VivaDouro - Edição 0

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Emídio Gomes Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte “O VivaDouro é um projeto que, dados os seus mentores, de certeza que faz falta à região” > P.3 > P.2 e 3 “Quando vendemos a região estamos a vender um território essencialmente composto por vinho e pela paisagem do Douro” IX Jornadas Cooperativas 29 de novembro - S. João da Pesqueira Auditório Municipal (Cine-Teatro João Costa) Consulte o programa específico > P.4 Entrevista a Francisco Lopes • Comunidade Intermunicipal do Douro • Associação de Municípios do Vale do Douro Sul • Câmara Municipal de Lamego António Fontainhas Fernandes Reitor da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro “Uma visão plural e próxima da região é sempre uma mais-valia para quem cá vive, mas também para aqueles que se encontram espalhados pelo mundo” > P.3 Manuel de Novaes Cabral Presidente do Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto “Mais espaço para a voz dos durienses, maior quantidade e diversidade de informação, uma nova visão da região são algumas das vantagens que se espera com a chegada de um novo jornal” > P.3

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Emídio GomesPresidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte

“O VivaDouro é um projeto que, dados os seus mentores, de certeza que faz falta à região”

> P.3

> P.2 e 3

“Quando vendemos a regiãoestamos a vender um territórioessencialmente composto porvinho e pela paisagem do Douro”

IX Jornadas Cooperativas29 de novembro - S. João da PesqueiraAuditório Municipal (Cine-Teatro João Costa)Consulte o programa específico > P.4

Entrevista a Francisco Lopes• Comunidade Intermunicipal do Douro• Associação de Municípios do Vale do Douro Sul• Câmara Municipal de Lamego

António Fontainhas FernandesReitor da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro “Uma visão plural e próxima da região é sempre uma mais-valia para quem cá vive, mas também para aqueles que se encontram espalhados pelo mundo”

> P.3

Manuel de Novaes CabralPresidente do Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto

“Mais espaço para a voz dos durienses, maior quantidade e diversidade de informação, uma nova visão da região são algumas das vantagens que se espera com a chegada de um novo jornal”> P.3

2 VIVADOURO NOVEMBRO 2014

Editorial

Caros Leitores,

Apresentamos o VivaDouro.

Este projeto pretende replicar na zona do Douro aquilo que temos conseguido fazer com muito sucesso na zona de Gondomar, onde temos vindo a publicar um jornal local – o VivaCidade – com características únicas no panorama nacional da co-municação social e que pretendemos adaptar à zona do Douro.

Para produzir um projeto sério é obrigatório termos equipas profissio-nais e isentas e ter estrutura pois só com implantação local é possível um projeto deste tipo ter sucesso. Esta é a razão porque chamamos ainda pro-jeto à edição de um jornal local no Douro: queremos ter a certeza que é possível e viável um projeto que man-tenha vivos e permanentes os nossos princípios.

Para isso, é obrigatório que o pro-jeto possa obedecer aos princípios editoriais que promovemos e que é uma das razões do nosso sucesso. É a independência entre a administra-ção, a direção e a edição; de acordo com o cumprimento da lei, do esta-tuto editorial e das normas internas e é o conteúdo que é produzido pe-los jornalistas, que fazem o seu jul-gamento independente sobre o in-teresse informativo e formativo das matérias.

Contudo, o princípio básico que tem norteado a nossa atuação em Gondomar e que queremos seja tam-bém adotado no VivaDouro é basea-do nas palavras de J. M. Maclean, edi-tor do jornal “Manchester Guardian” que no seu jornal utilizou o lema que nós adotamos: “os factos são factos, mas a opinião é livre”. É este o prin-cípio que também perfilhamos para este projeto e que esperamos que possa ser concretizado muitas vezes nesta região. n

José Ângelo PintoAdministrador da Vivacidade, S.A.Economista e Docente Universitário

Como presidente da Câmara Municipal de Lamego, desde 2005, que balanço faz de todos estes anos em que tem vindo a liderar os destinos do conce-lho?

Tenho dificuldade em dis-tinguir os mandatos. É um tra-balho de continuidade em que vamos fechando algumas etapas e é muito difícil distinguir este último ano dos oito que o an-tecederam. No entanto, vamos enfrentando novos desafios que nos são colocados porque a vida autárquica está carregada de so-licitações diárias da população, das empresas e das instituições.

Já estamos a pensar em novos projetos e em adequar a nossa ação às novas dinâmicas e difi-culdades. Fala-se muito nisso e os autarcas têm cada vez mais a necessidade de responder aos problemas das pessoas em vez de criar obras. No nosso Orçamen-to Municipal temos 26 milhões de euros, dos quais 18 milhões são para as necessidades diárias que sentimos: os investimentos na ação social, na cultura, na educação, nos serviços básicos de água, saneamento, ilumina-ção pública e recolhas de lixo; depois temos oito milhões de investimento, dos quais cerca de dois milhões de euros são da Câmara Municipal, o restante vem dos fundos comunitários. Com estes valores percebe-se a diferença entre o custo diário de manutenção da autarquia e o custo do investimento em novas infraestruturas.

Temos uma população a ficar fortemente envelhecida e infeliz-mente os jovens estão em êxodo permanente e os que ficam só não saem porque não podem. Temos que encontrar soluções para as pessoas que insistem em

viver em Lamego e garantir qua-lidade de vida aos nossos idosos, com um envelhecimento ativo e sem isolamento.

Em novembro de 2013 foi elei-to presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Dou-ro. Tem sido difícil liderar a co-munidade em simultâneo com a Câmara de Lamego?

A CIM Douro já não é no-vidade para mim. Desde que as Comunidades Urbanas foram constituídas, em 2006, fui vice--presidente durante dois man-datos, por isso a presidência foi uma consequência lógica. A CIM Douro é composta por 19 municípios, muito diversos quer em dimensão, quer em características físicas e geográ-ficas. Tem sido difícil juntar 19 pessoas à mesa e ter decisões no final das reuniões. Contudo, é um grande desafio que tem sido bem sucedido com cedências de parte a parte. Temos que apos-

tar em projetos nos quais todos se possam rever. Esse consenso tem sido atingido em projetos em torno do Douro Norte e do Douro Sul. O principal papel da CIM Douro é criar uma articu-lação entre os municípios que a compõem. Queremos criar alguns planeamentos estratégi-cos comuns da mobilidade, in-vestimentos públicos, eficiência

da rede energética e a própria estruturação da rede urbana. Se não fizermos esse planeamento nesta zona alargada depois não vamos ter decisões adequadas. Estamos preocupados no que toca a esta matéria até porque queremos aproveitar o próximo programa de fundos comunitá-rios que aí vem [QREN 2014-2020]. A CIM Douro ainda é uma estrutura embrionária a fazer o seu percurso de afir-mação, que apesar de tudo tem funcionado. Grande parte do programa anterior foi investido na reforma das redes escolares e

esse foi um trabalho muito sig-nificativo para a região.

A CIM Douro funciona segun-do a lógica: “a união faz a for-ça”?

Logicamente que sim. Tenho referido isso muitas vezes, mas as Comunidades Intermunici-pais não podem ser um aglome-rado de autarcas reivindicativos.

Tem que ser uma estrutura que agregue os anseios e as capaci-dades das suas populações e que tenha uma estratégia autónoma para resolver os problemas com que estamos a ser confrontados.

Tem sido uma instituição capaz de “lutar” pelos seus interesses face ao poder central?

Temos conseguido alguns princípios notáveis. Fomos a primeira Comunidade Inter-municipal a celebrar uma carta de compromissos com as as-sociações empresariais, as uni-versidades e politécnicos para

“O principal papel da CIM Douro é criar uma articulação entre os municípios que a compõem”No arranque do novo projeto VivaDouro, destacamos a Comunidade Intermunicipal do Douro (CIM) como entidade representativa da região. Entrevistamos, por isso, o presidente Francisco Lopes que preside também, desde 2005, a Câmara Municipal de Lamego. O edil apresenta uma CIM Douro “completamente consolidada” e fala de projetos para o futuro de Lamego e da região que compreende a comunidade.

Texto: Pedro Santos Ferreira

> Francisco Lopes ocupa o cargo de presidente da CIM Douro desde novembro de 2013

3VIVADOURO NOVEMBRO 2014

“O principal papel da CIM Douro é criar uma articulação entre os municípios que a compõem”No arranque do novo projeto VivaDouro, destacamos a Comunidade Intermunicipal do Douro (CIM) como entidade representativa da região. Entrevistamos, por isso, o presidente Francisco Lopes que preside também, desde 2005, a Câmara Municipal de Lamego. O edil apresenta uma CIM Douro “completamente consolidada” e fala de projetos para o futuro de Lamego e da região que compreende a comunidade.

o desenvolvimento conjunto das três comunidades intermunicipais do Douro e Trás-os-Montes. Este exemplo já foi seguido na zona de Aveiro e agora vai ser seguido na zona interior, na Guarda e em Cas-telo Branco. Os nossos problemas extravasam as nossas fronteiras e por isso têm que ser resolvidos a uma escala envolvente.

Alguma vez pensaram em avan-çar com a regionalização?

As Comunidades Intermuni-cipais configuram-se como uma forma mitigada de reorganização territorial e de um conjunto de funções do Estado e dos Municí-pios. No entanto, não podem de maneira nenhuma confundir-se com regiões administrativas que exigiriam desde logo um conjunto de poderes e uma legitimidade que só pode ser conferida pelo voto.

Vai liderar uma primeira fase de candidatura ao próximo Quadro de Referência Estratégico Nacio-nal (QREN) 2014-2020. Quais são os grandes projetos que espe-ra ver concluídos com este pro-grama de fundos comunitários?

Espero que os fundos comu-nitários nos possibilitem uma aposta mais direcionada para a atividade económica. Nós temos alguns setores de atividade de grande relevo e outros que pre-cisam de uma reorganização da produção e de um trabalho de promoção da comercialização. O setor dos vinhos já tem algu-ma dimensão mas depois tem alguns problemas na sua divul-gação e está muito disperso em denominações diversas. O turis-mo também tem que ser pensado com alguma lógica porque temos novas instalações turísticas mas também estamos a perder algu-mas e a duração média das esta-dias não tem vindo a aumentar. A nossa principal dificuldade é defi-nir projetos concretos a ser apre-sentados para o próximo QREN,

porque têm que ser projetos transversais e vantajosos para to-dos os municípios que integram a Comunidade Intermunicipal.

Há algum setor prioritário?Em princípio teremos que

apontar para a nossa agricultura e depois para o turismo sempre como emanação daquilo que são as nossas principais atividades. O turismo nasce das paisagens, das quintas, do vinho e obviamente temos turismo urbano, cultural e religioso. Quando vendemos a re-gião estamos a vender o território e o nosso território é essencial-mente composto por vinho e pela paisagem do Douro.

O vinho é uma das âncoras da região?

O vinho é uma das distinções mais importantes que temos em Lamego. Dão uma grande visibi-lidade que pode ser aproveitada por todos os produtores da região. Temos que tentar conseguir obter mais regalias para conseguirmos um modelo de distribuição de benefícios que chegue a todos os viticultores.

Enquanto líder da CIM Douro, como pensa enfrentar esses de-safios?

Sem entrar nos pormenores setoriais porque já existem enti-dades públicas e privadas que já se ocupam dessas áreas. A CIM Douro deve manter-se como uma instituição de planeamento estra-tégico com os principais agentes locais e deve estar junto das po-pulações para acompanhar os re-sultados dos nossos projetos neste vasto território.

Está também integrado na Asso-ciação de Municípios do Vale do Douro Sul (AMVDS), uma asso-ciação que congrega 10 municí-pios e cerca de 110 mil habitan-tes. Que papel tem a AMVDS?

Com a criação das Comu-

nidades Intermunicipais, as as-sociações de Municípios foram relegadas para fins específicos e limitam-se a gerir um conjunto de projetos e de iniciativas orga-nizadas pelos associados. No caso da AMVDS, esta foi fundamen-tal numa fase em que se lançou o aterro sanitário do Douro Sul, localizado em Bigorna. Entretanto a associação tem-se mantido com um conjunto de projetos muito di-versificado e que decorrem de ne-cessidades dos Municípios, desde planos contra incêndios, o projeto de Montemuro e outras iniciativas que são coordenadas com a CIM Douro.

Este modelo de associações deve-ria ser replicado?

As associações de Municípios têm que ser vistas em função dos objetivos concretos. Se coincidi-rem com Comunidades Intermu-nicipais poderão não fazer senti-do. Sou apologista que na área do associativismo municipal deve-mos concentrar e não dispersar.

Está prevista a inclusão de mais concelhos na CIM Douro ou na AMVDS?

Não. A nossa Comunidade In-termunicipal está completamen-te consolidada e coincide com a NUT III Douro e não me parece fácil haver alteração estatística da NUT III. Em relação à AMVDS, temos dois municípios que não são da CIM Douro [Resende e Cinfães] e esse tem sido um estí-mulo para a manutenção da asso-ciação, porque são municípios que mantém contactos com Lamego.

Seria vantajosa a criação de um novo projeto de comunicação so-cial nesta região?

Acho que sim. Há sempre lugar para novos projetos que sejam di-ferenciadores e que tenham como objetivo fazer coincidir a sua área de atuação com a área da Comuni-dade Intermunicipal. n

Emídio Gomespresidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regio-nal do Norte (CCDR-N)

É importante promover uma maior informação ao nível local?É óbvio que para além da informação de nível nacional e internacional que tem sido uma grande aposta no Douro, o envolvimento das populações é essencial para a garantia do seu sucesso. Sem o envolvimento das populações do Douro, por mais que se aposte na promoção, dificilmente seremos bem sucedidos. Daí que haja por parte da CCDR-N duas preocupações: a concentração no próprio Douro de todos os ativos da sua Estrutura de Missão que, pela primeira vez, deixou de ter pessoas no Porto para as concentrar na região do Douro; e, por outro lado, uma enorme aposta da CCDR-N na divulgação local, em articulação com a entidade regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal, com a sua entidade sub-regional e a Estrutura de Missão e com a CIM, de forma envolver todos os agentes locais neste desígnio que é a promoção do Douro.

O VivaDouro é um projeto que faz falta na região?O VivaDouro é um projeto que, dados os seus mentores, de certeza que faz falta à região. Será uma publicação de prestígio produzida por pessoas muito conceituadas e muito conhecedoras daquilo que são as realidades e dinâmicas regionais. Daí que todas as iniciativas que vêm por bem, e esta é uma delas, sejam bem-vindas ao Douro. Segura-mente que fazem falta e nunca serão de mais.

António Fontainhas Fernandesreitor da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD)

Considera que a boa informação é parte integrante para uma educação mais rica?A informação é fundamental para aquisição de conhecimento. Como tal, um cidadão informado é certamente um cidadão que reflete sobre a sociedade em que está inserido e, refletindo, constrói um pensamento crítico, capaz de avaliar e, não apenas, aceitar o que lhe é oferecido. Por isso a educação é fundamental para a formação de cidadãos. Esta torna-os capazes de pensar, de olhar de forma diferente aquilo que todos os dias observam e dá-lhes a possibilidade de criar, empreender e inovar. É esses cidadãos que queremos formar na UTAD, gerações com consciência crítica, analítica e reflexiva, capa-zes de inovar e empreender no seu país, mas sobretudo na região onde nos inserimos e que tanto potencial oferece aos que cá vivem e aos que desejam cá viver e trabalhar.

Há espaço para novos projetos deste tipo na região do Douro?”Gostaria de felicitá-los pela criação deste novo órgão de comunicação social. Uma visão plural e próxima da Região é sempre uma mais-valia para quem cá vive, mas também para aqueles que se encontram espalhados pelo mundo.Por isso, um novo órgão de comunicação social suscita sempre grande expectativa da parte de quem o recebe. E, sendo um projeto voltado para a sua região, essa expectativa é ainda maior pois espera-se que este reflita a realidade dos seus cidadãos. Espera-se ainda que informe e que dê a conhecer, de forma próxima, direcionada e concreta a região e todo o seu potencial cultural, económico, social e turístico.Por isso, um órgão de cariz regional tem como função abrir mentes, sensibilizar a comu-nidade para a adoção da cidadania, que se deseja participativa, e dar a conhecer ao resto do país realidades de que apenas se ouve falar… Cabe-lhe assim esta dupla função: dar voz e servir de ponte entre os municípios e os seus cidadãos, mas também entre estes e o país e o mundo. Um verdadeiro serviço público, que conduz identidades, culturas, tra-dições e formas de vida, dificilmente espelhadas por órgãos de difusão mais abrangente. Desejamos os maiores sucessos para este novo projeto.

Manuel de Novaes Cabralpresidente do Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, I.P. (IVDP) Considera que a população desta região é bem informada?Existem vários órgãos de comunicação social na Região Demarcada do Douro que tra-balham a informação local, refletindo os principais assuntos e acontecimentos na região. Há, aliás, na região uma rede de informação e conhecimento disponível através de di-versos de canais. Torna-se, no entanto, necessário apostar numa maior qualificação das pessoas, promovendo-se um acesso real à informação, no sentido de a transformar em conhecimento efetivo. Só assim poderá ser uma ferramenta ao alcance dos durienses, para um criar um contexto de uma verdadeira sociedade de informação.

Que vantagens para a região trará o surgimento de um meio de comunicação deste tipo?Espera-se que um novo meio de comunicação traga sempre novas perspetivas e acres-cente valor, contribuindo assim para disponibilizar cada vez mais informação de interesse para a população local. Deseja-se que reflita os assuntos importantes para os durienses, mas que também traga para a região novidades e uma visão ampla e clara do que se passa fora da região, mas que a afeta de forma mais direta ou indireta. Mais espaço para a voz dos durienses, maior quantidade e diversidade de informação, uma nova visão da região são algumas das vantagens que se espera com a chegada de um novo jornal.

Os vinhos da Região Demarcada do Douro têm tido uma boa projeção?Recentemente, os vinhos da Região Demarcada do Douro estiveram com um grande e especial destaque ao nível internacional. A conceituada revista Wine Spectator atribuiu a um vinho do Porto o primeiro lugar do seu TOP 100 de 2014. Aliás, dos primeiros qua-tro lugares deste importante ranking têm três vinhos da região, para além da primeira posição, conquistamos ainda a segunda e a quarta. O melhor vinho do mundo é da Região Demarcada do Douro. Fruto do trabalho das empresas e dos produtores, o Douro Vinhateiro tem vindo a evoluir de forma muito positiva e estas distinções são um sinal de que estamos no caminho certo. O vinho do Porto, produzido desde 1756 a Região Demarcada do Douro, é conhecido e reconhecido mundialmente há centenas de anos e os DOP Douro têm feito um percurso excecional, conquistando também o seu lugar no mundo. Criada em 1982, a denominação de origem Douro tem pouco mais de 30 anos, mas tem vindo a crescer em cada vez mais mercados. Os vinhos da RDD estão em mais de 110 países e o prestígio, notoriedade, identidade e qualidade das denominações de origem Porto e Douro levam a região cada vez mais longe. A aposta das empresas na tecnologia de produção e na forma como apresentam o produto final ao consumidor, com um design moderno e apelativo, sem perder a tradição e a história, são um forte sinal do sentido de inovação da região. Neste âmbito, importa ainda referir que grandes nomes da arquitetura assinam projetos de adegas que apresentam uma imagem mais contem-porânea, contribuindo para a atratividade do turismo na região. O Alto Douro Vinhateiro, classificado pela UNESCO como Património Mundial em 2001, continua a surpreender o país e o mundo.

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