Escola Vivencial um caminho de formação – GEN 2014

IV Parte – A ALEGRIA NA ESCOLA VIVENCIAL

1. A alegria que reina na Escola Vivencial

Papa Francisco/Santuário de Aparecida: “Conservar a esperança, deixar-se surpreender por Deus e viver a alegria.”

A Escola Vivencial precisa oferecer um clima de alegria. Não se pode testemunhar Cristo com tristeza ou fisionomia de ‘apóstolo cansado’. Estando conosco, Cristo torna a nossa vida cheia de significado, melhor, mais bela, pois nos dá a certeza de que Deus nos ama!

Na Bíblia encontramos mais de 300 citações com a palavra “alegria”, confirmando que “na presença de Deus existe abundância de alegria, em sua destra existem delícias perpetuamente” (Sl 16,11).

A alegria é dom de Deus: o sorriso nasce do coração alegre! A alegria é fruto do Espírito Santo: precisamos estar repletos d’Ele para que esta virtude preencha toda a nossa vida. Nem mesmo a luta e o sofrimento pelos quais passamos podem destruir a nossa alegria. “Não estejais na tristeza, pois a alegria do Senhor será a vossa força” (Ne 8,10).

Esta alegria depende:

2. Do espaço – lugar de encontro- preparar um ambiente de acordo com o tema do dia;- necessidade de preparar o local para receber os outros com alegria.

3. Da Acolhida – sinal de que a Escola Vivencial é casa de irmãos. “Quem recebe vocês, recebe a mim; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou” (Mt 10,40).Na Escola Vivencial acolher cordialmente e fraternalmente o irmão, a irmã que chega, além de um dever cristão, é marca do bom cursilhista ser acolhedor!Dom Hélder Câmara: “As pessoas lhe pesam? Não as carregue nos ombros. Carregue-as no coração”. Nesse mundo de indiferença, de jogo de interesses, acolher com fraternidade, gratuidade, sendo igual no amor fraterno, é dar testemunho do agir cristão, amando como Ele amou, acolhendo com Ele acolheu.

4. Do conteúdo – a unidade da fé e da vida“Deus quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade” (1 Tm 2,4). “É preciso, pois, que Cristo seja anunciado a todos os povos e a todos os homens, e que desta forma a Revelação chegue até as extremidades do mundo” (CIC 74).O conteúdo listado, escolhido e planejado para a Escola Vivencial, pode trazer alegria ao coração daqueles que frequentam a Escola, na medida em que estão sustentados por três principais colunas:

Ter fundamento na Palavra de Deus; Ter raízes na vida do povo, na realidade; Fortalecer a unidade fé e vida.

O conteúdo planejado na EV deve contribuir com a formação e informação das verdades da fé cristã, por isso os Documentos Eclesiais são estudados. Também precisa conter a Historicidade, a Metodologia e a Espiritualidade do MCC e deve dar ao cursilhista uma formação integral, capaz de preparar cristãos comprometidos com a causa de Jesus Cristo, empenhados na vivência coerente de verdadeiros discípulos missionários, sendo a “igreja no coração do mundo e mundo no coração da Igreja”.

5. Da Metodologia – satisfação capaz de transformar, pois quanto mais se conhece mais se ama. O MCC é um Movimento de Igreja que, mediante um método próprio, possibilita a vivência e a convivência do fundamental cristão...O método do MCC tem características próprias – O Método do MCC é: querigmático, cristrocêntrico, testemunhal, caminho para conversão, comunitário. Outras características podem ser conferidas no livro “Fundamentos do MCC: Pré-Cursilho e Pós-Cursilho”, item 47 e seguintes.

6. Do conhecimento – satisfação capaz de transformar, pois quanto mais se conhece mais se ama. O conhecimento é marca da alegria que envolve os cursilhistas que participam da Escola Vivencial. Saber tem sabor. É muito bom saber. Estar bem informado, ter competência, ser bem formado. Tudo isso traz segurança, equilíbrio emocional e muita alegria. Mas é importante lembrar que nem todo aquele que tem conhecimento tem sabedoria. O conhecimento adquirido na Escola Vivencial amadurece e ganha sabor de vida se for permeado pela seiva da sabedoria. “Porque o Senhor dá a Sabedoria; da sua boca é

que vem o conhecimento e o entendimento”. “Feliz é a pessoa que acha a sabedoria e que consegue compreender as coisas, pois isso é melhor do que a prata e tem mais valor que o ouro”. (Pv 2:6).Os conteúdos da Escola Vivencial se tornam fonte de sabedoria se os transformamos em vida.

7. Da participação e comunhão – todos são os interlocutores do processo de formação e educação da fé.Completa nossa alegria o fato de sermos mais que espectadores de nossa formação cristã. Somos partícipes, somos interlocutores de nossa própria formação na fé e na tessitura diária da nossa vida cristã. Por isso, na Escola Vivencial, é importante uma metodologia participativa, interativa, na qual cada pessoa é reconhecida, acolhida, e seu talento seja considerado, valorizado e possa multiplicar-se, possa render frutos pessoal e comunitariamente. Na Escola são muitas as funções que permitem abrir um leque de participação. Pode haver responsáveis específicos: pela acolhida; pela preparação do ambiente; pelos cantos de abertura, motivação ou reflexão; pelo cafezinho; pelo cuidado com as crianças; etc. Há ainda os que podem participar de equipes mais permanentes, como os comunicadores, que são os responsáveis pela exposição dos temas planejados para aquele ano ou semestre. A Escola não pode perder de vista que cada um de seus membros deve, conforme o desígnio divino, realizar-se como pessoa em sua vocação humana e realizar-se como cristão vivendo sua vocação batismal, num esforço constante de ser membro ativo da comunidade e dar testemunho do Reino nas realidades do mundo.

8. Da amizade – sinal de fraternidadeA Escola precisa ser aberta, acolhedora, e estar no meio da comunidade estabelecendo vínculos de fraternidade cristã, testemunhando que a boa convivência é fonte de caridade e sinal de vivência da fé professada. Desta forma, a Escola Vivencial vai tomando o perfil de casa de irmãos. ..É preciso perceber os pontos de sombras que fragilizam a Escola e o Movimento agir com criatividade, capaz de permear o ânimo e a alegria das pessoas, que, de boa vontade, direcionam a vida para Cristo, que é obra da graça em primeiro lugar.