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VIRTUDES, 1 VIRTUDES, 1 ptismo comunica-se uma nova vida: stão “participa da vida divina1,4 1,4 ) e pode dizer: “Já não sou eu que vivo, Cristo que vive e mim” ( Gal 2, 20 Gal 2, 20 ). nos identificarmos com Cristo é sário a acção do Espírito Santo. Esta ificação abarca todo o ser espiritual: , vontade, vida afectiva. o Espírito Santo o cristão deve responder com uma tica continuada: esta cooperação do homem com o Santo há-de ser habitual: criar hábitos no sujeito, rtudes: a virtude é um hábito que facilita ao homem uar bem. MF 72 de 97

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MF 72 de 97. VIRTUDES, 1. No Baptismo comunica-se uma nova vida: o cristão “ participa da vida divina ” ( 2 P 1,4 ) e pode dizer: “Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive e mim” ( Gal 2, 20 ). Para nos identificarmos com Cristo é necessário a acção do Espírito Santo . Esta - PowerPoint PPT Presentation

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No Baptismo comunica-se uma nova vida:o cristão “participa da vida divina”(2 P 1,42 P 1,4) e pode dizer: “Já não sou eu que vivo,mas é Cristo que vive e mim” (Gal 2, 20Gal 2, 20).Para nos identificarmos com Cristo énecessário a acção do Espírito Santo. Estaidentificação abarca todo o ser espiritual:razão, vontade, vida afectiva.

À acção do Espírito Santo o cristão deve responder com umaluta ascética continuada: esta cooperação do homem com o Espírito Santo há-de ser habitual: criar hábitos no sujeito, que sechamam virtudes: a virtude é um hábito que facilita ao homem poder actuar bem.

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Duas definições entre outras:- A virtude é uma disposição habitual e firme para fazer o bem.- A virtude é um hábito operativo bom.

- O hábito operativo distingue-se do entitativo.- A virtude distingue-se também do vício (hábito operativo mau).

Importância da virtude: 1. supõe no sujeito uma disposiçãoconsciente e eleita de praticar o bem; 2. é semelhante a uma“segunda natureza”: o homem tem mais facilidade para fazero bem; 3. facilita o exercício da liberdade; 4. impede que apessoa se deixe levar pela espontaneidade, que por vezes a fazactuar como os animais; 5. ajuda a pessoa a adquirir aperfeição que lhe corresponde; 6. no virtuoso o pecado temmuito de fraqueza (não de malícia como no vicioso).

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O CCECCE dá uma divisão tripartida das virtudes: as humanasem general, as cardeais e as teologais.

I “As virtudes humanas são atitudes firmes, disposiçõesestáveis, perfeições habituais do entendimento e davontade que regulam os nossos actos, ordenam as nossaspaixões e guiam a nossa conduta segundo a razão e a fé.Proporcionam facilidade, domínio e gozo para levar umavida moralmente boa. O homem virtuoso é o que praticalivremente o bem” (CCE 1804CCE 1804). Essas virtudes sãoadquiridas.

São Josemaría: “compõem o fundamento das sobre-naturais”.

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II As virtudes cardeais aparecem enumeradas em Sab 8, 7Sab 8, 7:temperança, prudência, justiça e fortaleza. Chamam-secardeais porque são como o “cardo” ou eixo sobre o qualassenta o actuar moral.

1 Prudência: “auriga virtutum” porque indica às outrasvirtudes a regra e a medida em que devem praticar-se.=> CCE 1806CCE 1806: “A prudência é a virtude que dispõe arazão prática para discernir em qualquer circunstânciao nosso verdadeiro bem e a escolher os meios rectos parao levar a cabo”.=> facilita ao sujeito a aplicação aos actos concretos dosprincípios morais que hão-de reger a sua conduta.

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2Justiça: é a constante e firme vontade de dar acada uno o que é seu.=> referida a Deus denomina-se “virtude da religião”,que não cumpre propriamente uma das característicasessenciais da justiça, a saber a equidade, porque acriatura não pode devolver a Deus o que d’Ele recebeu.=> referida aos homens contempla as relações doshomens na convivência, em ordem a alcançar obem comum.=> AT: mais de 800 textos exortando a praticara justiça e condenando os pecados de injustiça.=> NT: o homem recto identifica-se com o justo (SãoJosé, Zacarias, Simião, Cornélio...). Messias e justosão sinónimos. Também exortações a praticar a justiça.

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3 Fortaleza: é a virtude moral que, no meio das difi-cultades, assegura a firmeza e a constância nabusca do bem. É una virtude em si mesma, mas além disso possibilita o exercício das outras virtudes (a prática virtuosa étarefa árdua e custosa).=> Não existe vida moral sem fortaleza.

4 Temperança: “modera a atracção dos prazeres eprocura o equilíbrio no uso dos bens criados”(CCE 1809CCE 1809). A pessoa há-de ter um domínio das tendências que a inclinam ao pecado.

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5 1. As virtudes morais estão unidas entre si: se umacresce, também acontece o mesmo às outras; se umafalta, nenhuma outra é perfeita.2. Costuma-se dizer que “a virtude está no meio”. Mas“é um equívoco pensar que as expressões ‘termo médio’ou ‘justo meio’, como algo característico das virtudes morais, significam mediocridade: algo assim comometade do que é possível realizar. Esse meio entre o excesso e o defeito é um cume, um ponto alto: omelhor que a prudência indica. Por outro lado, para asvirtudes teologais não se admitem meios termos: não sepode crer, esperar ou amar demasiado” (Amigos de Amigos de Deus 83Deus 83).

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III As virtudes teologais têm relação directa com Deus. Sãoespecíficas da moral cristã. Não são fruto do esforçohumano, mas são virtudes infusas. O seu fundamento éa “participação na natureza divina” (2 P 1, 42 P 1, 4).

1Fé: virtude teologal pela qual cremosem Deus e nas verdades que Ele revelou, segundo os ensinamentos daIgreja. Há-de ser guardada (não a pôrem perigo), aumentada (pela oração eos Sacramentos), defendida (estar atento aos erros) e estendida (propagá-la entre quem desconhece a mensagemcristã).

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Esperança: garante ao cristão a certeza da salvaçãoeterna e concede-lhe a fortaleza para se manterseguro no meio das dificuldades para a alcançar.O cristão confia, não apoiado nas suas forças, masfiado na ajuda de Deus que não há-de faltar, no poder de Deus e no seu amor ilimitado pelo homem.

Caridade: virtude teologal pela qual se ama Deus sobretodas as coisas e aos homens por amor a Ele. O cora-ção humano não é capaz de produzir tal amor, que é antesuma pura doação gratuita de Deus. O amor a Deus éa fonte e a raiz do amor ao próximo, e este é o sinal de que o amor a Deus é verdadeiro. => “Nisso está oamor, não em que nós tenhamos amado a Deus, masem que Ele nos amou primeiro” (1 Jn 4, 7-101 Jn 4, 7-10)

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