Vilas Magazine | Ed 156 | Janeiro de 2012 | 28 mil exemplares

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EQUUS: ENTIDADE PROPÕE PARQUE, BOLSAS E EQUOTERAPIA FESTIVAL IPITANGA DE TEATRO Cena de ‘Diferente’, em Libras e português RAFAEL MARTINS

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Vilas Magazine | A revista de Lauro de Freitas | Ed 156 | Janeiro de 2012 | 28 mil exemplares

Transcript of Vilas Magazine | Ed 156 | Janeiro de 2012 | 28 mil exemplares

  • EQUUS: ENTIDADE PROPE PARQUE, BOLSAS E EQUOTERAPIA

    FESTIVALIPITANGADE TEATRO

    Cena de Diferente, em Libras e portugus

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    Feliz 14 ano novo

    Eesta edio da revista Vilas Magazine inicia o seu 14 ano de ja-nela em Lauro de Freitas. Onde antes havia apenas uma seteira, a partir da qual se enxergava Vilas do Atlntico e pouco mais, a revista abriu um posto de observao que hoje alcana Itinga,

    Areia Branca, Porto, chegando at Stella Maris, Flamengo, Itapu e lo-calidades ao longo da Estrada do Coco. H ainda muito por fazer nessa rea, mas o caminho est traado.

    A existncia de rgos de comunicao economicamente independen-tes um dos indicadores de desenvolvimento universalmente aceitos e tambm nesse quesito Lauro de Freitas pode comemorar. Em muitos ou-tros houve sensvel progresso nos ltimos 13 anos. Em especial no campo social, Lauro de Freitas tem avanado enormemente. Nada que permita dar o trabalho por concludo, longe disso. O municpio permanece entre os mais desiguais do pas, com todas as consequncias que isso acarreta.

    No se trata de mero sentimento humanista, mas de uma realidade com decisiva influncia, por exemplo na economia e na segurana pbli-ca como alis demonstra o diagnstico do PNUD em Itinga que a Vilas Magazine retrata nesta edio.

    Da mesma forma, a qualidade de vida um tema com amplas implica-es. Ao contrrio do que ocorreu em outras reas, essa sofreu notvel deteriorao ao longo desses 13 anos diante da presso urbana de Salva-dor, um vizinho mal-educado que entra sem bater. Nessa rea, est tudo por fazer. O municpio ainda discute se vai ou no permitir prdios de 17 andares a leste da Estrada do Coco, uma regio j saturada, quando os gabaritos deviam mesmo era ser diminudos.

    Amplos espaos outrora verdes hoje esto ocupados por residncias, grandes superfcies comerciais, interesses econmicos de toda ordem que se sobrepem ao legtimo interesse da populao, que manter a qualidade de vida. O progresso no precisa ser sinnimo de degradao.

    Iniciativas positivas, como a da Cmara Municipal, que criou Zonas Especiais de Interesse Ambiental, no edificveis, apesar de ainda poucas, representam uma esperana para o futuro e um bom augrio para este 2012 que se inaugura.

    No podemos deixar de agradecer comunidade pela signi-ficativa credibilidade alcanada pela Vilas Magazine ao longo desses 13 anos de jornada, e tambm, principalmente, aos nos-sos anunciantes muitos nos acompanhando em todas as 156 edies que com a fora da sua parceria fazem da revista o mais consultado banco de informaes de facilidades e servios, tendo a certeza do retorno assegurado aos seus investimentos publicitrios, atrelados ao trabalho srio, tico e transparente de todos que fazemos a revista Vilas Magazine.

    Muito obrigado e feliz ano novo, Lauro de Freitas e regio.Carlos Accioli Ramos

    Diretor-Editor

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    Publicao mensal de propriedade da EDITAR - Editora Accioli Ramos Ltda. Rua Praia do Quebra Coco, 33. Vilas do Atlntico. Lauro de Freitas. Bahia. CEP 42700-000. Tels.: 0xx71/3379-2439 e 3379-2206.

    Diretor-Editor: Carlos Accioli [email protected] to ra: Tnia Ga zi neo Accioli [email protected] de Negcios: lvaro Accioli [email protected] de Produo: Thiago Accioli [email protected]

    PUBLICIDADESimone Gazineo [email protected] Cunha de Souza (Assistente)

    REDAOAnthero Eloy Fer reira Lins (Reg. Prof. 699 DRT/PA), Rogrio Borges (coordenador).Colaboradores: Marvin Kennedy, Mrio Espi-nheira e Gilka Bandeira (freelancers), Gil Ramos (fotografia), Lilian Silva, Mrcia Tude.

    FALE COM A [email protected]

    FINANCEIROGerente: Miri Morais Gazineo [email protected] da Cruz Santos (Assistente)

    DISTRIBUIOlvaro Gazineo (Responsvel)

    Tratamento de imagens e finalizao de arqui-vo para CTP: Diego MachadoImpresso: Quad/Graphics Nordeste (Recife-PE)

    Informativo mensal de servios e facilidades, com tiragem de 28.000 exemplares por edio, distribudos gra tuitamente em todos os domiclios de Vilas do Atln-tico e condomnios residenciais da Es trada do Coco e ad jacncias (Lauro de Freitas, Ipi tanga, Miragem, Bura-quinho, Busca Vida, Abran tes, Ja u, Ja cu pe, Gua ra juba), Stella Maris, Pra ia do Flamengo e parte de Itapu. Dis-ponvel tambm em pontos de distribuio selecionados na regio. As opinies expressas nos artigos publicados so de responsabilidade de seus autores e no refletem, necessariamente, as da Edi tora. proibida a reproduo total ou parcial de matrias, grficos e fotos publi cadas nesta edio, por qualquer me io, sem autorizao expres-sa, por escrito da Editora, de acordo com o que dispe a Lei N 9.610, de 19/2/1998, sobre Di reitos Autorais.

    A revista Vilas Magazine no tem qualquer responsabilidade pelos servios e produtos das em-presas anunciados em suas edies, nem assegura que promessas divulgadas como publicidade sero cumpridas. Cabe ao leitor avaliar e buscar informaes sobre os produtos e servios anunciados, que esto sujeitos s normas do mercado, do Cdigo de Defesa do Consumidor e do CO NAR Conselho Nacional de Auto-regulamentao Publicitria. A revista no se enquadra no conceito de fornecedor, nos termos do art. 3 do Cdigo de Defesa do Consumidor e no pode ser responsabilizada pelos produtos e servios oferecidos pelos anunciantes, pela impossibilidade de se deduzir qualquer ilegalidade no ato da leitura de um anncio.

    No entanto, a revista Vilas Magazine, com o objetivo de zelar pela integridade e cre di bilidade das mensagens publicitrias publicadas em suas edies se reserva o direito de recusar ou suspender a vei-culao de anncios enganosos ou abusivos que cau-sem constrangimentos ao consumidor ou a empresas.

    Vilas Magazine u ti liza contedo edi to ri al fornecido pela Agncia Folhapress (SP). Os ttulos Vilas Ma-gazine e Boa Dica - Facilidades e Servios, constan-tes desta edio, so marcas regis tradas no INPI, de propriedade da EDITAR - Editora Accioli Ramos Ltda.

    www.vilasmagazine.com.br

    O vice-prefeito Joo Oliveira (PT) encaminha ao mar, na praia de Buraquinho, trs tartarugas acidentalmente capturadas em redes de pesca. Os quelnios receberam tratamento na base do Tamar em Arembepe. A biloga Liliana Colman explicou que a devoluo ao mar em evento pblico visa conscientizar as pessoas para a preservao da espcie, que tem na praia de Vilas do Atlntico um dos principais pontos de desova da Bahia.

    CENA DA CIDADE

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    NOTAS

    Dia 14 de dezembro, o secretrio de Relaes Institucionais de Camaari, Adelmar Delgado, entregou ao presidente da ADEMI-BA, Nilson Sarti, o Projeto de Lei N740/2011, aprovado na vspera pela Cmara Municipal, para a implantao do IPTU Verde a partir deste ano. Com isso, Camaari ser o primeiro municpio baiano a adotar a proposta.

    A ADEMI-B A d e f e n d e que a implan-tao do IPTU Verde um es-tmulo para que o consumidor aposte em em-preendimentos ambientalmen-te sustentveis cuja operao gere um me-nor impacto no meio ambiente e, consequen-temente, para a comunidade em geral. A proposta da ADEMI-BA que o desconto oferecido ao proprietrio de imvel que possua equipamentos que reduzam o desperdcio possa chegar a 20%, dependendo do nmero de medidas sustentveis adotadas, como plantar uma rvore ou manter um jardim em casa. Alm disso, promover cidades mais alinhadas com a preservao do meio ambiente.

    A proposta de implantao do IPTU Verde j foi entregue s prefeituras de Mata de So Joo, Lauro de Freitas, Salvador e Vitria da Conquista.

    Camaari o primeiro municpio a aderir ao IPTU Verde proposto pela ADEMI-BA

    Bahiana lana campanhapara uso correto do jaleco

    Em horrio de almoo, no difcil ver estudantes e profissio-nais de sade vestidos com o jaleco em cantinas, bufs a quilo, restaurantes de hospitais e at no meio de grandes multides, como shoppings centers. Focada nessa questo de sade p-blica, a Escola Bahiana de Medicina e Sade Pblica lanou em dezembro a campanha Faa como os Super-Heris: use sua capa de proteo somente para salvar vidas.

    A ideia que estudantes e profissionais de sade evitem transitar vestidos com o jaleco fora dos ambientes de atuao, expondo outras pessoas e principalmente seus pacientes a riscos de contaminao. Por outro lado, ao transitarem com jaleco em espaos pblicos (ruas, restaurantes, shoppings, lojas, etc.), pro-fissionais pesquisadores tambm colocam em risco importantes estudos, pois podem contaminar pesquisas, quando de volta ao seu ambiente de trabalho.

    A campanha est circulando nas trs unidades acadmicas da Bahiana - Nazar, Brotas e Cabula e neste incio do ano letivo, tanto os calouros como os veteranos e os professores da instituio comearo suas atividades usando o jaleco com responsabilidade e profissionalismo.

    Schincariol abre vagasna unidade de Alagoinhas

    A Schincariol abriu 27 vagas de trabalho na Unidade de Alagoinhas, onde est sendo ampliada uma das fbricas da companhia. As oportunidades so para as reas de Manu-teno (Eltrica, Mecnica e Utilidades) e Apoio Tcnico. Os cargos de Eletricista e Mecnico exigem 2 grau completo e ensino tcnico na rea. J as vagas para Apoio Tcnico exigem formao superior em qualquer curso de Engenharia. Alm da escolaridade, os interessados devero ter experincia na funo e conhecimentos em informtica. As vagas tambm po-dero ser ocupadas por portadores de necessidades especiais.

    Os profissionais contratados pela Schincariol recebem uma gama de benefcios como cesta bsica, plano de assis-tncia mdica e odontolgica, plano de previdncia privada, seguro de vida e refeio no local.

    Informaes sobre a empresa e o link para envio do currculo esto disponveis no site www.schincariol.com.br (Carreira/ Quero enviar meu Currculo).

    Lei anistia dvidas imobiliriasat R$ 80 em Lauro de Freitas

    O Imposto Predial e Territo-rial Urbano (IPTU) e a Taxa de Utilizao de Servios Pblicos (TUSP) emitidos at o dia 31 de outubro de 2011 sero automaticamente dispensados da dvida imobiliria com o mu-nicpio, desde que a soma dos valores relativos ao lanamen-to original desses tributos no ultrapasse R$80. Uma carta de comprovao ser emitida pelo poder pblico ao domiclio dos cidados que tiverem suas dvidas anistiadas.

    Segundo avaliao de Roque Fagundes (foto), secre-trio municipal da Fazenda, a cobrana de valores inferiores a R$ 80 no compensa o custo com a ao judicial, nem a movimentao da mquina pblica, j que o municpio despenderia mais recursos para cobrar o crdito tribut-rio do que efetivamente iria recuperar. A cada trs anos, em mdia, so ajuizadas pela Procuradoria Fiscal do Munic-pio cerca de 30 mil execues

    fiscais junto Vara da Fazen-da Pblica municipal.

    O Projeto de Lei, proposto pela prefeita Moema Gramacho (PT) e j aprovado pela Cmara Municipal de Lauro de Freitas, tambm beneficia a populao menos favorecida, que ficar com os seus tributos em dia.

    A lei tambm estimula o muncipe a procurar a pre-feitura para regularizar seus imveis mediante abertura de processo administrativo. Se for constatada diferena no lanamento do imvel, ser concedida remisso nas dife-renas de imposto apurada e, ainda, anistia do pagamento de multas e juros incidentes.

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    NOTAS

    No dia 17 de dezembro aconteceu divertida con-fraternizao natalina entre clientes e funcionrios da clinica veterinria Dr. Zoo & Cia., com a realizao de um amigo secreto entre os cozinhos, com direito a banquete natalino, com biscoitos e panetones.

    Fricote Saiu na prestigiada

    coluna Direto da Fonte, assinada pela jornalista Sonia Racy, na edio de 23 de dezembro do jornal O Estado de So Paulo:

    PreconceitoJoo Jorge Amado or-

    ganiza moo de repdio deputada Luiza Maia, da Bahia. Se vacilar, ela vai querer proibir os livros do meu pai, Jorge Amado, os versos de Gregrio de Ma-tos e as pinturas de Caryb.

    A deputada petista quer proibir Luiz Caldas, criado do festival Ax Musica, de can-tar Fricote, a famosa msica nega do cabelo duro. Acha que a cano abala a au-toestima da mulher negra.

    Para estimular ainda mais a reduo dos impactos ambientais, o Festival de VeroSalvador 2012 firmou uma parceria com o Projeto Biodiesel, da Universida-deFederal da Bahia (UFBA). O projeto, coordenado pelo professor da Escola Politcnica da instituio, Ednildo Torres, promete incentivar a busca do evento por valorizar as energias limpas. Todo o leo utilizado nos equipamentos do Festival de Vero 2012 e at mesmo pelos parceiros do evento ser tratado no laboratrio da UFBA, transformado em biodiesel e volta-r para o complexo musical com o objetivo de ser usado como energia. A inteno que os equipamentos operem com 50% de biodiesel, 30% a mais da iniciativa que aconteceu em 2008 na festa.

    Alm disso, ser instalado um bio-

    Projeto Biodiesel da UFBA acerta parceriacom o Festival de Vero Salvador 2012

    digestor anaerbico na Cidade da M-sica. A mquina ser responsvel por fazer o tratamento de resduos slidos e orgnicos, transformando-os em gs e biofertilizantes, que podem ser usados como energia.

    O pblico poder acompanhar todo o processo de biodigesto acontecendo j que o aparelho ser transparente. Para completar a srie de iniciativas, ser montado umquiosque de energia limpas, possibilitando ao pblico conhecer mais sobre as energias alternativas, como a solar e a elica.

    Uma placa acumular energia forne-cida pelos raios solares durante todo o dia para que noite os folies do festival possam carregar seu celular com energia solar fotovoltaica.

    A praia de Vilas do Atlntico co-meou o novo ano mais cheia de gente do que na noite da virada, que foi aparentemente

    tranquila. Apenas uma barraca fez fes-ta, e mesmo assim num formato muito mais modesto do que era habitual, o que garantiu menos pessoas circulando no calado.

    Vendedores ambulantes vendiam churrasquinho e bebidas, mas famlias inteiras levaram as suas prprias refei-es para a praia e se instalaram nos gramados aguardando a virada do ano para a tradicional molhadinha de ps no mar . No domingo, primeiro dia do ano, os gramados voltaram a ser procurados por dezenas de famlias.

    Crianas brincavam com os apare-lhos de ginstica instalados ao lado da barraca Buraco da Velha enquanto os pais aproveitavam a praia. Tambm no domingo, moradores da orla alertavam as pessoas para assaltos que acon-teceram no calado no decorrer da manh. Um turista alemo ficou sem a filmadora.

    Cofraternizao

    Estudantes recebem capacitaoem tecnologia de computadoresO projeto scio-ambiental Ilhas realizou dia 15 de

    dezembro a certificao de 109 alunos das comunida-des de Aracui, Centro, Vida Nova, Porto, Ipitanga, Vila Praiana e Vila Mar no Centro Comunitrio da Parquia Santo Amaro de Ipitanga. O projeto mobiliza os mora-dores na coleta seletiva do lixo eletroeletrnico e realiza para os jovens e adultos um curso profissionalizante na rea da tecnologia. O projeto uma ao onde o meio ambiente preservado e muitas pessoas so diretamente beneficiadas. O aluno-destaque passa a participar do projeto como instrutor.

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    A praia e as barracas ficaramlotadas no primeiro dia doano em Vilas do Atlntico

    Famlias lotam gramados e praiasde Vilas do Atlntico no ano novo

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    Trnsito intenso marcou a avenida Luiz Tarqunio no retorno mo dupla, principalmente no trecho da entrada principal de Vilas do Atln-

    tico at a rua Priscila Dutra. Estacionar ao longo do meio fio agora proibido, e carga e descarga s podero ser realizadas das 22h s 6h.

    Os semforos voltaram a funcionar em dois pontos da Luiz Tarqunio: na entrada principal de Vilas do Atlntico e na esquina com a rua Priscila Dutra. Segundo a pre-feita Moema Gramacho (PT), os tcnicos agora esto analisando os primeiros efeitos da interveno e onde podem ser instalados semforos ou outros modelos de sinalizao. Acredito que dentro de 15 dias o trnsito estar completamente

    restabelecido e a populao adaptada, disse. Sem os semforos, a sada prin-cipal de Vilas do Atlntico continuava a provocar longas filas que, nos piores mo-mentos, chegavam esquina da avenida Praia de Tramanda, na altura do Equus Clube do Cavalo.

    A prefeita percorreu a avenida na ma-nh do dia 28, quando foi feita a alterao de trnsito, para avaliar a necessidade de outras intervenes. Faixas de pedestres sero pintadas em todos os acessos da rotatria na entrada de Vilas, para sina-lizar reduo de velocidade em respeito aos pedestres e duas setas sero coloca-das para orientar o acesso em mo dupla na Priscila Dutra para evitar confuso: o trnsito tem que fluir para todos, obser-

    TRNSITO

    Trfego de mo dupla est de volta Luiz Tarqunio

    Luiz Tarqunio: agora proibido estacionar e fazer carga ou

    descarga entre 6h e 22h

    vou Moema.As intervenes no trfego da rua

    Brigadeiro Alberto Costa Matos, no Aracui, que passou a mo nica, e na rua Leonar-do R da Silva, que voltou a ser mo dupla, ainda esto sendo avaliadas.

    A rua Andr R. da Fonte, transversal em frente entrada principal de Vilas do Atlntico, continua como sentido nico at a bifurcao onde encontra a rua dos Maons (antiga Clemerson R. da Fonte). A partir da passa a mo dupla at a Es-trada do Coco.

    A rua Leonardo da Silva (rua do posto Texaco, na Estrada do Coco) sofreu ade-quaes, como o alargamento na juno com a Luiz Tarqunio, para voltar a ter sentido duplo.

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    Todos os buracos das ruas de Lauro de Freitas sero tapados no prazo de um semana, mesmo que chova, e resistiro fechados pelo

    dobro do tempo. De acordo com a prefeita Moema Gramacho (PT), ser este ms, quando chega uma mquina de asfalto ecolgico, que usa restos de pneus.

    Em funo do custo, que cerca de 30% superior ao tradicional, a prefeita descarta usar o equipamento para asfaltar ou refazer o asfalto de ruas. At porque a escolha do asfalto ecolgico para tapar buracos no nasce de consideraes am-bientais. A vantagem que interessa pre-feitura o curtssimo prazo de execuo, a durabilidade estendida e a possibilidade de fazer o reparo entre uma chuva e outra.

    O vereador Lula Maciel (PT) props, faz mais de um ano, que a soluo fosse aplicada a todo o asfaltamento da cidade e apresentou argumentos econmicos. De acordo com ele, pesquisas comprovam que, aps trs anos de uso, o asfalto ecolgico reduz em at 30% os custos em relao s misturas tradicionais, ge-rando menos gastos alm de dar uma destinao aos pneus velhos, uma velha preocupao ambiental.

    O vereador contou que, de acordo com um fabricante, o produto no requer qualquer tipo de mistura, aquecimento e compactao mecnica. Basta varrer o local e aplicar o asfalto ecolgico direta-mente sobre ele e, com o auxlio de uma p, espalhar o produto. Em minutos, a de-presso ou o buraco estaro selados, com a compactao sendo feita pelos prprios veculos que transitam pela via, disse.

    O asfalto-borracha, que tem 20% de pneus triturados na frmula, j aplica-do em larga escala em estradas, ruas e avenidas de So Paulo, Paran, Minas Gerais e Esprito Santo, por exemplo. No Estado do Rio de Janeiro, foi inaugurada

    em dezembro a primeira estrada do pas inteiramente construda com asfalta-mento ecolgico. Em julho passado, o governador fluminense assinou decreto autorizando o uso da nova tecnologia em todas as rodovias estaduais.

    O presidente do Departamento de Estradas de Rodagem do Rio de Janeiro confirma os argumentos econmicos de Lula Maciel. De acordo com ele, o custo do asfalto ecolgico at 40% menor

    Prefeitura usar asfalto com borracha

    para tapar buracos

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    Mquina aplica asfalto ecolgico, mais econmico, em estrada do Esprito Santo

    porque as dimenses do pavimento as-fltico tambm so menores. Em vez de cinco centmetros de espessura, o asfalto-borracha aplicado com 2,5 centmetros. Alm disso, o uso de 20% de borracha na mistura contribui para baratear o asfalto. A tonelada de borracha mais barata que a tonelada de asfalto, ensina.

    A adio de mais borracha na mistura tambm reduz os rudos e diminui o tempo de frenagem, aumentando a segurana. A durabilidade outra vantagem. O as-falto ecolgico dura o dobro do asfalto convencional, que tem durao de dez anos, afirma Ribeiro.

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    SeguRaNa

    Enquanto o Instituto Sangari divul-gava em Braslia as mais recen-tes taxas de homicdio em todo o pas, deixando Lauro de Freitas

    em posio muito negativa, uma equipe do Programa das Naes Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) apresentava aqui as razes para essa violncia. Foi em dezembro, por meio de um diagnstico aplicado regio de Itinga.

    Os dados do PNUD resultam de es-tudos desenvolvidos desde fevereiro de 2011 no mbito do programa conjunto da ONU Segurana com Cidadania, que investe US$ 6 milhes em aes de desenvolvimento humano no combate violncia, com foco em crianas, adoles-centes e jovens de at 24 anos. Itinga foi selecionada, ao lado de Vitria (ES) e

    Contagem (MG), pelos seus altos ndices de violncia e pelo engajamento da comu-nidade na busca de solues.

    Dados do Mapa da Violncia 2012, divulgado em dezembro ltimo pelo Instituto Sangari, apontam que Lauro de Freitas como um todo apresenta agora a quarta maior taxa de homicdios na Bahia e a 14 do pas, com 99,1 assassinatos por cada 100 mil habitantes. Dez anos atrs Lauro de Freitas ocupava a posio nmero 198 (ndice 2,6). A classificao reflete a ocorrncia de 162 homicdios na cidade apenas no ano de 2010. No ano 2000 foram trs, 145 em 2008 e 170 no ano seguinte.

    O aumento na taxa de homicdios em Lauro de Freitas est na contramo da mdia nacional, que chegou a registrar

    variao negativa mdia de 1,4% ao ano entre 2003 e 2010, e supera por larga margem a variao na RMS, no interior da Bahia e em todo o estado. Entre 2000 e 2010 a taxa de homicdios cresceu 3.651% em Lauro de Freitas, atrs so-mente de Simes Filho, que registrou um aumento de 4.760%. No mesmo perodo, a taxa de Camaari aumentou 256%, a de Salvador 330% e a da Bahia 301%.

    Em todo o pas, no quesito aumento da taxa de homicdios, Simes Filho e Lauro de Freitas s perdem para o municpio de Ananindeua, no Par, que registrou 744 assassinatos em 2010.

    A bem sucedida candidatura de Lauro de Freitas ao programa conjunto da ONU representou uma rara e indita deci-so poltica de encarar esses fatos em

    Naes Unidas apresentamdiagnsti co da violncia em Iti nga

    Vista rea do bairro de Iti nga mostra a rea onde ser construda unidade do Insti tuto Federal da Bahia

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    busca de solues efetivas. O anfitrio institucional da equipe da ONU na cidade o Gabinete de Gesto Integrada Muni-cipal (GGI-M), chefiado por Jos Carlos Arruti, que operacionaliza localmente o Programa Nacional de Segurana com Cidadania (Pronasci).

    O diagnstico apresentado comuni-dade no incio de dezembro representa a primeira etapa do programa, que segue agora para a etapa da discusso de solues com a mesma comunidade. A cobertura de imprensa em todos os passos do programa faz parte do mtodo de trabalho do PNUD. Ao contrrio dos projetos sociais pr-formatados ou ligados transferncia de renda, o que o Segu-rana com Cidadania da ONU oferece tecnologia de desenvolvimento humano para prevenir a violncia entre crianas, adolescentes e jovens em condies vulnerveis. Sero principalmente aes com foco na mudana de comportamento.

    No por acaso, para o PNUD, se-gurana algo relacionado s prticas cidads de respeito pela vida e pela dig-nidade e inclui a segurana econmica, alimentar, ambiental, pessoal, comunitria e poltica. A definio de violncia est ligada negao da cidadania e ocorre quando h discriminao, preconceito, represso social e inverso de valores humanos.

    Os tcnicos do PNUD explicam que a violncia um fenmeno que tem muitas causas, e no uma causa isolada. Para efeitos conceituais, o estudo identifica seis eixos, que vo da violncia incidental violncia instrumental: dficit de capital social, presena de fatores de risco, vio-lncia contra a mulher, contextos scio-urbanos inseguros, insuficincia policial e da Justia e o crime organizado.

    Nessa mesma ordem, o PNUD preco-niza abordagens que vo da preveno ao controle da violncia. Os eixos tm importncia equivalente, sem nenhuma forma de hierarquizao entre eles. H

    ainda uma avaliao da capacidade institucional, que no uma capacida-de de governo e sim de comunidade e instituies. Na esfera institucional, os pesquisadores apontam a falta de regu-lamentao e estruturao da Guarda Municipal, que tambm no tem ainda um papel constitucional definido. Foi tambm diagnosticada, entre outras falhas, uma pulverizao de aes e polticas.

    O PNUD insiste em que as falhas institucionais no representam uma falta de capacidade governamental, mas um

    Grfi co mostra a concepo de diagnsti co aplicado pelo PNUD

    problema que perpassa o Executivo, o Legislativo e o Judicirio, nas trs esferas: municipal, estadual e federal.

    DFICIT DE CAPITAL SOCIALTcnicos at ento estranhos re-

    alidade local encontraram em Itinga a conhecida falta de identidade da popu-lao com Lauro de Freitas, alm da re-conhecida marginalizao da populao

    daquela regio. Em um grupo de jovens da Escola de Cadetes Mirins, ouvidos pelos pesquisadores para o diagnstico, o PNUD destacou depoimentos como s vezes tenho vergonha de falar que moro na Itinga, todo mundo acha que aqui s tem marginal.

    O distanciamento em relao ao Centro da cidade que para os moradores de Itinga a prpria Lauro de Freitas ficou claro em testemunhos como a gente da Itinga tem de ir pra Lauro pra achar lazer. No grupo de mulheres ouviu-se que na

    Itinga tem muita coisa, mas para a maioria a gente tem de ir l em Lauro. A frase mais marcante apresentada no diagnstico veio do grupo de jovens: vem c, l no Rio de Janeiro tem praia em todo lugar, ? Sem-pre vejo na televiso jovens de minha idade na praia. Eu nunca fui na praia, dona. O Largo do Caranguejo, centro social e co-mercial de Itinga, fica a 5,8 Km do ponto mais prximo da orla, em Ipitanga. u

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    SeguRaNa

    Esse aspecto faz parte do captulo do dficit de capital social, que avalia redes de relacionamento baseadas na confiana, cooperao e inovao desen-volvidas pelos indivduos dentro e fora das organizaes.

    Outros problemas foram identificados: o desconhecimento e descumprimento de normas de convivncia, a falta de uma rede social articulada, a ausncia de cultura de soluo pacfica de conflitos e a onipresente apropriao indevida do espao pblico: a desordem urbana.

    A ausncia de controle social mais um dos fatores apontados pelo estudo. Houve auto-crtica no grupo de jovens as pessoas cobram muito do poder p-blico, mas no se mobilizam para realizar as atividades que querem e crtica dos jovens ao poder pblico: j fui membro de grmio estudantil, fazamos ofcios para a prefeitura, mas nunca responderam.

    FATORES DE RISCOOs fatores de risco, outro dos seis

    eixos que formam as causas da violncia, comeam pela glamorizao e consumo excessivo de lcool na regio. O mapa eletrnico do Gabinete de Gesto Integra-da Municipal do Pronasci mostra uma alta concentrao de bares em Itinga.

    Esses fatores, para o PNUD, so situaes que colocam as pessoas em condies de vulnerabilidade aumentando as chances de se tornarem vtimas ou agentes da violncia. Nesse sentido, a desigualdade scio-econmica de Lauro de Freitas, bem acima da mdia nacional, mais um deles.

    A renda das famlias mostra uma concentrao de 54% na faixa de at dois salrios mnimos, enquanto a faixa mdia-alta, de cinco a dez salrios mni-mos abrange apenas 8% da populao. Nacionalmente, as mesmas faixas de renda quase se equivalem, em torno dos 20% cada uma.

    O uso e porte de armas, o consumo e venda de drogas ilcitas, o elevado Indice de Homicdios na Adolescncia (IHA) e a ausncia de espaos para aproveitamento do tempo livre so outros fatores de risco em Itinga. A apreenso de drogas em Itinga mais que o dobro da mdia do municpio e 80% superior de Salvador, segundo dados da Secretaria de Seguran-a Pblica da Bahia de 2010. Modo geral, os nmeros do relatrio Sangari foram confirmados pelo aumento de 77% no ndice de homicdios de adolescentes em

    Lauro de Freitas entre 2005 e 2007. Na Regio Metropolitana de Salva-dor (RMS), o ndice s menor que o de Simes Filho, lder nacional em taxa de homicdios.

    A falta de prepara-o para o mercado de trabalho, mais um fator de risco identificado pelo PNUD, foi traduzida pelo percentual de jovens que no estudam. Os dados so do Plano Municipal de Segurana, encomen-dado a uma consultoria especializada pela prefei-tura no ano passado. Na faixa dos 15 aos 19 anos, quase 20% esto fora da escola. Entre os jovens de 20 a 24 anos, mais de 60% no estudam.

    A falta de perspec-tiva para uma carreira, sendo difcil encontrar vagas em cursos profis-sionalizantes e tcnicos, foi a razo mais frequen-temente apontada nos grupos de jovens pes-quisados. A escolha de Itinga para a implantao do futuro Instituto Federal da Bahia insti-tuio sucessora do antigo Cefet poderia ter sido justificada pelo diagnstico.

    A ausncia de espaos em Itinga para aproveitamento do tempo livre tambm foi identificada como fator de risco. En-tre os adolescentes, o PNUD desta um depoimento que dimensiona o problema: T na escola, estuda, mas quando volta para casa no tem o que fazer. Por isso vamos para as ruas. Tem o Mais Educa-o, Segundo Tempo, mas [a gente] sente a necessidade de um curso de msica. L tem aula de violo, mas sempre terico, nunca prtico. [a gente] sente falta de um espao para passar o tempo de forma produtiva junto com os colegas e vizinhos.

    Os tcnicos do PNUD captaram ainda a antiga reivindicao por equipamento cultural em Itinga: Aqui tem muita rixa, ento quando tem eventos culturais no Centro eles acabam no indo por conta das rixas. Por isso seria importante fazer um teatro em itinga foi dito nos grupos de adolescentes.

    VIOLNCIA CONTRA IDOSOS,MULhERES E CRIANAS Em outro dos eixos, o PNUD detectou

    a dificuldade de operacionalizao do Centro de Referncia Llia Gonzalez, que atende mulheres em situao de violncia, devido a problemas de desloca-mento. Instalado em Vilas do Atlntico, o Centro de Referncia fica a quase 9 Km de distncia do Largo do Caranguejo. O diagnstico aponta que o centro j teve uma van, mas que deixou de ser usada.

    O PNUD verificou tambm que no h dados consolidados capazes de dimensionar esse tipo de violncia no municpio, apontou a falta de pelo menos uma delegacia especializada, deficincias de atendimento criana e adolescente vtima de violncia e dificuldades opera-cionais do Conselho Tutelar.

    ESPAO URBANOOs espaos pblicos e de circulao

    em mau estado, que representam o quarto eixo tratado pelos pesquisadores, foram detalhados em aspectos j muito conheci-

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    dos: pontos de alagamento, terrenos bal-dios, m conservao de ruas e praas, pontos mal iluminados, praas e parques abandonados, apropriao social do es-pao pblico e baixa mobilidade urbana a falta de transporte pblico adequado.

    Na faixa do espectro j mais prxima da violncia instrumental, a insuficincia policial e da Justia aparece amenizada pela existncia do Balco de Justia e Cidadania, que alm do escritrio de Itinga existe tambm em Areia Branca, outra

    regio conflagrada de Lauro de Freitas.

    O PNUD anota que o Balco de Justia e Cida-dania um importante mecanismo de mediao de conflitos, mas que pre-cisa ampliar sua atuao. O diagnstico aponta o bom trabalho com ques-tes de Direito de Famlia e homologao de acor-dos extrajudiciais, mas destaca a falta de atuao em outras reas.

    Em relao ao con-tingente policial da re-gio, classificado como relat ivamente mais baixo que a mdia, o diagnstico aponta que isso no indica necessa-riamente uma atuao ruim porque se houver preparo, articulao e capacitao a atuao pode ser muito eficiente. De acordo com o Plano Municipal de Segurana do GGIM, o nmero de policiais militares a ser-vio da 81 Companhia Independente de Pol-cia Militar (CIPM), que atende Itinga, representa

    cerca de 20% do contingente de todo o municpio: 28,8 por cada 100 mil habitan-tes. A mdia do municpio (149,28), por sua vez, inferior da Bahia (214) que semelhante do Nordeste (201,1) e do Brasil (221,4) como um todo.

    O baixo nmero de varas e magis-trados para a populao local e a falta de varas especializadas de infncia e juventude, atendimento mulher e de exe-cues penais so outros fatores de risco. Falta tambm, sempre de acordo com o

    diagnstico, articulao com a poltica estadual de penas e medidas alternativas e espaos de mediao de conflitos.

    CRIME ORGANIZADONa ponta extrema do espectro apare-

    cem os grupos criminosos organizados e o recrutamento de jovens para a prtica de atividades ilcitas. O PNUD associou a apreenso de armas e drogas e outras estatsticas criminais presena do crime organizado.

    Os pesquisadores destacaram depoi-mentos de jovens que sabem que onde o governo no chega, outra forma de governo vai acabar chegando. De acordo com eles, aqui na Itinga essa forma de governo t muito forte. Um jovem teste-munhou que existe o crime organizado na Itinga e oxigenado por aspectos indivi-duais. O cara comanda a boca do alto e disputa o mercado. No grupo de famlias sobressaiu o muito medo dos traficantes e do poder deles aqui no bairro.

    Uma forma de presena do Estado as Bases Comunitrias de Segurana (BCS) que vm sendo implantadas em Salvador est prevista para Itinga, mas a realidade do recrutamento de adoles-centes para o crime indica a necessidade de uma ao mais dirigida mudana de valores e comportamentos do que propriamente policial.

    Em um grupo de jovens foi dito que o menino de cinco anos cresce com o vizi-nho que traficante, v que ele t baro, acaba sendo o seu modelo. No grupo da Escola de Cadetes Mirins o testemunho repetiu-se: tem menino que aparece com anel de cdula de cem reais. Faz isso pra mostrar pros outros o quanto ele ganha vendendo drogas. E tudo menino novi-nho, rapaz. O cara vai preferir trabalhar pra ganhar quase nada ou traficar?.

    O que a ONU prope , basicamente, levar o garoto a responder a essa questo de uma maneira diferente.

    KAThERINE EVANS

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    meIO ambIeNTe

    A nova associao Amigos do Equus Clube do Cavalo, em Vilas do Atlntico, quer assumir a rea entregue entidade que

    est em dissoluo e implantar um par-que pblico. A Amigos do Equus Clube do Cavalo formada pelo grupo que defende a preservao daquele espao, com as atividades esportivas e de lazer que sempre foram desenvolvidas. A ideia construir um jardim botnico dotado de espcies nativas.

    A proposta de trabalho do grupo, que reafirma a viabilidade econmica da asso-ciao, inclui atribuir bolsas para a prtica de hipismo a jovens das comunidades menos favorecidas de Lauro de Freitas.

    De acordo com o empresrio Daniel Andrade, associado do atual Equus e um dos lderes da nova entidade, ser pro-posto termo de cooperao com a Escola de Veterinria da Unime para que o Clube do Cavalo possa colaborar na formao dos futuros profissionais. Aos atletas do hipismo tambm interessa apoiar a Uni-

    me, j que os animais mantidos no Equus so todos tratados no hospital veterinrio da faculdade

    EqUOTERAPIAO projeto inclui tambm a criao de

    uma galeria de arte e de uma academia de msica e arte nas atuais instalaes do Clube do Cavalo, mas a principal medida implantar atividades de equoterapia. A comunidade perdeu o benefcio desde que foi fechada a Escola de Equitao e Equoterapia Jaguar, na rua Priscila Dutra, que daria lugar a um conjunto habitacional de nove prdios.

    De acordo com a nova entidade asso-ciativa, a prtica de equoterapia contar com o apoio da Associao Bahiana de Equoterapia (Abae), presidida pela peda-goga Maria Cristina Brito. A Abae atende portadores de necessidades especiais, contribuindo para o estabelecimento de sua dignidade e exerccio pleno de sua cidada-nia, assegurando o seu direito de ir e vir.

    A Abae realiza desde 2010, em parce-

    ria com a Petrobras, o projeto O Cavalo a Servio da Habilitao, Reabilitao e Promoo Social. O objetivo oferecer a crianas e adolescentes, por meio da equoterapia, um suporte interdisciplinar que ajuda a lidar com crianas especiais sem discriminao. De acordo com a Abae, o projeto vem contribuindo para a incluso das pessoas com necessidades especiais na rede regular de ensino.

    PROjETO DE LEIOs planos da nova Amigos do Equus

    Clube do Cavalo ganharam estmulo re-novado depois da aprovao, em segundo turno, de emenda a um projeto de lei que altera o Plano Diretor de Desenvolvimento Municipal (PDDM) de Lauro de Freitas. O dispositivo, de autoria do presidente da Cmara Antnio Rosalvo (PSDB), cria quatro novas Zonas Especiais de Inte-resse Ambiental (ZEIA) na cidade. Uma delas compreende os quase 33 mil m do Equus Clube do Cavalo.

    Havia o receio de que, com o fim da

    Nova associao prope parque pblicoe bolsas de hipismo no Clube do Cavalo

    Gonalo Moura (esq)

    conversa com os vereadores Jos

    Augusto, Antnio Rosalvo e Lula

    Maciel no Equus Clube

    do Cavalo,em Vilas

    do Atlntico

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    atual associao, o espao fosse desti-nado construo civil, para erguer mais condomnios ou comrcio, voltou a dizer Rosalvo. Um abaixo-assinado recolhido em Vilas do Atlntico e no entorno do bairro, j com cerca de trs mil nomes, d apoio aprovao da emenda. A comu-nidade pediu providncias e mostrou que no aceita perder mais este espao, disse.

    Tambm preocupada, a Sociedade de Amigos do Loteamento de Vilas do Atln-tico (Salva), associao de moradores do bairro, deu apoio formal emenda que visa preservar a rea do Clube do Cavalo. No ms passado, faixas assinadas pela Salva pediam mais qualidade de vida, menos construes em Vilas e a preser-vao do Equus Clube do Cavalo.

    Alm da rea do Clube do Cavalo, ficaro protegidos mais de 225 mil m das imediaes laterais do prprio Clube do Cavalo, incluindo a lateral do Shopping Villas Boulevard e os quase 135 mil m do Parque Ecolgico de Vilas do Atlntico. Em uma parte do parque com sada para a ave-

    Faixas pedem fim de construes em Vilas do Atlntico. Abaixo, reproduo de folha do abaixo-assinado em apoio emenda: trs mil assinaturas recolhidas em um ms

    nida Praia de Itamarac j havia sido construdo um condomnio. Em Ipitanga, passaro a estar protegidos quase 84 mil m do entorno do Kartdromo Ayrton Senna.

    O projeto de lei se-guiu para sano ou veto da prefeita Mo-ema Gramacho (PT). Tal como na primeira votao, a emenda foi aprovada por unani-midade. A diferena que o apoio aumentou. Mais sete vereadores

    u

    passaram a subscrever a emenda, tor-nando-se tambm autores: Lula Maciel (PT), Manoel Carlos dos Santos (PSB), Fausto Franco e Manoel Messias de Lima (PDT), Alexandre Marques (PRP), Jorge

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    Bahiense (PSC) e Edilson Ferreira (PRB).O vereador Jos Augusto da Silva

    (PSB), que tem criticado duramente a ex-panso urbana em Lauro de Freitas, visitou a rea do Equus no final de dezembro com Lula Maciel e Antnio Rosalvo. O vereador foi conhecer mais a realidade do espao e falou com Gonalo Moura, um dos funda-dores da nova associao.

    Fausto Franco tambm voltou a criti-car a verticalizao em Lauro de Freitas ao defender a aprovao da emenda que protege o Clube do Cavalo. Manoel Carlos dos Santos, o Carlucho (PSB), chamou ateno para o volume de assinaturas no abaixo-assinado anexado emenda, destacando que a comunidade havia se pronunciado ali.

    Para Lula Maciel, que tem um hist-rico de defesa do meio ambiente, o que est em questo o uso que se faz dos espaos da cidade. Ele contou que foi procurado pelos trabalhadores do Equus, preocupados em perder o emprego com o fim da atual associao.

    A equoterapia, na definio da Associao Nacional de Equo-terapia (ANDE Brasil), um mtodo teraputico e educacio-

    nal que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar, nas reas de sade, educao e equitao, buscando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com necessidades especiais.

    esse atendimento que a nova asso-ciao Amigos do Equus Clube do Cava-lo, em Vilas do Atlntico, quer passar a oferecer naquele espao, recuperando o trabalho que era feito pela antiga Escola de Equitao e Equoterapia Jaguar, na rua Priscila Dutra. Um dos praticantes de equoterapia na antiga escola foi Yuri Brito, portador de paralisia cerebral cuja histria foi contada nos livros Minha Caminhada e Minha Caminhada II... Cavalgar pre-ciso, escritos por sua me Maria Cristina

    Guimares Brito que viria a fundar a As-sociao Bahiana de Equoterapia (Abae). com a Abae que os Amigos do Equus Clube do Cavalo contam para recuperar a equoterapia em Lauro de Freitas.

    O prprio Yuri contou, em depoimento publicado pela ANDE Brasil, que aos 10 anos de idade seus passos precisavam se firmar, mas o cruzar de pernas era constante e facilitava as quedas. Por mais incentivo que recebesse, nem sempre conseguia evitar este troca-troca de pernas e s vezes batia o cansao, escreveu. Depois de iniciar a equoterapia,

    Equoterapia ajuda portadores de necessidades

    especiais

    estava cada vez mais seguro, conta. Com a ajuda do instrutor de equitao, Yuri conseguiu perder o medo e passou a subir e descer escadas sozinho.

    No aspecto motor, a equoterapia desenvolve o controle da postura e do equilbrio do praticante, pelo estmulo s reaes de ajuste, de defesa e de endireitamento corporais. Isso porque o andar do cavalo imprime movimentos tridi-mensionais, para cima e para baixo, para um lado e para outro e para frente e para trs, semelhantes ao caminhar humano.

    A meta motora da equoterapia de-senvolver no praticante as capacidades funcionais que permitem a sua indepen-dncia nas atividades dirias. Alm disso, a equoterapia ajuda a desenvolver habilida-des e a percepo de crianas portadoras de necessidades especiais.

    Uma das atividades da equoterapia tra-ba lha o equilbrio de crianas especiais a partir das oscilaes e movimento do cava lo

    meio ambiente

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    Continua indefinida a aplicao em Lauro de Freitas de verba federal destinada mobilidade urbana. O metr da Paralela vai receber

    R$ 1,6 bilho do PAC, segundo anunciou a presidente Dilma Rousseff (PT), mas o Governo da Bahia menciona apenas o trecho Aeroporto-Rtula do Abacaxi.

    Comunicado distribudo pela prefeitura de Lauro de Freitas afirma que Jacques Wagner (PT) garantiu que a verba con-templar Lauro de Freitas, mas que s se saber a fatia deste investimento quando vier a licitao. A prefeitura subli-nha que a prefeita Moema Gramacho (PT) luta para que o projeto inclua Lauro de Freitas at Porto.

    No Facebook, uma pgina mantida pelo presidente da Cmara Antnio Rosal-vo (PSDB) Metr at Porto recolhe apoios a essa reivindicao. A nossa

    parte convencer o governo a tomar a deciso e apresentar nossa demanda bancada da Bahia no Congresso, que precisa apresentar emendas ao Ora-mento da Unio para ajudar a financiar o projeto, escreveu. O pacote de emendas da bancada inclui verba para levar o metr at Cajazeiras, em Salvador, mas no contempla Lauro de Freitas.

    O governador Jaques Wagner teria dito a jornalistas, no incio de dezembro, que a linha do metr da Paralela pode ir at o bambuzal [no acesso ao aeroporto] ou um pouco mais. Talvez at Porto. A declarao, de acordo com um blog da capital, teria sido oferecida durante jantar com jornalistas, no Palcio Rio Branco, em Salvador. A Vilas Magazine no foi convidada para o encontro. O tema da mobilidade urbana tem sido uma priorida-de editorial deste veculo de comunicao

    Anncio da verba para o metr no menciona Estrada do Coco

    desde 2010, quando a soluo prevista para a Estrada do Coco era um corredor de nibus.

    A Cmara Municipal realizou, em setembro, uma concorrida audincia pblica em que ficou clara a demanda pela extenso do metr at Porto. Joo Leo, chefe da Casa Civil da prefeitura de Salvador, falou com a Redao. Ele no acredita que o metr ultrapasse os terre-nos da Base Area, na altura do acesso da avenida Dois de Julho.

    Leo aponta a falta de espao para instalar um ptio de manobras em qual-quer outro ponto da Estrada do Coco. Onde que h espao em Porto para isso, questionou. A alternativa de levar o metr at o Km 3,5 da Estrada do Coco, na altura da segunda ponte sobre o Ipi-tanga, teria como maior atrativo a grande rea hoje ocupada pelos depsitos da In-sinuante. Joo Leo no acredita tambm nessa hiptese em funo da importncia econmica dos depsitos para o caixa da prefeitura de Lauro de Freitas.

    transporte

    MA

    NU

    DIA

    S

    O metr de Salvador (esq.), j nos trilhos, aguarda integrao com a Paralela. Acima, o chefe da Casa Civil de Salvador, Joo Leo, no acredita no metr na Estrada do Coco

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    CiDaDe

    Treze bairros de Lauro de Freitas passaram a contar com onze conjuntos de equipamentos de ginstica ao ar livre e dez brin-

    quedos de parque infantil. Batizados de academias populares, os equipamentos foram instalados de Areia Branca a Vilas do Atlntico (leia pgina 21).

    De acordo com a prefeitura de Lauro de Freitas, custaram R$ 300 mil, pagos pela Lei de Contrapartidas Sociais,

    relacionada liberao de alvars de construo, que exige investimento em bens pblicos. A conta coube PDG Incorporadora, que tem cinco conjuntos habitacionais em obras na cidade. Nove das academias so para idosos e duas para cadeirantes, na praa de Buraquinho e no Largo do Caranguejo, em Itinga.

    A prefeitura oferece a assistncia de cinco professores de educao fsica, que atendem em horrios prefixados para

    Lei de contrapartidas pagaequipamentos pblicosde ginstica na cidade

    cada local, pela manh e no final da tarde. De acordo com a prefeitura, inicialmente haver um profissional das 7h s 9h30 e em breve o atendimento tambm acon-tecer no turno da tarde, entre 16h30 e 18h30.

    A programao de trabalho dos orien-tadores, de acordo com o comunicado, a seguinte: segunda-feira, na praa de Vilas do Atlntico, prximo ao Colgio Apoio; tera-feira, em Buraquinho e em Porto; quarta-feira em Ipitanga e em Itinga (Dois de Julho); quinta, no Ginsio de Esportes, Centro, e sexta-feira, na Praa do Jambei-ro. Os horrios para a Avenida Beira Rio e praia de Vilas do Atlntico ainda sero estabelecidos.

    Os exerccios, de baixo impacto, so feitos em aparelhos que utilizam o peso do prprio corpo, mas os equipamentos no devem ser utilizados por crianas com menos de 12 anos sem acompanhamento profissional. Uma placa avisa tambm que a utilizao dos equipamentos de inteira responsabilidade dos usurios.

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    Um dos conjuntos de aparelhos de ginstica para idosos foi instalado no final de dezembro na altura da rua Praia de Botafogo, ao lado da

    barraca Buraco da Velha, em Vilas do Atln-tico. A novidade mereceu a ateno dos moradores da rea, que tentaram impedir a construo de uma base de concreto em cima do gramado, na faixa de praia.

    At o fechamento desta edio da Vilas Magazine, mais de 360 pessoas compartilhavam no Facebook uma foto da base de concreto, criticando a ideia. Muitos aprovam os aparelhos, mas con-denam a localizao e a estrutura, por serem ambientalmente incorretas. Em comunicado, a prefeita Moema Gramacho (PT) disse que as academias foram ins-

    taladas para dar mais qualidade de vida populao, em especial aos idosos e pessoas com deficincia.

    Carlos Miguel Ramos, fundador e primeiro coordenador-geral da Socieda-de de Amigos do Loteamento de Vilas do Atlntico (Salva), a associao de moradores do bairro, era um deles. Este gramado, estes coqueiros, fomos ns que plantamos, indignava-se. O poder pblico no tem o direito de destruir o que ns construmos, argumentava aos prepostos da prefeitura. Na altura, Kall Fonseca, atual coordenador-geral da Salva, lamentou que a associao no tivesse sido consultada pela prefeitura.

    Dois dias depois, quando a estrutura foi coberta por grama, Kall Fonseca disse

    A prefeita Moema Gramacho testa e qui pamento de ginstica na praa de Buraquinho (esq.). Acima, operrios a servio da prefeitura concretam rea no gramado da praia de Vilas do Atlntico. Equipamentos de ginstica j foram instalados com aprovao da Salva.

    que ao ver a base de concreto, a popula-o pensou que seria uma aberrao e se manifestou sem esperar a concluso da obra. De acordo com ele, agora a comu-nidade quer mais uma. A Salva vai ceder seguranas que faro rondas dirias para ajudar a cuidar dos equipamentos.

    J Antnio Carlos Almeida, tambm coordenador da Salva, disse que se a comunidade no aprovar ns vamos pedir a retirada. Almeida explica que a associa-o de moradores foi surpreendida com o caminho de concreto e que procurou dar assistncia no momento em que foi chamada ao local. Mas aquela uma rea pblica e no pudemos impedir a prefeitura, disse.

    Como a base de concreto no foi removida, Carlos Ramos prometeu ir ao Ministrio Pblico, assim que passasse o recesso de fim de ano, para fazer valer a deciso judicial que proibiu at mesmo reforma em barracas de praia, quanto mais uma coisa dessas.

    Moradores tentaramimpedir concretagem na grama

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    regio

    O mundo da leitura eleva os que tm o hbito de cultiv-la, amplia horizontes do conhecimento, d formao profissional e, princi-

    palmente, abre as portas da imaginao e da realizao humana. Para dar continui-dade contribuio do desenvolvimento das comunidades vizinhas, a Millennium Inorganic Chemicals (MIC) inaugurou mais um Clube deLeitura, no dia 21 de de-zembro. Desta vez, os beneficiados foram crianas e adolescentes de Arembepe.

    Desde 2007, a fbrica investe na for-mao literria das comunidades vizinhas, atravs de livros, revistas, jornais, filmes e jogos, com o uso diferentes mtodos e ferramentas que visam desenvolver o raciocnio e despertar o interesse pela leitura. No clube, as crianas so sem-pre estimuladas a pensar de uma forma crtica, a ler e interpretar a palavra escrita, falada ou desenhada, afirma o instrutor do Clube de Leitura, Romi Nascimento, graduado em letras, especialista em psicopedagogia e mestre em educao.

    Em Arembepe, os encontros aconte-cem duas vezes na semana, na Associa-o dos Moradores da Volta do Robalo e Capivara, com durao de uma hora e meia. algo muito positivo, uma promes-sa de incentivo aos estudantes da regio, afirma Arlete de Souza, coordenadora da Escola Municipal Giltnia Pereira de Souza, instituio onde os encontros j

    comearam a acontecer desde novembro, com o objetivo de mostrar s crianas uma prvia do Clube e atra-las de forma ldica, atravs do conto de estrias.

    Embora o clube seja independente das escolas, a Millennium faz questo de iniciar a implantao do clube exatamente por elas. Ns apresentamos o projeto para os diretores e professores, que relatam as principais dificuldades dos alunos daquela comunidade especfica. Tambm fazemos oficinas com os professores, convidamos os alunos atravs de contao de histrias nas salas de aula e mantemos o dilogo sempre aberto. Afinal, o clube uma ati-vidade suplementar escola e no pode atuar de forma isolada, esclarece Grace Brando, lder de Comunicao da MIC.

    As visitas de Romi resultaram na boa

    Novo Clube de Leitura inaugurado em Arembepe

    receptividade dos alunos. Segundo a coor-denadora Roselita Amorim, muitos deles, mesmo em perodo de frias, buscaram in-formaes sobre as inscries e demonstra-ram entusiasmo com a chegada do Clube.

    A solenidade de abertura ocorreu na Associao dos Moradores da Volta do Ro-balo e Capivara e contou com a presena de crianas dos outros clubes, que fizeram uma apresentao teatral com fantoches (fotos). Inicialmente, o Clube de Arembepe atender cerca de 100 crianas do Ensino Fundamental I (1 ao 5 ano). A expectativa superar esse nmero a cada dia e atingir a maior quantidade possvel, para formar cidados letrados, com conscincia crtica e responsabilidade social. Espero que as crianas de Arembepe frequentem, pois elas tero muitas oportunidades de co-nhecer um pouco mais sobre a literatura, alm de aprenderem brincando, convida Adriane Campos, 13 anos, uma das alunas do Clube de Leitura de Areias.

    CLUBE DE LEITURAO Clube de Leitura uma atividade

    gratuita, voltada para crianas a partir de seis anos. Os encontros so marcados pelo desenvolvimento de atividades que incentivam a literatura, como rodas de leitura, apresentaes teatrais, sesses de cinema, debate de enredos, etc. Em 2007, a Millennium instalou o primeiro Clube na comunidade de Areias. Em 2009, a nova sede chegou a Jau. Desde ento, os es-tudantes tm demonstrado maior interesse no apenas pela leitura de livros, jornais e evistas. Eles se mostraram determinados a pesquisar nas bibliotecas e adquiriram maior empenho nos estudos, o que aumen-ta a qualidade do aprendizado escolar, completa Romi, que tambm carrega o desejo de ampliar as atividades dos clubes e lev-las para dentro das escolas, tanto as municipais quando as particulares.

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    Com um pulo e uma disparada a gua xinim desapareceu no mato, voltando casa depois de quase um ms de ausncia. Era o final

    feliz para uma histria que comeara dramaticamente na noite do dia 1 de de-zembro, quando o bichinho, tambm cha-mado de Mo Pelada, fora atropelado na principal via do condomnio Busca Vida. O atropelador, como era de se esperar, no teve o cuidado de prestar socorro.

    Voltando para casa, naquela noite, o casal Izabel Delmondes e Eduardo Cesana se deparou com a triste cena: o animal ferido cado no cho e seu parceiro correndo, pr l e pr c, em tempo de ser atropelado tambm.

    Com a ajuda do pessoal da segurana, que dispunha de caixa para transporte, lu-vas e equipamento para captura, o animal foi levado para casa do casal, onde ficou na casinha dos cachorros at a manh, quando foi atendido, em Vilas do Atlntico, pelo dr. Moacyr Moraes Neto, veterinrio e especialista em animais silvestres.

    Depois de tratada a guaxinim (a esta altura j se sabia que era fmea) foi

    encaminhada ao Ibama. Com edema da pancada e movimentando-se com alguma dificuldade, foi preciso esperar sua total recuperao para ento ser reintroduzida ao seu habitat. Como se tratam de animais monogmicos, o dr. Moacyr acha que logo ela encontrar o companheiro e o restante da famlia.

    Enfim, no fim da tarde do dia 28 de dezembro, uma equipe do Ibama chegou ao condomnio Busca Vida trazendo uma enorme gaiola, dentro dela, a guaxinim. Escolhido o lugar de mata bem prximo onde ela sofreu o acidente, deixaram-na ainda por algum tempo na jaula para que reconhecesse o ambiente. Pouco depois, Tiago Passos, estagirio de biologia, abriu a porta e ela disparou.

    Para a biloga Maria Conceio San-tana Pires, coordenadora do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama, este o melhor momento do nosso trabalho. grande a alegria de ver o animal ganhar a liberdade, voltar para seu ambiente. Pena que as pessoas ainda no percebam a beleza do animal solto.

    (Gilka Bandeira)

    Mobilizao salva guaxinimatropelada em Busca Vida

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    Juliana VinesFolhapress

    A guerra dos sexos ganhou outro captulo com o lanamento de Duels and Duets, do linguista americano John Locke, sem

    edio no Brasil.O livro diz que homens e mulheres se

    expressam de formas bem diferentes: eles duelam, disputando poder, e elas falam como se estivessem fazendo duetos, compartilhando informaes.

    Locke, doutor em psicologia cognitiva e professor do Lehman College, em Nova York, no descobriu a plvora. Pesquisas em neurocincia e psicologia j provaram que vrios esteretipos de gnero tm sua razo de ser.

    nesses estudos que Locke se apoia. Mulheres passam longos perodos dis-cutindo problemas, disse o pesquisador, em entrevista Folhapress. Se elas tm disposio ao dilogo e so polidas, eles interrompem uns aos outros e amam piadas infames.

    O motivo da diferena, para ele, bio-lgico: por milnios, homens e mulheres seguiram seus prprios caminhos evoluti-vos. Eles foram selecionados para agredir, lutar e caar; elas, para acertar na escolha de parceiro e cuidar da famlia. Boa parte do tempo, cada um ficou cercado de gente do mesmo sexo.

    HORMNIOS FALAM Locke relaciona a testosterona, hor-

    mnio masculino, com a fala agressiva e assertiva deles, e a oxitocina, hormnio do instinto materno, com os duetos fe-mininos.

    Crebros de homens e mulheres so distintos, isso influencia na comunicao, concorda o neurocientista Renato Sabba-tini, da Unicamp. A mulher usa os dois hemisfrios para falar, os homens, um. Elas tm mais sensibilidade para detectar tons emocionais. Minha mulher sempre diz: Olha como ela fala, falsa, eu res-pondo que ela est imaginando coisas.

    Desde que aprende a falar a menina j tem mais fluncia verbal do que o menino. Mas, apesar de estudos comprovarem distines biolgicas, muitos linguistas ponderam que h poucas pesquisas comportamentais sobre o tema, o que torna mais difcil saber qual o papel da natureza e o da cultura nas diferenas de expresso entre os sexos.

    Para Eleonora Albano, linguista e pes-quisadora da Unicamp, desde pequenas as meninas so incentivadas a falar mais, e os meninos, a fazer atividades motoras. Meninas de dois anos contam histrias para suas bonecas. Meninos no conta-riam para seus carrinhos.

    O pesquisador Luiz Paulo da Moita Lopes, da UFRJ, tambm defende que a influncia cultural fala mais alto que

    a gentica. Sexo biolgico, gnero social. Nossa cultura espera algo do ho-mem e da mulher diferente do esperado em outras culturas.

    Nessa viso, so as expectativas e os papeis sociais que fazem das mulheres as melhores ouvintes e dos homens os mais assertivos.

    A ideia de que homens falam de um jeito e mulheres de outro muito enges-sada e excludente. Acontece, mas muita gente fica fora do padro, diz a pesquisa-dora Ana Cristina Ostermann, da Unisinos (Universidade do Vale do Rio dos Sinos).

    NO QUERO BRIGAR Biolgica ou no, a diferena estudada

    por Locke reconhecida entre casais. A gerente de RH Marina Hss, 27, se identi-fica com o que ele diz. Ela diz que terminou um namoro por falhas de comunicao. O ex nunca dizia o que o incomodava. Eu perguntava, ele falava que no ia dizer porque no queria brigar. Tambm deixava de falar coisas. No fim, quando falamos tudo, no tinha mais jeito de consertar.

    Marina admite que ela quase sempre acha problema onde no tem, mas recla-ma que os homens fogem de qualquer tentativa de conversa. Eles acham que

    PAPO DE CASAL

    Discutindoa relao

    Enquanto os homens duelam,as mulheres fazem conchavos,

    diz linguista americano que aponta razes biolgicas para explicar

    as dificuldades de comunicaoentre os dois sexos

    A gerente de RH Marina Hoss, 27, e o namorado Alexandre Passos, 20

    ComportamentoE

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    Anna Paola Conde, 43, nutricionista, e o marido, Evilasio Mariano, 59, no escritrio

    que eles dividem, no Rio.QUEM FALA MAIS,O MACHO OU A FMEA? Contrariando todos os esteretipos e o senso comum, pesquisas cientficas mostram que no so elas as mais falantes. Uma anlise de 70 estudos feitos para comparar a quantidade de palavras usadas diariamente por homens e mulheres, incluindo 4.385 pessoas, mostra que a verborragia masculina maior. O trabalho, da Universidade da Califr-nia, foi publicado em 2007 na revista da Sociedade de Psicologia Social e Personalidade. Na melhor das hipteses, homens e mulheres falam a mesma quantidade: uma mdia de 16 mil palavras por dia, segundo uma pesquisa feita na Univer-sidade do Texas, com 400 participantes

    MULHER MENOS AFIRMATIVA, NO ?, segundo o trabalho da Universidade da Califrnia, publicado neste ano na Psycho-logy of Women Quarterly. Os pesquisadores chegaram a essa concluso aps a anlise de 39 pesquisas, envolvendo 3.502 pessoas. Foram consideradas formas de linguagem no assertiva o uso de expresses de dvida (no tenho certeza), indicadores de impreciso (acho) e afirmaes seguidas de pergunta (no ?). Para Campbell Leaper, autor do estudo, a linguagem menos assertiva no expressa necessariamente submisso, mas uma tentativa de envolver o interlocutor na conversa.

    ELAS CONVERSAMMAIS SOBRE SExO Entre amigas, as mulheres falam mais sobre sexo do que os homens com seus colegas, pelo menos segundo os dados de uma pesquisa feita na Univer-sidade Estadual da Pensilvnia (EUA). O resultado mostrou tambm que elas se sentem mais confortveis para falar do assunto. O estudo foi feito com 205 universit-rios e patrocinado pelo Instituto Na-cional de Sade da Criana e Desen-volvimento Humano. Os participantes (124 mulheres e 81 homens, entre 18 e 25 anos) responderam questionrios sobre a frequncia dessas conversas, os tpicos falados e como se sentiam. O tema mais conversado, tanto entre os homens quanto entre as mulheres, foi a aparncia fsica do sexo oposto.

    a gente quer conversar para encher o saco e fazer cobrana. No . Queremos discutir para construir. uma tentativa da mulher de fazer dar certo.

    Agora, Marina namora h quatro meses Alexandre Passos, 20, auxiliar administrativo. Ele paciente, diz ela.

    O que no quer dizer que goste de discutir a relao, afirma Alexandre. Ne-nhum homem gosta. A gente pensa: que conversa intil. O problema falar demais sobre coisas desnecessrias. At agora, no tiveram discusses. At agora.

    Anna Paola Conde, 43, nutricionista, casada h 20 anos com o empresrio Evilasio Mariano, 59. Os dois trabalham lado a lado, conversam o tempo todo e dizem que se do bem. Nunca dormimos brigados.

    Ela no gosta quando ele insiste em saber por que ela est brava. Digo que estou na TPM e peo para ele me deixar quieta. Ele quer saber o que tenho. Que coisa insistente, quer que eu desenhe?

    Ele se defende: O bicho mulher nasceu para complicar. Ela cheia de sutilezas, de dizer sem falar. O homem no est ligado nisso. Depois ela vem e culpa voc por no ter entendido, porque era claro para ela. No no.

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    Comportamento

    ELAS FORAMO PAPO, ELES USAM O SILNCIO Pesquisa qualitativa feita na University of Northen Iowa (EUA) identificou que, entre os casais, a mulher quem faz mais esforo para iniciar e manter a conversa. J o homem o responsvel pela maioria das atitudes que terminam o dilogo. En-tre essas, a mais praticada a estratgia do silncio: consiste em ficar calado, sem responder a perguntas diretas. Fim de papo. O estudo foi feito com sete casais que deixaram gra-vadores ligados nas reas mais usadas de suas casas por dez dias. Depois, os participantes ouviram pri-vadamente as gravaes e deram sua opinio sobre o que funcionava ou no nos dilogos.

    Estariam homens e mulheres condenados a falar lnguas diferentes? Sim e no, diz o linguista John Locke. Para ele, a dife-rena pode motivar a cooperao e at

    facilitar a convivncia. O homem deve lembrar que, quando a mulher fala sobre sentimentos, ela pode estar s tentando compartilhar, afirma.

    Elas no querem necessariamente duelar. Mas, quando falam, eles logo apresentam uma soluo. A elas ficam bravas e eles tambm. O problema no os dois falarem lnguas diferen-tes, mas acharem que esto falando a mesma, diz a terapeuta familiar Lidia Aratangy, segundo quem desabafar uma mania feminina.

    Mulheres comeam mais brigas -70% das vezes so elas que acendem o estopim. Fazem isso porque um relacionamento ruim mais da-noso para elas, afirma Ailton Amlio, psiclogo e pesquisador da USP.

    Mas no precisa exagerar, como no caricato best-seller Homens So de Marte, Mulheres So de Vnus. O autor passa o livro todo afirmando que os marcianos se escondem na

    caverna quando no querem falar. A diferena no ruim. No preciso ter medo do sexo oposto, pensar que est com um ET em casa. Ningum sabe bem como lidar com o outro, seja homem ou mulher, chefe ou parente.

    As diferenas de comunicao ficam claras tambm no trabalho. As mulheres, na maioria, ainda tendem ao discurso mais pessoal e de-talhista, segundo Zuca Palladino, gerente de recrutamento. Homens so mais objetivos, mas muitas mulheres tm aprendido a ser mais diretas.

    No trabalho, imitar a objetividade masculina at funciona, mas na vida privada nada parece resolver o abismo de linguagem. A maior difi-culdade dosar o que precisa ser esclarecido e o que pode passar batido, sem DR.

    Nem tudo deve ser escondido ou escan-carado, ensina Amlio. O que incomoda deve ser negociado de uma forma assertiva, que pode ser resumida em dizer o que se sente, de maneira polida e sem cobranas, em um bom momento.

    A mulher conversa buscando apoio. O homem conversa competindo. Ela usa osdois hemisfrios cerebrais para falar. Ele s usa um. Mas ser que entender as

    diferenas de expresso entre os sexos melhora a comunicao?

    Mulheres desabafam,homens duelam

    MENINAS ABSTRA-TAS, MENINOS CON-CRETOS Homens querem exemplos concretos, mulheres so mais subjetivas. Isso tem a ver com diferentes formas de o crebro processar a linguagem, segundo neuro-cientistas da Northwestern University, em Illinois (EUA). Usando imagens de res-sonncia magntica, eles observaram as reas ce-rebrais ativadas em 62 crianas enquanto faziam exerccios com palavras. As meninas usaram mais as reas de decodificao da linguagem. J os meni-nos ativaram mais as reas ligadas a funes visuais e auditivas, conforme as palavras eram escritas ou faladas. O estudo foi pu-blicado no jornal Neurop-sychologia, em 2008.

    A revista Vilas Magazine est avaliando locais para serem credenciados como

    PONTOS DE DISTRIBUIO dos exemplares mensais, em estabelecimentos

    localizados no Centro, Itinga, Vida Nova, Areia Branca, Ipitanga e Jockey Club.

    Interessados podem entrar em contato com o sr. lvaro, no Departamento

    de Distribuio, pelos telefones 3379-2439 ou 3379-2206, no horrio comercial.

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    JaneLas abertas | gilka bandeira

    Diante da claridade que cresce no horizonte desta madrugada, no h dvida de que o futuro na luz da manh no / demora,

    conforme a cano de Renato Teixeira. Em qualquer outra ocasio, tal consta-tao seria mero recurso potico para embelezar o trivial. Mas, especialmente neste dia soa com a fora de pressgio e provoca certo arrepio. Afinal o primeiro amanhecer de 2012, o ano apocalptico.

    Entretanto o sol se levanta como em todos os dias, igualmente diferente. Igual no sempre acontecer e diferente na sempre nova combinao das cores e das pinceladas sobre o quadro celes-te com muitas ou poucas nuvens. Os coqueiros languidamente se espregui-am ao sabor da aragem, os cajueiros reluzem, os pssaros saltitam, voam e cantam. Nada na suavidade do alvorecer denota fim de mundo, nem mesmo os infortnios pessoais de uns e outros e as desgraas coletivas que normalmente ocorrem todos os anos.

    Embora cada alvorada inaugure uma nova era, os prenncios so muito sutis, quando no imperceptveis. No dizer de Joo Guimares Rosa, a vida cons-tante, progressivo desconhecimento. No desconhecimento, vamos levantan-do hipteses, desenvolvendo teorias, criando lendas, cultivando crenas e supondo. Supondo uns, que as profe-cias so peremptrias, se cumpriro da pior forma possvel e o mundo acabar completamente. Supondo outros que os vaticnios so alegorias que preci-sam ser interpretadas e, que por estas interpretaes, o fim previsto no o do planeta, mas apenas o de uma fase da histria da humanidade, para que tenha incio um ciclo mais evoludo.

    Quem estar certo? Bom esperar que sejam os otimistas e alegrar-se com a perspectiva dos novos tempos de maior sabedoria e total fraternidade. Tempos em que as pessoas sero gentis e sere-nas; e os altos muros sero trocados por flores, rvores e laguinhos nas frentes das casas. Quando se entender que no basta desenvolver as tcnicas chamadas de sustentveis, mas efetivamente dimi-nuir o consumo para reduzir a produo e poupar os recursos, sabendo que, qual-quer que seja o modo de produo, h dispndio de energia e risco de poluio.

    Tempo em que no mais haver cari-

    dade porque no existiro necessitados de caridade. Ningum matar ou ser morto porque o amor reinar sobre todas as de-savenas e dios. No mais se atravessar a pista da Estrada do Coco para, perigo-samente, pegar um retorno, atrapalhando o j catico trnsito, apenas para poupar mseros segundos de tempo e de combus-tvel. E ningum ter pressa, por ter certeza que devagar que se vai longe. No haver inveja porque todos estaro satisfeitos com o que tem e, sobretudo, consigo mesmo.

    Os desperdcios deixaro de acontecer e em nenhuma parte do Planeta haver fa-mintos ou analfabetos, nem se morrer nas portas de clnicas por falta de atendimento ou enquanto se aguarda a famigerada regulao que no chega nunca, embora haja vaga dentro da unidade para qual se precisa ser transferido. Muito menos se ser amontoado em macas, ou mesmo no cho, dos infectos corredores dos hos-pitais pblicos, em situao pior do que nos hospitais de campanha. Na verdade haver menos doentes com a melhoria das condies existenciais que adviro.

    A disputa ser substituda pela solida-riedade, a ganncia pelo partilhar. As em-presas capitalistas se transformaro em cooperativas. Os bancos e sua agiotagem deixaro de existir. Todos os cartes sero incinerados. As favelas desaparecero nos novos bairros de boas casas erguidas entre bosques, pomares e jardins. As cidades desincharo, tornando-se peque-nas, aconchegantes e belas. E qualquer lugar do mundo ser bom de viver. Os alimentos voltaro a ser puros e real-mente nutritivos. Os animais deixaro de ser maltratados. E as fbricas de armas, de carros, de fertilizantes qumicos, de agrotxicos e outras mais sero fechadas.

    Os governantes no precisaro fazer propagandas para convencer os eleitores de que fizeram o que de fato no fizeram. Os polticos no mais compraro leo de peroba porque perdero a cara-de-pau. Os parlamentares no mais tero coragem de aumentar seus salrios em

    62%, de ter tanta regalia, de custarem to caro nao. Enfim satisfeitos com o muito que j ganham, custearo suas prprias despesas e largar a viciosa corrupo. Ningum precisar osten-tar nem sobressair-se, nem consumir drogas, porque todos estaro de bem consigo, com os outros, com o mundo e tero encontrado meios incuos de experimentar o xtase. Todo mundo, contente da vida, se abraar e sair a cantar, porque so tantas coisas azuis/ e h to grande promessas de luz/ tanto amor para que a gente nem sabe....

    Todavia, no se pode descartar a probabilidade de que as profecias, no se cumpram nem apocalipticamente, nem de forma alguma. Perante o que se v no dia-a-dia da Terra, bem provvel que continue tudo como dantes no quar-tel de Abrantes, no mesmo mesquinho ramerrame. Contudo, no terreno das conjeturas qualquer possibilidade possvel, inclusive a de haja repentina mudana ideal. O ser humano, assim como a vida, surpreendente e certeza no se tem. Na verdade, [...] a gente nunca se prov segundo garantias j dizia o autor de Sagarana.

    Ademais, apesar de tantas falas e escritos sobre o destino dos terrqueos em 2012, a maioria festejou a passa-gem de ano, como se nada de especial estivesse previsto. E no instante em que este pedao do planeta comea a passar diante do sol, dando incio a um novo dia ou nova era (de regozijo ou de terror), muitos dormem, alguns ainda com roupa da festa, indiferentes ao fu-turo, que j no demora. E novamente vem Guimares Rosa e diz: Ah, o tempo o mgico de todas as traies e as traies so surpresas que tanto podem ser boas quanto terrveis. Poder-se- mudar espontaneamente pelo amor ou compulsoriamente pela dor.

    Mas isto pra depois. Agora, na suavidade do amanhecer, parece a vida estar completa/ na paz que o azul ensina, como, num certo dia, observou o poeta Ruy Espinheira Filho. Ento, gozar desta plenitude, ainda que mo-mentnea, de modo a avivar as espe-ranas e a expandir a sensibilidade que nos far construtores e merecedores de um mundo regido pelo amor, onde a paz e a fraternidade deixem de ser utopia ou coisa meramente eventual.

    Amanhece 2012

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    saDe & bem-estar

    A escolha pela vasectomia, a cirur-gia de esterilizao masculina, uma deciso que um nmero cada vez maior de brasileiros

    tomou nos ltimos anos. Quem se sub-mete a ela, geralmente, so homens casados que mantm relaes sexuais com suas esposas e que no querem se preocupar com mtodos contraceptivos por j terem todos os filhos que gostariam de ter e cujo casamento parece estvel. No entanto, nesse grupo, o nmero de pais que desejam voltar a ser frteis tem aumentado. Mais cedo ou mais tarde, parte significativa dos operados lamentam ter feito a cirurgia e querem voltar atrs. Para estes, duas solues so a reverso da vasectomia ou o armazenamento do smen em um banco de smen antes da vasectomia para futura utilizao em procedimentos de reproduo assistida.

    A ltima vez que realizei a reverso este ano foi num paciente que eu mesmo vasectomizei h quatro anos. Ele tinha quatro filhos quando decidiu pela va-sectomia, mas algum tempo depois, se separou e casou novamente com outra mulher. Sua atual esposa, que queria muito ter filhos, me procurou, conversa-mos com o casal e realizamos a reverso da cirurgia por via microcirrgica, conta o uro-andrologista Francisco Costa Neto.

    Segundo o mdico, no existe uma estatstica oficial relacionada aos nmeros da Vasectomia na Bahia. Mas, o Centro de Pesquisa e Assistncia em reproduo Humana (CEPARH), onde ele trabalhou por 10 anos, realiza aproximadamente mil procedimentos por ano. A explicao para que parte dos homens submetidos vasectomia se arrependa parece bvia: o casamento que levou esses homens a optarem pelo procedimento no era to duradouro quanto parecia no momento em que a deciso foi tomada. Veio a

    separao, um outro casamento e, com ele, a esperana de recuperar na mesa de cirurgia a capacidade reprodutiva.

    OUTRAS ESTATSTICASNa ltima dcada, o nmero de divr-

    cios e separaes dobrou no Brasil. So cerca de duzentos mil a cada ano, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE). As estatsticas tambm revelam que, depois do divrcio, o homem tem muito mais chances de voltar a casar do que a ex-mulher. E ele geralmente se une a uma mulher solteira, mais jovem e sem filhos.

    No primeiro casamento, a diferena de idade entre marido e mulher de quatro anos, em mdia. Nos vnculos seguintes, chega a oito. E raras so as mulheres que, ao casar com um homem divorciado, desistem de ter filhos. O homem tende a fazer a rever-so para satisfazer a esposa, diz Francisco Costa Neto. Mais de 90% dos arrependidos tm entre 40 e 50 anos, j so pais e esto no segundo ou terceiro casamento, completa.

    SUCESSO DA TCNICAEmbora o ndice de reverso com

    sucesso seja alto preciso considerar o tempo de realizao da vasectomia, j que pacientes com mais de 10 anos de vasectomizado tm chances menores de se tornar frteis novamente. Em razo da vasectomia, o organismo masculino perde progressivamente a capacidade de produzir espermatozoides, explica o uro-andrologista.

    O sucesso da tcnica tambm depen-de do cirurgio. Geralmente utilizamos a tcnica de microcirurgia, que nos d uma taxa de sucesso entre 80 e 85% de gravidez, declara o especialista. Vale salientar que a reverso de vasectomia apenas uma das maneiras para se restaurar o processo reprodutivo. Afinal, existem outras maneiras de restaurar a fertilidade do homem, destaca o mdico.

    Dois brasileiros famosos, o humoris-ta Tom Cavalcante e Edson Arantes do Nascimento, o Pel, so exemplos de insucesso da reverso da vasectomia. Na primeira unio, Tom e Pel tiveram, res-pectivamente, dois e trs filhos. Satisfeitos com o tamanho da prole, optaram pela

    Paternidade ps vasectomia: escolha possvel

    Segundo casamento tem aumentado procura

    por cirurgias de reversode vasectomia

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    vasectomia. Nenhum dos dois imaginava que uma futura esposa fizesse questo de crianas em casa. Tanto Pel quanto Tom acabaram recorrendo cirurgia de reverso, mas no funcionou. Acabaram optando pela reproduo assistida (inseminao artificial).

    BANCO DE SMENEm muitas situaes, os espermatozoides podem

    ser congelados para posterior utilizao num processo denominado de criopreservao. O banco de smen mantm espermatozoides congelados em nitrognio lquido por tempo indeterminado para serem utiliza-dos em inseminaes artificiais ou outras tcnicas de reproduo assistida, diz a farmacutica-bioqumica Daniele Brustolim.

    Nos ltimos anos, uma discusso vem acontecen-do entre os defensores da reverso microcirurgica e os defensores dos meios de reproduo assistida. Atual-mente, a tendncia entre os estudiosos do assunto de que a reverso da vasectomia apresenta algumas vantagens sobre os meios artificiais. O menor custo da reverso e as taxas superiores de gravidez so argumentos fortes a favor da microcirurgia. O apareci-mento de complicaes como gravidez mltipla, nasci-mento de crianas de baixo peso (que necessitam de internamentos prolongados) e partos prematuros so argumentos contra as tcnicas artificiais.

    SOBRE OS PROCEDIMENTOSA cirurgia de esterilizao masculina, ou vasecto-

    mia, consiste no corte dos canais deferentes, por onde trafegam os espermatozoides antes que se misturem ao lquido seminal. O procedimento extremamente simples: duas incises de trs milmetros no saco es-crotal, anestesia local e meia hora de durao. Apesar da simplicidade do mtodo, interessante notar que grande parte dos homens brasileiros no se incomoda que suas mulheres faam laqueadura das trompas (uma cirurgia mais invasiva), mas foge da vasectomia como o diabo da cruz, comenta Francisco Costa Neto.

    A reverso uma microcirurgia que requer pinas delicadssimas, fios de sutura mais finos do que um fio de cabelo, microscpios e lupas de ltima gerao. Nesse caso, a anestesia peridural ou geral e a operao pode levar de duas a seis horas. De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, preciso que apenas o mdico que faa a vasectomia seja habilitado a realizar a rever-so da vasectomia por microcirurgia.

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    saDe & bem-estar

    Frutas, verduras e legumes so a base de qualquer alimentao considerada saudvel. Por isso, desde 2001, quando a Anvisa

    (Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria) passou a realizar o PARA (Programa de Anlise de Resduos de Agrotxicos em Alimentos), os resultados divulgados tm preocupado especialistas e a populao.

    Em sua ltima edio, com amostras de 18 alimentos analisadas em 2010, o PARA indicou que 27,9% delas apre-sentavam limites de agrotxico acima do recomendvel ou tinham substncias no aprovadas. O vilo da vez o pimento, que teve 91,8% das amostras analisadas consideradas insatisfatrias. O morango e o pepino tambm se saram mal, com 63,4% e 57,4% das amostras rejeitadas, respectivamente.

    Agrotxico no sai do alimento apenas com uma lavagem

    Parte dos defensivos agrcolas absorvida por verduras e legumes; retirar casca no resolve problema.

    Mdico diz que no h necessidade

    de pnicoEmbora a anlise da Anvisa seja

    preocupante, no h razo para alarme. Ningum precisa deixar de comer nem entrar em pnico. A margem de seguran-a para agrotxicos em alimentos alta. Seria preciso uma grande quantidade para ter problemas. E ningum come dez pimentes por dia, diz Anthony Wong, diretor mdico do Ceatox-HCFMUSP (Centro de Assistncia Toxicolgica do Hospital das Clnicas e da Faculdade de Medicina da USP).

    Apesar da recomendao para utilizar produtos orgnicos, o especialista lembra que problemas com alimentos na Europa, neste ano, tiveram sua origem associada ao cultivo de uma fazenda orgnica na Almanha.

    (Fbio Saraiva / Folhapress).

    Alguns tipos de agrotxicos podem causar doenas neurolgicas, doena de Parkinson e at cncer, entre outros problemas. Diante disso, a populao deve pressionar a Vigilncia Sanitria para que faa a fiscalizao da origem dos alimentos, explica Wanderlei Pignati, mdico, professor da UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso) e pesquisador dos impactos dos agrotxicos nos alimen-tos da Fiocruz do Rio de Janeiro. O espe-cialista explica que como alguns tipos de produtos qumicos so absorvidos pelas plantas, a higienizao, mesmo com gua sanitria, s capaz de remover excesso de agrotxico.

    Verifique se o alimento tem origem reconhecida por rgos de sade, prefira produtos da poca e os de cultivo org-nico, diz Adriana Domeneghetti, nutricio-nista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos. Segundo ela, lavar bem os alimentos em gua corrente e retirar cascas e folhas externas das verduras e frutas pode reduzir os riscos sade.

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    BELEZA & ESTTICA

    Cicatrizes de ferimentos ou de cirurgias feitas h anos no precisam ser sinnimo de vergonha e descontentamento por parte de quem as possui. Tratamento

    com laser e aplicao de medicamentos so al-guns dos mtodos que ajudam a tornar cicatrizes antigas menos aparentes.

    Para tratar as cicatrizes mais altas, sobretudo os queloides, podem ser injetados produtos base de corticoide sob a leso. Essa aplicao ajuda a deixar a cicatriz mais baixa, diz a dermatologista

    Laser e injeo podemsuavizar cicatriz antiga

    Tcnicas ajudam a tornar marca napele menos aparente. Mas cuidados duranteo tempo de cicatrizao so bem importantes

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    Algumas partes do corpo so mais vulnerveis a cicatrizes mais apa-rentes.Verdade. reas como as costas, trax, ombros e joelhos so mais propcias formao de cicatrizes hipertrficas e queloides porque so reas de flexo.

    Cicatrizes de espinhas podem for-mar queloides.Verdade. At mesmo uma pequena marca pode crescer e formar uma cicatriz alta, mas mesmo as cicatrizes de acne podem ser amenizadas com tcnicas como o laser e a microdermobraso.

    A hereditariedade no tem nenhuma influncia sobre o processo de for-mao de cicatrizes em cada pessoa.Mentira. A formao de queloides, por exemplo, mais comum em pessoas cujos pais ou outros familiares j ma-nifestaram essa tendncia.

    Brancos tm mais facilidade em desenvolver cicatrizes hipertrficas (mais altas).Mentira. As marcas que ficam mais altas e crescem alm da rea da cica-triz costumam acometer principalmente pessoas de pele negra ou morena, segundo os especialistas.

    VerdAdes e MentirAs

    Maria Bandeira. O nmero de aplicaes varivel. Em alguns casos, apenas uma sesso j ameniza o problema, diz ela.

    Tcnicas como o laser e a microder-mobraso tambm diminuem o tamanho da cicatriz e podem ajudar a suavizar a cor da marca. Ao atingir a pele, o laser estimula a produo de colgeno e pro-voca um novo processo de cicatrizao, que vai ocorrer de forma mais organizada, fazendo com que a nova cicatriz seja mais discreta, diz a dermatolgista Maria Helena Garrone.

    Embora os tratamentos consigam suavizar as cicatrizes, a pele no volta ao estado normal, por isso, dizem os espe-cialistas, importante ter alguns cuidados durante o processo de cicatrizao.

    melhor dar pontos em um ferimento simples pois, com eles, a cicatrizao mais rpida e a marca fica mais uniforme, diz o dermatologista Eugenio Pimentel. E o uso de uma placa de silicone indicado para impedir que a cicatriz cresa.

    (Fabiana Cambricoli / Folhapress).

    Belas pernas no vero

    Vero toda, temperaturas altas e pouca roupa. Para aderir ao look, andando por a com as pernas de fora sem receio de ser feliz,

    necessrio se cuidar bastante. Depilao e esfoliao, produtos, massagens e ma-lhao so itens que garantem o sucesso de suas pernas.

    Preparada?Primeiramente recomendado fazer

    uma boa depilao, realizada com cera fria de 20 em 20 dias, aproximadamente. Mas importante, no utilizar o produto quente, j que pode atingir os capilares perifricos, proporcionando o apareci-mento das temveis varizes. A esfoliao realizada um dia antes ou dois aps a depilao tambm preci-sa pertencer a beleza das pernas. Por isso, escolha por leos vegetais com se-mentes de frutas, que, alm de retirar as clulas mortas, hidratam e tem funo anti-oxidante.

    A utilizao de produtos tensores, que fazem a pene-trao nos tecidos e atuam como se fossem esticando a epiderme tambm interes-sante. Para as pessoas que esto com certa pressa, procedimentos que mistu-ram esfoliao, utilizao de mscaras tensoras e massagem para trabalhar a circulao recomendada.

    Mas se preferir um tra-balho mais profissional, o recomendado procurar uma clnica de sua confian-a para fazer a depilao. Na seo de classificados Sade & Bem-Estar desta edio, existem vrias op-es sua escolha.

    Celulite e VArizesAlm de deixar as per-

    nas mais trabalhadas, as massagens auxiliam na preveno do aparecimento de varizes (vasos rompi-dos). Cosmticos que levam ginco biloba e castanha-da-ndia oferecem fora as pa-

    redes desses vasos, no deixando assim eles se romperem. Para as pessoas que j tem varizes