Vida Universitária

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Junho 2009 - Nº 188

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dirigida para alunos da PUC-PR

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Educar ultrapassa os limites de ensinar quando a instituição de en-sino firma o compromisso com a sociedade de formar não apenas pro-fissionais, mas pessoas comprometidas com o exercício da cidadania.

Costumo dizer que o aluno da PUC Paraná, quando termina a sua formação profissional, deixa a universidade levando consigo dois di-plomas: o que lhe confere uma atividade profissional e o de “gente boa”.

Mas, o que é ser gente boa? Ser gente boa é ser cidadão antes de qualquer outra coisa. Os princípios da cidadania estão atrelados ao indivíduo que exerce plenamente seus plenos direitos civis e políticos. Mais do que isso, cidadão também é aquele que leva à comunidade na qual está inserido o conhecimento sobre a cidadania, que o transmite à sociedade, possibilitando que ela seja capaz de reconhecer a sua cidadania. Ser gente boa é também comprometer-se com o bem-estar social.

E os alunos da PUC Paraná são assim. São gente boa em toda a extensão da expressão. São pessoas que fazem a diferença para a sociedade, para o País.

Nós, da PUC Paraná, colaboramos diariamente para a formação destes indivíduos porque antes de sermos uma instituição de ensino, somos cidadãos, formamos uma Universidade Cidadã, que tem seus valores éticos, morais e educacionais cada vez mais fortalecidos.

Boa leitura!

Clemente Ivo Juliatto Reitor

Vida Universitária é uma publicação Mensal da Editora Ruah*, sob licença da Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Registrada sob o nº 01, do livro B, de Pessoas Jurídicas, do 4º Ofício de Registro de Títulos, em 30/12/85 - Curitiba, Paraná

Editor Luís Fernando CarneiroRedação Fernanda JacomettiEditor de Arte Paulo Schiavon Fotos João Borges e Fernando Gustavo Barbosa

PUCPRRua Imaculada Conceição, 1155 - 2º andarPrado Velho - Curitiba - ParanáCaixa Postal 17.315 - CEP: 83.215-901 Fone: (41) 3271-1310 / 3271-1515www.pucpr.br

Tiragem 15.000 exemplares

Editora Ruah*Rua Casemiro JoséMarques de Abreu, 706. Ahú. Cep 82.200-130. Curitiba. Paraná(41) 3018-8805www.editoraruah.com.br

Para anunciar, ligue: (41) 3018-8805

Todos os direitos reservados. Proibida a

reprodução sem autorização prévia e escrita.

Todas as opiniões são de responsabilidades

dos respectivos autores.

EXPEDIENTE

DIPLOMA DE gENTE bOA

SINTONIA

Capa: Eliane AraújoFoto: João Borges

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ÍNDICE

Sua univerSidade

Revele Seu Talento e Coral

Champagnat incentivam os

estudantes mostrar expressar

habilidades

diário

Conheça o dia a dia do

farmacêutico

CaPa

Alunos encontram na

universidade formas de

trabalhar a cidadania

rePortagem

Saiba como funcionam e conheça

a importância dos Comitês de Ética

em Pesquisa

vem aí

Participe da arrecadação de livros

e ajude a incrementar o acervo da

Biblioteca Pública de Bocaiúva do Sul

Prateleira

Veja as indicações de livro, CD e

DVD e as sugestões da Biblioteca

Central para filmes de comédia

FilhoS da PuC

Idealizado por ex-aluno da PUCPR,

o jornal literário Rascunho é

referência no Brasil

Preto no BranCo

Steven Dubner garante: o convívio

com portadores de necessidades

especiais é um presente

eSPorte

Equipe paranaense do CEDE-

PUCPR consegue bons resultados

na etapa São Paulo

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TrajeToAos 13 anos Rogério começou a tra-

balhar na Gazeta Mercantil, onde ficou por oito anos. Em seguida atuou como repór-ter nas redações dos jornais Indústria e Comércio e Jornal do Estado, e como as-sessor de imprensa em campanhas políti-cas para o governo do Estado e prefeitura de Curitiba. Também foi diretor de reda-ção do jornal Primeira Hora e editor-chefe da Gazeta do Povo.

A formação literária foi construída de maneira autodidata, motivada pela paixão pelo tema. Também cursou a graduação e o mestrado em Filosofia, e fez pós-gra-duação na área de jornalismo na Univer-sidad Complutense de Madrid. “A PUCPR foi importante para consolidar o sonho de ser jornalista e por mostrar os caminhos possíveis para a profissão”, explicou.

O jornalista aliou a formação com as experiências profissionais para levar a li-teratura para todos. “Sempre luto para que a literatura faça parte da vida cotidiana das pessoas. Nada mais”. Seu plano para o futuro é manter o jornal Rascunho como uma referência em todo o país, ampliar o número de assinantes e a tiragem, o que não é uma tarefa fácil. Em paralelo, pla-neja implementar novos projetos, como o Paiol Literário que já existe há quatro anos. “Pretendo nos próximos anos criar uma biblioteca itinerante nos bairros ca-rentes de Curitiba”, conta.

A literatura é muitas vezes vista como algo hermético, de difícil acesso. Que tal trabalhar o tema em um jor-

nal? Esta foi a ideia de Rogério Pereira, formado em jornalismo pela PUCPR em 1997. Fundado em 2000, o Jornal Literá-rio Rascunho começou como um caderno mensal de oito páginas encartado no Jor-nal do Estado. Hoje é independente, tem 32 páginas e leitores em todo o país e no exterior. Mas a ideia inicial é a mesma: ser um amplo palco para as discussões literárias.

Para isso, conta com a colaboração de escritores como Affonso Romano de Sant’Anna, Adriana Lisboa e José Cas-tello. O projeto foi além do meio impres-so e hoje tem como suporte a Oficina de Criação Literária Rascunho e o Paiol Literário, que traz mensalmente um gran-de nome da literatura para um bate-papo com o público.

A maior recompensa para Rogério é a oportunidade de viver plenamente de lite-ratura e de tudo o que envolve esta forma de arte. O jornal publica resenhas, entre-vistas, ensaios e textos inéditos. Atinge um público nacional de cerca de 10 mil pessoas além dos leitores da versão on-line do jornal. “O Rascunho é uma refe-rência e meu nome está muito ligado a ele. Somos quase a mesma coisa”, define o jornalista.

FILHOS DA PUC

LITErATUrA

ex-aluno da PuCPr manTém jornal liTerário referênCia no Brasil

PArA TODOS

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Sempre luto para que a literatura faça parte da vida

cotidiana das pessoas. Nada mais.

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PuCdeSign Os alunos Paulo Cesar de Carvalho Junior e Giovana Dias de Souza foram os

ganhadores da 6° edição do prêmio PUCDESIGN 2009, na categoria projeto do produto, com o trabalho Kitchen Club.

Na categoria programação visual o ganhador foi Estevão Lucas Eler Chromiec, com o projeto Tipografia Inspirada na Obra “As senhoritas Davignon” de Pablo Pi-casso.

O evento aconteceu em maio e contou com 112 projetos inscritos. O concurso faz parte das atividades desenvolvidas pelos estudantes do curso de Desenho In-dustrial – habilitação de Projeto do Produto e Programação Visual.

A pesquisa de fatores de risco genético em hanseníase da PUCPR desenvolvida pelo Núcleo de Investigação Molecular Avançada foi contemplada em maio com recursos da Ordem de Malta, instituição milenar ligada à Igreja Católica.

O valor de US$ 20 mil foi concedido por meio do programa MaltaLep, que financia pesquisa em hanseníase em nível global. “O dinheiro vai permitir a continuidade da pesquisa em hanseníase, que já vem sen-do financiada por organizações tais como a OMS, o CNPq, a CAPES e a Fundação Araucária desde 2004”, diz o coordenador geral da pesquisa, Marcelo Távora Mira, professor do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde.

O estudo envolve uma comunidade de

cerca de duas mil pessoas da Colônia do Santo Antônio do Prata, no Pará. “A han-seníase é uma doença infecciosa, causada por uma bactéria e a genética define, pelo menos em parte, quais as pessoas são sus-cetíveis à infecção”, explica Mira.

HistóriaA Ordem de Malta foi criada em 1048

com o objetivo de construir e manter uma igreja, um convento e um hospital em Jeru-salém, que daria abrigo aos peregrinos em visita à Terra Santa. Tornou-se mais tarde uma ordem de cavaleiros que lutaram para defen-der a fé cristã, os doentes, os peregrinos e os territórios conquistados nas Cruzadas. Sua atuação tornou famosa a cruz de oito pontas que caracteriza a ordem até hoje.

Marcelo Távora Mira na comunidadeem que realiza a pesquisa no Pará

ordem de malta FinanCia eStudo SoBre hanSeníaSe

DrOPS

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homenagem do dCe O reitor da PUCPR, Clemente Ivo Juliatto,

recebeu em maio uma homenagem do Dire-tório Central de Estudantes (DCE) durante a reunião do Conselho Universitário (Consun). O secretário do DCE, Guilherme Cassi, entre-gou uma placa alusiva ao Cinquentenário da PUCPR, confeccionada com o símbolo dos Jogos Internos da Universidade.

O DCE promoveu os Jogos Internos da PUCPR 2009 entre os dias 28 de março e 25 de abril. O evento utilizou as instalações esportivas da Universidade e contou com a inscrição de quase 3 mil alunos dos cinco câmpus da PUCPR.

BanCo de ProjetoS

O Banco de Projetos é uma ferra-menta de busca na qual serão dispo-nibilizadas, para todos os usuários do site da PUCPR, pesquisas desenvol-vidas pelos docentes da instituição. Para utilizar basta digitar palavras-chaves no campo correspondente. O lançamento da novidade irá acontecer no dia 23 de junho e faz parte das comemorações dos 50 anos da uni-versidade. Faça o teste no site www.pucpr.br/pesquisa_cientifica/pesqui-sa_projeto

50 anoSNas comemorações de maio pelos 50 anos da PUCPR, a Universidade recebeu a Escola

do Teatro Bolshoi no Brasil. No mês de junho foi realizada, no dia 5, a abertura da exposição de obras de arte do ar-

tista plástico Sergius Erdelyi, no Museu Universitário, que também recebeu o título de Doutor Honoris Causa. No mesmo dia o Centro de Pesquisa e Educação Florestal Stephanie Erdelyi foi inaugurado em Tijucas do Sul com a presença do superintendente do IBAMA no Paraná, José Álvaro Carneiro.

teCPuCPr aBre inSCriçõeS As inscrições para o TECPUCPR estão abertas e podem ser feitas até dia 23 de junho

na secretaria dos cursos técnicos na PUCPR, Câmpus Curitiba, ou pelo site www.pucpr.br/cursos/tecnicos

Os candidatos na modalidade Pós-Médio podem estar cursando ou já ter concluído o Ensino Médio. Os cursos ofertados são: Administração com ênfase em Gestão de Ne-gócios, Administração com ênfase em Secretariado, Agropecuária, Comércio, Comércio Exterior, Contabilidade, Desenvolvimento Web, Design de Moda, Eletrônica com ênfase em Eletrônica Médica, Enfermagem, Informática para Internet, Logística, Mecânica, Me-catrônica, Meio Ambiente, Nutrição e Dietética, Petróleo Gás, Qualidade, Química, Radio-logia com ênfase em Radiodiagnostico, Recursos Humanos e Segurança do Trabalho. Os cursos técnicos tem duração de 3 ou 4 semestres.

médio TécnicoA modalidade Médio Técnico Integrado oferece a formação do ensino médio, requeri-

da pela MEC, com os conhecimentos do técnico. Atualmente é ofertado o Médio Técnico em Administração. A partir de setembro o TECPUC irá oferecer também o Curso Médio Técnico Integrado em Contabilidade.

As provas serão realizadas no dia 27 de junho, às 14h. A prova será composta por 23 questões objetivas, sendo 8 de Língua Portuguesa, 15 de Matemática e Redação em nível de ensino médio. Mais informações pelo telefone (41) 3271-1395 ou pelo e-mail: [email protected].

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Qual o oBjeTivo do TraBalHo realizado na add?

O Brasil tem aproximadamente 30 mi-lhões de portadores de algum tipo de de-ficiência (física, mental, visual ou auditi-va). Em qualquer cidade brasileira 10% a 15% da população é deficiente. A maioria dessas pessoas está escondida em casa, sem motivação e com depressão. Nosso trabalho é mostrar a essas pessoas que, se elas são capazes de praticar esporte, são capazes de fazer qualquer coisa. A partir do momento em que o deficiente começa a se valorizar, ele tem vontade de trabalhar, de namorar, de ter uma vida normal. O esporte é uma ferramenta para acelerar esse processo de reintegração.

na assoCiação exisTe um ProjeTo Que inTegra

PrETO NO brANCO

Só O AMOr

sTeven duBner: o Convívio Com PorTadores de neCessidades esPeCiais é um PresenTe

FAz SENTIDO

A ideia de trabalhar com esportes adaptados surgiu para Steven Dubner naturalmente, assim como acontecem as melhores coi-sas da vida. Ele trabalhava como técnico de uma equipe de bas-quete quando um cadeirante disse que queria jogar. A primeira

reação foi de surpresa, mas o pedido não saiu da sua cabeça. Depois de alguns testes, a cadeira de rodas foi adaptada para que o cadeirante pudesse jogar. “Assim começou meu trabalho com atletas deficientes”, diz. Depois de sete anos nos Estados Unidos trabalhando com esportes adaptados, Steven voltou ao Brasil com diversas inovações. Em 1996 fundou a Associação Desportiva para Deficientes (ADD) para auxiliar e desenvolver os atletas. Atualmente, além do trabalho na ADD, Steven ministra palestras de motivação por todo o Brasil em troca de cadeiras de rodas. A oportunidade das palestras veio da mesma forma que o trabalho com esportes adaptados: por meio de uma sugestão. Em certa ocasião, ele falou sobre o trabalho na ADD em uma escola. O pai de um aluno entrou em contato porque queria que ele fizesse com seus funcionários o mesmo que havia feito com seu filho. O pagamento seria reali-zado em cadeiras de rodas para a Associação. Hoje sua palestra “Não sabendo que era impossível ele foi lá e fez” está entre as 10 melhores do Brasil e abriu a Semana Acadêmica da Escola de Negócios da PUCPR. Steven Dubner cedeu a seguinte entrevista à VIDA UNIVERSITÁRIA.

Por Fernanda Jacometti

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Pessoas sem defiCiênCia Com PorTadores neCessidades esPeCiais. Qual a imPorTânCia desTe ConTaTo?

Acredito que, mais do que os cadei-rantes, os maiores beneficiados com esse projeto são as crianças que não portam nenhuma deficiência. Elas mudam seus valores. É uma transformação inacredi-tável. Esses alunos “normais” não terão, no futuro, nenhuma restrição a empregar “deficientes”, por exemplo. A integração pelo esporte elimina preconceitos e deixa todos em um mesmo patamar. Portanto, além de incluir socialmente esses ca-deirantes e oferecer a eles assistência e acompanhamento nos níveis familiar, so-cial e esportivo, proporcionamos aos ou-tros alunos da escola uma oportunidade de rever conceitos. O impacto é duplo.

Como Cada Cidadão Pode ConTriBuir Para inTegrar os PorTadores de neCessidades esPeCiais na soCiedade?

O primeiro ponto é entender que exis-tem diferenças e que podemos aprender com isso, temos muito a ganhar. Deve-mos nos aproximar e se relacionar com eles para aprender como o outro sente,

como o outro vê o mundo. Isto gera um crescimento interno, é um ganho enorme para qualquer pessoa.

o Que as Pessoas Podem aPrender Com esTe Convívio?

Quando alguém perde a capacidade de se locomover, de enxergar, de ouvir, perde o chão. Demora de um a cinco anos para que ela comece a se reerguer e no momento que isso acontece ela cria outros valores. Valores ligados ao ser, às coisas simples da vida, ela olha mais o interior do que o exterior de cada ser hu-mano. A sensibilidade desta pessoa com relação ao mundo e ao que realmente vale a pena é muito maior. Também po-demos aprender a ter garra. O deficiente não tem muitas oportunidades e quando encontra uma chance de encontrar seu espaço luta por ela e enfrenta qualquer obstáculo para conseguir o objetivo. Eles percebem seus limites e dão muito valor ao que podem fazer. Este é o segredo, devemos aprender e aplicá-lo.

voCê Poderia aPonTar a PrinCiPal difiCuldade Que eles enConTram no ProCesso de inTegração soCial?

A distância mais longa é entre a

cabeça e o coração. É preciso conectar o que pensamos com

o que sentimos e fazer as coisas com

amor. Sem amor nada faz sentido.

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A principal dificuldade é a falta de in-formação sobre como ajudar. As pessoas querem ajudar, o povo brasileiro é mui-to afetuoso, muito caloroso, mas a falta de informação leva as pessoas a tomar atitudes erradas. Um exemplo é o cego: quando vai atravessar a rua acaba fazendo isso cinco vezes porque as pessoas che-gam para ajudar, mas nem sabem como, já chegam atravessando e ele vai de um lado para o outro. O correto é perguntar e fazer como o cego pedir. Mas existe a fal-ta de informação de que o correto é isso. Muitas vezes as pessoas têm receio de que perguntando estarão sendo inconve-nientes e até ofensivas.

Qual a siTuação dos defiCienTes no Brasil?

Nos Estados Unidos, 10 mil pessoas ficam paraplégicas por ano. No Brasil, são 10 mil por mês, 80% por causa de aciden-tes de carro e de armas de fogo. O Brasil é uma fábrica de deficientes e a socieda-de pouco faz para reintegrá-los. Você só sente isso quando tenta andar de cadeira

de rodas, quando venda os olhos e tenta caminhar nas ruas. Você não consegue dar uma volta na quadra com uma cadei-ra de rodas porque não existe calçada ou sinalização adequada para isso. Já viajei o mundo todo e posso dizer que o pior lugar para ser deficiente é no Brasil.

é oBrigaTória a ConTraTação de PorTadores de defiCiênCia em emPresas Com mais de 100 funCionários. esTá medida é um avanço?

Eu acho que se as empresas são obrigadas a contratar deficientes, é pre-ciso fazer um trabalho anterior a isto. É preciso dar acesso aos deficientes. Dar acesso ao transporte, acesso à escola. Os nossos atletas, da ADD, são obrigados a estudar até a faculdade, nós os prepara-mos para a vida. Porém a maior parte não tem isso. A maior parte das escolas não está preparada para receber portadores de deficiência e não são oferecidos cur-sos aos professores. Quando eu cheguei ao Brasil, muitos dos meus atletas traba-

lhavam na rua, não tinham nem segundo grau. Foi uma dificuldade muito grande mostrar a eles que é preciso ter uma pro-fissão. Mas eu consegui. Eles começa-ram a estudar e todos já têm profissão, ganham dinheiro e estão muito bem. O deficiente tem a mesma necessidade e capacidade de comprar o que quer com o dinheiro que ganha, de namorar e de passear como qualquer outra pessoa.

Qual a sua diCa Para Pessoas Que esTão desanimadas e sem enTusiasmo Para a vida?

As pessoas precisam primeiro apren-der a enxergar a vida com os próprios olhos, a ser elas mesmas sem medo de errar ou de não ser aceito. Precisam per-ceber que a felicidade está naquilo que elas já têm e não naquilo que desejam ter. Também precisam aprender que a distância mais longa é entre a cabeça e o coração. É preciso conectar o que pensamos com o que sentimos e fazer as coisas com amor. Sem amor nada faz sentido.

Parando Para PenSar

“Todo mundo tem um objetivo, mas para atingi-lo é necessário percorrer um caminho cheio de dificuldades e situa-ções que muitas vezes desestimulam. As histórias de pessoas que, apesar de ter uma limitação física, conseguiram o que queriam, sensibiliza. Parei para pensar em minha própria vida e que vale agar-rar todas as oportunidades com vontade porque assim chegaremos aonde deseja-mos”, conta Andréia Ribeiro dos Santos, estudante do curso de Administração, sobre a palestra de Steven Dubner que assistiu na Semana Acadêmica da Escola de Negócios.

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ESPOrTE

A equipe paranaense do Clube Esportivo dos Defi-cientes (CEDE-PUCPR) fez bonito na etapa Centro-Sul

do Circuito Brasil Paraolímpico Loterias Caixa 2009, realizado no mês de maio em São Paulo-SP. A competição reuniu mais de 700 atletas espalhados por 70 clubes em disputas no atletismo, halterofilismo e natação.

O destaque da equipe foi a natação, com 13 atletas era a quarta maior dele-gação da modalidade. Foram conquista-das 33 medalhas, sendo 15 de ouro, 9 de prata e 6 de bronze e 8 atletas com índice para o campeonato brasileiro. Dentre as vitórias, destaque para os revezamentos 4x100 medley (ouro) e 4x100 livre (pra-ta) e para os atletas Marco Rissatto e o medalhista paraolímpico Fabiano Macha-do, que conquistaram 6 medalhas cada. Rissatto obteve 4 ouros, 1 prata e 1 bron-ze. Já o experiente Machado conquistou

SUPEr

eQuiPe Paranaense do Cede-PuCPr Consegue Bons resulTados na eTaPa são Paulo

AÇÃO

ParCeria de SuCeSSoCEDE-PUCPR é uma parceria entre o Clube do Deficiente e a PUCPR. Os atletas

têm toda a estrutura da universidade à disposição. Além da pista e campo de atletismo, ginásio e piscina, a parceria possibilita o uso da academia de musculação, clínica de fisioterapia e equipe de nutricionistas. Têm, ainda, supervisão e coordenação de profissionais da PUCPR e apoio dos alunos do curso de Educação Física que fazem estágio no projeto.

A parceria CEDE-PUCPR é muito mais do que esforço físico, superação dos limi-tes, marcas e conquista de medalhas. O esporte volta a inserir os atletas na sociedade e desperta novas iniciativas na vida de cada um.

5 ouros e uma prata. No atletismo a equipe do Paraná levou

apenas 4 atletas que conquistaram 9 me-dalhas, todas de ouro. Destaque para Eri-nelda da Silva que faturou as três provas que participou (100, 200 e 400 metros rasos) e ainda fez índice nas três. O outro índice do atletismo veio no lançamento de disco de Paulo Henkel, que faturou o ouro na classe F54.

Na disputa do halterofilismo, Alexan-dre Corrêa foi o único representante do CEDE-PUCPR e mostrou que sabe. Con-quistou uma prata e o índice para a etapa nacional que acontece em setembro em Fortaleza, onde todos os atletas que obti-veram índice deverão participar.

A etapa de Fortaleza terá importância redobrada para os nadadores do CEDE-PUCPR, pois será seletiva para o Mundial de Natação em Piscina Curta (25 metros), que será realizado em dezembro no Rio de Janeiro.

Paulo Henkel, ganhador do ouro no lançamento de disco, treinando na PUCPR

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SUA UNIVErSIDADE

VALOr à

revele seu TalenTo e Coral CHamPagnaT inCenTivam os esTudanTes a mosTrar sua Cara

MúSICANo último dia 20 aconteceu a final

do VII Revele Seu Talento, concurso promovido pela diretoria de relações internas da PUCPR. A estudante de En-genharia Civil, Camila Isaton, ganhou na categoria Voz; José Carlos Montibel-ler Falavinha, de Direito, foi o primeiro colocado na categoria Instrumento e, na categoria Voz e Instrumento, o ganha-dor foi Gabriel Soares Manita, de Psico-logia. Todos foram premiados com uma bolsa de R$ 1,5 mil.

O objetivo do evento é estimular o aluno a se expressar e valorizar a produ-ção musical dos estudantes da univer-

sidade. Outra forma de incentivo e de desenvolver a cultura nas mais diversas áreas artísticas é o Coral Champagnat. Fundado há mais de 36 anos está, atu-almente, sob a regência da maestrina Rosemeri Paese e é formado por alunos da instituição e cantores profissionais.

Paulo Barato, formado em canto pela Escola de Belas Artes do Paraná (Embap), foi um dos primeiros músi-cos profissionais a fazer parte do Coral Champagnat. Foi convidado a participar do grupo em 1999 e desde então viu a qualidade musical aumentar a cada ano. “Cantores mais experientes são funda-

mentais para puxar as vozes”, explica o atual coordenador do grupo.

Sua história na PUCPR ultrapassa o profissionalismo. É casado com Márcia Barato, copista e arranjadora do coral. Juntos fazem apresentações solo para a comunidade da instituição. “Faço a voz masculina e ela a feminina. Temos mui-ta interação e o trabalho final fica muito bonito”, diz.

CanTo CoralSegundo Paulo, a PUC oferece mui-

tas oportunidades de apresentação e procura divulgar as produções do Coral

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Champagnat. Porém, o canto coral é pouco valorizado na sociedade, apesar de carregar muitas influências culturais e ser um pólo de atração e aproxima-ção das comunidades. “Se prestarmos atenção, o coral está sempre presente em grupos. É fácil encontrar associa-ções de bairro, colégios e igrejas que mantém um coral. É uma forma de inte-gração”, destaca.

No sul do país a presença dos co-rais é ainda mais forte. Foi trazido, nos moldes que conhecemos hoje, pelos europeus, principalmente pelos Italia-nos. Da mesma forma que cada povo se adaptou a cultura local, o canto co-ral foi se desenvolvendo e ganhou con-tornos próprios. “Existe uma liberdade em nosso país que propicia a abertura para várias formas de arte. O canto co-ral deve ser preservado, pois traz uma grande riqueza cultural”, completa.

sem fronTeirasA arte não tem fronteiras, por isso o

Coral Champagnat procura diversificar o repertório com músicas de diferentes países e em vários idiomas. De acordo com o coordenador, por meio das ar-tes é possível perceber o envolvimento de um país com outros, por exemplo. “Esta é a beleza do mundo, é como um jardim com flores de diferentes espé-cies”. Dessa forma a música torna-se um veículo que transporta valores e atitudes.

Outra importante reflexão em relação aos corais é reunião de pessoas com bagagens culturais e vivências distintas por um único objetivo, proporcionando uma troca de experiências que pode ser notada pelos ouvintes. “O canto coral promove integração, partilha, encontro de culturas. Por isso é uma atividade tão importante para a sociedade”.

A aluna do curso de Educação Física da PUCPR, Carolina Brandão Osternack, parti-cipa, desde 2004, do Coro Nova Philarmonia, do Teatro Guaíra. Este ano teve a oportu-nidade de realizar o maior sonho de sua vida: participou, com o coro do qual faz parte, da turnê do tenor Italiano Andrea Bocelli no Rio de Janeiro e em São Paulo.

O convite para cantar com o tenor italiano veio por meio de indicação do produtor de José Carreras. Ele comentou com o produtor de Andrea Bocelli a qualidade do Coro e da Orquestra Sinfônica do Paraná, que tocaram com Carreras o ano passado. “Isto mostra a qualidade do que é produzido no Paraná e quebra o preconceito de que só o que vem de SP e do RJ tem valor. Foi uma grande conquista para o nosso Estado. Além disso, foi minha experiência profissional, como cantora, mais importante. É uma emoção muito grande dividir o palco com um artista que ficou cego muito cedo e lutou para conquistar o respeito que tem hoje”, revela Carolina.

arte do Paraná

Márcia e Paulo, solistas do Coral Champagnat

Isto mostra a qualidade do que é produzido

no Paraná e quebra o preconceito de que só o que vem de SP e do

RJ tem valor.Carolina Osternack participa do Coro Philarmonia, que representou o Paraná na turnê de Andrea Bocelli

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ACADÊMICO

“Para Cada diSCiPlina há umlaBoratório onde PodemoS

vivenCiar a ProFiSSão”

heloiSa Salomão21 anoS, 7º Período

mariângela adriane SeroiSka32 anoS, graduada em 2000

“o melhor ProFiSSional Para orientar SoBre aS CaraCteríStiCaS do mediCamento

é o FarmaCêutiCo”

A possibilidade de proteger e recuperar a saúde da população foi fator decisivo na escolha da profissão para Heloisa. Conforme avançava no curso a estudante foi percebendo que poderia atuar em diversas áreas como farmacêutica e até mesmo desenvolver novos medicamentos, vacinas e cosméticos. Para isso, grande parte das disciplinas é voltada para a Química e a Biologia ligadas à saúde. “As disciplinas são compostas por uma parte teórica e outra prática, assim, para cada uma há um laboratório onde os alunos podem vivenciar a profissão”, contou.

Começou o estágio no Laboratório de Genética Molecular Forense do Instituto de Criminalística do Estado do Paraná há dois anos e agora tenta uma bolsa no PIBIC. Heloisa conside-ra que com o trabalho adquiriu uma boa postura profissional e amadureceu. “É muito válido para o crescimento do estudante como profissional”. Apesar disso, exige do aluno muita dedi-cação para que não ocorram problemas com horários e queda no rendimento acadêmico. Todos os dias depois das aulas ela estuda os conteúdos de sala de aula e não deixa acumular tra-balhos.

Seu planejamento profissional já está traçado. Heloisa pre-tende seguir a área de desenvolvimento de pesquisa em genéti-ca e biologia molecular. “Acredito que minhas futuras pesquisas possam influenciar o modo como vemos determinadas doenças e possibilitar curas”.

Conheça o dia a dia do farmaCêutiCoDIÁrIO

PrOFISSIONAL

Mariângela escolheu a área de farmácia hospitalar. Atualmente é gerente de farmácia nos hospitais da Aliança Saúde (HSC, HUC, HMAM e HNSL). Para a escolha da área de atuação ela levou em conta a possibilidade de aplicar os conhecimentos acumulados e a integração com uma equipe multiprofissional, como médicos, enfermeiros, nutricionistas, entre outros. “Posso contribuir para a qualidade da farmacoterapia adotada nos hospitais e para o aten-dimento prestado ao paciente”.

A formação ampla e multidisciplinar do farmacêutico permite que o profissional atue em diversas áreas: farmácias, laboratórios de análises clínicas e toxicológicas, órgãos públicos (vigilância sanitária), laboratórios de controle de qualidade e controle am-biental, entre outras. Além disso, existem ótimas oportunidades na indústria na parte de desenvolvimento, pesquisa, produção, controle e garantia da qualidade.

Apesar de a profissão ser muito ampla e permitir atuação em diversas áreas, Mariângela conta que uma das maiores dificul-dades é acabar com o preconceito de que farmácia é apenas um depósito de medicamentos e o farmacêutico apenas o balconista. Na realidade, o medicamento é uma substância que exige cuida-dos específicos. “Possibilita muitos efeitos adversos e o melhor profissional para orientar a população e os demais profissionais sobre as características do medicamento é o farmacêutico”, com-pletou.

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aquid

Londrina maringá ToLEdo são josé dos PinHais

visita de

honra

Reitor da PUCPR

Clemente Ivo

Juliatto inaugura

anfiteatro e

Núcleo de

Práticas Jurídicas

alegria

em dobro

Projeto Comunitário

faz parceria

com outras seis

instituições e leva

alegria para a

comunidade

tempo

certo

Nova Estação

Meteorológica

permite medir

aspectos do

clima com

precisão

bom

negócio

Casa do

Empreendedor

auxilia no processo

de elaboração

de projetos

empresariais

Aluno coloca em prática projeto desenvolvido com auxílio de programa da Casa do Empreendedor

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drops

The Sun iS up em maringá e Londrina

O Grupo de Teatro Tanahora realiza a apresentação “The Sun is Up” no dia 26 de junho, no Câmpus Maringá e dia 27 no Câmpus Londrina. Dirigido por Laércio Ruffa, o espetáculo discute a juven-tude e foi composto a partir de improvisos pelos atores durante as oficinas.

Com quase três décadas de atuação, o grupo apresenta pela primeira vez um musical. Os temas como família, sexualidade e política são acompanhados de novos arranjos para os clássicos dos Beatles. “Escolher Beatles é perceber a atualidade de suas composições que ao longo de décadas têm sido interpretadas por vários cantores. Suas músicas são bem-vindas em qualquer mo-mento e qualquer época”, defende o diretor do grupo Tanahora, Laércio Ruffa.

O diretor musical Paulo Kavi preparou os atores na técnica do canto e da interpretação. As coreografias ficaram a cargo da diretora de movimento Mônica Infante e a preparação vocal dos atores foi feita pela fonoaudióloga Cida Stier.

ComemoraçãoCom o espetáculo The Sun is Up o diretor Laércio Ruffa come-

mora 20 anos à frente do Tanahora. Responsável pela profissiona-lização do teatro na PUCPR, nessas duas décadas já conquistou prêmios, participou de festivais no exterior e ajudou a revelar no-mes hoje conhecidos nacionalmente, como o de Licurgo Espínola, ator da TV Globo que descobriu o gosto pela arte nos palcos da Universidade.

Brincadeira de criança O Câmpus Londrina também é lugar de criança brincar. No mês

de maio, alunos dos cursos de Direito, Ciências Contábeis, Enge-nharia de Produção e Sistemas de Informação realizaram 6 horas de atividades educativas, lúdicas e recreativas com aproximadamente 60 alunos da Escola Estadual Profª Kazuco Ohara. Foi uma tarde de muita descontração e alegria, onde em parceria com o SESC, os acadêmicos ensinaram e ajudaram as crianças a construírem seus próprios brinquedos a partir de materiais recicláveis. As crianças fizeram peão, peteca e bolas malabares, que depois levaram para casa. Após as atividades de recreação, as crianças saborearam um lanche servido pelos acadêmicos.

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movimenToS SociaiS“Frente Agrária Gaúcha e Sindicalismo

de trabalhadores rurais“ é o título do livro que o professor e Pró-reitor de Extensão da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Paulo Bassani, lançou em cerimônia reali-zada no Auditório do Câmpus Londrina.

O objetivo do livro é explicar, a partir do sul do Brasil, os movimentos sociais da América do Sul, como surgiram e como fo-ram tutelados nas décadas de 1960 e 1970. O professor foi convidado também para fa-zer o lançamento do livro em novembro na Feira do Livro da Praça da Alfândega, em Porto Alegre, uma das mais importantes do país.

cuLinária SaudáveL

O curso de Nutrição do Câmpus Ma-ringá da PUCPR, em parceria com Insti-tuto Brasileiro para Medicina Preventiva (IBESP), realizou no mês de maio o Cur-so de Nutrição e Culinária Saudável.

O objetivo foi incentivar o preparo e o consumo de uma alimentação saudável, além de motivar a mudança no estilo de vida através da adoção de hábitos ali-mentares corretos e prática de atividade física.

em reviSTaAcaba de ser editado o n° 101 da Revista

Estudos Bíblicos, com o título: “Shekiná: a habitação de Deus no meio do povo”. Estu-dos Bíblicos, publicada pela Editora Vozes, é a revista bíblica mais importante do Bra-sil e tem circulação internacional. O n° 101 foi elaborado por biblistas paranaenses e coordenado por Frei Ildo Perondi, professor da PUCPR no Câmpus Londrina, que faz a apresentação do número. Com 94 páginas, são ao todo nove artigos, dos quais três são de professores da PUCPR - Vicente Artuso, Ildo Perondi e Luiz Alexandre Solani Rossi. A graduanda de Teologia no Câmpus Londrina, Angela Romanin de Carvalho, também parti-cipa com um artigo.

decoração e evenToS

O Câmpus Maringá promoveu no mês de maio o curso de extensão “Decoração, equipamentos e layout em eventos”, minis-trado pela professora Tânia Trevisan, autora de textos publicados em importantes revistas de eventos. Participaram do curso alunos, colaborados e a comunidade externa. Todos receberam certificado com validação de 15 horas aula.

diáLogoS No dia 17 de junho acontecerá no

Câmpus Londrina o quarto momento dos Diálogos mais que pertinentes. O tema que será tratado é: Violência Doméstica – Limite entre agressão e correção. Os debatedores são: Professor Padre José Rafael Solano Duran, mestre e doutor em teologia moral, e a professora Jaqueline Ferreira, mestre em Ciências Sociais. A palestra será realizada no Instituto Catuaí de Ensino Superior (ICES), às 19h15.

viSiTa da Boa mãe

O Núcleo de Pastoral do Campus de São José dos Pinhais promoveu no mês de maio a visita da Boa Mãe aos setores. Foram quatro imagens peregrinas, para que cada setor pu-desse receber esta visita tão especial por duas ou três vezes.

Para o mês de junho, estão programadas pequenas celebrações, também nos setores, em comemoração ao mês de São Marcelino Champagnat.

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o reitor da PUCPR Clemente Ivo Juliatto visitou o Câmpus Londrina nos dias 14 e 15 de maio. Durante sua presença

foram inauguradas as novas instalações do Núcleo de Prática Jurídica e o Auditório II do Câmpus. As duas obras integram o cronogra-ma de investimentos previsto para este ano em Londrina.

O novo auditório tem capacidade para 170 pessoas e ganhou o nome do Papa João Pau-lo II. Também foi homenageado o Arcebispo Emérito de Londrina, Dom Albano Cavalin, que emprestou seu nome para o Auditório I. Dom Albano foi um grande incentivador para que a PUCPR tivesse um Câmpus em Londrina. Durante a inauguração, Irmão Clemente, Dom Albano e o Decano Carlos Augusto Candêo Fontanini relembraram passagens dessa épo-ca, as negociações, reuniões com autoridades locais e as exigências do MEC, até que fosse aprovado o novo Câmpus.

NúCleo de PrátiCas JurídiCasNo dia seguinte, foi a vez de inaugurar as

instalações do novo NPJ. Maiores e mais con-fortáveis, o Núcleo de Prática Jurídica mudou de endereço, ficando ao lado do Fórum e tendo capacidade de expandir seu atendimento. A cerimônia também contou com a presença de várias outras autoridades londrinenses.

Inaugurado em outubro de 2005, o Núcleo de Prática Jurídica do Câmpus Londrina con-ta atualmente com 528 processos finalizados e 496 em andamento. Atua nas áreas Cíveis,

londrina

visita de

reitor da PuCPr iNaugura o aNfiteatro e o Novo NPJ de loNdriNa

honra

com mais ênfase no Direito de Família, Penal e Previdenciário. Durante estes 42 meses, 1.861 atendimentos foram realizados. O NPJ mantém convênio com o 2º Juizado Especial Criminal e atende como defensor dativo nomeado. Tam-bém foi o primeiro da região a se cadastrar no sistema E-proc junto à Justiça Federal, o que significa ter acesso aos processos virtuais e com o acompanhamento via internet, com uma senha conferida ao NPJ.

Durante sua visita, Irmão Clemente refor-çou a importância do modelo de educação seguido pela PUCPR, pautado não só no saber, mas na formação integral do aluno. Ele tam-bém reforçou que considera a relação entre a Universidade e Londrina como um casamento, que deve ser duradouro e dar muitos frutos, com a expansão do Câmpus tanto físico quanto em termos de outros cursos.

Irmão Clemente também fez visitas ao bispo de Londrina, Dom Orlando Brandes, ao prefeito e Câmara de Vereadores, além de en-contros com os alunos e docentes da PUCPR. Antes de Londrina, ele já havia visitado outros Câmpus, em Maringá e Toledo.

inauguração no câmpuS ToLedo

O reitor também inaugurou o Anfi-teatro Dom Anuar, no Câmpus Toledo. O nome é uma homenagem a Dom Anuar Battisti, arcebispo de Maringá, que parti-cipou da fundação do Câmpus Toledo na época em que era bispo da diocese. Dom Anuar também ajudou na consolidação do Câmpus Maringá da PUCPR. Após a inauguração, o reitor proferiu a palestra “Educação e o sentido da vida”.

Reitor visita o Câmpus Londrina e inaugura novo anfiteatro e Núcleo de Práticas Jurídicas

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sair da faculdade com o pro-jeto de uma empresa pronto é o sonho que qualquer pes-soa que deseja empreender

o próprio negócio. Foi o que fez Mariano Stacieski Júnior. Formado no curso de Administração da Escola de Negócios da PUCPR, ele viu no Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) uma oportunidade para re-alizar o projeto que queria implantar.

A disciplina na qual os estudantes recebem suporte para produzir o TCC, chama-se Projeto Empresarial e é um dos programas da Casa do Empreendedor. Nela os alunos são orientados por quatro professores nas áreas de Estratégia, Pro-dução, Gestão de Pessoas e Finanças, e Comunicação e Marketing. “Não foi fácil, mas eu e minha equipe não deixamos nada para a última hora. Isso deu tranquilidade para elaborar o trabalho passo a passo”, conta.

Em junho de 2008, após um ano de pesquisas, o projeto estava pronto e em novembro, antes de completar seis me-ses de vida, já começou a ser colocado em prática. O produto, um site de buscas chamado “Curitiba No Grau” (www.vou-nograu.com.br), ficou pronto em março deste ano e em dois meses e evoluiu con-sideravelmente, segundo Mariano. “O co-meço não é fácil, mas estamos indo bem. Já temos nossos clientes e as visitas ao site só aumentam”.

O diretor da Escola de Negócios, Edu-

são josé dos pinhais

casa de

ProJeto ofereCe suPorte Para a elaboração de ProJetos emPresariais

oportunidadesardo Damião, explica que um dos requisi-tos do curso de Administração é criar um profissional com perfil empreendedor, por isso exigem como TCC o projeto de uma empresa no lugar de monografia. “A dis-ciplina Projeto Empresarial, que faz parte da Casa do Empreendedor, colabora com nossa proposta”.

oPortuNidadesAlém da disciplina que abrange so-

mente o curso de Administração, a Casa do Empreendedor tem outros dois pro-gramas: o Núcleo de Empregabilidade e Oportunidade (NEO) e o Núcleo de Ativi-dades Complementares da Escola de Ne-gócios (Nacen). Estes atendem os quatro cursos da Escola de Negócios.

O NEO oferece preparação ao aluno para o mercado de trabalho e canaliza as

oportunidades de estágio, programas de trainee e vagas efetivas disponíveis nas empresas parceiras. São abordados tópi-cos de como o aluno deve se comportar em entrevistas e no ambiente organizacio-nal.

Em 2008, por exemplo, cerca de 200 alunos conseguiram estágio ou emprego efetivo por meio das oportunidades divul-gadas pelo NEO. Além disso, foram ofer-tados cursos de desenvolvimento pessoal e profissional, preparatório para o estágio profissional, atendimento individualizado, entre outros.

O Nacen é responsável por promover e divulgar atividades complementares, como palestras, projetos de pesquisa, se-minários, entre outros. A Semana Acadê-mica da Escola de Negócios é organizada com auxílio do Núcleo.

caSa do empreendedor

A sede da Casa do Empreen-der está localizada no Câmpus São José dos Pinhais, onde, em 1991, começaram as atividades do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da PUCPR.

Os usuários podem contar com uma sala de aula, salas de reunião, uma biblioteca de projetos empre-sariais e uma videoteca com mais de 63 títulos.

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toledo

de olho no

estação Permite PreCisão de dados além de auxiliar Pesquisadores e Produtores

tempo

no mês de abril foi instala-do no Câmpus Toledo um novo equipamento que vai auxiliar alunos, professo-

res e até mesmo os produtores rurais da região. A Estação Meteorológica permite determinar informações como temperatura média do ar (máxima e mínima), tempe-ratura e umidade do solo, umidade rela-tiva do ar, velocidade e direção do vento, precipitação, pressão atmosférica, entre outros.

O objetivo principal é dar apoio di-dático à disciplina de agrometeorologia que até então conhecia o equipamento por meio de visitas técnicas a empresas e coletava as informações manualmente. A professora responsável pela matéria, Adriana Smanhotto conta que a vantagem é que os alunos poderão ter maior contato com a estação meteorológica e coletar in-formações mais precisas para utilizar nos experimentos. “Será mais fácil para os alunos visualizar como funciona”.

Além disso, as informações coletadas de maior relevância serão disponibilizadas ao periódico da região Jornal do Oeste. Dessa forma a comunidade também será beneficiada com a aquisição do aparelho. “Com informações precisas, o agricultor pode até diminuir a quantidade de defen-sivos. Pode verificar se as condições estão propicias ou não para o aparecimento de fungos, por exemplo”, explica.

Claus Isenberg esta no sétimo período

do curso de Agronomia e desde o primeiro faz estágio onde utiliza os dados coletados por uma estação meteorológica. “No mer-cado de trabalho é necessário saber utilizar estes dados”, diz. Segundo ele a estação irá ajudar a determinar as condições cli-máticas para o cultivo de determinado tipo de semente de uma cultura, por exemplo. Assim, pode ajudar o produtor a conhecer a situação meteorológica da região auxi-liando no processo produtivo.

temPo e agriCulturaO bom desenvolvimento das culturas

depende, em grande parte, da temperatura e da quantidade de chuvas. A falta de água, assim como o excesso, pode acarretar em baixa produtividade. No Paraná a estiagem que atingiu o sul do país diminuiu em 6,6% a safra de grãos de 2009 comparada com a safra de 2008, segundo a Compa-nhia Nacional do Abastecimento (Conab). Somente a lavoura de milho teve queda de 27,6% na produção, de 9,7 milhões de toneladas colhidas em 2008 passou para 7,02. A forte seca também afetou a cultura de soja. A produção caiu em 5,6% em re-lação a safra passada.

como funcionaA Estação Meteorológica é composta de duas partes: os sensores que ficam em am-

biente externo e captam os dados, e o console que fica em ambiente interno ligado a um computador. Ele é responsável por registrar e transmitir as informações para um programa de computador que faz a leitura dos dados. A atualização é realizada de 30 em 30 minutos.

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o Projeto Comunitário do Câmpus Maringá ganhou seis novos parceiros no primeiro semestre desde

ano, totalizando, com as outras três exis-tentes, nove parcerias. Agora os alunos podem optar por uma das 134 atividades distribuídas durante a semana, no sábado e no domingo, em instituições que aten-dem idosos, crianças, adolescentes, entre outros.

Desde o início, em 2006, 125 alunos tiveram a oportunidade de vivenciar a dis-ciplina Projeto Comunitário. A importância está em conhecer novas realidades sociais que geram aprendizagem para a vida do acadêmico. A aluna Samara Pereira, es-tudante do curso de Nutrição, cumpriu a carga horária de 36 horas da atividade no Asilo São Vicente de Paulo e aprendeu que para lidar com o outro é necessário considerar que somos diferentes uns dos outros em todos sentidos como cultural, emocional e religioso.

A convivência com vários tipos de pes-soas lhe deu suporte para trabalhar com as diferenças, se colocar no mundo do outro. A estudante percebeu que, desta forma, é mais fácil conquistar a confiança e enten-der cada indivíduo. “Entendi que quando trabalhamos com pessoas é necessário ponderar que cada um carrega uma carga cultural advinda do meio no qual vive e da criação que recebeu”, disse.

Os parceiros também são grandes be-

maringÁ

dupla

ProJeto ComuNitário da PuCPr gaNha ParCeria Com seis Novas iNstituições

do bem

neficiados com o projeto comunitário. O Centro Social Marista recebe estudantes da PUCPR que auxiliam nas atividades em diversas áreas como nutrição, direito e filosofia. O contato dos alunos do centro social com os acadêmicos da PUCPR con-tribui para o crescimento, é uma rica troca de experiências e contribui na formação de valores como ética e cidadania.

Renata Wolf, responsável pelo projeto comunitário em Maringá, coloca que a missão da universidade de formar além de bons profissionais, pessoas responsáveis socialmente ajuda o trabalho e a compre-ensão das atividades desenvolvidas nas instituições pelos alunos da PUCPR. “O Projeto Comunitário é uma proposta edu-cativa que visa possibilitar aprendizados significativos, tendo por foco a formação integral de cidadãos com nível mais apu-

parceiroSAs instituições que têm parceria com

o Projeto Comunitário do Câmpus Maringá da PUCPR são: Rede Feminina de Comba-te ao Câncer, Centro Social Marista, Asilo São Vicente de Paulo, Hospital Santa Casa de Misericórdia, Casa Maternal “Vó Titã”, S.O.S – Serviço de Obra Social, Hospital Municipal de Maringá, Creche Menino Jesus - Associação Cultural e Educação Infantil Menino Jesus e Apae de Maringá. Alunos dos seis cursos ofertados pela PUCPR em Maringá, Administração, Di-reito, Enfermagem, Filosofia, Nutrição e Turismo, podem participar das atividades comunitárias.

rado de consciência sobre os seus valores pessoais, a realidade que os cerca e o seu efetivo papel nela”, explicou.

Atividade realizada pelos alunos do Projeto Comunitário no Asilo São Vicente de Paulo

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CAPA

de Direito Criminal. A maior parte dos ca-sos que atende é de pessoas que não têm condições de pagar um advogado ou são abandonados pela família. Oferece, assim, a possibilidade de defesa a todo o cidadão, direito previsto na Constituição Federal.

O NPJ é nomeado pelo juiz quando não há defensor público disponível. Os alunos que atuam no Núcleo fazem a defesa, com orientação do professor, o que lhes dá a oportunidade de crescer profissionalmen-te e exercer a cidadania. “Procuro estudar muito cada caso, questionar quando tenho dúvidas, fazer tudo bem feito, porque sei que posso mudar a vida de alguém com meu trabalho. É uma grande responsabili-dade”, conta.

Luna está no 6° período do curso e começou o estágio não obrigatório em fe-vereiro deste ano. Ainda terá que encarar o estágio obrigatório pela grade curricular do curso, também no NPJ, mas isso não a assusta. “Assim tenho a oportunidade de aprender mais. A prática é essencial para minha formação e é uma experiência que vou guardar para o resto da vida”. Durante este período, ela terá contato com todas as especialidades atendidas no núcleo: além de Direito Criminal, Previdenciário, Cível e Família. Em todas as áreas de assistência jurídica os atendimentos são gratuitos.

CapaCitação voluntáriaNas clínicas da PUCPR os atendimentos

são realizados por alunos com orientação

Débora Ferreira Martins es-tuda Pedagogia, Luna Alves de Souza, Direito, Elianai Regiane Lemos e Rafaela

Roman, Psicologia. Elas não se conhecem, mas têm algo em comum: encontraram uma forma de contribuir para a construção de um mundo melhor.

Débora sempre quis contribuir para o desenvolvimento da comunidade em que vive e encontrou uma maneira de tornar isso possível. Trabalha como educadora de crianças e adolescentes, entre 9 e 13 anos, no Serviço de Apoio Sócio-Educati-vo - SASE do Proação de Tijucas do Sul, desenvolvido pela PUCPR. Este serviço im-plementa projetos que fortalecem a cons-trução da identidade individual e coletiva, promovem a construção de conhecimento de forma significativa, contribui para o de-senvolvimento integral das crianças e ado-lescentes atendidos, dentre outros.

De acordo com Débora, esta é uma for-ma de dar suporte para que os direitos das crianças e dos adolescentes sejam respeita-dos. “São crianças que precisam de apoio, de carinho, de orientação. Alguns têm histórico de trabalho infantil e procuramos resguardar seus direitos”, diz. No SASE são realizados encontros e oficinas de inclusão digital, temas relativos à cidadania, meio ambiente, valores humanos, cultura da paz, entre outros.

Ela destaca que a maior recompensa é ver o reflexo de todo o trabalho na vida dos

SOLIDARIEDADE SEM

atividades que ajudam o próximo enriqueCem a alma e agregam ConheCimento

FRONTEIRAS

educandos. As crianças e os adolescentes desenvolvem habilidades de reflexão e de participação da sociedade. Eles tornam-se mais conscientes e críticos.

O Serviço de Apoio Socioeducativo – SASE também é desenvolvido em outras três unidades do Proação sediados nos mu-nicípios de Fazenda Rio Grande, Guaraque-çaba, e São José dos Pinhais.

exerCer o direitoA defesa de direitos também foi a forma

encontrada por Luna para ajudar a quem precisa. Ela faz estágio no Núcleo de Prá-ticas Jurídicas da PUCPR (NPJ) na área

Quando existe o contato com outra realidade, você multiplica o seu

conhecimento”

Elianai Regiane Lemos, aluna do 9° período do curso de Psicologia

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dos professores. Formada em Psicologia em julho de 2008, Rafaela Roman de Faria atuou durante dois anos e meio no Núcleo de Prática em Psicologia e adquiriu expe-riência na área de orientação profissional, sua grande paixão. Ela fazia estágio remu-nerado em outro local, até que surgiu uma vaga para estagiário voluntário no núcleo da PUCPR para trabalhar com orientação profissional. Participou do processo de se-leção, foi chamada e imediatamente trocou de estágio.

Seus principais clientes eram vestibu-landos que chegavam com muitas dúvidas, incertezas, ansiedade e durante o proces-so amadureciam. “Na maioria das vezes, quando finalizavam a orientação, eles rea-lizavam a escolha”, disse. Ela diz que foi muito importante perceber esta mudança e ver que com o seu trabalho e com os seus conhecimentos realmente ajudou alguém. “Isso me deu, acima de tudo, confiança”.

Rafaela conta que teve a oportunidade de fazer a articulação com três pilares fun-damentais para sua formação: o ensino, a pesquisa e a extensão. Além de aplicar o que estudava em sala de aula, participou de duas pesquisas e, com base nos dados obtidos está escrevendo um artigo que será

apresentado em um congresso de Psicolo-gia. “Pude ter a experiência prática em um ambiente protegido, com a orientação dos professores”, acrescenta.

ofiCina do bemElianai Regiane Lemos, aluna do 9° pe-

ríodo do curso de Psicologia, encontrou na disciplina Projeto Comunitário, obrigatória a todos os alunos da PUCPR, uma chance de ajudar a comunidade com sua forma-ção. Junto com outros alunos, realizou uma oficina sobre relação no trabalho em uma cooperativa de artesãos de Guaraqueçaba como atividade do Projeto Comunitário. A ação foi tão bem sucedida que os partici-pantes solicitaram uma nova oficina, desta vez aberta à toda comunidade.

Para Elianai, o convite foi a confirma-ção de que a primeira oficina realmente fez sentido e deu resultados. Por isso, mesmo sem fazer parte do Projeto Comunitário, ela preparou e ministrou, com o auxílio de uma professora, a segunda oficina. Nesta visita percebeu mudanças na organização dos cooperados, que passaram a se relacionar melhor, a padronizar o preço de produtos, a trocar experiências, a interagir e a atuar como um grupo. “Nós levamos os conhe-

AUTONOMIAacompanhamento do núcleo de psicologia auxilia a comunidade

UNIVERSIDADE CIDADÃAlém do Núcleo de Prática em Psi-

cologia, os alunos da PUCPR e a comu-nidade contam com Clínica de Fisio-terapia, Nutrição e Odontologia. Todas atendem o público interno e externo à universidade. Os valores são reduzidos em relação aos praticados pelo mercado. O objetivo destes serviços é oferecer aos alunos o aprendizado prático e à comu-nidade tratamentos acessíveis e de alta qualidade.

No Projeto Comunitário o objetivo é aproximar os acadêmicos da realidade social, possibilitando a participação em ações que contribuem para o desenvol-vimento de comunidades, com a forma-ção de profissionais competentes e de cidadãos solidários.

A PUCPR também desenvolve o ProAção. O programa é um núcleo de ação diversificada nas áreas de desen-volvimento, educação, meio ambiente, saneamento e saúde, com a atuação de professores, pesquisadores e alunos da PUCPR. Os estudantes, ao mesmo tem-po em que têm oportunidades de estágio e extensão comunitária, exercitam a ci-dadania, a ética e a solidariedade. Cinco cidades são atendidas pelo programa: São José dos Pinhais, Tijucas do Sul, Fazenda Rio Grande, Guaraqueçaba e Paranaguá.

cimentos e de uma forma maravilhosa eles os adaptaram para o cotidiano”.

Além de ensinar, Elianai conta que aprendeu muito com a experiência. Pre-cisou estudar os temas, de que forma iria abordá-los durante a oficina e a troca com os moradores acrescentou valores em sua vida. “Quando existe o contato com outra realidade, você multiplica o seu conheci-mento”. Hoje a experiência é uma referên-cia para ela, já que foi seu primeiro e único contato profissional com a área de Psicolo-gia Organizacional.

Osmarina Pereira Michels é cliente an-tiga do Núcleo de Psicologia da PUCPR. Há 11 anos leva sua filha que recebe apoio psi-copedagógico pelos profissionais e alunos que atuam no Núcleo. A indicação veio de funcionários da Rua da Cidadania, e agora é ela quem indica o núcleo para quem preci-sa. “Minha filha tem dificuldade de aprendi-zado, mas o acompanhamento desde cedo a ajudou a se desenvolver bem”, contou.

Hoje, com 17 anos, sua filha estuda em um colégio especial e está terminando o Ensino Médio pelo programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA). “Estão tentando

colocá-la no mercado de trabalho para que ela adquira um pouco mais de autonomia”, disse.

Osmarina também aproveitou a oportu-nidade para fazer um tratamento no Núcleo. Durante dois anos fez terapia e garante que agora está mais tranquila para resolver os problemas, controla melhor as emoções e compreende com clareza o que acontece em sua vida. “O atendimento é muito bom, eles são carinhosos. Mesmo em dias que eu não tenho atendimento passo no núcleo para conversar com as secretárias e as pro-fessoras”.

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CAPA

seguiu bolsa parcial para 10 alunos do grupo de dança do Patronato no Studio Corpo Livre.

força para CresCerPara as crianças e adolescentes, par-

ticipar do grupo significa mais do que aprender a dançar, é uma forma de elevar a auto-estima, melhorar a disciplina, a consciência corporal, e criar uma identi-dade com a formação de um grupo unido. “A dança integra, socializa, descontrai, desinibe e proporciona autoconhecimen-to. Isso me impulsiona a querer mais”, explica Eliane.

O gestor do ProAção de São José dos

Que tal ajudar outras pes-soas com aquilo que você mais gosta de fazer? Elia-ne Araújo uniu as duas

coisas e há cinco anos dá um novo colori-do na vida de crianças e adolescentes do Patronato Santo Antonio, onde é realizado o ProAção em São José dos Pinhais.

Apaixonada por dança desde a ado-lescência, ela sempre quis realizar um trabalho voluntário que envolvesse a atividade e encontrou no Projeto Comu-nitário da PUCPR uma oportunidade para colocar seus planos em ação. Quando estudava Medicina Veterinária, ela pro-pôs dar aulas da dança como parte do

DO DESENvOLvIMENTOex-aluna levou o projeto Comunitário para frente e atua há CinCo anos Com dança

OFICINA

projeto comunitário e decidiu ligar para instituições credenciadas para analisar se havia interesse. Entrou em contato com o Patronato e a aceitação foi imediata.

Foram muitas conquistas durante a caminhada. Além do espetáculo de fim de ano que o grupo apresenta aos pais e à comunidade, sempre procuram levar as peças para outros locais. Em 2005 parti-ciparam do festival de dança do Colégio Bom Jesus, em 2006 se apresentaram no Teatro Positivo. Em 2007 o grupo dançou, com o Studio Corpo Livre, o espetáculo “O Lago dos Cisnes” no Teatro Guaíra e no ano passado realizou apresentação na Universidade Tuiuti. Eliane também con-

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Pinhais, Euclides Nora, conta que muitos jovens que passaram pelo Patronato hoje estão na universidade. “Os alunos são estimulados a seguir em frente na cami-nhada e percebem que têm capacidade de aprender, crescer e melhorar em to-das as áreas”, diz. A dança significa um espaço onde os alunos recebem atenção e carinho exclusivos e isso altera posi-tivamente o comportamento. Eles não precisam tomar atitudes rebeldes, pois já pertencem a um grupo no qual são aco-lhidos.

Para Eliane é uma satisfação sem ta-manho acompanhar a evolução de seus alunos, tanto em relação à técnica da dança quanto ao crescimento pessoal. “Aprendo muito com a batalha deles. Lu-tam pela oportunidade, pois sabem que

dificilmente a teriam fora do nosso grupo de dança. É um exemplo ver a garra e a força de vontade”, revela.

reConheCimentoO reconhecimento vem principal-

mente dos pais dos alunos que percebem um crescente interesse pelos estudos, aquisição de maior responsabilidade, entre outras mudanças de comporta-mento. Em uma das apresentações de fim de ano, o pai de uma aluna contou a Eliane que nunca havia assistido a um espetáculo de dança e estava muito feliz em ver a filha feliz e dançando. “Minha maior recompensa é poder proporcionar aos alunos o prazer de se conhecerem dançando, de sonhar, se divertir e ter contato com uma forma de arte que an-

tes não tinham”, acrescenta.Colaborar com o desenvolvimento

de uma comunidade é, de acordo com a diretora do curso de Serviço Social da PUCPR, Maria Izabel, uma forma de não aceitar as desigualdades sociais exis-tentes e dar ferramentas para que todos possam crescer. Assim, participam do coletivo e tornam-se agentes de trans-formação. “Em geral as pessoas estão voltadas para o individual com o objeti-vo de garantir a própria sobrevivência. O mundo é competitivo. Para garantir uma boa colocação no mercado de trabalho é preciso competir com outros profis-sionais e quando a pessoa atua em uma atividade voluntária volta-se para o co-letivo e se afasta da idéia da competi-ção”, explica.

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de submissão e gerenciamento de proje-tos de pesquisas informatizados e via in-ternet. A CONEP, com o objetivo de padro-nizar e ter maior controle sobre os comitês de todo o Brasil, está desenvolvendo uma plataforma com um sistema semelhante ao já utilizado pela PUCPR.

Do grupo de oito membros de uma equipe de trabalho, criado na própria CO-NEP para desenvolver a plataforma, dois são da PUCPR, o próprio Prof. Sergio Su-rugi de Siqueira e o profissional de tecno-logia da informação René Gabriel Faustino Júnior. “Todas as mudanças visam cola-borar com os pesquisadores, facilitando o trâmite burocrático. A padronização tam-bém irá auxiliar os CEP que demonstram dificuldades”, explicou Siqueira.

O conceito de ética em pes-quisa surgiu inicialmente nas áreas de saúde. Hoje abrange todas as áreas do

conhecimento que envolvem o Ser Huma-no. Desde projetos de pesquisa que ne-cessitam de testes para identificar a eficá-cia de um novo medicamento até aqueles que exigem a aplicação de questionários de pesquisa de opinião. Para garantir que os indivíduos que participam de estudos sejam respeitados foram criados os Comi-tês de Ética em Pesquisa (CEP).

Cada instituição deve ter ou se sub-meter a um comitê credenciado pela Comissão Nacional de Ética em Pes-quisa (CONEP). Ao todo, no Brasil, são aproximadamente 600 CEP que seguem os critérios estabelecidos pela resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde. Entre as normas exigidas, o coordenador do CEP da PUCPR, Prof. Dr. Sergio Surugi de Siqueira, destaca duas como essen-ciais: a não maleficência da investigação e que os riscos da participação do indivíduo sejam menores do que o benefício previs-to na pesquisa.

No Comitê de Ética da PUCPR são sub-metidos, aproximadamente, mil projetos de pesquisa por ano, sendo que a maior parte é produzida na própria universidade. Entre eles estão trabalhos de conclusão de curso de graduação e especialização, dissertação de mestrado e teses de dou-torado.

REPORTAgEM

RESPEITO AO

saiba Como funCionam e Conheça a importânCia dos Comitês de ÉtiCa em pesquisa

SER huMANOimportânCiaAs mais respeitadas revistas científicas

exigem, para a publicação, que a pesquisa tenha sido aprovada por um comitê. Além disso, quando um CEP aprova um projeto ele passa a ser corresponsável, junto com o pesquisador, em relação a tudo o que pode acontecer com o sujeito no estu-do. Desta forma podem ser submetidas ao Comitê somente pesquisas ainda não iniciadas.

De acordo com Siqueira desde que os Comitês foram criados houve uma melho-ria muito grande na qualidade ética das pesquisas. “Hoje o pesquisador tem que explicar para quem participa de um estudo todas as condições de sua participação. Os riscos, o tempo de duração, os proce-dimentos que serão realizados. Tudo em linguagem acessível ao leigo. O indivíduo não é mais considerado um objeto e sim um sujeito de pesquisa esclarecido”, ex-plicou.

Para a maior parte dos projetos de pes-quisa, basta a aprovação de um CEP cre-denciado. Apenas nos casos de a pesqui-sa se enquadrar nas chamadas temáticas especiais, como manipulação genética, ou ser realizada com colaboração inter-nacional torna-se necessária, também, a aprovação da CONEP.

Comitê da puCprO CEP da PUCPR se diferencia por ser

o primeiro do Brasil a adotar um sistema

Hoje o pesquisador tem que explicar para quem se submete a algum estudo todas as condições da sua

participação. O indivíduo não é mais considerado

um objeto e sim um sujeito de pesquisa

esclarecido.

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Recentemente o CEP da PUC-PR teve aprovado pelo Conselho Universitário (CONSUN) uma mo-dificação do seu regimento inter-no e em seguida foi eleita como coordenadora adjunta do comitê a professora doutora Márcia Regina Cubas, do curso de enfermagem, em substituição ao professor Mar-cio José Kerkoski, do curso de Educação Física. O CEP PUCPR é constituído por membros que representam os centros da PUCPR, os colaboradores, os hospitais da Aliança Saúde e principalmente um membro externo, não vincu-lado à PUCPR, que representa os sujeitos de pesquisa.

Pesquisas que envolvem animais também precisam ser aprovadas por um Comitê de Ética com critérios específicos. Assim como em pesquisas que envolvem seres humanos, revistas científicas sérias não aceitam pesquisas que não tenham sido aprovados por um comitê.

A grande dificuldade dos Comitês de Ética no Uso de Animais (CEUA) é que não existe uma legislação nacional para a padronização. A coordenadora do comitê da PUCPR, Gracinda Oliveira, diz que para determinar os critérios utilizam a legislação vigente estadual, de proteção animal e legislações de outros países. “Fazemos reuniões com os comitês de todo o Brasil para que nossos critérios estejam de acordo uns com os outros”, conta.

Além de ser responsável por deliberar projetos de pesquisa, passam pela aprovação do CEUA aulas práticas e atividades de extensão que utilizam animais. É especificado como deve ser a mani-pulação do animal antes, durante e após o experimento. O mesmo animal não pode ser submetido a mais de um teste, por exemplo, e só é permitido que ele sofra dor em situações muito bem justificadas, como em uma pesquisa de um novo analgésico.

O comitê é composto com uma equipe multidisciplinar que abrange profissionais de áreas como teologia, medicina, fisioterapia, agronomia, psicologia, entre outros. Também contam com um membro externo à PUCPR, ligado a uma ONG de proteção animal, para tornar o processo imparcial.

COMITê DE ÉTICA ANIMAlNOVA COORDENADORA ADjUNTA

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CONFIRA A PROGRAMAÇÃO COMPLETA NO PORTAL WWW.PUCPR.BRvEM AÍ

vESTIbuLAR DE INvERNO 2009As inscrições para o Vestibular de Inverno 2009 da PUCPR estão abertas e podem ser feitas até o dia 12 de junho via internet. Entre os dias 13 e 18 de junho, das 8h às 21h, e no dia 19 de junho, das 8h às 15h, as inscrições podem ser feitas no SIGA de cada Câmpus, com exceção de São José dos Pinhais. A Instituição oferece um total de 2 mil vagas disponíveis para o 2º semestre de 2009 nos Câmpus de Curitiba, São José dos Pinhais e Londrina. Para o primeiro semestre de 2010 nos Câmpus de Londrina, Toledo e Maringá. Confira as opções de curso e faça sua inscrição no site www.vestibular.pucpr.br

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CAMPEONATO DE ESCALADAO Campeonato Paranaense de Escalada – Etapa Sulpar de Escalada Esportiva será realizado no dia 14 de junho a partir das 8h, no Câmpus Curitiba da PUCPR, instituição patrocinadora do evento juntamente com a Concessionária Toyota Sulpar. As inscrições podem ser feitas até o dia 11 de junho e o custo é R$ 25,00. Os interessados devem ser inscrever pessoalmente na Academia Via Ventura ou por email: [email protected].

INgLêS INSTRuMENTAL PARA INFORMáTICA Começa no dia 20 de junho o curso de Inglês Instrumental para a área de Informática. O objetivo é desenvolver a habilidade de leitura de textos no idioma na área de informática, utilizando estratégias do ensino instrumental. O material está incluído no valor do curso e os alunos receberão o livro no primeiro dia de aula. As inscrições estão abertas até o dia 16 de junho. Mais informações no site www.pucpr.br/cursos/extensao

TESTE TOEIC Estão abertas na PUCPR as inscrições para o TOEIC (Test of English for International Communication). O exame avalia e certifica o conhecimento e a proficiência da língua inglesa e, atualmente, é exigido por cerca de oito mil organizações em 90 países. As inscrições para a última turma podem ser feitas até dia 24 de junho. Mais informações e inscrição no site www.pucpr.br/ensino/intercambio/toeic

CuRSOS DE ExTENSãO DO TECPuCPRO TECPUCPR está com inscrições abertas para os cursos de extensão. A data de inscrição varia conforme o curso. Para Mercado de Ações às inscrições estão abertas até o dia 16 de julho. Confira os cursos ofertados e a data de inscrição de cada um no site www.pucpr.br/cursos/tecnicos/eventos_tecnicos

ARRECADAçãO DE LIvROSO Núcleo de Projetos Comunitários da PUCPR, em parceria com a ONG Gente de Bem, promove campanha de arrecadação de livros de literatura infantil, enciclopédias, mapas, apostilas, gibis, DVD, revistas e jogos. A ação faz parte do projeto “Amigos da Biblioteca” e tem o objetivo de criar um acervo público em Bocaiúva do Sul. As doações podem ser feitas até o dia 11 de julho, no Núcleo de Projetos Comunitários (ao lado do Siga), das 08h00 às 21h00, no Câmpus Curitiba. No Câmpus São José dos Pinhais recebem as doações no Núcleo de Pastoral (Sala 10) das 08h00 às 20h00.

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REgISTROS

palestra Como presidente da sbgC

O Grupo Produtrônica, que reúne os cursos de graduação de Engenharia de Produção e Engenharia Mecatrôni-ca e o programa de pós-graduação em Engenharia de Produção e Sistemas da PUCPR, promoveu palestra com o presidente da Sociedade Brasileira de Gestão do Conhecimento (SBGC), Heitor José Pereira. A palestra abordou os temas “Gestão do Conhecimento no Brasil” e “Projeto Agenda Brasil de Conhecimento da SBGC”.

judiCiário brasileiroe foro privilegiado

Alunos da graduação e do Mestrado em Direito da PUCPR, sob a coordena-ção do Instituto Brasileiro de Adminis-tração do Sistema Judiciário (Ibrajus) e financiamento da Associação Paranaen-se dos Juízes Federais (Apajufe), reali-zaram uma pesquisa com o tema: “Foro Privilegiado e Ação Penal Originária” o que garante a determinadas autoridades responder ações penais originárias em segunda instância ou no STJ ou STF.

Entre as conclusões do estudo con-sideradas graves pelo presidente do Ibrajus e professor da PUCPR, Valdimir Passos de Freitas (foto), está a falta de regras que envolvem os processos de foro privilegiado. “Não existem regras para investigação de foro privilegiado. Elas são feitas de acordo com cada re-gião”, explica.

Prefeitos somam o maior número de processos nos Tribunais de Justiça em todo o País. “Antigamente, os casos eram poucos. Mas atualmente, crescem a cada ano, só que não existem esta-tísticas oficiais sobre o assunto. Com isto, existem dificuldades de apuração. O que prejudica medidas efetivas sobre estes casos”, conta.

prêmio expoCom sul

O Curso de Comunicação Social – Jornalismo da PUCPR teve dois projetos vencedores na etapa final do Expocom Sul 2009. O site laboratório CuritibaAgora venceu como melhor site jornalístico laboratorial do Sul e a revista Corpo da Matéria, também do curso de Jornalismo da PUCPR, venceu como melhor revista-labo-ratório impressa. O Expocom é uma exposição e um prêmio destinado aos melhores trabalhos experimentais ex-clusivamente produzidos por alunos de graduação no âmbito dos cursos de Comunicação Social e suas habi-litações.

Casa nova

A Clínica de Nutrição e o Núcleo de Prática em Psicologia mudaram de endereço para melhor atender a co-munidade. A nova sede está localizada na Rua Rockefeller, 1311, e oferece estacionamento com entrada pela Rua Piquiri. Informações: Nutrição 3271-1590 / 3271- 2428 - Psicologia 3271-1663 / 3271-1591

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turismo religiosoe sustentável

puCpr firma parCeria Com the ohio state university

A PUCPR firmou acordo de coopera-ção com The Ohio State University, ins-tituição de ensino superior americana. A negociação aconteceu com a visita do representante da Universidade, Ro-drigo Lass, que foi recebido pelo diretor de Relações Externas da PUCPR, Álvaro Amarante, e pelo decano do Centro de Ciências Agrárias e Ambientais (CCAA), Sylvio Pellico.

A cooperação deverá ser iniciada com a participação da PUCPR no The Ohio International Intern Program. Neste programa, acadêmicos da PUCPR po-derão realizar estágios supervisionados pelas duas universidades em empresas americanas do setor agrário e alimentar, com duração de até 12 meses. Na pro-gramação, o aluno participante também terá a opção de cursar um trimestre de estudos na Universidade de Ohio.

Esta possibilidade de intercâmbio será estendida aos alunos de Agrono-mia, Engenharia Florestal, Biotecnolo-gia, Medicina Veterinária e Engenharia de Alimentos. A cooperação deve iniciar já para a seleção de intercambistas para o 1º semestre de 2010 e os pré-requi-sitos para participação são os mesmos do Intercâmbio regular da PUCPR.

A PUCPR, Pastoral e Editora Cham-pagnat promoveram no mês de junho o IV Congresso Internacional de Turis-mo Religioso e Sustentável. O lema do evento é orientar para a acolhida reli-giosa de qualidade ética, visando um futuro melhor para as novas gerações. Os objetivos são refletir sobre o Turis-mo Religioso como forma de catequese para despertar a consciência religiosa e sustentável da sociedade; apresentar o Turismo Religioso como recurso do Ser Humano para melhoria da qualidade de vida, abordar os aspectos correlatos dos diferentes atrativos religiosos, cul-turais, gastronômicos e da economia, que formam as bases da atração do fluxo de turistas para as comunidades; demonstrar a possibilidade de dispo-nibilização dos atrativos, estruturas e recursos locais para atrair grupos de turistas religiosos; despertar valores humanos como ferramenta para com-bater a fome, a violência, a pobreza e a discriminação social.

puCpr investe em equipamentos de teleComuniCações

A PUCPR disponibilizou em abril o Laboratório NGN (Next  Generation Networks) aos alunos da Universidade. O novo laboratório conta com equipa-mentos de última geração, que possi-bilitam ao aluno maior conhecimento técnico na área, tornando-se um dos principais laboratórios para os alunos do Curso de Engenharia Elétrica-Tele-comunicações.

De acordo com diretor do curso de Engenharia Elétrica-Telecomunicações da PUCPR, Ricardo Nabhen, o novo la-boratório NGN representa um importan-te diferencial do curso, com benefícios sem precedentes para a formação dos alunos. “Além das aulas práticas das disciplinas de Comutação e Tráfego e Engenharia de Tráfego do curso, serão desenvolvidos oficinas e experimentos de laboratórios, onde os alunos poderão contar com o apoio da equipe técnica do laboratório para o desenvolvimento de seus trabalhos”, destacou.

Os novos equipamentos de teleco-municações NGN diminuem custos de transmissão. O diferencial está no leque maior de soluções em telefonia (solu-ção trunking e maior rede de acesso).

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vIDA uNIvERSITáRIA

QUEM: Paulo Henrique G. Oliveira, Juliana Stefani, Rafaella M. Arêas e Marcelo Vinícius Borges O QUE: tURISMOONDE: Câmpus Maringá

QUEM: Rayana L. Bochnia e Hemlly SanchesO QUE: DireitoONDE: Câmpus São José dos Pinhais

QUEM: Michel, Laís, Lívia e PriscilaO QUE: DireitoONDE: Câmpus Maringá

QUEM: Eliane Graders e Francine Dayane GehelemO QUE: EnfermagemONDE: Câmpus Toledo

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QUEM: Solange, Dhiego, Ariana, Polyana, Maurilene e LilianO QUE: DireitoONDE: Câmpus Maringá

QUEM: Suelen Rodrigues da Silva, Flávia Sgorlon Vieira e Jenifer C. Escarionte O QUE: DireitoONDE: Câmpus Londrina

QUEM: Bruno Machado, Janaine Holtman e Flaviane Tailine O QUE: DireitoONDE: Câmpus São José dos Pinhais

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César augusto ruffato, colaborador do Núcleo de Projetos Comunitários, indica o filme “Ensaio sobre a Cegueira”. O longa metragem é uma adaptação de uma

das obras mais famosas do escritor português José Saramago e trata de uma cegueira repentina que se alastra por toda uma cidade. “É interessante que no filme, assim como no livro, os personagens não têm nomes, sendo conhecidos como ‘o médico’, ‘o número 1’. A cidade também não é identificada, e apenas uma mulher não é infectada, o que a torna testemunha de todo o drama. Esse filme mostra a fragilidade estrutural da sociedade diante de uma situação caótica, transformando seus personagens em animais na luta pela sobrevivência”.

Ensaio sobre a cegueiraFernando Meirelles

O aluno do curso de pós-graduação em Sistema de Gestão Ambiental, Igor PImenta, idicou o CD Playing for Change - Song Around the World, no qual vários artistas cantam

músicas conhecidas. O álbum faz parte de um movimento multimídia criado para inspirar, conectar e trazer paz ao mundo por meio da música. “É produzido por uma fundação beneficente que ajudou a construir e manter uma escola de música num pequeno vilarejo em Johannesburgo, na África, como uma forma de prover oportunidades de crescimento e educação para os jovens das comunidades. É um trabalho muito legal e merece ser apreciado”.

Playing for ChangeSong Around the WorldVários artistas

A Bibliotecária LuCIa ferreIra LIttIere, da Biblioteca Central da PUCPR, indicou o livro “Dewey: um gato entre livros”, de Vichi Myron. A obra conta a história (verídica) de um filhote

abandonado numa caixa de auto devolução de livros na Biblioteca Pública de Spencer, numa noite muito fria. “Resgatado pela diretora da Biblioteca, Dewey foi imediatamente acolhido pela equipe de colaboradores. Durante os dezenove anos em que viveu na Biblioteca, o gato conquistou o coração dos usuários e impactou toda a cidade que atravessava uma difícil crise econômica”.

Dewey: um gato entre livrosVichi Myron

SElEçÃO DE FIlMES qUE VOCê ENCONTRA NA bIblIOTECA DA PUCPR, COM O TEMA

PRATELEIRA

COMÉDIA

ENTRANDO NUMA FRIA

CLICK

SE EU FOSSE VOCê

LETRA E MúSICA

NOIVA CADÁVER

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