Video Descontínuo

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ALUNOS: Giuliane Edene Marques Sampaio - Kellen Christian Corcioli - Rafael Alves Aguiar.

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ALUNOS: Giuliane Edene Marques Sampaio - Kellen Christian Corcioli - Rafael Alves Aguiar.

RELEBRANDO O COMEÇO• A história do videoclipe no Brasil teve início em 1975, no programa Fantástico, da Rede Globo, com o clipe da música "América do Sul", interpretada por Ney Matogrosso.

• Mas foi na década de 90, com o nascimento da MTV Brasil, que a presença do videoclipe proporcionou uma disseminação cultural diversificada tanto de temáticas, como de produção e técnicas de edição.

A PALAVRA “VIDEOCLIPE”• A princípio, o clipe foi chamado simplesmente de número musical. Depois, receberia o nome de “promo”, numa alusão direta à palavra “promocional”. Só a partir dos anos 80, chegaria finalmente o termo videoclipe.

• O sufixo “clipe” significa recorte. Temos então delineada uma primeira característica do videoclipe: a noção de recorte,pinça ou grampo.

A DESCONTINUIDADE

• Partindo da própria origem e significado da palavra videoclipe, podemos dizer que a descontinuidade nada mais é que uma técnica oriunda do próprio videoclipe, já que o mesmo apresenta como característica essa “descontinuidade natural”.

• Essa “descontinuidade natural” foi aproveitada e utilizada como fuga dos estilos e das técnicas de edição já conhecidas na produção de um videoclipe.

A DESCONTINUIDADE• Essa tendência à descontinuidade que vem da própria natureza do videoclipe, hoje é explorada como técnica de edição e produção audiovisual.

• Essa técnica não foi inventada ou idealizada, ela simplesmente nasceu e se desenvolveu conforme a necessidade e busca de algo “novo” na composição de um videoclipe.

• Sendo assim, o “elemento novo” dessa técnica teve como fonte o princípio de composição de um videoclipe, a raiz, a própria forma bruta da matéria-prima. Ou seja, a montagem e seus conseqüentes recortes.

A DESCONTINUIDADE

• Nesses trabalhos, costuma-se ver frenéticas e confusas colagens imagéticas e sonoras, fragmentos de imagens sem seqüência, ou simplesmente uma história sem desfecho, tudo estruturado pela descontinuidade.

• Isso gera conseqüentemente uma certa caoticidade, quebra da narração e da linearidade.

• Neste sentido, a desarmonia existente no clipe pode ser tida como integradora da notável contemporaneidade.

O “ELOGIO DA DESARMONIA”

• Por justamente haver fuga de espaços, intervalos, pausas bruscas ou interrupções inesperadas, a descontinuidade como técnica estimula e desafia constantemente a criatividade de quem produz um videoclipe.

FORÇA CRIATIVA

• Importante ressaltar que a Descontinuidade não é uma técnica isolada, ou seja, ela pode ser mesclada e combinada com outras formas de edição.

• Assim sendo, é totalmente viável se fazer um videoclipe musical com uma animação 3D seguindo uma estrutura de descontinuidade, por exemplo.

SEM RESTRIÇÕES

• Pra determinar o efeito rítmico a imagem na tela não permanece por muito tempo.

• As imagens seguintes e anteriores se articulam expressando justamente um desvio/ ruptura que provoca o estranhamento do telespectador.

• Aspectos como divisão e simultaneidade nas imagens de videoclipes geram a fragmentação da narrativa e do significado.

OS RITMOS NA DESCONTINUIDADE

• A fusão e a sobreposição de imagens acarretam numadissolução das unidades de planos, gerando conflitos de ângulos.

• Mesmo havendo uma descontinuidade no videoclipe, a sua montagem / edição e cortes parte de uma noção conceitual, seja ela oriunda da música, das imagens ou de ambas.

• O que vão torná-las descontínuas é a forma (edição) de como esse conceito irá se sobrepor sobre as imagens e a seqüência delas.

EM RELAÇÃO A EDIÇÃO

EXEMPLOS

EAGLE EYE CHERRY – SAVE TONIGHT

PROPAGANDA DO SONY ERICSSON

CARA VALENTE – MARIA RITA

WALK ON – U2

EVERYTHING – ALANIS MORISSETTE

SPOON - THE UNDERDOG

BEULAH - GENE AUTRY

• No videoclipe descontínuo não se estabelece uma seqüência lógica/contínua de imagens de um plano para outro. Tudo pode sofrer mudanças repentinas, como a indumentária dos intérpretes, o lugar/cenário onde se ambienta a canção, a luz que banha a cena, o suporte material ou apenas um destes.

CONCLUSÃO

• O conjunto de imagens recortadas não segue necessariamente o ritmo musical, não se prendem nem se focam a alguma constante nas cenas ou na música. No entanto, é válido dizer que mesmo sendo descontínuo, o videoclipe tem um eixo conceitual, seja ele visível ou subjetivo.

CONCLUSÃO

• Essa descontinuidade, que gera toda uma instabilidade visual, acompanhada da fácil mobilidade das câmeras e de novas tecnologias audiovisuais vem acelerando ainda mais o processo de cognição do espectador, justamente por impor uma nova experiência do ver em “sintonia” com distorções e recortes no vídeo.

CONCLUSÃO

Esse trabalho teve como embasamento teórico as seguinte fontes:

• O livro “A televisão levada a sério” de Arlindo Machado;

• Estudo acadêmico “Videoclipe, o Elogia da Desarmonia” (retirado do site da Universidade Federal de Pernambuco)

BIBLIOGRAFIA

TRABALHO ACADÊMICO DESENVOLVIDO PARA DISCIPLINA DE TECNOLOGIAS AUDIOVISUAIS, MINISTRADA PELA DOCENTE LUCIANA MIRANDA.