Vida Sénior 2011
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especial Vida Sénior
“A Universidade Sénior [da Curia] é um porto de abrigo de
afectos onde ninguém aprisiona os sonhos e não guarda para
si até onde quer ir. É uma aldeia global onde todos se conhe-
cem e querem estar juntos. Os olhares tocam todos os dias
o Universo.” Este conjunto de frases foi escrito por Alexan-
dre Osório, professor, membro da direcção e coordenador
da Universidade Sénior da Curia, mas facilmente poderia ser
transposto como sentimento geral de todos os que frequen-
tam uma Universidade Sénior.
As Universidades Seniores têm um papel fundamental na
vida daqueles que, terminando a sua vida profissional activa,
vêem nestas instituições uma forma de participarem em
actividades culturais, científicas, formativas ou de con-
vívio, combatendo, assim, o isolamento e mantendo um
bom nível de funcionamento físico, mental e social.
Na região da Bairrada, existem diversas universidades
seniores, praticamente uma em cada concelho. Aqui fi-
cam algumas sugestões de disciplinas a frequentar na
Curia e em Oliveira do Bairro.
Universidade Sénior da CuriaDisciplinas do 1.º semestre
Línguas (Espanhol; Inglês iniciação; Inglês II; Inglês III;
Italiano); Hidroginástica; Saúde e Bem-Estar; Ginástica
de Bem-Estar; Yoga; Direito do Consumidor; Alterações
geopolíticas, Tensões e Conflitos no mundo actual;
Cidadania Activa; Optimismo e Felici-
dade; Enigmas da Terra e do Universo; Plantas; Fotografia
Digital; Informática; Internet iniciação; Formação Musical;
Artes Plásticas; Pintura.
Para o segundo semestre já estão confirmadas as disci-
plinas de: Danças Latinas e Cinema. Ao longo do ano lectivo
contará ainda com a organização de Ciclos de Palestras, com
temáticas diversificadas, organizados por Alice Godinho.
Em 2011/12, Teatro deixou de ser uma disciplina para ser
uma Oficina. Todos os alunos interessados devem contactar
a Universidade para mais informações e efectuar inscrição.
Contacto: 231 519 714.
Universidade Sénior de Oliveira do Bairro
Disciplinas: Português; In-
glês I e II; Francês I e II; In-
formática I e II; Saúde e
Bem-Estar; Culinária;
Arte Floral; Borda-
dos; Macramé;
Cidadania.
C ont ac-
to: 234 747
903.
CULTURA E LAZER
Universidade Sénior, porto de abrigo de afectos
Centro Mais SaúdeCentro Mais Saúde
Rua São João da Cruz, 34 - 3820-253 AVEIRO (atrás do edifício da Segurança Social)Tel. 913 751100 / 924079755 / 918729854 | [email protected]
Mais Saúde em sua casa
Assistência Diurna e NocturnaHigiene e Conforto
Companhia, Assistência a DeslocaçõesQuiromassagem
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FisioterapiaBabySitting
Rua das Tílias, 3780-541 Tamengos - CuriaJunto ao Parque das Termas (a 3 Km da Est. Nacional 1 e do centro de Anadia)T.: 231 522 587
Oferecer um serviço inovador de residência permanente, vocacionado para a população sénior que procura comodidade, se-gurança e autonomia, sem prescindir de uma vida activa. Num ambiente de privacidade próprio de um serviço de hotel.M
ISSÃ
O
PUB
Jornal da Bairrada17 | Novembro | 2011
I
ESPECIAL | VIDA SÉNIOR
A área da geriatria tornou-
se uma especialidade de es-
tudo em fisioterapia em 1989.
Desde então, os fisioterapeu-
tas têm estudado e trabalha-
do de forma a melhor com-
preender os problemas do
envelhecimento. Há uma lon-
ga lista de problemas trata-
dos em fisioterapia geriátrica.
Alzheimer, artrite, perturba-
ções do equilíbrio, cancro, do-
enças cardiovasculares, incon-
tinência, pré e pós-cirúrgico de
substituição de articulações,
doença pulmonar, AVC e os-
teoporose, entre outros. Os fi-
sioterapeutas dispõem de uma
vasta gama de técnicas para
intervir nestas condições de
saúde.
Os tipos de problemas que
surgem em fisioterapia geri-
átrica são agrupados em três
categorias diferentes. Uma
destas categorias é referente
aos problemas que sucedem
pelo simples facto do utente
não usar os seus membros ou
de os não exercitar. Estes pro-
blemas podem ser abordados
por exercícios orientados pelo
fisioterapeuta que permitem
o recondicionamento muscu-
lar e que permitem também
explorar a amplitude de movi-
mento das articulações.
Outra das categorias da fi-
sioterapia geriátrica aborda
as doenças cardiovasculares,
como doença cardíaca e AVC. O
fisioterapeuta tem um conjunto
de ferramentas à sua disposi-
ção para trabalhar com estas
condições: exercício terapêu-
tico, treino funcional, hidrote-
rapia, eletroestimulação, en-
tre outras técnicas. O principal
objectivo é o de restabelecer
o mais brevemente possível a
autonomia do utente.
A terceira e última catego-
ria abrange os problemas os-
teoarticulares. A fisioterapia
geriátrica ajuda as pessoas
que têm problemas nos ossos
e nas articulações, tais como
osteoporose e artrose. Estes
problemas requerem atenção
especial pois a osteoporose
torna os utentes mais frágeis,
e a artrose, também conheci-
da como osteoartrite é extre-
mamente dolorosa.
Porque as quedas são um
problema real, a prestação do
fisioterapeuta é crucial. A As-
sociação Americana de Osteo-
porose reconhece o papel do fi-
sioterapeuta na intervenção no
utente com osteoporose, acon-
selhando o exercício terapêuti-
co orientado pelo fisioterapeu-
ta. Neste sentido, aumenta-se
a actividade física dos utentes,
que é recomendada na luta
contra a ostoporose, reduzin-
do o risco de quedas dado que
o fisioterapeuta treina o equilí-
brio e marcha.
Devido à idade avançada
deste grupo etário e os pro-
blemas crónicos associados
às condições dos utentes, não
se pode considerar que a fi-
sioterapia geriátrica consiga
devolver o estado de saúde de
uma pessoa anterior a estas
grandes doenças. O objectivo
mais importante é o de devol-
ver ao utente a funcionalidade
possível dentro daquilo que é a
sua capacidade, considerando
a doença em questão. Voltar a
ter capacidade de realizar ta-
refas diárias que para pessoas
saudáveis são banais pode ser
a melhor compensação.
Ao mesmo tempo, a fisiote-
rapia geriátrica pode ter um
efeito profundo sobre a capa-
cidade de uma pessoa para
desfrutar de actividades fí-
sicas. Golf é uma actividade
que muitos idosos gostam de
desfrutar, mas apesar de ter
muitos benefícios, a sua prá-
tica pode tornar-se perigosa
para os idosos com proble-
mas físicos.
A fisioterapia geriátrica pode
concentrar-se no treino físi-
co. Isto pode fortalecer o ido-
so de várias maneiras. O facto
de lhes permitir jogar golfe irá
torná-los ainda mais saudá-
vel, tanto física como psicologi-
camente. Como a depressão é
um problema crescente entre
os idosos, qualquer ajuda que
se pode obter nesta área é ne-
cessária.
Outro papel da fisioterapia
geriátrica é ajudar com a reabi-
litação após cirurgias de joelho
ou anca. Pessoas submetidas a
essas intervenções cirúrgicas
tendem a caminhar de forma
diferente. Isso afecta a sua ca-
pacidade de realizar tarefas di-
árias e a sua qualidade de vida.
A Fisioterapia pode ajudar.
Mário Lopes ([email protected])Fisioterapeuta
A Fisioterapia na Geriatria
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SAÚDE E BEM-ESTAR
GERIASER apresenta produtos que melhoram qualidade de vidaComercializar mobiliário geriá-
trico, material de conforto, produtos
ortopédicos e ajudas técnicas para
melhorar a qualidade de vida da po-
pulação idosa e de pessoas com ne-
cessidades especiais, resultante de
doença ou deficiência, é o objectivo da
GERIASER, que abriu portas na Pa-
lhaça, concelho de Oliveira do Bair-
ro, em 2009.
“Para melhor adaptar a casa às
necessidades dos nossos clientes,
temos camas articuladas, colchões
e almofadas anti-escaras, cadeirões
de repouso, cadeiras sanitárias e de
banho, mesas de comer no leito, etc..
Para facilitar a mobilidade, encon-
tra cadeiras de rodas, andarilhos,
canadianas, tripés e bengalas. Tam-
bém oferecemos produtos de incon-
tinência e higiene pessoal”, esclare-
ce a gerente da GERIASER, Natalina
Almeida.
Quanto aos produtos de conforto,
incluem, por exemplo, almofadas e
assentos anatómicos, meias elásti-
cas e calçado ortopédico. Esta em-
presa trabalha também uma gama
variada de produtos de ortopedia
(cintas, joelheiras, colares cervicais,
fundas para hérnias, faixas para co-
lostomia, etc.).
“Valorizamos a importância de
pequenas ajudas que contribuem
para uma maior autonomia e auto-
estima dos nossos clientes. Essas
ajudas facilitam muitas tarefas diá-
rias”, afirma Natalina Almeida. Nes-
se sentido, a GERIASER dispõe de
adaptadores de talheres, lava cor-
pos flexíveis, atacadores elásticos,
pinças pega-objectos, calçador de
meias e peúgas, e muitas outras aju-
das que tornam as tarefas quotidia-
nas mais fáceis. Embora estes pro-
dutos não sejam dispendiosos, a falta
de conhecimento e a escassa oferta
no comércio local criam barreiras ao
uso destas preciosas ajudas.
A GERIASER procura dar respos-
tas às necessidades de toda a popula-
ção, direccionando especial atenção
para as pessoas da Terceira Idade e
aqueles que lhes prestam apoio. Com
o acesso à internet e ao sistema de
entregas rápidas, esta loja sita na Pa-
lhaça (R. Manuel Oliveira, em frente ao
Centro de Saúde) oferece produtos de
qualidade a bons preços, mantendo
um atendimento personalizado.
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Jornal da Bairrada17 | Novembro | 2011
II
VIDA SÉNIOR | ESPECIAL
CENTRO SOCIAL E CULTURAL N.ª SR.ª DO Ó DE AGUIM
Instituição Particular de Solidariedade SocialRua das Escolas – 3780-635 AguimTel. 231 511 797 Fax. 231 516 849
E-mail: [email protected]
A missão da nossa instituição é rece-ber, apoiar e garantir os direitos e ne-cessidades das crianças, jovens, pes-soas idosas e comunidade envolvente, de forma integral e personalizada.“A nossa missão constitui a fonte de motivação para o empenho, luta, per-sistência e esforço diário de toda a ins-tituição”.
O Hotel Sénior da Curia
que, recentemente, come-
morou o 1.º aniversário de
abertura, vai apresentar
uma nova valência no iní-
cio do próximo ano. “Ob-
tivemos a licença da Se-
gurança Social para Apoio
Domiciliário – era o passo
seguinte para rentabilizar
o pessoal que temos dis-
ponível, neste momen-
to, 17 funcionários. Nes-
se sentido, vamos avançar
com o Apoio Domiciliário,
sete dias por semana,
24h por dia”, avança ao
JB o sócio-gerente do Ho-
tel Sénior da Curia, Pau-
lo Martins, que afirma ter
sentido que, no concelho
de Anadia, fazia falta um
serviço mais completo e
personalizado, já que “o
que existe é um serviço de
apoio domiciliário privado,
com qualidade, mas que
apenas se baseia na higie-
ne e refeições”.
Em cada solicitação para
Apoio Domiciliário será
efectuada uma avalia-
ção por uma equipa mul-
tidisciplinar, que incluirá
assistente social, médi-
co, enfermeiro, gerontó-
loga e psicóloga. “Quere-
mos imprimir a qualida-
de do serviço que temos
no Hotel Sénior na casa de
cada pessoa. Esse serviço
pode passar por preparar
a refeição no local, fazer
a limpeza da casa, levar a
pessoa às compras ou a
casa de alguém, ou sim-
plesmente fazer-lhe um
pouco de companhia, para
combater a solidão de que
muitos sofrem”, esclarece
Paulo Martins.
O Hotel Sénior de Anadia
abriu há cerca de um ano e
resulta de um investimen-
to de 1.600.000 euros, en-
tre aquisição do edifício
(antiga pensão), obras e
equipamentos. Tem 27
quartos (individuais, du-
plos e de casal), 21 dos
quais ocupados, num total
de 24 utentes. Situado em
pleno centro da vila ter-
mal, apresenta um am-
biente de elevado confor-
to e modernidade, mas si-
multaneamente de grande
familiaridade. Neste Ho-
tel, não há horários nem
rotinas. “O ambiente e os
serviços são distintos dos
de um Lar tradicional – o
cliente levanta-se à hora
que entende, toma as re-
feições quando lhe con-
vém e sai quando quer e
para onde quer, sem ter
que dar qualquer justi-
ficação. Aqui, é o Hotel
que se adapta ao ritmo de
cada cliente e não o con-
trário”, explica o proprie-
tário. “Dispomos ainda de
um enfermeiro a tempo in-
teiro e temos uma avença
com um médico.”
O balanço do primeiro
ano de existência não po-
dia ser mais positivo. “Na
parte mais importante,
que é a qualidade do ser-
viço, penso que conse-
guimos superar o que eu
pretendia”, garante Pau-
lo Martins. O Hotel conta
com 17 funcionários, exis-
tindo uma constante pre-
ocupação com a sua for-
mação.
EQUIPAMENTO
Hotel Sénior da Curia avança em 2012 com Apoio Domiciliário
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Tel.:234 758 168 - Tlm: 927 511 413 | [email protected] | www.geriaser.pt
Ortopedia, Geriatria, Bem Estar
Rua Manuel Oliveira, n.º 22 - Palhaça (em frente ao Centro de Saúde)
* Camas/Colchões/Cadeirões * Camas/Colchões/Cadeirões
* Cadeiras de Rodas / Banho e WC * Cadeiras de Rodas / Banho e WC
* Almofadas/Cintas/Meias Elásticas * Almofadas/Cintas/Meias Elásticas
* Produtos para Reabilitação* Produtos para Reabilitação
* Produtos para Incontinência* Produtos para Incontinência
O envelhecimento é um
processo biológico natural
que envolve o declínio de
algumas funções fisioló-
gicas e caracteriza-se por
alterações morfológicas,
psicológicas, funcionais e
bioquímicas que influen-
ciam a nutrição e alimen-
tação dos idosos.
Devido a várias condicio-
nantes da vida, nomeada-
mente a solidão, isolamen-
to social, dificuldades na
preparação das refeições,
falta de dentição, dificul-
dades de deglutição, mal
absorção e alterações do
paladar e olfacto, muitos
idosos não se alimentam
cuidadosamente, podendo
originar graves carências
nutricionais.
Um estado nutricional
inadequado nos idosos
contribui de forma signi-
ficativa para o aumento
da incapacidade física, da
mortalidade, da morbili-
dade e diminui a qualidade
de vida.
Tal como qualquer outro
indivíduo, um idoso deve
seguir as orientações pre-
conizadas pela Roda dos
Alimentos, devendo ter
uma alimentação comple-
ta (ingerir alimentos de to-
dos os grupos da roda dos
alimentos e beber água
diariamente), equilibrada
(ingerir alimentos na pro-
porção indicada por cada
fatia) e variada (ingerir di-
ferentes alimentos dos di-
versos grupos variando
diariamente e ao longo do
ano).
As recomendações nu-
tricionais em macro e mi-
cronutrientes não diferem
substancialmente das re-
comendações para os indi-
víduos mais novos. No en-
tanto, é importante ter em
consideração algumas es-
pecificidades, particular-
mente no que diz respeito
aos ácidos gordos essen-
ciais, cálcio e vitaminas.
Alguma orientações para
promover uma boa saúde
no idoso passam por:
- Realizar entre 5 a 6 re-
feições diárias (pequeno
almoço, lanche da manhã,
almoço, lanche da tarde,
jantar e ceia);
- Evitar jejuns nocturnos
superiores a 8h;
- Mastigar e ensalivar
bem os alimentos, comen-
do calmamente;
- Ingerir pelo menos 5
porções de fruta e vege-
tais, dando preferência aos
hortofrutícolas da época;
- Dar preferência ao pei-
xe, carnes brancas e ma-
gras, retirando toda a pele
e gordura visível;
- Consumir peixes gor-
dos, como a cavala, ca-
rapau, salmão, sardinha,
atum, pelo menos 2 vezes
por semana;
- Evitar consumir ali-
mentos fritos e assados
com muita gordura, bem
como fumados, enchidos
e enlatados;
- Aumentar a ingestão de
cereais e derivados inte-
grais (“escuros”);
- Incluir uma porção de
leguminosas (feijão, grão,
ervilhas, favas) por dia na
alimentação;
- Aumentar a ingestão de
cálcio através do consumo
de lacticínios (leite, iogurte,
queijo, requeijão) magros;
- Diminuir o consumo de
açúcar e produtos açuca-
rados;
- Diminuir a quantidade
de sal na confecção da co-
mida e evitar levar o salei-
ro para a mesa;
- Ingerir pelo menos 6 a 8
copos de água (ou chás ou
infusões, desde que sem
adição de açúcar) por dia,
mesmo que não sinta sede.
Não substituir a água por
bebidas alcoólicas ou re-
frigerantes;
- Evitar deitar-se imedia-
tamente a seguir à refeição
ou adoptar uma posição
com 30.º de inclinação;
- Praticar pelo menos, 30
minutos diários de exercí-
cio físico moderado.
À medida que a idade
avança, apesar de não ser
necessário comer mui-
to, deve comer-se muito
bem, atendendo ao valor
nutricional dos alimen-
tos!
Liliana GranjaNutricionista, ACES Baixo Vouga I
ALIMENTAÇÃO
Cuidados alimentares na pessoa idosa
Jornal da Bairrada17 | Novembro | 2011
III
ESPECIAL | VIDA SÉNIOR
O isolamento, a solidão, o li-
mitado investimento na criati-
vidade e inovação das práticas
para a maior idade e o perma-
nente desinvestimento no en-
velhecimento activo, conferi-
ram prioridade ao projecto de-
finido para 2011/12 pela LAAC
(Aguada de Cima) para o sec-
tor da terceira idade. “Ser ou
não ser Activo e Wii reabilita-
do” é um projecto que tem na
génese a iniciativa de profis-
sionais multidisciplinares da
LAAC. Tem carácter inovador
e uma abrangência local e re-
gional envolvendo parceiros
(público-privados), congéne-
res e toda a população sénior
numa perspectiva de inte-
gração activa e participativa
na comunidade, despertan-
do consciências e motivando
para a afectividade. O desen-
volvimento de capacidades, a
diminuição e o combate à so-
lidão aliados a uma melhor
qualidade de vida, são o intuito
prioritário do projecto.
Através das técnicas de Wii
reabilitação e das pedagogias
para a vida activa, associadas
ao Snoezelen, a LAAC vai pro-
mover a visibilidade social e fa-
miliar colocando o foco e a tó-
nica na população envelhecida
com objectivo de manter e au-
mentar, se possível, as capa-
cidades psicomotoras que
tendem a diminuir a autono-
mia dos idosos. Por um lado,
criar serviços alternativos e
emergentes no serviço apoio
domiciliário(SAD) e na comu-
nidade através de técnicas de
animação inovadoras e cria-
tivas: teatro do oprimido, te-
rapia do riso, terapia do elogio,
yoga sénior, entre outras dinâ-
micas de animação que serão
levadas às casas dos idosos; a
aplicabilidade de pedagogias
estimulantes do envelheci-
mento activo tais como: téc-
nica de Alexander, ecoanima-
ção e pedagogia dos afectos,
que contribuem para comba-
ter a solidão e o isolamento.
Por outro lado, intensificar a
componente da fisioterapia e
reabilitação aplicável nas res-
postas sociais disponíveis na
LAAC, em que se pretende
criar um espaço Snoezelen de
estimulação multissensorial
e implementar a reabilitação
através da Wii e de fisiogames,
promovendo a autonomia e in-
dependência físico-motora e
a auto-estima. Este projecto
valoriza e dá primazia às inter-
venções não farmacológicas
que assumem um papel cada
vez mais relevante no trata-
mento das dificuldades psi-
comotoras e no estado de de-
mência dos clientes.
Este projeto inclui novos
parceiros. Para saber como
ser parceiro contacte:
www.laac.pt.
QUALIDADE DE VIDA
Ser ou não Ser Activo: Wii reabilitação e Eco-Snoezelen
Informática I e IIInglês I e II
Francês I e IIPortuguêsCidadania
Saúde e Bem-estarBordadosMacramé
Arte FloralCulinária
A UNISOB é o mais recente projecto da Junta de Freguesia de Oliveira do Bair-ro e visa a criação de um espaço de vida socialmente organizado e adaptado à população sénior do concelho de Oliveira do Bairro. Um espaço que propor-ciona aos alunos a frequência de aulas, cursos e actividades extra-curriculares onde os seus conhecimentos possam ser aplicados e valorizados.
Telf. 234 747 903 | [email protected]
OFERTA FORMATIVA
Dirigido a alunos com idade superior a 50 anos
PUB
A palavra isolamento remete-nos para a
separação de algo, para o afastamento dos
outros, estar à parte. Em Portugal, esta pala-
vra encontra-se presente na realidade diária
de muitos idosos. Se considerarmos a tendên-
cia da população portuguesa para o envelhe-
cimento, que se tem verificado desde o ano
2000, em que o número de idosos ultrapassa
o número de jovens, (actualmente existem 112
idosos para cada 100 jovens com tendência a
aumentar até 2050), prevê-se que assistamos
a uma diminuição da população activa ou ao
envelhecimento no mercado de trabalho e a
um incremento da população inactiva. A con-
frontação com esta nova condição de vida po-
derá suscitar, na pessoa em idade da reforma,
sentimentos de inutilidade, rejeição e afasta-
mento em relação aos outros.
Presentemente, a população idosa ainda
é vítima de estereótipos que conduzem ao
seu isolamento. Ao sentirem-se desvalori-
zados, desamparados, negligenciados, os
idosos vão sofrendo em silêncio. Para além
disso, as alterações fisiológicas decorrentes
do processo de envelhecimento, bem como a
deterioração da saúde poderá colocar no ido-
so a questão da autonomia, funcionalidade e
consequente dependência de outrem. Os ido-
sos que vivem sós, sem a presença dos filhos,
dos cônjuges e com parca rede social são os
que representam risco para desenvolver es-
tados de humor depressivos associados ao
isolamento social.
A zona geográfica e o local de residência
também propiciam o isolamento no idoso,
uma vez que a diversidade de recursos exis-
tentes pode ser menor para dar resposta às
suas necessidades. Por um lado, se o idoso
residir numa zona menos habitada, fica dis-
tanciado dos cuidados de saúde e assistência
e sem alguém que o apoie, pode ter mais di-
ficuldade em usufruir de um envelhecimento
bem-sucedido. Por outro lado, em meio ur-
bano, em que os recursos se encontram mais
acessíveis, também se tem verificado casos
de isolamento, consequência de um urbanis-
mo desmedido que conduz, por vezes ao des-
cuido da pessoa idosa.
É cada vez mais importante garantir que o
idoso tenha uma qualidade de vida com todo o
apoio necessário nesta etapa da vida, marcada
muitas vezes por perdas físicas, mentais, so-
ciais e familiares. Apesar de ser uma fase
menos activa, os idosos não têm que se sub-
meter a uma inactividade, é essencial que lhe
sejam facultadas as condições para minimizar
o isolamento, tais como o acompanhamento
psicológico, o apoio social e a ocupação dos
tempos livres. De notar o trabalho crucial das
instituições, que através do apoio domiciliário,
dos centros de dia e do voluntariado têm com-
batido o isolamento na terceira idade.
Paula Pinto (psicóloga clínica)
RELACIONAMENTO
O isolamento na terceira idade
LAAC - Liga dos Amigos de Aguada de Cima | www.laac.pt | telf. 234 666 494 Rua do Engenho 3750-049 Aguada de Cima
Jornal da Bairrada17 | Novembro | 2011
IV