Vinculação e Conceito de Resiliência

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Vinculação e Conceito de ResiliênciaPsicologia B – 12º anoTrabalho elaborado por: -J o s é S a l g a d o -L u í s F e r r e i r a -M a r t i n h o R i b e i r o -R u i C o s t a

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Vinculao e Conceito de ResilinciaPsicologia B 12 ano

Trabalho elaborado por: -J o s S a l g a d o -L u s F e r r e i r a -M a r t i n h o R i b e i r o -R u i C o s t a

IntroduoNeste trabalho pretendemos ressaltar a importncia da resilincia na construo do ser humano que enfrenta adversidades durante a vida, a importncia do comportamento de vinculao e do processo de socializao no desenvolvimento da criana e consequncias nas etapas posteriores, nomeadamente na idade adulta. Acreditamos que, para alm dos progenitores, da famlia, amigos, vizinhos, tambm os profissionais da Educao e de reabilitao tm um papel fundamental a desempenhar na promoo da resilincia. Esta nova postura passa pela consciencializao do obstculo, por ajudar a descobrir e a potenciar as suas capacidades, promovendo uma elevao das suas potencialidades. Desta forma, conhecendo bem os mecanismos que conduzem aos processos adaptativos realizado um bom trabalho no sentido do ser humano se tornar mais confiante e resiliente.

Vinculao

A criana razo de ser do mundo e, mais do que isso, representa o futuro desse mundo. Gomes Joo

Todo o ser humano e, em especial, a criana sente necessidade de criar laos atravs de contacto emocional e de contacto fsico, que dever ser uma demonstrao real de afectividade, sendo que o afecto em cada criana desenvolve-se em paralelo com a satisfao das suas necessidades () e () a vinculao () sem dvida um dos elementos mais bsicos das relaes familiares (), constituindo um elemento importante para o desenvolvimento equilibrado da criana.(Oliveira, M. C., Cunha)

SnteseVinculao - Tendncia dos bebs para, nos primeiros tempos de vida permanecerem junto da me, estabelecendo laos positivos com ela ou com um adulto de que eventualmente dependam. Necessidade de cariz emocional cuja satisfao acarreta experincias gratificantes; Freud o desassossego do beb quando a me est ausente motivado pelo medo de que as suas necessidades fiquem por satisfazer; Bowlby vinculao o apego pelo bibero, primeiro objecto de amor do beb => beb como ser egosta Harlow - Experincias com macacos, criados por duas mes artificiais: uma feita de arame com um bibero e outra revestida com material veludo. A me de veludo era proporcionadora de sentimentos de segurana que contribuam para uma certa independncia e perda de receio em relao a aventuras exploratrias. Esses macacos, por terem sido privados de socializao, no se tornaram adolescentes e adultos normais, mostrando irregularidades no relacionamento social e emocional

OBSERVAES COM BEBS HUMANOSAna Freud estudo sobre crianas que viviam em orfanatos, apresentavam perturbaes emotivas e atraso no desenvolvimento devido falta de afecto materno; Spitz estudo sobre crianas que viviam em orfanatos desde os primeiros meses de vida, mostravam indiferena e insensibilidade em relao s pessoas ou tendncia para pedir afecto e ateno => sndrome do hospitalismo - sndrome ocorrido em crianas que sofrem da ausncia da me ou de um bom substituto materno. Consequncias negativas - morte precoce, taxas de doenas elevadas em relao ao normal, atraso no crescimento fsico, atraso no desenvolvimento intelectual, dificuldades de relacionamento interpessoal; Bowlby crianas afastadas da famlia por perodos superiores a 3 meses, vm a sofrer de perturbaes que se desenvolvem em trs fases: desespero => irritao e clera => indiferena e apatia.

ResilinciaPor se tratar de um conceito relativamente novo no campo da Psicologia, o estudo da resilincia recente. Vem sendo pesquisado h cerca de trinta anos, mas apenas nos ltimos cinco tem sido discutido do ponto de vista terico e metodolgico em encontros internacionais. Em Portugal a palavra resilincia j comea a ser utilizada com mais frequncia, tanto por prossionais das cincias sociais e humanas como em referncias dos media a pessoas, lugares e aces.

Os estudos evidenciam que, apesar do conhecimento j produzido, no existe, ainda, uma definio de consenso acerca de resilincia e a sua operacionalizao constitui-se num desafio com que se deparam os pesquisadores em algumas etapas dos seus estudos.

O conceito

A resilincia caracteriza-se pela capacidade do ser humano responder de forma positiva s demandas da vida quotidiana, apesar das adversidades que enfrenta ao longo de seu desenvolvimento. Trata-se de um conceito que comporta um potencial valioso em termos de preveno e promoo da sade das populaes; mas, ainda permeado de incertezas e controvrsias. Em certas ocasies, as circunstncias difceis ou os traumas permitem desenvolver recursos que se encontravam latentes e que o indivduo desconhecia at ento.

Durante bastante tempo, estas reaces chegaram a ser consideradas inabituais ou patolgicas. Contudo, os psiclogos actuais reconhecem que se trata de uma resposta comum como forma de ajuste face adversidade. A psicologia positiva considera que os problemas podem ser autnticos desafios, desde que enfrentados e superados pelas pessoas graas resilincia. Existem diversas circunstncias que favorecem ou no o desenvolvimento da resilincia em cada homem, como o caso da educao, das relaes familiares e do contexto social.

Os especialistas afirmam que a resilincia est vinculada com a autoestima, pelo que importante trabalhar com as crianas desde a sua mais tenra idade para que possam desenvolver saudavelmente esta capacidade. Uma criana que tenha boa auto-estima ir tornar-se num adulto com boa capacidade de resilincia, visto estar devidamente preparada para ultrapassar os obstculos com os quais se possa vir a deparar ao longo da sua vida.

Procurem o vdeo: Transitar explica a Resilincia na RTP2 - YouTube

ConclusoO ser humano fruto de um patrimnio gentico, da influncia do meio e das experincias por que passa ao longo da vida, e tem o poder quase ilimitado de aprender. Mas, cada indivduo evolui de maneira diferente, pela forma como percepciona as experincias e pelas escolhas que faz . Uma vinculao e um processo de socializao primria inadequados, insuficientes ou disfuncionais ocorridos na infncia, podem constituir factores de risco e originar falta de adaptao ao meio envolvente (escola, instituio, outros) e, posteriormente, reflectir-se na incapacidade de assumir papis prprios da idade adulta.

Mesmo quando o ser humano possuidor de um passado marcado por experincias negativas, ao se identificarem os factores de risco a que esteve sujeito atravs de interiorizao com ou sem ajuda profissional, sero os processos psicolgicos e caractersticas individuais que permitiro uma busca e um encontro com caminhos de aprendizagem que podero modificar, transformar e ajudar a transpor os malefcios de um desenvolvimento precrio ocorrido na infncia e adolescncia, sendo possvel conquistar uma vivncia construtiva mais equilibrada e feliz.

O enfoque na resilincia representa uma outra forma de ver a realidade. De uma viso que se centrava na fraqueza e na patologia, passa-se agora a uma perspectiva que salienta a capacidade de enfrentar, do estimular das potencialidades e da considerao da esperana como forma de ultrapassar as adversidades e sair da fortalecido. Este passa a ser um outro modo de nomear a singularidade e a criatividade da conduta humana, individual ou colectiva quando se obtm bons resultados em condies e situaes adversas. Esta temtica pode ser resumida na citao de Nietzsche: Aquele que tem uma razo para viver pode suportar quase tudo.

Bibliografia / Netografia

Gomes-Pedro, J. (2004). O que ser criana? Da gentica ao comportamento. Lisboa: Faculdade de Medicina Universidade de Lisboa. Hospital de Santa Maria. Recuperado em 18 de maio, 2011 de http://www.moodle.univ-ab.pt/moodle/mod/resource/view.php?id=1185751 .

Oliveira, M. C., Cunha M. I. (n.d.). Infncia e Desenvolvimento. Porto. Recuperado em 18 de Maio, 2011 de http://www.moodle.univ-ab.pt/moodle/mod/resource/view.php?id=1185761 .

www.resumos.net/files/psicologia4.doc http://www.youtube.com/watch?v=O9nnGl3DaCY www.scielo.br/pdf/pe/v8nspe/v8nesa10.pdf http://encontrocomapsicologia.blogspot.com/ http://3.bp.blogspot.com/s6hKdvJUQ6s/TqCHhJM4RiI/AAAAAAAAAE0/yn8ZtLscqpo/s1600/Resiliencia.jpg

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FIM