Vida Sénior 2011

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Passar a fazer parte da chamada "classe senior" deve ser encarado como oportunidade para aproveitar com qualidade os anos que ainda nos restam, depois de uma vida de trabalho e agitação diária. Do lazer à saúde, da alimentação ao exercício físico, Jornal da Bairrada deixa, neste Especial Vida Sénior, alguns conselhos e sugestões, para que esta etapa seja vivida com tranquilidade.

Transcript of Vida Sénior 2011

Page 1: Vida Sénior 2011

especial Vida Sénior

“A Universidade Sénior [da Curia] é um porto de abrigo de

afectos onde ninguém aprisiona os sonhos e não guarda para

si até onde quer ir. É uma aldeia global onde todos se conhe-

cem e querem estar juntos. Os olhares tocam todos os dias

o Universo.” Este conjunto de frases foi escrito por Alexan-

dre Osório, professor, membro da direcção e coordenador

da Universidade Sénior da Curia, mas facilmente poderia ser

transposto como sentimento geral de todos os que frequen-

tam uma Universidade Sénior.

As Universidades Seniores têm um papel fundamental na

vida daqueles que, terminando a sua vida profissional activa,

vêem nestas instituições uma forma de participarem em

actividades culturais, científicas, formativas ou de con-

vívio, combatendo, assim, o isolamento e mantendo um

bom nível de funcionamento físico, mental e social.

Na região da Bairrada, existem diversas universidades

seniores, praticamente uma em cada concelho. Aqui fi-

cam algumas sugestões de disciplinas a frequentar na

Curia e em Oliveira do Bairro.

Universidade Sénior da CuriaDisciplinas do 1.º semestre

Línguas (Espanhol; Inglês iniciação; Inglês II; Inglês III;

Italiano); Hidroginástica; Saúde e Bem-Estar; Ginástica

de Bem-Estar; Yoga; Direito do Consumidor; Alterações

geopolíticas, Tensões e Conflitos no mundo actual;

Cidadania Activa; Optimismo e Felici-

dade; Enigmas da Terra e do Universo; Plantas; Fotografia

Digital; Informática; Internet iniciação; Formação Musical;

Artes Plásticas; Pintura.

Para o segundo semestre já estão confirmadas as disci-

plinas de: Danças Latinas e Cinema. Ao longo do ano lectivo

contará ainda com a organização de Ciclos de Palestras, com

temáticas diversificadas, organizados por Alice Godinho.

Em 2011/12, Teatro deixou de ser uma disciplina para ser

uma Oficina. Todos os alunos interessados devem contactar

a Universidade para mais informações e efectuar inscrição.

Contacto: 231 519 714.

Universidade Sénior de Oliveira do Bairro

Disciplinas: Português; In-

glês I e II; Francês I e II; In-

formática I e II; Saúde e

Bem-Estar; Culinária;

Arte Floral; Borda-

dos; Macramé;

Cidadania.

C ont ac-

to: 234 747

903.

CULTURA E LAZER

Universidade Sénior, porto de abrigo de afectos

Centro Mais SaúdeCentro Mais Saúde

Rua São João da Cruz, 34 - 3820-253 AVEIRO (atrás do edifício da Segurança Social)Tel. 913 751100 / 924079755 / 918729854 | [email protected]

Mais Saúde em sua casa

Assistência Diurna e NocturnaHigiene e Conforto

Companhia, Assistência a DeslocaçõesQuiromassagem

Actos de EnfermagemAssistência Psicológica

FisioterapiaBabySitting

Rua das Tílias, 3780-541 Tamengos - CuriaJunto ao Parque das Termas (a 3 Km da Est. Nacional 1 e do centro de Anadia)T.: 231 522 587

Oferecer um serviço inovador de residência permanente, vocacionado para a população sénior que procura comodidade, se-gurança e autonomia, sem prescindir de uma vida activa. Num ambiente de privacidade próprio de um serviço de hotel.M

ISSÃ

O

PUB

Jornal da Bairrada17 | Novembro | 2011

I

Page 2: Vida Sénior 2011

ESPECIAL | VIDA SÉNIOR

A área da geriatria tornou-

se uma especialidade de es-

tudo em fisioterapia em 1989.

Desde então, os fisioterapeu-

tas têm estudado e trabalha-

do de forma a melhor com-

preender os problemas do

envelhecimento. Há uma lon-

ga lista de problemas trata-

dos em fisioterapia geriátrica.

Alzheimer, artrite, perturba-

ções do equilíbrio, cancro, do-

enças cardiovasculares, incon-

tinência, pré e pós-cirúrgico de

substituição de articulações,

doença pulmonar, AVC e os-

teoporose, entre outros. Os fi-

sioterapeutas dispõem de uma

vasta gama de técnicas para

intervir nestas condições de

saúde.

Os tipos de problemas que

surgem em fisioterapia geri-

átrica são agrupados em três

categorias diferentes. Uma

destas categorias é referente

aos problemas que sucedem

pelo simples facto do utente

não usar os seus membros ou

de os não exercitar. Estes pro-

blemas podem ser abordados

por exercícios orientados pelo

fisioterapeuta que permitem

o recondicionamento muscu-

lar e que permitem também

explorar a amplitude de movi-

mento das articulações.

Outra das categorias da fi-

sioterapia geriátrica aborda

as doenças cardiovasculares,

como doença cardíaca e AVC. O

fisioterapeuta tem um conjunto

de ferramentas à sua disposi-

ção para trabalhar com estas

condições: exercício terapêu-

tico, treino funcional, hidrote-

rapia, eletroestimulação, en-

tre outras técnicas. O principal

objectivo é o de restabelecer

o mais brevemente possível a

autonomia do utente.

A terceira e última catego-

ria abrange os problemas os-

teoarticulares. A fisioterapia

geriátrica ajuda as pessoas

que têm problemas nos ossos

e nas articulações, tais como

osteoporose e artrose. Estes

problemas requerem atenção

especial pois a osteoporose

torna os utentes mais frágeis,

e a artrose, também conheci-

da como osteoartrite é extre-

mamente dolorosa.

Porque as quedas são um

problema real, a prestação do

fisioterapeuta é crucial. A As-

sociação Americana de Osteo-

porose reconhece o papel do fi-

sioterapeuta na intervenção no

utente com osteoporose, acon-

selhando o exercício terapêuti-

co orientado pelo fisioterapeu-

ta. Neste sentido, aumenta-se

a actividade física dos utentes,

que é recomendada na luta

contra a ostoporose, reduzin-

do o risco de quedas dado que

o fisioterapeuta treina o equilí-

brio e marcha.

Devido à idade avançada

deste grupo etário e os pro-

blemas crónicos associados

às condições dos utentes, não

se pode considerar que a fi-

sioterapia geriátrica consiga

devolver o estado de saúde de

uma pessoa anterior a estas

grandes doenças. O objectivo

mais importante é o de devol-

ver ao utente a funcionalidade

possível dentro daquilo que é a

sua capacidade, considerando

a doença em questão. Voltar a

ter capacidade de realizar ta-

refas diárias que para pessoas

saudáveis são banais pode ser

a melhor compensação.

Ao mesmo tempo, a fisiote-

rapia geriátrica pode ter um

efeito profundo sobre a capa-

cidade de uma pessoa para

desfrutar de actividades fí-

sicas. Golf é uma actividade

que muitos idosos gostam de

desfrutar, mas apesar de ter

muitos benefícios, a sua prá-

tica pode tornar-se perigosa

para os idosos com proble-

mas físicos.

A fisioterapia geriátrica pode

concentrar-se no treino físi-

co. Isto pode fortalecer o ido-

so de várias maneiras. O facto

de lhes permitir jogar golfe irá

torná-los ainda mais saudá-

vel, tanto física como psicologi-

camente. Como a depressão é

um problema crescente entre

os idosos, qualquer ajuda que

se pode obter nesta área é ne-

cessária.

Outro papel da fisioterapia

geriátrica é ajudar com a reabi-

litação após cirurgias de joelho

ou anca. Pessoas submetidas a

essas intervenções cirúrgicas

tendem a caminhar de forma

diferente. Isso afecta a sua ca-

pacidade de realizar tarefas di-

árias e a sua qualidade de vida.

A Fisioterapia pode ajudar.

Mário Lopes ([email protected])Fisioterapeuta

A Fisioterapia na Geriatria

Centro de Acolhimento de Idosos - Boialvo

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INFANTÁRIO:- Creche- Pré-Escolar- C.A.T.L.

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SAÚDE E BEM-ESTAR

GERIASER apresenta produtos que melhoram qualidade de vidaComercializar mobiliário geriá-

trico, material de conforto, produtos

ortopédicos e ajudas técnicas para

melhorar a qualidade de vida da po-

pulação idosa e de pessoas com ne-

cessidades especiais, resultante de

doença ou deficiência, é o objectivo da

GERIASER, que abriu portas na Pa-

lhaça, concelho de Oliveira do Bair-

ro, em 2009.

“Para melhor adaptar a casa às

necessidades dos nossos clientes,

temos camas articuladas, colchões

e almofadas anti-escaras, cadeirões

de repouso, cadeiras sanitárias e de

banho, mesas de comer no leito, etc..

Para facilitar a mobilidade, encon-

tra cadeiras de rodas, andarilhos,

canadianas, tripés e bengalas. Tam-

bém oferecemos produtos de incon-

tinência e higiene pessoal”, esclare-

ce a gerente da GERIASER, Natalina

Almeida.

Quanto aos produtos de conforto,

incluem, por exemplo, almofadas e

assentos anatómicos, meias elásti-

cas e calçado ortopédico. Esta em-

presa trabalha também uma gama

variada de produtos de ortopedia

(cintas, joelheiras, colares cervicais,

fundas para hérnias, faixas para co-

lostomia, etc.).

“Valorizamos a importância de

pequenas ajudas que contribuem

para uma maior autonomia e auto-

estima dos nossos clientes. Essas

ajudas facilitam muitas tarefas diá-

rias”, afirma Natalina Almeida. Nes-

se sentido, a GERIASER dispõe de

adaptadores de talheres, lava cor-

pos flexíveis, atacadores elásticos,

pinças pega-objectos, calçador de

meias e peúgas, e muitas outras aju-

das que tornam as tarefas quotidia-

nas mais fáceis. Embora estes pro-

dutos não sejam dispendiosos, a falta

de conhecimento e a escassa oferta

no comércio local criam barreiras ao

uso destas preciosas ajudas.

A GERIASER procura dar respos-

tas às necessidades de toda a popula-

ção, direccionando especial atenção

para as pessoas da Terceira Idade e

aqueles que lhes prestam apoio. Com

o acesso à internet e ao sistema de

entregas rápidas, esta loja sita na Pa-

lhaça (R. Manuel Oliveira, em frente ao

Centro de Saúde) oferece produtos de

qualidade a bons preços, mantendo

um atendimento personalizado.

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Jornal da Bairrada17 | Novembro | 2011

II

Page 3: Vida Sénior 2011

VIDA SÉNIOR | ESPECIAL

CENTRO SOCIAL E CULTURAL N.ª SR.ª DO Ó DE AGUIM

Instituição Particular de Solidariedade SocialRua das Escolas – 3780-635 AguimTel. 231 511 797 Fax. 231 516 849

E-mail: [email protected]

A missão da nossa instituição é rece-ber, apoiar e garantir os direitos e ne-cessidades das crianças, jovens, pes-soas idosas e comunidade envolvente, de forma integral e personalizada.“A nossa missão constitui a fonte de motivação para o empenho, luta, per-sistência e esforço diário de toda a ins-tituição”.

O Hotel Sénior da Curia

que, recentemente, come-

morou o 1.º aniversário de

abertura, vai apresentar

uma nova valência no iní-

cio do próximo ano. “Ob-

tivemos a licença da Se-

gurança Social para Apoio

Domiciliário – era o passo

seguinte para rentabilizar

o pessoal que temos dis-

ponível, neste momen-

to, 17 funcionários. Nes-

se sentido, vamos avançar

com o Apoio Domiciliário,

sete dias por semana,

24h por dia”, avança ao

JB o sócio-gerente do Ho-

tel Sénior da Curia, Pau-

lo Martins, que afirma ter

sentido que, no concelho

de Anadia, fazia falta um

serviço mais completo e

personalizado, já que “o

que existe é um serviço de

apoio domiciliário privado,

com qualidade, mas que

apenas se baseia na higie-

ne e refeições”.

Em cada solicitação para

Apoio Domiciliário será

efectuada uma avalia-

ção por uma equipa mul-

tidisciplinar, que incluirá

assistente social, médi-

co, enfermeiro, gerontó-

loga e psicóloga. “Quere-

mos imprimir a qualida-

de do serviço que temos

no Hotel Sénior na casa de

cada pessoa. Esse serviço

pode passar por preparar

a refeição no local, fazer

a limpeza da casa, levar a

pessoa às compras ou a

casa de alguém, ou sim-

plesmente fazer-lhe um

pouco de companhia, para

combater a solidão de que

muitos sofrem”, esclarece

Paulo Martins.

O Hotel Sénior de Anadia

abriu há cerca de um ano e

resulta de um investimen-

to de 1.600.000 euros, en-

tre aquisição do edifício

(antiga pensão), obras e

equipamentos. Tem 27

quartos (individuais, du-

plos e de casal), 21 dos

quais ocupados, num total

de 24 utentes. Situado em

pleno centro da vila ter-

mal, apresenta um am-

biente de elevado confor-

to e modernidade, mas si-

multaneamente de grande

familiaridade. Neste Ho-

tel, não há horários nem

rotinas. “O ambiente e os

serviços são distintos dos

de um Lar tradicional – o

cliente levanta-se à hora

que entende, toma as re-

feições quando lhe con-

vém e sai quando quer e

para onde quer, sem ter

que dar qualquer justi-

ficação. Aqui, é o Hotel

que se adapta ao ritmo de

cada cliente e não o con-

trário”, explica o proprie-

tário. “Dispomos ainda de

um enfermeiro a tempo in-

teiro e temos uma avença

com um médico.”

O balanço do primeiro

ano de existência não po-

dia ser mais positivo. “Na

parte mais importante,

que é a qualidade do ser-

viço, penso que conse-

guimos superar o que eu

pretendia”, garante Pau-

lo Martins. O Hotel conta

com 17 funcionários, exis-

tindo uma constante pre-

ocupação com a sua for-

mação.

EQUIPAMENTO

Hotel Sénior da Curia avança em 2012 com Apoio Domiciliário

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Tel.:234 758 168 - Tlm: 927 511 413 | [email protected] | www.geriaser.pt

Ortopedia, Geriatria, Bem Estar

Rua Manuel Oliveira, n.º 22 - Palhaça (em frente ao Centro de Saúde)

* Camas/Colchões/Cadeirões * Camas/Colchões/Cadeirões

* Cadeiras de Rodas / Banho e WC * Cadeiras de Rodas / Banho e WC

* Almofadas/Cintas/Meias Elásticas * Almofadas/Cintas/Meias Elásticas

* Produtos para Reabilitação* Produtos para Reabilitação

* Produtos para Incontinência* Produtos para Incontinência

O envelhecimento é um

processo biológico natural

que envolve o declínio de

algumas funções fisioló-

gicas e caracteriza-se por

alterações morfológicas,

psicológicas, funcionais e

bioquímicas que influen-

ciam a nutrição e alimen-

tação dos idosos.

Devido a várias condicio-

nantes da vida, nomeada-

mente a solidão, isolamen-

to social, dificuldades na

preparação das refeições,

falta de dentição, dificul-

dades de deglutição, mal

absorção e alterações do

paladar e olfacto, muitos

idosos não se alimentam

cuidadosamente, podendo

originar graves carências

nutricionais.

Um estado nutricional

inadequado nos idosos

contribui de forma signi-

ficativa para o aumento

da incapacidade física, da

mortalidade, da morbili-

dade e diminui a qualidade

de vida.

Tal como qualquer outro

indivíduo, um idoso deve

seguir as orientações pre-

conizadas pela Roda dos

Alimentos, devendo ter

uma alimentação comple-

ta (ingerir alimentos de to-

dos os grupos da roda dos

alimentos e beber água

diariamente), equilibrada

(ingerir alimentos na pro-

porção indicada por cada

fatia) e variada (ingerir di-

ferentes alimentos dos di-

versos grupos variando

diariamente e ao longo do

ano).

As recomendações nu-

tricionais em macro e mi-

cronutrientes não diferem

substancialmente das re-

comendações para os indi-

víduos mais novos. No en-

tanto, é importante ter em

consideração algumas es-

pecificidades, particular-

mente no que diz respeito

aos ácidos gordos essen-

ciais, cálcio e vitaminas.

Alguma orientações para

promover uma boa saúde

no idoso passam por:

- Realizar entre 5 a 6 re-

feições diárias (pequeno

almoço, lanche da manhã,

almoço, lanche da tarde,

jantar e ceia);

- Evitar jejuns nocturnos

superiores a 8h;

- Mastigar e ensalivar

bem os alimentos, comen-

do calmamente;

- Ingerir pelo menos 5

porções de fruta e vege-

tais, dando preferência aos

hortofrutícolas da época;

- Dar preferência ao pei-

xe, carnes brancas e ma-

gras, retirando toda a pele

e gordura visível;

- Consumir peixes gor-

dos, como a cavala, ca-

rapau, salmão, sardinha,

atum, pelo menos 2 vezes

por semana;

- Evitar consumir ali-

mentos fritos e assados

com muita gordura, bem

como fumados, enchidos

e enlatados;

- Aumentar a ingestão de

cereais e derivados inte-

grais (“escuros”);

- Incluir uma porção de

leguminosas (feijão, grão,

ervilhas, favas) por dia na

alimentação;

- Aumentar a ingestão de

cálcio através do consumo

de lacticínios (leite, iogurte,

queijo, requeijão) magros;

- Diminuir o consumo de

açúcar e produtos açuca-

rados;

- Diminuir a quantidade

de sal na confecção da co-

mida e evitar levar o salei-

ro para a mesa;

- Ingerir pelo menos 6 a 8

copos de água (ou chás ou

infusões, desde que sem

adição de açúcar) por dia,

mesmo que não sinta sede.

Não substituir a água por

bebidas alcoólicas ou re-

frigerantes;

- Evitar deitar-se imedia-

tamente a seguir à refeição

ou adoptar uma posição

com 30.º de inclinação;

- Praticar pelo menos, 30

minutos diários de exercí-

cio físico moderado.

À medida que a idade

avança, apesar de não ser

necessário comer mui-

to, deve comer-se muito

bem, atendendo ao valor

nutricional dos alimen-

tos!

Liliana GranjaNutricionista, ACES Baixo Vouga I

ALIMENTAÇÃO

Cuidados alimentares na pessoa idosa

Jornal da Bairrada17 | Novembro | 2011

III

Page 4: Vida Sénior 2011

ESPECIAL | VIDA SÉNIOR

O isolamento, a solidão, o li-

mitado investimento na criati-

vidade e inovação das práticas

para a maior idade e o perma-

nente desinvestimento no en-

velhecimento activo, conferi-

ram prioridade ao projecto de-

finido para 2011/12 pela LAAC

(Aguada de Cima) para o sec-

tor da terceira idade. “Ser ou

não ser Activo e Wii reabilita-

do” é um projecto que tem na

génese a iniciativa de profis-

sionais multidisciplinares da

LAAC. Tem carácter inovador

e uma abrangência local e re-

gional envolvendo parceiros

(público-privados), congéne-

res e toda a população sénior

numa perspectiva de inte-

gração activa e participativa

na comunidade, despertan-

do consciências e motivando

para a afectividade. O desen-

volvimento de capacidades, a

diminuição e o combate à so-

lidão aliados a uma melhor

qualidade de vida, são o intuito

prioritário do projecto.

Através das técnicas de Wii

reabilitação e das pedagogias

para a vida activa, associadas

ao Snoezelen, a LAAC vai pro-

mover a visibilidade social e fa-

miliar colocando o foco e a tó-

nica na população envelhecida

com objectivo de manter e au-

mentar, se possível, as capa-

cidades psicomotoras que

tendem a diminuir a autono-

mia dos idosos. Por um lado,

criar serviços alternativos e

emergentes no serviço apoio

domiciliário(SAD) e na comu-

nidade através de técnicas de

animação inovadoras e cria-

tivas: teatro do oprimido, te-

rapia do riso, terapia do elogio,

yoga sénior, entre outras dinâ-

micas de animação que serão

levadas às casas dos idosos; a

aplicabilidade de pedagogias

estimulantes do envelheci-

mento activo tais como: téc-

nica de Alexander, ecoanima-

ção e pedagogia dos afectos,

que contribuem para comba-

ter a solidão e o isolamento.

Por outro lado, intensificar a

componente da fisioterapia e

reabilitação aplicável nas res-

postas sociais disponíveis na

LAAC, em que se pretende

criar um espaço Snoezelen de

estimulação multissensorial

e implementar a reabilitação

através da Wii e de fisiogames,

promovendo a autonomia e in-

dependência físico-motora e

a auto-estima. Este projecto

valoriza e dá primazia às inter-

venções não farmacológicas

que assumem um papel cada

vez mais relevante no trata-

mento das dificuldades psi-

comotoras e no estado de de-

mência dos clientes.

Este projeto inclui novos

parceiros. Para saber como

ser parceiro contacte:

www.laac.pt.

QUALIDADE DE VIDA

Ser ou não Ser Activo: Wii reabilitação e Eco-Snoezelen

Informática I e IIInglês I e II

Francês I e IIPortuguêsCidadania

Saúde e Bem-estarBordadosMacramé

Arte FloralCulinária

A UNISOB é o mais recente projecto da Junta de Freguesia de Oliveira do Bair-ro e visa a criação de um espaço de vida socialmente organizado e adaptado à população sénior do concelho de Oliveira do Bairro. Um espaço que propor-ciona aos alunos a frequência de aulas, cursos e actividades extra-curriculares onde os seus conhecimentos possam ser aplicados e valorizados.

Telf. 234 747 903 | [email protected]

OFERTA FORMATIVA

Dirigido a alunos com idade superior a 50 anos

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A palavra isolamento remete-nos para a

separação de algo, para o afastamento dos

outros, estar à parte. Em Portugal, esta pala-

vra encontra-se presente na realidade diária

de muitos idosos. Se considerarmos a tendên-

cia da população portuguesa para o envelhe-

cimento, que se tem verificado desde o ano

2000, em que o número de idosos ultrapassa

o número de jovens, (actualmente existem 112

idosos para cada 100 jovens com tendência a

aumentar até 2050), prevê-se que assistamos

a uma diminuição da população activa ou ao

envelhecimento no mercado de trabalho e a

um incremento da população inactiva. A con-

frontação com esta nova condição de vida po-

derá suscitar, na pessoa em idade da reforma,

sentimentos de inutilidade, rejeição e afasta-

mento em relação aos outros.

Presentemente, a população idosa ainda

é vítima de estereótipos que conduzem ao

seu isolamento. Ao sentirem-se desvalori-

zados, desamparados, negligenciados, os

idosos vão sofrendo em silêncio. Para além

disso, as alterações fisiológicas decorrentes

do processo de envelhecimento, bem como a

deterioração da saúde poderá colocar no ido-

so a questão da autonomia, funcionalidade e

consequente dependência de outrem. Os ido-

sos que vivem sós, sem a presença dos filhos,

dos cônjuges e com parca rede social são os

que representam risco para desenvolver es-

tados de humor depressivos associados ao

isolamento social.

A zona geográfica e o local de residência

também propiciam o isolamento no idoso,

uma vez que a diversidade de recursos exis-

tentes pode ser menor para dar resposta às

suas necessidades. Por um lado, se o idoso

residir numa zona menos habitada, fica dis-

tanciado dos cuidados de saúde e assistência

e sem alguém que o apoie, pode ter mais di-

ficuldade em usufruir de um envelhecimento

bem-sucedido. Por outro lado, em meio ur-

bano, em que os recursos se encontram mais

acessíveis, também se tem verificado casos

de isolamento, consequência de um urbanis-

mo desmedido que conduz, por vezes ao des-

cuido da pessoa idosa.

É cada vez mais importante garantir que o

idoso tenha uma qualidade de vida com todo o

apoio necessário nesta etapa da vida, marcada

muitas vezes por perdas físicas, mentais, so-

ciais e familiares. Apesar de ser uma fase

menos activa, os idosos não têm que se sub-

meter a uma inactividade, é essencial que lhe

sejam facultadas as condições para minimizar

o isolamento, tais como o acompanhamento

psicológico, o apoio social e a ocupação dos

tempos livres. De notar o trabalho crucial das

instituições, que através do apoio domiciliário,

dos centros de dia e do voluntariado têm com-

batido o isolamento na terceira idade.

Paula Pinto (psicóloga clínica)

RELACIONAMENTO

O isolamento na terceira idade

LAAC - Liga dos Amigos de Aguada de Cima | www.laac.pt | telf. 234 666 494 Rua do Engenho 3750-049 Aguada de Cima

Jornal da Bairrada17 | Novembro | 2011

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