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VIVEIROS DE MUDAS DE CANA-DE-AÇÚCAR
Mauro Alexandre Xavier
1 - INTRODUÇÃO E PLANEJAMENTO
A cultura da cana-de-açúcar, dentre as chamadas grandes culturas, talvez seja a
que utilize na forma convencional de multiplicação o maior peso de material botânico
de plantio por unidade de área, 8 a 12 t.ha-1. Sendo de reprodução assexuada, é
portadora de problemas fitossanitários diversos, inclusive e, sobretudo doenças
sistêmicas, cujo controle requer adequado preparo de viveiro para sua produção em
condições que garantam elevada taxa de sanidade e indispensável autenticidade
varietal.
Nesse sentido é importante a realização de um planejamento eficiente e
criterioso, a começar pela instalação do viveiro. Dessa forma, para equacionar as
áreas de viveiro, o tempo de produção das mudas e o custo, deve-se instalar
inicialmente o viveiro básico que dará origem ao viveiro primário e secundário.
Para a obtenção de mudas adota-se um conjunto de medidas preventivas, tal
como o tratamento térmico, utilização de máquinas e equipamentos sistematicamente
desinfetados, seguidos de operações de “roguing”, que consiste na inspeção a campo
com eliminação de touceiras sintomáticas. Para se obter sucesso e viabilizar a
produção de mudas também são fundamentais outras práticas agrícolas, tais como
fertilizações de base e cobertura com aplicação de macro e micro nutrientes, controle
de plantas daninhas e de pragas, preparo do solo, além da utilização de irrigação
complementar e de subprodutos como a torta de filtro ou outro, peculiar ao sistema de
cada unidade produtora.
As variedades, associadas às condições de clima, solo e manejo constituem a
base para qualquer novo projeto no setor agrícola, não sendo diferente na cultura
canavieira. As instituições de pesquisa, públicas ou privadas através de seus
programas de melhoramento, PROGRAMA CANA IAC, RIDESA, CTC, CANAVIALIS e
SYNGENTA ao longo de sua história têm disponibilizado ao setor sucroalcooleiro
variedades cada vez mais produtivas, com maior potencial de acúmulo de sacarose,
resistentes às principais doenças e pragas e adaptadas às condições atuais de
manejo como, por exemplo, a colheita de cana crua.
No entanto, todas as etapas do processo de produção de cana-de-açúcar são
fortemente influenciadas pela qualidade adotada no planejamento do plantel varietal e
de formação dos viveiros de mudas para os plantios comerciais, sendo este o grande
“capital” a ser agregado valor ao longo das demais etapas de produção. A equipe de
planejamento deve trabalhar com foco no cenário atual, porém, estando sempre
atendo às tendências de médio e longo prazo a fim de definir estratégias a serem
adotadas na formação das diversas categorias de viveiros. Basicamente estes
viveiros são agrupados em três estágios:
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Viveiros básicos: também denominados de pré-primário formados a partir de
gemas provenientes preferencialmente de tratamento térmico;
Viveiros primários: Originados da multiplicação do viveiro básico, faz parte
desta categoria também a soca do viveiro básico;
Viveiros secundários: são originados da multiplicação da soca do viveiro
básico e da cana planta do primário, sendo seu tamanho, portanto, de 10 a 15 vezes
superior à soma das áreas dos anteriores.
Para o planejamento e formação dos viveiros de mudas de uma unidade
produtora é necessário considerar e conhecer um conjunto de fatores, que darão
referências às equipes de planejamento.
O primeiro fator a ser considerado é a estimativa da demanda de matéria prima a
ser fornecida à unidade industrial, pois esse está relacionado com a capacidade
instalada da unidade e ao mercado.
O segundo fator refere-se à qualificação dos diversos ambientes de produção
dentro da unidade produtora, que irão direcionar a adequada alocação varietal,
determinando não somente o genótipo a ser plantado, mas também influenciando a
longevidade do canavial e os percentuais de áreas para reforma, atuando como uma
ferramenta para a definição do perfil das variedades a serem introduzidas nos viveiros.
O terceiro fator a ser considerado é a localização do viveiro, que deverá ser
alocado preferencialmente nas melhores áreas, atendidas por irrigação, e o mais
próximo possível da área de plantio em escala comercial, o que reduz custos de
transporte, de acordo com a (tabela 1).
Tabela 1 – Custo de transporte de mudas, na região de Sertãozinho (SP), em
setembro de 2006. Fonte: CANAOESTE
Faixa de distância (Km) Custo da tonelada (R$)
0 – 5 6,38
5,1 – 10 7,74
10,1 – 15 10,94
15,1 – 20 13,65
20,1 – 25 16,26
25,1 – 30 19,14
30,1 – 35 21,96
35,1 – 40 23,74
40,1 – 45 26,70
45,1 – 50 29,14
Para exemplificar é apresentado um esquema de planejamento para atender a
necessidade de plantio de uma área de 10.000 ha, considerando seus respectivos
ambientes de produção. (tabela 2).
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Tabela 2 – Planejamento de plantio de cana-de-açúcar em um módulo de produção
de 10000 ha.
Ambientes de
produção
Área (ha) Área (%) Nº de cortes
estimados
Taxa de
reforma (%)
Superior 3000 30% 7 15
Médio 3000 30% 5 20
Inferior 4000 40% 4 25
Nas tabelas 3, 4 e 5 são apresentados os cronogramas de plantio dos viveiros
que atenderão a área de plantio comercial e seus respectivos ambientes de produção.
Tabela 3. Cronograma para plantio comercial de 3000 ha com variedades para
ambiente de produção superior.
Ano de
implantação
Tipo de viveiro Área (ha) Objetivo
2010 Básico 2,48 Produção de mudas
2011 Primário 24,8 Produção de mudas
2012 Secundário 272,8 Plantio comercial
Para atender este tipo de ambiente de produção podemos adotar variedades de
perfil responsivo e que possuam maturação para final de safra (primavera).
Tabela 4. Cronograma para plantio comercial de 3000 ha com variedades para
ambiente de produção médio.
Ano de
implantação
Tipo de viveiro Área (ha) Objetivo
2010 Básico 2,48 Produção de mudas
2011 Primário 24,8 Produção de mudas
2012 Secundário 272,8 Plantio comercial
Neste caso poderemos utilizar variedades de perfil rústico e estável-responsivo
que apresentem período de maturação na segunda quinzena de maio / julho, ou seja,
safra de inverno.
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Tabela 5. Cronograma para plantio comercial de 4000 ha de variedades para
ambiente de produção inferior.
Ano de
implantação
Tipo de viveiro Área (ha) Objetivo
2010 Básico 3,65 Produção de mudas
2011 Primário 36,5 Produção de mudas
2012 Secundário 401,5 Plantio comercial
As variedades rústicas de elevado potencial produtivo, que apresentem
maturação intermediária, são as indicadas para formarem esse viveiro.
Finalizado a implantação desse projeto hipotético de 10.000 ha e considerando
não haver previsão de expansão, passaremos a planejar a instalação de viveiros que
serão utilizados nas áreas de reformas que atenderão os percentuais de 25, 20 e 15%
respectivamente para os ambientes inferior, médio e superior.
2 – TRATAMENTO TÉRMICO
O tratamento térmico da cana-de-açúcar é uma medida adotada para controlar o
raquitismo da soqueira. Essa doença é causada pela bactéria Leifsonia xyli subsp.
xyli., L., transmitida pelos colmos-sementes provenientes de plantas doentes.
Caracteriza-se por apresentar sintomas e perdas muitas vezes não observadas pelos
produtores tais como redução nos componentes biométricos, altura e diâmetro dos
colmos, sintomas estes, que ocorrem principalmente nas soqueiras (Gheller, 1986). A
principal forma de transmissão ocorre quando facões utilizados em plantas doentes
entram em contato com plantas sadias. Da mesma forma, colhedoras e plantadoras de
cana-de-açúcar também são responsáveis pela transmissão da bactéria.
Os sintomas e danos provocados por essa doença são mais evidentes em
função de fatores ambientais, principalmente estresse hídrico.
O carvão, ferrugem, mosaico e a escaldadura são doenças importantes, que em
maior ou menor grau têm sido controladas pelos programas de melhoramento através
da seleção de variedades resistentes. No entanto, os cuidados na formação de
viveiros de mudas sadias devem ser priorizados ou retomados como prática rotineira
para excluir ou minimizar as possibilidades de ocorrências de epidemias como as
ocorridas no passado. Para tanto os métodos desenvolvidos para tratamento térmico a
52°C por 30 minutos, de gemas isoladas ou de toletes de 3 gemas (SANGUINO et al.
1988 e 1996) muito contribuíram para o controle do raquitismo, facilitando os trabalhos
para a produção de mudas sadias.
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Época
É aconselhável a realização do tratamento térmico entre os meses de setembro a
março, pois é nesse período que existe uma faixa de temperatura ideal para a
brotação das gemas tratadas. Essa faixa pode ser mais ou menos elásticos de acordo
com a temperatura média da região, sendo que esta não deve ser inferior a 25°C.
(SANGUINO et al., 2005).
Deve-se tomar cuidado ao eleger o material que será utilizado no tratamento
térmico, para evitar ocorrências futuras de doenças que não são controladas pela
termoterapia. No Brasil foram registradas 58 doenças e, destas pelo menos dez
podem ser consideradas de grande importância econômica, sendo que algumas não
são controladas eficazmente pelo tratamento (Tabela 6) , podendo prejudicar a
qualidade das mudas que serão obtidas. A preferência deve ser dada às áreas de
canas provenientes de viveiros que já foram tratados termicamente, de maneira que o
aumento na freqüência de tratamento permita melhorar a qualidade do processo de
produção.
Tabela 6. Principais doenças da cana-de-açúcar no Brasil
Doença Agente causal Formas de
transmissão
Controle
Escaldadura das
folhas
Bactéria Mudas, corte Variedade
resistente, mudas
sadias
Raquitismo das
soqueiras
Bactéria Mudas, corte Variedade
resistente,
tratamento
térmico
Mosaico Vírus Mudas, pulgões Variedade
resistente,
“roguing”
Carvão Fungo Mudas, vento Variedade
resistente,
“roguing”
Estria vermelha Bactéria Mudas, vento Variedade
resistente,
adubação
balanceada
Mancha ocular Fungo Vento Variedade
resistente,
adubação
balanceada
Ferrugem Fungo Vento Variedade
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resistente, manejo
da colheita
Mancha amarela Fungo Vento Variedade
resistente
Podridão
vermelha
Fungo Broca e chuva Controle de broca,
variedade
resistente
Podridão abacaxi Fungo Inseto, solo Época de plantio,
mudas novas,
plantio raso
A primeira medida a ser tomada na seleção das canas para o tratamento térmico
é a execução das operações de “roguing” nas áreas selecionadas, de maneira a não
se utilizar material propagativo que apresente qualquer tipo de sintoma doença além
de eliminar a possibilidade de misturas varietais que podem comprometer a qualidade
do viveiro. É oportuno mencionar que a realização do “roguing” deve ser iniciada nos
primeiros estádios da cultura.
O “roguing” deve ser extremamente rigoroso em variedades que apresentem
suscetibilidade ao vírus do mosaico e a bactéria causadora da doença denominada
escaldadura. Essas duas doenças não são controladas a temperatura de 52º C
utilizada no caso específico do raquitismo da soqueira servindo de fonte de inóculo
nas multiplicações futuras.
Na operação de corte das canas os facões devem ser desinfetados ao fogo ou
com solução de amônia quaternária. As canas não devem ser despalhadas, devendo
ser carregadas cuidadosamente para evitar danos mecânicos às gemas. No caso de
canas que apresentem despalha natural, as operações de corte, carregamento e
transporte devem ser efetuados de maneira ainda mais criteriosa. A idade média das
canas para efetuar o tratamento térmico, deve ser de 10 meses.
Os toletes devem ser selecionados para eliminar gemas brocadas, danificadas e
em início de brotação. Posteriormente à seleção, os toletes devem ser colocados em
sacos de malhas largas (batata) de modo que os toletes fiquem bem soltos na
embalagem, facilitando a circulação da água através dos mesmos. O peso dos toletes
nos sacos não deverá exceder a 30kg em cada tratamento, sendo, no entanto
dependente do tamanho do tanque utilizado, obedecendo-se à relação mínima de 1:6
(volume de água/ volume de cana).
Um dos modelos para tratamento térmico é constituído por um tanque com
capacidade para 250 litros de água, 3 resistências de 3000 watts, 1 bomba para
circulação forçada de água e 1 conjunto rele-termostato automático para controle da
temperatura Figuras 1,2 e 3. A temperatura do banho deve ser aferida com um
termômetro com escala de precisão de 0,1°C.
Os toletes quantificados e ensacados são lavados, para eliminar impurezas
vegetais e minerais.
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O tempo para a execução do tratamento deve ser considerado quando a
temperatura no tanque atinge 52º C, permanecendo a partir desse momento por 30
minutos.
Após esse período, os toletes são retirados do tanque e esfriados por 15
minutos. Para que a água do tanque se mantenha limpa devemos substituí-la após 4
ou 5 tratamentos. Uma vez esfriados, os toletes são colocados em banho de imersão
com fungicida, durante 10 minutos. A titulo de exemplo o princípio ativo do produto
comercial “Bayfidan” é utilizado na dose de 100 ml para cada 100 litros de água,
devendo ser substituído diariamente. Este tratamento é recomendado com a
finalidade de prevenir o ataque de fungos que causam falhas na brotação,
FIGURA 1. Tanque de 250 litros para tratamento térmico
FIGURA 2. Detalhes do tanque mostrando as resistências do tanque.
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3 - “ROGUING”
Para assegurar a indispensável autenticidade varietal e a elevada taxa de
sanidade dos viveiros de cana-de-açúcar, torna-se necessária à realização do
“roguing”, que consiste na inspeção e eliminação de canas de outras variedades e de
touceiras que apresentem sintomas de doenças.
No plantio dos viveiros de mudas deve-se sistematicamente identificar cada
variedade para evitar a ocorrência de misturas varietais.
Dentre as doenças para as quais devem ser realizado o “roguing”, podemos
destacar: carvão, escaldadura e o mosaico da cana-de-açúcar.
O “roguing”, portanto, constitui-se em uma importante prática complementar a
termoterapia.
Vale ressaltar que, não se deve instalar o viveiro de mudas em áreas próximas a
talhões de variedades suscetíveis a doenças, assim como de culturas de milho, sorgo
e outras gramíneas que podem estar infectadas e servir como fonte de inóculo do
vírus causador do mosaico.
FIGURA 3. Detalhe mostrando eletro bomba
para agitação e mistura da água.
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Como e quando efetuar o ”roguing”
Essa atividade é executada por pessoal previamente treinado no reconhecimento
de doenças da cana-de-açúcar, assim como na identificação de qualquer touceira
estranha à variedade a ser avaliada.
Para efetuar o “roguing”, uma inspeção visual é feita, mensalmente, touceira por
touceira em todas as linhas. Essa tarefa deverá ser iniciada aos 30-45 dias após a
brotação das gemas, persistindo até os 6 meses de idade.
O período mais adequado para essa atividade é o da manhã, pois, a temperatura
é mais amena e a luminosidade é mais favorável, tornando a atividade menos
cansativa e mais eficiente.
O caminhamento tanto dos “roguistas” como do supervisor deverá seguir o
esquema da figura 4, facilitando o trabalho de ambos.
Roguistas Supervisor
FIGURA 4. Esquema de caminhamento dos roguistas e do supervisor no
roguing.
Formas de “roguing”
O “roguing” poderá ser mecânico ou químico. Entende-se por “roguing” mecânico
aquele realizado com enxadão, em que a touceira é arrancada e transportada para um
local distante para ser queimada.
O material arrancado deverá ser queimado, evitando que eventuais pulgões
possam se deslocar para novas plantas dispersando inóculo.
No caso do carvão deve ser realizado o ensacamento e retirada dos chicotes,
que deverão ser queimados, para evitar a disseminação dos esporos.
No “roguing” químico, a eliminação da touceira é realizada pelo uso de um
herbicida a base de glifosato a 6%, aplicado em jato dirigido ao cartucho foliar dos
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colmos da touceira doente. Para tanto, se utilizam pulverizadores de pequeno volume
(5 litros). Outra maneira de realizar o “roguing” químico é usando glifosato puro, 2 a 3
gotas no cartucho, aplicado com pequenas bisnagas, que facilitam a operação.
Seleção e treinamento dos “roguistas”
A eficiência do “roguing” depende inteiramente da habilidade e da atenção
constante da pessoa que a executa, sendo de fundamental importância para esse
profissional a aptidão em distinguir sintomas de doenças e características fenotípicas
das variedades de outros sintomas relacionados às deficiências nutricionais,
fitotoxidades, ataques de pragas e sintomas abióticos.
Algumas pessoas são incapazes de perceber as pequenas diferenças
importantes na execução do “roguing” ou não conseguem manter a concentração
necessária exigida para a essa atividade. A esses indivíduos não pode ser atribuída a
execução dessa atividade.
4 - SISTEMAS DE PROPAGAÇÃO
Os programas de melhoramento de cana-de-açúcar atualmente necessitam em
média, doze anos para pesquisa, desenvolvimento e disponibilização de suas
tecnologias, incluindo a fase inicial de hibridação até a validação final e a conseqüente
liberação do material. Desta maneira, é necessário e essencial que as unidades
produtoras de cana-de-açúcar adotem um conjunto de estratégias que permitam a
sincronização da fase final de validação tecnológica por parte das instituições de
pesquisa com a instalação de seus viveiros de multiplicação dos clones “promissores”.
Para tanto, além das opções de multiplicações existentes e que serão descritas a
seguir, são de extrema importância o envolvimento e a interação do corpo técnico de
usinas e cooperativas com os pesquisadores dos programas de melhoramento ao
longo das etapas finais de experimentação. Este ponto é fundamental para orientar o
profissional quanto as novas multiplicações em tempo adequado, dentro de conceitos
amplos, que contemple não apenas o conhecimento da variedade, mas também a sua
interação com os ambientes de produção, proporcionando assim, conhecimento para
interpretar as recomendações e manejos hoje disponíveis, como o exemplo
apresentado na tabela 7.
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TABELA 7. Produtividade agrícola (TCH) das novas variedades IACSP
em três épocas de colheita (Safra de Outono, Inverno e Primavera) em
ambientes de produção de diferentes potencial (Superior e Inferior).
(LANDELL et. al, 2005)
Técnicas de multiplicação
Este conjunto de métodos tem por finalidade permitir a multiplicação de
variedades a uma taxa acelerada e pode ser adotado para atender a ampliação de
áreas de plantio das novas variedades de interesse agro-industrial, para substituir
variedades por outras que proporcionem incrementos de produtividade e também para
atender áreas de expansão.
MÉDIA DE 3 CORTES MÉDIA DE 3 CORTES MÉDIA DE 2 CORTES
AMBIENTE ÉPOCA 1 ÉPOCA 2 ÉPOCA 3
S (1)
VARIEDADE TCH VARIEDADE TCH VARIEDADE TCH
U IACSP94-4004 134.65 IACSP94-4004 120.62 IACSP94-2101 119.26
P IACSP93-3046 123.67 IACSP94-2101 119.56 RB72454 119.14
E IACSP94-2101 122.84 IACSP93-3046 117.54 IACSP94-4004 118.59
R SP81-3250 120.08 IACSP94-2094 115.90 IACSP94-2094 117.72
I IACSP94-2094 114.41 RB72454 114.31 RB855536 117.27
O SP80-1842 111.94 IAC87-3396 111.78 IACSP93-3046 116.27
R RB835486 111.29 SP80-1816 108.13 RB855113 108.23
DMS (Tukey 5%) 11.28 10.06 10.20
Coeficiente de variação (%) 11.80 11.71 7.90
AMBIENTE ÉPOCA 1 ÉPOCA 2 ÉPOCA 3
I (2)
VARIEDADE TCH VARIEDADE TCH VARIEDADE TCH
N IACSP94-4004 110.66 IACSP94-4004 97.09 IACSP93-3046 109.44
F IACSP93-3046 105.82 IAC87-3396 94.60 IACSP94-2094 108.18
E SP81-3250 102.65 IACSP93-3046 93.96 SP86-42 105.86
R SP80-1842 102.46 IACSP94-2094 92.48 IACSP94-4004 104.51
I IACSP94-2094 101.28 RB72454 90.59 SP83-2847 103.34
O IACSP94-2101 98.84 IACSP94-2101 84.13 IACSP94-2101 103.09
R RB835486 94.88 SP80-1816 82.42 RB72454 102.93
DMS (Tukey 5%) 6.35 6.48 7.93
Coeficiente de variação (%) 10.64 10.99 6.02
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4.1 “Quebra-Quebra”
Este método permite dependendo da época de plantio, cana de ano ou cana de
dezoito meses, conforme esquema adaptado de Sanguino, (Figuras 5 e 6), em um
período de 2 anos, uma taxa de multiplicação entre 1:282 a 1:360.
Condições para adoção do método “Quebra-Quebra”
A - Canas tratadas termicamente;
B - Colmos com cinco a sete gemas viáveis;
C - Plantio sem desponte;
D - Utilização de irrigação ou fertirrigação;
E - Utilização de adubações nitrogenadas complementares;
F - Quebra a cada 5 -7 meses;
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FIGURA 5. Esquema para cana de ano e meio sistema “quebra-quebra”.
Ano 01
Março
Plantio
Ano 01
Outubro
1º Quebra
Ano 02
Março
2º Quebra
Taxa 1:4
--------------
04 ha
Taxa 1:7
--------------
07 ha
Taxa 1:6
--------------
24 ha
Taxa 1:10
--------------
10 ha
Taxa 1:10
--------------
70 ha
Taxa 1:10
--------------
240 ha
Taxa 1:10
--------------
40 ha
Área
comercial
360 ha
1 ha
ressoca
Ano 03
Março
Corte
1 ha
1 ha
soca
soca
--------------
04 ha
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FIGURA 6. Esquema para cana de ano sistema “quebra – quebra”.
Ano 01
Outubro
Plantio
Ano 02
Março
1º Quebra
Ano 02
Setembro
2º Quebra
Taxa 1:6
--------------
06 ha
Taxa 1:4
--------------
24 ha
Taxa 1:07
--------------
42 ha
Taxa 1:08
--------------
48 ha
Taxa 1:08
--------------
192 ha
Área
comercial
282 ha
1 ha
ressoca
Ano 03
Março
Corte
1 ha
1 ha
soca
Taxa 1:6
--------------
06 ha
Taxa 1:6
--------------
06 ha
Taxa 1:06
--------------
06 ha
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4.2 MÉTODO INTERCALAR ROTACIONAL OCORRENDO SIMULTÂNEAMENTE
(MEIOSI)
Este sistema, conhecido como MEIOSI foi idealizado em 1984 por José Emilio
Teles de Barcellos e desenvolvido na estação experimental do PLANALSUCAR em
Uberlândia, tendo como objetivo viabilizar a utilização racional de cana-de-açúcar com
culturas anuais ou adubos verdes, em áreas de reforma, buscando, dessa forma,
minimizar os custos de produção. Posteriormente passou a ser utilizado nos plantios
comerciais de diversas unidades produtoras.
O sistema MEIOSI apresenta algumas vantagens e desvantagens
(LANDELL,1998) :
VANTAGENS
LIMITAÇÕES
Redução da movimentação de
maquinários;
Ausência de danos mecânicos na
muda;
Redução do nº de pessoas envolvidas
no plantio;
Maior eficiência de plantio;
Redução do custo da muda;
Riscos de erro na marcação e
falta de paralelismo entre sulcos;
Necessidade de
acompanhamento técnico mais
rigoroso durante a implantação;
Necessidade de plantio de
cana de ano destinado a muda da
implantação do sistema de MEIOSI;
A vantagem quantitativa e econômica na adoção dessa técnica esta relacionada
principalmente ao vigor das mudas, o que justifica menor consumo de gemas, melhor
sanidade e maior rendimento do quebra. O plantio a partir de mudas via sistema
MEIOSI elimina a necessidade do carregamento e do transporte. Isto significa redução
nos custos de produção. Outra vantagem é a não interrupção do plantio causado
pelas precipitações comuns nos meses de fevereiro e março. O plantio é realizado
tomando como referência as duas linhas base, que serão “quebradas” ou cortadas e
distribuído nos sulcos vizinhos sem a necessidade da eliminação do palmito (Figura 7).
Basicamente, a MEIOSI é um sistema de rotação de culturas feito em faixas de
terreno. Comparado com o sistema de rotação de culturas, que utiliza 100% da área
disponível , o sistema MEIOSI destina 12% da área para o plantio de cana (linha base)
para fins de obtenção de mudas, enquanto 88% ficam destinados a uma cultura de
rotação (BARCELOS, 1990). O gasto operacional pode atingir a 7.5 diárias/ha,
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estimando-se que a redução da necessidade de operações mecânicas atinja 30% em
relação ao sistema convencional (DIAS et al, 1995).
1ª pessoa 2ª pessoa
Linha Base = 2 (mudas)
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
3ª, 4ª e 5ª pessoas
FIGURA 7. Esquema de utilização do sistema MEIOSI.
4.3 CULTURA DE MERISTEMAS
A ausência de patógenos em material propagativo vegetal consiste em uma das
premissas básicas na implantação de qualquer cultura agrícola. Uma vez presentes
nas matrizes, esses agentes serão prontamente perpetuados nas suas progênies e
muitas vezes, como no caso dos vírus, não existem medidas de controle efetivas no
campo, exceto a eliminação e a remoção de plantas infectadas. Adicionalmente, a
possibilidade de infecções secundárias em cana-de-açúcar por vírus como o mosaico
e o amarelinho, internacionalmente conhecido como Sugarcane yellow leaf vírus
(SCYLV) é iminente, pela presença de insetos vetores no campo, com o material
infectado servindo como fonte de inóculo. Por esse motivo, o principal método de
controle de vários patógenos envolve o princípio da exclusão desses organismos
antes da distribuição de material propagativo e da implantação da cultura. Nesse
contexto, estão incluídas a produção e certificação dos micropropágulos de cana,
mediante a cultura de meristemas, também conhecida como micropropagação. O
Quebra a cana e
distribui transversal
a 1ª linha
Coletam as canas jogadas transversalmente e as
distribuem nas três linhas
restantes
Quebra a cana e
distribui na 1º
linha
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tratamento por termoterapia em combinação com a cultura de meristemas pode
aumentar a possibilidade da eliminação dos vírus da planta infectada, e também deve
ser considerado nos programas de limpeza de material propagativo.
Atualmente a micropropagação de cana-de-açúcar no Brasil tem sido realizada
tanto em laboratórios privados como em usinas. Em algumas usinas parte do material
micropropagado é destinado ao plantio próprio, sendo o excedente utilizado para
atender a outras unidades e fornecedores. As variedades liberadas pelos programas
de melhoramento levam alguns anos para se estabelecer em plantios comerciais,
ocorrendo em virtude da quantidade de mudas inicialmente disponíveis serem
pequenas. A multiplicação de mudas das variedades liberadas pelos programas de
melhoramento, através da cultura de meristemas permite a produção com alto grau de
sanidade e em larga escala.
Os meristemas são retirados de mudas provenientes de viveiros, tratadas
termicamente, submetidas a rigoroso controle fitossanitário e testes sorológicos para
diagnóstico das principais doenças. Em linhas gerais, o processo de propagação in
vitro pode ser dividido em três estádios (GRATTAPAGLIA e MACHADO, 1998):
Estádio I – Laboratório
Seleção e desinfecção dos explantes, parte da planta a ser introduzida in vitro
(meristema do palmito ou das gemas).
Cultura em meio nutritivo sob condições assépticas.
Estádio II – Laboratório
Multiplicações mediante sucessivas subculturas.
Enraizamento.
Estádio III – Casa de vegetação
Transplantio em substrato.
Aclimatação.
O estádio I envolve basicamente a retirada dos meristemas de brotações
oriundas de plantas matrizes e a sua introdução in vitro, e no estádio II ocorre o
desenvolvimento das plântulas com posteriores subcultivos em meio de cultura líquido.
Essas etapas ocorrem em um período de aproximadamente seis meses, multiplicando-
se a uma taxa de 1:10 (SANGUINO et al., 2005). Posteriormente, as plântulas são
transferidas para frascos contendo meio de cultura para a promoção do
desenvolvimento radicular (Figura 8), atingindo uma taxa média de multiplicação de
1:8. Para essas etapas são utilizadas salas climatizadas, onde deverão ser
consideradas as seguintes condições:
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3000 lux de intensidade luminosa;
Fotoperíodo de 14 horas;
Temperatura de 28º C;
FIGURA 8. Promoção do desenvolvimento radicular.
Fonte: Binova
No período de aclimatação, as plantas enraizadas passam pelo processo de
individualização e posterior plantio em bandejas devidamente preenchidas com
substrato orgânico. Essas bandejas serão mantidas em casa de vegetação em
ambiente com alta umidade relativa, durante aproximadamente dez dias. Após esse
período as plântulas são expostas ao ambiente natural, normalmente em canteiros
suspensos, onde permanecerão por mais 45 dias, completando, assim, o período de
aclimatação. Estarão assim, em condições de serem transferidas para o campo. A
escolha do local de plantio deve ser criteriosa, com irrigação. Isso é de fundamental
importância para o adequado “pegamento” das mudas.
4.1 SISTEMA TRADICIONAL - CANA INTEIRA
Esse método de multiplicação é bastante usual (Figura 9), sendo utilizada a cana
inteira. A cana é cortada, retirado o palmito, carregada e transportada para posterior
plantio. Nesse sistema, a taxa de multiplicação pode chegar até 1:228 em um período
de dezoito meses.
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FIGURA 9. Esquema para sistema tradicional - cana inteira.
4.5 Mini Toletes
Este método é utilizado em casos especiais tal como pouco volume de muda
disponível. Pode chegar a uma taxa de multiplicação de 1:40, portanto, quatro vezes
superior à taxa normal. Isso considerando que o volume de muda necessária para
implantar esse sistema é ¼ menor do que o tradicional, porém, para tanto, se
recomenda maiores cuidados em relação as seguintes operações:
Ano 01
Outubro
Plantio
Ano 02
Março
1º Corte
Ano 02
Setembro
2º Corte
Taxa 1:6
--------------
06 ha
Taxa 1:5
--------------
25 ha
Taxa 1:06
--------------
36 ha
Taxa 1:07
--------------
35 ha
Taxa 1:06
--------------
150 ha
Área
comercial
228 ha
1 ha
ressoca
Ano 03
Março
Comercial
1 ha
1 ha
soca
Taxa 1:5
--------------
05 ha
Taxa 1:5
--------------
05 ha
Taxa 1:07
--------------
07 ha
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Preparo do solo.
Obtenção dos mini toletes
Plantio duplo, ou seja, dois mini toletes/cova, espaçadas de 50 cm.
Irrigação complementar.
5. CONDUÇÃO DO VIVEIRO
Além dos cuidados normais de um plantio, ou seja, bom preparo do solo e
adubação no plantio adequada, outras práticas devem ser adotadas nas áreas de
viveiro, ou seja, irrigação complementar, adubações parceladas em cobertura
(nitrogênio e potássio), operações de “roguing” e cuidados com a infestação de plantas
daninhas e corte das mudas.
Controle de plantas daninhas
Em relação ao controle de plantas daninhas os viveiros devem ser conservados
rigorosamente livres de plantas daninhas. Podendo ser adotado os seguintes manejos:
1 - Rotação de cultura, com semeadura de leguminosas;
2 - Uso de herbicidas seletivos em pré-emergência e se necessário em pós
emergência;
3 – Cultivo mecânico;
Adubações complementares
Dentre os macro nutrientes, o nitrogênio quando aplicando em elevadas doses
obteve um aumento de 25% na brotação e redução no tempo de emergência
Arceneaux, citado por (CASAGRANDE, 1991). Isto quer dizer que a aplicação de
nitrogênio em doses maiores que as usuais em cana-de-açúcar destinadas a muda,
podem, além de aumentar a produção, melhorar a brotação. Os resultados desses
trabalhos indicam que somente doses acima de 270 kg.ha -1 de N possibilita conferir
vantagens. (CASAGRANDE 1991),
Ainda, de qualquer modo, é unânime entre os autores a afirmação de que quanto
melhor o estado nutricional, melhor será a brotação (CASAGRANDE, 1991). Este
melhor estado nutricional pode ser alcançado utilizando-se recursos que beneficiem o
bom desenvolvimento das mudas (torta de filtro, solo fértil, vinhaça, etc.)
Irrigações complementares
O plantio de cana-de-açúcar em condições de seca ou em período de estiagem é
comprometedor, mas caso necessário deve-se utilizar irrigações complementares.
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Quanto ao período de maior demanda (CASAGRANDE, 1991), a cana plantada
em setembro-outubro, denominada cana de ano (12 meses) apresenta máximo
desenvolvimento no período novembro a abril; já a cana plantada de janeiro ao início
de abril, cana de ano e meio (18 meses) tem maior desenvolvimento de outubro a
abril, com pico máximo no período de dezembro a abril.
Cuidado no momento do corte das mudas
Os facões devem ser desinfetados na operação de corte e ao longo do processo
de corte para que não haja disseminação de inóculos de doenças para as áreas
comerciais e também para preservar a qualidade dos demais estágios do viveiro.
Deve-se utilizar para tanto solução composta de amônia quaternária a 30% Chemitec
(cloreto de alquil-dimetil-benzil-amônio) a 30% e Killbac (digluconato de clorhexidina) a
20%, de acordo com (SANGUINO e MORAIS, 2005).
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BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
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Funesp/Unesp. 1991. 157p.
FERNANDES, A.J. Manual a cana-de-açúcar. 1990. 196p.
GRATTAPAGLIA, D.; MACHADO, M. A . Micropropagação. In: TORRES, A C.;
CALDAS, L. S.; BUSO, A J.(Eds.). Cultura de tecidos e transformação de plantas.
Brasília:EMBRAPA-SPI/CNPH, 1998. v.1,p.183-260.
LANDELL, M. G. de A; et. al.Variedades de cana-de-açúcar para o centro sul do
Brasil: 15ª liberação do Programa Cana IAC (1959-2005). Campinas: Instituto
Agronômico, 2005. 37p. (Boletim técnico 197).
LANDELL, M. G. de A; Plantio com MEIOSI. 2º seminário IDEA, Redução de custos
na lavoura canavieira. 29 julho 1998 p. 54-62.
SANGUINO, A, V. A MORAES; M. V. CASAGRANDE. Curso de formação e
condução de viveiros de mudas de cana-de-açúcar. Outubro 2005 p.43.
SANGUINO, A., J.M. CAMPANHÃO; J.C.MOMESSO; R.A GONÇALVES. Controle do
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térmico em água a 52ºC por 30 minutos. 1996 (Relatório CTC).
GHELLER, A.,C.A. – Avaliação da eficiência de dois sistemas de tratamento
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MEIOSI. STAB, Piracicaba, Vol 14, p.13-15, 1995
BARCELOS, J.,E.T. Comparação entre dois sistemas de rotação de culturas com
a cana –de-açúcar (Saccharum spp). 1990 p. 65. Dissertação de mestrado.
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO –
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS CAMPUS DE
JABOTICABAL.
MARCHERONI, W; MATSUOKA, S. Manual de Patologia da cana-de-açúcar
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XAVIER, M. A.; ANJOS, I. A. ; NOGUEIRA, G. A. Viveiros de mudas de cana-de-
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NA CADEIA PRODUTIVA DA-CANA-DE-AÇÚCAR.