VISÃO GERAL DA PROPOSTA O CONCEITO … · Organizamos a nossa proposta como um modelo pedagógico,...

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MATÉRIA PRIMA MAT. DE CONSTRUÇÃO CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL E DESEMPENHO NÃO RENOVÁVEL RENOVÁVEL FIBRAS VEGETAIS MADEIRA OSB TERRA CRUA (ADOBE/ TAIPA) TIJOLO CERÂMICO MACIÇO BLOCO DE CONCRETO CONCRETO ARMADO AÇO PVC MANTA ASFÁLTICA PEDRA SOLO 0,5 0 0,15 0,02 1,5 0,4 0,13 EMISSÃO DE CO2 13,2h (25cm) 7,1h (14cm) 5,6h (10cm) 1,7h (13,2 cm) 3000 400 1400 240 180 65000 1370 1900 26000 PROPIEDADES DE ATRASO TÉRMICO ENERGIA INCORPORADA 2,5 ÉRIA PRIMA R MAT. DE NÃO RENOVÁVEL NOVÁVEL RE NOVÁVE L FIBRAS VEGETAIS MA OSB TERRA TIJOLO BLOCO CONCR AÇO PVC MANTA AS PEDRA SOLO PETRÓLEO DESENVOLVIMENTO HUMANO AMBIENTE CONTRUÍDO AMIBENTE NATURAL COSMO & CLIMA BIODIVERSIDADE MINERAIS TRABALHO solidário EDUCAÇÃO holística SAÚDE integral CONFORTO E ENERGIA SANEAMENTO MATERIAIS SAUDÁVEIS E ECOEFICIENTES E PAISAGISMO MATRIZ RETORNO TRANSFORMAÇÃO UTILIZAÇÃO SOLUÇÕES NECESSIDADES Sistema Fechado Sistema Aberto Sistema Insustentável SER HUMANO ABRIGO AMBIENTE HOSTIL energia vital produtos e detritos VISÃO GERAL DA PROPOSTA O AMBIENTE NATURAL O AMBIENTE CONSTRUÍDO METODOLOGIA APLICADA CONSCIÊNCIA DO IMPACTO SUSTENTABILIDADE DADOS EXTRAÍDOS DE <PT.WINDFINDER.COM> VENTOS PREDOMINANTES N S O E ZONA BIOCLIMÁTICA Nº 3 22.9008° S, 47.0572° W 35 40 30 25 20 15 10 JAN FEB MAR ABR MAI JUN JUN AGO SEP OCT NOV DEC ANUAL GRÁFICO DE TEMPERATURAS MÉDIAS EM CAMPINAS DADOS EXTRAÍDOS DO SOFTWARE CLIMATE CONSULTANT ZONA DE CONFORTO TEMP. MÁXIMA/MÍNIMA REGISTRADA MAPA SOLAR SER HUMANO ABRIGO AMBIENTE HOSTIL energia vital tal Organizamos a nossa proposta como um modelo pedagógico, no qual o conteúdo apresentado pode ser lido de forma holística e interativa. Exposto em linguagem simples, visual e obje- tiva para estimular a percepção, pelo diver- sificado público alvo ao qual se destina. As informações estão distribuidas didatica- mente de forma radial e integrada em três grandes eixos de compreensão e atuação: • Ambiente Natural • Ambiente Construído • Desenvolvimento Humano O centro de tudo irradia a VIDA, o próprio exemplo de sustentabilidade que ilumina o caminho a seguir. Propomos que o conteúdo aqui apresenta- do constitua a base de informações prelimi- nares, não apenas para direcionar a cons- trução, mas também a gestão humana e ambiental do próprio edifícil e das relações sociais que este acolherá, com vistas à sustentabilidade do empreendimento, de seus usuários e da sociedade local onde este se insere. Este padrão gráfico simboliza o equilíbrio dinâmico e a harmonia entre todos os ele- mentos do sistema, o qual evolui em direção à sustentabilidade. As informações podem ser lidas do centro para as bordas ,das bordas para o centro e em espiral crescente no sentido anti-horário, e fica assim: Conhecendo e respeitando as leis cósmicas que regem o Ambiente Natural, podemos criar o Ambiente Construído seguindo este mesmo equilíbrio dinâmico para atender as necessidades de um agrupamento humano que busca uma vida harmoniosa e com equidade social. Observando e experimentando o Ambiente Natural, encontramos as referências que precisamos para criarmos o nosso próprio sistema sustentável. O COSMO Padrões de criação Os padrões de criação são encontrados tanto a nível macrocósmico quanto no microcósmico: Forma Eles nos ensinam sobre a geometria dos elementos naturais. Galaxias e caracóis tem a forma de espirais. Árvores e rios se desenvolvem com o mesmo padrão, com crescimento inverso. Os nossos sistemas circulatório e respiratório também funcionam com este padrão de árvore. Ritmo Tudo que vive funciona em ciclos, com determinadas frequências de criação, destruição e recriação de suas partes e circulação de seus fluidos nutrientes e poluentes. Tudo flui dentro de uma ordem, com seu próprio ritmo e seguindo uma sabedoria maior de integração entres os elementos envolvidos, gerando harmonia do habi- tat que os acolhe. Ciclos importantes: ciclo da água, do carbono, do oxigênio, do nitrogê- nio, as horas do dia, as estações do ano. O Ambiente Construído foi planejado para acolher as atividades funcionais e proporcio- nar o conforto de seus usuários, em harmonia cooperativa com o ambiente natural. A concepção arquitetônica reflete em sua expressão formal as diretrizes de conforto bio- climático e de eficiência energética. Os fluxos de entrada e saída, de água e nutrientes, se organizam em sistemas, que inte- ragem com o paisagismo de entorno e convi- vência dos visitantes e funcionários. Clima e Energia A cidade de Campinas se caracteriza por um clima composto – nem úmido nem seco, mas predominante- mente quente e com elevada amplitude térmica. * Elemento FOGO: - VERÃO - Nov-Mar: 18 a 29ºC, Ampl. térmica min: 10ºc Jan. - INVERNO - Jun-Ago:12 a 26ºC, Ampl. térmica máx: 13ºC Ago. * Elemento ÁGUA: UMIDADE RELATIVA Mínima 64,3% Ago – INVERNO Máxima 77,7% jJan – VERÃO PRECIPITAÇÃO Maior que 200mm Dez-Jan - Verão * Elemento Ar: Ventos Vento Predominante SUDESTE A BIODIVERSIDADE A biodiversidade é fundamental para a ma- nutenção da vida em nosso planeta. O papel humano como ser inteligente e transformador do seu espaço de atuação é promover a abundância de seres vivos no ecossistema local, favorecendo assim o equilíbrio dinâmico do meio ambiente. O conhecimento da biodiversidade local, registrado com um levantamento faunístico e florístico da situação atual do sítio de implantação da obra, devem ser produzi- dos e demonstrados para o público visitante na exposição presencial e online. Esta informação poderá ser atualizada a cada ano posterior, em que um sistema de recuperação ambiental estará sendo implantado. Poderá ser verificado o poder de atração e retorno da fauna silvestre a partir da evolu- ção do nível de diversidade e densidade biológica, consequente do processo de recomposição florestal produtiva no entor- no da edificação. O RELEVO E OS MINERAIS - ELEMENTO TERRA O terreno Possui dimensões suficientes para a ocupação equilibrada do conjunto edificado. Possui boa visibilidade a partir do restante das áreas do Parque, assim como para contem- plação deste. Apresenta uma leve declividade em direção ao sul que favorece o destaque sutil da edifi- cação com a distribuição do programa de necessidades de forma térrea, sobre uma pla- taforma de piso nivelada um pouco acima do ponto mais alto de terreno. Favorece também a captação da ventilação predominante de sudeste. Não interfere na relação da edificação com a radiação solar disponível. Matéria Prima Os elementos naturais que compõem o reino mineral, vegetal e animal, sempre forneceram a matéria prima utilizada para a criação de nossos elementos de conforto – vestimentas e abrigos. Conhecer e analisar os processos de transfor- mação da materia prima natural em material de construção é a base para a consciência do impacto ambiental causado para construir as edificações. Onde e como nos encaixamos dentro deste universo natural? O nosso impacto ambiental se inicia na transforma- ção da natureza em atendimento às nossas necessi- dades básicas, como ser biológico e se intensifica com o atendimento às nossas necessidades cultu- rais, como ser social que somos. Precisamos de água, alimento, abrigo e energia para o nosso conforto biológico e precisamos convi- ver com outras pessoas para o nosso conforto social. Produzimos resíduos que devem ser reintegrados ao ambiente natural de forma positiva. Possuimos grande capacidade de transformação do ambiente natural. Podemos torná-lo ainda melhor, utilizando as mesmas regras originais de sua criação. Quando o sistema funciona conforme as leis naturais, em ciclo fechado de reuso dos recursos disponíveis e utilizados, este se mantem em equilíbrio dinâmico e se sustenta de foma mais permanente, com menor trabalho envolvido. Quando o sistema não está regulado para o funcionamento sustentável, surge des- perdicio de recursos, gerando poluição, demandando trabalho extra e elevação de custos. Temos como meta orientar o nosso sistema de vida para o modo de funcionamento sustentável. O CONCEITO A meta é ser sustentável para depois então falar de sustentabilidade. Não só na construção, mas também na gestão do espaço e das atividades. Mas afinal, o que é ser sustentável? A resposta é mais simples do que imaginamos: A VIDA É SUSTENTÁVEL! Permanecermos vivos com saúde e harmonia, gera- ção após geração, será tão mais fácil quanto mais nos aproximarmos e agirmos conforme as leis naturais da existência. A natureza em sua plenitude, do macrocosmo ao microcosmo, é a própria referência de sustentabilida- de, com seus: • elementos componentes, • leis fundamentais, • padrões de criação e ciclos de desenvolvimento evolutivo. Para aprendermos sobre sustentabilidade precisamos observar, sentir e entender como funciona a natureza. Precisamos ter consciência do nosso próprio impacto ambiental, como interferimos e interagimos com o am- biente ao nosso redor. Ser sustentável é “dançar conforme a ciranda” da vida natural. Os materiais e técnicas construtivas são utiliza- dos conforme a complexidade das funções às quais desempenham na edificação. A própria edificação, com suas formas, siste- mas e elementos construtivos, pode e deve ser lida como um modelo didático para a compreensão de suas funções e diretrizes sustentáveis. Cisternas p/ irrigação dos jardins Aquecimento solar de água potável & armazenamento para posterior distribuição às pias e chuveiros. Filtragem e armazenamento Reservatórios com água potável da rede municipal & água pluvial filtrada para utilização em vasos sanitários e limpeza de pisos Sanit. 1.ÁGUAS NEGRAS/CINZAS 5. ÁGUA RESULTANTE (Lagos, etc.) 3.FILTRAGEM 2. DIGESTÃO (tanque séptico,...) 4.DESTINO FINAL (Leito de evapotranspiração,...) NORTE SANEAMENTO E PAISAGISMO SEGURANÇA HÍDRICA E SANITÁRIA •Gestão das Águas – fria, quente, pluvial, servidas. No plano de fluxos de um sistema sustentável, procura-se que cada elemento tenha pelo menos duas funções e seja atendido por no mínimo duas fontes seguras. A água neste projeto terá como fontes tanto a rede municipal, quanto as águas pluviais e outra forma que seja viável localmente, como nascentes elevadas ou poços profun- dos. As águas pluviais, captadas pelos telhados jardim de cada bloco, serão armazenadas em cisternas com formatos e tecnologias diversas (argamassa armada e plásticos). Serão usadas localmente para irrigação dos jardins no entorno da edificação. O telhado mais próximo da torre d´água, captará a água de chuva que será filtrada e armazenada em cisternas maiores na base da torre e bombeada para reservatórios ele- vados. Esta será a água distribuida para todos os vasos sanitários e limpeza de pisos. Nesta torre estarão também os reservatórios com água potável da rede municipal que atenderão aos demais úsos sanitários. O sistema de água quente receberá esta água potável em seus coletores de aqueci- mento solar localizados ao lado de cada bloco de sanitários. A água aquecida será armazenada logo ao lado, sob o teto acima dos banheiros, para onde será distribuida às pias e chuveiros. A modulação e descentralização do sistema reduz custos com tubulação isolada e perdas de eficiência térmica. Águas servidas. Seguindo este mesmo princípio de solucionarmos localmente as nossas demandas, estamos propondo o tratamento biológico e a reutilização das águas residuais dos sanitários e copas, para irrigação dos jardins localizados nos pátios de convivência e visitação entre os blocos administrativo e de reuniões. A localização dos sanitários restritos e de uso con- trolado em dois blocos separados, favorece a apli- cação demonstrativa de diferentes sistemas, com separação por níveis de poluição (primária ou secundária), por etapas de tratamento e por tipo de destino final (evapotranspiração, zona de raízes, valas de infiltração plantadas). A criação de ecossistemas aquáticos na forma de pequenos lagos, como ponta final destes trata- mentos biológicos de esgoto, após passar por uma zona de raízes, além de aumentar a biodiversida- de local é um sinalizador da qualidade da água e desempenho do sistema. PAISAGISMO PRODUTIVO E SEGURANÇA ALIMENTAR Integrado ao sistema de saneamento pela irrrigação subsuperficial, o paisagismo propos- to terá uma característica produtiva e funcio- nal que selecionará as espécies vegetais con- forme a localização no terreno e para atender às necessidades de: • Controle climático - bosques para sombrea- mento de verão a oeste e coberturas ajardina- das (massa térmica); • Organização espacial – cercas vivas laterais e espelho d´água no talude, para controle sutil de acessos; • Produção de alimentos – hortas e pomares agroflorestais. • Recuperação ambiental – produção de mudas e plantio de árvores nativas para atra- ção da fauna. MATERIAIS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS SAUDÁVEIS E ECOEFICIENTES Matéria prima Cada elemento na natureza se diferencia por suas características físicas, como resistência, flexibilidade, permeabilidade, que irão determi- nar a sua vocação como um material de cons- trução. Produção Os recursos energéticos e financeiros destina- dos à sua extração, transporte e transformação até ser utilizado na obra irão causar menor impacto ambiental quanto menos forem trans- formados, transportados e quanto mais fácil for a sua extração. Assim também se avalia qual o nível de polui- ção causado durante todo o processo de pro- dução do material. Aplicação Outro critério importante é a funcionalidade do material no papel a que se destina na obra, assim como o grau de salubri- dade proporcionada pelo material ao ambiente interno da construção e às pessoas que o utilizam. Para avaliar melhor o impacto, eficiência e estética dos mate- riais e das tecnologias construtivas fragmentamos a obra em seus elementos componentes. Assim podemos apresentar também as opções tecnológicas e os critérios sustentáveis utilizados em sua escolha. • Gestão dos Resíduos Sólidos A gestão de resíduos começa na coleta seletiva em lixeiras distribuidas nas áreas de circulação e em ambientes de trabalho, assim como na cons- cientização dos usuários e gestores. Os resíduos inorgânicos serão armazenados tem- poriariamente numa Central de Resíduos e depois destinados ao sistema municipal de coleta seleti- va. Os resíduos orgânicos serão transformados em novos alimentos numa Central de Processamento de Matéria Orgânica, composto por composteira, minhocário, galinheiro, viveiro de mudas, horta e pomar agroflorestal. Como um sistema demonstrativo de práticas sustentáveis, caso o volume de resíduos organicos das copas desta edificação seja insuficiente para a produção necessária de adubos do sistema, podem ser aceitos contribuições da vizinhança como estímulo e educação ambiental. MATÉ CONCURSO PÚBLICO NACIONAL DE ARQUITETURA “CASA DA SUSTENTABILIDADE” PARQUE TAQUARAL – CAMPINAS - SP INSTITUTO DE ARQUITETOS SISTEMA DE GESTÃO HUMANA E SUSTENTÁVEL Criar construções sustentáveis é a meta primária deste projeto, porém não menos importante será a capacidade de gerir corretamente o funcionamento desta edifi- cação para que as ações sejam compatí- veis com a filosofia da estrutura física e ainda proporcionar aos visitantes conteudo de educação ambiental e de capacita- ção profissional. O Sistema de Gestão Humano e Ambiental – SIGHA deste empreendimento, cujas dire- trizes gerais estão apresentadas neste painel, será desenvolvido junto à adminis- tração da casa, para a orientação aos gestores, funcionários e visitantes. O respeito à natureza expressado nos ele- mentos e formas da edificação, deve caminhar junto com o respeito e cuidado mútuo entre gestores, funcionários, visitan- tes e comunidade local. Ações que demonstrem e estimulem na comunidade a promoção de uma cultura de paz, de saúde integral, de educação holística e de trabalho solidário. COBERTURAS TETO VERDE: Impermeabilização: base asfáltica Cobertura: Terra e plantas TETOS NORTE: (captação solar) Telha termoacústica ESTRUTURAS: Madeira laminada Eucalipto Citriodora ESTRUTURAIS: Taipa Pilão VEDAÇÕES: Adobe, Cordwood (térmico) Drywall (flexibilidade) Fundações: Concreto e Pedra Lajes: Cascaje (argamassa armada) Concreto Pisos: Concreto polido / Cerâmica PAREDES PVC E VIDRO ABERTURAS FUNDAÇÃO E PISOS 1/2

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MATÉRIA PRIMA MAT. DE CONSTRUÇÃO CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL E DESEMPENHO

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NO

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FIBRASVEGETAIS

MADEIRA

OSB

TERRA CRUA (ADOBE/ TAIPA)

TIJOLO CERÂMICO MACIÇO

BLOCO DE CONCRETOCONCRETO ARMADOAÇO

PVC

MANTA ASFÁLTICA

PEDRA

SOLO

PETRÓLEO

0,5

0

0,15

0,02

1,5

0,4

0,13

EMISSÃO DE CO2

13,2h(25cm)

7,1h (14cm)

5,6h (10cm)

1,7h (13,2 cm)

3000

400

1400

240

180

65000

1370

1900

26000

PROPIEDADES DE ATRASO TÉRMICO ENERGIA INCORPORADA

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ÉRIA PRIMAR MAT. DE

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FIBRASVEGETAIS

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TERRA

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PETRÓLEO

DESENVOLVIMENTOHUMANO

AMBIENTE CONTRUÍDO

AMIBENTENATURALCOSMO

&CLIMA

BIODIVERSIDADE MINERAIS

TRABALHOsolidário

EDUCAÇÃOholística

SAÚDEintegral

CONFORTO

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ENERGIA

SANEAMENTO MATERIAIS SAUDÁVEIS E ECOEFICIENTES

EPAISAGISMO

MATRIZ

RETORNO

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UTILIZAÇÃO

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ESSI

DA

DES

Sistema Fechado

Sistema Aberto

SistemaInsustentável

SER HUMANO

ABRIGO AMBIENTE HOSTIL

energia vital

produtos e detritos

VISÃO GERAL DA PROPOSTA

O AMBIENTE NATURAL

O AMBIENTE CONSTRUÍDO

METODOLOGIA APLICADACONSCIÊNCIA DO IMPACTO

SUSTENTABILIDADE

DADOS EXTRAÍDOS DE <PT.WINDFINDER.COM>VENTOS PREDOMINANTES

N

S

O E

ZONA BIOCLIMÁTICA Nº 3

22.9008° S, 47.0572° W

35

40

30

25

20

15

10JAN FEB MAR ABR MAI JUN JUN AGO SEP OCT NOV DEC ANUAL

GRÁFICO DE TEMPERATURAS MÉDIAS EM CAMPINAS

DADOS EXTRAÍDOS DO SOFTWARE CLIMATE CONSULTANT ZONA DE CONFORTO TEMP. MÁXIMA/MÍNIMA REGISTRADA

MAPA SOLAR

SER HUMANO

ABRIGO AMBIENTE HOSTIL

energia vitaltal

Organizamos a nossa proposta como um modelo pedagógico, no qual o conteúdo apresentado pode ser lido de forma holística e interativa.Exposto em linguagem simples, visual e obje-tiva para estimular a percepção, pelo diver-sificado público alvo ao qual se destina.As informações estão distribuidas didatica-mente de forma radial e integrada em três grandes eixos de compreensão e atuação: • Ambiente Natural• Ambiente Construído• Desenvolvimento Humano

O centro de tudo irradia a VIDA, o próprio exemplo de sustentabilidade que ilumina o caminho a seguir.

Propomos que o conteúdo aqui apresenta-do constitua a base de informações prelimi-nares, não apenas para direcionar a cons-trução, mas também a gestão humana e ambiental do próprio edifícil e das relações sociais que este acolherá, com vistas à sustentabilidade do empreendimento, de seus usuários e da sociedade local onde este se insere.Este padrão gráfico simboliza o equilíbrio

dinâmico e a harmonia entre todos os ele-mentos do sistema, o qual evolui em direção à sustentabilidade.As informações podem ser lidas do centro para as bordas ,das bordas para o centro e em espiral crescente no sentido anti-horário, e fica assim:

Conhecendo e respeitando as leis cósmicas que regem o Ambiente Natural, podemos criar o Ambiente Construído seguindo este mesmo equilíbrio dinâmico para atender as necessidades de um agrupamento humano que busca uma vida harmoniosa e com equidade social.

Observando e experimentando o Ambiente Natural, encontramos as referências que precisamos para criarmos o nosso próprio sistema sustentável.

O COSMOPadrões de criaçãoOs padrões de criação são encontrados tanto a nível macrocósmico quanto no microcósmico:FormaEles nos ensinam sobre a geometria dos elementos naturais.Galaxias e caracóis tem a forma de espirais.Árvores e rios se desenvolvem com o mesmo padrão, com crescimento inverso.Os nossos sistemas circulatório e respiratório também funcionam com este padrão de árvore.RitmoTudo que vive funciona em ciclos, com determinadas frequências de criação, destruição e recriação de suas partes e circulação de seus fluidos nutrientes e poluentes.Tudo flui dentro de uma ordem, com seu próprio ritmo e seguindo uma sabedoria maior de integração entres os elementos envolvidos, gerando harmonia do habi-tat que os acolhe.Ciclos importantes:ciclo da água, do carbono, do oxigênio, do nitrogê-nio, as horas do dia, as estações do ano.

O Ambiente Construído foi planejado para acolher as atividades funcionais e proporcio-nar o conforto de seus usuários, em harmonia cooperativa com o ambiente natural.A concepção arquitetônica reflete em sua expressão formal as diretrizes de conforto bio-climático e de eficiência energética. Os fluxos de entrada e saída, de água e nutrientes, se organizam em sistemas, que inte-ragem com o paisagismo de entorno e convi-vência dos visitantes e funcionários.

Clima e EnergiaA cidade de Campinas se caracteriza por um clima composto – nem úmido nem seco, mas predominante-mente quente e com elevada amplitude térmica.* Elemento FOGO:

- VERÃO - Nov-Mar: 18 a 29ºC, Ampl. térmica min:10ºc Jan.

- INVERNO - Jun-Ago:12 a 26ºC, Ampl. térmica máx: 13ºC Ago. * Elemento ÁGUA: UMIDADE RELATIVA Mínima 64,3% Ago – INVERNOMáxima 77,7% jJan – VERÃOPRECIPITAÇÃOMaior que 200mm Dez-Jan - Verão* Elemento Ar: Ventos Vento Predominante SUDESTE

A BIODIVERSIDADEA biodiversidade é fundamental para a ma-nutenção da vida em nosso planeta.O papel humano como ser inteligente e transformador do seu espaço de atuação é promover a abundância de seres vivos no ecossistema local, favorecendo assim o equilíbrio dinâmico do meio ambiente.O conhecimento da biodiversidade local, registrado com um levantamento faunístico e florístico da situação atual do sítio de implantação da obra, devem ser produzi-dos e demonstrados para o público visitante na exposição presencial e online. Esta informação poderá ser atualizada a cada ano posterior, em que um sistema de recuperação ambiental estará sendo implantado.Poderá ser verificado o poder de atração e retorno da fauna silvestre a partir da evolu-ção do nível de diversidade e densidade biológica, consequente do processo de recomposição florestal produtiva no entor-no da edificação.

O RELEVO E OS MINERAIS - ELEMENTO TERRAO terrenoPossui dimensões suficientes para a ocupação equilibrada do conjunto edificado.Possui boa visibilidade a partir do restante das áreas do Parque, assim como para contem-plação deste.Apresenta uma leve declividade em direção ao sul que favorece o destaque sutil da edifi-cação com a distribuição do programa de necessidades de forma térrea, sobre uma pla-taforma de piso nivelada um pouco acima do ponto mais alto de terreno.Favorece também a captação da ventilação predominante de sudeste.Não interfere na relação da edificação com a radiação solar disponível.

Matéria Prima Os elementos naturais que compõem o reino mineral, vegetal e animal, sempre forneceram a matéria prima utilizada para a criação de nossos elementos de conforto – vestimentas e abrigos.

Conhecer e analisar os processos de transfor-mação da materia prima natural em material de construção é a base para a consciência do impacto ambiental causado para construir as edificações.

Onde e como nos encaixamos dentro deste universo natural?O nosso impacto ambiental se inicia na transforma-ção da natureza em atendimento às nossas necessi-dades básicas, como ser biológico e se intensifica com o atendimento às nossas necessidades cultu-rais, como ser social que somos.Precisamos de água, alimento, abrigo e energia para o nosso conforto biológico e precisamos convi-ver com outras pessoas para o nosso conforto social.Produzimos resíduos que devem ser reintegrados ao ambiente natural de forma positiva.Possuimos grande capacidade de transformação do ambiente natural. Podemos torná-lo ainda melhor, utilizando as mesmas regras originais de sua criação.

Quando o sistema funciona conforme as leis naturais, em ciclo fechado de reuso dos recursos disponíveis e utilizados, este se mantem em equilíbrio dinâmico e se sustenta de foma mais permanente, com menor trabalho envolvido.Quando o sistema não está regulado para o funcionamento sustentável, surge des-perdicio de recursos, gerando poluição, demandando trabalho extra e elevação de custos.Temos como meta orientar o nosso sistema de vida para o modo de funcionamento sustentável.

O CONCEITO

A meta é ser sustentável para depois então falar de sustentabilidade.Não só na construção, mas também na gestão do espaço e das atividades.Mas afinal, o que é ser sustentável? A resposta é mais simples do que imaginamos: A VIDA É SUSTENTÁVEL!Permanecermos vivos com saúde e harmonia, gera-ção após geração, será tão mais fácil quanto mais nos aproximarmos e agirmos conforme as leis naturais da existência.A natureza em sua plenitude, do macrocosmo ao microcosmo, é a própria referência de sustentabilida-de, com seus:• elementos componentes, • leis fundamentais, • padrões de criação e • ciclos de desenvolvimento evolutivo.

Para aprendermos sobre sustentabilidade precisamos observar, sentir e entender como funciona a natureza. Precisamos ter consciência do nosso próprio impacto ambiental, como interferimos e interagimos com o am-biente ao nosso redor.

Ser sustentável é “dançar conforme a ciranda” da vida natural.

Os materiais e técnicas construtivas são utiliza-dos conforme a complexidade das funções às quais desempenham na edificação.A própria edificação, com suas formas, siste-mas e elementos construtivos, pode e deve ser lida como um modelo didático para a compreensão de suas funções e diretrizes sustentáveis.

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Aquecimento solar de água potável & armazenamento para posterior distribuição às pias e chuveiros.

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SANEAMENTO E PAISAGISMOSEGURANÇA HÍDRICA E SANITÁRIA•Gestão das Águas – fria, quente, pluvial, servidas.No plano de fluxos de um sistema sustentável, procura-se que cada elemento tenha pelo menos duas funções e seja atendido por no mínimo duas fontes seguras.A água neste projeto terá como fontes tanto a rede municipal, quanto as águas pluviais e outra forma que seja viável localmente, como nascentes elevadas ou poços profun-dos.As águas pluviais, captadas pelos telhados jardim de cada bloco, serão armazenadas em cisternas com formatos e tecnologias diversas (argamassa armada e plásticos). Serão usadas localmente para irrigação dos jardins no entorno da edificação.O telhado mais próximo da torre d´água, captará a água de chuva que será filtrada e

armazenada em cisternas maiores na base da torre e bombeada para reservatórios ele-vados.Esta será a água distribuida para todos os vasos sanitários e limpeza de pisos.Nesta torre estarão também os reservatórios com água potável da rede municipal que atenderão aos demais úsos sanitários.O sistema de água quente receberá esta água potável em seus coletores de aqueci-mento solar localizados ao lado de cada bloco de sanitários. A água aquecida será armazenada logo ao lado, sob o teto acima dos banheiros, para onde será distribuida às pias e chuveiros. A modulação e descentralização do sistema reduz custos com tubulação isolada e perdas de eficiência térmica.

Águas servidas. Seguindo este mesmo princípio de solucionarmos localmente as nossas demandas, estamos propondo o tratamento biológico e a reutilização das águas residuais dos sanitários e copas, para irrigação dos jardins localizados nos pátios de convivência e visitação entre os blocos administrativo e de reuniões.A localização dos sanitários restritos e de uso con-trolado em dois blocos separados, favorece a apli-cação demonstrativa de diferentes sistemas, com separação por níveis de poluição (primária ou secundária), por etapas de tratamento e por tipo de destino final (evapotranspiração, zona de raízes, valas de infiltração plantadas).A criação de ecossistemas aquáticos na forma de pequenos lagos, como ponta final destes trata-mentos biológicos de esgoto, após passar por uma zona de raízes, além de aumentar a biodiversida-de local é um sinalizador da qualidade da água e desempenho do sistema.

PAISAGISMO PRODUTIVO E SEGURANÇA ALIMENTARIntegrado ao sistema de saneamento pela irrrigação subsuperficial, o paisagismo propos-to terá uma característica produtiva e funcio-nal que selecionará as espécies vegetais con-forme a localização no terreno e para atender às necessidades de:

• Controle climático - bosques para sombrea-mento de verão a oeste e coberturas ajardina-das (massa térmica);• Organização espacial – cercas vivas laterais e espelho d´água no talude, para controle sutil de acessos;• Produção de alimentos – hortas e pomares agroflorestais.• Recuperação ambiental – produção de mudas e plantio de árvores nativas para atra-ção da fauna.

MATERIAIS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS SAUDÁVEIS E ECOEFICIENTES

Matéria prima Cada elemento na natureza se diferencia por suas características físicas, como resistência, flexibilidade, permeabilidade, que irão determi-nar a sua vocação como um material de cons-trução.

ProduçãoOs recursos energéticos e financeiros destina-dos à sua extração, transporte e transformação até ser utilizado na obra irão causar menor impacto ambiental quanto menos forem trans-formados, transportados e quanto mais fácil for a sua extração.Assim também se avalia qual o nível de polui-ção causado durante todo o processo de pro-dução do material.

AplicaçãoOutro critério importante é a funcionalidade do material no papel a que se destina na obra, assim como o grau de salubri-dade proporcionada pelo material ao ambiente interno da construção e às pessoas que o utilizam.Para avaliar melhor o impacto, eficiência e estética dos mate-riais e das tecnologias construtivas fragmentamos a obra em seus elementos componentes.Assim podemos apresentar também as opções tecnológicas e os critérios sustentáveis utilizados em sua escolha.

• Gestão dos Resíduos SólidosA gestão de resíduos começa na coleta seletiva em lixeiras distribuidas nas áreas de circulação e em ambientes de trabalho, assim como na cons-cientização dos usuários e gestores.Os resíduos inorgânicos serão armazenados tem-poriariamente numa Central de Resíduos e depois destinados ao sistema municipal de coleta seleti-va.Os resíduos orgânicos serão transformados em novos alimentos numa Central de Processamento de Matéria Orgânica, composto por composteira, minhocário, galinheiro, viveiro de mudas, horta e pomar agroflorestal.Como um sistema demonstrativo de práticas sustentáveis, caso o volume de resíduos organicos das copas desta edificação seja insuficiente para a produção necessária de adubos do sistema, podem ser aceitos contribuições da vizinhança como estímulo e educação ambiental.

MATÉ

CONCURSO PÚBLICO NACIONAL DE ARQUITETURA “CASA DA SUSTENTABILIDADE” PARQUE TAQUARAL – CAMPINAS - SP INSTITUTO DE

ARQUITETOS

SISTEMA DE GESTÃO HUMANA E SUSTENTÁVELCriar construções sustentáveis é a meta primária deste projeto, porém não menos importante será a capacidade de gerir corretamente o funcionamento desta edifi-cação para que as ações sejam compatí-veis com a filosofia da estrutura física e ainda proporcionar aos visitantes conteudo de educação ambiental e de capacita-ção profissional.

O Sistema de Gestão Humano e Ambiental – SIGHA deste empreendimento, cujas dire-trizes gerais estão apresentadas neste painel, será desenvolvido junto à adminis-

tração da casa, para a orientação aos gestores, funcionários e visitantes.O respeito à natureza expressado nos ele-mentos e formas da edificação, deve caminhar junto com o respeito e cuidado mútuo entre gestores, funcionários, visitan-tes e comunidade local.

Ações que demonstrem e estimulem na comunidade a promoção de uma cultura de paz, de saúde integral, de educação holística e de trabalho solidário.

COBERTURASTETO VERDE:Impermeabilização: base asfálticaCobertura: Terra e plantasTETOS NORTE: (captação solar)Telha termoacústica ESTRUTURAS: Madeira laminadaEucalipto Citriodora

ESTRUTURAIS: Taipa PilãoVEDAÇÕES: Adobe, Cordwood (térmico) Drywall (flexibilidade)

Fundações: Concreto e PedraLajes: Cascaje (argamassa armada) Concreto Pisos: Concreto polido / Cerâmica

PAREDESPVC E VIDROABERTURAS

FUNDAÇÃO E PISOS

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5. Longos beirais da cobertura promovemsombreamento de verão e proteção contra chuvas fortes com vento.

2.Prolongamento perpendicular à fachada norte e sul, das vedações externas leste e oeste e da modulação estrutural dos painéis de apoio da cobertura, funcionam como elementos de proteção solar horizontal, som-breando as janelas no verão - de setembro a abril e permitindo a radiação e aqueci-mento solar dos ambientes internos no inverno – de junho a agosto.

3.Vedações com elevada inercia térmica sob o peitoril das janelas, na fachada norte, recebem a radiação solar de inverno, arma-zenando o calor diurno para amenizar o frio noturno.

4.Diferença de altura entre os planos de cobertura proporcionam uma abertura estratégic a com fluxo de ar regulável no alto dos ambientes internos que permite: a. Escape do calor no verão (efeito chaminé, ventilação cruzada e ventilação forçada) b. Captaçao de luz e calor no inverno, incidindo em superficies internas de elevada inércia térmica para manutenção do calor solar adquirido.

6.Pisos elevados em plataformas suspensas do chão, biapoiadas em estruturas de baldrames paralelos no sentido norte-sul, permitem o livre fluxo dos ventos predominantes de sudeste, além de evitar a ascensão da umidade do solo.

7. Coberturas ajardinadas garantem o isolamento térmico e o resfriamento evaporativo da envoltória que mais recebe sol e calor no verão, além de contribuir significativamente para a manutenção do calor solar arma-zenado no inverno e consequentemente o amortecimento da amplitude térmica.

8.Coberturas voltadas para norte servirão de captadoras do calor e luz solar.

PARTIDO ARQUITETÔNICOO programa de necessidades foi distribuído em blocos diferenciados conforme suas características funcionais.Todos os volumes são térreos, conectados por uma passarela central e com os pisos na mesma cota de nível, para facilitar a acessibi-lidade.Este nível de piso está elevado a 30cm acima do terreno natural, no ponto mais alto do terreno onde a edificação mais ao norte (previsão de ampliação) toca o chão.O leve declive do terreno natural, no sentido norte-sul, acentua a elevação do nivel de piso proporcionando ampla visibilidade do conjunto arquitetônico na região dos seus acessos principais.Os blocos foram distribuidos paralelamente entre sí, integrados por pátios internos de con-vivênciaO espaço destinado às exposições ganhou uma forma circular, com estrutura radial. Seu volume é o mais imponente e arrojado do conjunto arquitetônico, devido à sua necessi-dade de grande vão livre sem apoios cen-trais, atendendo à natureza de suas ativida-des.Foi colocado em posição de destaque na paisagem para atrair o interesse de seus visitantes.Possui espaços periféricos formados por pai-néis expositores permanentes, com circula-ção externa e acesso ao salão central, que está limitado por esquadrias para controle térmico e eventualmente controle de acesso.O salão central possui uma abertura superior ao norte, na diferença entre os telhados, para captação de luz e calor de inverno.As funções de Portaria/Segurança, Recepção/Espera e Copa de apoio às expo-sições, foram locadas a oeste do salão de exposições, como um volume de sombrea-mento do saguão de acesso livre às expos-ções.O conceito deste volume também é criar um ambiente de expectativa e espera antes de entrar no salão principal.Os espaços destinados às funções administra-tivas e de reuniões foram concebidos com uma lógica modular, com estrutura de cober-ta independente das divisões internas, geran-do plantas livres, para facilitar a flexibilidade e expansão de suas atividades. Os dois primeiros blocos, com acesso contro-lado, abrigam as salas de reuniões, copa e sanitários de público.O último é destinado à administação e sanitários/vestiários restritos, com acesso e circulação restritos.Foi prevista a possibilidade de ampliação futura para outros dois blocos administrativos.Um outro volume que se desenvolve vertical-mente, como contraste da horizontalidade predominante é a torre de águas, que abriga também um gerador eólico em seu topo, reforçando o papel de tótem na paisagem e marco de sustentabilidade do edifício.

VISITAÇÃO PEDAGÓGICA E PERMEABILIDADE DOS ESPAÇOSA permeabilidade dos espaços atende a transição sutil e convidativa do visitante a partir das áreas externas, passando pelas áreas livres de exposições permanentes e temporárias.Uma passarela central conduz o visitante no passeio demonstrativo das tecnologias sustentáveis aplicadas na edificação (fundação, pisos, paredes, aberturas) e nos pátios entre blocos (saneamento e paisagis-mo).O teto desta passarela também pode ser utili-zado como circulação de visitantes para conhecer as tecnologias de cobertura ajardi-nada (geral) e de geração fotovoltaica e de aquecimento solar de água (telhados ao norte).O acesso a esta passarela superior, a nível de telhado, é pela torre geral de águas, onde serão demonstradas também o ciclo das águas e o gerador eólico.

CONFORTO E ENERGIAESTRATÉGIAS E SOLUÇÕES BIOCLIMÁTICAS

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SETOR SUDESTEBrisas refrescantes

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BRISA SUDESTE

NORTE SUL

1.Orientação da edificação alinhada com a geometria da Carta Solar: a. NORTE e SUL: Fachadas e aberturas maiores que recebem Luz e Calor no Inverno e no Verão estão protegidas e sombreadas e captam as brisas refrescantes de Sudeste. b. LESTE e OESTE: Fachadas menores, sem aberturas e com elevada massa térmica - reduzem a incidência na edificação da radiação solar de nascente e poente no verão e promovem o atraso na transferência do calor para amortecimento da amplitude térmica entre dia e noite.

CONCURSO PÚBLICO NACIONAL DE ARQUITETURA 2/2“CASA DA SUSTENTABILIDADE” PARQUE TAQUARAL – CAMPINAS - SP INSTITUTO DE

ARQUITETOS

CASA DA SUSTENTABILIDADE

PLANTA

1. SALÃO DE EXPOSIÇÕES TEMPORÁRIAS2. EXPOSIÇÕES PERMANENTES3. COPA DE APOIO AO SALÃO4. ACESSO / ESPERA P/ SALÃO5. RECEPÇÃO / CONTROLE ACESSO6. TORRE DE ÁGUA GERAL E GERADOR EÓLICO7. RAMPAS DE ACESSO8. ESPELHO DE ÁGUA 9. PÁTIO DEMONSTRATIVO (SANEAMENTO E PAISA-GISMO)10. PASSARELA DE CIRCULAÇÃO GERAL11. BLOCO DE REUNIÕES & SANITÁRIOS PÚBLICOS12. BLOCO PLENÁRIA & SALAS DE APOIO13. BLOCO ADMINISTRATIVO

HIERARQUIA DOS AMBIENTES

EXTERNOS

LIVRES

CONTROLADOS

RESTRITOS

14. PREVISÃO DE FUTURA AMPLIAÇÃO15. CENTRAL DE RECICLAGEM DE RESÍDUOS16. AGROFLORESTA PEDAGÓGICA17. MINI ANFITEATRO (APOIO EDUCAÇÃO AMBIEN-TAL)18. VAGAS ACESSÍVEIS19. BICICLETÁRIO20. PASSEIO DE OBSERVAÇÃO EXTERNA DAS TECNO-LOGIAS CONSTRUTIVAS21. ACESSO DE SERVIÇO & CARGA/DESCARGA22. ACESSO PRINCIPAL PEDESTRES

A. GUARDA MUNICIPALB. ESTAÇÃO BONDEC. PISTA DE PATINAÇÃO

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